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IPIMO
Curso: Enfermagem de Saúde Materno Infantil
Cadeira: Bioestatística
Nampula
2022
Discentes
Indicadores de saúde...............................................................................................................5
Coeficientes de MORTALIDADE:........................................................................................9
Conclusão.............................................................................................................................14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................15
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Introdução
O presente trabalho subordinado a cadeira de Bioestatística, onde iremos abordar acerca dos
indicadores de saúde, de referir que indicadores de saúde são medidas estimadas de uma
dimensão de saúde de uma população em um contexto determinado. Consistem da
mensuração de variáveis individuais ou colectivas a partir da colecta de dados, a fim de gerar
algum conhecimento com o potencial de orientar decisões e acções em saúde. Podem ser
utilizados para descrever um fenómeno, prever desfechos (prognóstico), melhorar a tomada
de decisões pela gestão e a qualidade da assistência, avaliar intervenções, promover uma
causa, prestar contar e para a pesquisa em saúde.
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Indicadores de saúde
Após os cuidados a serem observados quanto à qualidade e cobertura dos dados de saúde, é
preciso transformar esses dados em indicadores que possam servir para comparar o
observado em determinado local com o observado em outros locais ou com o observado em
diferentes tempos. Portanto, a construção de indicadores de saúde é necessária para
(VAUGHAN e MORROW, 1992):
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indicadores de saúde são construídos por meio de razões (frequências relativas), em forma de
proporções ou coeficientes. As proporções representam a “fatia da pizza” do total de casos ou
mortes, indicando a importância desses casos ou mortes no conjunto total. Os coeficientes (ou
taxas) representam o “risco” de determinado evento ocorrer na população (que pode ser a
população do país, estado, município, população de nascidos vivos, de mulheres, etc.). Dessa
forma, geralmente, o denominador do coeficiente representa a população exposta ao risco de
sofrer o evento que está no numerador. Excepções são o coeficiente de mortalidade infantil –
CMI– e de mortalidade materna – CMM – para os quais o denominador utilizado (nascidos
vivos) é uma estimativa tanto do número de menores de 1 ano, como de gestantes,
parturientes e puérperas expostos ao risco do evento óbito. No caso do Coeficiente de
Mortalidade Infantil, alguns nascidos vivos do ano anterior não fazem parte do denominador,
apesar de ainda terem menos de um ano de vida no ano em estudo dos óbitos. Por exemplo,
se uma criança nasceu em 31/12/1998 e morreu em 02/01/1999 (com dois dias) entrará no
numerador do CMI de 1999, mas não no denominador. Pressupõe-se que haja uma
“compensação” de nascidos vivos e óbitos de um para outro ano, de forma que o CMI é uma
boa estimativa do risco de óbito infantil.
É preciso destacar, ainda, a diferença entre coeficientes (ou taxas) e índices. Índices
não expressam uma probalidade (ou risco) como os coeficientes, pois o que está
contido no denominador não está sujeito ao risco de sofrer o evento descrito no
numerador (LAURENTI et al., 1987).
Como já referido, as proporções não estimam o risco do evento em uma dada população,
porém são mais fáceis de serem calculadas, pois não necessitam de denominadores, como o
número de habitantes, para o seu cálculo. Além disso são mais fáceis de se compreender, pois
seus resultados são sempre em percentuais (a cada cem pessoas, tantas morrem por doenças
do aparelho circulatório, por exemplo).
