You are on page 1of 68

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

unesp CÂMPUS DE JABOTICABAL


FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOSSANIDADE

Ecotoxicologia dos Agrotóxicos e Saúde Ocupacional

7a. Aula - Dinâmica ambiental dos agrotóxicos:


contaminação dos componentes abiótico
Dr. Joaquim Gonçalves Machado Neto
Prof. Titular - Responsável pela Disciplina – Set/2017
7ª. AULA – ECOTOXICOLOGIA DOS AGROTÓXICOS
Dinâmica ambiental dos agrotóxicos: contaminação dos
componentes abióticos.

1 – Introdução

2 – Dinâmica ambiental dos agrotóxicos: entrada, distribuição e destino

3 - Contaminação do componentes físicos: solo e água

4 – Testes de avaliação da toxicidade aguda de agrotóxicos para minhocas

PRÁTICA: Instalação de testes de avaliação de toxicidade aguda de agrotóxicos para organismos


do solo – minhocas e microrganismos do solo.
USO DE AGROTÓXICOS

- AMBIENTAL
RISCOS - OCUPACIONAL
- ALIMENTAR
UTILIZAÇÃO DE AGROTÓXICOS
APLICAÇÃO INTENCIONAL (DIRETA)

Planta e Solo
UTILIZAÇÃO DE AGROTÓXICOS
APLICAÇÃO INTENCIONAL (DIRETA)

Água

Uso Domissanitário
FONTES DE ENTRADA DE AGROTÓXICOS NA
ATMOSFERA
A – Prática de pulverização
- Mecanismos de aplicação das gotas
- Deriva

B – Volatização das plantas e dos solos


C – Erosão eólica
D – Evaporação da água na aplicação ou dos alvos
E – Processos de formulação e manufatura (fábrica)
F – Comercialização

G – Homem (urina, fezes, etc)


FONTES DE ENTRADA DE AGROTÓXICOS NO AMBIENTE

AQUÁTICO

A – Junto com poeiras ou na chuva

B – Junto com partículas de solo erodidas

C – Diretamente da aplicação D – Efluentes industriais

E – Água de esgotos F – Carreado com animais


Dados necessários à avaliação da ação de produtos
químicos no ambiente

1- PROCESSOS DE TRANSPORTE / PERSISTÊNCIA:


A. Transporte: 1. Coeficiente de Adsorção (Kd/Koc)
2. Coeficiente de Partição (Kow) 3. Pressão de Vapor
4. Solubilidade em Água (S)

B. Persistência: 1. Biodegradação 2. Fotólise 3. Hidrólise 4. Redox 5. Coeficiente


de Adsorção (Kd/Koc) : Kd = [solo] / [água] Koc = [C. org.] / {água]

2 – TOXICIDADE:
A - Organismos aquáticos C - Organismos do solo
B - Organismos aéreos - aves D - Mamíferos
PROCESSOS DE DISSIPAÇÃO DOS AGROTÓXICOS
NO SOLO

1. FÍSICOS:  Volatilização  Lixiviação pela água


 Erosão junto com o solo por vento e água  Deriva

2. QUÍMICO:  Fotodecomposição
 Adsorção nos colóides do solo
 Reações químicas com os constituintes
dos solos
 Retirada por plantas e microrganismos

3. MICROBIOLÓGICOS: Decomposição microbiana


PROCESSOS DE DISSIPAÇÃO DE AGROTÓXICOS NO
AMBIENTE
FATORES ENVOLVIDOS NA DISSIPAÇÃO NO SOLO
AGROTÓXICO: SOLO:
 Estrutura molecular
 Textura
 Solubilidade em água
 Polarização  Extrutura
 Fotodecomposição  pH
 Aditivos
 Temperatura
 Grau de ionização
 Lipossolubilidade  Composição mineral
 Volatilização  m.o.
 Formulação
 Umidade, etc
 Dose aplicada
CLIMA: HOMEM
 Chuvas  Qualidade da aplicação
 Temperatura
 Escolha certa – produto /dosagem
 Ventos Luminosidade
 Umidade relativa do ar  Conhecimento técnico
PROCESSOS MICROBIOLÓGICOS NO SOLO
MICRORGANISMOS NO SOLO: DECOMPOSIÇÃO MICROBIANA
 Bactérias - milhões/g solo Depende da ação catalítica de
 Actinomicetos – centenas de
enzimas específicas produzidas
milhões a alguns milhões
pelo microrganismos
 Fungos - ± 600 mil/g solo
 Protozoários - ± 10 mil/g
ALTERAÇÕES MOLECULARES
 Algas – 1 mil a 10 mil/g
 Desalquilação
CONDIÇÕES ÓTIMAS:
 Desalogenação
 Umid. solo: 50 – 100% cc
 Hidrólise
 Boa aeração do solo
 Hidrólise do anel aromático
 Tempertura: 27 ° – 32° C
 Beta oxidação
 pH: 6,5 – 8,0
 Redução
 m.o. > teor > atividade
DECOMPOSIÇÃO MICROBIANA E PERSISTÊNCIA DE
HERBICIDAS NO SOLO

