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Inbra Metais é carbono zero

Unidade II é a primeira planta da indústria brasileira do alumínio a zerar suas emissões


de carbono

A unidade II da Inbra Metais tornou-se a primeira planta de reciclagem da indústria brasileira do


alumínio a zerar as emissões de carbono decorrentes de sua atividade produtiva. Localizada na
cidade de Itaquaquecetuba (SP) e em operação desde abril de 2008, a planta tem capacidade de
produzir 80 mil toneladas/ano de ligas de alumínio secundário em lingotes, barras, na forma
líquida e como desoxidantes para a indústria siderúrgica.

O projeto que levou a Inbra a zerar suas emissões de carbono começou ainda na concepção da
planta, que conta com um sistema de coleta, tratamento e reaproveitamento de 700 mil litros de
águas pluviais e a instalação de um moderno sistema de filtros manga, para garantir a captação
dos gases e particulados gerados nos fornos de fusão. Com equipamentos e um sistema de
gestão ambiental estabelecido, a unidade II recebeu em 2009 a certificação ISO 14.001:2004 e
acaba ser certificada com a OHSAS 18.001 - Sistema de Gestão de Saúde e Segurança no
Trabalho.

A empresa contratada para a realização do inventário de emissões de gases de efeito estufa


(GEE) da planta foi a ATA - Ativos Ambientais, consultoria especializada em desenvolver ações
empresariais e empreendimentos relacionados à sustentabilidade, particularmente sobre
emissões de carbono e consumo de água.

Os resultados dos inventários de 2009 e 2010 foram, respectivamente, de 8.247 toneladas de


CO2 eq e 12.541 toneladas de CO2 eq - quantidades proporcionais ao volume de produção de
cada ano. Segundo a gerente de relacionamento da ATA, o inventário considerou as emissões
diretas (decorrentes do processo de fusão) e indiretas por energia adquirida. Na ocasião, os
índices de emissão foram considerados bastante baixos para a atividade.

A partir da determinação de um índice relacionando volume emitido de GEE e produção de


alumínio, a Inbra projetou as emissões para 2011 e tomou uma decisão pioneira do setor: “com
o objetivo de oferecer um produto com zero de emissões de GEE para os seus clientes, a Inbra
projetou as suas emissões, com base na produção planejada, para o ano de 2011 em 14 mil
toneladas de CO2 eq e compensou-as através da compra de 14 mil créditos de carbono no
mercado voluntário”, explica Débora.

Os créditos de carbono foram comprados da Usina Hidrelétrica Barra Grande (BAESA), que tem
em seu consórcio duas grandes empresas de alumínio - Alcoa e a Votorantim Metais-CBA. Toda
a operação de compra de créditos foi realizada e validada pela ATA e seguiu o padrão Verified
Carbon Standard (VCS), referência internacional de qualidade e com chancela da ONU (UNFCCC),
e registrada na plataforma NYSE Blue VCS Registry. A metodologia para verificação dos créditos
coube ao Bureau Veritas Certification Holding (BVQ).

Como a principal fonte de emissões está no consumo de energia [térmica a gás e elétrica], se a
Inbra utilizasse energia renovável, suas emissões seriam quase que zeradas; dessa forma, ao
oferecermos créditos provenientes de uma usina hidrelétrica a empresa está, mesmo que
hipoteticamente, investindo em energia renovável.

Ao compensar as suas emissões de gás de efeito estufa, a Inbra contribui para a redução do
impacto ambiental dos produtos de seus clientes em que participa da cadeia de valor. A
sustentabilidade da Inbra é um exemplo explorado até pelos clientes; eles vêm nos visitar e
trazem seus clientes para mostrar o destino de sua sucata ou a procedência da matéria prima.

Reciclagem

A reciclagem do alumínio segue fluxos diferentes, de acordo com o tipo de sucata. As fases se
modificam na coleta e no retorno da sucata ao mercado, dependendo do produto a ser reciclado.
Como exemplo, veja abaixo uma ilustração com o fluxo de reciclagem da lata de alumínio, que
serve como referência para os demais produtos.
No mundo, dos 27% dos produtores de alumínio que dispõe de energia própria, 55% utilizam
recursos hídricos, 30% carvão e 15% gás. No Brasil, 100% da energia elétrica consumida na
produção de alumínio primário é proveniente de hidrelétricas, uma fonte energética
considerada limpa e renovável.

No País, cerca de 27% da energia elétrica utilizada na produção de alumínio primário é


fornecida por usinas hidrelétricas mantidas pelas próprias empresas do setor do alumínio,
suprindo em alguns casos mais de 50% das suas necessidades. Tais esforços resultam no uso
eficiente da energia elétrica, que dá ao setor um consumo médio específico da ordem de 14,9
MWh/t, abaixo da média mundial de 15,3 MWh/t.

A indústria do alumínio tem investido na autogeração de energia elétrica para manter suas
fábricas competitivas, investimentos da ordem de US$ 2,4 bilhões estão sendo destinados à
participação na construção de novas usinas em todo o Brasil.

Quando todas as usinas estiverem prontas, haverá 6.966 MW de capacidade instalada


adicional - 3.940 MW apenas para a indústria -, e a autogeração na produção de alumínio
primário alcançará mais de 50% do total consumido. Com a autogeração, o setor contribui
para toda a sociedade, liberando a mesma quantidade de energia para ser consumida em
outros setores. Além disso, a instalação desses empreendimentos atrai novas oportunidades
de desenvolvimento e ações mais efetivas do poder público, através de investimentos em
programas sociais e de geração de renda.

Os impactos ambientais originados pela construção de uma usina hidrelétrica - necessidade


de reassentamento da população, fauna e flora da região - podem ser compensados ou
minimizados pelo desenvolvimento da região, principalmente com o aproveitamento dos
recursos hídricos para navegação, irrigação e abastecimento de água.

Investimentos da Indústria de Alumínio


em Autogeração de Energia Elétrica
As áreas mineradas para extração de bauxita são totalmente reabilitadas com flora e fauna
nativas. Assim, a indústria de mineração promove o uso temporário da terra, devolvendo-a
recuperada ao meio ambiente.

As técnicas de mineração, essenciais para que o solo seja recuperado após a mineração, são
aprimoradas constantemente. A camada orgânica de solo retirada durante a lavra é utilizada na
reabilitação posterior, respeitando os contornos da topografia local. Para recompor a vegetação, as
companhias desenvolvem programas próprios de plantio, com viveiros de produção de mudas, em
grande parte, com espécies nativas da região. O objetivo é restaurar o máximo possível da
biodiversidade local. É importante ressaltar que a indústria do alumínio não exerce atividade em
áreas indígenas.

Os cuidados também abrangem as áreas destinadas ao depósito de resíduos. Para garantir a


conservação dos mananciais, os lagos de resíduos ganham um revestimento interno com argila e
PVC, que impede o alcance, por parte dos resíduos sólidos provenientes das refinarias, das águas
subterrâneas e superficiais. Além disso, os lençóis freáticos e a drenagem superficial são
monitorados continuamente. A lavagem de minério não usa produtos químicos e o seu rejeito
pode ser decantado em barragem ou até mesmo nas cavas de onde o minério foi extraído,
liberando a água limpa.

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