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\oandeus 7 Sexta-feira, 19 de Junho de 2015 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Série— N° 91 Preco deste numero - Kz: 310,00 Toa & CarspOndea, quer ORCA quer telativa a snincio © aninalums do «Disio dda Repibliew, deve ser diisida & Imprensa Nacional Ccarsao m° 2, Cidade Ak, Caixa Postal 1306, tele Asteée ten EP, an Lunada, Ras Heariue de AL! sere wowimprensanscional govao - Ed AD eee ngs, AR sae SUMARIO ‘Assembleia Nacional Laine Leia Cooperagio indicia Intemacional em Materia Peal Ministérios da Administragio do Territério e da Educacao Decteto Fxectiv Conjunto n* 48115 (Chia ar Escolas clo Ensino Primirio n- 0004 - «Commdante Gi, (010 -crene Kehens €0011~dcwatocesituadat no Municipio ds CCatuntela, Provincia deBenguela, com 1 salas de alas 42 mums, 3 tues eaprorao quadro de pessoal das Fscols cia. ASSEMBLEIA NACIONAL Tein? 1315 de 19 de Jambo Considerando que a livre circulagio de pessoas, servigos € capitis implica a crescente cooperagaojudiciria ene teritorios de diferentes Bstados, no dominio das telecomunicagoes € da conuinicacio em geral, na mobilidade entre os cidadaos de varios Estados, bem como 0 intercimbio de dados sobre (98 ca505 de crimes praticados por angolanos no estrangeit®, Tendo em conta que as referidassituacoesfizeram emerait uuma nova delinquéncia intemacional cada vez mais organizada mais sofisticada, fazendo com que os agentes destes crimes aproveitem as limitagdes dos regimes juridicos existentes em ‘materia de competéncia extrateritorial para iludir ou, pelo menos, dificultara aplicagio da lei penal, praticando, muitas vvezes, actos criminosos, Considerando ainda que a protecgao dos interesses da defesa nacional, da soberania, das relag6es externas, da seguranga, da ordem publica, da economia e de outros interesses pro- tegidos pelo Estado Angolano, impoem o reforyo dos meios indispensaveis ao combate e prevensao da criminalidade transnacional mais grave e organizada, habilitando o Pais a NATURA ‘pres de cada Tt pb ica nos Dios a Repiblica Le 132 sae Kz: 95.00, screcido do rexpectivo Ano 20 ele € de Ke: 75.00 e pare Ke 47061500 Ke 27790000 Ke 14550000 Ke: 115.47000 Imposto do selo, dependendo a publicagae da | edie de dep ésitoprévioa efectuarnatesouraria a cena Nacional “EP. ‘cooperar com outros Estados, combasenacriagto de diplomas especificos apesar da diversidade de sistemas juridicos dos Estados cooperantes, A Assembleia Nacional aprova, por mandato do peve, nos termos das disposigoes combinadas das alineas b) do atigo 161. da alinea ) do artigo 164° € da alinea d) do 12 do artigo 166°, todos da Constituigso da Republica de Angola, a seguinte LEI DA COOPERACAO JUDICIARIA INTERNACIONAL EM MATERIA PENAL ‘TITULOL Disposices Gerais CAPITULOI Objecto e Ambito de Aplicacao ARTIGO 1 (Object) 1A presente Leireaula as formas de cooperagdo judiciia intemacionel em materia penal, nomeadamente: a) Extradigao ) Transmissio de processos penais; 0) Bxeeugio de sentengas penais ) Transferencia de pessoas condenadas a penas ot medidas de seauranga privaivas da iberdade: ©) Viailancia de pessoas condensdas ou libertadas condicionalmente: P Auxilio judicirio mituo en matéria penal; 8) Cooperagio no émbito do cibercrime 2. O disposto no nimero anterior aplica-se, com as devidas adaptages, a cooperagao da Reptiblica de Angola com as ‘ntidades judiciariasintemacionaisestabelecidas no ammbito de tratados que vinculem o Estado Angolano. 2610 DIARIO DA REPUBLICA 3. Apresente Lei ¢ subsidiariamente aplicavel @ cooperagao em materia de infracgdes de natureza penal, na fase em que tramitem perante autoridades administrativas, bem como de infracedes que constituam ilicito transgressional, cujos processos admitam recurso judicial. __aKmIGo2* anit de apes) 1. A aplicagao da presente Lei subordina-se a protec¢40_ dos interesses da defesa nacional, da soberania, das relagdes extemas, da seguranga, da ordem publica, da economia e de outros interesses da Reptblica de Angola, constitucional- mente definidos. 