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Camionetta AS-42

Sahariana
Italeri - 6452 - 1/35

Review e Step-by-Step

autor: panzerserra@gmail.com

Histórico:

Durante a Segunda Guerra Mundial, diversos veículos foram adaptados para


emprego em situações especiais, mas raros foram aqueles especialmente
produzidos para determinados fins. Uma destas exceções é, sem dúvida, a
Camionetta Sahariana AS-42 (Africa Settentrionale ou Norte-Africana - 1942).

Camionetta Sahariana AS-42

Este veículo foi desenvolvido especialmente para o ambiente do deserto


africano, em resposta aos estrondosos sucessos do famoso LRDG (Long Range
Desert Group) Britânico que, em 1941, disseminou o pânico e a destruição na
retaguarda das tropas alemãs no front africano. Enquanto o LRDG utilizava-se de
veículos adaptados para suas incursões, os italianos queriam um veículo específico
para esta tarefa.
Caminhão LRDG -1942 Canadian Chevy, right hand drive, India format.

Em fins de 1941, o Comando Supremo do Régio Esercito emitiu


especificações de construção para um incursor rápido, ágil, potente, bem armado,
de longo raio de ação e com ótima capacidade de transporte. A Viberti-SpA
respondeu a estas especificações com a Camionetta Sahariana AS-42 para a
campanha de deserto.

Camionetta Sahariana AS-42- visão látero-posterior


Sahariana AS-42

Para agilização e estandardização de equipamentos, a Viberti-SpA se


utilizou do mesmo chassis e motorização do carro-blindado Autoblinda AB-41.

Carro Blindado Autoblinda AB-41


Este conjunto era altamente eficiente e sofisticado para a época, com suas
quatro rodas esterçantes, suspensões individuais e tração 4x4 com diferencial
central blocante.

Sahariana AS-42 - transmissão e semi-eixos

A única modificação de chassis em relação ao Autoblinda foi a eliminação


do posto de pilotagem traseiro. Sobre este conjunto mecânico foi montada uma
carroceria baixa e larga, não-blindada, com posto de pilotagem anterior e
motorização traseira.

Sahariana AS-42 - tanques de combustível

Uma de suas maiores características era a grande quantidade de jerry-cans


de 20 l carregados externamente, com combustível e água. Outra particularidade
era o estepe instalado em uma posição frontal "enterrada" na frente do veículo e a
posição central do motorista. Além do piloto, a Sahariana podia transportar até
seis homens, mas sua tripulação mais comum era de três a quatro tripulantes.

Camionetta Sahariana AS-42 - visão látero-anterior

Assim como os Chevys do LRDG, as Saharianas também portavam calhas


de desatolamento, em metal-leve, nas laterais traseiras do veículo.

Sahariana AS-42 exibindo calhas de desatolamento.

A Sahariana teve seu batismo de fogo com o Raggruppamento


Sahariano Africa Settentrionale, em novembro de 42, com um total de 07 AS-
42 ( nºs de 790B a 794B, 797B e 798B) e outros veículos de apoio. Sua missão
primária era combater o LRDG e o SAS (Special Air Service) britânicos e fazer o
reconhecimento armado de longa distância no deserto. Para isto, estes carros eram
armados com uma combinação de diversas armas, tais como:
- Metralhadora Breda de 8mm mod. 37, com 24 magazines (MG)
- Rifle Anti-tanque Solothurn de 20mm S18/1000 semi-automático, com 10
magazines (ATR)
- Canhão Breda de 20mm mod. 35 Dual Purpose (AA/AT), com 12 magazines (AA)
- Canhão CAN de 47mm mod. 37 Anti-Tanque, com 10 projéteis (CAN)

Metralhadora Breda 8mm

Rifle Anti-tanque Solothurn de 20mm

Canhão Breda AA/AT 20mm


Canhão CAN 47mm

Existem, ainda, provas fotográficas do uso de material bélico capturado aos


ingleses, como esta foto de uma Sahariana AS-42 com canhão Breda 20mm,
ostentando orgulhosamente uma Vickers K, inglesa, em sua porção frontal.

