Professional Documents
Culture Documents
Papfinal Ana
Papfinal Ana
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Tabataba
Bernard Marie-Koltés
1
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Índice
Agradecimentos ........................................................................................................................ 3
Introdução ................................................................................................................................... 4
1. Componente Teórica ........................................................................................................ 6
1.1 Caracterização da Obra ........................................................................................... 7
1.2 Evolução da Personagem no Texto ........................................................................... 9
1.3 Universo do Autor ............................................................................................................11
1.3.1. Biografia do Autor ...............................................................................................11
1.3.2. Obras do Autor ....................................................................................................13
1.3.3. Contextualização Histórica ...............................................................................15
Conclusão .............................................................................................................................18
2. Webgrafia ..........................................................................................................................20
2. Componente Prática .......................................................................................................22
2.1. Caracterização e cabelos. .........................................................................................22
2.2 Cenografia .....................................................................................................................23
2.3 Figurinos .........................................................................................................................24
2.4 Desenho de Luz ............................................................................................................25
2.5 Sonoplastia ....................................................................................................................26
Anexos .......................................................................................................................................27
A) Diário de Bordo ........................................................................................................27
B) Texto Cénico .............................................................................................................34
C) Cronograma de Ensaios ........................................................................................44
D) Design Gráfico (Cartaz, bilhete, convite, etc.) .................................................45
E) CV ................................................................................................................................49
F) Avaliações realizadas pelo professor ao longo do ano ....................................52
G) Autoavaliação...........................................................................................................58
2
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Agradecimentos
3
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Introdução
Através deste projeto, a aluna tem como objetivo explorar as suas próprias
inquietações e medos, bem como o impacto daquilo que nós somos perante a
forma como vemos o mundo. A discente acredita que este é um assunto
importante a ser falado pois acha pertinente refletir sob aquilo que são as
oportunidades que a vida nos dá, e o que é que podemos fazer com as mesmas,
independentemente das condições que temos, procurando revelar que todos
vemos o mundo como nós somos e não como o mundo, verdadeiramente, é.
Como antes referido, este projeto divide-se em duas partes, sendo que a
primeira engloba as questões teóricas e foca-se na fundamentação do projeto e
da metodologia de trabalho, a segunda diz respeito ao caracter prático,
correspondente, á caracterização, ao cenário, a sonoplastia, o design gráfico,
entre outros.
4
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Por fim, a formanda acaba o projeto com uma conclusão que resume todo
o processo de trabalho, em conjunto com uma reflexão em relação ao mesmo,
conjuntamente com todas as referências bibliográficas que contribuíram para o
desenvolvimento do trabalho e todos os anexos que lhe foram entregues ao
longo do ano letivo.
5
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Componente Teórica
6
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Caracterização da Obra
7
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
8
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
O facto de insistir com o irmão para que esta saia de casa e aproveite a
vida com as pessoas à sua volta é uma espécie de um espelho invertido da sua
própria vida. Maimuna demonstra, através dos sermões que dá a Abu, a vontade
e a necessidade para que este tenha a vida que ela nunca teve a oportunidade
de viver, uma boa vida, em que este se possa divertir, passar tempo com os seus
amigos, e andar atrás de raparigas. Sair dali. Ver o mundo. Ter uma família.
9
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
qualquer, sente que não consegue dar o salto para a idade adulta. Em direta
oposição a isto, temos Maimuna que vê e vive o mundo de uma maneira
diferente. E por isso quer projetar em Abu a possibilidade de ele não seguir o
caminho dela, se tornar alguém.
10
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Universo do Autor
Biografia do Autor
11
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Bernard Marie Koltés, passou grande parte da sua vida a viajar, o que lhe
permitiu conhecer novas culturas assim como a expandir novos horizontes no
que toca ao mundo da criação e imaginação, cada texto que o mesmo escreveu
são inspirados em alguém, ou em algum lugar em que esteve presente. As suas
obras destacam-se pela sua diversidade de temas e por abordarem questões
ligadas á contemporaneidade, tais como a violência, a marginalização, o desejo
e a morte, na sua primeira viagem a África, testemunhou eventos marcantes
violentos, segundo Koltés a sua primeira visão assim que saiu do avião foi a
imagem de um corpo a flutuar sobre a água.
