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UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina

Campus de Joinville
Centro Tecnológico de Joinville
EMB5006 - Química Tecnológica – Data:23/04/2023

ATIVIDADE DE PRÁTICA No: ____ - COMBUSTÃO

Grupo no. _______

Matrícula Turma Nome do Estudante


22204363 Camille Mundim Rodriguez
22209118 Carlos Alberto T. Cortez Fiho
21200662 Fabrício Schokal Scheit
23150289 Olímpia Figueiredo
(em ordem alfabética)

1 INTRODUÇÃO

O experimento consiste em determinar o volume de um recipiente não linear através de


uma combustão controlada em seu interior, juntamente com a comparação do tempo de queima
em relação a outros dois recipientes antes conhecidos.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

“Materiais e métodos estão de acordo com o roteiro da aula prática”

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em primeira análise, foi-se descoberto os valores dos volumes dos recipientes dos copos
1 e 2, por meio do preenchimento com água, pesagem e uso a densidade da água. Como método
alternativo, Dividiu-se a peça em três troncos de cones com seus respectivos raios estimados e a
partir de tal aproximação descobrir o volume, porém tal abordagem se mostrou apenas como
forma de uma prova real comparado ao uso da densidade da água. Com os volumes
estabelecidos, acendeu-se uma vela sobre um prato de plástico, que por sua vez, foi coberta por
tais copos, com o intuito de determinar o tempo necessário para a vela se apagar. Repetiu-se os
experimentos nos dois recipientes de volumes conhecidos por 4 vezes com finalidade de
estabelecer uma média. Após essa fase, a equipe realizou testes de medições temporais sobre o
recipiente de superfície complexa visando encontrar uma linearidade na combustão da vela nos 3
casos. Como pode ser visto na tabela a seguir:

Tabela 1 – Dados do Experimento.


Volume Volume Volume Tempo Tempo Tempo Média dos
Indicado(cm³) medidas balança 01 (s) 02 (s) 03 (s) tempos (s)
(cm³) (cm³)
Copo 1 200 174,22 197,70 7,75 7,92 7,83 7,83

Copo 2 300 297,8 298,4 13,65 13,17 13,83 13,55

Copo 3 ----- ----- ----- 27,01 28,44 29,99 28,48


Fonte: Elaborado pelo autor

4 CONCLUSÕES

Ao final do experimento, foi-se possível determinar o volume do recipiente através da


combustão em seu interior, estabelecendo assim, uma relação de proporcionalidade entre o
tempo da reação e o volume de ar que pode ser contido em seu interior, não necessitando das
coleta das medidas do recipiente irregular.

5 REFERÊNCIAS

Livros e artigos consultados que forem úteis na elaboração do relatório devem ser
indicados cada vez que forem utilizados. Utilizar padrão ABNT (NBR 10520 para citações e
NBR 6023 para referências) - BU/UFSC1. As referências podem ser feitas através do Mecanismo
Online para Referências (MORE)2.

6 APÊNDICES (elaborados pelo autor) ou ANEXOS (não elaborados pelo autor)

1) Considerando os volumes calculados através da medida das dimensões e


pela balança, calcule os erros percentuais em relação ao volume dos dois
copos indicados. Qual é o método mais exato?
Para calcularmos o volume através das medidas optamos por aproximar o volume dos
copos através de dois troncos de cone, um superior e outro inferior de mesma altura,
usando e manipulando as dimensões que obtivemos no experimento, como o diâmetro
interno superior e inferior, comprimento da circunferência central e altura dos copos, a
fim de alcançar os dados necessários. A fórmula do volume de tronco de cone é:
𝜋ℎ
𝑉= ∙ (𝑅2 + 𝑅𝑟 + 𝑟 2 )
3
Sendo que:
R = raio maior
r = raio menor
Para o copo com volume indicado de 200 cm3:
Diâmetro interno superior = Ds = 5,7 cm;
Diâmetro interno inferior = Di = 4,5 cm;
Comprimento da circunferência central = C = 16,02 cm;
Espessura = E = 0,2 cm;
Altura total = H = 10,8 cm.

