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EDATORES AESPONSAVES IR ELvO CLEMENTE | MAMAR LONGHI IREVIBAO & CORRESPONDENCIA PROFA, LAS MARTINS M. CANDIA LETRAS DE HOVE aoein toca ‘on demande Féehange We nk for exchange (CURSO DE POS-GRADLAGAO EM LINGOISTICA E LETRAS ‘CENTRO DE ESTUDOS DA LINGUA PORTUGUESA [EM CONVENIO COM © CONSELHO FEDERAL DE CULTURA FEM CONVENIO COM © CONSELHO FEDERAL DE CULTURA AV, RANGA 6881 — Ca Postal 129 — PORTO ALEGRE HOMENAGEM ‘A Revista Letras de Hoje, por este némero, preste homenagem especial 80 50% Aniversério da 1. Edigdo do vo de Contos "No Galpo", de Darcy Azambula, prémio de Academia Bresleire de Letras, 1925; com os ertiges dos professores: lisebeth Agra Marinhsiro e Ernesto Wayne. Porto Alegre, novembro de 1975 QUEM VE E QUEM FALA NO GALPAO Elizabeth Figueiredo Agra Marinheiro do Curso de Pés-Graduagao em Lingiiis- tiea e Letras da PUC/RS. Professora da Universidade Federal da Paraiba e da Fundagao Universitaria do Nordeste - Campina Grande - Paraiba. 1, INTRODUGAO. 1.1 — Com o presente trabalho, objetivamos uma anélise simpléria dos “modes” e das “vores”, na obra “NO GALPAO", da autoria de DARCY AZAMBUJA, contista gaucho, dos anos de 20, decerto. Embora nossa intencfo recaia, particularmente, sobre o “quem ve" e 0 “quem fala”, desses contos gaichos, consideraremos um tanto superficialmente e a titulo de experiéncia, @ instancia narra- tive através das marcas que ela deixou no discurso narrativo. Sen- do 0 tempo da narragie uma dessas marcas, aqui ¢ acolé estare- mos ““jogando” com as categorias implicitas na ordem, na duraczo © na freqiiéneia do discurso narrativo. Na conelusio do presente trabalho, valeremo-nos do critério das predominancias, ou seja, dentro de nossas limitagdes, procure remos @ focalizagio, o nivel narrative © a pessoa mais constantes na obra de Azambuja, 1.2 — Gostariamos de estabelecer alguns considerandos so- bre 0 autor. Todavia, deixamos de fez8-lo por motivos, tais como, desconhecimento de sua vida e de sua obra, absoluta precariedade do material de apoio (inclusive, o material de referéncia consulta- do pouco acrescentou 20 nosso objetivo...) E @ falta de tempo para investigagfo mais demoradas. Convimos’a presenga de Darcy Azambuja no filéo regionalista do Rio Grande do Sul, a0 lado de Simées Lopes Neto ov, Aleldes Jhastvceamieom desc premedomiar cv no medi Inellente Bras Pr — yndlise dos modes e vores em “No Gelpio”, o- vias poatlaene por Gwrera. Gente, omy S0U oars lilt reestanda subelaeriaments 3 Teoria de Litera: Ne oe iter Mars! de Aguiar, em sue tere eto, rezio pe- 1Wdeel utizaremce_oe focalagten' por cle detinidee, 14 que at malas inivem se “visSes” de Genete Tntro au narrarloga, Genetin far um etude das relagSes ntre HISTORIA’ GU DIEGESE que & 0 slnifeade ov canteddo rar~ Stiwol NARBATIVA propriemente dita que 6 0 slgnificante ou & Taine ou enurciado ou discyao ov texto narravo em sl mesmo; TWARRAGKO cue 6 0 eto narrative procutor e, por exteslo, 0 Eonjurto de stungdo real ou fet Es rlaaes sre 9 DISCURSO "en DIEGESE subsumaréo,@ temps’ e's ode: Enquania a relagtes entre 0 DISCURSO @ 2 NARRAGHO\s oni» DIBGESE w'« NARRAGAO verdo vistas através See vonse, Coma eb, a categoriag genettianas #80 tomadss 8 sramaica do. verbo. ‘Sgundo Genette,o tempo da naratva seré ebordado através da ORSEM, de DURAGKO @ Se FREGUENCIA, Enercs cue 2 lage vive 0 tempo. Dal o tempo dlepiica (i corfon ereneigieo) ¢'0 tempo da merativa de govidoss me- Geese" tonsorarmee a precariedede do critério. de paginasto, SESimanse ancotrsrarcs un toxic oer, ou tela, um to De Re uma colncencla porte entre 0. tempo. dogtico ® © Setape narrative: talver mums tranarissse radifanica ou telvsio- wae." mals comm ska e8 anacronin, [10 6 08 deercorto, ‘uias enie'@ orden eos aeontecirentos ro. plano ce ord phil wem recent ae 8 srGrontarmas a ordom de disposigfo dos ecantesimentos Geeonantes emporais) no dicurso natralvo ea ordem de sea Seraaes atte acontecimentcs ne Hist, freer que conei- Soot on serie coins dra Geren, Ps Xero ec), as ponghes cronologens dessss clement: 1,2, 3, iss posto I eorresponde 80 rel | £0 relato primero, Sere an tle a5 el 1 aro as 8 ancora fide) 0 povis (distancia Yomporal ene o memento presente Fisterie coe momento do relat) © emplitde (6 0 curagto do histéie om eee procediranto chagereros ds anaerniae que poder 2 proleptes. ‘A analepte, baseads ne capocideds retrospective de memr 4 umm recone’ tempo (antigo flashback). € portanto, © evocash ‘de umm acontecimente anterior 20 ponta da histéria onde ela se en font, Eats co nivel no e6 das situacSes, mas tembém des per- ‘sonagens, quando $80 Introduzidas pela primeira vez ou reintrodu- Edau'ra’ narrative. € vine espécte