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Aula 7:

Sistemas de tubulações

Profª Mª Paola Gorkos


Sistemas de tubulações

• Até aqui, nas aulas, consideramos que as tubulações vão de


um ponto a outro transportando uma vazão constante
(montante x jusante). Além disso, o diâmetro era constante
e a tubulação única, ou seja, tubulações simples.

• Na prática nem sempre é assim. As tubulações mudam de


diâmetro, existem linhas paralelas, no percurso saem ou
entram vazões e os tubos interligam mais de dois pontos
extremos. São os chamados sistemas de tubulações.

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Definições: nó

• Nó: qualquer ponto que represente uma quebra de


• continuidade na tubulação
• Pode ser: um cruzamento de mais de um tubo, uma
mudança de direção, uma mudança de diâmetro, etc.

• Em um nó, a soma das vazões de entrada é igual à soma das


vazões de saída.

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Definições: trecho

Trecho: a porção da tubulação entre dois nós.

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Malha e anel

Chama-se genericamente de malha ou de anel um circuito


formado por dois tubos que interligam dois nós por caminhos
diferentes ou um circuito que, saindo de um nó, retorna a esse
mesmo nó.

É o caso mais normal em cidades, onde as redes de distribuição


de água formam malhas acompanhando as malhas das ruas,
envolvendo quarteirão por quarteirão e interligando-se nos
cruzamentos.

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Nós, malhas e anéis

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Tubulações equivalentes

• Pode-se levar água de um lugar para outro, ou por um só tubo de


determinado diâmetro, ou por dois ou mais tubos de diâmetro
menor instalados em paralelo, ou ainda por dois ou mais tubos de
diâmetros maiores e menores instalados em série.

É um dos problemas mais usuais na prática. Por exemplo:

• Pode-se substituir uma tubulação de diâmetro 600 mm por duas


tubulações paralelas? De que diâmetro?

• Se tivermos um projeto de uma adutora de 2 km com DN 400 mm


e o almoxarifado dispuser de 1,5 km de tubos com DN 300 mm e 1,5
km de tubos com DN 500 mm, é possível construir uma adutora
equivalente? Com quantos metros de cada diâmetro?
.

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Tubulações equivalentes

Diz-se que um sistema de tubulações é equivalente


a outro sistema ou a uma tubulação simples quando ele é capaz
de conduzir a mesma vazão com a mesma perda de carga total
(com a mesma energia).

Os seguintes casos podem ser considerados:

1) uma tubulação simples equivalente a outra


2) uma tubulação equivalente a um sistema de tubulações:
2.1. em série
2.2 em paralelo
2.3 malhados

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1. Uma tubulação simples equivalente a outra

Para que uma segunda tubulação seja equivalente à primeira é necessário que a perda de
carga total hf seja a mesma para o mesmo valor de Q (mesma vazão).

1,85
𝑄 𝐿
𝐻𝑓 = 10,643 . 𝐻𝑓1 = 𝐻𝑓2
𝐶 𝐷 4,87
Hazen - Williams

1,85
𝑄

Equivalência
𝐽 = 10,643 . 𝐷 −4,87
𝐶 𝑄1 = 𝑄2

𝐻𝑓 = 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 1,85 4,87


J = perda de carga unitária 𝐶2 𝐷2
𝐿2 = 𝐿1 . .
Q = vazão 𝐶1 𝐷1
C = coeficiente
D = Diâmetro

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Exercício: condutos equivalentes

Uma tubulação de 250 mm de diâmetro interno (DN 250 mm) tem 360 m de extensão.

a) Determinar o comprimento de uma tubulação equivalente de DN 200 mm, com a mesma


rugosidade da primeira.

b) Seja o mesmo exercício anterior, supondo que a tubulação de DN 250 mm tem rugosidade e1 =
1 mm (≈ C1 = 105, em Hazen--Williams) e a tubulação de DN 200 mm tem e2 = 0,20 mm
(≈ C2 = 130 em Hazen-Williams).

