» Ciências Naturais 7º ano

A Terra conta
a sua História
A Terra conta a sua História

- Fóssil
» Os fósseis correspondem a partes do corpo de organismos
primitivos que ficaram registadas nas rochas

» Um fóssil também pode ser um vestígio da atividade dos

organismos, como por exemplo uma pegada, um ninho ou coprólitos
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A descoberta de que em muitas cadeias montanhosas é

possível encontrar rochas com fósseis de organismos
marinhos primitivos, levou a concluir que

as rochas destas montanhas estiveram

no passado num fundo oceânico

esta descoberta permitiu aos geólogos

concluir que a Terra teria uma idade e
história mais antiga do que se pensava
até ao século XVII

Em muitos desertos é possível encontrar fósseis de organismos que viveram

em ambientes aquáticos, nomeadamente de crocodilos
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- Fossilização

A fossilização – formação de um fóssil – é um processo raro, pois a maioria dos tecidos

de um organismo morto são consumidos por outros seres vivos ou decompostos.

É necessário que:
» os organismos possuam partes duras, como por exemplo ossos, dentes.

» os restos dos organismos mortos sejam protegidos de outros seres vivos e de

ambientes ricos em oxigénio, de forma a reduzir a decomposição. Geralmente os
restos dos organismos são protegidos por sedimentos (lama, areia) ou solo. Os
organismos primitivos preservados por completo em âmbar, mumificados ou
congelados também correspondem a fósseis.

Âmbar contendo um fóssil de Cientistas japoneses a estudarem um

inseto mamute que se manteve congelado na
Sibéria
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- Quais são os principais tipos de fossilização?

Conservação ou mumificação

Muitos tecidos do organismo,

incluindo os mais moles, podem
ser conservados no gelo ou no
âmbar.

Marcas ou vestígios Moldagem

As pegadas, tocas, ninhos e excrementos Os seres vivos ou os vestígios são cobertos por
fossilizados permitem estudar o
comportamento dos seres vivos primitivos. Para sedimentos. Após a degradação dos tecidos,
além de serem vestígios, as pegadas dos resta o molde. Este pode ser externo (ex.
dinossauros também correspondem a moldes
das suas pegadas. molde exterior de uma carapaça) ou interno

As marcas ou vestígios também são conhecidos (molde do interior de uma carapaça).

por icnofósseis.
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Incarbonização

Processo que permite a formação do carvão. Os tecidos das plantas são

alterados quimicamente (enriquecem em carbono) e a sua forma inicial
pode ficar registada.
Este processo de fossilização é importante nas zonas pantanosas com
florestas tropicais.

Mineralização

A matéria orgânica é substituída por matéria mineral. É frequente a

manutenção da forma e detalhe do organismo inicial.
É o processo mais comum de fossilização.
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Conservação ou
mumificação

Marcas ou vestígios

Os diferentes processos de
Moldagem
fossilização podem ocorrer em
simultâneo.

Incarbonização

Mineralização
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- Qual é a importância dos fósseis na datação das rochas?

A deposição dos sedimentos em camadas, ou estratos, ocorre na horizontal. Os estratos

que se encontram na base são os mais antigos, e por cima destes encontram-se os
estratos mais recentes.

Sequência de estratos

Os paleontólogos, cientistas que estudam os fósseis e os ambientes primitivos, já

determinaram a idade de muitos fósseis descobertos. Conhecendo-se a idade dos
fósseis, é possível determinar a idade de um estrato que os contém.
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Nem todos os fósseis podem ser usados para datar os estratos. Os fósseis de espécies que
existiram ao longo de um grande período de tempo não permitem determinar a idade de
um estrato.

Para serem utilizados na datação, os fósseis têm que ser originários de organismos:

• que estavam distribuídos por todo o globo, permitindo datar a maioria das rochas.
• que tiveram uma reduzida distribuição no tempo geológico. Estes fósseis são designados fósseis
de idade.

A datação das rochas é mais precisa se usarmos vários fósseis de idade em simultâneo.

Associação de fósseis existente em diferentes rochas

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- Como é que os fósseis permitem reconstituir os ambientes primitivos?