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Mortalidade proporcional por idade: é um indicador muito útil e fácil de se
calcular. Com base no total de óbitos, faz-se uma regra de três, calculando qual a
proporção de óbitos na faixa etária de 20 a 29 anos ou de menores de 1 ano, por
exemplo. Duas proporções, em relação à mortalidade por idade, são mais
frequentemente utilizadas: a mortalidade infantil proporcional
(proporção de óbitos de menores de 1 ano em relação ao total de
óbitos) e a mortalidade proporcional de 50 anos ou mais, também conhecida como
Indicador de Swaroop e Uemura ou Razão de Mortalidade Proporcional
(proporção de óbitos de pessoas que morreram com 50 anos ou mais de idade em
relação ao total de óbitos) (LAURENTI et al., 1987). Evidentemente, quanto piores as
condições de vida e de saúde, maior a mortalidade infantil proporcional e menor o
valor do Indicador de Swaroop e Uemura, pois grande parte das pessoas poderá
morrer antes de chegar aos 50 anos de vida. Nos países ricos, ao contrário, a maioria
da população morre com mais de 50 anos; assim, o Indicador de Swaroop e Uemura
será mais alto (em torno de 85%). A mortalidade proporcional por idade também pode
ser representada em gráfico, sendo conhecida como Curva de
Mortalidade Proporcional (ou Curva de Nelson de Moraes, que foi quem a propôs).
Para isso, primeiro devemos calcular todos os percentuais correspondentes às
seguintes faixas etárias: menor de 1 ano, de 1 a 4 anos, de 5 a 19 anos, de 20 a 49 anos
e de 50 anos e mais (a soma de todos os percentuais dessas faixas etárias deve dar
100%).
Mortalidade proporcional por causas de morte: é a proporção que determinada
causa (ou agrupamento de causas) tem no conjunto de todos os óbitos. Por exemplo, a
mortalidade proporcional por doenças do aparelho circulatório é a proporção de
óbitos por doenças do aparelho circulatório em relação ao total de óbitos no mesmo
período e local.
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a) Coeficiente de incidência da doença: representa o risco de ocorrência (casos novos)
de uma doença na população. Pode ser calculado por regra de três ou através da
seguinte fórmula:
Para comparar o risco de ocorrência de doenças entre populações usa-se, dessa forma, o
coeficiente de incidência, pois este estima o risco de novos casos da doença em uma
população. O coeficiente de prevalência é igual ao resultado do coeficiente
de incidência multiplicado pela duração média da doença (LILIENFELD e LILIENFELD,
1980). Portanto:
Da fórmula acima fica evidente que a prevalência, além dos casos novos que acontecem
(incidência), é afectada também pela duração da doença, a qual pode diferir entre
comunidades, devido a causas ligadas à qualidade da assistência à saúde, acesso aos serviços
de saúde, condições nutricionais da população, etc. Assim, quanto maior a duração média da
doença, maior será a diferença entre a prevalência e a incidência. A prevalência é ainda
afectada por casos que imigram (entram) na comunidade e por casos que saem (emigram),
por curas e por óbitos. Dessa maneira, temos como “entrada” na prevalência os casos novos
(incidentes) e os imigrados e como “saída” os casos que curam, que morrem e os que
emigram. Assim, a prevalência não é uma medida de risco de ocorrência da doença na
população, mas pode ser útil para os administradores da área de saúde para o planejamento de
recursos necessários (leitos hospitalares, medicamentos, etc.) para o adequado tratamento da
doença. Dois tipos de coeficientes de prevalência podem ser utilizados: o coeficiente de
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prevalência instantânea ou pontual ou momentânea (em um tempo especificado) e o
coeficiente de prevalência por período.
Seu resultado é dado, portanto, sempre em percentual (%). Não deve ser confundido com
coeficiente de mortalidade geral, que é dado por 1000 habitantes, e representa o risco de óbito
na população. A letalidade, ao contrário, representa o risco que as pessoas com a doença têm
de morrer por essa mesma doença.
Coeficientes de MORTALIDADE:
Este coeficiente, no entanto, não é muito utilizado para comparar o nível de saúde de
diferentes populações, pois não leva em consideração a estrutura etária dessas populações (se
a população é predominantemente jovem ou idosa). Um coeficiente geral de mortalidade alto
para uma população mais idosa significa apenas que as pessoas já viveram o que tinham para
viver e, por isso, estão morrendo. Já para uma população mais jovem estaria significando
mortalidade prematura.