Sahariana AS-42 com canhão Breda AA/AT 20mm e Vickers K .303

O Raggruppamento Sahariano AS esteve ativo no front africano de 29 de


novembro de 42 até 08 de abril de 1943. Estava equipado com 10 veículos, sendo 9
de combate e um caminhão de apoio.Os de combate eram:
Veículo: Armamento:
Sahariana
placa:
790 B 1 x 20mm AA & 1 x 8mm MG.
791 B 1 x 47mm CAN & 1 x 8mm MG.
792 B 1 x 20mm AA & 1 x 8mm MG.
793 B 1 x 20mm ATR & 2 x 8mm MG.
794 B 2 x 8mm MG.
797 B 1 x 20mm AA & 2 x 8mm MG.
798 B 1 x 20mm ATR & 1 x 8mm MG.

SPA
TL37
Camionetta
AS
? 1 x 47mm CAN.
? 1 x 20mm AA.

Sahariana com canhão Breda AA/AT 20mm


Sahariana com canhão CAN de 47mm

Sahariana com Rifle Solothurn de 20mm


Camionetta SPA TL 37 com canhão CAN 47mm

Camionetta SPA TL 37 com canhão Breda de 20mm

O sucesso da Sahariana foi continuado pela versão AS-43, também


conhecida como Sahariana II ou Metropolitana. Ela entrou em serviço no final
da Campanha Africana e, mais tarde, foi utilizada na Itália e no Continente
Europeu. As modificações mais evidentes em relação ao modelo original eram a
ausências das fileiras laterais superiores de jerry-cans, substituídas por um grande
bagageiro e a substituição dos pneus por outros, mais reforçados.

Camionetta Sahariana II AS-43


Com os excelentes resultados obtidos pelo primeiro grupo contra os ingleses,
quatro novas unidades foram criadas, chamadas Compagnie Arditi Camionettisti
(Companias de Carros de Incursão), com mais ou menos 100 soldados cada. Estas
unidades eram equipadas e estavam baseadas conforme se segue:
Unidade Veiculos Base de Operações
103ª Baseados no Norte da África, atuando nas regiões
24 x AS 42
Co.Ard.Camion. de Sfax e Tunisia central.
112ª 24 x AS 43 Baseados na Sicília, mas não combateram contra a
Co.Ard.Camion. (Sahariana II) Invasão Aliada.
113ª Baseados na Sicília, mas combateram contra a
24 x AS 42
Co.Ard.Camion. Invasão Aliada.
Baseados em Roma e aparentemente não entraram
123ª 24 x AS 42
em ação. (embora alguns elementos combateram os
Co.Ard.Camion. and AS 43
alemães após o Armistício).

Cada uma dessas Companhias consistia de um pequeno QG e mais 3


pelotões de Saharianas, sendo que cada pelotão tinha 8 Saharianas cada. Estas
unidades eram empregadas em Reconhecimento profundo e caça aos LRDG e SAS.
Elementos da 103ª aparentemente estiverem na Campanha do Kasserine. Após o
Armistício de 18 de setembro de 43, os Grupos aparentemente foram dissolvidos,
embora a 123ª Companhia tenha participado da limpeza dos alemães de Roma. A
RSI (Republica Socialista Italiana) mais tarde utilizou as poucas remanescentes AS-
42 e AS-43.

Sahariana II AS-43 camuflada em Roma - 1943

Após a Guerra, outras 7 Saharianas (aparentemente, as sobreviventes de


toda a produção) foram usadas para equipar a 20° Destacamento Móvel de Polícia,
geralmente pintadas em vermelho-óxido, onde foram usadas até 1954.
Infelizmente, nenhuma Sahariana sobreviveu até os dias de hoje.
Especificações Técnicas:
Motor: SPA-Abm 6 cilíndros em linha, traseiro, a gasolina, de 4995cc e 80 HP

Transmissão: Caixa de marchas manual de 6 marchas a vante e 4 a ré; Rodas dianteiras e traseiras
esterçantes, com eixos individuais e diferencial central blocante, 4x4.

Sistema de arrefecimento: Radiador duplo com duas hélices

Pneus: normalmente 9.25 x 24 ou 11.25 x 24.

Reservatório de Combustível: 2 ( frontal e traseiro); 200 lts em cada

Autonomia : 800 kms

Peso :4.5 ton

Comprimento: 5.62 m

Largura: 2.26 m
Altura: 1.80 m

Velocidades máximas: 80 km/h em estrada; 56 Km/h em deserto

Produção: de 120 a 150 unidades (?).

