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FICHA
QUINHENTISMO
1. O adjetivo graciosa possui vários sentidos: bonita, jovial; que tem graça, encanto, delicadeza; engraçada, divertida; que tem generosidade,
liberalidade; que concede graças, favores. Com que sentido esse adjetivo é empregado por Pero Vaz de Caminha?
3. Parodiando a linguagem de Caminha, Murilo utiliza formas arcaicas como o advérbio mui (contração de muito) antes dos adjetivos, o pronome
enclítico em tem-nos e o tratamento na segunda pessoa do plural, vós. Entretanto, a essa linguagem solene e arcaica, ele mistura expressões
coloquiais e modernas, impróprias numa carta dirigida a um rei. Dê alguns exemplos.
5. E que recomendação o personagem Pero Vaz, do poema de Murilo Mendes, faz ao rei?
6. "Duas relíquias históricas produzidas no Brasil, foram trazidas para exibição na Mostra do Redescobrimento, em São Paulo: o manto tupinambá e a
carta de Pero Vaz de Caminha." (Folha de São Paulo, 11 de maio de 2000.)
A carta de Pero Vaz de Caminha, sobre o achamento do Brasil, enviada a El-Rei Dom Manuel é a principal manifestação literária do Quinhentismo,
movimento literário brasileiro do século XVI. Tendo em vista o seu teor, podemos afirmar que os visitantes da Mostra do Redescobrimento, ao se
depararem com tal texto, conseguiriam através dele:
a) resgatar valores e conceitos sociais brasileiros.
b) descobrir a história brasileira pela arte.
c) ter mais informações sobre a arte brasileira.
d) ver a cultura indígena brasileira.
e) perceber o interesse português em explorar a nova terra.
8. (UFSM) O Quinhentismo, enquanto manifestação literária, pode ser definido como uma época em que:
I – não se pode falar, ainda, na existência de uma literatura brasileira, pois a cultura portuguesa estabelecia as formas de pensamento e expressão
para os escritores na colônia;
II – se pode falar na existência de uma literatura brasileira porque, ao descreverem o Brasil, os textos mostram um forte instinto de nacionalidade, na
medida em que todos os escritores eram nativos da terra;
III – a produção escrita se prende à descrição da terra e do índio ou a textos escritos pelos jesuítas, ou seja, uma produção informativa e doutrinária.
Está(ão) correta(s):
a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) Apenas III.
9. (UFSE) Nas manifestações literárias dos dois primeiros séculos de nossa história podem estar presentes as seguintes características:
I – intenção catequética e informação sobre a terra;
II – relato de viagem e pregação religiosa;
III – sentimento nacionalista e participação em campanha republicana.
Estão corretas somente as características indicadas em:
a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.
10. (IFSP) Leia um trecho do poema Ilha da Maré, do escritor brasileiro Manuel Botelho de Oliveira.
E, tratando das próprias, os coqueiros, De várias cores são os cajus belos,
galhardos e frondosos uns são vermelhos, outros amarelos,
criam cocos gostosos; e como vários são nas várias cores,
e andou tão liberal a natureza também se mostram vários nos sabores;
que lhes deu por grandeza, e criam a castanha,
não só para bebida, mas sustento, que é melhor que a de França, Itália, Espanha.
o néctar doce, o cândido alimento. (COHN, Sergio. Poesia.br Rio de Janeiro: Azougue, 2012.)
11. Leia, abaixo, o fragmento da História da Província de Santa Cruz, de Pero de Magalhães Gândavo, para responder à questão.
Finalmente que como Deus tenha de muito longe esta terra dedicada à cristandade, e o interesse seja o que mais leva os homens trás si que nenhuma
outra coisa haja na vida, parece manifesto querer entretê-los na terra com esta riqueza do mar até chegarem a descobrir aquelas grandes minas que a
mesma terra promete, para que assim desta maneira tragam ainda toda aquela bárbara gente que habita nestas partes ao lume e ao conhecimento da
nossa santa fé católica, que será descobrir-lhe outras minas maiores no céu, o qual nosso Senhor permita que assim seja, para glória sua, e salvação
de tantas almas.
GÂNDAVO, Pero de Magalhães. História da Província de Santa Cruz. Org. Ricardo Martins Valle. Introd. e notas Ricardo Martins Valle e Clara Carolina Souza Santos. São Paulo: Hedra, 2008. p. 115.