Ge partnese, onde. pasta. harrar acontecimentes diferetes dos gue se vicha nerrando,, do forme que es temporalidedss latins pessam 9 confuncirae’ Na sie flor acy neroren esr fry si depot, ro pov oe aiggeue, mos colaeades, antes, ro plane do discurso. a ® "As analepees podem cer: extnnat, Imornas, mists, parca complete Ar tropes Internat fereern alguns probltnas de it ferret, poto ge tv compo enor! nia nd alto a [eral ntrforem Feomodnghicey esos ines poser tr completes ropaitivan ‘A prlegse € uina manchfa nerrlive que conssle em evo cv confer anteiocmente um econtediento tert. ¢ enti io "no plano isco — do um foto gun, em cbedincis § SFonclogis cegcies, 26 devia ser rarrado mats tarde is proleses rcsbem iednien clsefeseo. com rolagso 42 opzet. Genet fale sinds na ACRONIAS anecronia privat do Temporal, Isto, um seenteclmento zim Geta, nem Enire 0 tempo dieghtico «0 tempo narrative, encontereroe avira tipo de dacorsiela, taxa fel corm regio 5 DURAGAD os scontecimentos na noconto cegtien« & duragfo do sing’ He eae in canines ‘sca do lompo ds rast, © ordem © frequéneisofere cory ty stalin gon 0 Guegse, Como meat © tape, do feito? Goal sora ponta reference? Imsoriel med fe var Tigoen do durecto em rete a ime Iovadade Ge regio. entre frist histone (como ere 0 caro quand so tates se. ordem). Sisseronamo do Taleto pode sor detiida em relogto 8 consti: Sa de vloecacs A talocidede’6 ume also entre uma mai temporal ¢ ov tra eps, Kinfa TR olocidee’ ce Um relat seré 9 ralagSo entre 0 durasio do histtine 0 cormpanro do Texto. Iscreniamo, portant, earls CEnatince pores do veloedece © o relato wourenica. cera Um felsto cue Spremntatre velocidac igual, cu ele 8 crgso de his Se reipngane so comotimero dere, lope Fa om re, ig aeurapso do rompo ciegitics com do ter. Par= fatty, A iecronia 8 mpossivel,poserdo esr, tlver, nas eons {ue no aprecenter ner, Iterangfo nero. nes cnn sos anizoeronia:mudengas de rtm (¥sle- éldade nomensondo ce dining), teres de duro ene or ais tempos Vojomos ess anisocreniae Pauea, um segranto do Siege ava crrespnde aun dorsi dooten rue. ioea = vim sexrento nua do rlato corrxpondo w uma dix regio, algun’ Ga histor (mevimenice raretves extreme). 7 Gena = didlogo que realize ® igualdade de tempo entre dis- curso @ histérla Semrlo, = forma de movimento varidvel que cobre o campo Inclulda entre pause € elipee (movimentos Intermediério). Donde: Pus : TR=n THO PortontoTR> TH cor TR=TH Sumiro 2 TR TH ‘As clipses podem ser: explfeltas (quelficedas ¢ nfo qualifica- das), implicitas 9 hipotéticas. Teméen, 9s DESCRICOES, as digres- SSee as narratives. segundas com monélogo interior, ‘em, muito contribvem para alonger a temporalidade narrative em relacZo & temporalidade dlogétice, Na freqUancla, cbservaremos as relagdes de freqUtnela ov rev petigdo entre relato e clégese. As repetigBes s8o uma série de acon Ercimentos semelhantes e contiderados comente na sua serethango, TEntre essa copociced de ropeticao dos acontecimentos narr dos {histrie ox enuneiads narratives (relat) erabsleces¢ om Sistema de quatro relagées possivels: Contr uma ver o que acontsceu uma ver. A singularidad do enunciado corresponds & singularidede do acontecimanto rarra- do & relate singulativo. “Contar *n" vezrs o que aconteceu “n* veres, Este tipo & Igual og precedes, er ue 8 epeties @b rate corerenen 1 da lege. oS Cantar "ni vexes 0 que aconteccu uma vex 48. O mesmo fs yazes! Ou com varlegBes 65+ Vista, Esse tipo de relato, nde es fecorrénciss do enunciado nfo correspondem a nenhuma Fecorténcia. eo acontecimente, ford chamado relate repetitivo, se Centar uma ver (ov em uma vez) 0 que acontocey ‘np! vanes, Este tipo onde uma s6 emissio narrativa essume 90 ‘mesmo tempo vérlas ocorrdneclas do mesmo acontecimento, isto $, Vérios scontecimentos conriderades na ava analogl, s0ré chamado Iterative. No relato cléssico, os seomentos_iteratives ficam sempre sv- bordinadas fonclonalmente 20s. segmentos singulatives. © relato propriamente dito 4 0 relate singulative, ficando o iterativo @ ser~ i Na literature. {80 do relato iterative om relac Por conseguinte, 0 relate ti See Te 2 Sie OE RONNDN, Wes O.Gie: he BATRA, SNES Ue Oe Imporfeto (e nSo pessads). Estas TReragdes_ pod Interna pevudo-erative. A ragule Garatie on de Detorminagao, Especfengbo © Extne ierengas. entre’ Necracio‘olterior(parado), amerlor”(utro, “post datent"),slmoltanes (presents), fneimente a. narragse ‘tterealada, tipo mais complexe porque ve trata de naregio comm ‘ios inatinloso onde didgove &avrativa podorn se mistre, Ge E 2 contd por um raat & situedo em um nivel dagico Inedietameta superior so Tvl ode ge atun'g sto nrrtva produto date as Aaule Geetio dstingve arrader'e narrator. Narador & a uo conta, neratono & aquele que febo a marsagen do dar, ou ej me rata Helonel quem © tered 1 aires, ‘Anatinels narrative pod situarse em dois nels narratives distintos: eee . — pode ser uma Instineia de primero grav, produtora, por- tanto, de ume narrativa priméria (rivel extralagétea). 