O kit:

O kit vem embalado em uma caixa de papelão fino, de abertura tipo "flip",
estranha aos padrões Italeri. A gravura da tampa é muito bonita, representando a
versão do kit:

No interior da caixa, as árvores das peças injetadas em estireno marrom-


deserto, estão acondicionadas em sacos plásticos selados individuais, com caixinhas
de acetato com peças de estireno mais delicadas. Algumas peças do motor, em
estireno, são extremamente finas e a árvore fica presa na caixinha de acetato
(setas), impedindo sua movimentação e, conseqüente quebra.
Em outra caixinha, as peças de resina (poliuretano bege claro, extra-macio)
em saquinhos zip-lock, com o motor, transmissão, radiador e duas figuras. A
injeção da resina é de ótima qualidade. Não achei uma bolha sequer... Mas a
embalagem não consegue impedir o dano do transporte. Uma de minhas figuras
veio com a aba do boné quebrada, mas foi facilmente reparada com superbonder,
pois a porção da peça quebrada estava intacta no saquinho.

Orgânico ao kit, uma ótima folha de photo-etched de boa espessura, com os


suportes de jerry-cans, calhas de areia e demais acessórios.
O kit apresenta uma pequena folha de decais (2 opções de veículos) e uma folinha
de acetato, para a transparência.

Uma coisa interessante é a presença de um livreto com o histórico e fotos da


Sahariana, além do livreto de instruções. É algo bem útil, pois a bibliografia deste
modelo é bem difícil de ser "garimpada". E, sem dúvida, mais completo que as
(lindas) folhas coloridas da Trumpeter...
Completam o kit 5 pneus de vinil, muito bem moldados e injetados, com
uma pequena rebarba de fabricação (veja seta):

Após conferir todas as peças e o manual de instruções, uma decepção: a


Italeri não lançou a versão com o canhão CAN 47 que apareciam nas fotos de pré-
lançamento dos Shows de Modelismo Internacionais. Deve ser uma estratégia de
lançamento futuro ou como venda de opcional...

Sahariana em pré-lançamento. Observe o pedestal e o canhão de 47mm...


A injeção é muito boa, com ausência de flashs e outras rebarbas mais
severas. Alguns pins de injeção, mas a maioria estrategicamente colocada em
regiões escondidas ou que receberão peças por cima. O folheto de instruções é
claro e objetivo, sendo que iniciei a montagem do kit pelo chassi:

As peças são muito bem alinhadas e injetadas, com o manual dando


informações precisas. Muito cuidado na montagem das suspensões, pois o
alinhamento aqui é fundamental:

Um erro pode alterar o posicionamento das rodas e o empenamento do kit,


no final. Os espelhos das rodas, após colados, evidenciam o alinhamento do kit
sobre uma base plana. Um macete é você ter sempre à mão um bloquinho de
madeira ou de vidro para testar o alinhamento e a horizontalidade de seu veículo:

No meu caso, uso um bloco de madeira leve, que permite a visualização do


modelo por diversos ângulos. Em seguida, comecei a montagem do motor e de
seus anexos. Como já tinha dito, a resina de poliuretano é simplesmente fantástica:
Colei a transmissão ao bloco (cianoacrilato) e as tubulações ao bloco do motor,
também com cianoacrilato. O tanque de gasolina e o de óleo são de estireno, mas
os radiadores são de resina, também...

Quando for colar o conjunto de polias ao bloco do motor, corte o


comprimento dos pinos de estireno, de maneira que as polias encostem e fiquem
faceando a porção dianteira do bloco do motor. Os pinos são muito longos e um
pouco finos. Veja a figura abaixo:
Este conjunto deveria ser instalado agora, de acordo com o Manual, mas vou
instalar mais tarde, pois vou pintar o interior do kit e promover o wash pesado da
baia do motor, para depois instalar a motorização. Uma alteração na ordem de
montagem deve sempre ser muito bem pensada, pois alguns "pepinos" podem
advir mais tarde, ainda mais para modelistas novatos. Cuidado, portanto... Mas
vamos lá... Montagem das laterais da Sahariana...

Após a montagem, fiz um dry-run do conjunto motor-transmissão na porção


traseira do chassi da sahariana e, como já tinha comentado, pepinos acontecem: o
diâmetro da capa da embreagem entre o motor e a transmissão impedia o conjunto
de entrar no seu sítio. Nada mais fácil: cortei as bordas da caixa da embreagem e
fiz caber.

Heresia gritam os puristas......

