You are on page 1of 42
CONSEIHO JURISDICIONAL ACORDAO N.’ 001/CJ-FAF/2018 PROCESSO N.° 004/CJ/2018} whee de Anulacio Recorrente: Atlético Petréleog de Luanda Recorrido: Conselho de Discij lina da Federacao Angolana de Futebol Relatores: Policarpo Baptista ¢ Alberto Sérgio Raim:ndo O Clube Atlético Petréleos de} Consetho de Disciplina e, em Relatério |Luanda requereu ao Conselho Jurisdicional da esumo, foi dito pelo Recorrente que, 0 recurso Federagdo Angolana de ‘al a reapreciagdo da decisto proferida pelo emerge da deliberagdo do Con Futebol que deu provimento consequéncia, fixou o prazo d eiho de Disciplina da Federagio Angolane de fa peticdo do ex-atleta Avelino Lopes e, em 60 dias para que o Recorrente procedesse 20 pagamento do crédito de USD 60.000,00 (Sessenta Mil Délares Norte Americanos), a taxa de cambi realizar a transacgao. Remetido © proceso p verificouse que or 4 atribuido € o suspensive e, ey quem” da Federago Al 180.° € 181° ar lo Gqgio “a quo” para o Conselho Jurisdicional,|_ legal praticada pelo Banco Comercial onde se © proprio, as partes sdo legitimas, o efeito consequéneia, nada obsta a gue 0 or os preceitos dos artigos 127. 128°, 129.° ¢ 131.* todos do Regulamento do Campeonato Nacional da I* Divisa¢ I Produgio da Prova a) Pelo Conselho de Disciplina foi apreciado em resumo 0 seguinte: Quanto a existéncia ou ndo da re Jagdio crediticia entre o ex-atleta e 0 Clube aqui Recorrente, o atleta alega e3 istir um crédito resultante do Contrato de Trabalho Desportivo, por contq da Transferéncia Internacional para © Nacional Sporting Clube Gezira,|vulgo AlAhly do Egipto Continuou dizendo que, diversampnte, 0 Clube Ailético Petréleos de Luanda, alega que nada deve ao ex- atleta} pois, nao existe nenbuma relacdio crediticia com este, uma vez que np acto de celebragao do denominado “SportsContract”, o atleta declkra expressamente ter recebido do Clube Ailético Petréleos de Luanda toxlos os seus direitos financeiros referentes @ ‘jua transferéncia para o AIAMIy] e que tal declarago serve como termo de quitagdo, e ainda assim, ao existfr alguma divida, seria imputada a SIGESP, S.A, e nunca ao Clube. Outrossim, disse ainda que o Consetho de Disciplina na sua deliberasao, entende que o Termo de Quitapao em momento algum deve ser confundir com a figura do Contrato “SportsContract”, pois trata-se de dois instrumentos legais distintos, urpa vez que no contrato existe a manifestagéo de duas ou mais declaragdes de| vontades distintas, prosseguindo interesses © fins diversos, que podem até sef opostas mas que se ajustam reciprocamente, /) com vista 2 um resultado unitdrio, enquanto que o Termo de Quitagao, éa/ declaragao feita pelo credor de que recebeu a prestagdo ¢ de que, portanto, | considera o devedor inteiramente livre da respectiva obrigagdo. ‘Ané porque analisado 0 extractd bancério do Atleta, nele no se afere nenhum pagamento feito até ao dia 26 de Dezembro de 2001, data da celebragdo dof » contrato, verificando-se apenasfo que foi feito em data posterior, 03 de Jane) memLoy, Urbanizago Nove Vida nfo fafootball@gmei.com aan de 2002, 0 que por si s6, ndo confirma o constante do terceiro parégrafo da Parte introdutéria do “SportsContrdct”, Assim, 4 luz da doutrina universal lmente aceite, o “SportContract”, ndo vale como quitagao e, compulsados os Quitagao. O “SportContract”, junto aos autos existéncia do vinculo contratual d uutos, ndo se vislumbra nenhum Termo de pelo atleta e pelo Clube, vem atestar a onde emanou a relaco crediticia entre 0 atleta ¢ 0 clube, resultante da transfi réncia internacional do jogador. Relativamente ao montante do crédito, o atleta alega que o valor acordado é de USD 120.000,00 (Cento e Vinte\Mil Délares Norte Americanos). O clube ndo refutou o montante propriamente dito, limitando-se a argumentar que nao deve nada ao atleta e que ainda que kal divida existisse a mesma é imputavel a SIGESP, S.A,, ¢ que ainda assim j A referida entidade que o Clubs rescreveu. diz ser a instituigio que assumiu o compromisso do pagamento do crédito com o jogador, a SIGESP S.A., trata. se de um ente que representava o mais variados contratos, quer com lube Aulético Petréleos de Luanda nos lesportistas como com outras entidades, dentro © fora do pais, quer no Ambito da relagdo derivada do contrate desportivo internacional que existiu entdo Presidente que rubricou em nj pacote remuneratério do atleta. Bast: pacote remuneratério, o President SIGESP S.A., José V. A. Sobrinho Allético Petréleos de Luanda. Diz ainda 0 Conselho de Disciplina, ntre 0 atleta e o clube, assinado pelo seu me da SIGESP, bem como 0 anexo a0 notar que na data em que foi assinado o do Conselho de Administragio da ra simultaneamente Presidente do Clube que sustenta a sua tese, 0 documento de fls 51 dos autos, do Gabinete do Presidente da Direegio do Clube Atlético Peirdleos de Luanda, cujo conteido entéo Presidente do Clube Manuell 2012, e nessa qualidade nomeia um edes de Vice-Presidente “Admin € 0 despacho n.° 04/2012, assinado pel de Morais Brito, de 18 de Janeiro de - Gestéo de participagoes Socia Clube Atlético Petroleos de L timbrado e autenticado com Administrador da SIGESP, dtv intrinsecamente ligada ao Clube Sao infundados os argumentos (SIGESP). Portanto, se © Presidente do anda com 0 punho proprio e em papel carimbo do Clube € quem nomeia o idas ndo subsistem de que a SIGESP esta tlético Petréleos de Luanda, dai que; lo Clube quando, a dada altura, diz que, 0 compromisso foi assumido por tma outra entidade a SIGESP e nao o pelo Clube, quando se trata de uma interesses do Clube, gerando acti ndo existe nem nunca existiu algy Portanto, € de reconhecer o créd autos, que no dia 03 de Janeiro nntidade criada pelo Clube ¢ para servir os vos € gerindo os mesmos, sem esquecer que Ima vez a SIGESP, S.A., futebol Clube. to do Atleta, até porque consta a fls. 12 dos \de 2002, a representante do Clube Atlético Petrdleos de Luanda em actos contratuais, a SIGESP S.A., deu instrugdes e foi transferido para a conta do A Norte Americanos) destinados sendo que para saldar a divid (Sessenta Mil Délares Norte A junto da SIGESP e se sabe nunt pode ser por ter plena conscié alegado atleta). Quanto questéo da prescrigi pretensfo alegando que ha muit tendo mesmo no ano de 200: Petréleos do Huambo e a $ reclamagéo do Atleta, sem prejijizo de outros contactos anteriores de moda_- verbal. Por sua vez 0 Clube alega que ainda que se admitisse a existéncia da dividga mesma prescreveu atendendo a doravante LGT. tleta USD 60.000,00 (Sessenta Mil Délares 0 pagamento de parte das referidas luvas, estéo em falta os outros USD 60.000,00 ericanos), ¢ 0 Clube nunca se dignou saber ‘a revelou, a razdo daquela transferéncia, s6 cia do que se trata, (pagamento parcial do jo do crédito, o atleta fundamenta a sua que vem exigindo o pagamento do crédito, havido contacto formal entre 0 Atlético 1a congénere de Luanda relativamente direito pelo simples facto de prazo fixado na lei. Para qu seguintes requisites: a) um di c) mas que nao seja exercido d) e que no esteja isento a pr No caso subjudice, 0 grande aos prazos, se aplicam os p 309.° do CC., ou os prazos ainda o prazo de prescrigao Diz-se que hé prescrig&o quando alguém se pode opor ao exercicio dum leste nao ter sido exercido durante determinado haja prescrigdo, € necessario a verificasio dos ito no disponivel; b) que possa ser exercido; lurante certo lapso de tempo estabelecido na lei; scrigdo. juesito inerente a prescri¢do é de saber se quanto 0s ordindrios constante nos termos do artigo speciais, constantes no artigo 302.° da LGT ou linternacional, fixado no n° 5 do artigo 25.° do Regulamento do Estatuto do| Jogador da FIFA, j& que sobre este quesito 0 Regulamento de Disciplina Estamos na verdade em pr tempo e€ no espago. Todavi normas constantes de con' automética na ordem juridic com efeito que: “Os tratados ou ratificados vigoram na oficial e entrada em vigo vincularem internacionalmet que as regras constantes d: Estado angolano e publicad Direito interno independent ordinaria intema (se ela fo transformagio"). A vinculpgiio intemacional do Estado angolano (a§__ Federagdes Nacionais) pode| que esta definida na lei. No revogaco das normas incorg Com efeito, a relago juri fontes, incluindo os usos, outras, a a Ivan-D Federacaio Angolana de Futebol ¢ omisso. nga de um conflito de aplicagao das normas no , vigora no Direito angolano, relativamente as ges internacionais, o sistema da recepgdo interna. O n.° 2 do artigo 13.° da CRA dispde acordos internacionais regularmente aprovados Irdem juridica angolana apés a sua publicagtio na ordem juridica internacional e enquanto {te 0 estado angolano”. Decorre deste preceito convengées ratificadas /e/ou aprovadas) pelo 5 no Didrio da Republica passam a integrar o fmente da transposigéio do seu contetido por lei se necessdria, estar-se-ia perante o sistema dal cessar com dentincia da convengao nos termos plano interno, a eficdcia da dentincia equivale joradas em consequéncia da ratificago. inemLoy, Urbenizag3o Nova Vi ida NE ‘os termos legais do n° 3, mencionadas, segue o prince’ ldo artigo 9.