7 etic a ci el fas No relsto de 12 grav, teremos o mtrradoraxtradgitco © no 2 gra tarenon'o marron tirclobten anette fla singe de um nivel metadogic: acontcimentos contador no resto se 2° atau, ersscnta que 0 esto Ge 2° orev ‘Stormo muito anti @ de véroe tipor do rolgto podem init 0 rolsto matociogtica so rests primoirar 8 primelro ipo So Fung teens ogc io se mage vt ae const ou Stulogi) @ o fercelo tipo com funeto de dstrarde ov sbstruqto, Suaniocao maraaio, le pos sor" xtedlaghice quand he Pieter ote fits ae me tren eee ae Bar vie eae malteee wis pene, taitaed wae ‘ur o harredar Grit ans eslerecinenton pede tombict ser lo narra. ‘t-o naratiio intragético spreenta_o etatuto de ums ms rr atin de uns Execticn, pose ere intraiogtea homo. diogétice, oe 1.5-— PESSOA. Acul, teromos © narrader hoteradiogéti quando ele etté susente da‘ histérla que conta, © narrador homo- Aiegétieo quando ests pretento na historia narrada, quer como pro- tagonista, quer como personagem sxcundéria No primelro cato, ele serd homediepético © autodiogét 9 segundo caso ele saré simplesmente homediogsties. Sea ‘No tocante aes medes, (porspectiva) deixaremos es fo- callngans 6 Gonate (relta nig foealzado/fcaizgao interna fe calieste, ve miin/¢ osalanggo exerna) © operoremos com Shela defonidns por Vicor Narva Focalizagio heterodiegitlea (neutral/interventiva) = a insténcia Reretive que assegura # focalizgSo nfo. perticipe, como agente, a elggers narrada Focalizasio homodiegética (gersimente em 1 pessoa) — 0 narra Hor responsdvel pele focelizagdo 6 agonte ov como protegonista f3- Sendo taal ume feealizagie autediegéilea, ou como personagom Stcundéria, (Poderé ar também um narrador alheio. como agente to univarso diegétleo, mas que endossa a responssbilidade da fo- Galisele em segmentos mais ou menos extensos da nerrativa, = wit personagern. A noso Var, [sto corresponde @ for tallzagio omnisciente). Focalizasio interna = 0 narrador doscreve e analise « interiorida- ‘de dos personagens, Enguanto no romance de focallzagso homotie- ‘tice pode hover uma focalzagao interna com releg80 80 narredor ler gu ier ora strona, Pe oman lon heteredtegites pode haver uma focallzagso Interne. relative Gira ou varies personagens ov pode varifcar-se ume focelizagSo 0 narrador descreve vestuério, ates, gestos, fonagens, porém sem penetrar-lhes a inferior ann persorogin plo ie mara, de Tingvegem cinematogtdfica e contribui para gerar uma, atmosfera Gemataris em tonne de ceterminads personagem. Pode parecer $6 lado da focallzagto interna conjugada com = omniscient. FocaliasSo omnlsciente = nartador que sebe tudo: © exterior © fmerior dos personagens. Visio pantordimica e total. Focalizogae rectritiva — (fixe ov mutével) = problematiza os per- tonagone 0: eventos dieglticos, obrigando a leitor «um érduo ‘exforgo, para apreendar o significado da narrative. O nerrador m6 Fmiddos", InfluGnele ea linguagem cinematogrétice, ertesa Focaiagie interventiva, muito peculiar 0 romance de focalizeréo wi men ddr paseo sural omit no rornence de hacaliza- gio heterodiegttica. rae Focalizagio neutral rativo e° modalizant pouco prevével, porque of dlscursos velo- ToS0 dsnunelam & presensa do narrador. Focalizasio fixa = 0 focalizecio & a mssma em todo © romance. Foclizagio varivel © maltipla = ae foslzagBes misturamse_no race Forancs, © que 6 mais comom, erigiando assim a paler ‘Biidage foal, Guo Togunco Genette mn des carecterisces do Shred Proust it pelimodalidade & diferente da fossiagso_ormiscients, pois era tranvgrde orn "et do epirito", seguno a qual ngo 6 Fonel fear “20 mesma tompo dentro fos. Lop, a foes Fragbe ate carectorn a chro intel, sim, sapmentor narratives detsrminaes. orate coma ainda a atng80 para as ateagfes que so Ine fragbes isoladas que nfo alteram a coeréncia do ‘elutes oe aralpee dd menor informagden que 0 necessério ext sido por um tipo de focallngi. Parsleples = a mais informegGex do que aqullo que fo le fcalizagto edoteds, autora OBSERVAGKO — Polo exporta, fea claro que o quem wi esté lige do 20s modos, enquanto o quem fala ‘etd ligado ‘as vores, ety & tempo, do’ nivel e da person narratives ‘Tudo sto porque Gerard Gente — crltiando 9 confusto que 1 Teoria Literdrie fez com penta de Mado’ = que responde & porgunta: a ‘gem eujo ponte de vista otlenta a perspective narratv ‘Quom 6-9 narrador? quem fala? FOGKO GAUCHO — 12 CONTO 1s parte: (QUEM ve primeire parte do conto, provelece o relato ite (narracso) ° histéria, As Interforonciae das erlangas rmedifieam 8 vaio do dentro do narrador onsen ‘Avnarragso, ora 8 ertério de um narrador-primeiro, ore de um fr segundo (Tia Silvine) & toda feito em 2? pestos, @ Imarrando assim relato no focalizad: QUEM FALA — Se nfo cbservamos nenhuma anacronia (ordem) porque néo hé discordincies entre 8 ordom do relato e » ordem da historic, ebservamos uma anlzoeronia, precisamente uma pause, pols TR > TH, ou sala, tivemor uma ample. descrigS0 pare ‘Um tempo muito reduzide (uma note talvez). A narrasae & vlte- or, tempo uiltzado & o passadlo ea disténcie temporal que se- pra o tempo da narragfo do tempo da hist6ria & Indefinido, = 'O'Releto do narrador — primeira é ds,primeiro grau = ‘extra diegstien, enquanto 0 fslato de “Tia Silvina” €de 2° grav = " intradiegttico, Ao nivel da hlstéria temos narradores heteredtegs tices, pois 0 narrador do fora © "Tie Silvina” no partieipam des ‘etoriae qua contam. Viese portanto, que as felas das criangas Giscursos miméticos relatados. 2+ parte: QUEM VE = Ao nivel da narragéo (ato de enunctar, ov ato nar= Fatlvo prodotor) temox um relato no focalizado porque © narra dor Invieivel adota uma viséo "por tris". Ao nivel da histrie, 163 fecehemos » narrativa etravés de um dos pales — personagem nar fador — que a faz em 1 pessoa — relato néo foralizado. A vis6o ede NOP. oserva-te uma mistura da visSo onlsclente com a visBo {imi tada, aquila @ que E. M, Forttor chamau da "técnica do pulo", QUEM FALA —'O tempo da nerragio & 0 presente eo da historia 0 pesaado, pole o pedo conta no presente um acontecimento | paseo, ratte do presente-pasndo realzado stravés do recordo~ fo do personagem, © oe nos leva & pensar em narragae interea- eda; onde histérie'¢ narragio 22 misturam, ‘0 nivel narrative & extradiegétlen com relagSo 20 “eu que e- hnuncla’"e parse a Intradiegsties quando © peso patsa a contar ou fra histgria, Como se vé "eu" que enuncla ngb € 0 mesmo que fala 9 "caso" guuchesco. Em termos de “pesson” a instGncia narrativa realizase através ‘de vin nerrador heterediegético "porque ausento da historia que onta, enguanto no nivel Il, © pee 6 narrador homodiegéttico, CONTRABANDO — QUEM VE = A visio de dentro impte-se de tal forma, que 0 nar ‘ador onisclente domina os dois nivels na narrative, do comego 20 fim do conto’ = relato nfo focalizado. N3o co verifica nenhuma Imudonea de percepsio, eontrariemente, eneontramas uma super” ‘niseioneia do arrador, quando este mergulha no Interior das per~ onagens, engendrando assim algumas paralepses ‘sSentiy um nd na gargants, as fontes Totefaram-the © nos ‘ouvidesrolnva como um trovso de Intermiténeia surdas™ (p. 32). ‘Outen parelepse 6a descriggo Interior que faz de Chiru, (p. 31 & 33), onde se 1é inclusive:. ..” "Quoria — 2 6, pols, trabalharia pa- a possurla, E uma doce carteza confortavaco, Era s6 mals...” Vi= oN > PL CConvdm ressaltar que a superonisciéncia do nerrador poderia s2 confundir com uma focalizacdo Interne, todavie permanece 8 vi= S80 do narrader: s» houvesse fecalizagio interna, terismos uma ¥ fo élferente do mesmo acontocimento dada polor proprios perso nagens, o¢ quale, funcionam ecto conto, como meros atoret “nas ‘mfos” ‘do narrador. Nio re observa, pols, nenhum acrésclmo. 2 Em termas todorovianos, supomos estar diante do“ ‘ilo representado”, em ambos os niveis. Numa primeira feriemos a “intervenga0 intensa do narredor”. "Numa segunda rmensio teriamos 2 viss0 de fora (nivel narrative) quando o na Fador apenes dscreve as opées das personogens e a visbo de, den to (nivel da historia, aproximadamente) quando © mesmo “nar~ rador no represontado” penetra na mente dos personagens, parti= ularmente “Fidéncio "e "Chiru". Perguntamos: so foralizagio $ fomnisclenta, nfo tem razBo de sero que arrolamos como paras Tepses. QUEM FALA = A nerraséo & ulterior = passado. O presente utili- zado nos discursos telotados (p. 25, 26, 27, 28, 29, 30, 38, 34), no lacureo transposto (p. 26) © nics discursos indiratos livres (p. 26 1933) no altoram a narragso ulterior porque o narrar vam do nat Fedor, que, nos exemplos cltedos, preferiu mostrar ee personagons $90 Invés de comantéclas, ‘A trajetéria do “cantrabando” constituise num relato de 1 trav. As anelepses (p. 26, 29'¢ 31) funcionam no relate de 2! (Grau, Logo © narrador extradlsgético, ‘Expliquemos as enalepses: na pa. 26 “FidBnclo Lopes fazia fempenho,., hd mais refugo que matambre gordo”, houve uma di Cordéncia entre # ordem ‘do relato e 4 ordem da’ histéria, pols © {Que #2 dis sobre Fidincto ccorrau antes da” caminhada,” Melhor ito: 9 nerrador interrompeu a ordem do relato para contar algo {que val explicitar o que ele esté contando, ov seje, 0 relato-primel Fo (8 caminhade). Como se trata de algo comun, interior 00 r= Isto primetro temos uma anaepre Inter Iomega omele- Idtico procedimanto s9 rapete na pig. 29, quando © narrax dor svoca © hdblto de ovtrot contrabandiatas ”:.. No a temiam ppordm:. nor velvéns incertos ds gusrras e_ revolugées", ne ig. 31 quando ele fela ci vido pregressa de Chiru: "".