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Aula 07 – Brasília

Faculdade do Vale do Ipojuca


Arquitetura e Urbanismo
Disciplina.: Arquitetura Brasileira II
Professora : Amanda Casé
Niemeyer pós-1955
• O ano de 1955 foi a marca da reviravolta na obra de Niemeyer.
• O fator decisivo foi a viagem à Europa feita nessa data, Niemeyer
percorrer todo o Velho Continente, de Lisboa a Moscou, e o que viu
foi para ele uma revelação.
• “A arquitetura era, acima de tudo, uma exercício que devia ser
praticado com espírito esportivo”(Niemeyer apud Bruand, p.181)
• O contato direto com a Europa e seus monumentos modificou
radicalmente seu ponto de vista, de repente ele compreendeu o
significado das criações do passado enquanto símbolo do estágio de
uma civilização e principalmente o valor permanente de sua beleza.

PLANO ESTÉTICO
PLANO PRÁTICO 1. Ele foi atingido pela clareza e lógica de estilos
1. Voltou ao trabalho com que até então tinha desprezado.
mais ardor e seriedade 2. Apesar da influência continua com o uso de
2. Eliminou os trabalhos materiais modernos e a linguagem formal
incessantemente renovada por uma vigorosa
destinados unicamente imaginação plástica
a finalidades comerciais 3. Simplificação e equilíbrio.
Museu de Arte Moderna
de Caracas (1955)
• Implantação privilegiada a fim de
ser visto por todos os ângulos.
• Niemeyer tirou proveito dessa
situação, elaborou um volume
audacioso, de perfeita
regularidade, que podia ser
apreendido de qualquer ponto,
mas sem perder seu caráter
específico: um tronco de pirâmide
invertido
• É fácil perceber a continuidade
das pesquisas estruturais, os
jogos de sinuosidades e a ênfase
dada aos efeitos de massa.
Museu de Arte Moderna de Caracas (1955)

• Apesar dessa aparente continuidade quando se compara-o com o


auditório do Ibirapuera se vê a contraposição.
• No primeiro a forma apresenta o conteúdo enquanto que no Museu
as questões formais foram sobrepujadas as considerações funcionais,
topográficas e econômicas.
Museu de Arte Moderna de
Caracas (1955)
• Vê-se uma simplificação drástica dos
meios empregados e uma concentração
da atenção na forma única, original, mas
de clareza ofuscante.
• A composição com base em elementos
múltiplos, até então característica de
Niemeyer, desapareceu e proveito de um
massa compacta e monumental.
• A oposição entre a pureza da arquitetura
e a flexibilidade do meio ambiente
encontrava um contraponto no próprio
edifício, quando se passava do exterior
fechado ao interior aparentemente
aberto, aparência essa devida a
iluminação feita pelo zênite.
Brasília
• A decisão de JK em 1956 de construir uma cidade em tempo
recorde e de ali instalar o governo antes do fim do mandato
de 5 anos foi sem dúvida uma grande oportunidade par
Niemeyer.
• Ele foi encarregado d projeto arquitetônico de todos os
edifícios públicos. Esse favorecimento chocava-se com os
regulamentos, que previam a abertura obrigatória de
concurso para todos os edifícios públicos, provocou muitas
manifestações de inveja.
• Contudo, o curto lapso de tempo para a realização e a
necessidade de uma unidade monumental exigiam uma
centralidade eficaz.
• A nova capital foi concebida, no espírito de seu fundador,
como um símbolo do desenvolvimento do Brasil e da união
nacional.
Brasília
• Consciente de seu valor e da ocasião sensacional de afirmar-
se, Niemeyer logo aceitou o encargo, em compensação,
sabiamente recusou-se a elaborar ele mesmo o plano piloto da
futura metrópole, preferindo a abertura de um concurso
nacional cujo resultado saiu em 16/03/1957.
• De fato, o sucesso estético de Brasília deve-se principalmente
à total concordância que reina entre o plano de Lúcio Costa e a
arquitetura de Niemeyer.
• A criação de um eixo monumental como ponto focal da
composição dava uma ênfase especial aos edifícios públicos
encarregados de defini-lo e exigia, de cada um deles, um
caráter altamente expressivo, sem prejuízo de unidade global.
• As obras de Niemeyer podem ser divididas em três categorias
distintas: os palácios de pórticos, os edifícios compostos por
jogos de volumes simples e os edifícios religiosos de planta
centrada.
Palácios de Pórticos
Palácio da Alvorada (1956-57)
• O Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República, foi o
primeiro edifício construído na nova capital.
Capela

Volume de serviço
e entrada para
estacionamento

• A capela é integrada ao volume principal através de uma passarela.