12
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Obras do Autor
13
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
- Tabataba (1986)
14
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Contextualização Histórica
15
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
16
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
17
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Conclusão
Não é fácil fazer uma conclusão pois isso quer dizer que mais uma etapa
se está a encerrar. Trabalhar neste projeto ao longo de 9 meses foi uma
experiência muito enriquecedora, ter a oportunidade de criar e dirigir um projeto
nosso é um grande desafio, traz-nos muitas competências, não só na área do
teatro em si, mas também no que diz respeito ao senso de responsabilidade,
orientação e autonomia no trabalho.
Ao longo destes três anos, a aluna cresceu imenso, não só como pessoa,
mas como profissional, o Curso Profissional de Artes do Espetáculo, foi um dos
capítulos mais importantes da vida da aluna, foram anos de muito trabalho,
esforço, muitos choros mas de muita alegria e muito amor, pessoas que
18
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
marcaram a mesma, qualquer pessoa que já tenha estado nesta escola de certo
irá se relacionar quando a aluna diz que sairá daqui de coração cheio, com muita
aprendizagem, mais confiante de si mesma, mais madura e mais sensível. A
aluna espera que aqueles que venham a frequentar este curso, possam sentir o
quão transformadora, desafiadora e divertida a arte e o teatro podem ser.
Por fim, a formanda gostaria de ressaltar o quão grata se sente por todos
aqueles que contribuíram e fizeram parte desta jornada incrível, e a falta que as
mesmas irão fazer na sua vida. A aluna espera voltar a ler isto daqui a um ano e
poder dizer o quanto tem vindo a crescer graças a este curso, e falar sobre o
momento em que voltou a pisar um palco pela primeira vez após concluir o 12º
ano.
19
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Webgrafia
20
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
21
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Componente Prática
22
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Caracterização e cabelos
23
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Cenografia
Para este projeto, a aluna optou por um cenário mais simples, sem muita
informação, em cena haverá uma corda que será ligada por dois postes, um de
cada lado do palco, que servirá como estendal de roupa. No canto esquerdo
palco, do ponto de vista do público irá ser colocada uma mota, uma metáfora
para o Puto Abu, à qual a aluna terá acesso uns dias antes da apresentação.
Junto aos postes, e como peso para os conseguir suportar, estarão algumas
pedras de praia. Alguns elementos mais pequenos (roupa) serão usados para
complementar a ação da discente.
24
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Figurinos
25
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Desenho de Luz
26
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Sonoplastia
Para uma melhor instalação da atmosfera que a aluna pretende para a cena, a
mesma terá um som de fundo que nos remete para um ambiente tropical e
selvagem. Este som está presente durante toda a cena num plano de fundo. A
juntar a este som ambiente, a aluna prevê a utilização de uma música que ainda
não conseguiu escolher mas que, certamente, se centrará no universo do músico
africano Ali Farka Touré.
27
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Anexos
28
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Diário de Bordo
07/10 – 14/10 – Após ler os textos, conversei com o professor orientador, escolhi
assim “O Coro dos Amantes a Caminho do Hospital” do escritor Tiago Rodrigues,
foram colocadas algumas ideias. Uma das propostas feitas pelo orientador foi ter
uma pessoa para trabalhar comigo, pois este texto é dito por duas pessoas em
simultâneo, então esta semana li o texto com várias pessoas para perceber se
irá funcionar ou não. Entretanto comecei a fazer o anteprojeto.
21/10 – 28/10 – Esta semana dei início às pesquisas sobre a vida do autor e
sobre a época em que o mesmo escreveu este texto, e comecei a reunir
informação para a contextualização histórica.
29
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
11/11 – 18/11 – Esta semana surgiu um problema que já tinha noção que poderia
acontecer, devido ao COVID corremos o risco de novamente não ser permitido
termos outras pessoas de fora, então há uma grande possibilidade de não poder
trabalhar com o Ruben, o professor orientador propôs fazermos gravação de voz,
mas no meu ponto de vista isso tirará um pouco a essência do texto, o texto em
si é incrível, no entanto, a beleza é ser feito por duas pessoas. O plano B será
mudar de texto.