- Era oper {ar de muito maga... onde grodus, no 6 nesciments 6u fortuna, thas.o valor do cada un”, em ambos oF cas temos analepees Interna homedlogsieas complatvas, ‘Quanto 8 durageo onde oncontramos at analepses temos ‘ebviamenta o qua Genette shams paus Guanto 2 histéria, 0 narrador exradiegtico & heterediagitico porque estd susente da histrin CCARRETEIROS — 32 conto QUEM VE = Toda a natragio nos chega através de um sé narra dor, que essums uma porigso cnisclente: relata nfo focallzado. QUEM FALA = A’narracio € simultines: ® ulillzagéo do. presente detorminod ume coincidéncie entre a histéria © a narragio, Vé3e ‘que a narragio simulténea velorizou lado da historia, Fodvia, 9 fonts do decerrau como uma “reportagam em dirsto", por eauca a doa relates iterstives, of quals Ihe deram uma maior amplitude Embora no presente reflete © passado, como vemes no enuneiado “Todo © conto 6 um releta nfo de que “passou" mas, do que ‘ise passave", ou soja, ume 26 omissao narrativa assume 00 mes ao fompo viries ocorrénciae do mesmo acontecimento “carreteiro", Sento vejemer: 1 —“E vo umas apés outras, errantes antis das fileiras, 40) 2 — Se vio ots, ozo 0 detaer guns sem press." Hang mgr pla 4, ‘Mannie de brome glods™ “NSrn Geta eguesony a Fada moves... at. (41) ar” et, 2) Foe te wide repodd’ om habit... etc, (42) Te tata pte a btutatrablhnra do reunr 08 bla te.” a — {eile op caso 0s anon que se eseoam’.. ot, (43) sot" aide quando o sal sal om aa Te tae, etree cava dar cares. co" ec, (44) Steet helte @ de tas, eee (a8) No que diz respelio ordem nfo chesrvames anacroniae quarts A duragio pensamos em. tormos do somério, 4 ave Eelrvamos nem ause nem elipse, nom canas, havendo — 8 Mig resume do vin acontecimento, Ov 32° umm Sumario, onde TR TH Guano te nivel vacrativo,temos um» narrador extradlagétco, ecn wads 9 conto, po ou espordsicas “alecurees raltados” (p43 £7 3) elo pravententes do norrador do fore Ly vel de historia, © marredor aesUme uma posigfo hetero- legities. a 4 5 é 7 8 9 10 n 2 [BRINQUEDO PESADO — 42 conto QUEM VE = Na plgine 49, 0 nerragfo 6 introduxida por um nar- Todor fora et foc de 2 pees 16 Mot tre pion para. aos da psp. 20, tenes 0, dlscurea do pereonegem em primeira frsson,prevlecende, contude, um rlatg dp fecaizado, © ctimo Peragrafo da pi. 50, bom como os perdgrafos incials da p63, Varn'do.porecresom, embors, na pép. 51, esteiamos racebendo, 4 Pereepeso do personagom, emi 3° pessoa, através do alecureo Indl Foto livre do harrador O'relato no octlzado, predominaré em soguida, at6’ mesmo no relato de 2" orau, quande a parespedo vird de personage Ac onto e em primers peseos. QUEM PALA = A narragio & ulterior, o tempo & passedo. Na or Gorm verificamos dues snseronias, ov seja, duas anslapsss Interne hhomodiegétiens completivas: primeira quando o relate do narra dor 6 interrompido pare Zé Vendncio contar “um caso com 0 Ve tho Butierras™ (p. 50). Be es cue pn eas Sato te Sint S'S Se ae Gem ten ene ot Sites ioe Fa so greet i ie Sane on oe va vit 4," naraso, quo fl 60 natsdorprinci sobre jenancio: nerrader extredlegteo © heterocegética, Ao nivel Ferrets coat wep A rarrate ewegtion Tube pecosert tnular 0 dlscurso de 24 Vendncio (anclepse) coma relata ntrade= ‘itico, posto que & estéria iferente dacusle contede pelo narreder- primeiro, Nao sabemos, 4 ps ‘Ao nlvel da histéria o narredorprimelro nfo esté presente: nurrador heterodiegétleo, encanto 0 narredor Intradiepitica & hhomodiopética, participants como parsonagem secundsri, IUCA DA CONCEIGAO — 5° conto QUEM VE = Tode @ narragso not chege através do narrador pri rmeira, que a fez de forms onisciente: relato mio Focallzade, QUEM FALA — © tompo da narragéo 6 pateado: narragso ulterlor, A tito do more tentava, dirfames que este conto apresenta cine 0 seginonton = i 35 ort —S 4 os (relato 1) ecepeo ou logro da festa So (0 que-estd mais préximo do relato 1 € 0 "2"; v80 sendo colo ‘dos em primeira luger aqusles que esto mels distantes do releto 1) depois ego colocados es malt préximos). Convém lembrar que {8 ordem da clagese & linear © cronoldgica, logo serd a orem do iscursa que ind Invertisla, originando assim es onecronies.. ‘Assim sendo, consideramos descrigio da “Kermesta” (pég. 64 — 15 46 — Ah» inca de 67) una analope, poraue o narrador Inter. forpes 0 relato I, num attude ca quer abre un pertntese pare ‘lca elg que celarcerd sabre ene mesmo relate