2. Apresente Leinao confere a outros Estados 0 direito de cexigir a Reptblica deAngola qualquer das formas de cooperagao previstas non Ido artigo anterior, quando possam afectar a proteceao dos interesses previstos no n° 1 do presente artigo. ARTIGO3* Ounce) Para os efeitos da presente Lei, considera-se: «0 crea jurisdcional jurisdigo da Replica de Angola of de outro Estado ou teritério; Db) «Autoridade central» entidade da Administraga0 Central do Estado, aindicar pelo Titular do Poder Fxeeutvo para exercer as competéncias decisrias ¢ executorias atribuidas pela presente Lei, «) carguido», toda a pesson contra quem corer pros ‘cesso ou contra quem for deduzida acusagao ou requerida instrugao, 4 «Condenado», pessoa contra quem foi proferida sentenga que imponha uma reac¢ao criminal ou relativamente qual foi proferida decisao judicial «quereconhegaa suaclpabiidade, ainda que sus- pendendo condicionalmente a aplicagao da pena cu impondo sang criminal privativn da liberdade caja execuigdo € declarada snspensa, no todo ot em parte, na data da sentenga ou posteriormente cou substituida por media no detentiva: 6) ufntregadeinfractor em fuga, transeréncia porn parterequerene de pessoa que se enconra ma parte requerda, apedido daquela, por nela se encontrar arguido ou condenado pela prética de um crime: Si «Parte decisora», 0 Estado ou 0 teritério que profere “uma sentenga penal, ) «Parte requerentey, 0 Estado os tevterio que oli cita a cooperacio; Wn «Parte requeridan, 0 Bstado ou territoio a quem & solicitada a cooperacao; i) «Reaccdo criminal», qualquer pena ou medida de seguranga privativa da liberdade, pena peouiaria ‘ou outra sangao nao detentiva, incluindo sangoes: J «Swpeiton, toda a pessoa relativamente a qual exis tem indicios de que cometeu uma infiacge ou nela patticipow, by «Transferéncia de pessoa condenada», envio de pessoa que se encontra @ cumprir pena oumedida de seguranga privativas da liberdade, da parte \decisora para outro Estado ou Laritorio, para neste continuar a execuso da sentenca penal, CAPITULO Prineipios Gerais ARTIGO 4° (@revalencia de tratades internacionsis) 1. A cooperagio judicidria em matéria penal rege-se pelas normas constantes de tratados intemacionais que, nos termos da Lein. 4/1, de 14 de Janeiro — Lei dos Tratados Intemacionais, vinculem 0 Estado Angolano ¢, na sua falta ‘ou insuficiéncia, pelas disposigbes desta Lei 2. Sao subsidiariamente apliciveis as disposi¢oes da Iegislagao processual penal ARTIGO S* (Principio da reciproeidade) 1. A cooperagao internacional em matéria penal éaplicdvel ‘principio da reciprocidade, 2. No ambito das suas atribuiges, a autoridade central solicita uma garantia de reciprocidade se as circunstincias © exigirem ¢ pode presta-la a oulzos Estados, nos limites da presente Lei. ARTIGO 6° (Dvpla punbiidadte) L.A infiacso que motiva o pedide de cooperagae deve ser punivel como crime pela lesislagao da parte requetente © pela legislagao da parte requerida, sem prejuizo do disposto no artigo 11.° 2. Ano punibilidade do facto na Repiblica de Angola, nito obsta a satisfago de um pedido de cooperagiio se este se destinar & prova de uma causa de exclusto da ilieitude on dda culpa da pessoa contra quem o procedimento penal foi instaurado e se a cooperasao nio implicar a aplicagao de medidas coercivas ARTIGO 7° (equisitos gerais nepatives da cooperacie’ termacional) 1. O pedido de cooperagio ¢ recusado quando: 4) O processo nao satisfizer ou nao respeitar as exi- -géncias de tratados intemacionais apliciveis na Repiiblica de Angola: ) Existirem fundadas razdes para crer quea coopera- (20 € solicitada com o fim de persegnir ou punit uma pessoa em virtude da sua nacionalidade, ascendéncia, raga, sexo, lingua, religio, convic~ s6es politicas ou ideolbgicas, instrugio, situagio economia, condigao social ou pertenga a u smupo social determinado; I SERIE -N* 91 ~DE 19 DE JUNHO DE 2015 2611 ©) Bxistr isco de agravamento da situagao processual deumapessoa por qualquer das razbes indicadas 1a alinea anterior; @ Poder conduzir a julgamento por um tribunal de excepgio ou respeitar a execugtio de sentenga proferida por um tribunal dessa natureza, &) Respeitar a facto punivel com pena de morte ou sempre que se adiita, com firndamento, que possa resullar a pratica de tortura, tratamento desumano ou outra de que possa resultar leo imeversivel da intearidade da pessoa, _f Respeitarainfraecto a que corresponda pena de priso ‘ou medida de seguranga com caracter perpétuo ou de duragio indefinida 2. O pedido de cooperagio ¢ ainda recuisado quando niio estiver garantida a reciprocidade 3. Quando for negada a extraigao com basenas linens 6), 8) © don® 1, aplica-se o mecanisimo de cooperagao previsto no ne 2doatigo 33° aRTIGO (Recasnrelativn ématureza daimtraeao) 1. Opedio ¢ também reeusado quando 0 processorespeitar a facto que constitia: «@)Infraccio de natureza politica ova cla conexa, seeundo as concepeves do diteito angolane, }) Crime militar que no sejasimultaneamente previsto 