Herbicida Persistência no solo Decomposição


Pseudomonas
Monuron 4-12 meses Achromobacter
Flavobacterium
Achromobacter
2,4-D 2-8 meses Corynebacterium
Flavobacterium
Dapalon 2-4 semanas Agrobacterium
Pseudomomas
MCPA 3-12 semanas Achromobacter
Mycoplana
TCA 2-9 semanas Pseudomonas
Valores gerais de persistência de agrotóxicos
Agrotóxicos Persistência no solono solo
Inseticida hidrocarbonetos clorados (HURTING, 1972) + 18 meses
Herbicidas, ureia, triazinase picloran 18 meses
Herbicidas ácido benzóico e amida 12 meses
Herbicida fenoxix, toluidinas e nitridos 6 meses
Herbicidas carbamatos e alifáticos 3 meses
Inseticidas fosfatos 3 meses
Clordane + 5 anos
DDT + 4 anos
BHC, Dieldrin + 3 anos
Heptacloro, Aldrin + 2 anos
Diazinon + 12 semanas
Disulfoton 4 semanas
Forate 2 semanas
Malation, Paration - 1 semana
Propazine, Picloran 18 meses
Simazine 12 meses
Atrazine, monuron 10 meses
Linuron 3 meses
Difluamide 10 meses
2,4-D - 1mês
C0NCEITOS EM TOXICOLOGIA E ECOTOXICOLOGIA

CARACTERÍSTICAS INICIAIS INDICATIVAS DE RISCOS E DA

NECESSIDADE DA AVALIAÇÃO DE RISCO DOS COMPOSTOS QUÍMICOS .

- Alto potencial tóxico

- Grande facilidade de dispersão

- Persistência no meio ambiente

- Tendência de bioacumulação

- Produção e lançamento em grande

volumes no ambiente
Dados necessários à avaliação da ação de produtos
químicos no ambiente

2 – TOXICIDADE:

A – Organismos aquáticos: peixe, Daphnia, organismos inferiores

B- Organismos aéreos – aves: patos, cordonizes

C- Organismos dos solo: microrganismos, minhocas

D – Mamíferos: ratos, camundongos, cães, outros


C0NCEITOS EM TOXICOLOGIA E ECOTOXICOLOGIA
TOXICOLOGIA

É o estudo dos efeitos adversos dos produtos químicos sobre

os organismos vivos mediante o exame da natureza desses efeitos e

a determinação da probabilidade de sua ocorrência.

AREAS DA TOXICOLOGIA

- DESCRITIVA

- MECANÍSTICA

- REGULAMENTADORA
C0NCEITOS EM TOXICOLOGIA E ECOTOXICOLOGIA

TOXICOLOGIA DESCRITIVA – (Testes agudos/crônicos)

Trata diretamente dos testes de toxicologia, nos quais se

designam organismos experimentais para gerar informações que

possam ser utilizadas na avaliação de riscos, aos quais os seres

humanos e outras espécies de organismos ficariam expostos em um

meio ambiente com determinado produto .