° da LGT, a aplicagiio das fontes pio do favor laboratoris, isto é, em caso de conflito entre as disposides de varias fontes, prevalece a solugdio que, no seu conjunto e no que respeita favoravel ao trabalhador, sal imperativas. fis disposigdes quantificdveis, se mostra mais 0 se as disposigdes de nivel superior forem As modalidades em que estay normas se apresentam s&o conforme o tipo de intervengdo que o legislador intende ser necessario em cada um dos aspectos da regulamentagao das relacdps de trabalho. As ingeréncias da lei poderiam, por outro lado, nfo ter o também dos critérios a us correspondentes, E Necessario que da norma st fixa. O intérprete pode pois do preceito e os interesses q| mesmo preceito deixa marge vantajosas para o trabalhado! modo algum, o intérprete d processos e os instrumento: cance desejado se o legislador nao cuidasse na interpretagdo e aplicagdo das normas erior se nao conclua que contém uma condigao iresumir, antes de descamar 0 sentido profundo @ movem nele a vontade do Jegislador, que 0 a estipulacées colectivas ¢ individuais mais Mas isso — sublinhe-se — nao “desobriga”, de procurar o significado da norma segundo os geralmente consagrados entre os quais nao enfileira o principio do favorecimento do trabalhador. De referir que, 0 periodo de tempo que ocorreram os factos, a fim de aferirmos quais normativos juridico nacional é de que a joma néo poderd rectroagir, ou seja, a lei nova / no serd aplicada as situasée: modificada, essa regra chamat Como é do conhecimento de| futuro. Quando uma lei mod pela lei anterior, seja em de| anterior) ou pela derrogasao a of regule, de forma diferente, a matéria verggde g aplicar. A regra adoptada pelo ordenamento constituidas sobre a vigéncia da lei revogeda ou [ se princfpio da Irretroactividade. todos, a lei, em regra, é feita para valer para o orréncia da ab-rogacao (revogagao total dé le} vogagdo parcial da lei anteri en sgh revogagiio parcial da lei anterior), poder fit, Jen-OinemLoy, Urbaniza¢o Nova Vide N.2 53 ac - Email: info.fafootball@gmail.com, }44 / 4244 993 239 S04 - Luanda-Angola / V égide da velha norma revogada Para solucionar tal questéo, critério diz respeito as disposi legislador, no proprio texto n| conflitos que poderdo surgir d normas sao temporarias e con pela norma anterior. O seg retroactividade e da irretroactiv: O mesmo Consetho de Dis deliberagao, chamou a colac&o do Trabalho), que vigorava na 0 Clube que prevé no n° 1 d para que o trabalhador exija os direito se vence. Prevé também| dia seguinte da cessagio do cont © artigo 26° (medidas tran transferéncias de jogadores, Executivo, a 05 de Julho, em Setembro de 2001 prevé que: | conflitos entre as novas disposifdes ¢ as relagées juridicas j4 consolidadas sob doutrina utiliza dois critérios. O primeiro des trahsitérias, as quais séo elaboradas pelo rmativo, destinadas a evitar e a solucionar confronto da nova lei com a antiga lei. Tais iliam a nova lei com as relacdes jé definidas indo critério, diz respeito ao principio da idade das normas. ciplina a0 fechar os argumentos da sua fa Lei n.° 02/00 de 11 de Fevereiro (Lei Geral iItura da celebragdo do contrato, entre o Atleta artigo 187.° o limite maximo de 2 (dois) anos créditos salariais, contados da data em que o jum limite maximo de 1 (um) ano, contado do trato. itérias) do Regulamento sobre estatuto e aprovado por unanimidade pelo Comité [Buenos Aires, que entrou em vigor a 07 de 1. Qualquer caso que tena sido trazido & FIFA antes da entrada em vigor destes regulamentos seré avaliado de acordo com os regulamentos outros casos devem ser avaliat anteriores; 2. Como regra geral, todos os excepeao do seguinte: a) cont fos de acordo com estes regulamentos, com loversia sobre remuneragéo por treinamento }) disputas relativas ao mecanismo de solidariedade c) disputas trabathistas ( relacionadas a contratos assinados antes de 1 de Setembro de 2001; 3 \- Qualquer caso nao sujeito a esta regra geral seré avaliado de acordo com os regulamentos em vigor quando 0 contrato no centro da disputa foi assinado, ou quando os fadfos em disputa surgiram. As associagée, membros devem alterar seus regulamentos de acorde com o artigo 1 pi -gulamentos @ os submeterdo d FIFA garantir que cumpram estes ‘DunemLoy, Urbaniza¢ao Nova Vida N.2 53. - Email info.fafootball@ gmail‘com 239 904 - Luanda-Aing aprovacio até 30 de Junho d / membro implementaré o artip 2008. 2007. Nao obstante 0 acima, cada associagéo 0 1, pardgrafo 3 a) a partir de 1 de Julho de Outrossim, 0 Regulamento de|Disciplina entdo vigente ndo previa um periodo Para 0 Atleta exigir um créditp salarial, pelo que, em respeito ao principio do favor laboratoris, 0 jogador em causa ainda tem a possibilidade de recuperar Os seus créditos salariais, até por que ¢ precisamente o que afere do n.° 5 do artigo 25.° do actual Estatutd de Transferéncia de jogadores da FIFA, “O comité do Estatuto dos jogadares, a camara de Resolucao de Litigios, o juiz tinico ou juiz da camara de Resolugao de Litigios (conforme o caso) néo sdo sujeitos a estes regulaméntos, se tiverem decorrido mais de dois anos desde 0 evento que deu orlgem & disputa, Aplicagdo deste prazo seré examinada ex officio em cada caso individual”, b) Por seu turno, o |Recorrente resumidamente o seguipte: nas su: alegagdes aduziu Com muita surpresa do Recorrpnte, a causa do Sr. Avelino Lopes tem vindo a ser arregimentada e assumida pela FAF como sua, pois s6 assim se podem explicar as intimeras peripéciqs e atropelos juridicos que se tém verificado, dos quais 0 Comunicado Oficigl n.° 046/SG/18, de 15 de Novembro de 2018, € apenas mais um exemplo. Na verdade, a FAF, foi confrohtada com 0 facto de o artigo 34.° do Conselho de Disciplina, exigir a existénkia de uma condenagao ou decisao, conforme emerge expressamente do seu thor: / / 1. 4 condenagéo por decistio transitada em julgado de tribunal comum, \— do Consetho de Disciplina da FAF ou do Conselho Jurisdicional da FAF, no pagamento de divida a pessoa singular ou colectiva integrada na FAF, individualmentd ou por representagdo orgdnica, emergente do’ incumprimento de contrdto registado na FAF ou de norma estabelecif tem ainda como efeito imediato néio sefen\ registades noves contrdtos ou compromissos desportivos ou fidda nos seus regulamentos, renovados os existentes do} “devedor"). Nao podendo sonegar esse texto surgiu agora com uma pretensa Clube ou agente desportivo (parte omitida em conferir-Ihe imaginosas interpretagdes, ciséo sobre litigio que opde o Sr. Avelino fe Lopes ao Clube Atlético Pentel de Luanda. Mas repare-se, e nfo se pode subli Recorrente nao foi parte em q| inhar com suficiente insisténcia este ponto, a alquer proceso formal, com as devidas garantias legais e processuais, qu a opusesse ao Sr. Avelino Lopes. Aliés, nem se percebe de que 7 agora se recorre. E que, além de algumas trocas de Clube Recorrente nfo tem conl contra si. A deliberagao ora recorrida pade rocedimento emerge a deliberagdo de que linformacdo, todas elas informais ¢ ad hoc, 0 jecimento de qualquer processo que corre fe de varios vicios ¢ incongruéncias juridicas que se apontardo, mas nenhuma ¢ maior que este “pecado original” de dar a aparéncia processual a uma disc sujeitos a qualquer processo gar: ‘A deliberagdo encontra-se es Avelino Lopes, resposta do Club: Nao obstante, apesar desta “m verdade & que nem se pode sal sobre a alegada participagao de assim como nao se sabe em qui relatar a posig&o do Clube. Continuou o Recorrente alegand. tentou produzir uma pega ju relacionada com o Sr. Avelino Lopes, que se centrava no recurso sobr; av. Pedra de Cesta Ven- Site: www.faf Cel: +244 936 0.80] sso e litigio que, na verdade, nunca foram tistico. jurada e sustentada em alegagdes do Sr. ¢ deliberagao final. scara” de decis%io sobre um processo, a r onde a deliberagio ancorou a sua viséo 1 foi alvo 0 Aulético Petréleos de Luanda, pega juridica se fundou a deliberagdo para que, “Veja-se que apenas por uma vez se idica de defesa do Clube minimament g g As JinemLoy, Urbanizag3o Nova Vida N. Email: info.fafootball@gmall.com +244 993 239 904 - Luanda-Angola san¢do de impedimento de register novos contratos notificada no ambito do Comunicado Oficial n.° 036/FAF de 06 de Setembro de 2018.” E, pois, com maior espanto que agora se recebe uma deliberago que contém uma alegada simula da posigao qo Clube, sustentada eventualmente apenas em contactos informais mesmo qhe escritos, e nunca no Ambito de qualquer procedimento apto a condenar 0 Ailético Petréleos de Luanda no pagamento seja de que quantia for. Neste ambito, refira-se que as not! icagdes, como a datada de 19.10.2018, nao correspondem a qualquer partidipacdo, tanto que expressamente pedem apenas e to sé 0 pronunciament Lopes. E para o Clube incompreensive do clube sobre uma carta do Sr. Avelino este proceso continuo de assédio com atropelo por todos os seus direitos e garantias do Atlético Petréleos de Luanda, atropelo esse que conkece toda uma nova fase com a ultima deliberacao de que agora se recorre. O Recorrente segue alegando sobre a prescrigéo da responsabilidade dis ‘iplinar; Que, “alertados (ainda que ino ter sido condenado em qualqu jalmente) para o facto de 0 Clube nunca ir processo, 0 que desde logo exclui a possibilidade de aplicar a sancdo \le impedimento de registo como pretendia a FAF, esta veio a “talhe de foice? simular um procedimento. Segundo a deliberagao, a propria “participagéo” do Sr. Avelino Lopes aconteceu em 2014, O préprio Sr. Avelino Lopes alega que 0 seu crédito emerge da sua transferéncia entre: “(JO Clube Atlético pewtleos fe Luanda e 0 Nacional Sporting Clul Lh, p valor de USD 400.000,00”. E pacifico que o atleta iniciou a tua prestagao no AlAhly em 26.12.2001, ou seia mais de 13 (treze) anos artes da alegada reclamagao do Sr. Avelino Lopes junto da FAF. Ors, bastard consultar 0 artigo 12.° do Regulamento de Disciplina da FAF Para se perceber que, quer existisge ou ndo (e nfo existe), 0 alegado crédito do Sr. Avelino Lopes, este n&o podfria dar origem a procedimento disciplinar pois @ responsabilidade disciplfnar encontra-se, quanto Aqueles factos, Pprescrita, Em resultado, mesmo na tese do Consetho de Disciplina da FAF, admitindo que © pretenso procedimento di Vee se tivesse em Abril de 2014 (...), a verdade € que a responsabilidad disciplinar se encontrava preserita pelo menos desde 2004, ou seja trés ands apés o facto que alegadamente estaria na sua origem. E nao se diga que o Clube no hpvia alegado a presctigzo, uma vez que o clube nao poderia alegar a prescripao de uma responsabilidade que até hoje néo sabia existir! Relembre-se quk a deliberagdo de que ora se recorre é a primeira decisdo ou singela tomatla de posigdo feita directamente por um 6rgdo disciplinar sobre o litigio quq opde o Clube ao Sr. Avelino Lopes. Até entdo, insista-se, 0 Clube punca havia sido notificado, ainda que ilegitimamente como ¢ 0 agora 0 aso, de qualquer deliberago do Srgdio de Gisciplina da FAF que o condenasse no pagamento de qualquer quantia ao Sr. ‘Avelino Lopes. Na verdade, até entdo, © Clbe apenas recebeu notificagdes para Pronunciamento ¢ nunea qualquer] acusagao (algo que se mantém, diga-se “isto que a deliberagdo de que agora se recorre néo foi precedida do devide procedimento disciplinar), ‘Sobre 0 procedimento disciplinar, 4 Recorrente alega que; O mesmo ++ rege-se sob um prin especiais-artigo 167." n.l do Regul) Nao obstante 0 mesmo procedin| Disciplina. Ora, nunca foi o Clube, notificallo sendo que tal notificaséo nao pode uma vez que tem de ser explicita de Em resultado, 0 pretenso proces invalida. Nao se tendo ficado por ai, i competéncia da FAF para dizer Segundo 0 relatério da deliberaga FAF com base no artigo 65.