1a lei penal cornu, 2. Nao se consideram de natureza politica @) O genocidio, os crimes contra a Humanidade, os crimes de guerra ¢ inftaeges eraves sezundo as Convenes de Genebra de 1949, b) Os actos referidos na Convencio contra a Tortura « Outras Penas ou Tratamentos Crucis, Desuma- nos out Degradantes, adoptada pela Assembleia ddas Nagoes Unidas em 17 de Dezembro de 1984: AS infracebes compreendidas no campo da aplica- 0 da Convengto para a Repressio da Captura Ilicta de Aeronaves,assinada em Haia ao 16 de Dezembro de 1970; ‘As infracges compreendidas no campo da aplicagao da Convene para a Represstio de Actos Hicitos Dirigidos contra a Seguranga da Aviagao Civil, assinada em Montreal em 23 deSetembro de 1971; 2) As infracgées graves constitnidas por um ataque contra a vida, a integridade fsica ou a fiberdade das pessoas que gozem de protecco intemacional, inclusive os agentes diplomaticos, DAS infracgdes que comportam o rapto, a detengio de refs, osequestro ou o trifico de seres humanos; .) Asinfiacgdes que compostama utilizagao de bombas, ‘aranadas, fogueties, armas de fogo ou eartas ou cembrulios armadilhados, na medida em que essa tilizacko apresente perigo para quaisquer pessoas, /h) Atentativa de cometimento de uma das infracgoes acima citadas ou a patticipagio como co-autor ou ctimplice, } Quaisquer outros crimes a que seja retirada natureza politica por tratado, convenao ou acordo intema- cional de que a Repablica de Angola seja part. ARTIGO 9° Extinete doprocedimento penal) 1. A cooperagio nfo ¢ admissivel se, em Angola ou nnoutro Estado em que tenha sido instaurado procedimento pelo mesmo facto: @) O processo tiver terminado com sentenga absolu- teria transitada em julgado ou com decisio de arquivamento, b) A sentenga condenatéria se encontrar cumprida undo puder ser cumprida seaundo 0 diteito do Estado em que foi proferida; £0 procedimsnto se encontrar extinto por qualquer cuitro motivo, salvo se estiver previsto em eonvengaic internacional, como nao obstando @ cooperagio por parte do Estado requerido. 2. 0 disposto nas alineas a) e b) do miimero anterior niio se aplica se, a autoridade estrangeira que fornmilar 0 pedido ‘ojustificar para fins de revisio de sentenca eos fundamentos desta forem idénticos aos admitidos no direito angolano. 3.0 disposto na alinea a) don.® I nfo obsta é cooperagao, ‘com findamento na reabertura de processo arquivado previsto na le ARTIGO 10: (Concurso de casos de admisbilidade ‘de huadmissbilidade da eoqperag0) 1. Se o facto imputado a pessea contra quem ¢ instaurado procedimento estiver previsto em varias disposiges do dircito penal angolano, o pedido de cooperagao s6 € atendido na parte respeitante a infracgao ou infracgoes relativamente as quais seja admissivel o pedido e deste que o Estado requerente dé ‘garantias de observar as condigdes fixadas para a cooperacao. 2. A cooperagao €, porém, excluida se o facto estiver previsto em varias disposigdes do direito penal angolano on «strangeiro ¢ 0 pedido nao possa ser satisfeito por forga de uma disposigto legal que o abranja na sua totalidade € que constitia motive de recusa da cooperagio. ARTIGO 11 (Retevincha da af 9550) 1. Acooperagio pode ser recusada se areduzida importancia 4a ingraegao nao a justificar 2. Para efeitos do mimero anterior, consideram-se de reduzida importincia: 4) As infracgdes de natureza criminal puniveis com pena de pristo com limite maximo até 3 anos: ) As infracySee de natureza contravencional ou trans- ‘ressional puniveis com pena de malta com o limite ‘axsimo até AK: 2.000.000,00 (dois mithoes de Kwanza). 2612 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 12" (Protect do segredo) ‘Na execucdo de um pedido de cooperagao requerido Repiiblica de Angola observam-se as disposigdes do Cédigo de Proceso Penal ¢ legislagao complementar relativas & recusa de testemunhar, as apreensdes, eseutas telefonicas © a0 seared profissional ou de Estado ¢ nos demas casos em. que o searedo seja proteaido nos termos da lei ARTIGD 13 (Direc apheaveD 1, Produzem efeitos na Republica de Angola: 44) Os motivos de interrupeo ou de suspensito da pres- crigao segundo o direito do Bstado requerente, ) A queixa apresentada em tempo util a uma autor dade estrangeira, quando for ialmente exigida pela fei angolana, 2. Se apenas o direito angolano exigir queixa, nenhuma sangdo criminal pode ser imposta ou executada em Angola na falta de queixa ou no caso de desisténcin do respectivo titular: ARTIGO 14° (Camputagao da detengto) 1A pristo preventiva