• A colunata se distancia do volume e proporciona uma galeria. O desenho do
suporte foi desenvolvido numa sucessão rítmica contínua, ocultando
totalmente a laje do piso, o que reforça o caráter aéreo da composição.
• Presença de um espelho d’água retilíneo e regular como o edifício, para que
não houvesse nada de pitoresco que estragasse o tom solene da edificação.
• O distanciamento entre
pilares e corpo
principal não foi ditado
pelo desejo de oferecer
a este uma melhor
proteção contra o sol e,
a seus moradores, um
agradável passeio
coberto; ele foi
imaginado em função
do ponto de vista do
visitante, da satisfação
intelectual e óptica que
este teria com um
espetáculo mais rico e
mais variado.
• Verdadeira inversão na ordem forma
segue função: não só a forma não é
condicionada pela função material que
lhe é atribuída, como também agora é
ela que dá origem a bem-sucedidas
soluções funcionais depois de ter sido
determinada a priori por suas
qualidades plásticas e seu significado
psicológico.
•As ilusões: O espectador tem a ilusão de
estar frente a uma obra suavemente
pousada no terreno e só se apoiando nele
por meio de uma fina estrutura externa
totalmente exposta.
•A verdade: O edifício é firmado em
sólidas fundações, comporta um subsolo
que forma com ele um único corpo,
embora habilmente mascarado pelo
anteparo das colunas e o papel técnico
atribuído a elas é bem mais modesto do
que parece a primeira vista.
•A forma da coluna não se trata
mais de economia no emprego de
materiais, nem da lógica na
construção: sob esse ponto de
vista, a forma dos elementos de
sustentação dos pórticos é
perfeitamente arbitrária e sua
disposição o é ainda mais.
•As colunas tem uma solução
paradoxal em termos funcionais,
mas também uma descoberta
plástica que contribui ativamente
para aumentar a impressão de
extraordinária leveza do edifício,
objetivo procurado por Niemeyer,
que de agora em diante estava
decidido a dar prioridade às
pesquisas expressivas.
Palácio da Alvorada
• A adoção, feita por seu autor, dos “princípios de
simplicidade e de pureza que no passado caracterizaram
as grandes obras e arquitetura”, longe de diminuiria
força de sua imaginação que já deu provas de seu vigor,
valorizou os achados plásticos; mas não excluiu a
ostentação.
• No exterior, o equilíbrio alcançado está perto da perfeito.
• A colunata se impõe pela elegância e nobreza; tudo foi
feito para pô-la habilmente em evidência: sua brancura
brilhante destaca-se do fundo verde do fecho
envidraçado e as formas graciosas de seus elementos
constitutivos refletem-se, como uma série de véus, nos
espelhos d’água colocados habilmente de ambos os lados
a fim de acentuar o caráter feérico.
• O interior não obteve a mesma unanimidade,
por causa do excesso de riqueza decorativa
somada a mobília medíocre e sem um
verdadeiro encanto, apesar das boas
intenções de sua organizadora, Ana Maria
Niemeyer, filha do arquiteto.
• Em compensação as soluções propriamente
arquitetônicas são de alta qualidade e estão
plenamente de acordo com o aspecto externo
que de certo modo os condicionou.
• No interior não há divisão em
compartimentos estanques, mas sim um
conjunto onde a continuidade horizontal e a
continuidade vertical se entrelaçam para
chegar à criação de um espaço fluido
modulado pelas variações sucessivas.
• A riqueza dos materiais e cores usados na
decoração interna visam reforçar o contraste
criado entre o exterior claro e puro e o
interior de soluções arquitetônicas brilhantes,
mas complicadas.
• Mas uma vez, aqui a colunata é um
dos elementos essenciais da
composição que contribui, mais do
que qualquer outro elemento para
criar o clima do edifício: ela
funciona como anteparo entre a
moradia e a paisagem, garantindo o
caráter de proteção e o sentimento
de intimidade relativa que sempre se
espera de um edifício residencial.
Palácio do Planalto
• O Palácio do Planalto, sede do governo, e o Supremo Tribunal
Federal, projetados simultaneamente em 1958 e terminados para a
inauguração da nova capital em 21/04/1960.
• O principio aplicado no Palácio da Alvorada demonstrou ser uma
ideia genial; bastou que o arquiteto fizesse algumas alterações.
• Além da alteração das proporções gerais destinada a permitir a
realização de construções mais compactas, nitidamente menos
alongadas e ao mesmo tempo mais largas e mais altas que a
anterior, podemos informar duas alterações essenciais:
1- A laje de cobertura se sobressai nas 4 frentes, pois ela dava proteção
mais eficaz contra o calor do sol e principalmente mais plasticidade
às faces em questão. Afinal os palácios seriam vistos de várias
visadas.
2- Apesar das colunas retomarem o Palácio da Alvorada, são
colocadas perpendicularmente e não paralelamente ao pano de
vidro, o que basta para transformar radicalmente seu sentido e sua
expressão.