° do R| ja revogado. Esta norma nfo qualifica pois a dispor e/ou ajuizar o litigio em ca dirige aos clubes detidos por um: factos em causa, S Noutro plano, embora seja indis reconduzem ao Ambito pessoal djs; Disciplina, a verdade é que os fuk de aplicagao material previsto no © Consetho de Disciplina e, por para julgar a matéria em causa, Ora, nao existem referéneia nos es| da relaco laboral entre atletas alegadas por uns contra os outro exclusiva dos tribunais judiciais. Ay, Pecira de Castro Van-Dul wwew-faf.co.20 49 544/43 Cel 424 {rtigo 3.° do mesmo regulamento, pelo que jonsequéncia a FAF nao tém competéncia | jatutos da FAF a competéncia no dominio ferLoy, Urbaniza frail: info.fafootball@ gmail.com lento respeita obrigatoriamente os preceitos regulamentares aplicaveis nos artigos 172° © ss. do Regulamento de nos termos referidos no artigo anterior, ser o envio de carta para pronunciamento vidente. imento disciplinar nunca existiu, sendo a deliberacdio do Consetho de Discipl ina de agora se recorre totalmente nula e = nas sua alegagées a questio da recortida, 0 Sr. Avelino Lopes recoreu -gime Juridico das Associagdes Desportiva, F, nem o seu Conselho de Disciplina, a a pois é uma norma que simplesmente se empresa ¢ que nada tem que ver com os jutivel que ambas as partes do litigio se posto no artigo 2.° do Regulamento de 's do litigio ndo se reconduzem ao ambito clubes, muito menos quanto a divid: . matéria que se insere na competéngfa Nova Vida N.e 4 983 239 $04 - Luanda-Angola Alias note-se que a competénci: disciplinar do Conselho de Disciplina da FAF pressupde a violagao de |normas dos estatutos, do regulamento de disciplina ¢ demais legislaao Regulamento Disciplinar - send desportiva aplicdvel - cfr. artigo 5° do que o.cumprimento pontual de obrigagdes contratuais, nomeadamente laborgis, nao se insere neste dominio. Dai que a deliberagao nfo identi jque sequer a norma disciplinar que 0 Clube terd infringido para poder ser sujgito a qualquer algada disciplinar. Deliberando-se, para mais, que o dias, cumprindo questionar ao surge a imposigao de tal prazo. E, deste modo, por demais evidi Tube deve pagar © montante no prazo de 60 igo de que norma e de que competéncia ite que 0 Conselho de Disciplina da FAF excede manifestamente as suas cdmpeténcias e viola os seus poderes legais a0 tentar substituir-se ao sistema ju reservadas a érgios devidament. Angola. Sobre o crédito, alegou que; Ainda que nfo estivesse ja licial e imiscuindo-se em fungdes soberanas previstos na Constituigdo da Republica de abalmente demonstrada a invalidade do procedimento disciplinar, a verdide & que o crédito alegado pelo sr. Avelino Lopes no existe e nfo foi nunca sequer demonstrado, sendo também ctiticaveis e erradas as apreciag que se recorre neste dominio. es juridicas efectuadas pela deliberaco de Segundo a alegagao do préprio|Sr. Avelino Lopes, conforme é relatada na deliberagdo, 0 seu erédito emerte do contrato entre “(...) 0 Clube Ailético/ Petréleos de Luanda ¢ 0 Nacio do Egito”. No entanto, esse|mesmo contrato|nao foi junto pelo Sr. Avelino Lopes. Lembrando que hao existiu ne de qualquer outra prova, fica assim e descortinar de opde surge o al resulta o mesmo!demonstrado? sal Sporting Clube (Gezira), vulgo “AIAhly do direito do Sr. Avelino Lopes. De pall@emai.com 239 964 - Luanda-Angola | Ao longo da apreciagdio dos fac] pegas, se pode assimilar que o rosto do autor da pratica dos act| ou no imputados na subsuncdl Regulamentos aplicaveis ao co km analise. Portanto, 0 que deve ser evitado de nao prejudicar a qualificaca responsabilidade, pelo que, se i ou seja, coloca-se a questo d Suposta obriga¢ao, como se diré b) O Direito i. SIGEP, S.A. (Soci¢ Participagdes Soci llegitimidade e cham: Nao € de acolher os argumentos fos juridicamente relevantes apresentados nas lponto de partida in casu, é de descortinar 0 s, sendo que, achado o rosto, sobre ele serio a ser feita as normas das variadas Leis e é a dispersio de sujeitos na reapreciacao afim Juridica dos factos e eventual imputagio de poe primeiramente, a localizagao do sujeito, saber se est neste processo o sujeito da a jdade de Investimentos e Gestio de 3) € Atlético Petréleos de Luanda, mento & demanda ldo Recorrente, como faz no artigo 69.° ¢ em outros das suas alegagdes seguntlo o qual, “Nao cabe ao Clube imiscuir-se numa relagdo entre duas partes ambas se tenham, por forma sendo vejamos 0 que diz 0 cont entre 0 ex-atleta ¢ a SIGESP: claramente que “Considerando pelo Clube em que este tiltimo em seu nome todos os contrato} Diz “ Sendo a SIGESP uma Empresa do Clube Petro Atlético”. Desgamos ao detalhe, comegand| Desportivo; Percebe-se que a SIGESP cra u pessoas de natureza juridica di pelo seu fim, dito de outro modo| 4 /}+204 963 239 9 que the sao atheias ainda que no passado por outra, relacionado consigo”. Porque ito desportivo em que se prorroga o vinculo nstata-se que no seu preémbulo ponto 2 diz procuracéo passada em nome da SIGESP jandata a SIGESP para negociar e obrigar desportives do mesmo;”. No seu ponto 3. / LY com 0 ponto 3 do preambulo do Contrato nemLoy, Urbanizegao Nova Vida N.° 53 ‘ail info.fafootball@gmall.com sanda-Angols Segundo a alegagdo, ou preter| emerge de um contrato mas 1 paradoxal que se possa joni chegar aos autos, A deliberagdo, na sua andlise & no tema da declaragio de qui referida como excepgao subsidi Mas antes desta excepgao, a ve Lopes nao demonstrou até hoje E, se como consta da deliberagai entre 0 Clube © 0 AIAhly, poi contrat pois outra forma nao ex}: E consabido que o énus da pro que 0 facto de uma obrigagao junta aos autos apenas pode ter nO caso, o arquivamento do proc Diz ainda o Recorrente que, para defende que: (i) o “Sports Cor existéncia do vinculo contratual um reconhecimento da existéncia| O “Sports Contract” apenas rec anterior entre 0 Clube e 0 Sr. Av sua transferéncia para 0 Aldhly, confere qualquer direito ao atleta, Acresce que tal contrato nao faz Avelino Lopes a receber 30% do Logo, 0 contrato em causa nfo é isa alegacio, do Sr. Avelino L. fete, SIGESP, S.A, pagou a0 Sr. Avelitn Opes esse direito Contrato nao consta dos autos, € totalmente a base do direito sem o demonstrar e fazer isténcia da relagao erediticia, foca-se apenes olvidando que essa questéo foi apenas ria. {dade € que sempre se disse que o st. Avelino fundamento do seu alegado direito, » esse direito é baseado no contrato celebrado cumpriria ao St. Avelino Lopes juntar esse iste de provar o seu direito, ’ incide sobre quem reclama o dircito pelo luc terd sido reduzida a escrito néio ter sido @ consequéncia, a absolvigao do pedido ou, 850. infirmar esta conclusio légica, a deliberago iract” entre 0 Clube © 0 Aldhly atesta a ide onde emanou a relacdo crediticia; (ii) a 2 Lopes 0 valor de USD 60.000,00, 0 que & ldo seu direito, mhece que existia um contrato de trabalho lino Lopes e que existiu um acordo para a Igo que nunca esteve em causa e que nao L alquer referéncia ao alegado direito do Sr. ontante da transferéncia ova ¢ muito menos indicio da exist lino Lopes. ‘éncig ‘emLoy, Urbanizaco Nov; Vida N ball@gmail.com 904 - Luanda-Angol mail 44 993 2 Segundo a alegagao, ou pretenst emerge de um contrato mas tall paradoxal que se possa aponta chegar aos autos. A deliberagdo, na sua andlise & no tema da declaragdo de quit referida como excepgao subsidié alegagiio, do Sr. Avelino Lopes esse direito contrato nao consta dos autos, é totalmente a base do direito sem o demonstrar e fazer isténcia da relago crediticia, foca-se apenas is20, olvidando que essa questiio foi apenas a. Mas antes desta excepgio, a vertlade é que sempre se disse que o st. Avelino Lopes néo demonstrou até hoje d E, se como consta da deliberagaq entre 0 Clube e 0 AIAhly, pois contrato pois outra forma nao exi E consabido que o énus da pro’ que 0 facto de uma obrigacio junta aos autos apenas pode ter no caso, o arquivamento do proc: Diz ainda o Recorrente que, para| defende que: (i) 0 “Sports Co: existéncia do vinculo contratual SIGESP, S.A. pagou ao Sr. Avel um reconhecimento da existénci: O “Sports Contract” apenas re anterior entre o Clube e 0 Sr. A sua transferéncia para o AIAhly, confere qualquer direito ao atletal Acresce que tal contrato nao faz Avelino Lopes a receber 30% do Logo, o contrato em causa no é qualquer direito a favor do Sr. Ay fundamento do seu alegado direito. } esse direito é baseado no contrato celebrado cumpriria ao Sr. Avelino Lopes juntar esse ste de provar o seu direito. a incide sobre quem reclama 0 direito pelo jue tera sido reduzida a escrito no ter sido a consequéncia, a absolvicdo do pedido ou, $80. infirmar esta conclusao ldgica, a deliberacao tract” entre o Clube e 0 AlAhly atesta a de onde emanou a relagdo crediticia; (ii) a 10 Lopes 0 valor de USD 60.000,00, 0 que é do seu direito. nhece que existia um contrato de trabalho jelino Lopes e que existiu um acordo para a algo que nunca esteve em causa e que nao jualquer referéncia ao alegado direito do Sr. fmontante da transferéncia rova © muito menos indicio da existénci elino Lopes finemLoy, Urbanizecgo Nova Vide N.