18/11 – 25/11 – Esta semana não trabalhei assim tanto na PAP, o apoio foi mais
focado em troca de ideias para o cenário e que outras opções é que poderemos
ter caso o Rúben não possa fazer a PAP comigo.
09/12 – 16/12 – Como estreamos a nossa peça esta semana, foquei-me mais
nesse trabalho do que na PAP. Agora que decidi mudar de texto sinto-me um
pouco perdida em relação áquilo que realmente quero trabalhar, até porque
ainda não tinha em mente outras opções ou temas que quisesse explorar.
30
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
20/01 – 27/01 – Após falar com o professor orientador, dei início ao trabalho,
comecei por pesquisar a vida do autor, e as obras que o mesmo escreveu, o
problema é que este ator no que expôs muito a sua vida pessoal então foi difícil
encontrar informação sobre a sua vida.
27/01 – 03/02 – Assim como no primeiro período voltei a fazer uma justificação
para escolha deste texto, no apoio á PAP foram discutidos assuntos importantes
abordados pelo texto e falamos da minha interpretação do texto e esclareci
algumas dúvidas que surgiram durante a análise do texto. Para além disso dei
continuidade á biografia e universo do autor e dei início á caracterização da obra.
31
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
24/02 – 03/03 – Nestas férias reuni-me com o professor orientador para poder
ver como é que me estou a orientar na PAP teórica, o mesmo fez-me algumas
correções. A contextualização histórica já está corrigida. Já fiz a caracterização
da obra, mas ainda me falta desenvolver um pouco mais. Para além disso,
sendo que no texto existe mais uma personagem preciso de arranjar uma
pessoa para cooperar comigo, no entanto essa pessoa não irá aparecer em
cena, será só para dizer o texto, talvez dos bastidores, plateia ou fazer voz off
também poderá ser uma opção, mas ainda não tenho a certeza de como o vou
fazer.
03/03 – 10/03 – A evolução da personagem, até agora, tem sido o mais difícil de
fazer, ando a fazer a análise do texto, só que estou tendo dificuldade em analisar
esse universo e desenvolvê-lo verbalmente, penso que assim que começar a
experimentar em cena isso vai me ajudar imenso a desenvolver o trabalho, e
completar aquilo que me falta.
32
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Em relação ao figurino estou na dúvida, a primeira opção poderia ser uma roupa
bem arranjada, que vai de encontro a uma informação do texto e a segunda
opção seria uma roupa mais descuidada, sem muita formalidade ou
aprontamentos, ando a procura dos dois para propor ao professor orientador e
vamos ver aquele que funciona melhor.
24/03 – 31/03 – Estas últimas duas semanas não tive apoio á PAP, por causa
dos ensaios, então mais uma vez não estive focada no trabalho da PAP, no
entanto lembrei-me de uma proposta de música que o professor orientador me
fez no início do período e acho que pode funcionar, mas ando a procura de outras
opções para deixar a sonoplastia já feita.
07/04 – 14/04 – Já tenho o bilhete e o convite feitos, agora tenho o cartaz para
revisão, agora falta-me fazer a folha de sala e a sinopse. Já tenho a banheira
que irei precisar para cena e já reuni alguma roupa, para além disso ando a fazer
análise ativa.
14/04 – 21/04 – Esta semana reunimo-nos com o professor orientador para fazer
mais algumas correções, também nos deu algumas orientações para a parte
prática e a parte gráfica.
33
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
A nível de figurinos ainda não encontrei nada que funcione para a personagem,
já pedi a alguns colegas para reunirem roupas que não usem e ferramentas que
irei necessitar para a complementar a cena.
05/05 – 12/05 – Esta semana com a ajuda do professor orientador fiz algumas
alterações na parte gráfica, nomeadamente no cartaz, fiz algumas correções na
parte teórica. O senhor Ricardo Brito veio a escola trazer os dois postes que
estarão um em cada lado do palco com uma corda que servirá como estendal.
