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Créditos: Reprodução internet - Cesta básica vai mudar para oferecer alimentos mais saudáveis
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fome
Combate à fome
Autoridades do governo federal ouvidas nesta segunda no
Senado defenderam uma reforma tributária que assegure o
acesso da população aos itens que farão parte da futura cesta
básica. Essas afirmações foram feitas durante uma audiência
pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa, que debateu a questão da fome no Brasil.
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"Ao final de 2022, tínhamos mais de 125
milhões de brasileiros enfrentando algum
grau de insegurança alimentar e
nutricional. Temos, portanto, um grande
desafio pela frente, que é retomar uma
série de políticas públicas que já se
mostraram bem-sucedidas e que
contribuíram para que o Brasil saísse do
mapa da fome das Nações Unidas em
2014", afirmou Gisele Bortoline,
coordenadora geral de Promoção de
Alimentação Saudável do Ministério do
Desenvolvimento e Assistência Social,
Família e Combate à Fome (MDS).
Reforma Tributária
Gisele Bortoline, coordenadora do MDS, destacou que um
ponto preocupante para os planos de erradicação da fome no
país é a questão da reforma tributária. Ela ressaltou a
importância de proteger a cesta básica, principalmente para a
população mais vulnerável, uma vez que as pessoas que
ganham até dois salários-mínimos comprometem duas a três
vezes mais sua renda com alimentação.
Experiências práticas
A presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (Consea), Elisabetta Recine, destacou que o Brasil
tem "experiências práticas que nos deixam otimistas"
neste momento de retomada das políticas públicas nacionais,
que visam a justiça social, ambiental, climática e econômica.
Pnae e PAA
Gisele Bortoline lembrou que o Brasil possui "um dos maiores
programas de alimentação do mundo", mencionando o
Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que,
segundo ela, fornece mais de 40 mil refeições por dia. O atual
governo aumentou novamente os valores dessas refeições,
que estavam defasados após vários anos sem reajuste.
"Também retomamos o Programa de
Aquisição de Alimentos (PAA), com um
orçamento disponível de R$ 500 milhões,
embora ainda não esteja totalmente
recomposto", acrescentou ela.
Agricultura Urbana
A coordenadora do MDS anunciou ainda que o governo
lançará, ao longo deste ano, o Programa Nacional de
Agricultura Urbana e Periurbana. O programa visa promover o
uso de espaços nas cidades para a expansão de hortas
urbanas, as quais servirão para produção de alimentos e
consumo das famílias envolvidas, além de ser um instrumento
de inclusão social e geração de renda.
Integração
Durante este ano, o governo pretende garantir que o
programa de aquisição de alimentos forneça recursos para
essas iniciativas da sociedade civil, que estão contribuindo
para a redução da fome de forma emergencial. No entanto,
para isso, é urgente a integração dos serviços em nível local,
envolvendo todos os setores em um esforço conjunto.
TEMAS
combate à fome
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