primeito, de SSminands portato uma “parade” no tempo da histria ("dure fo Giegitca wis") © a contouegsa do claurss narrative ov Fe 0 pa Por outro lado, quando o narrador diz dae IntengBes da Juca fem conetrulr uma “eapela” (pg. 67) pensamos em prolapse, por~ Gos cle “conta no paseado anteriormente) um econtecimento ulte Foe § garden que fale rant od.» rrr op madr seracigite, poison dlcuraos det do "lsc" eranam $9 na ‘ir, tom como. oe cecurtos reatados cos deres personegens. ay teow ch atria, fens. om norasor" hetrdoates cc dor susente ds histéra). NOTA — cbrervamos o verbo no presente nos discursos di- ‘eter dos personagens, poram toda = narrative ne passedo « com narrador enlaclonts, processe melt ‘comom neste vr. POR PENA — 62 conto QUEM VE = Nas 72.© 74, semes uma fecalizagio home- Sept poraus 0 rater vio cic om pours pore, 8 Siti Line peste de pores cinta © conto continua em Focaliaagio externs, dence 0 uso dts ot tes entre Jovclo ¢ Gurina, onde oarredor preende mostrar ‘ts parsonegens através dos sous préprice a0 9 gesios, Entretanto, fis igumas infragses 9 sta foealzoqdo externa, pols os acréscimox ‘Bra ora duma dor mui grende, que no se scale s O coragio do outro esters pequenininhe de pena’ e grande ‘rslva...") ever ser corsideredes como para: [QUEM FALA — Narrasfo ulterior, © conta comecando como que nang res revel logo a anacroni inal, precsrent re nalepue homediegilca e interns completiva, oslo que r Fidos enteriormente eclarecem egusles fess situados depole 1 plane de didgese, mae colecsds antes no plano do ckeureo. Quenio a order, a anslopte determina 8 passa em termos de: dureglo, Ox sumérios podem sor cbservacos quendo © narredor 6 susponde as cenas ¢ retoms rapidaments a narragéo, incorrends 20 ‘retmo temo om allpees implictas (pig. 75 — 76-77 —~ 78). Na fraquénets tomas Um rato singulativo, ‘wi, vemos» presenge do um nareatirie exter dlegtiea: “Le digo”, "ects conheceram”... “Vocks entenderam”, Soa parte introdutéria do conto foi considereda como ane- renin, restos pensar em um rival narrative ce? qrau, onds Srnarracor & extracdageico e heterediogsico, VELHOS TEMPOS — 7 conto QUEM VE — Todo 0 conto aprecents ume Focaizasio emnisclente: © narrator “sabe tudo" nos di ume visio tstalzadora ndo £6 dot seontecimentos, mes também chega a penstrar nos sentientos da Severo, dai 0 cardter de fecalzagéo fina QUEM FALA — Narragio ulterior, toda 20 passade, A doscriggo do spago tolérico felte pelo narrador ommlsslonte "que vai mostrar 1b 00 Infor 0 que entende que este deve vara aprecier” — oetd fora da temporalidade diesética, prolongande portanto 0 proces narrative, que corre lent, em ritmo de pause ‘Se considerarmes a salda de Severo, da Granja Nova, deseite fa p_ 84, eno todo 0 Wieio do conto sors uma shalepsa, “Velhos Tempos” & um relato singulativo, com, algumas leragbes:,"Aguela inves60, de méquinss, sobretudo, dofethe profurdarente". se, (83); *Pelos grandes dias de verso, abrassto de sol, 0s cavaion o- fegentes sstacevam"... ete. (87) “Em serdes do inverno, na varanda dss esténcise, reuniom-se as famiise,.." ote. (90), © nivel narrative & do 1. grou Inwrne homeiegaticn completive om simulaneicads com © rlato arto, ‘Outre pavas lesitice vamos ter no manélago Interior de Sér- io (100 10) parte) fits aparenterente em 8° pesson, ms, fetidade trates de urna 1 pessos, logo outra analepse homedie~ sities ‘Sendo da primeira grav o nivel nerrative, temos_o,narrador mtradingitce. Guanto b pessoa, 9 nsrrador 6 heterodiegtis, CHARLA — 92 conto [QUEM VE — Aqui, notamoe que a deserlole — constente nete i> ro ce conte fol contiderevelmente resumida, am favor "a re: Presanapio dramilen dos eventos cngties ou 2s 9 naacor lou" pare ce 88 personagens dlalogesem entre al. O rarrador nada revels sobre of pales, prefer mosirios, reprecentSios, ‘go: Feeaizagze extern Na Instincia narrative de 22 gray, onde 9 personagern — nar= rador Fidbncio sume 9 flat, tems 2 focallagio ommiacente, QUEM FALA — No relato de primeira grav, © passed © 0 diegtico & presonte, enquanto, no F SSfarragio ¢ ulterior, Azim penamas sm narragio Intereaade, Em termos de freciércia, tence umm rato singulative © na duraggo temas os ennas [8 rotors, 6 Ne instincie narrativa de 1s grau, © narredor 6 extradiantice 6 hetarediogeten. Na insténcia narrative ce 22 greu, Ficincio é personagem — accador intradlgutce o heterodiogitico, haverdo também @. Bre ‘enga de Um narratiria ("amigo") Intradiogtico hemediegétcs, DIA DE CHUVA — 10% conto QUEM VE — Este conto apresente ma fotlizagse Interna con|o- ‘Gia com focalzagio homodlegticn. 