C0NCEITOS EM TOXICOLOGIA E ECOTOXICOLOGIA

TOXICOLOGIA MECANÍSTICA – (MECANISMO DE AÇÃO)

Busca elucidar os mecanismos pelos quais os produtos

químicos exercem seus efeitos tóxicos sobre os organismos. Os

resultados de seus estudos auxiliam a desenvolver testes com

prognósticos mais úteis na obtenção de informações para

determinar riscos.
C0NCEITOS EM TOXICOLOGIA E ECOTOXICOLOGIA

TOXICOLOGIA REGULAMENTADORA – (Registro )

É responsável pelas decisões sobre um produto químico, se

ele oferece ou não riscos ao ser comercializado dentro de fins espe-

cíficos, com base em dados obtidos em testes realizados pela

toxicologia descritiva.

Praticada por agências regulamentadoras nacionais e internacionais.

Remédios, cosméticos, aditivos em alimentos, agrotóxicos, etc.

Normas sobre o total permitido no ambiente, nas águas, no solo.


REGISTRO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL –
MODELO TRIPARTITE
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS TOXICOLÓGICAS
E ECOTOXICOLÓGICAS DOS COMPOSTOS QUÍMICOS E SEUS EFEITOS

ANVISA
MAPA Avaliação da
Avaliação da Toxicidade
eficiência
Agronômica IBAMA
Avaliação da
Ecotoxicidade - PPA

REGISTRO
SISTEMA DO IBAMA PARA A CLASSIFICAÇÃO DOS AGROTÓXICOS PELO PPA
PPA - IBAMA

Tabela IBAMA
• Termo “Ecotoxicologia” – criado em 1969 pelo Dr. Rene Truhaut;

• Ecotoxicologia: estudo dos efeitos adversos de substâncias


químicas com o objetivo de proteger espécies naturais e
populações (TRUHAUT, 1977).

• Ensaios ecotoxicológicos: São testes que utilizam


diferentes tipos de organismos vivos representativos do ambiente
para analisar os efeitos que substâncias podem ter sobre eles.
(RUBINGER, 2009).
C0NCEITOS EM TOXICOLOGIA E ECOTOXICOLOGIA

ECOTOXICOLOGIA

Parte da toxicologia que estuda os efeitos adversos de

produtos químicos selecionados sobre a TOTALIDADE DO

ECOSSISTEMA, mediante a determinação dos riscos que os

produtos representam, tanto para a saúde humana quanto para

outros organismos.
ENSAIOS ECOTOXICOLÓGICOS, também chamados
de BIOENSAIOS, são realizados para detectar a
toxicidade de efluentes, determinar o grau, ou o efeito
biológico, de novos produtos químicos (Ex.: Agrotóxicos,
farmacêuticos, etc.), a cada dia mais lançados no meio
ambiente, que podem causar nos indivíduos, nas comunidades
e populações, para se evitar as crises epidemiológicas e afins.
ENSAIOS ECOTOXICOLÓGICOS: São realizados por métodos de
comparação entre uma substância "genérica" já conhecida e a nova
substância desconhecida, para identificar os efeitos que as mesmas
causam quando inseridas no meio de cultura de células vivas.

Na atualidade, substâncias químicas desconhecidas são produzidas


de forma intencional ou como subprodutos de determinadas atividades
produtivas e necessitam de análise.
OS ESTUDOS SÃO DIVIDIDOS EM AGUDOS E CRÔNICOS.

Agudos: São "estudos experimentais feitos com


organismos-teste que determinam se um efeito adverso
observado ocorre em um CURTO PERÍODO DE TEMPO
(em geral até 14 dias) após administração de UMA ÚNICA
DOSE da substância testada ou após múltiplas dosagem
ADMINISTRADAS EM ATÉ 24 HORAS“
OS ESTUDOS SÃO DIVIDIDOS EM AGUDOS E CRÔNICOS.

Crônicos São "os estudos em que os organismos-teste


sofrem EXPOSIÇÕES MÚLTIPLAS A DOSES
SUBLETAIS e são expostos observados durante uma
GRANDE PARTE DO TEMPO DE VIDA, e os EFEITOS
CRÔNICOS PERSISTEM POR UM LONGO PERÍODO DE
TEMPO, e podem ser evidentes imediatamente após a
exposição ou não“ .
RESOLUÇÃO Nº 420, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2009
Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à
presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento
ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de
atividades antrópicas.