1
Disponível em: www.bu.ufsc.br/design/framerefer.php e www.bu.ufsc.br/design/moduloIIatualizado.pdf
2
Disponível em: www.more.ufsc.br/
Para o raio superior:
𝐷𝑠
𝑅𝑠 =
2
5,7 𝑐𝑚
𝑅𝑠 = = 2,8 𝑐𝑚
2
Para o raio inferior:
𝐷𝑖
𝑅𝑖 =
2
4,5 𝑐𝑚
𝑅𝑖 = = 2,2 𝑐𝑚
2
Para o raio central:
𝐶
𝑅𝑐 =
2𝜋
16,02 𝑐𝑚
𝑅𝑐 = = 2,55 𝑐𝑚
2𝜋
Entretanto, aqui encontramos o raio externo, para encontrarmos o raio interno devemos
diminuir duas vezes o valor da espessura, obtendo então:
𝑅𝑐 = 2,01 𝑐𝑚 
A altura de ambos os troncos de cones utilizados para o cálculo será igual a:
10,8 𝑐𝑚
ℎ= = 5,4𝑐𝑚
2
Utilizando os dados obtidos na fórmula do volume de tronco de cone obtemos para o
tronco superior:
𝜋 ⋅ 5,4 𝑐𝑚
𝑉1 = ((2,8 𝑐𝑚)2 + 2,8 𝑐𝑚 ⋅ 2,01 𝑐𝑚 + (2,01 𝑐𝑚)2 ) =  99 𝑐𝑚3
3
E para o tronco inferior:
𝜋 ⋅ 5,4 𝑐𝑚
𝑉2 = ((2,2 𝑐𝑚)2 + 2,01 𝑐𝑚 ⋅ 2,2 𝑐𝑚 + (2,01 𝑐𝑚)2 ) =  75,22 𝑐𝑚3
3
A partir disso obtemos o volume do copo através de:
𝑉𝑐𝑜𝑝𝑜  =  𝑉1 + 𝑉2 
𝑉𝑐𝑜𝑝𝑜  =  99 𝑐𝑚3 + 75,22 𝑐𝑚3 = 174,22 𝑐𝑚3
Para o copo com volumo indicado de 300 cm3:
Diâmetro interno superior = Ds = 6,2 cm;
Diâmetro interno inferior = Di = 5,1 cm;
Comprimento da circunferência central = C = 16,9 cm;
Espessura = E = 0,2 cm;
Altura total = H = 14,2 cm.
Para o raio superior:
𝐷𝑠
𝑅𝑠 =
2
6,2 𝑐𝑚
𝑅𝑠 = = 3,1 𝑐𝑚
2
Para o raio inferior:
𝐷𝑖
𝑅𝑖 =
2
5,1 𝑐𝑚
𝑅𝑖 = = 2,6 𝑐𝑚
2
Para o raio central:
𝐶
𝑅𝑐 =
2𝜋
16,9 𝑐𝑚
𝑅𝑐 = = 2,7 𝑐𝑚
2𝜋
Entretanto, aqui encontramos o raio externo, para encontrarmos o raio interno devemos
diminuir duas vezes o valor da espessura, obtendo então:
𝑅𝑐 = 2,3 𝑐𝑚 
A altura de ambos os troncos de cones utilizados para o cálculo será igual a:
14,2 𝑐𝑚
ℎ= = 7,1 𝑐𝑚
2
Utilizando os dados obtidos na fórmula do volume de tronco de cone obtemos para o
tronco superior:
𝜋 ⋅ (7,1 𝑐𝑚)
𝑉1 = ((3,1 𝑐𝑚)2 + 3,1 𝑐𝑚 ⋅ 2,3 𝑐𝑚 + (2,3 𝑐𝑚)2 ) =  163,8 𝑐𝑚3
3
E para o tronco inferior:
𝜋 ⋅ (7,1 𝑐𝑚)
𝑉2 = ((2,6 𝑐𝑚)2 + 2,6 𝑐𝑚 ⋅ 2,3 𝑐𝑚 + (2,3 𝑐𝑚)2 ) =  134,0 𝑐𝑚3
3
A partir disso obtemos o volume do copo através de:
𝑉𝑐𝑜𝑝𝑜  =  𝑉1 + 𝑉2  
𝑉𝑐𝑜𝑝𝑜  =  163,8 𝑐𝑚3 + 134,0 𝑐𝑚3 = 297,8 𝑐𝑚3   
Para o método da balança, aplicamos o valor da massa da água no recipiente na
fórmula da densidade, sendo a densidade da água igual a 1 g/cm3:
𝑚
𝑑=
𝑣
Para o copo com volume indicado de 200 cm3:
A massa obtida no experimento foi igual a 197,7 g, portanto:
𝑚
𝑣=
𝑑
197,7 𝑔 3
𝑣= 𝑔 =  197,7 𝑐𝑚
1 
𝑐𝑚3
Para o copo com volume indicado de 300 cm3:
A massa obtida no experimento foi igual a 298,4 g, portanto, utilizando a mesma
fórmula usada para o outro recipiente temos:
298,4 𝑔 3
𝑣= 𝑔 = 298,4 𝑐𝑚
1 
𝑐𝑚3
Agora é possível calcular e analisar a taxa de erro dos dois diferentes métodos usados
com relação ao volume indicado pelo fabricante:
Para o copo com volume indicado de 200 cm3:
a) Método da balança:
197,  7 𝑐𝑚3
1−    =  0,012
200 𝑐𝑚3
O erro foi de 1,2%.
b) Método do cálculo de medidas:
174,22 𝑐𝑚3
1−    =  0,1289
200 𝑐𝑚3
O erro foi de 12,9%.
Para o copo com volume indicado de 300 cm3:
a) Método da balança:
298,4 𝑐𝑚3
1−    =  0,005
300 𝑐𝑚3
O erro foi de 0,5%.
b) Método do cálculo de medidas:
297,8 𝑐𝑚3
1−    ≅  0,007
300 𝑐𝑚3
O erro foi de 0,7%