Puááá´... É uma região que fica totalmente invisível no kit, tanto por dentro do
cofre do motor como olhando por baixo... Se bobear, é até dispensável a colagem
da transmissão... Mas não vamos ser tão heréticos assim... Fotos do planejamento
cirúrgico:

E o conjunto devidamente instalado em seu lugar. Repare, é apenas um dry-


run... A peça em forma de alça também só esta encaixada para permitir a
comprovação de todos os ajustes necessários... Repare que na porção frontal da
AS-42 ainda não montei os componentes do cockpit de pilotagem...
Dry-run dos radiadores. Os orifícios das hélices de arrefecimento encaixam
nos pinos das polias, na porção frontal do motor.

Ao ajustar a tampa traseira do compartimento do motor, reparei que as


frestas de refrigeração desta tampa são muito toscas, sem detalhes...Resultado:
desgaste interno com Dremel e scrib externo, para permitir o "vazamento" das
grelhas de ar...O aspecto ficou muito mais coerente com o real e despendeu apenas
uns 20 minutos de trabalho cuidadoso...Uma pechincha em relação ao resultado
final.

Optei em montar todas as peças internas da Sahariana para poder fazer


uma pintura interna e um detalhamento da sua porção interior, antes de fazer a
exterior. Por isso, não segui a ordem de montagem do manual de instruções.
Baseado nisto, resolvi montar o pedestal do canhão Breda de 20mm. Ao estudar as
instruções, reparei que o canhão apenas se encaixa em sua estativa, o que é um
perigo, pois qualquer manipulação do modelo pode derrubá-lo. A outra opção seria
colar o Breda em uma posição estática, o que não me deixou satisfeito. Resolvi
permitir a sua rotação livremente, em seu eixo. Repare na foto abaixo que as duas
peças circulares são a base do canhão e a cônica, o pedestal. A peça circular do
meio faz parte da estativa (pedestal) do canhão. Minha solução foi aquecer um
instrumento e promover uma "bossa" na porção do pino que sobra da estativa
(detalhe da foto abaixo):

Mas antes, testei o conjunto para ver se daria certo. Tudo Ok !!

Como disse anteriormente, aqueci, em lamparina (Cuidado!) um cabo de


instrumento e o comprimi contra a porção do pino que sobrava, na estativa. Com o
material ainda quente, apertei com o dedo o plástico e conformei a bossa...
Eis o resultado final. Bossa formada, permitindo rotação e retenção ao
mesmo tempo... Próxima etapa: colagem da porção da estativa ao pedestal.

Esta etapa deve ser executada com muito cuidado, para a cola não atingir a
porção interna, o que imobilizaria a rotação do canhão. Voilaááá. Após o teste de
rotação livre, colei o pedestal ao veículo e iniciei a pintura de seu interior e do
conjunto mecânico.

A pintura foi muito facilitada pela característica montagem de sub-conjuntos.


Eis ai embaixo o teste de adaptação do motor, já pintado e envelhecido, na porção
traseira da Sahariana. reparem que o interior da mesma já foi pintado e
caracterizado com washes em preto e em marrom, para simular terra e sujeira. O
radiador foi pintado em preto fosco e se submeteu à um dry-brush.

Na porção frontal do veículo, montagem das peças de pilotagem, com


exceção do banco do motorista (outra alteração em relação ao Manual de
instruções). Após a pintura, aplicação da decal do painel de instrumentos, com uso
de um softer de boa procedência. O resultado ficou muito bom... Reparem na
complexidade das peças no cofre do motor. Se alguma peça estiver fora de
alinhamento, nada se encaixa... Cuidado nesta etapa...
Detalhe do painel de instrumentos. Este painel apresenta relevos em sua
superfície e o softer faz com que a decal se adapte perfeitamente ao relevo dos
instrumentos!

Vista por outro lado do cofre do motor e do envelhecimento do habitáculo da


AS-42. A ausência do canhão e dos bancos facilita o envelhecimento e os washes.
Enquanto a carcaça do carro seca, vou cuidar das calhas de areia, dobrando
os photo-etcheds conforme as instruções. Usei uma pequena morsa para me
auxiliar na tarefa:

Resultado final... Raspei o interior das calhas, para simular desgaste. A


próxima providência é amassar um pouco as bordas, que ficaram retas demais... E
meu veículo, como sempre, é bastante usado... Nestes sulcos e depressões, mais
tarde, será feito o envelhecimento mais pesado...
Colagem da porção superior do focinho da Sahariana...Biíta !!!

Como já tinha dito antes, optei em não seguir o Manual. Fui montando e
limpando subconjuntos, para facilitar principalmente a pintura do kit no final. Na
figura abaixo, as fileiras de jerry-cans, que são fundidos entre si (pena...) em
fileiras de cinco, e demais componentes do Carro.