• A laje onde repousam os
três andares, em vez de
ligeiramente elevada,
destaca-se nitidamente
do solo; por isso, o
movimento dos pilares
assumem outra
amplidão onde se pode
perceber as qualidades
do concreto armado e os
prodígios escultóricos
que um arquiteto bem
dotado pode extrair;
• O grande salão do
segundo andar projeta
parcialmente sobre o
grande vestíbulo do
primeiro, ao qual está
ligado por uma
elegante rampa em
ferradura; os
revestimentos são
belos e cuidados, mas
de grande sobriedade e
com contrastes
discretos.
•O Supremo Tribunal, como o Palácio
da Alvorada, parece estar pousado
numa plataforma que apenas roça o
chão, mas a orientação que lhe foi
dada inverte a hierarquia entre as
fachadas: a principal, ou seja, a que
abre para a praça abriga a entrada,
está agora situada no sentido da
largura do retângulo de base e não
mais no sentido do comprimento, o
que constitui uma volta ao princípio
original do templo grego.
Palácio dos Arcos - Itamaraty
• Sede do Ministério das Relações Exteriores cujo anteprojeto foi
elaborado em 1959, mas cuja construção é claramente posterior
(1965-69).
• Ficou decidido que seria construído um edifício em dois corpos
ligados por passagens, um dos quais seria consagrado à
administração e o outro abrigaria as dependências de caráter
representativo exigidas pelas tradições diplomáticas.
• Foi para esta segunda parte que o arquiteto retomou o princípio
de encerrar caixas de vidro entre pórticos, aplicado nas obras
anteriores, mas desta vez modificando o vocabulário empregado.
• O palácio dos arcos marca uma reviravolta significativa: nele, o
concreto armado aparece em toda sua nudez e adquire
bruscamente, nas mãos de Niemeyer, uma nobreza e delicadeza
sem igual, adaptando-se maravilhosamente ao programa que o
arquiteto devia tratar.
•A nota dominante foi colocar a força, mais que leveza, num equilíbrio mais
estático que dinâmico, numa audácia mais contida do que exposta
brilhantemente.
•Planta Quadrada toma o lugar da retangular e as galerias correm nos 4 lados.
•Sólidas e magníficas arcadas vieram substituir,como motivo essencial da obra,
as finas formas recortadas das colunatas aéreas anteriores; seu traçado é
menos surpreendente do que as primeiras criações do gênero, mas não é
menos inovador: a aliança do arco pleno tradicional e de arestas muito agudas
explorando a fundo as qualidades plásticas próprias do concreto armado,
permitiram uma mistura de força e efeito espacial, que leva, mais do que
nunca, o selo do estilo tão pessoal de Niemeyer.
•Até o momento ninguém
tinha utilizado o concreto
bruto em uma obra
aristocrática.Para isso
foram utilizados dois
processos essenciais: um
consistia em dar ao
concreto a cor ocre, que
lembrasse pedra, o outro
surgiu de uma hábil
disposição de fôrmas,
tendo em vista chegará
superposição de finas tiras
horizontais, lembrando
discretamente o efeito de
delgadas fiadas de tijolo.
•O isolamento do edifício
em meio a um grande
espelho de água semeado
de plantas aquáticas
forneceu uma excelente
solução a um certo número
de problemas práticos e
psicológicos; a impressão
de rudeza que poderia
surgir pela falta de bases,
se os pilares estivessem
diretamente apoiados do
solo, é atenuada pela
continuidade surgida sob
efeito do fenômeno
reflexão.
•A caixa de vidro, antes intimamente encaixada na estrutura, agora ganhou
uma autonomia quase completa, ao mesmo tempo em que se insere no
quadro estrutural graças a pesquisas espaciais muito bem-sucedidas: os
grandes panos de vidro não chegar até o teto, pois o último andar é
consagrado, em sua maior parte, a um jardim suspenso, iluminado por
uma cobertura em pérgula, mas os panos de vidro ultrapassam o piso dos
jardins, a fim de servir como balaustradas transparentes a essa área de
passeio, para a qual dão os salões destinados às recepções oficiais de
caráter mais ou menos íntimo; existe nisso uma sobreposição de espaços
meio-abertos, meio-fechados, que garante uma continuidade exterior-
interior ainda mais acentuada do que nos palácios anteriores.
• Os grandes panos de vidro não chegam até o teto, pois o último andar é
consagrado, em sua maior parte, a um jardim suspenso, iluminado por uma
cobertura em pérgula; mas os panos de vidro ultrapassam o piso dos jardins,
a fim de servir como balaustradas transparentes a essa área de passeio, para
o qual dão os salões destinados às recepções oficiais de caráter mais ou
menos íntimo.
• A preferência dada a uma cor inédita para esses panos de vidro refratário se
explica por uma questão de concordância com a cor do concreto.
•Há uma substituição da rampa em forma de ferradura por uma Escada helicoidal.
•A liberação do espaço disponível por meio de ausência de colunas internas assume
uma monumentalidade desejada pelo arquiteto.
Combinações e jogos de volumes simples
Palácio do Congresso