softidano estrangeiro ou a detengo decretadano estrangeiro em consequéncia de uma das formas de cooperagiio previstas na presente Lei sao levadas em conta, hho ambito do provesso angolano ou imputadas na pena, nos termos do Codigo Penal, como se a privagao da liberdade tivesse ocortido na Repiblica de Angola 2. Com vista a possibilitar a tomada em consideragdo da prisio preventiva ou da pena ja cumpridas em Angola, s40 prestadas as informagoes necessérias ARTIGO 15° inderantzasto) Ale‘ angolanaaplics-se&indemnizago devida por detencto ou pristo ilegal ou injustficada, ou por outros danos sottidos pelo suspeito € pelo areuido, nomeadamente: 4a) No decurso de procedimento instaurado em Angola para efectivagio de um pedido de cooperagao formulado a Repiblica de Angola: No decurso de procedimento instaurado no estran- eciro para efectivagio de um pedo de cooperacaio ormulado por uma autoridade angolana ARTIGO 16° (Concurso de pedidos) 1, Sea cooperagio for solicitada por varios Estados, rela- tivamente 20 mesmo ou a diferentes factos, esta é concedida em favor do Estado que, tendo em conta as cicunstincias do caso, assegure melhor os interesses da realizagao da justiga e dareinseryao social do suspeito, do arzuido ou do condenado, 2. O disposto no nimero anterior 4) Cede perante a reara de prevaléncia da jurisdi intemacional, nos casos a que se refere on 2 do artigo 1°; ) Nao se aplica a forma de cooperagao referida na alinea f) don. 1 do artigo 1.° ARTIGO 1 (egrada especiaidade) 1 Apessoa que, em consequéncia de um acto de coopera¢ao, ‘comparecer em Angola para intervir em processo penal como suspeito, arguido ou condenado nao pode ser perseguida, julgada, detida ou sujeita a qualquer outra restrigao da liber- ‘dade por facto anterior sua presenga em territevio nacional, diferente do que origina o pedido de cooperacao formulado por autoridade angolana, 2. Apessoa que, nos fermos do mimero anterior, comparecer perante uma autoridade estrangeira nio pode ser perseguida, detida, ulgada ou sujeita a qualquer outrarestigao da liberdade por facto ou condenagao anteriores 4 sua saida do teritério angolano diferentes dos determinados no pedido de cooperaeao. 3. Antes de autorizada a transferéncia a que se refere © ‘nimero anterior, o Estado que formula o pedide deve prestar as ‘garantias necessérias a0 cumprigento da reara da especialidade. 4.A itmunidade a que se refere este artigo cessa quando: 4) A pessoa em causa, tendo a possibilidade de aban- ddonar o teritério angolano ou estrangeiro, nao 0 faz dentro de 45 dias ouregressa voluntariamente ‘um desses temritérios; ) O Bstado que autoriza a transferéncia, ouvido pre- ‘viamente 0 suspeito, 0 arauido ou o condenado, consent na derrogago da regra da especialidade, 5.0 dispostonos 1 ¢ 2 nto exclui a possibilidade de solicitara extensto da cooperapao a factos diferentes dos que fundamentaram opedido, mediante nove pedido apresentado ce instruido nos termos da presente Lei 6. No caso referido no nimero anterior, € obrigatoria a ‘apresentagao de auto, onde constem as declaragaes da pessoa ‘que beneficia da reara da especialidade. 7. No caso de o pedido ser apresentado a um Estado ‘estrangeiro, o auto a que se refere o ntimero anterior é lavrado perante o tribunal de segunda instancia da drea onde residir ou ‘se encontrar a pessoa que beneficia da regra da especialidade. ARTIGO 18° (Caso particutares de to aplcag di egrada especalidade) 1A imunidade referida nos n* 1 ¢ 2 do artigo anterior ‘cessa também nos casos em que, por tratado, convengao ot acordo intemacional de que a Repiiblica de Angola seja pate, nijohaja lugar a0 beneficio da reara da especialidade. 2. Quando a cessagao da imunidade decorra de remincia «da pessoa que beneficia da resra da especialciade, deve essa renin cia resultarde declarago pessoal, prestada perante iz, ‘que demonstre que a pessoa a exprimiu voluntariamente € ‘em plena consciencia das consequencias do set acto, com assisténcia de advogado constituide ou, na sua falta, com assisténcia de defensor nomeado. 