12/05 – 19/05 – Após memorizar o primeiro bloco de texto, no apoio á PAP desta
semana fiz a primeira cena, sendo que foi a primeira vez não correu lá muito
bem, o professor orientador fez-me algumas sugestões no que diz respeito a
algumas ações que me permitissem explorar a cena.
34
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
19/05 – 26/05 – Esta semana reuni mais roupa para a cena, e dei continuidade
ao trabalho do primeiro bloco de texto, com o apoio da minha colega Laura,
sendo que haverá uma instalação de cena e a mesma será acompanhada por
alguma música, ao fazer a cena fui experimentando algumas músicas que
pudessem funcionar, no entanto ainda não encontrei uma que se adeque ao
ambiente que o texto propõe.
02/06 – 09/06 – Esta semana foi mais focada nos estudos para os exames
nacionais, mas ainda consegui trabalhar na parte prática, fiz do início ao fim não
correu lá muito bem por estar a conciliar a ação com o texto pela primeira vez e
por não estar 100% segura com o texto ainda
09/06 – 17/06 - Ainda não decidi qual música irei utilizar para a instalação da
cena, já defini a sequência de ações definida, trabalhei na parte prática do início
ao fim ainda há muita coisa a melhorar e a ser trabalhada, senti que de certa
forma queria fazer tudo certo o que não me está a ajudar então dividi blocos e
fui fazendo um bloco de cada vez e fui experimentando de várias formas para
ver aquilo que funciona e o que não funciona, entretanto vou mostrando ao
professor e ele vai dando algumas indicações e dou continuidade ao trabalho.
35
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
TABATABA
de Bernard-Marie Koltés
Personagens:
MAIMUNA, a irmã mais velha.
PUTO ABU, o irmão mais novo.
HARLEY DAVIDSON, a mota.
MAIMUNA Porque é que não sais á noite, quando todos os rapazes da tua idade
já estão na rua com uma camisa, o vinco das calças bem passado
e andam à volta das raparigas? Tabataba inteira está na rua,
Tabataba está bem vestida, os rapazes engatam as raparigase as
raparigas passaram o dia todo a pentear-se e o meu irmão temas
patas cheias de óleo e arranja a mota. Vergonha a minha, hão de
pensar que eu não sei passar as camisas a ferro. Se de manhã,em
vez de desmontares o motor da tua moto para voltares a montá-lo à
noite, me desses a camisa para eu lavar, o casaco para passar,o
botão das calças para eu coser, à noite não ficava envergonhada
quando os outros rapazes chegam e me perguntam: onde é que
está o puto Abu, onde é que está o teu irmão para a gente sair com
ele? Vergonha a minha. Está ali no pátio, com os cães e as velhas
e as galinhas, com um esfregão velho nojento na mão. Lava as
trombas senão dou-te um estalo. Encaracola o cabelo, ou entrança-
o, ou rapa a cabeça; dá-me a tua camisa; deixa-te de me fazeres
passar por vergonhas, à noite, quando as vizinhas chegam, com
aquele ar delambido, a Fatumata sobretudo, e perguntam: e o teu
irmão? Onde é que ele está? O puto Abu? O que é que eu posso
responder? Está no meio do óleo do motor, cheira a mota velha,
faltam-lhe botões nas calças? Tenho uma vergonha.
36
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
PUTO ABU Eu não quero andar pelas ruas de Tabataba, estão cheias de merda
dos cães; não quero beber cervejas nas cantinas do mato, nem
sequer está fria e é falsificada. Não gosto das vizinhas,cheiram a
gaja, não gosto de como elas se penteiam e se vestem,prefiro-as
de manhã quando estão a fazer a comida. E, quando começa a
anoitecer, não gosto dos meus amigos. Gosto da minhamota e das
minhas patas cheias de óleo e do esfregão sujo; antesquero as
minhas calças sem botões e a minha camisa amarrotada,gosto do
velho pátio e dos velhos e das cabras; uma cabra cheira
37
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
a cabra, não quero cheirar a gaja, quero sentir o meu cheiro, quero
escolher a minha sujidade. Deixa em paz os meus amigos e
esquece as vizinhas. Não fiques aí, não preciso de ti. Não me olhes
assim, como se me fosses dar um banho ou um estalo; já não sou
um negrinho, já sou grande de mais, já não ando ás tuas cavalitas.