A partir desses dados podemos concluir que o método mais exato, com relação aos
dados do fabricante, é o método da balança, que teve a menor taxa de erro em ambos
os recipientes.

2) Com os resultados obtidos, elabore um gráfico do experimento: tempo


médio (s) em função do volume calculado pelas medidas.

Figura 1 - Gráfico de tempo de combustão da vela em função do volume do


recipiente
Elaborado pelo autor

3) Observando o gráfico obtido, responda:

a) Qual a relação existente entre as variáveis? Qual é a variável dependente?


Qual é a variável independente?
Nesse contexto a relação é que quanto maior o tempo de combustão da vela, maior
será o volume do recipiente, ou seja, a variável independente é o tempo de combustão
da vela enquanto a dependente será o volume.

b) Calcule a equação da reta que correlaciona as variáveis.


A equação da reta é no formato t=av+b, sendo “a” a coeficiente angular e “b” o termo
independente e constante. Para encontrarmos o coeficiente angular podemos usar a
fórmula:
𝑡2 − 𝑡1
𝑎=
𝑣2 − 𝑣1
13,55 − 7,83
𝑎=  = 0,046
297,8 − 174,22
E agora para é possível encontrar o coeficiente angular do seguinte método:
𝑏 = 𝑡1 − 𝑣1 ⋅ 𝑎
𝑏 = 13,55 − 297,8 ⋅ 0,046  ≅   − 0,18 
Portanto temos como função da reta:
𝑡 = 0,046𝑣  − 0,18   
c) Qual é o tempo que a vela ficará acesa para um volume:
i. 50% menor que o volume menor?
Esse volume é igual a:
174,22 𝑐𝑚3 − 174,22 𝑐𝑚3 ⋅ 0,5 = 87,11 𝑐𝑚3
Usando a equação da reta encontramos o tempo de:
0,046 ⋅ 87,11 − 0,18 = 3,83 𝑠

ii. 200% maior que o volume maior?