PORTARIA Nº 84, de 1996 – IBAMA

PPA - 1- PROCESSOS DE TRANSPORTE / PERSISTÊNCIA

2 – TOXICIDADE: C- Organismos dos solo: microrganismos, minhocas


Tabela Classes Ensaios
Portaria Normativa N. 84 (15/10/96) – IBAMA

Art. 3. A classificação quanto ao Potencial de Periculosidade Ambiental (PPA)


baseia-se nos parâmetros biocumulação, persistência, transporte, toxicidade
a diversos organismos, POTENCIAL MUTAGÊNICO, TERATOGÊNICO, CARCI-
NOGÊNICO, obedecendo a seguinte graduação:

Classe I – Produto altamente perigoso


Classe II – Produto Muito perigoso
Classe III – Produto Perigoso
Classe IV – Produto Pouco Perigoso
Portaria Normativa N. 84 (15/10/96) – IBAMA.

Art. 4. Para efeito de classificação quanto ao PPA de agrotóxicos, seus


componentes e afins o interessado deverá apresentar a documentação
completa conforme estabelecida nos anexos I, III, IV, V e X.
ANEXO IV

PARTE C – CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS

PARTE D – TOXICIDADE PARA ORGANISMOS NÃO-ALVO

PARTE E – COMPORTAMENTO NO SOLO

PARTE F – TOXICIDADE PARA ANIMAIS SUPERIORES

PARTE G – POTENCIAL GENOTÓXICO, EMBRIOFETOTÓXICO E


CARCINOGÊNICO
IBAMA (1987) - PARTE D – TOXICIDADE PARA
ORGANISMOS NÃO-ALVO
D.1 – Microorganismos.

D.2 – Algas.

D.3 – Organismos do solo (minhocas)

D.4 – Abelhas.

D.5 – Microcrustáceos. D.5.1 – Agudo. D.5.2 – Crônico

D.6 -- Peixes. D.6.1 – Agudo. D.6.2 – Crônico.

D.7 – Bioconcentração em peixes.

D.8 – Aves. D.8.1 – Dose única.

D.8.2 – Dieta. D.8.3 – Reprodução.


IMPORTÂNCIA DAS MINHOCAS PARA O SOLO E VEGETAIS

RESTOS ORGÂNICOS NO SOLO


(ANIMAIS E VEGETAIS)

GALERIAS FEZES CADAVER DECOMPOSTO

Nutrientes
Penetração de Penetração e
ar no solo retenção de Microrg.
água no solo
úteis

VEGETAIS
POPULAÇÃO DE MINHOCAS NOS SOLOS

DE BOA PASTAGEM (MEINICKE, 1993)

- ADULTAS – 800/m2 , Peso = 400 g/m2

- JOVENS – 20.000/m2 , Peso = 26 g/m2

FATORES LIMITANTES DO

CRESCIMENTO DAS MINHOCAS

- Umidade

- Matéria Orgânica em decomposição


TESTE PARA AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA DE
AGROTÓXICOS PARA MINHOCAS
1. TESTE POR CONTATO EM PAPEL DE FILTRO
(OECD – Protocolo nº 207)
2 - TESTE DO SOLO ARTIFICIAL (OECD – Protocolo nº 207)
3. TESTE DO ARTISOL: OECD – Protocolo nº 207 e IBAMA, 1987.
4. NORMA ABNT NBR 15.537:2014 – Ecotoxicologia terrestre —
Toxicidade aguda — Método de ensaio com minhocas
(Lumbricidae).
Solo Artificial Tropical –SAT - solo composto de areia industrial
peneirada, caulim e pó da fibra de casca de coco peneirada.

5. ENSAIOS DE CAMPO
2 - TESTE DO SOLO ARTIFICIAL (OECD - Prot. nº 207)
SUBSTRATO TESTE: Substrato básico (10% de turfa (pH 6,0), finamente moída; 20%
de caolinita; 69% de areia de quartzo industrial, com + de 50% de part. de 0,05 - 0,2
mm ; e 1% CaCO3 pulverizado
UMIDADE: Água deionizada (25 - 42% peso. sub. básico).
CONDIÇÕES - Sala Climatizada (20  2°C), CLARO.
ANIMAIS – Adulto e com Clitélo. Peso = 300 - 600 mg/indivíduo.
Aclimatados por 24 h no substrato básico.
TESTE DEFINITIVO: 5 Concentrações. 10 animais /recipiente
AVALIAÇÃO: 14 dias de exposição.
SUBSTÂNCIA REFERÊNCIA: Cloroacetamida.
RESULTADOS: % mortalidade - CL50 (mg/kg)
VANTAGEM – Resultados são usados para se estabelecer as dosagens no teste de
avaliação de toxicidade crônica
3. TESTE DO ARTISOL OECD – Protocolo nº 207 e IBAMA, 1987.