° 53 Email: info.fafootball@gmail.com }+244 993 239 908 - Luanda-Angolz Por outro lado, embora tenha existido em tempo uma relagdio de gestfo entre a SIGESP, S.A. e 0 Clube, a verdade € que um e outro néo sio a mesma entidade. Assim, 0 Clube desconhece inteiramenté a que titulo é que terd sido pago 0 alegado montante de USD 60.400,00 20 Sr. Avelino Lopes pela referida empresa, O Clube nao tem dados para saber se aquela entidade é ou ndo devedora do Sr. Avelino Lopes e & totalmente plheia a esse facto. N&o cabe ao clube imiscuir-se uma relagdo entre duas partes que the sio alheias ainda que no passado ambas se tenham, por uma forma ou por outra, se relacionado consigo. Quanto a quitagao, foi pelo Recdrrente alegado que, “Se ainda sobrassem quaisquet dividas quanto a existéncia ou néo do crédito reclamado pelo Sr. Avelino Lopes e d sua exigibilidade, a verdade & que os autos acolheram um iinigo elemento probatério sélido relativo a este tema e que actua em total desfavpr do alegado credor.” Na verdade, ¢ ao contririo do que conclui a deliberagAo (que adopta uma posigao de todo ilégica e absufda), o Sr. Avelino Lopes deu quitago e declarou nada ter a receber do Qlube em data ja posterior & relagao laboral que vinculou ambas as partes No entanto, para se imiscuir fp dbvia declaragio de quitag3o e a sua / consequéncia automética, a delideragdo subscreve uma verdadeira novidade / juridica, defendendo que 0 “Spofts Contract” é uma figura que é diversa de um termo de quitagao e, logo, nag poderia confundir-se as duas figuras. contrato contenha clausulas e de diversos contetdos ¢ fins. aVidaN2S3 football@gmail.com 904 - Luanda-Angola livre vontade como ocorreu neste Importa apenas que essa declardg4o seja produzida esclarecidamente e de ‘aso concreto. ‘Nao existem, quaisquer, diividas que o sr. Avelino Lopes se considerou pago de todos os créditos e, logo, ni necessério ter um documento com que ali se diz. Esta declaragéo ganha ainda consegue produzir qualquer outr} crédito que reclama. A deliberagdo tenta opor a esta vi um montante em data posterior entende que o facto de um tercei opée e infirma a declaragao de qui Tal interpretagao nao merece qual um terceiro e nunca se provou. executado, Acresce que, mesmo que assim apés a sua quitagtio ou mesmo b ida mais lhe € divido. E para isso nao é um qualquer titulo juridico. Basta até ler 0 is forga, quando o alegado credor nao prova de que é efectivamente titular do io cristalina o facto de o atleta ter recebido proveniente da SIGESP, S.A., ou seja ter realizado uma qualquer prestagao se Ao. lquer acolhimento pois a entidade pagante é sequer © titulo a que tal pagamento foi (0 fosse, 0 pagamento de uma obrigagio ja 6s a sua prescrigdo nao € legal. Esse acto al converte-se apenas no ctiapittielto de uma obrigagao natural que, como se sabe, ndo é exigivel ao devedor. Por fim o Recorrente terminou al A luz do direito angolano, nome: laborais prescrevem um ano a con| Naturalmente, nao sofre discussaq, que 0 contrato de trabalho desportivo é um contrato de trabalho e, logo, encor Assim, mesmo que existisse o ale| no encontrar-se-ia hé muito Ay, Pedro de Castro -gando que; lamente 0 artigo 302.° da LGT, os créditos, ar do dia seguinte ao da cessagao. \ jtra-se sujeito & LGT. hado crédito laboral do St. Avelino Lopes, escrito. inemLoy, Urbenizacdo Nova Vide N. Email info.fafootball@gmail.com 246 993 238 $04 - Luande-Angola Para se furtar a esta conclusio ébvia, a deliberactio aduz uma argumentac&o verdadeiramente mirabolante. Defende em primeiro lugar que ¢ aplicavel & matéria a Regulamentagao FIFA sobre o Estatuto do Jogador, apasar de que o Estatuto do Jogador FIFA nao conte normas de regulamentagao Acresce que actualmente acolhe, de exigir os direitos laborais j FIFA, facto de que o Clube deu Mas nada se diz sobre em of prescrigao de direitos laborais, ordenamentos nacionais. laboral. isso sim, um prazo de prescrigdo do direito Into dos érgios de resolugio de litigios da onhecimento & FAF. quer regulamento FIFA sobre o prazo de atéria essa que naturalmente esta sujeita aos No faz qualquer sentido o entedimento subscrito na deliberacao, segundo a qual, uma vez que o Estatuto do| Avelino Lopes nao tinha qualquk qualquer prazo prescritivo. © Regulamento em causa nie laborais tao somente porque Jogador FIFA a data da transferéncia do Sr. prazo de prescric&o, entéio ndo se aplicard estipula prazos de prescrigao de créditos © tem que o fazer, dado que os créditos laborais so regidos pelas leis n Tanto assim € que, caso se rec ‘ionais. rra as cdmaras de resolugdo de disputas da FIFA, sera necessario que as partes levem ao conhecimento da camara em causa 0 direito nacional aplicav Tivesse vencimento a visdo sut uma solugdo de efeito contré conchisao seria a de que nao créditos laborais em causa. scrita pela deliberagiio e estariamos perante jo a qualquer sistema de direito, porque a aplicavel qualquer prazo de prescricaio aos info.fefootball@gmall.com 93 239 904 - Luanda-Angola Por outro lado, ¢ ainda criticavel]a posigao juridica assumida pela deliberagao relativamente a alegada recep¢o automatica no direito interno das normas FIFA. A FIFA é uma federagao intgmacional constituida ao abrigo do direito privado suigo, sendo que as sua regulamentagSes internas nao foram alguma vez ratificadas pelo Estado Angdfano. Assim nfo se aplica in casu, naturalmente, sé determina iets 13.2 n2 2 da CRA pois esta norma, recepg’o de instrumentos internacionais vineulativos do Estado Angoland. Seria uma total inversdo de v: alpres entender que uma associago de direito privado suigo se sobrepde as|leis aprovadas pelo parlamento do estado soberano de Angola. Ainda para mais quando a as normas de contetido laboral ciago internacional em aprego n&o emana to s6 directrizes gerais que devem ser adoptadas ¢ implementadas pelks suas associagSes filiadas e que, sé quando essa adopgdo e implementagap ocorre, poderfio valer no direito intemo contando que essa adopgao ocorfa de acordo com as normas juridicas vigentes do estado em causa. E, pois totalmente contréria & CRA a tese de que se acolhem automaticamente as regulamentagdes FIFA e laboral interno. ll - Fundamento a) Os factos © processo que aqui se reapre objecto, ante & invocagdo de negécio juridico, sendo que complexo de objecto. Av, Pedi Site: www fef.co, 36 349 5, ode C: Cel; +248 lue tais regulamentagdes derrogam o direito Le ia, traz consigo um complexo de sujeitos ¢ de 'ventuais actores que 4 data materializaram o/ a, f dentro deste negécio jurfdico coabitam ‘inemLoy, Urtanizagao Nove Vida N.2 53 1° - Email: info.fafoctball @gmail.com Js / +244 $83 239 904 - Luanda-Angol O ex-atleta Avelino Lopes rep que depois foi transferido pi Petréleo de Luanda, &\uz do No Clube Atlético Petréleos com aquele aos 05 de Dezem| aos 26 de Dezembro do ano representar 0 Nacional Sport Sucede que o Clube Egipcio e| que se afigurava, pelo menos por todos, na parte que lhes cal A confirmagao deste dado sur, Abril do ano de 2014 deci dirigida a0 Consetho de Disi apesar de ja ter interpelado 0 conta das luvas pela transferé O que demonstrou que afinal fesentava o Clube Petro Atlético do Huambo, Luanda, para representar 0 Clube Allético ordo de cooperagiio que estes mantinham. le Luanda, © ex-atleta renovou o seu vinculo ‘0 do ano de 2001 para 6 (seis) meses. Tendo lde 2001 sido transferido para o Egipto para ing Clube Gezira, ou simplesmente AIAhly. }o ex-atleta assinaram um Contrato desportivo lo ponto de vista da aparéncia, tarefa cumprida eria. je desde logo, quando 0 ex-atleta no dia 02 de h formalizar por intermédio de uma petigao liplina da Federagdo Angolana de Futebol, Chobe para 0 pagamento do eventual crédito, por ia ao Clube Egipcio, mas no tendo logrado. Imuitas questées ficaram por ser esclarecidas aquando da efectivago da trarjsferéncia internacional, a julgar pelo facto de, © Clube entender que ha um o SIGESP, S.A, (Sociedade de | A referida interpelagdo nao fi protagonizado também pelo CI de interceder por Aquele como Pode se ler a folhas 41 dos auj além de demonstrar desconheci S.A. como também faz nas sua: Confrontado os documentos jul em paralelo com 0 contrato dd prinefpio seriam praticados pel per si demonstra que a empresa agiu como mandatéria do clube tro sujeito que foi parte no negécio juridico, a vestimentos e Participagdes Sociais). ou apenas por conta do ex-atleta, tendo sido be Petro Atlético do Huambo, na perspectiva ¢ 18 a folhas 30 dos autos. / los que 0 Clube Atlético Petréleo de Luanda, frente da divida, chama a demanda a SIGESP, | al Le legacies. tos aos autos como meio de prova a folhas 31 sportivo, a SIGESP praticou os actos que em Clube Atlético Petréleos de Luanda, que ova Vida N° 53 |@gmailcom 24 963 238 804 - Luands-Angola bani aoo! [2 8808 Folectiva de tipo societirio de fins lucrativos, Somo s¢ Pode inferir no artigo 444° da Lei n° 06/14 de 23 de Maio (Lei das AssociagSes Desportivas) © nos katigo 1. n° 2 ¢ 2° da Lei das Sociedades Comerciais (Lei n.