Esse volume é igual a:
297,8 𝑐𝑚3 + 297,8 𝑐𝑚3 ⋅ 2 = 893,4 𝑐𝑚3
Usando a equação da reta encontramos o tempo de:
0,046 ⋅ 893,4  − 0,18 = 40,92 𝑠  

4) Calcule o volume do recipiente desconhecido, apresentando todos os


cálculos necessários para a sua determinação.
Durante o experimento encontramos como média do tempo de combustão da vela
dentro do recipiente desconhecido o valor de 28,48 segundos, aplicando na equação
da reta teremos o seguinte volume:
28,48 = 0,046𝑣 − 0,18
𝑣 = 623,04 𝑐𝑚3

5) Responda com base na observação da experiência por que ocorre variação


no nível da água dentro do copo?
Quando o copo é colocado sobre a vela acesa, o calor da combustão consome o
oxigênio, libera fumos e fornece energia ao sistema, aquecendo os gases no interior do
recipiente e fazendo com que eles se expandam, sobretudo, devido ao fato do volume
se manter constante, a pressão aumenta e supera a pressão atmosférica externa ao
copo, expelindo a água do interior do recipiente. Com o encerramento da combustão da
parafina devido ao consumo total do oxigênio disponível no interior do recipiente, os
gases se esfriam, diminuem seu volume e geram uma diminuição na pressão interna
do copo, e então a pressão atmosférica, que agora é muito maior que a pressão
interna, age sobre a água no fundo do prato e faz com que o líquido entre no recipiente.

6) Considerando o volume de ar consumido nos três procedimentos da


determinação do tempo de queima em função do volume, e sabendo que a
parafina possui fórmula C40H82, calcule a massa de parafina que foi
consumida em cada um dos três procedimentos realizados na Atividade
Prática.
A equação balanceada de combustão da parafina se dá da seguinte forma:
É fato de que 21% do volume de ar é composto por O2O2 através de:
𝑉𝑂2 = 𝑉𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 ⋅ 0,21
Para relacionarmos o volume de O2 com o número de mols, devido à falta de dados,
iremos considerar que no momento do experimento estávamos em acordo com a
CNTP, podendo então usar a relação de que 1 mol de O2 ocupa o volume de 22,4 L, ou
seja, 22400 cm3. Podemos expressar isso através de:
𝑉𝑂2
𝑁𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑂2 =
22400 𝑐𝑚3
Através da equação balanceada obtemos a relação de que para haver a combustão de
1 mol de parafina é necessário 60,5 mol de O2. Para relacionarmos o número de mols
de parafina com sua massa molar é necessário então calcular a massa da molécula
através da massa atômica dos elementos que a compõem. Utilizando a massa atômica
de C como 12 u e a massa de H2 como 2 u, obtemos que:
82
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝐶40 𝐻82 = 40 ⋅ 12 + ⋅ 2 = 562 𝑔
2
Utilizando essas informações conseguimos relacionar o volume do recipiente com a
massa de parafina deduzindo a seguinte expressão:
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝐶40 𝐻82 = 𝑁𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝐶40𝐻82 ⋅ 562 𝑔
𝑁𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑂2
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝐶40 𝐻82 = ⋅ 562 𝑔
121
2
𝑉𝑂2
22400 𝑐𝑚 3
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝐶40 𝐻82 = ⋅ 562 𝑔
121
2
𝑉𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 ⋅ 0,21
3
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝐶40 𝐻82 = 22400 𝑐𝑚 ⋅ 562 𝑔
121
2
Com a expressão obtida podemos calcular a massa de parafina que participou da
reação de combustão em cada um dos recipientes.
Para o copo com volume indicado de 200 cm3:
O volume calculado através de medidas foi de 174,22 cm3, então:
174,22 𝑐𝑚3
3
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝐶40 𝐻82 = 22400 𝑐𝑚 ⋅ 562 𝑔
121
2
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝐶40 𝐻82 = 0,07 𝑔
Para o copo com volume indicado de 300 cm3:
O volume calculado através de medidas foi de 297,8 cm3, então:
297,8 𝑐𝑚3
3
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝐶40 𝐻82 = 22400 𝑐𝑚 ⋅ 562 𝑔
121
2
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝐶40 𝐻82 = 0,12 𝑔
Para o recipiente que inicialmente desconhecíamos o volume:
Através dos cálculos conseguimos estimar o volume do recipiente como sendo 623,04
cm3, então:
623,04 𝑐𝑚3
3
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝐶40 𝐻82 = 22400 𝑐𝑚 ⋅ 562 𝑔
121
2
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝐶40 𝐻82 = 0,26 𝑔

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