SUBSTRATO TESTE: ARTISOL

- 1.425 g bolas de vidro (1,5 - 2,0 cm )

- 90 g sílica gel, em pó impalpável

- 215 mL água deionizada, com as concentrações do agrotóxico

TESTE PRELIMINAR: Faixa que causa 0 - 100% mortalidade

AVALIAÇÃO: 14 dias de exposição

RESULTADOS: % Mortalidade: CL50 (mg/kg de sílica)

SUBSTÂNCIA REFERÊNCIA: Cloroacetamida


4. ORGANISMOS DO SOLO - OECD – Protocolo nº 207
IBAMA, 1987 – D. 5 - D.3.1. Toxicidade Aguda para Minhocas - Eisenia foetida)
FUNDAMENTO: Exposição de minhocas adultas por 14 dias, em substrato ARTISOL
SUBSTRATO ARTISOL: 1.425 g de bolas de vidro com 1 - 1,5 cm ; 90 g de sílica amorfa
- sílica gel em pó, impalpável; 215 ml de água destilada com a concentração da
substância dissolvida.
Misturar tudo em um cristalizador de vidro.
Colocar 10 Animais adultos, com clitélo, manter por 14 dias em sala climatizada, 20 
2°C, ESCURO.
AVALIAÇÃO: CL(I)50, 14 dias – Conc. Letal Inicial Média.
CONTROLE DE QUALIDADE:
a. < 10% de Mortalidade na testemunha
b. CL(I)50, 14 dias para a CLOROACETAMIDA deve estar
entre: 35 a 160 mg/kg de sílica.
D.3.1. Toxicidade Aguda para Minhocas - Eisenia foetida
ABNT NBR 15537: 2014
ABNT NBR 15537: 2014
ABNT NBR 15537: 2014
ENSAIOS DE SENSIBILIDADE Eisenia foetida (cloroacetamida) - em substrato areia
mg/kg Ensaios
Areia 1 2 3 4 5
CL50 10,24 10,03 10,57 10,47 8,43
Lim Sup 11,7 11,7 11,7 11,7 11,7
Lim Inf 8,2 8,2 8,2 8,2 8,2
Média 9,95 9,95 9,95 9,95 9,95

12,0
11,5
11,0
10,5
10,0
9,5
9,0
8,5
8,0
7,5
1 2 3 4 5
Ensaio com Cloroacetamida
SUBSTANCIA DE CL(I)50 = 110,06 mg/kg
REFERÊNCIA
para avaliar as
Controle de Qualidade
condições de
IBAMA (Sílica)
SANIDADE E
SENSIBILIDADE 35 < CL(I)50 < 160 mg/kg
do organismo-
teste.
ICHINOSE, 1992)
RELAÇÃO ENTRE CONCENTRAÇÃO DE CLOROACETAMIDA E
RESPOSTA DAS MINHOCAS EM SUBSTRATO ARTISOL
Intervalo de confiança
CL (I) 50 (mg/kg)
(mg/kg)
110,06 95,48 - 126,95
ABNT NBR 15537: 2014
ABNT NBR 15537: 2014
TESTE PARA AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA DE
AGROTÓXICOS PARA MINHOCAS
TESTE COM SUBSTRATOS DIVERSOS

AREIA

SOLOS COM DIFERENTES


TEXTURAS
Benomil
ICHINOSE, 1992)

Substrato CL (I) 50 Int. Confiança


Artisol 8,06 c 4,60 – 14,57
Areia 0,58 d 0,31 – 1,21
Latossolo Ver. Escuro 13,06 b 9,26 – 18,54
Latossolo Roxo 10,82 bc 6,42 – 18,67
Litossol 45,40 a 26,73 – 78,77
Parathion methyl

ICHINOSE, 1992)