DESAFIO: Abrigar duas Assembléias distintas e todas suas funções


administrativas!
•SOLUÇÃO:
Palácio do Congresso As linhas
horizontais
do edifício
das sessões,
encimado
por duas
cúpulas
audaciosame
nte
invertidas,
ele opôs o
movimento
vertical das
tuas torres
que contém
os
escritórios.
O corpo horizontal contém as salas o plenário e os serviços gerasse foi vital para
permitir que o edifício chegasse ao nível da praça dos três poderes e evitou a
construção de uma estrutura contínua o que prejudicaria a visão do conjunto.
• Essa disposição liberou a frente em questão dando-lhe acesso
fácil, iluminação suficiente e espaço necessário para destacar-
se, disso resulta num contraste proposital entre o caráter aberto
das partes baixas enterradas e o aspecto fechado dos volumes
puros que se destacam contra o céu.
O mesmo contraste foi
atenuado na fachada do
mesmo nível da Praça dos
3 Poderes, desta vez os
panos de vidro foram
mantidos na sombra,
formam uma faixa quase
opaca que se recorta,
principalmente por sua
cor, do branco brilhante
do cimento e dos
revestimentos.
• A estética do Palácio do Congresso baseia-se inteiramente num equilíbrio
perfeito na distribuição de massas, associado a uma mistura muito correta
de simplicidade clássica com originalidade barroca, de solidez com leveza,
de estabilidade com dinamismo.
• A harmonia geral é tal que se pode crer que existe uma simetria impecável,
mas esta, embora existente, está longe de ser absoluta; pelo contrário, ela é
fruto de um jogo engenhoso de compensações.
• As duas cúpulas não tem o mesmo tamanho, nem a mesma força expressiva,
disposição essa que traduz bem a importância numérica e o caráter
representativo de cada assembléia.
Câmara
dos
Deputados
Câmara do
Senado