3. Quando. pessoa em causa deva prestar declaragoes em Angola, no seguimento de pedido aprescntado & Repiiblica de Angola ou formulado por una autoridade angolana, as declarages sao prestadas perante tribunal de segunda ins- tincia da area onde residir om se encontrar a referida pessca, I SERIE -N* 91 ~DE 19 DE JUNHO DE 2015 2613, 4. Sem prejuizo do dispostono ntimero anterior, arentncia de pessoa que comparega em Angola cm consequéncia de tum acto de cooperagio solicitado pela autoridade angotana 6 prestada no processo em que deva prosuzir efeito, quando as autoridades angolanas, apés a entrega da pessoa, tiverem conhecimento superveniente de factos por ela praticados anteriormente a essa entreza ARTIGO 19: (Denezasaofacltativa da cooperasao internacional) 1. Pode ser negada a cooperagao quando 0 facto que a motiva for objecto de processo pendente ou quando esse facto deva ou possa ser também objecto de procedimento da competéncia de uma autoridade judicisria angolana 2, Pode ainda ser negada a cooperagao quando, tendo em conta as circunstincias do facto, o deferimento do pedido possa implicar consequéncias graves para a pessoa visada, em razio da idade, estado de saide ou de outros motivos de caracter pessoal. ARTIGO 20° (Nom bis inten Quando foraceite um pedido de cooperagao que impliqne 1 delegacio do procedimento em favor de uma anteridade Judicidvia estranaeira, nio pode instaurar-se nem contimvar em Angola procedimento pelo mesmo facto que determinou o pedidonem executar-se sentenga cuja execugio € delewada numa autoridade estrangeira, CAPITULO IIT Disposides Gerais do Processo de Cooperasaio ARTIGO 21. (Line aptivedy 1. Opedido de cooperacao ¢ acompanhado de tradugao na lingua oficial do Estado a quem € dirigido, salvo convenga0 ‘ou acordo em contréio ou se aquele Estado a dispensar 2. As decisdes de admissibilidade on recusa do pedido de cooperagio sao notificadas a autoridade do Estado que 0 formulou, nos termos don.* 1. 3. 0 disposto neste artigo aplica-se aos documentos que devam acampanhar o pedide. ARIIGO 2 (Tramitagao do pedo) 1. Para efeitos de recepgio e de transmissao dos pedides de cooperagao abrangidos pela presente Lei, bem como para todas as comunicagGes que aos mesmos digam respeito, € competente a Autoridade Central, aser designada pelo Tituar do Poder Executive. 2. A Autoridade Central submete 0 pedido de cooperagao formilado a Angola ao Titular do Poder Executive com vista, a decistio sobre a sua admissibitidade, 3. O pedido de cooperagso formulado por uma autoridade angolana ¢ remetido a0 Titular do Poder Executivo pela Antoridade Central, 4.0 disposto non: 1 nao prejudica os contactos directos relatives a pedidos de cooperagao a que se reports a alineaf) don. 1 do aitiga 1° ARTIGO 232 (Fors de transmis do pedo) 1. Quando disponiveis, e mediante acordo entre os Estados requetente e requerido, podem utilizar-se na transmnissio dos pedidos os meios teleméticos adequados, nomeadamente a tclecépia, desde que estcjam garantidas a autenticidade ¢ confi- dencialidade do pedido ea fiabilidade dos dados transmitides. 2. 0 disposto no nimero anterior néo prejudica orecurso 4s vias previstas no n.° 2 do attigo 30.° ARrIGO 24" Requistos do petitoy 1.0 pedido de cooperacio deve ser simples e claro, de fora que a aitoridade destinatria do pedo possa facilmente enquadrar-se na questao de fando, compreenda claramente a natureza da diligéncia que the € solicitada e possa efectud-la da forma mais adequada, devenclo este indicar: @) A autoridade de que emana € a autoridade a quem se dirige, podendo fazer esta designagao em ter- mos gers b) 0 objecto ¢ motivos do pedide; ©) A qualificagao juridica dos factos que motivamn 0 procedimento; @) Aidentificagio do suspeito, arguido ou condenado, da pessoa cuja extradigao ou transferéncia se requer eda testemumbha ou perito a quem devam. pedlir-se declaragdes; ©) Anamagio sucinta dos factos, tais como a natureza « objecto da investigaglo, incluindo o lugar e © tempo da sua pritica, proporcional a importén- cia do acto de cooperagao que se pretende ou, quando em sede de julgamento, o envio de copia da acusagao ot do despacho que designa dia para a realizagio do julaamento; P/O texto das disposiges leans aplicaveis no Estado que o formula; 1) Sepossivel,aidentficago clara, do nome e morada da pessoa a ouvir, caso se trate de diligéneia de interrogatério, instragio ou peritager; h) Quaisquer documentos relatives ao facto. 2. Os documentos nao carecem de lezalizagao. 3. A autoridade competente pode exigir que um pedido formalmente irregular ou incompleto seja modificado ou ‘completado, sem prejuizo da adopgao de medidas provisérias ‘quando estas nao possam esperar pela regularizagao, 4. O requisito a qne se refere a alinea f) do n° 1 pode ser dispensado quando se tratar da forma de cooperagio referida na alinea ) do n.°1 do artigo 1.