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12.

COMPETÊNCIAS E
HABILIDADES: PROPOSTA
DE INTERVENÇÃO EM
TEXTOS
DISSERTATIVO-
ARGUMENTATIVOS

In ê z G o m e s G u e d e s 1
Po li an a Mari a Alve s 2

INTRODUÇÃO
Diversos documentos oficiais relativos à educação no Brasil, como as diretrizes curriculares nacionais,
os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), seguindo uma
tendência mundial, incluem a necessidade de focar o ensino e a aprendizagem no desenvolvimento
de competências e habilidades pelo aprendiz, em vez de centrá-los em conteúdos conceituais.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a fim de atender a essa demanda, objetiva mensurar
competências, que são modalidades estruturais da inteligência, e habilidades básicas a serem
desenvolvidas e transformadas no processo de ensino e aprendizagem nas escolas de Ensino
Médio. Esse exame busca verificar se os resultados do desempenho dos participantes permitem
a identificação de lacunas a serem preenchidas no aprendizado e de potencialidades que esses
participantes podem apresentar.

1 Servidora técnico-administrativa da Universidade de Brasília (UnB). Mestra em Linguística pela Universidade de


Brasília (UnB). Especialista em Direito Penal (Universidade Cruzeiro do Sul). Advogada (OAB-DF). Bacharela em Direito
(IESB).
2 Professora Associada do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas da Universidade de Brasília (UnB).
Doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp). Mestra
em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB).
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Philippe Perrenoud (1999) define competência como a faculdade de mobilizar um conjunto


de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações etc.) para solucionar, com
pertinência e eficácia, uma série de situações vinculada a contextos culturais, profissionais e
condições sociais. Sob esse enfoque, a escola, cujo currículo é norteado pelas competências,
seria o agente responsável por preparar cada aprendiz para atuar na sociedade.

Por sua vez, os documentos oficiais do Enem definem competências como

as modalidades estruturais da inteligência, ou melhor, ações e operações que


utilizamos para estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos e
pessoas que desejamos conhecer (BRASIL, 2000: 5).

Em síntese, Ropé e Tanguy (1997) conceituam competência como o conjunto de


conhecimentos, qualidades, capacidades e aptidões que habilitam para a discussão, a
consulta, a decisão de tudo o que concerne a um ofício, supondo conhecimentos teóricos
fundamentados, acompanhados das qualidades e da capacidade que permitem executar
as decisões sugeridas. Desse modo, ser competente está relacionado ao saber-fazer, ou seja,
à aplicabilidade e à contextualização dos afazeres, à mobilização de saberes, à ampliação
de conceitos e conhecimentos, à capacidade de utilizar ativamente determinado recurso
na prática social, sabendo elencar meios para intervir na resolução de problemas.

De acordo com os especialistas da área, cujos estudos foram apropriados pelos documentos
oficiais do Enem, a noção de competência está vinculada à noção de habilidade, isto é,
“as habilidades decorrem das competências adquiridas e referem-se ao plano imediato do
‘saber-fazer’. Por meio das ações e operações, as habilidades aperfeiçoam-se e articulam-
se, possibilitando nova reorganização das competências” (BRASIL, 2000: 05).

Conforme Perrenoud (1999), as competências são traduzidas em domínios práticos das


situações cotidianas que necessariamente permitem a compreensão da ação empreendida
e do uso a que essa ação se destina, e as habilidades são representadas pelas ações em si,
ou seja, pelas ações determinadas pelas competências de forma concreta. As habilidades
situam-se no plano objetivo e prático do saber-fazer e decorrem, diretamente, das
competências adquiridas, que se transformam em mais habilidades. A competência é
mais ampla do que a habilidade e, consequentemente, pode ser constituída por diversas
habilidades, como está definido na Matriz de Referência para Redação do Enem. Portanto,
na elaboração da redação, lança-se mão de competências compostas de várias habilidades
cognitivas simultâneas, de modo que uma mesma habilidade pode contribuir para
diferentes competências.