Optei pela montagem do Sahariana com os bancos internos abertos e,


portanto, os montei neste posicionamento para posterior pintura e montagem no
chassi. Os demais photo-etcheds foram dobrados e montados. Os PE dos suportes
dos jerry-cans de água são bem fáceis de serem dobrados e montados. Recomendo
o uso de um ferro de solda de 40W e solda de baixa fusão para permitir uma
montagem mais segura, pois o metal é bem espesso e as dobraduras são
intricadas, mas o Manual demonstra, passo a passo, este esquema. Nas setas
abaixo, o posicionamento das soldas a estanho. O uso de um par de jerry-cans
como gabarito é essencial na montagem destes racks.

A colagem dos racks de água foi feita com cianoacrilato. Não resisti e fiz um
dry-run com as rodas e pneus da Sahariana, para ver se estava tudo bem... É um
veículo extremamente bonito, charmoso, com um visual totalmente diferente.
Detalhe: lembram-se das marcas de injeção e fundição nos pneus de borracha?
Foram removidas facilmente com uma ponta abrasiva montada na Dremel,
desgastando o filete de borracha até chegar na banda de rodagem normal. Dá até
um aspecto rodado nos pneus da AS-42.
Demais subconjuntos, em processo de limpeza e colagem. O armamento é
muito detalhado e a injeção apresenta poucos pins de injeção.

Com os subconjuntos pintados e "washados", iniciei a montagem final da


Sahariana. Optei em deixar o capo do motor aberto, portanto abri as duas portas
de acesso para cima. O canhão Breda é uma jóia, em si. Os jerry-cans de cores
diferentes foram inspirados em fotos originais, em que se apresentam de diversas
origens estes tanques. Uma coisa que não percebi nas fotos originais era o padrão
alemão de se marcar os jerry-cans de água com uma cruz branca. Como não vi
fotos italianas com este detalhe, não fiz no meu kit.

O veículo foi pintado com tinta Duco amarelo-deserto claro, que obtive
copiando uma cor Tamiya desert-yellow mais clara. O kit foi todo envernizado com
verniz brilhante para permitir a técnica de wash e envelhecimento com mais
propriedade. O wash foi executado com óleos preto e marrom. Os faróis foram
montados na porção anterior. Vi alguns kits com fiação nestes faróis, mas não
encontrei correspondência nas fotos dos verdadeiros. Acho que a fiação era interna,
nos pedestais dos faróis. Vou optar por colocar coberturas de lona nas lentes dos
faróis. O kit oferece esta opção.
Para manter as tampas do motor abertas, optei em fazer um cinturão de
couro, com fita crepe, entre as alças do motor. Se eu me chamasse Vincentinni e
fosse Tenente do Ragruppamento Sahariano, faria isto com a minha Sahariana,
para manter o motor mais fresco, capisce ???
Na figura abaixo, o resultado final desta minha invenção. Reparem que o kit
já está pronto, com um envelhecimento que prioriza a poeira e o desgaste, mas
não a oxidação. Embora no ambiente desértico esta ocorra, é em menor grau...
Mas é o chipping quem manda, em termos de weathering, no ambiente desértico.
Reparem no escapamento, bem queimado, e nas calhas de areia, que empenei para
simular uso e desgaste...

E, finalmente, a Sahariana pronta. Optei pelo pára-brisa erguido e toda a


área envidraçada. Os pneus, de borracha, não usaram muito wash, com medo do
derretimento típico da Italeri. Apenas fiz uma "empoeirada" pela técnica do EPA.
As decais (excelentes!) foram aplicadas com a técnica do Future, exceto a
do painel, conforme citado anteriormente. Optei pelas marcações da Sahariana
792 pela ausência da bandeira Italiana sobre o capô traseiro. Todo o veículo
recebeu uma camada de verniz fosco Acrilex, ao final.
A única coisa que acrescentei, fora do kit, foi a corrente no focinho dela,
baseada em uma foto real.
Conclusão:

O kit eu considerei espetacular. De montagem tranqüila e agradável, com


uma qualidade similar aos melhores modelos das melhores marcas. Não vem com
aquela orgia de peças extras, como os Dragon, por exemplo, mas é um kit bem
feito, mesmo levando em conta o seu preço. E a máquina que representa é um
senhor acréscimo a qualquer coleção.

ALTAMENTE RECOMENDÁVEL!!!

Nível de dificuldade: médio

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