Os fósseis de ambientes, também conhecidos por fósseis de fácies, não permitem datar
os estratos com precisão, uma vez que são fósseis de seres vivos que habitaram a Terra
por longos períodos de tempo. No entanto, possibilitam a caracterização dos ambientes
primitivos e a reconstituição do passado da Terra.

Por exemplo, a descoberta de trilobites e corais nas rochas permite concluir que estas se
formaram em ambientes marinhos.

Fóssil de trilobite Descoberta de trilobites

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Síntese parcial

» Fósseis são restos ou vestígios de organismos primitivos que

ficaram preservados nas rochas.

» A fossilização corresponde à formação de fósseis e depende do

ambiente e das características dos seres vivos.

» Os fósseis de idade permitem datar as rochas onde estão

inseridos, enquanto os fósseis de ambiente permitem
reconstituir os paleoambientes.
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Para caracterizar os ambientes do passado é essencial a datação das rochas, dos

fósseis e dos acontecimentos geológicos.

Esta datação pode ser:

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Uma das maiores alterações que a Terra sofreu foi o aparecimento e evolução
da Vida.
Os cientistas dividiram a História da Terra em grandes etapas, de acordo com o
registo fóssil.
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História da Terra está associada a mudanças cíclicas ao nível dos

subsistemas terrestres (litosfera, biosfera, hidrosfera e atmosfera). Estas
incluem:
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• Mudanças cíclicas na Terra: já causaram extinções em massa, que

reduziram grandemente o número de espécies.

• Após uma extinção em massa ocorre o aumento da biodiversidade,

com o desenvolvimento de novas formas de vida que ocupam os habitats
das espécies extintas.

• Os fenómenos de extinção em massa e aparecimento de novas

espécies são importantes para estabelecer os limites da escala do
tempo geológico.
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Esta escala inclui os principais acontecimentos datados da História da

Terra e pode ser dividida em:

As Eras são formadas por diversos Períodos

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EVOLUÇÃO
DA
VIDA
NA TERRA
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Pré-Câmbrico (4600 Ma — 542 Ma)

• O Pré-Câmbrico corresponde ao maior

intervalo de tempo geológico, os
primeiros 4000 M.a.

• Existem poucas informações sobre o

Pré-Câmbrico, dado que a maioria das
rochas e fósseis foram destruídos.
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Pré-Câmbrico (4600 Ma — 542 Ma)

No entanto, sabe-se que:

• Ocorreu a formação da crusta e que a

atmosfera primitiva se originou a partir dos
gases libertados pelos vulcões.

• A precipitação levou à formação de lagos e

oceanos.

• As primeiras formas de Vida apareceram,

correspondendo a bactérias – células
procarióticas. Este fenómeno deve ter ocorrido há
cerca de 3500 M.a.

• Os seres vivos primitivos libertaram oxigénio para

a atmosfera, alterando a sua composição.

• As células procarióticas evoluíram para seres

eucariontes há mais de 1000 M.a. Inicialmente
eram todos unicelulares. Ao fim de muitos milhões
de anos surgiram os seres multicelulares.
Existem poucos fósseis destes organismos, pois os
seus tecidos moles não foram preservados.
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Era Paleozoica (542 Ma – 251Ma)

- O estabelecimento deste limite temporal

deve-se ao aparecimento de
organismos com estruturas duras,
tais como as carapaças, os dentes, as
escamas e os ossos, que facilitaram a
fossilização.
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Era Paleozoica (542 Ma – 251Ma)

Ao longo da Era Paleozoica é possível
verificar a seguinte evolução dos seres vivos:

Câmbrico – “explosão” de Vida nos mares,

com abundantes seres invertebrados.
Destaca-se o aparecimento das trilobites, dos
corais e dos peixes mais primitivos.

Ordovícico – ocorreu uma diversificação da

Vida, mas no final deste Período uma glaciação
originou uma extinção em massa. Seres
vivos com conchas e outros semelhantes a
polvos e lulas passaram a ser os organismos
mais comuns no Ordovícico. Também
apareceram peixes semelhantes a lampreias e
as plantas mais primitivas iniciaram a
colonização dos ambientes terrestres.
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Era Paleozoica (542 Ma – 251Ma)

Silúrico – A Vida retoma após a extinção em

massa no final do Ordovícico. Os pântanos
encontravam-se ocupados por plantas muito
primitivas e os insetos sem asas iniciam a
colonização dos ambientes terrestres.