° 1/04 de 13 {le Maio), Tespectivamente, cuja duvida fica Sobre a tal possibilidade de criacho, uma vez que uma é associagao e outra ¢ lima sociedade comercial. Ficanflo claro consequentemente que inclusive o Presidente da Direcgio do Clube Aulético Petréleos de Luanda & quem Remcava © Administrador da SIGESP como se pode ver a folhas 31 dos De todo 0 modo por aqui se podelver que 0 cordao umbilical era uma certeza, Mas caso assim nao seja entendido, isto nao obsta a que 0 6rgio “ad quem” continue seguro na conclusdo dq que ndo se deve acolher a Pretensao do Recorrente, quando alega que é uth elemento estranho neste processo, porque senio vejamos; Ainda que se diga que a SIGHSP é estranha 20 Clube, 0 ponto 2 do preambulo do Contrato Desportivy esclarece que houve mandato para que a SIGESP praticasse actos em nonje do Recorrente. Nao deve o Recorrente ousar dizendo que foi um elemeifto estranho no negécio entre a SIGESP, AlAhily @ Ex. Aileta porque a proguracao foi passada por si, portanto, como em qualquer mandato, 0 mandatari age em nome do mandante pois, os actos Por aquele praticado no se escrgvem na sua esfera Juridica, mas sim, na esfera juridica do mandante, no casb, do Clube Allético Petréleos de Luanda, Neste particular seguimos de perto|De Vasconcelos, Pedro Pais, Teoria Geral ¢e Direito Civil, Vol II, Almedina| Coimbra, Maio de 2002, pag. 199 ¢ 200. / Para quem: “Na representagdo deorre um fenimeno de substiruigdo. Ol th representante substitui o representado no exercicio juridico. Esta éa~ principal utilidade da representagiio, Ao representado pode nao convir agir pessoalmente, pode néo o poder ", OU pode, muito simplesmente, ‘of, ecordado ser outrem a agir. Pode dstar impedido, Por auséncia, por doengd, por incapacidade ou por outra chusa, A representagdo permite supri impedimento, fazendo agir outta do representado. Mas ndo é n Pode simplesmente ser-lhe mat pessoa. Assim sucede por exe especiais conhecimentos técnic “() O que & caracteristico Pessoa em nome do representado em nome ‘essdrio que o representado esteja impedido, conveniente fazer-se representar por outra piplo, quando 0 exercicio juridico convenha 1s (...)” representacao & a eficdcia representativa, Esta traduz-se em 0 agir “orthcn do representante se produzir na esfera Juridica do representado e sei actos praticados pelo repres representado (...)”. Com este entendimento, nfo transforme em representado e q nome. Admitir tal hipétese equi do Recorrente que apenas prati titulares dos interesses do Clube reflectira na esfera dos Advoga desportivamente sobretudo em sim como atleta do Clube Atléticy todos os resultados desportivos, mais, na Federagéo Angolana de atleta do Clube Allético Petréleop havia ou no uma entidade qu apenas que © contrato fosse referéncia como se fez no predm| Nao procedendo 0 argumento de| que sustentou a transferéncia in 0 € de acolher Clube Egipcio, Juridicamente imputada & sua autoria. Os miante sao tidos como Praticados pelo se deve admitir que © representante se © Os actos por ele praticados sejam em seu ale a dizer que por exemplo os mandatérios jam actos em seu nome, sdo os verdadeiros Que o resultado produzido neste processo se los. Até porque o ex-atleta nunca se exibiu Mpo, como sendo atleta da SIGESP, mas Petréleos de Luanda, que a si se local: felevando o seu desem izava penho futebolistico, ¢ Futebol a licenga foi passada como sendo de Luanda, sendo indiferente para FAF se geria os assuntos do Clube, importando gistado pelo Clube e nele fazer aleuma lo. que o Recorrente € um terceiro na relagao lernacional do ex-atleta para representar 0 igualmente a invocacao da ilegitimidade e consequente chamamento a demahda de outro ente, De jure, ndo se percebe a real ilegitimidade nao se ficando por causa, contrariando e olvidand intensAo do Recorrente, ao invocar a su , apresenta argumentos sobre o mérito principio da economia processual. fnemLoy, Urbanizagio Nova Via NB Se Email: info fafootball@gmail.com 244 983 239 904 - Luar ‘Angola “Varela, Antune. Bezerra, J. Civil, 2* edigao Revista e Act 148 © 149. “(...) Inquestion. sendo um estranho & relagét demandado n&o é a pessoi interessam ao mérito da cau: tese oposta, poupando esta di outro, a vinda ao processo controvertida, & a tinica qu processual, firmemente enraiz “A ilegitimidade passaria a ¢| entre as pessoas identificadas @ as pessoas efectivamente i raros) em que da prépria pe chama a juizo pessoas que néo “E € manifesto ter sido outra, nome do principio da ec legitimidade. Com essa fungat acgdo as pessoas estranhas interessadas na pretensdo, pro} sujeitos dessa relagdo, a parl identificagao.” Assim, quem nao é parte legi discutir questées sobre o mé ri que € parte legitima e, portale, € nesta qualidade que é qualificado no Processo, assistindo razio a0 Ci Esbatida a questao da legitimid: Clube Adético Petréleos de Lud ii. Atleta e Clube Atleéti t Se é0u nio a FAF i 'e Castro Van. Site: www fafico.a 349 544 iguel. E Nora, Sampaio. Manual de Processo alizada, Coimbra Editora Limitada, 1985, Pag. vel & no entanto, que, em casos semelhantes, ou um.mero contitular do direito litigado, 0 + qualificada para discutir as questées que ja. E incontestivel se nos afigura ainda que a ipeusséio initil, por um lado, e estimulando, por Hos verdadeiros sujeitos da relagdo material i se coaduna com o principio da economia ido no direito vigente.(..,)” rir somente os casos (raros) de divergéncia lo autor como adversérios da sua pretensdo psressadas em juizo, e os casos (ndo menos Jeo transpareca a conclusdo de que o autor so os sujeitos da relagéo controvertida,” bastante mais ampla, a fungéo que a lei, em momia processual, pretendeu atribuir @ apenas se coaduna a tese que, afastando da i relagdo controvertida ou sé parcialmente oque a intervengdo na causa dos verdadeiros fir do momento em que seja possivel a sua ‘ima chama a demanda, devendo escusar-se de da causa. Se o Recorrente discute, entende / nselho de Disciplina da FAF. ide, considerando como sendo parte legitima nda, fica a questao de saber: npetente para apreciar o litigio entre o 0 Petréleos de Luanda; nemLoy, Ur fo Nove Vica N.° 53. + Email: info.fafcotball@gmail.com +244 963 23 Luanda-angols O Recorrente ao colocar em caus conflitos como faz nos articul demonstra nao ter interpretado invocando ainda outros) e parec disputa que se punha entre J Tribunais), que preferimos nao aj por primeiro saber quem é a Fed a competéncia da FAF na resolugao destes los 41.° & seguintes das sua alegacdes, m cuidado os Regulamentos da FAF, (nao querer ressuscitar um velho problema ou stiga Desportiva e Justiga Estadual (Os resentar nesta sede. No entanto, tudo passa Tago Angolana de Futebol? Porque ao ser mal interpretado o papel iusto nina e social da FAF, chegar-se-A a conclusdes erradas como faz 0 ecorrente nas suas alegagdes. A FAF nos termos do n.° 1 do artigo 62.° da Lei das Associagdes Desportiva (Lei n.° 06/14 de 23 de Maio), é uma pessoa colectiva de direito privado constituida sob a forma de associa¢ao sem fins lucrativos (0 conceito basta-se por aqui). A FAF em Angola é n Federago que deve representar do futebol, ou seja, ndo pode exi s termos da Lei acima mencionada a unica interesse publico desportivo na modalidade tir uma outra Federago na modalidade de futebol, ¢ essa proibigao nao foi por intermédio de deliberagdo dos associados reunidos em Assembleia Geral, as sim o préprio Estado Angolano a dizer que esta é a unica a representat 0 interesse do Estado na modalidade de futebol. Mas também € 0 proprio representagdo deste interesse manifestados nos poderes regula| inferir da combinaco dos artigo: Estado que arranjou mecanismos para que a efective, outorgando Poderes Publicos mentares e disciplinares, tal como se pode 97.°, 98.°, 62.°, 64° e 74° todos da Lei n° 6/14 de 23 de Maio, como se é em Cfr. AAVV. Revista Juris, Direito Privado, Faculdade de DireitoJUCAN. Baptista, Policarpo. A Natureza Juridica das Federagdes Desportfvas em Angola, vol. I, Pag. 251, Lisboa, 2017. Para quem: “Da andlise potmenorizada dos artigos mencionados pode- se retirar 0 poder destas associagies, exercido no ambito da regulamentagao € disciplina da respectiva modalidade, caso se trate de uma federagéo de cardcter uni-desportiva, tem natireza publica. Numa palavra, esses poderes piiblicos manifestam-se nos regilamentos e na disciplina emanados dessa entidade privada”’ bff ‘star estruturada de modo a representar o interesse publi of Por conseguinte, a FAF como tofla ¢ qualquer associagfo de tipo federat desportivo tem de desportivo outor inistrativos do Ministério dal gutros actos administrativos) é ¢ da Lei n° 06/14 de 23 de Mai 6rgaos jurisdicionais, nomeadany de primeira instancia e 0 Cons| instancia. datoriza saidas das delegacées offciais, emisso dos Passaportes de Servigos e do Angolana de Futtbol, (manifestando-se também nos actos Juventude e Desportos, quando por exemplo nstituida por érgdos descritos no artigo 34.° | Entre estes drgaos € possivel encontrar os lente, o Conselho de Disciplina como drgio lho Jurisdicional como érgao de segunda Nao se deve nunca confundir Jugtiga Desportiva com a Justiga Estadual pois, dentro desta premissa, se podd ver que hé um sistema de resoluco de conflitos no desporto que na leve ser tido superficialmente porque esta 5 acompanha uma dinémica dite do sistema de resolugiio de litfgios pelos Tribunais Estaduais. Assim, nao Ise quer afirmar que os érgaos jurisdicionais da FAF sejam os Tribunais Estafiuais ou que funcionam lado a lado, mas sim que, 0 préprio legislador de funcionamento destes érgaos especificidade e complexidade por exemplo no n° 3 do artig composigio do Conselho Juris ou vogais. O artigo 53.° do Est} portivo fez questio de esquematizar o |jurisdicionais como “Tribunais” dada a 418 da lei retro mencionada, diz que na icional tenha de ter juristas como membros tuto da FAF vai mais longe, ao dizer que 3 encerra © desporto, ¢ isto nota-se quando todos os membros do Conselhy tém de ser juristas e 0 Regulamento de Disciplina no seu artigo 181.2 m| aplicando-se inclusive subsidiari: civil, como penal na apreciac interpretados sfo suficientes pard © qual a FAF exerce 0 seu pod margem da lei. Vale lembrar ¢ esquematizar ei dos érgdos jurisdicionais da FAF: Primeiramente, tem de se saber & ] +244 988 238 904 Luande-Angolo nda julgar os recursos de facto e de direito, ene as Leis substantivas e adjectivas, quer jo dos diferendos. Todos esses elementos esbater todo e qualquer argumento segundo r disciplinar substituindo-se aos tribunais a pf resuamo gue matérias sito da competéncia binemloy, Urbanizagae Nova Vida N.° 53 ails info fafootball@gmall.com el deve apreciar. Obviamente sabq 472 da Lei n2 05/14 de 20 de indo interpretar e aplicar os artigos 46.° ¢ laio (Lei do Desporto). Isto é, dentro dos Poderes piiblicos exercidos pela FFderagdo Angolana de Futebol, ela produz regulamentos como se pode inferi Maio, que no essencial apenas sio Regulamentos Juridico-Privados: i, exemplo o Regulamento de Jogadores aprovado er} no artigo 69.° da Lei n.