1 focalizagio Interna estoris na patie introdutéria do eonto (120 ko initio 1811, « lige 20 proprio confsstoalism> (G nareador, into 6, hé uma foealaagio Interna relacionade 20 pré> prio marred 16 fecliacSo homedigttea subsume o fato de 0 narredor pertcipar como personagimn secunddre do mundo dlegtico (este Pesrrd narrador &. respanedvel pa fecalizagao) @ @ fat também Ge ume narrative primeira pessoa. QUEM FALA — Narragio interealada, (Io sabemos o que vern & Ser ena parte itrosutérie do canto, onde o "velho*conversa con! Pi ieslainho”, ante da relater "um caso", Seré acronia? ‘Trote:se de um relate singolatvo, com analpae ne pine 152, conde’ imperfeta denorcia, por outro. lado, e prezenga dat itera. Em termos da dureeée, observamos ume elise ne péa, 197: ‘Uns anon depois, engontral © Candace”... ele. ‘ho nivel narratvo, a instincie & de 1 rau, logo narrador exaracegaten. ‘Quanto & hisérie narrade, 0. narrador estando repreventado (ou), torte narrador hemodlegio. or ua vr, 9 naratirl. (patrSazinho) 6 intradigétee, ANDARENGO — 112 conto ‘QUEM VE — 0 natrador edoto uma focaliagto omnisciente (QUEM FALA — A nstragto 4 Interealade, porque em slguns dsle- fGen tems 0 proven, outros © pasado, enguanto © relato do ” ‘nitrador exté todo no cassado, A utlizagS0 de presente dave-se cu 3 ma Tosio de contemporaneldace entre dldgese e dlscurso (pre- tenella pelo narrador), ou 30 fato de 0 narrador hevsr prelerido, toes semen, rire 0 prone, 20 vs de caren ties “Aa, as descrigses — por sina! multo freqientes — ako ¢o- mandadas puo morredor omnlsclarte, siuando-e, por consapuint, fora da temporaidads legitca « dsterminando verdadeiras pauses ta tintagmdtien natrativas descrighes a tepera (148), do quintal {1149}, de naturers (150) slo meres Gescrigtes “dcticas", Yale. TTedavie, » pause que cobre a papinas 14d — 145 — 146 ¢ parte de 147, pode sar arroleds como analep: “O velho Antonio’ Pala ‘ra, do fate, tino eonhecico, . Mertens ant, EE fo assim’ ervalhacendo, ervzan zero! at eoxihasy co Ihecido por todos = ninguém sabendo to cero quem ele foss Ese contidarsrmon a caida de °Pela'e Miguel”, ca "vende de Ma- reco Fagundes” (18), ent8o 9 parts intredutéria do conto (141 Ta) constituird tabi outra anacronia, ‘Tames um rolatosingulativo com vir conv! 32 Raragdan 80 sou “Une tarde, aponteva um viandante,. “Ei fleando de pouso uns das "Sabla como singuém fazer um botéo da tantos, siChegava, fava uns dian prestando earvigos... st. “Noauale aio, endo. Jogne,.. pera, doeapare- A Instine'a narcetive & do 1* orau — notrador extradiopitico. ‘Ao nivel da hstéra, 0 narrodor & heterediegicn, (E cttoe fs oe poreonzgene, como sardo clssifieadse?) LAGOA MORTA — 12¢ conto QUEM VE — Focaizacko omrisclente QUEM FALA — Narrasto ulterior Nivel narrative de 1 grou — narradorextradioghteo, Pessoa — narrador hetercdiegético. a ‘A deri, domino tls « Snares nari, confers 99 conte una expeialiduce more mente referencia © gogrfien.Embo- Fa Tore ds temoralidadesicgstica eam furgio “exorraiva, Se {rgbes deste tipo conriouem pers dor mois realeme a0 copaga fern ue se devenvove 8 historia FAZENDO ARAMADO — 127 conto QUEM VE — Ao nivel narrativo do 1 grav temo © Foealizagio » texarma, porque © narrador nfo se adentra no interior das perso- fragons, apenas vel contend "por fora”. ’AS nivel narrative de 2° grau, temios ume feclizagie homo- legiticn, {QUEM FALA — No nivel natrativo de 1> grau, 0 narrador # extra- iegitico © heterodiogtic. Novtogunde nivel narativo de s2punds grav, 0 personagem narrs- ‘dor Jea0 Silvano & Intradiegitica » hemediogtic, partieipando do Inetéria coma personager secunclia, Na histérs— seounde eporece » figura do narratére intra- iegitee — os pebes qua apenas cuvem © relato de Jo8o sikano sobre Jango Touro. ’8 narragto ¢ ulterior. BEIRA DE ESTRADA — 14° conto QUEM VE — Ao nhel narrative. de 1+ ora, temos oro feaia- Slo ermivlont, porque sam de arrat por fore narfaor for dt conhertr sentiments das personoge com seu" Tne," (180), mondogo interar de Ceo Pedro” “sparente: “Gomo fhe sis seule.” (188) re prurendoo de dor e Vrgonha.." (186) "=~ dfishave © word pure poser’ ete To nial mfrtva Ge 2" ory, @ personage narredor Zafe- tino deta una foalasio homodgstes, pols so ports came um i er ste corer pana rain re gue crn eipuras Sls foe tw relate Go conversa, grec, Som que todos, vonta's fuser Ge eign? modo, {curso Gon aconecents narrases” (27?) QUEN FALA “A rarracto 4 vltrer, cbrevando-we_anacroias rs iio 8/18 Ep up. 71" oan Trond 9 puters” TEnquante o releto do narredor & Werative, © relato de Zeferi- no & singulative, ‘As nivel de 1 grav, © narrador 6 extradiegitico © hetero eo. ‘Xo nivel do 2° grav, © narrador & Intradieitiea © homo- logtico. ‘No relato de 2° grav, Chico Padro funciona como marratirio Inuradiegiice homodiogstico. EMBOSCADA — 15: conto QUEM VE — Todo © conto apresanta uma focallzagSo