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b) Coeficiente de mortalidade infantil (CMI): é uma estimativa do risco que as
crianças nascidas vivas tem de morrer antes de completar um ano de idade. É
considerado um indicador sensível das condições de vida e saúde de uma
comunidade. Pode ser calculado por regra de três ou através da seguinte razão:
Cuidado especial deve ser tomado quando se vai calcular o coeficiente de mortalidade infantil
de uma localidade, pois tanto o seu numerador (óbitos de menores de 1 ano), como seu
denominador (nascidos vivos) podem apresentar problemas de classificação. Para evitar
esses problemas, o primeiro passo é verificar se as definições, citadas pela Organização
Mundial de Saúde (1994), estão sendo correctamente seguidas por quem preencheu a
declaração de óbito da criança. Estas definições são as seguintes:
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problemas com relação a transmissão de bens e propriedades (direito civil), ainda
teríamos um viés no cálculo do coeficiente de mortalidade infantil e neonatal.
O índice de Apgar reúne cinco dimensões (frequência cardíaca, respiração, tónus muscular,
irritabilidade reflexa e cor da pele), que são avaliadas no 1º., 5º. e 10º. Minuto após o
nascimento, atribuindo-se a cada um dos sinais uma pontuação de 0 a 2 para avaliar as
condições gerais do recém-nascido. No fundo, porém, deve prevalecer “indicadores de saúde”
para designar todo este campo de conhecimento. O índice de Apgar não deixa de ser um
indicador.
Internações realizadas, serve como indicador das condições de saúde, demanda e oferta de
serviços.
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Usos: Avaliar o acesso e utilização de serviços, a gestão das políticas públicas, identificar
desigualdades ou carências locais e regionais.
Indicadores de qualidade
Um dos grandes desafios dos profissionais da saúde é medir a qualidade dos serviços de
saúde. Nesse contexto, os indicadores de saúde são grandes aliados pois consistem em uma
métrica capaz de quantificar a qualidade do atendimento das instituições de saúde. Por
exemplo: esses indicadores têm o potencial de apontar possíveis pontos de atenção na
internação de um paciente ou até de mostrar como anda os resultados da instituição em saúde
como um todo. Os indicadores também revelam quais são os possíveis melhores caminhos
que devem ser seguidos em casos específicos de cada paciente. Ainda, também demonstram
como está a situação actual dos pacientes e a meta de chegada.
Os indicadores de saúde são utilizados como ferramenta para identificar, monitorar, avaliar
acções e subsidiar as decisões do gestor. Por meio deles é possível identificar áreas de risco e
evidenciar tendências. Além desses aspectos, é importante salientar que o acompanhamento
dos resultados obtidos fortalece a equipe e auxilia no direccionamento das actividades,
evitando assim o desperdício de tempo e esforços em acções não efectivas. Considerando a
informação como subsídio para o planejamento de uma equipe de trabalho, precisaremos
escolher quais indicadores serão usados em nosso planejamento, quando então, a partir desta
escolha, vamos reflectir a respeito dos instrumentos de colecta de dados, uma vez que a
"alimentação" correta destes instrumentos é condição necessária para obtenção do resultado
final do processo que reflicta as situação real, qualquer inconsistência neste resultado,
comprometerá o valor da informação, portanto, quanto mais simples e compreensível for o
instrumento de colecta, melhor será essa captação e seu resultado final. O monitoramento
deste processo, desde a captação do dado até os relatórios finais é imprescindível, pois a
confiança do usuário no indicador está relacionada à segurança de que a informação obtida
reflecte uma realidade e não mera percepção não fundamentada.
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Descrever a situação de saúde de um indivíduo ou população;
Avaliar as mudanças ou tendências durante um período de tempo;
Avaliar a eficácia e impacto de um programa.
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Conclusão
Para finalizar, deve-se considerar que os indicadores de medidas do nível de saúde baseiam-
se em números. Números, entretanto, que representam pessoas que vivem em determinada
comunidade, que nasceram, adoeceram ou morreram. Além de servirem para avaliar o nível
de saúde de uma comunidade, esses indicadores medem, indirectamente, seu nível de vida
(condições de moradia, nutrição, etc.).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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