° 5. Deve solicitar-se, quando necessirio e com vistaasalva- _quardar o valor probatorio ea legalidade do acto apraticar por ‘utoridade estrangeira, que o mesmo seja praticado observando ‘os termos prescritos pela lei angolana, remetendo-se cépia da legislagao processual penal pertinente ARTIGO 25° (Deis sobre adenisbiidade) 1. A decisio do Titular do Poder Executive que declara admissivel o pedido nto vincula a autoridade judicidvia 2614 DIARIO DA REPUBLICA 2. A decisao que declara inadmissivel o petido de coo- eragao intemacional ¢ flnndamentacda © nfo almite recurso. 3. A decisao a que serefere omiimero anterior e que recusa opedidlo de cooperagao ¢ comunicada pela Auteridade Central, 4 autoridade nacional ou estrangeira que o formulon. ARTIGO 26." erin em matéra de cooperagie (Competineta lernacionad) 1. A competéncia das autoridades angolanas para a for- Iulagao de um pedido de eooperago ou para a execugao de lum pedido formulado a Repiiblica de Angola determina-se elas disposieoes dos titulos seguintes, 40 subsidiariamente aplicaveis 0 Cédigo de Processo Penal, a Lei n° 21/11, de 16 de Fevereiro - Das Transgressbes, Addministrativas, e demais legislagao complementar a estes Diplomas. agrigo27" @espesa) 1. A execugio de um pedido de cooperagao ¢, ern reara, sratuita, 2. Constituem, poréi, entcargo do Estado ou da entdade- Jjudicidria internacional que o formula i AS indemnizagdes erennmeracGes de testerimhas € pritos, bem como as despesas de vingem e estada; 1) As despesas decomantes do envio cu enttega de coisas; ©) As despesas decerrentes da transferéncin de pessoas ara o teritério do Estado requerente ou para a sede da entidade judiciéria internacional @As despesas como trinsito dewuma pessoa do teitirio de um Estado estranaeiro ou da sede da entidade Judiciria internacional para terceito Estado on ara.a sede dessa entidade: @) As despesas efectuadas com 0 recurso teleconferén- cia, em cumprimento de um pedido de cooperagao, f Outras despesas consiclradasrelevantes pelo Estado requerido, em fingo dos meios himanos e tec- nolégicas envolvidos no cumprimento do pedido. 3. Para os efeitos da alinea a) do niimero anterior, pode ser aborado wn adiantamento a testemunlia ou ao petite, a ‘mencionar na notficago € a reembolsar finda a diligéncia, 4. Mediante acordo entre a Republica deAngola ¢ o Estado estrangeiro otra entidadejudiciérin intemacional interessados no pedido, pode derrogar-se 0 disposto no n.°2. ARTIGO 28: (Transferencia de pessoas) 1A transferéncia de pessoas detidas ou condenadas apenas ‘ou medidas de seguranga privativas da liberdade que deva ‘realizar-se em cumnprimento das decis6es previstas nesta lei cfectuarse pelos servigos responsiveis pelo sistema prisional de acordo com a autoridade do Estado estrangeiro em que se encontra a pessoa visada ou para onde a mesina deve ser transferida, relativamente ao meio de transporte, data, local ce hora de entrega, 2. Atransferéncia efectua-se no mais eurto prazo possivel apes a data da decisio que a determina 3. 0 disposto nos mimeros anteriores splica-se, com as necessirias adaptacoes, & transferéncia respeitante a pedido formmlado por uma entidade judicaria intemacional ARTIGO 29° (Entrega de objects valres) 1. Se opedido de cooperagao respeitar a entreza de objectos ‘ou valores, exclusivamente ou como complemento de outro pedido, podem estes ser remetidos quando nao sejam indis- pensiveis prova de factos constitutivos de infraccHo, cujo ‘conhecimento for da competéncia das autoridades angolanas. 2. Exessalvada a possibilidade deremessa diferida ou sob condigao de restituigao, 3. Sao ressalvados os direitos de terecitos de boa-f8, bem ‘como os dos legitimos proprietirios ou possuidores e 0s do Estado quando os objectos e valores possam ser declarados petdiclos a seu favor. 4. Em caso de oposigao, 08 objectos e valores s6 840 remetidos apés decisto favorével da autoridade competente {ransitada em julgndo. 5. Tratando-se de pedido de extradigAo, a entrega de ‘objectos ou valores referidos no n° 1 pode efecttar-se mesmo «que extradigao nao se efective, nomeadamente por fuga ot morte do extraditando. ARTIGO 302 (teaidas provisiciasurgentes) 1, Bin caso de urgéncia, as antoridades judiidrias estran- sgeiras podem comunicar directarente com as auteridades judicisrias engolanas, ou por intetmédio da Organizagao Intemacional de Policia Criminal (INTERPOL) ou de dros ‘cenirais competentes para a coop eraglo policia intemacional designados para o efeito, para solicitarem a adopeo de uma ‘medida cautelar ou para apritica de um acto que nao admita «demora, expondo os motivos da urgéncia e observando os requisitos referidos no atizo 24° 2. 