Vai-te embora, Maimuna. Quando o calor aperta assim, dá-me
vontade de te matar.
MAIMUNA Quem é que tu julgas que és, preto merdoso, para ires contra a
natureza? Eu não te estou a perguntar de que é que tu gostas, não
te estou a perguntar de que é que tens vontade. Até as pedras
acasalam entre si, não vais escapar disso. Mesmo não tendo
vontade, sai na mesma, ou eu prego-te uns estalos. Ficas aí a
fumar como uma puta no interrogatório. Quem te ensinou a fumar
sozinho? Um homem pode fumar nos bares, enquanto bebe
cerveja apalpa as raparigas, mas quem fuma sozinho é um viciado,
tem vergonha, hão de pensar que fui eu que te viciei, hão de pensar
que não soube ensinar-te nada na vida, hão de pensar que eu não
cumpri os meus deveres de irmã mais velha. E, no entanto, quando
eras pequeno, passei noites a dar-te estalos e a ensinar-te tudo, a
arranjares-te bem, a explicar-te as mulheres, tu tinhas cara de
quem estava a perceber. Aos sete anos, fiz-te um desenho no teu
caderno da escola, até deixei que me tocasses para não ficares
muito espantado da primeira vez; eu expliquei-te bem; é aqui, é
assim, dentro, fora, é só isso, é simples, o homem, a mulher, a vida,
essa treta toda, não há mais nada para ensinar, não há mais nada
para aprender. Tu tinhas ar de ter compreendido; tem vergonha, tu
não percebeste nada. E à hora em que devias estar a roçar-te nas
vizinhas, estás no pátio com os velhos, a roçares-te na mota. Devia
ter-te dado mais porrada. Devia ter desconfiado. Devia ter
desconfiado que és um viciado.
38
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
PUTO ABU Maimuna, minha irmã, tu já não vales grande coisa, mas daqui a
nada nem um franco vale. E tu própria, quem és tu para me vires
dizer o que hei-de fazer, em quem me hei-de roçar e de quem é
que eu hei-de andar ás voltas? Tu és velha e não és casada.
39
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
PUTO ABU Então porque me chateias, Maimuna? Porque é que queres que eu
faça aquilo que tu própria não queres fazer? Bem vês que não
adiantava nada sair e andar pelo meio da merda dos cães das ruas
de Tabataba.
MAIMUNA, Mas a vida, puto Abu? Tudo o que eu te ensinei, a mulher, o homem,
o amor, essa treta toda? Tu já não és pequeno, mas também ainda
não és velho, puto Abu.
40
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
PUTO ABU Deixa-me ser velho e fumar tranquilamente no meu canto; tu fazes
o que quiseres.
MAIMUNA Sem mulher, puto Abu, quem é que vai passar as tuas camisas?
Quando fores muito velho quem é que te vai preparar a comida?
MAIMUNA Dá-me esse trapo, parvalhão, vou esfregar contigo essa mota
nojenta.
41
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
1.
Já foste buscar água? Puto Abu? Já foste buscar água?
Estás á espera que a camisa se lave sozinha?
Porque é que não sais á noite, quando todos os rapazes da tua idade já estão
na rua com uma camisa, o vinco das calças bem passado e andam á volta das
raparigas?
Tabataba inteira está na rua, bem vestida, os rapazes engatam as raparigas e
as raparigas passaram o dia todo a pentear-se e o meu irmão, com as patas
cheias de óleo, arranja a mota. Vergonha a minha, hão de pensar que eu não
sei passar camisas.
Se de manhã, em vez de desmontares o motor da tua moto para voltares a
montá-lo à noite, me desses a camisa para eu lavar, o casaco para passar, o
botão das calças para eu coser, à noite não ficava envergonhada quando os
outros rapazes chegam e me perguntam:
- Onde é que está o puto Abu?
- Onde é que está o teu irmão para a gente sair com ele?