° 06/14 de 23 de le trés naturezas, nomeadamente: Regulam a relagiio labofal dos atletas com os Clubes, como por \da FAF sobre o Estatuto e Transferéncias Assembleia Geral. Regulamentos Juridico-Administkativos: Regulamentos sobre 0 da Direcgo da FAF, q administrativos, como se de Maio. Regulamento de disciplin Regulamentos Técnicos: iv. Eo Regulamento que intitulava de “questées quest6es técnicas como} admoestagdes. Etc) ¢ out Para melhor anélise da natureza d Entidades Privadas Com Poderes de Autoridade por Entidades Almedina, Coimbra, 2005. } fa regulamentos, Cfr. Gongalves, Pedro. cionamento da FAF, bem como de um fl eventual organismo aiushae, 08 actos praticados pelo Presidente je se configuram como verdadeiros actos linfere do artigo 98.° da Lei n° 06/14 de 23 Lei de Bases do Desporto, ja revogada stritamente desportivas”, trata apenas de por exemplo as regras do jogo (falta, pS. ablicos. O Exercicio de Poderes recey 0s f, jemLoy, Urbanizag30 Nova Vida N.253 mail: info.afootball@g Apreciando o tema a partir deste dstado de coisas, impde-se que o Recorrente interprete 0 artigo 9.° do Regulampnto de Disciplina da FAF que autonomiza © regime disciplinar desta, isto ¢, 4 regime disciplinar da FAF 6 independente da responsabilidade civil ou penal| do regime emergente das relagées laborais ou estatuto profissional. O que quer dizer que a FAF 20 prever por exemplo que todos os Contratos de Trabtlho Desportivo de Jogadores devem ser tegulados e registados no seul Conselho Técnico-Desportivo, estd o regulamento a prever que é compPtente nesta matéria, nao devendo ficar-se Spenas com o previsto no artigo 3.9, j4 que as normas devem ser interpretadas dentro do contexto em que estiol inseridas, ou seja, dentro do espirito do sistema a que pertencem, em homehagem ao principio da unidade e harmonia da ordem juridica angolana. E nao ha se quer analogias ou Iresunebes Porque a competéncia nao se Presume, as mesmas estdo claras nd Lei e nos Regulamentos. No acto de recepcionar e registar opntratos, a FAF tem competéncia de aferir © conteiido dos préprios contratos, analisando por exemplo 0 valor que as Partes estabeleceram para a seguir|a Associagdo Provincial de Futebol ¢ a propria FAF deduzirem a percentagem que regulamentarmente thes cabe. Nisto podera ocorrer por exempllo situagdes de ndo cumprimento dos Contratos de trabalho desportivo deljogador por parte do Clube ou porventura do atleta, ¢ por conta desta eventual divida laboral, proibir-se que o Clube yolte a registar novos contratos|de trabalho desportivo até que sejam resolvidas as questdes pendentes, ¢ sendo uma violag&o do regulamento, o litigio deve sempre ser apreciado pplos érgaos da FAF vocacionados para o efeito, como prevé 0 n.° 1 do artigo) 62.° conjugado com o artigo 104., todos do Regulamento de Disciplina. CE Assim sendo, apenas os conflitos| emergentes dos regulamentos juridico- Privados e juridico-administrativos bodem ser submetidos A apreciagao, qu tla Justiga Desportiva, quer dos Tyibunais Comuns, sem perder de vist a, tramitagdo seguinte; Av. Pedro de Castro Van-Diinel fef.co.20 - Eneil: info.fafootball@gmail.com 544 / +24H 693 238 904 - Luanda-Angcla Comum ignorando a FAF se assim Orgs jurisdicionais da FAF e surf recorrer aos Tribunais Comuns, Caso serio sempre os érgaos jurisdiciong} regulamentos técnicos, porque n competéncia exclusiva da Justi Jurisdicionais das Federagdes Intern: Portanto, nao é de acolher as alega que 0 Conselho de Disciplina preter Quanto 20 Crédito Foi alegado pelo Recorrente que 4 atleta, ou seja, que o alegado crédito Efectivamente, o ex-atleta ao invoc: contrato como base que sustente 0 destes dois regulamentos privativos da pode propor logo a acco em Tribunal lentender, ou pelo contrario comegar pelos ir efeitos apenas “inter partes” e a seguir proponha na FAF porque é competente, s a dirimir. Nesta tramitagdo nfo cabe os Is conflitos que dele emergem so da fea Desportiva (incluindo os érgaos cionais para efeitos de recurso). oes do Recorrente no que tange a tese de deu substituir-se aos Tribunais Judiciais. ‘seonhece 0 crédito reclamado pelo «x- Indo existe, J a existéncia do erédito nao apresenta o ito que invoca porém, num periodo a posterior a empresa mandatéria di 60.000,00 a favor do ex-atleta, o qu titulo do mesmo o recorrente diz assegura ser 0 correspondente 4 50%| meio de prova que o mesmo transpor -Onus da Prova e sua di Aceita-se 0 vertido nas alegagées d a0 ex-atleta fazer prova do direito i actualizada, Coimbra editora, limi condenagdo destinada a obter 0 pay a0 autor alegar e provar a existénci Castro Van. ‘Diner faf.co.a0 - Emi 65 544 / 424 of Miguel. Nora, Sampaio. Manual d Clube efectua o pagamento de USD 4 partida induz ser um pagamento cujo também desconhecer, mas o ex-atleta ida luva pela transferéncia, sendo o nico fa para os autos. tribuigio Recorrente, nos termos dos quais, cabe ‘ocedo. Cfr. Varela, Antunes. Bezerra, J Processo Civil, 2" edigio Revista e ada, pag. 452. “Assim, na acedo ag mento de uma divida pecuniaria, egbe Loy, Urbanizaco Nova Vi |: info.fafootball@gmai 4) nomeadamente a realizagao do fie juridico donde Nao esté a ser analisada nesta sed atleta e o Recorrente ou o contrat Recorrente nas suas alegagée reconhecendo mesmo que é indi analisada a autonomia das negoci Clube Egipcio, ou seja, a questo da sua transferéncia para 0 AIAh direitos desportivos sobre 0 ex negociagdes porque nao era parte Tal como se 1é dos autores acima distribuigao do énus da prova, quitagtio dada pelo ex-atleta aqu: o fe afirma estar sendo violado, provando 0 crédito nasceu (...)". a existéncia ou no do vinculo entre 0 ex- do ex-atleta com o Clube Egipcio, alids, o naéo coloca em causa estes dados, iscutivel, porém, a questdo surge quando cSes (transferéncia) entre o Recorrente e 0 reside no beneficio que o ex-atleta obteria sendo certo que o Recorrente detinha os leta e que este nunca seria chamado as ferenciados, por ocasido da reparti¢ao ou corrente apresenta a titulo excepcional a indo da assinatura do seu contrato com o Clube Egipcio em que reconhece nado haver nada a receber da parte do Clube, aqui Recorrente, entendendo-se deste ponto de vista ser uma formula completamente normal em sede do énus da prova. Cfi. Ob. Cit. Pag. 452. “posto isso interessa agora saber| partes, quanto aos factos que ini nosso sistema juridico. A regra geral que a lei (art.342 como se reparte 0 nus da prova entre as leressam & decisdio da causa, em face do do cod. Civil) consagra sobre a matéria desdobra-se em duas proposigbes Histintas, mas complementares. A quem invoca um direito en juizo incumbe fazer prova dos factos constitutivos do direito alegado, quer o facto seja positive, quer negativo. A Parte contréria compete provar extintivos desse direito(...)”. Ao réu competird, por seu tu modificativos ow extintivos. Da interpretagao da distribuigdo ‘@ apresentagéio da quitagdo come Av. Pedro de Castro Van- Du te: ww faf.co.20 - 44 936 349 544 Jap os factos impeditivos, modificativos ou mo, provar os factos impeditivos (...), repartigéio do dnus da prova resulta facto extintivo da obrigagdo era w ‘emLoy, Urbanizacdo Nova Vida N.2 53. mail: info fafootball@gmail.com 44 993 239 904 - Luanda-angola juridicamente expectével como qualquer outro, seria estranho se o Recorrente tivesse praticado acto distinto. Prosseguindo, assiste razdo ao quitagdo alega que os contratos po a finalidade e contetido. De facto, declaragées no contrato, servindo| Neste sentido seguimos de perto Contratos. Almedina, 2016, Coim| Tavares: E sé neste sentido particu} que 0 contrato faz lei entre as part tenha forga criadora de normas obrigatéria do acordo pressupde reconhega”. Porém, 73.9 que “o sr Avelino Lopes deu Clube em data jd posterior & partes”. Ao fazer tal defesa, 0 Ree ex-atleta nao deu quitag&o no col ube aqui recorrente, quando sobre a lem conter clausulas acessérias variando é perfeitamente atendivel a incluso de de “lei” para as partes contratantes. arte, Rui Pinto. A interpretagdo dos ra, pag. 18. Citando nesta obra José lar se pode entender o principio classico, , mas ndo no sentido de que o contrato juridicas; pois precisamente a eficécia lla prépria a existéncia duma lei que Ihe nao é de acolher as alegagdes do Recorrente quando diz no seu artigo juitacao e declarou nada ter a receber do elagéo laboral que vinculou ambas as rente desconsidera completamente que, 0 ltrato que celebrou com 0 Clube Atlético Petréleos de Luanda aos 5 de Dezembro do ano de 2001, como se vé as folhas 51 dos autos. Portanto, a qu} Contrato Desportivo entre 0 Clubs Lopes no dia 26 de Dezembro 4 4 transferéncia que este recebert contrariada pelo acto praticado pe| no dia 03 de Janeiro de 2002 ¢ 60.000,00 a favor do ex-atleta, ¢ este pagamento ser feito depois da Em larga medida, se o ex-atleta Clube AlAhly no dia 26 de Dezert qualquer obrigagfo de no dia 03 pagamento, pertanto tinha & sual ldeu quitagéio no contrato celebrado com o jtac&o que o Recorrente se refere consta do Egipcio do AlAhly e 0 Ex-Atleta Avelino e 2001, na parte relativa 20 montante referente ia. Contudo, esta declaragao contratual € la mandataria do Clube, a SIGESP quando fectuou um pagamento no valor de USD / m a sublinhada e notével circunsténcia de, / quitagao. ‘bro do ano de 2001, nao tinha o Recorrente/ /, de Janeiro do ano de 2002 fazer qualq disposigéio todos os mecanismos juri Urbanizagao Nova Vida Ne nfo fafootball@em 244 983 239 904 - Luands-Angols yelevancia da conduta das partes po! bbrigacdo. Assim sendo, este acto cai na kerior ao contrato, cfr. Ob. Cit. Pag. 59 60. "Um outro aspecto que é frequektemente apontado como relevante para a interpretago dos contratos é a co} dos mesmos, consistente em declar em actos que indiciem uma certa ini Creio que, a luz da nossa lei, as AS regras preceituadas nos artige parecendo escusado explicitar as r duta das partes posterior & celebragao cies assumidamente interpretativas ou rpretagao. bdses para a relevéncia dessa conduta siio s 762.2, n.