Substrato CL (I) 50 Int. Confiança


Artisol 73,61 b 52,15 – 109,65
Areia 8,81 d 7,10 – 10,94
Latossolo Ver. Escuro 86,69 b 64,14 – 117,79
Latossolo Roxo 53,59 c 40,54 -- 86,51
Litossol 191,73 a 132,25 – 269,73
ICHINOSE, 1992)

ICHINOSE, 1992)
Substrato CL (I) 50 Int. Confiança
Artisol 929,47 b 779,57 – 1.108,88
Areia 207,44 d 157,06 – 274,11
Latossolo Ver. Escuro 783,43 c 658,12 – 934,54
Latossolo Roxo 752,65 c 631,27 – 899,35
Litossol 1.458,80 a 1.316,01 – 1.618,26
AVALIAÇÃO DE RISCOS RELATIVOS AOS EFEITOS DE
AGROTÓXICOS SOBRE MINHOCAS (KOKTA & ROTHERT, 1992)

TOXICIDADE AGUDA RELAÇÃO Con. Ambiental Estimada

CL50 : CAE CAE


CL50

CL50< 10 x CAE CL50 > 100 x CAE

80 < 10 x 10 10 x CAE < CL50< 100 x CAE 2.000 > 100 x 10

10 x 10 < 500 < 100 x 10


Testes subletais Provavelmente
baixo Risco
Testes de campo Estudos de efeitos
sobre o peso, etc
ABNT NBR lS8 17512-1 :2011
TESTES DE TOXICIDADE CRÔNICA

 SOLO: ARTIFICIAL / ARTISOL / CAMPO

 CONCENTRAÇÕES SUBLETAIS

Avaliação de efeitos sobre

Crescimento (peso)

Reprodução - produção de jovens

- produção de casulos

 Comportamento

 Fisiologia, Morfologia
TESTES DE CAMPO

1. AMOSTRAGEM DE SOLO DA CAMADA SUPERFICIAL


Avaliação da população através da Coleta de amostras de solo com volumes de 60 x
60 x 15 cm, por exemplo, e coletar todas as minhocas.

2. USO DE FORMOL / FORMALINA

50 ml de formol / formalina (40%) em 9 L de água.

Marcar áreas de 0,25 a 1,0 m2 e distribuir uniformemente.

Coletar, identificar, classificar e contar os animais que saltarem do solo.


PRÁTICA: Instalação de um teste de toxicidade de agrotóxicos para

minhocas

1 - Pesar 1 kg de substrato: Areia / Solo Argiloso / Solo orgânico em sacos plásticos.

2 - Colocar caldas com agrotóxicos, volume suficiente para manter  80% de

umidade areia e solo orgânico - solo argiloso - * tratamentos

3 - Misturar a calda com o substrato dentro do saco plástico

4 - Colocar 10 minhocas, previamente pesadas, na superfície do substrato

5 - Fechar a “Boca” do saco plástico com arame plastificado

6 - Furar a parte de cima do saco plástico com estilete, para trocas de ar.
Tratamentos Tratamentos
METHYL PARATHION (Folisuper®) METHYL PARATHION (Folisuper®)
AREIA ARGILOSO
1 – TESTEMUNHA 6- TESTEMUNHA
2 – 6 mg/kg substrato 7 – 60 mg/kg substrato
3 – 12 mg/kg substrato 8 – 120 mg/kg substrato
4 – 18 mg/kg substrato 9 – 180 mg/kg substrato
5 – 24 mg/kg substrato 10 – 240 mg/kg substrato

Tratamentos
METHYL PARATHION (Folisuper®)
SOLO ORGÂNICO
10- TESTEMUNHA
11 – 60 mg/kg substrato
12 - 80 mg/kg substrato
13 – 160 mg/kg substrato
14 – 240 mg/kg substrato
15 – 320 mg/kg substrato
PRÁTICA: Instalação de um teste de toxicidade de agrotóxicos
para minhocas

AVALIAÇÃO - 14 DIAS DE EXPOSÇÃO

1 - Abrir os sacos plásticos e despejar o substrato sobre uma folha de


jornal

2 - Procurar e separar as minhocas vivas – contar

3 - Pesar as minhocas vivas encontradas em cada saco plástico.

4 - Calcular a CL(I)50 e a redução no peso médio dos animais.

You might also like