•A cúpula do Senado, de dimensões modestas e evitando romper com os


princípios tradicionais, está firmemente implantada no edifício sobre o qual
apoia todo o peso.; ela é bastante apropriada ao espírito de câmara de reflexão:
a Câmara dos Deputados, muito maior e de uma concepção revolucionária,
parece um disco delicadamente pousado no terraço e prestes a alçar vôo, o que
sublinha o aspecto de elemento motor do poder legislativo atribuído a essa
assembléia.
•A Praça dos 3
Praça dos 3 Poderes Poderes é
praticamente
triangular, mas essa
forma só aparece em
planta; na realidade
o espectador
apreende mais a
sucessão de
retângulos que a
subdividem e,
principalmente, o da
área entre o Palácio
do Planalto e o
Supremo Tribunal,
cujo pavimento
uniforme acentua a
unidade.
•Está-se, portanto,
Praça dos 3 Poderes numa
trapezoidal,
praça
cujas
oblíquas não são
perceptíveis, mas que,
apesar de tudo, está
nitidamente orientada
em direção a base
menor, ocupada pelo
Palácio do Congresso, a
esse lado fechado,
valorizado pela massa
dessa obra imponente,
enquadrada em
segundo plano pelos
ministérios, opõe-se o
aspecto aberto da base
maior, enquanto a
transição é feita através
dos lados do trapézio,
que garantem o
equilíbrio necessário do
todo.
•A Praça dos Três Poderes é completada por uma praça de palmeiras
imperiais, um grande espelho d’água ao lado do parlamento e conjunto de
esculturas e construções secundárias, mas cuja importância não deve ser
desprezada. Dentre estas, a única prevista desde o inicio, era o museu
destinado a expor os principais documentos referentes a transferência da
capital para o Planalto central.
• Os acréscimos posteriores (fruto da vontade pessoal de certos presidentes da
república) poderiam constituíram perigo, mas seu caráter limitado e o fato
de que os projetos continuarem a ser confiados a Niemeyer permitiram
evitar o fracasso, levando até mesmo a uma indiscutível valorização.
• Foi o que acontecer ao Pombal em forma de pregador estilizado, única
lembrança do governo de Jânio Quadro, a vertical fina e leva colocada no
lado aberto da praça não desfigura esse aspecto e faz um contraponto central
à escultura de Bruno Giorgi.
Eixo
Monumental
•Chamar atenção x
valorizar os demais edf.
•Os onze edifícios dos
ministérios dispostos dos
dois lados as Esplanada e
definida por eles, são
todos paralelepípedos
retângulos de estrutura
metálica, panos de vidro
e alumínio, paredes
laterais revestidas de
quadrados de cerâmica
cinza-azulado.
•Deveria ter dois
teatros, em vez de
Teatro Nacional adotar dois
volumes uni-os em
um único
volume.Volume
puro, fidelidade ao
concreto armado,
elaborado uma
massa fechada de
todos os lados, que
chama atenção
pela forma
geométrica inédita.
Essa forma deriva
da função e
dimensão dos dois
teatros.
Teatro Nacional
Brasília Palace Hotel
• Situado na mesma zona que o Palácio Alvorada, foram construídos ao
mesmo tempo.
• Nem o terreno, nem o espaço disponíveis eram contados, e ele pôde
encompridar o edifício e combiná-lo com a paisagem plana sem vegetação,
colocando todos os cômodos do lado que gozava de melhor orientação,
fazendo com que estes fossem servidos por longos corredores retilíneos
ocupando a outra frente,e articulando de acordo com a sua vontade os vários
blocos.
•Muito digno em suas linhas
simples, imponente o bastante
para se destacar numa natureza
sem relevo, mas
suficientemente discreto no
aspecto formal para não se
rivalizar com o palácio vizinho,
O Brasília Palace Hotel oferece
ao turista um contexto
agradável e de bom gosto,
evitando toda riqueza
ostentatória,ao mesmo tempo
que garante o luxo e a elegância
que convêm à sua categoria.
Brasília Palace
Hotel
Brasília Palace Hotel
Setores Residenciais
• Enquanto diretor de serviços de arquitetura, ele exerceu vigilância em
tempo integral para que as normas estabelecidas pelo plano de Lúcio Costa
fossem estritamente mantidas e, em certos casos, exerceu uma verdadeira
censura, a fim de evitar as excentricidades.
• Enquanto arquiteto, ele pôs mãos à obra: propôs, para o eixo residencial,
um modelo de unidade de vizinhança e assegurou para si a supervisão de
uma das quadras que compõem essa unidade.
• Os onze blocos de superquadra 108 (primeiro conjunto do gênero a ser
terminado) abrigam 444 apartamentos de tipos diferentes e têm uma alta
qualidade estética.
Setores Residenciais •O plano de Lúcio Costa
revia que os blocos
residenciais das
superquadras teriam
sempre 6 andares, a fim de
garantir a coerência do
conjunto urbanístico. Essa
medida, justificada por
razões de equilíbrio,
limitava naturalmente as
possibilidades deixadas aos
arquitetos e exigia que
estes fizessem esforços para
evitar a impressão de
monotinia que poderia
resultar d repetição
contínua.
•Fachada principal
totalmente
envidraçada
eventualmente
protegida por uma
retícula de lâminas de
concreto servindo de
brise-soleil. Fachada
posterior formada por
uma grande parede lisa
vazada, contra a qual
se recorta a torre das
escadas e elevadores
de serviço, torre essa
que é trapezoidal e
quase se destaca do
corpo principal.
•O corpo saliente das
torres compartimenta
um vazio ao mesmo
tempo definido e fluido,
onde uma perspectiva
central corre por
perspectivas laterais
bruscamente
bloqueadas..
Capelas e catedral
Capela do Palácio
da Alvorada
•Era lógico dotar o palácio
residencial de uma capela, embora
a religião católica não seja
reconhecida como religião oficial
pela Constituição do país.
• Relação com Ronchamps.
•A pessoa que
entra na Capela
presidencial de
Brasília é guiado
por um itinerário
único, onde o
espetáculo se
desenvolve
segundo um
plano bem
estabelecido: a
meia volta
completa que é
preciso dar para
chegar frente ao
altar dá uma
impressão de
labirinto, mas
trata-se de uma
emoção esperada.
• A disposição num terraço assegurou a passagem no mesmo
nível do palácio e capela, mas também possibilitou que fosse
colocado um subsolo que liga os 2 edifícios.