° 2 e 334.° do Codigo Civil, Izdes da aplicabilidade das mesmas , Langando mao ao direito compaiado, marchou no mesmo sentido cfr. ° Acordio de 16 de Abril do ano de| Justica Portugués, no processo 244 conduta das partes posterior a0 interpretaga “4 normalidade do declaratério capacidade para entender o texte lado, 0 zelo para acolher todos 03 contribuam para a descoberta 2013 proferide pelo Supremo Tribunal de 9/ 08.) TBFAF. G1.S, em sede do qual, a contrato foi tida em conta para a sua Idgalmente apontada implica, por um lado, a ‘ou contetido da declaragao, e, por outro slementos que, coadjuvando a declaraga da vontade real do declarante, Nesses elementos inserem-se: a letra do pei, as circunsténcias de tempo, lugar em outras que antecederam a su celebragdo ou sao contempordneas destas; as negociagées entabuladas; a ft ea prosseguida pelas partes; o préprio tipo negocial; a lei, os usos € 0s elementos, também releva a posi do negocio. Esta ndo pode, corresponder ao que as partes eptendem ser os direitos @ as vinculagdes qu para cada uma delas emergem di No mesmo diapasdo andou o Adérdio de 11 de Outubro de 2001, recurso do processo n° 2321/01 da Comarca “Q Cédigo ndo se pronunel circunstancias atendiveis parq IDénemtoy, Urbanizagdo Nove Vids N sstumes por ela recebidos. Para além destes ‘Go assumida pelas partes na concretiza¢Go na verdade, deixar de razoavelmente| negécio. (...)” \ de Lisboa: sobre o problema de saber quais ensinando Mota Pyftto/ 4 a_interpretagGo, ~ Email: info,fafootball@email.com '/ +244 983 239 904 - Luanda-Angole PDE S/S que:"...se deverd operar com a atendiveis todos os coeficient medianamente instruido, diligen efectivo, teria tomado em conta. (| E entre os elementos a tomar negocio, elementos estes que { ipotese de um declaratério normal: seréo $5 ou elementos que um declaratério Jee sagaz, na posigéio do declaratério km conta destacam-se os posteriores ao so “os modos de conduta porque bosteriormente se prestou_ao_npgécio concluido (. ). (O sublinhado e negritado é nosso) O segundo elemento atendivel pata a interpretagao dos contratos em causa, no que respeita aos seus objectos| Réu”. (O sublinhado e negritado| Chegados aqui e com esta apreci: ex-atleta apresentar outro meio del de seguida: ¢ a conduta posterior que da Autora e do \é nosso) ico, torna-se herctilea e impossivel para 0 Prova que sustente o crédito como se verd -Alteragao das Regras de Distribuigio do énus da Prova Apesar de, j4 se ter conclude que| a questio da relevancia da prova dj fica esbatida e por isso mesmo esclarecida existéncia do crédito apresentada pelo ex- atleta, num outro plano impde-se apresentar e esgrimir a fundamentago sobre a tarefa que cabe ao Recorrente que este reclama, dito de outro m réu pedir ao autor que prove porq de © autor obter esta prova esti alcance do Requerido, configur: ou impossiveis. Porque senao atent negécio da transferéncia teve a| jue pede ao ex-atleta para provar o direito lo, exemplificando: pode se dar 0 caso de o ¢ a ele recai o énus da prova mas, o poder nica ¢ exclusivamente & disposigao e lo-se numa tipica prova de factos dificeis lemos no seguinte: { enas duas partes, nomeadamente o Clube| Exgipcio do AlAhly © a SIGESP, na qualidade de mandataria do Clube. Allético Petréleos de Luanda, e como um terceiro, para quem ret saidas do contrato de transferéneit contrato de transferéneia em que DY w.faf.co.a0- 2 544 / 4} imo tal o ex-atleta foi tomado neste negécio aia na sua esfera todas as consequéncias #2. Reparasse que se fala a esse respeito G47 ocorre normalmente quando dois Clu jemLoy, Urbanizacao Nova Vida N. fal info.fafootball@gmail.com 44 993 239 S04 - Luands-Angole ANGOLANA DE FUTEBOL __ outro receber o atleta mediante 0 pagamento de um valor monetrio, (entenda- se pagamento pelo passe e no dk pessoa, Cir. Baptista, Albino Mendes. Estudos Sobre o Contrato de Trabalho Desportivo. Coimbra Editora, pag. Se 96, 2006) diferente do Contrato de Sa Desportivo de Jogador em que as manifestam a vontade em, um a por deter os direitos desportivos © partes sao 0 atleta e 0 Clube d¢ destino, dois contratos completamente distintos e aut6nomos, embora o prieiro condicione o segundo. Se assim 6, 0 exereicio de trazer aps autos como prova, os termos acordados entre o ALAhly ¢ a SIGESP em representagtio do Clube Atlético Petréleos de ‘Luanda n&o cabe a0 Ex-Atleta, nas sim a0 Clube Atlético Petréleos de Luanda, nao importando se dsipsia faze-lo por representagZo ou néo. BE completamente dificil e impossivdl, pedir que o ex-atleta traga a0 Proceso meios de prova que s6 0 Clube pode ter. No limite, 0 que se permite em toda a extensdo do Direito € trazer provap ao processo que induz. a conclusto de que se fez prova, como ¢ 0 caso do ektracto bancério em que foram depositados em USD 60.000,00. Ea chamada inverstio do énus d4 prova, eff. Rangel, Rui Manuel Freitas. O dnus da Prova no processo Civij. 3° ed. Coimbra: Almedina. Setembro de 2006, para quem : “Em determ|nadas circunstdncias previstas na Lei, as regras de distribuigdo do dnus Ha prova invertem-se, ou seja, @ Prova de certo facto ja nao tem de ser feita pela parte a quem aproveita, sendo que o ‘mus recai antes sobre a outra pprte, que tem de provar o facto contrario. A inversdo do énus da prova imparta a modificagdo do themaprobandum, na medida em que a actividade probatoria que cabe a cada uma das partes éa contréria daquela que pode ser inposta d contraparte”. f No mesmo sentido cfr. Faria, Rita Lyncede. A inversiio do énus da Prova no Direito Civil Portugues. Lisboa] Lex. 2001. Para quem “A inversaio do nus ( da prova, nos termos do art. 344.° do CC, pode resultar de diversas causes. Nos termos deste artigo, as regrps de distribuiedo do énus da prova invertem se quando a parte beneficia de yma presuncdo legal, quando hé dispensa oy liberacdo do énus da prova, pay forga da convensao valida nesse sentido, outra parte tiver culposamente to} émpre que a lei determine. Ha ainila inversdo do énus da prova sempre que WaNcCleA eo eauiaa es 1ado imposstvel a prova pelo onerado”. Por equi verifica-se que 0 saa apenas alcanga como meio de prova o extracto bancério em que se vis assistindo razio a0 Conselho de mbra: © pagamento feito a seu favor, Disciplina que reconhece o crédito do Recorrente, Clube Atlético Petréleos de Luanda, para com 0 ex-atleta. Contudo, admitindo a inversio do tornar culposamente impossivel a quest&o de saber se com este esta dever de apresentar. nus da prova pelo facto de o Recorrente btenco da prova pelo ex-atleta, fica a jo de coisas 0 Recorrente tem ou ndo 0 Assim, assiste raz ao Recorrente quando as folhas 41 dos autos defende que néo teria como apresentar qualquer locumentagao contabilistica que atestasse que o pagamento de USD 60.000,00 (Sessenta Mil Délares Americanos) foi feito, em razio da suposta dispers§ conservar os mesmos até um certo acolher a Lei que aprova 0 Cédigo de Outubro, no seu artigo 55.2 n° aprova o Cédigo do Imposto sobre ive 10 do arquivo, ante a imposig&o legal de lapso de tempo. Deste ponto de vista, é de Ho Imposto Industrial (Lei n.° 19/14 de 22 conjugado com o artigo 22.° da Lei que s Rendimentos do Trabalho. Quanto a alegada preserfeaio do crédito Quando o Recorrente no artigo $1.° alega que “o contrato de trabalho desportivo é um contrato de trabalho e, logo, encontra-se sujeito @ LGT” tem de fazer tal alegago de acord 6, toda a construg&o dogmitica rell tem de comegar pela especialidade érradas como a que acima foi aponi O Contrato de Trabalho Desporti ao principio basico da especialidade, isto tiva ao Contrato de Trabalho Desportive ldeste, sob pena de se chegar a conclusdes da. fo de Jogador ou de Treinador é um tipo especial de contrato em que estrufuralmente, pressupde que uma das partes feja um teinador ou praticante desenvolvimento e a participagao Ay, Pedro de Site: w Cel: +2449 jesporivo © a outra tenha por objecto 0/ do. Contributo para um Estudo das Sociedades Desportivas. Coimbra Editora, 2000, Coimbra, pag. 103]e 104. Sendo especial, nfo deve estar sujeito 4 LGT sem que se destaque 4s respectivas matérias sujeitas a ela. Dito de outro modo, 0 trabalho carn encontra-se elencada nas relagdes de cardcter especial prevista na al. c) dp n.° 1 do artigo 11.° da LGT, no seu n.° 2 prevé que as relagdes de cardcter especial regem-se pela LGT quando se mostrar adaptado a natureza desse tipo de relagées. Ora, Por aqui se pode ver que, 0 poet da relagiio laboral desportiva reclama um regime especial, justamente pot encaixa em determinadas materia: outras matérias como é 0 caso of muitas matérias do regime comul aplicar indiscriminadamente o regi ue a estrutura desse tipo contratual ndo se reguladas na LGT, tal como se faz em trabalho doméstico que se distancia em de trabalho. Assim sendo nao se deve ine laboral comum as matérias da relag%o laboral-desportiva, sem que se analise matéria por matéria, ponto por ponto para se chegar & solugdes justas, ¢ na apreciaciio deste tipo de relagé na elaboragdo e aprovagio de Regulamentos). Nesta matéria aco} Cit. Pag. 15, 16, 17 e 18. “O noss regime especial para o trabalho de tao flagrante que a pratica socic desportivo um regime diferente tipicidade social. (...)" \A desadequagéio do Direito do ore (Comum) & realidade do Desporto é Quer com isto dizer que, em mi Assim, na porque se mostram adaptados Desportivo de Jogador, que maif la obsta que sejam apli clarificar como os Regulamentos| Email; info.fafoot! nfigurando-se como exercicio “ sagrado” . enquanto © legislador desportivo atrasa um regime especial (Socorrendo-se & Inpanhamos Baptista, Albino Mendes. Ob. legislador entendeu, e bem, consagrar um sportivo. se encarregou de criar para 0 trabalho doutrina tem-se referido a este propésito ria de prescrigho 0 exercicio sera igual. dos os artigos 180.° ¢ 302.