Vergonha a minha! Está ali no pátio, com os cães e as velhas e as galinhas,
com um esfregão velho nojento na mão. Lava as trombas senão dou-te um
estalo. Encaracola o cabelo, ou entrança-o, ou rapa a cabeça; dá-me a tua
camisa; deixa-te de me fazeres passar por vergonhas, à noite, quando as
vizinhas chegam, com aquele ar delambido, a Fatoumata sobretudo, e
perguntam:
- O teu irmão?
- Onde é que ele está?
Está no meio do óleo do motor, cheira a mota velha e faltam-lhe botões nas
calças.
Que vergonha.
Tira-me a cabeça do cu dessa mota.
42
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
43
.
Achas que alguma das raparigas aceitava montar nisso, depois de terem
passado o dia a pentear-se? Isso nem para sair te serve, isso serve-te para
ficares.
Uma irmã que tem um irmão que fica é a risota das vizinhas.
Uma irmã que tem um irmão que não é homem, não é mulher.
Ficas ai a fumar como uma puta no interrogatório.
Quem te ensinou a fumar sozinho?
Um homem pode fumar nos bares, enquanto bebe cerveja e apalpa as
raparigas, mas quem fuma sozinho é um viciado.
Tem vergonha.
Hão-de pensar que fui eu que te viciei.
Hão-de pensar que não te soube ensinar nada na vida.
Hão de pensar que eu não cumpri os meus deveres de irmã mais velha.
Até as pedras acasalam entre si, não podes fugir disso.
Corre as ruas de Tabataba.
Vê se és digno de mim.
Bebe cerveja e fode raparigas.
Eu ensinei-te.
Tinhas 7 anos quando eu te ensinei.
Fiz um desenho no teu caderno da escola.
Até deixei que me tocasses. Para não ficares muito espantado da primeira vez.
Eu expliquei-te bem: é aqui, é assim, dentro, fora, é só isso.
É simples.
O Homem, a Mulher, a Vida e essa treta toda.
Não há mais nada para ensinar.
Não há mais nada para aprender.
Tu tinhas ar de ter compreendido, mas não percebeste nada.
43
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
3.
Devia ter-te dado mais porrada.
Devia ter desconfiado que és um viciado.
Na idade em que os rapazes vão espreitar as raparigas quando elas estão a
tomar banho, tu, lembro-me muito bem, só querias subir para a parte de trás
dos camiões e respirar os gases do escape. Voltavas para casa a tossir, com
dores de cabeça, drogado e viciado como um americano, quando na verdade
tu és tão bonito, puto Abu.
Se tu me deixasses.
Deixa-me, ganapito.
Se tu me deixasses, eu punha-te tão lindo que as vizinhas até ficavam
cinzentas.
Sobretudo a Fatoumata.
Entranço-te o cabelo, escureço-te a pele e borrifo-te com “Soir de Paris”.
Passo a tua camisa a ferro.
Engraxo os sapatos.
Ai, que orgulho, puto Abu.
O orgulho com que eu andava em Tabataba.
Mas não ando. Ando envergonhada pelas ruas, e tu só me fazes chorar.
O que é que tu tens contra as vizinhas?
Qual é o problema das vizinhas?
Eu sei que é verdade que elas não são muito bonitas e que podias esperar
melhor, mas elas passaram tantas horas a maquilhar-se e pentear-se,
sobretudo a Fatoumata, e agora estão todas aí, delambidas, às voltas na porta
à espera do meu irmão.
4.
Tabataba inteira está lá fora.
Tudo está lá fora, á tua espera.
A Mulher, o Homem, o Amor.
Tu já não és pequeno, mas também ainda não és velho, puto Abu.
Não se pode ir contra a natureza, vergonha a minha.
44
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
45
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Cronograma de Ensaios
O presente cronograma mostra-nos o processo de ensaios na fase final do
processo de trabalho referente á Prova de Aptidão Profissional.
46
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Cartaz
47
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Folha de Sala
48
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Convite
49
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Bilhete
50
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
Curriculum Vitae
51
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
52
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
53
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
1º Período
54
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
55
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
2º Período
56
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
57
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
3º Período
58
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
59
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
A) Autoavaliação
1º Período
60
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
61
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
2º Período
62
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
63
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
3º Período
64
RE G I Ã O A U T Ó N O M A DA M A DE I RA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
65