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2.1. Sistema de tubulações em série

Tubulações em série é a terminologia usada para indicar uma


sequência de tubos de diferentes diâmetros acoplados entre si.

A vazão em todos os tubos é a mesma. As perdas de carga em


cada trecho de tubo são diferentes, e a perda de carga total é
igual à soma das perdas de carga de cada trecho ou tubo.

𝐻𝑓1 ≠ 𝐻𝑓2
𝐻𝑓𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝐻𝑓1 + 𝐻𝑓2 + … + 𝐻𝑓𝑛
𝑄1 = 𝑄2

𝐿 𝐿1 𝐿2
1,85 = 1,85 +
𝐷𝑒4,87 .𝐶𝑒 𝐷14,87 .𝐶1 𝐷24,87 .𝐶21,85

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Exercício: tubulações em série

Seja uma tubulação ligando dois pontos distantes (18 km) para
conduzir uma vazão de 0,5 m³/s.
𝐿 𝐿1 𝐿2
Tal tubulação será construída parte (10 km, DN 800 mm) em = +
𝐷𝑒4,87 .𝐶𝑒1,85 𝐷14,87 .𝐶11,85 𝐷24,87 .𝐶21,85
tubos de concreto de bom acabamento (C=130), e parte (8 km,
DN 600 mm) em tubos de cerâmica vidrada (C=110), uma vez
que se dispõe desses tubos no almoxarifado.

Pergunta-se qual a perda de carga resultante para que se possa


especificar as bombas a serem instaladas.

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Exercício: tubulações em série

Seja uma tubulação composta por três trechos em série, de mesmo material e mesma rugosidade

Trecho 1: DN 100 mm L1 = 200 m


Trecho 2: DN 150 mm L2 = 700 m
Trecho 3: DN 200 mm L3 = 100 m

Pergunta-se qual a tubulação de diâmetro único que substitui essa condição, seguindo o mesmo traçado?

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Exercício: tubulações em série

E se a pergunta variar para: “Qual o sistema


equivalente composto de dois tubos de
diâmetro comercial em série?”

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2.2. Sistema de tubulações em paralelo

• Duas ou mais tubulações são ditas em paralelo quando


unem dois pontos conhecidos.

• Duas ou mais tubulações nessas condições formam o que se


convencionou chamar de rede ou malha.

• A vazão em cada um dos tubos em paralelo é função do


diâmetro, do comprimento, do coeficiente de rugosidade e
da diferença de pressão entre as extremidades desse tubo.

• Observa-se que a diferença de pressão entre as


extremidades é igual para todos os tubos de um sistema em
paralelo.

• Também se pode afirmar que a soma das vazões de cada


tubo é igual à vazão total afluente (e à efluente).

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2.2. Sistema de tubulações em paralelo

𝐻𝑓1 ≠ 𝐻𝑓2

𝑄 = 𝑄1 + 𝑄2 + … + 𝑄𝑛
Hazen - Williams

1,85
𝑄 𝐿
𝐻𝑓 = 10,643
𝐶
.
𝐷 4,87 1,85 𝐷 2,63 . 𝐶 𝐷 2,63 . 𝐶
𝑄= 𝑄=
𝐿0,54 𝐿0,54

𝐻𝑓 = 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
J = perda de carga unitária
Q = vazão
C = coeficiente 𝐷𝑒2,63 . 𝐶𝑒 𝐷12,63 . 𝐶1 𝐷22,63 . 𝐶2
D = Diâmetro = + + …
0,54 0,54
𝐿 𝐿 𝐿0,54
2

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Exercício: Tubulações em paralelo

Seja uma tubulação composta por três trechos em série:

Trecho 1: DN 100 mm L1 = 200 m C = 110


Trecho 2: DN 150 mm L2 = 700 m C = 150
Trecho 3: DN 200 mm L3 = 100 m C = 100

Pergunta-se qual é a vazão total do sistema.

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