0 pedide € wansmitido por via postal, eleetéinica ou telegréfica ou por qualquer outro meio que permita 0 set reaisto por escrito e que seja adiitido pela lei angotana 3. As autoridades judiciarias angolanas, se considerarem. ‘opedido admissivel, dao-Ihe satisfacdo, sem prejizo de sub- meterem a decisio do Titular do Poder Executivo, através da ‘Autoridadle Central, as materias que ests leifaga depender da sta prévia aprecincio ou, no sendo isso possivel, ratificacd. 4. Quando, nos termos deste artigo, a cooperagao envolver ‘ntoridades angolanas e estrangeiras de diferentenatureza, © pedido € efectuado através da Autoridade Central ARTIGO 31. @esina do pedo) 1A decisio defintiva da autoridade judiciévia que no ‘ender 0 pedido de cooperagio é comunicada & autoridade cestrangeira que o formuilon, pelas via referidas no artigo 22° 2, Satisfeito um pedido de cooperasio, a autoridade judicidria envia, quando for caso disso, os respectivos autos ‘ autoridade estrangeira, nos termos previstos no artigo 159.° I SERIE -N* 91 ~DE 19 DE JUNHO DE 2015 2618 TiTuLom Extradicao CAPITULOI Extradiciio Passiva sHCCAOL Candicaes da Extradicao ARTIGO 32° me tundamente da extrac a0) 1A extradigfo pode ter husar para efeitos deprocedimento ‘penal ot para cumprimento de pena ou medida de seguranga privativas da liberdade por crime cujo julgamento seja da competéncia dos tribunais do Estado requerente. 2. Para qualquer dos efeitos referidos no mimero anterior, 86 € admissivel a entrega da pessoa reclamada no caso de crime, ainda que tentado, punivel pela lei angolana ¢ pela Iei do Estado requerente com pena ou medida privativas da liberdade de durago maxima nao inferior atrés anos 3. Se a exttadigao tiver por fundamento varios factos distitos, cada um detes punivel pela lei do Estadorequerente pela lei angolana com uma pena privativa de liberdade e se algum ou alguns deles ndo preencherem a condig&o referida no ntimero anterior, pore tambem conceder-se a extradicao or estes altimos. 4, Quando for pedida para cumprimento de pena ou medida de seguranga privativas da liberdade, a extradigio pode ser concedida se o tempo por cumprir nao for inferior (seis) 6 meses. 5.0 disposto nos niimeros anteriores ¢ aplicdvel, com as devidas adaptagies, & cooperaciio que implique a extradicio outa entrega de pessoas as entidades judicidrias internacionais a que se refere o1n.°2 do artigo 1° da presente Lei. 6.0 disposto no presente artigo nio obsta a extradigao quando sejam infetiores os limites minimos estabelecidos emtratado, conveneao ou acordo de que Angola seja parte, ARTIGO 33° (Cavos ean que eseluidn a estradicio) 1. Para alén dos casos referidos nos artigos 7° a 9. a extradigao é excluida quando, @) O crime tiver sido cometido em territorio angolano, ) A pessoa reclamada tiver nacionalidade angolana 2. Quando for nega a extradi¢io com fandamento em algum dos casos referidos no ntimero anterior, € instaurado ‘procedimento penal pelos factos que fundamentam 0 pedido, send solicitados ao Estado requerente os elementos neces- sarios, podendo o juiz impor as medidas eautelares que se afigurem adequadas. 3. A qualidade de nacional € apreciada no momento em que seja tomada a decisio sobre a extradigao. 4. No Ambito de aliangas militares ou de outra natureza, acordos especiais podem adn fundamento de extradicao. ARTIGO $4" (Crimes cometidas em treet Es ir crimes militares como ao) ‘No caso de crimes cometidos em teritorio de outro Estado quenio orequerente, pode ser concedida a extradigo quando ‘lei angotana det competéncia a sua jurisdigao em identidade de citcunstancias ou quando o Estado requerente comprovar ‘que ontro Estado nao reclama o agente da infiaceo. ARTIGO 352 @eestratienny 1. 0 Estado requerenteno pode reextraditar para terce Estado a pessoa que the foi entresue por efeito de extradicao. 2. Cessa a proibigdo constante do numero anterior quando: 4a) Nos termos estabelecidos para o pedido de extra- Aigdo, for solicitada e prestada a corresponcdente autorizagao, ouvido previamente oextraditado; ou ) O estraditado, tendo apossibilidade de abandonar 0 territério do Estado requerente, no 0 faz dentro de 45 dias 0, tendo-o abandonado, a ele resressar vohmtariamente, 3. Para o efcito da alinea a) do mimero anterior, pode solicitar-seo envio de dectaragio da pessoa reclamada relativa ‘a sua reextradigao, 4. A proibigao de reestradigao cessa também nos casos ‘em que, por tratado, convengo ou: acordo internacional de «que Angola seja parte, nio seja necessério o consentimento do Bstado requerido, 5. Quando 0 efeito previsto no mimero anterior decorra ddo consentimento da pessoa em causa, aplica-se o disposto ‘no miimero sean, 6. As declaragdes da pessoa reclamada, a que haja lugar por forga dos n. 3 e 4, sto prestadas perante o tribunal da segunda instancia da area onde resi ou se encontrar arefe- rida pessoa, observando-se, quanto a0..