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COMIDA DE VERDADE

Cesta básica vai mudar


para ficar mais saudável
Mudança vai marcar um novo ciclo de políticas públicas de
segurança alimentar e nutricional para garantir qualidade
dos alimentos que chegam à mesa da população brasileira

Créditos: Reprodução internet - Cesta básica vai mudar para oferecer alimentos mais saudáveis

Por Iara Vidal Escrito em BRASIL em 19/6/2023 · 19:19 hs

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A cesta básica vai mudar para ficar mais saudável e garantir a


qualidade dos alimentos que chegam à mesa da
população brasileira. Essa mudança se soma aos esforços do
Governo Lula para erradicação da fome no Brasil,
com estímulos a uma alimentação adequada do ponto de vista
nutricional, em um cenário produtivo que respeite o meio
ambiente.

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento


(Conab), Edegar Pretto, anunciou nesta segunda-feira (19)
que está sendo elaborada uma nova composição da cesta
básica no país.

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fome

"Como muitos sabem, a cesta básica


brasileira, que ainda serve de referência
para o salário-mínimo nacional, é de 1938.
Nosso modelo de cesta básica é da época do
Getúlio Vargas. Por isso, a Conab está
realizando estudos, com a colaboração de
nutricionistas e acadêmicos, para
determinar o modelo de cesta básica
necessário para nutrir nossa população não
apenas em termos de quantidade, mas
também em termos de qualidade
adequada", explicou Pretto.

Combate à fome
Autoridades do governo federal ouvidas nesta segunda no
Senado defenderam uma reforma tributária que assegure o
acesso da população aos itens que farão parte da futura cesta
básica. Essas afirmações foram feitas durante uma audiência
pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa, que debateu a questão da fome no Brasil.

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"Ao final de 2022, tínhamos mais de 125
milhões de brasileiros enfrentando algum
grau de insegurança alimentar e
nutricional. Temos, portanto, um grande
desafio pela frente, que é retomar uma
série de políticas públicas que já se
mostraram bem-sucedidas e que
contribuíram para que o Brasil saísse do
mapa da fome das Nações Unidas em
2014", afirmou Gisele Bortoline,
coordenadora geral de Promoção de
Alimentação Saudável do Ministério do
Desenvolvimento e Assistência Social,
Família e Combate à Fome (MDS).

Segundo a coordenadora, o desafio é ainda maior devido à


necessidade de recompor um orçamento que foi
interrompido. Esse "novo contexto" requer também uma
integração de esforços entre os diferentes níveis de governo
e organizações da sociedade civil, visando a um "novo ciclo
de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional".

Reforma Tributária
Gisele Bortoline, coordenadora do MDS, destacou que um
ponto preocupante para os planos de erradicação da fome no
país é a questão da reforma tributária. Ela ressaltou a
importância de proteger a cesta básica, principalmente para a
população mais vulnerável, uma vez que as pessoas que
ganham até dois salários-mínimos comprometem duas a três
vezes mais sua renda com alimentação.

"Se desejamos reduzir a fome e oferecer


comida de verdade, é necessário que todas
as políticas públicas, incluindo a reforma
tributária, priorizem e protejam a
alimentação básica do povo brasileiro, que
inclui itens como arroz, feijão, batata,
mandioca, carne, ovo, leite, frutas, verduras
e legumes. A grande diferença no consumo
entre pessoas de renda mais alta e mais
baixa está relacionada às frutas, verduras e
legumes", justificou Gisele.

Experiências práticas
A presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (Consea), Elisabetta Recine, destacou que o Brasil
tem "experiências práticas que nos deixam otimistas"
neste momento de retomada das políticas públicas nacionais,
que visam a justiça social, ambiental, climática e econômica.

Ela ressaltou que o Consea engloba a sociedade civil e o


governo, promovendo um processo de diálogo entre os 20
ministérios que faziam parte do conselho antes de sua
extinção em 1º de janeiro de 2019. Um terço dos membros do
Consea é composto por representantes governamentais,
enquanto as outras 40 vagas são destinadas a representantes
da sociedade civil.