° ambos da LGT 4 natureza dos Contratos de Trabalho adiante concluiremos. Por ora, impoe-s/ das Federagdes Desportivas Internaciony nemboy, Urban 244 993 239 504 véem parar em territério Angolal levantado pelo Recorrente. Cabe assinalar que assiste raz%o 10 € em que termos sao aplicados, como foi jo Consetho de Disciplina quando chama os Regulamentos internacionais ceo, nomeadamente da FIFA a partir do n° 2 do artigo 13.° da Constituig: Face ao artigo 104.° das alegacée! uma Federa¢éo Desportiva? Que papel Juridico-Administrativo desempenha. Foram ja nos para para onde remetemos a leitura, Privado, Faculdade de Direito/ Juridica das Federagdes Desporti Goncalves, Pedro. Entidades Pri Poderes Publicos de Autorida da Repiblica de Angola. do Recorrente, impde-se interrogar, 0 que é éa Federagao Angolana de Futebol que sempenha, ou ainda, que papel piiblico rafos anteriores respondidas estas questdes conferindo, AAVV. Revista Juris, Direito CAN. Baptista, Policarpo. A Natureza yas em Angola, vol. I, 2016.Cfr. Igualmente das Com Poderes Publicos. O Exercicio de le por Entidades Privadas com Fungdes Administrativas. Almedina, Coimbra, 2005. A FAF exerce poderes piblico: disciplinares conferidos por lei, Federagdes Nacionais ao aceitare| de cumprir com os Regulamento} que prevé o n2 1 al. a) do artig Federagdes Desportivas Nacion: reconhecer as decisdes do Tribu se estende ao artigo 7.° do Estati CAF, retomado pelo Estatuto da Se assim 6, de alguma forma Regulamentos emanados das Fpderacées Desportivas Internacionais no! ordenamento juridico angolano pessoas colectivas de Direito respeitando, obviamente, 0 Direi esta a hermenéutica ¢ a te: aj de qu do Recorrente teflectidos nos poderes regulamentares e jutorgados pelo Estado angolano. Porém, as m se filiar 4s Federagdes Internacionais tem destas instituigdes, veja-se por exemplo 0 13.° do Estatuto da FIFA que obriga as is a cumprir com os seus regulamentos e jal Arbitral do Desporto, 0 mesmo exemplo to da Confederacao Africana de Futebol- "AF com destaque para o artigo 72.°. tera de se justificar a recepgdo desse Estado angolano) e serem cumpridos por Privado Angolano em solo Angolano, o Intemo como limite dn sun aplicagto, F / idica a utilizar neste dominio, nao colhendg considera que os Regulamentos da FIFA se posicionam sobre as Leis do Estado Angolano, sendo que o stado Angolano nao ratificou. Entretanto, o Estado Angolano através da Federagdo Angolana de Futebol no sé aderiu ao Estatuto e Regulamentos constituigao e composigao inicial, Regulamentos até aos dias que |c entre adesiio e ratificagtio. A FIFRA ide tipo associativo desportivo em nenhuma outra latitude existe| ‘privada internacional. Cfr, AA’ Xarepe. Graga, Susana Castela, 2002, pag. 13. “4 FIFA (Fédérati associagdo constituida pelas Fede desempenha essa tarefa ao seu m in fa FIFA porque nfo participou na sua como também ratifica e tem ratificado os ‘orrem, residindo aqui a grande diferenga € uma pessoa colectiva de direito privado stituida a0 abrigo do direito suigo, porque pessoa colectiva com personalidade juridica V. Rei, Maria Raquel. Silveiro, Femando Estudos de Direito Desportivo, Almedina, ninternationale de footebalAssociation) é a ragées nacionais de todo 0 Mundo e que tis alto nivel. 4 FIFA, uma vez que ndo existe pprsonalidade juridica privada internacional, constitui-se como uma associagd A FIFA fomentou a criagéo dd futebol a nivel continental, pa organizarem competigbes. Cham! a)” la lu As Confederagées, tal como as FIFA, quer nos termos dos Es imimeras autorizagées e aprovag tém que solicitar & FIFA el mundialmente”. privada de Direito Suigo. associagées de Federagdes nacionais de nesse dmbito promoverem o futebol ¢ a essas associagdes Confederagées. Federagdes nacionais, esto submetidas & tutos da FIFA, quer depois, por via de Jes que as Confederagdes (e as Federagdes) que the permite controlar 0 futebdl 4% Portanto, ao recepcionar estes Regulamentos fa-lo nos termos da CRA, desde que os mesmos respeitem as le} Toma-se a titulo de exemplo a G sobre o Novo Regulamento Anti- s de Castro Van-O4 www fef.co.30 Cel: +244 936 349 544 / lircular da FIFA n.? 1475 do ano de 201 Doping, de inclusdo obrigatéria no Estat 244 $93 239 904 - Luanda-An do Estado que pertence a Federagao, Y, vemoy, info.fafootball@gms da FAF, cujo cumprimento foi anufdo na Reunigo da Assembleia Geral da FAF no ano de 2017, s6 para citar ¢: Fica claro que 0 proprio Estado entidade privada que representa modalidade do futebol. Num outro prisma, nao é de acol que da FIFA nao emanam normal 13. e seguintes do Regulamento d: de Jogadores, ilustra de forma cine como sao exemplo disso as sangde} FIFA a clubes angolanos na época por alguns atletas, Contudo, nao é de acolher a conch no se Ihe assiste razio, quando ste exemplo. Angolano vincula-se por intermédio da © sew interesse publico desportivo na jer a posigao do Recorrente quando alega de conteiido laboral, porquanto o artigo FIFA relativo ao Estatuto e Transferéncia € inequivoca matérias de natureza laboral, disciplinares aplicadas directamente pela passada, resultante de créditos reclamados ee do Conselho de Disciplina, e por isso 7 a colagio 0 Regulamento da FIFA relativo as transferéncias de Jogatlores que regula o contetido da relacde juridico-laboral desportiva, assim Recorrente alega no artigo 99.°, q mo n&o é de acolher igualmente, 0 que o jando sublinha que “(...) caso se recorra as cémaras de resolugdo de disputts da FIFA serd necessério que as partes levem ao conhecimento da cémaral Tudo pela seguinte ordem de razaa; Quer a Comissdo da FIFA do Estat quer a Camara de Resolugio de| ambos do Regulamento da FIFA em causa 0 direito nacional aplicdvel,” puto dos Jogadores previsto no artigo 23.°, Litigios (CRL) previsto no artigo 242, Relativo ao Estatuto e Transferéncias de Jogadores, tém como legitimadora a norma do artigo 22° do mesmo Regulamento, que trata da Jurisdigho da FIFA. Este artigo apenas se aplica quando numa relacdo material internacional, ou seja, esta norma ntrovertida hajam pontos de contacto fassiste os casos de sujeitos de diferentes Racionalidades. Olhemos para o préceito do seu artigo 22.° que diz que “Sey Prejuizo do direito de qualquer jo; je Castro Var-Dur| lador ou clube de recorrer a um tribudal civil para submeter litigios de natureza laboral, a FIFA & competente para dirimir: ©) Litigios de natureza taboral internacional, excepto se garanta procedimentos jus igualitéria de jogadores trabalho.” A consequéncia pratica deste enuni submetido um litigio para aprecia FIFA que opée, um clube a um j entre um clube e um jogador de ambito lum tribunal arbitral independente que $e respeite o principio da representagao clubes tiver sido constituido a nivel it nacional no dmbito da 5 ie e/ou de um contrato colectivo de iado-normativo regulamentar & que, ao ser Jo dos érgios de resolugao de litigios da gador vice-versa, o primeiro requisito é | que as partes tém de ter naciondlidades diferentes, isto é, pertencentes a diferentes federagdes nacionais 4 que as partes tém de levar ao co © direito nacional aplicdvel com Por conseguinte, se a FIFA nfio t envolve partes com a mesma Federagéo Desportiva Nacional adjectiva do Regulamento da Fi normas processuais nao € aplicad na medida em que a norma legitim| sportivas. Nao colhendo 0 argumento de cimento da camara ou comissio da FIFA 10 alegou 0 Recorrente. idm jurisdigao para dirimir conflitos em que acionalidade ou pertencentes & mesma i nfo seré de acolher qualquer norma “A, ou seja, 0 artigo 25.° que cuida das no caso € processo que aqui se reaprecia, dora do artigo 22.° a priori o afasta. Sendo esta a solugdo juridica alcangada} resta olhar para as matérias do Direito Laboral intemo para se verificar (Lei Angolana) nao colide com a] juridico-laboral desportiva, (Anal analise sobre a matéria, em homer ¢ de meios, primeiro a aplicabilid sp a materia da prescrigao prevista na LGT natureza e estrutura especifica da relagio amos supra para onde remetemos qualquer! gem ao principio da economia processual je dos Regulamentos Desportivos e depois da LGT apenas pela forma de exppsigdio dos argumentos do Recorrente ¢ do Recorrido). pemboy, Urbanizagao Neva Vida N.° 53 mail info.fafootball@gmail.com 44 $83 239.904 - Luanda-Angola 1¢ Analisados que esto os artigos| prescrigtio dos eréditos laborais 180.° © 302.° ambos da LGT, vislumbra-se que 0s mesmos passam no teste da compatibilidade com a matéria de desportivos, trazendo a rejeigao de toda e qualquer pretensdo de um eventual credor laboral-desportivo de reclamar o crédito passados os prazos legais|c Assim, III- Decisaio Nestes termos e nos demais Jurisdicional, reunidos em con} recurso de anulagdo da deciso Federagao Angolana de Futebol que 0 Clube Atlético Petréleos de de USD: 60.000,00 (Sessenta Mi artigos 180.° e 302.° da Lei n.° 7/ Pela disposicao do artigo 1f.° do Em consequéncia, declarar nula Avelino Lopes ter reclamado 0 retro mencionada. Outrossim, 0 Conselho de discip| € das alegagdes do Recorrente e xf no sentido de ser instaurado p subseritora da pega em pauta, p desrespeitadora a Federactio Ang| dever de urbanidade, ex vi artigl exercicio da profisso liberal em razo da matéria, Notifique: ‘ontidos naquelas normas. de Direito, os membros deste Conselho feréncia, acérdio em julgar procedente o proferida pelo Conselho de Disciplina da que fixou o prazo de 60 (sessenta) dias para Luanda, proceda ac pagamento do crédito il Délares Norte Americanos) ao ex-atleta Avelino Lopes, com cnr na prescricfu do direito evocado, ex vi 5 de 15 de Junho, aqui chamados a colagZo esmo diploma legal e; decisdo recorrida pelo facto de o ev-atleta $eu crédito fora do prazo consagrado na lei 73° dos Estatutos da Ordem que rege 9 ausa, por ser este o 6rgao competente A ina deve extrair certiddes desta deliberagio _/} meter & Ordem dos Advogados de Angola, / seedimen disciplinar contra a Advogada, L a utilizagdo de linguagem pouco urbano e__| lana de Futebol, em flagrante violago dof Os membros do Conselho: —— uanda, aos 30 de Abril de 2019.. AO-ANGOLANA DE FUTEBOL ~ Email: info fafootball@gmail.com 244 993 239 $04 - Luands-Angols

You might also like