Devónico – Os peixes e os insetos

tornam-se os seres mais abundantes. Um
dos peixes, o Dipterus, desenvolve
pulmões rudimentares e inicia a
colonização dos ambientes terrestres.
Este peixe esteve na base da origem dos
anfíbios.
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Era Paleozoica (542 Ma – 251Ma)

Carbónico – O clima torna-se quente e

húmido, permitindo o crescimento de
florestas. As plantas libertam grandes
quantidades de oxigénio para a atmosfera.
A partir dos anfíbios evoluíram os primeiros
répteis.

Pérmico – No final deste Período, o clima

torna-se quente e seco, o vulcanismo mais
intenso e pensa-se que um meteorito terá
colidido com a Terra. Ocorreu a maior
extinção em massa de que há registo.
Muitos grupos de organismos da Era
Paleozoica extinguiram-se por completo
como, por exemplo, as trilobites.
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Reconstituição de um ambiente
terrestre do Silúrico. São visíveis
plantas muito primitivas e um inseto
sem asas.

Reconstituição de uma floresta do

Carbónico.
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Era Mesozoica (251 Ma – 65,5 Ma)

A Era Mesozoica inicia-se com o Triásico.

As condições quentes e secas favoreceram o

desenvolvimento das gimnospérmicas (plantas
sem flor) e dos répteis. Os dinossáurios
dominaram esta Era.

Os mamíferos apareceram no Triásico, mas

mantiveram um tamanho reduzido. Surgem as
amonites.
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Era Mesozoica (251 Ma – 65,5 Ma)

Uma extinção no final do Triásico,

possivelmente causada por intenso
vulcanismo, marcou a transição para o
Jurássico. Os dinossáurios e os restantes
répteis expandiram-se muito durante este
Período.

As primeiras aves também apareceram no

Jurássico. Os fósseis de Archaeopteryx têm
as primeiras evidências de penas.

No Cretácico os répteis eram dominantes

e os mamíferos desenvolveram-se.
Apareceram as plantas com flores.
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Era Cenozoica (65,5 Ma - atualidade)

O limite entre as Eras Mesozoica e Cenozoica

foi marcado por uma extinção em massa, há
65 M.a. O impacto de um meteorito e/ou
vulcanismo intenso podem ter causado a
extinção dos dinossáurios, das amonites e
de mais de 75% das espécies animais e
vegetais então existentes.

Na Era Cenozoica os mamíferos

expandem-se, como por exemplo os tigres e
os cavalos. Há cerca de 6 M.a. surgem os
primeiros ancestrais conhecidos da nossa
espécie.
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Era Cenozoica (65,5 Ma - atualidade)

No Quaternário, que se iniciou há 1,8 M.a.,

ocorreram profundas modificações na fauna
e flora, em resultado da ocorrência de quatro
glaciações.

Os mamutes foram dos organismos mais

representativos do Quaternário, tendo-se
extinguido no final da última glaciação.
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Era Cenozoica (65,5 Ma - atualidade)

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Síntese

• A reconstituição da História da Terra, ao longo dos seus 4600 M.a., foi feita a
partir do registo geológico, que se encontra preservado nas rochas e nos fósseis.

• A maioria dos fósseis descobertos tem menos de 542 M.a., pois a partir desta
altura apareceram os primeiros organismos com tecidos duros (ex.: carapaças e
ossos), que passaram a ficar fossilizados nas rochas.

• A História da Terra está associada a mudanças cíclicas na litosfera,

biosfera, hidrosfera e/ou atmosfera, como por exemplo a formação das
montanhas, as glaciações, a variação do nível do mar e a extinção em massa de
seres vivos.

• Com base na evolução da Vida, a escala do tempo geológico pode ser dividida
em Pré-Câmbrico, Era Paleozoica, Era Mesozoica e Era Cenozoica.