omniscient, pols © narrador sabe ate oe pensamentce do eachorro, QUEM FALA — Nareagfo lteior Relato de 1° grau, com nerrodor eniradiegética © heteredie sito. TA expresso “Rage? Vio If saber 9 raga..." danuncia um rarratéro exteadiagtic. a PASSO BRABO — 16:* conto QUEM VE — 0 relato de 1. grav epresenta uma fecaliagio exter- na, com paralopees ligeires ras pg. 204 e 203, (poderia ser tam- em omscionta? J8'0 relato da 2° grau, zpretorta uma foealzagse hemediegéties {pederia ser Interna?) Doservagdes “oussdas” — Tanto © narradoreprimelro como © par= sonagerenerrador tém uma visio cbjetiva do universo representar 8; dal presenga do releto em todo conto. A minima utilizagso o diacurso increta livre se contrapée & mdxima utlizagso do alse curso narrado, am sua forma dialégica — variante do eat lo aireto 8 que com Todorey, contrioue pare acentuar os aspectoe referen- ale Iitral do enunclado, ‘QUEM FALA — Nerracéo ulterior, pols © tempo esté ro patsado. © tempo de Hlatéria € Indefinida, pois que ningudm sabe quando ‘corrarem es estas coat 2p nivel narativo de 1 greu, © narrador & extradiegt heterodiegtic. ‘Ao nivel narrative de 2° grou, 0 rarrador & intradiegtico Ihomodiegitico, participando da histéria como. personagem secun- dria, Agu, 0% "dois pedee* funcionem como narratirie intradie- ‘tle. ‘Obeerveszo: Sem pretensdes do rgocismo ou fixes, propo- mos os gréficos que se sequem, rume tentativa de resume. 3. CONCLUSKO Dos densssels contas Inseridos em “No Gelpfo", apenas sels ‘apresentam um narredorintradiegtico, 0 que equiva @ dizer que ‘narrative de Darcy Azamivje& fundemsctelmente priméria. pera todas as narratvas primar hevers sempre a presencs de um fetrador hatarodiogitie. Dir-co-a, que o regionalists gaucho tra- fare um modelo, no qual colosara todos ot seus conter, tamanha SP monatonie que ox mesmcs oferecem, ‘Ard masmo nos contos que possuem um ralaro da segundo grav (Fogho Gaicho, Bringuedo Peseds, Charla, Fazendo Aramedo, Beir de Esirde Passo Grebo, vance gue 2 intredigica clnico definide por Lubbock, ende as cosas falar por si mesmo come em espetéevlo esttico, C5u © cam= por sintese tslurca, lade esafisdora, dos credos critcas Sibjatives — impreceloniets, embora banteda por discrels poesia, E squi devaWveremos a palavra a Gerard Genette: “A ‘eseriglo 20 contririo da rarracéo, ume ver gue se demora thre bets e wares cosideracon em sume simultane ods, f encara os processos eles mesmes como expetéevlce, parece fuspender 0 curio do tempo e contnibulr pars espalhar a “ rnerrative no espago". (Gerard Genette, in Andlise Estrutural Ge Narrative — Rio de Janeiro, Vozes. 2+ ed. 1922). 2°). Defendonde a inexstinela dos gbneros dasritves, advogando a impeectbilidade de uma narrativa como auailir da doser- 8, alrfamos que 26 topogratias © prosopografias em “No sips” ocupetam 0 lugsr malar, favorecends 0 ruperfela- Tismo anedéilco ¢ causando © malogro de uma obra em ter mat de Reg. Desconhacemos a dats em que esse lio fol escrito: sabero- lo “premisds” em 1925, Deve ser vido nos pordmetres pre-mocer- nistar, pola os setemas de opceigio ou reagio trad.zom somore fonscioneias em compromisee. E a arte, enquanto néo deelanche pera o penfletiro, deveris subsumar 0 cardter deutrindrio do. ene eqs earereano. ‘Se 0 Regionallsmo & uma das herangas das reagfes ant-romBn- tices na Literature, defrontamovnos agora com um repionalismo “ramintico™. Vesede ery Tinguagem trarsitéria — nary tradicional, arm madernisto —, dascrevands costumes, decurentando 0 tiico, 1 pitoreseo, 0 exdtieo, revendo entrevercs @ saquocordo quar" fomando como pane de funco uma reside (a que ReglSol) cu condigdes nfo 29 refletem intgralmenie no seu contecdo, a obra ‘de Darey Azambuj, jamais s2 enguedrarle ne Pottica Kalor do Mederniema Bratileiro, pera. vepetizmos (sem muita convicgio) borlhanta posicionarento.teérico do. professor Doutor Gilberto endonge Teles. isto sem yoltarmes alusbes & estroture tracelo- raliate dos contos de Azambuja or todas estes raxéas, os contoe de “No Galoo", fazam um regionaismo menor, Um reglonalieme menor porque sllenado do ‘onteddo eriize @ dansidede social que carecerizariam a narragio dda Line do Rigo » Gracilaro Ramos. “Quen vi" por um 30 Angulo 4 “Guem fele” por um sngulo [Nem sempre dard @ palavra 8 alguém... E det, e primarie- ‘arrativa, ou quem sabe, 2 earéncia da BIBLIOGRAFIA 4 SARTHES, Pond otal Aniue Esbulutl de Warathe, 2% ed. Rlo do Sanco, Vere, 172. 2 GENETTE, Geran. Rguras 5 Pais, Eons Du Sen, 1672 3 SUVA, Vor Manuel do Aguar © Toole da Leroi 8* od. Coimbra, ‘Amesing, 1273, 4 TODOROV, Trretan, Estukullone © Poles — a a. Sto Paulo, ‘ut, 3074 Ho, Perepectva, 7972 gues. 6

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