"Há novos ministérios que possuem uma


relação extremamente importante com essa
agenda, como o Ministério dos Povos
Indígenas e o Ministério da Igualdade
Racial, que participam como convidados
permanentes [do Consea], neste momento,
até a realização da nossa próxima
conferência nacional", informou Elisabetta
em referência à 6ª Conferência Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional,
convocada para a semana de 11 a 14 de
dezembro deste ano.

A conferência tem o objetivo de analisar a situação do país e


as políticas retomadas, com o intuito de elaborar o 3º Plano
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, um
documento que expressa o compromisso do governo federal,
em conjunto com estados e municípios, de erradicar a fome e
garantir "comida de verdade para todos".

Pnae e PAA
Gisele Bortoline lembrou que o Brasil possui "um dos maiores
programas de alimentação do mundo", mencionando o
Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que,
segundo ela, fornece mais de 40 mil refeições por dia. O atual
governo aumentou novamente os valores dessas refeições,
que estavam defasados após vários anos sem reajuste.
"Também retomamos o Programa de
Aquisição de Alimentos (PAA), com um
orçamento disponível de R$ 500 milhões,
embora ainda não esteja totalmente
recomposto", acrescentou ela.

A operacionalização desse programa, que conecta a produção


da agricultura familiar à mesa do consumidor, é feita por meio
de uma parceria com a Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab).

De acordo com a coordenadora do MDS, "os editais estão


sendo lançados para garantir a compra de alimentos da
agricultura familiar e disponibilizá-los para populações
vulneráveis".

Programa Fomento Rural


Gisele Bortoline também falou sobre o Programa Fomento
Rural, um recurso destinado a famílias em extrema
vulnerabilidade. Ela anunciou que no próximo mês será
publicado um decreto que aumentará o valor repassado para
essas famílias, de R$ 2,4 mil para R$ 4,8 mil. Esse programa
está vinculado à assistência técnica, com o objetivo de apoiar
essas famílias e fortalecer a agricultura familiar.

O Programa Fomento Rural combina ações de


acompanhamento social e produtivo com a transferência
direta de recursos não-reembolsáveis para investimentos em
projetos produtivos. Seu objetivo é fornecer apoio para a
estruturação produtiva das famílias rurais mais pobres e o
desenvolvimento de seus projetos, contribuindo para a
melhoria da segurança alimentar e nutricional, além da
superação da pobreza.

Agricultura Urbana
A coordenadora do MDS anunciou ainda que o governo
lançará, ao longo deste ano, o Programa Nacional de
Agricultura Urbana e Periurbana. O programa visa promover o
uso de espaços nas cidades para a expansão de hortas
urbanas, as quais servirão para produção de alimentos e
consumo das famílias envolvidas, além de ser um instrumento
de inclusão social e geração de renda.

Outras ações importantes destacadas pela representante do


MDS incluem bancos de alimentos, cozinhas comunitárias,
restaurantes populares e cozinhas solidárias. Todos esses
recursos terão o desafio de garantir acesso a alimentos
saudáveis, além de promover a inclusão produtiva no
processo de formação.

Integração
Durante este ano, o governo pretende garantir que o
programa de aquisição de alimentos forneça recursos para
essas iniciativas da sociedade civil, que estão contribuindo
para a redução da fome de forma emergencial. No entanto,
para isso, é urgente a integração dos serviços em nível local,
envolvendo todos os setores em um esforço conjunto.

O MDS está elaborando um protocolo em parceria com o


Ministério da Saúde para incentivar gestores da saúde,
educação e assistência social a mapearem essas famílias e
garantirem uma série de direitos a elas, a fim de potencializar
e reduzir os impactos da insegurança alimentar e nutricional.

Além disso, está sendo realizado um mapeamento dos


"desertos alimentares" no Brasil, onde a alimentação saudável
não está acessível. Com base nesse mapeamento, será
possível direcionar políticas públicas para instalação de
cozinhas, restaurantes e feiras onde forem necessários.
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Com informações da Agência Brasil 

TEMAS

Governo Lula alimentação saudável cesta básica

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