• A luz do dia penetra apenas pelos vitrais coloridos da


porta principal pelas duas faixas verticais
transparentes que acompanham os itinerários de
acesso. O contraste entre a parte de fora, de brancura
impecável, e a parte de dentro, revestida de lambris
de madeira folheada de dourado.
Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima
• Igrejinha de bairro, destinada a servir como edifício de
culto para uma unidade de vizinhança do eixo
residencial.
• Triângulo como elemento de composição.
• Tinha afrescos de Volpi, mas desapareceram.
Catedral
•Chegou a planta circular e
teve a idéia de lançar para o
céu uma estrutura
constituída de elementos
parabólicos cuja junção
provisória, perto do topo, e
posterior separação resultaria
numa composição ascendente
e simbólica e chamaria a
atenção pela expressão
religiosa que dela emanaria.
•Essa estrutura inédita iria
caracterizar socinha o
edifício, já que só ela iria
emergir do chão como um
novo tipo de cúpula, pousada
suavemente sobre uma
catedral parcialmente
subterrânea.
•Contudo, as dificuldades
começaram quando se
passou do projeto para a
execução
•O anteprojeto original
previa 21 paraboloides
(reduziu p 16), fixados em
2 anéis de concreto: um
de 70 m de diâmetro
repousando no chão, o
outro quase na coroa, teve
que eliminá-lo e coloca
uma laje logo abaixo.
• Outra ameaça surgiu
quando foram colocar os
vidros.
• Só foi colocado em 1970.

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