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Pet Inicial 3
Pet Inicial 3
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Ela foi socorrida por terceiros e levada até o hospital Nossa Senhora da Saúde,
e ela permaneceu recebendo atendimento médico.
Divam, temendo pela situação de sua mulher e filhos, foi até a Rodoviária Novo
Rio e comprou, com o próprio dinheiro, as passagens necessárias para ir até Capim
Grosso. Lá chegando, constatou o descaso com que toda a situação foi tratada pela
empresa, uma vez que seus filhos não só haviam sido deixados no posto da Polícia
Rodoviária, como também não lhes foi prestada nenhuma assistência para
alimentação, acompanhamento ou alocação deles em uma pousada, hotel ou qualquer
forma apropriada de abrigo. A família retornou ao Rio de Janeiro, custeando sua
passagem com recursos próprios. Desde então, nenhuma comunicação da empresa foi
feita no sentido de se justificar o ocorrido. Tampouco houve qualquer ressarcimento
da quantia gasta com deslocamento, hospedagem ou alimentação.
III. DO DIREITO
1. Dos Danos Materiais
Além disso, os gastos com alimentação, moradia, que foram gastos pelo Divan ao
ter que sair de Rio de Janeiro para buscar seus filhos na Bahia deve ser trazido à tona,
pois todos esses gastos deveriam ser ressarcidos pela empresa que tinha a obrigação
de cuidar e transportar as crianças e até mesmo a Vanessa, pois mesmo que a entrada
em trabalho de parto não fosse culpa da empresa, é previsível que casos como esses
ocorram, pois também não foi desejo de a autora entrar em trabalho de parto
Vale ressaltar que é incomparável o poder entre o autor e a ré, onde, de um lado
temos um simples homem, que tem procurado adquirir seus bens de forma honesta,
cumprindo com seus compromissos periodicamente e do outro lado, uma empresa
com altíssimo poder aquisitivo, em que simplesmente dá continuidade no seu
trabalho, duplicando seu capital dia após dia, sem ao menos se importar com
patrimônio de outrem.
Desse modo, como uma passagem de Rio de Janeiro para Capim Grosso- Bahia,
está custando em média R$ 730,00 (setecentos e trinta) reais por pessoa e são 4
pessoas, sendo o Divan duas passagens, sendo o valor com passagem de R$ 3.650,00
(três mil e seiscentos e cinquenta) reais
No tange aos Danos morais, é claro e evidente que ocorreu danos psicológicos
irreversíveis causados aos pais, pois durante certo tempo, os país não sabiam sequer
onde estavam seus filhos e se estavam bem, pois a empresa que disse que iria levar as
crianças até o Rio de Janeiro e que essas crianças estariam acompanhadas de uma
assistente social, ou seja, é evidente que a empresa teria condições de cuidar das
crianças podendo a ter deixado com a assistente até que a mãe estivesse em
condições de cuidar ou que o pai pudesse chegar ao local com mais tranquilidade.
Porém, o que foi feito foi o contrário disso, as crianças foram largadas um posto
policial, sem condições de entender a situação e sem que pudessem se comunicar com
os pais.
Como dito, os pais também ficaram sem informações durante horas, e a mãe
que estava em uma situação já delicada poderia passar mal e gerar problemas em seu
parto ou até mesmo coisas piores.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.
É evidente que o dano causado existe, talvez não podendo ser visto mais que
poderia ter sido fatal como elucidado pela reportagem do uol, sobre os perigos do
susto
Desse modo, a prestação de serviço que foi prestada indevidamente, não sendo
levados as crianças até seu pai, além de gerar em nos autores danos psicológicos
irreversíveis e imedidos, e podendo gerar até mesmo situações piores e danos a
estrutura familiar.
Assim pede-se o valor de danos morais em R$ 20.000 (vinte mil) reais.
3. DA MEDIDA CAUTELAR
Requer a antecipação parcial da tutela pretendida, para que se digne V. Exa. em
determinar, inaudita altera pars e nos termos do art. 300 do CPC, bem como do
art. 84 do CDC, à vista dos elementos trazidos aos autos e do arcabouço de provas
lançadas a configurar o “fumus boni juris”, para que isso não afete o sustento da
família e que os cuidados com Vanessa que está com bebê pequeno não sejam
afetados.
Esta medida, indispensável para o autor e em nada prejudicará a ré, portanto, não
se mostra presente o perigo de irreversibilidade do provimento.
IV. DO PEDIDO