°4, as formalidades previstas no artigo 18° ARTIGO 36° (Extradiao diterida) 1. Nao obsta a concessio da extradigao a existencia, ‘em tibunais angolanes, de processo penal contra a pessoa reclamada ou cireunstancia de esta se encontrar a cumprir pena privativa da liberdade por mfiacedes diversas das que fundamenteram o pedido. 2. Nos casos donnumero anterior, pode difeit-se a entresa do extraditado para quand o processo otto cumprimento da pena terminaren, 3.Etambem causa de adiamento da entrega a verificagao, por perito médico, de enfermidade que ponha em petizo a vida do extraditado ARTIGO 37° (ntreg tempor ia) 1. No caso don. 1 do artigo anterior, a pessoa reclamada pode ser entreste temporariamente para a pritica de actos processuais, designadamente o julgamento, que 0 Estado requerente demonstre néio poder ser adiado sem grave preju- iz0, desde que isso nao prejudique o andamento do processo pendente em Angola ¢ 0 Estado requerente se comprometa a ‘que, terminados estes actos, a pessoa reclamadsa sjarestituida sem quaisquer condigdes 2616 DIARIO DA REPUBLICA 2 Sea pessoa entreauetemporariamente estava a cumprit ent a execurao desta fia suspensa desde a data em que essa pessoa foi entree ao representante do Estado requeente até @ data da sua restitig ao as autoridades engolanas 3. toviavia, descontade napenaa detengio que no vena a ser computada no proceso estrangeiro. “4. No caso deter sido iferidn a entra nos terms do artigo anterior, a autonizagio para 9 entrega tempera é tramnitada como incidente do pedido de extradigao, exclusivamente com vista apreciagao, pelo tribunal de segunda instancia, dos critrios cmumciados no n° 1 5.O tribunal de segunda instaneinonveo tribunal ordem do qual apessoa se encontra ea Auoridade Centra ARTIOO 38° (Poder de tats concorentes) 1. No caso de diversos pedidos de extradigao da mesma pesiaa, decisto sobre o pedi aque deva ser dada priordade tem em conta a) Se os pedidos respeitarem aos mesmos factos, 0 local onde a infracgao se consumou ou onde foi praticado o facto principal; b) Se os pedidos respeitarem a factos diferentes, a ravidade da infracgo, segundo @ lei angolana, 4 data do pedo, anacionalidade on residénci do extraditando, bem como outras circunstincias concretas, designadamente a existéncia de um_ tratado ou a possibilidade de reextradigao entre os Estados requerentes. 2.0 dispostonomimero anterior entende-s sem preuizo da prevalencia da jurisdigao intemacional nos casos a que se reparta on. 2 do artigo 1.° 3. O disposto nos numeros anteriores ¢ aplicavel, com as devidas adaptacoes, para efeitos de manutengao da deten- 40 antecipada. ARTIGO 39°" @etengao provisriay 1. Bin caso de urgéncia, ¢ como acto prévie dem pedido formal de extradigzo, pode solicitar-se a detengao proviséria, da pessoa a extraditar 2. Adecisao sobre a deteno ea sua manutengao € tomada em confarmidade com a lei angolana, 3. 0 pedi indica a existéncia do mandadd de detengto ou decisto condenatria contra a pessoa reclamada, contém um resummo dos factos constitutivos da infracga0, com indicagao do momento do lugar da sua pratica, e refere os preceitos legais aplicdveis eos dados disponiveis sobre a identidade, nacionalidade ¢ localizagao daquela pessoa, 4. Na transmissiio do pedido observa-se 0 disposto no artigo 30° 5. A detengao proviséria cessa se o pedido de extradigo nao for recebido no prazo de 18 dias a contar da mesina, podendo, no entanto, prolongar-se até 40 dias ee razSes, atendiveis, invocadas pelo Estado requerente,o justficarem, 6.A detengao pode ser substituida por outras medidas de coacgio, nos termos previstos na legislago processual penal angolana, 7. 0 disposto no n.° 5 nao prejudica nova detengao ¢ a estradigto, se 0 pedido for ulterionmente recebido. 8.0 pedido de detencio proviséria s6 pode ser atendido ‘quando nao se suscitarem diavicas sobre a competencia da autoridaderequerante econtiver os elementosreferidosnon.°3. ARTIGO 402 (Detengio nto directamente solicit) E licito as autoridades de policia criminal efectuar a ddetengao de individuos que, sezundo informagdes oficais,

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