De acordo com o Relatório Pedagógico 2009-2010 do Enem (2013: 17), as matrizes


de referência do Enem, tanto a geral quanto a de redação, “fornecem constructos
teóricos e indicações de conteúdos” e “asseguram maior transparência ao processo de
avaliação”. Essas matrizes

estão estruturadas por dois vetores orientadores: os Eixos Cognitivos e as


164 Competências de área. O primeiro, comum a todas as áreas de conhecimento,
corresponde a domínios da estrutura mental e funciona de forma orgânica e
integrada às Competências de área. O segundo vetor organiza as Habilidades à luz
das especificidades curriculares em cada uma das áreas do conhecimento.

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Assim, “Cada uma das cinco competências que estruturam o exame, embora correspondam
a domínios específicos da estrutura mental, funcionam de forma orgânica e integrada”
(BRASIL, 2015: 16).

Na Matriz de Referência geral, são mobilizadas cinco modalidades estruturais da


inteligência — que se inter-relacionam com os eixos cognitivos que embasam o exame
—, as quais correspondem, sucintamente, à capacidade de: (a) operar mentalmente
diversas linguagens abstratas e fazer uso delas, a qual se refere ao eixo cognitivo I —
Dominar linguagens; (b) utilizar e manipular conceitos e procedimentos específicos
para compreender os fenômenos, capacidade essa relacionada ao eixo cognitivo
II — Compreender fenômenos; (c) resolver problemas, referente ao eixo cognitivo
III — Enfrentar situações-problema; (d) discutir e analisar estruturas argumentativas,
capacidade relativa ao eixo cognitivo IV — Construir argumentação; (e) transformar a
teoria em propostas e aplicações prático-concretas, capacidade condizente com o eixo
cognitivo V — Elaborar propostas (BRASIL, 2005).

Os eixos cognitivos, que resultam da associação de várias competências e habilidades


adquiridas na vida escolar, familiar e em sociedade, relacionam-se às capacidades
desenvolvidas pelo aprendiz de mobilizar o conhecimento que ele adquiriu para
compreender o mundo, resolver problemas e atuar de forma cidadã, ética e responsável na
realidade social (na sociedade ou em sua comunidade).

Dos eixos cognitivos mencionados, dois deles interessam mais à Competência V da Matriz
de Referência para Redação do Enem: o eixo cognitivo “Elaborar proposta”, que se refere à
Competência V propriamente dita, pressupõe recorrer aos conhecimentos desenvolvidos
ao longo da formação escolar do aprendiz para a elaboração de propostas de intervenção
solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade
sociocultural. Esse eixo cognitivo coaduna-se a “Enfrentar situações-problema”, eixo
cognitivo referente à Competência III, o qual é correlacionado à capacidade do aprendiz de
colher dados e informações de diferentes fontes, relacioná-los, organizá-los e interpretá-los
para tomar uma decisão eficiente frente a uma questão problemática, demonstrando sua
habilidade de encontrar saídas para determinada situação e sua predisposição de enfrentar
desafios e superar obstáculos, com foco no objetivo que lhe foi dado.

Assim, na avaliação, espera-se que a proposta de intervenção social seja coerente, esteja
vinculada ao eixo argumentativo do texto e respeite a diversidade sociocultural, sem
qualquer forma de discriminação, coopere para o desenvolvimento humano, garanta a
segurança jurídica, valorize a democracia, defenda o meio ambiente (responsabilidade
socioambiental), identifique as conquistas sociais dos brasileiros, entre outros aspectos
valorativos.

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A COMPETÊNCIA V — ELABORAR PROPOSTA DE


INTERVENÇÃO PARA O PROBLEMA ABORDADO,
RESPEITANDO OS DIREITOS HUMANOS
No Documento Básico do Enem (1998), as habilidades mencionadas reportam-se à
Competência V, que, conforme é definida na Matriz de Referência para Redação do Enem,
demanda explicitamente a elaboração de uma proposta — cujo objetivo seja intervir no
problema focalizado — que respeite os direitos humanos. Essa proposta tem em conta
a preparação do aprendiz para intervir solidariamente na realidade social, considerando-
se valores éticos de cidadania relacionados às dimensões social, histórico-geográfica,
política, econômica e científica dessa realidade. Conforme o documento que traz a
fundamentação teórico-metodológica do Enem (BRASIL, 2005), a Competência V “requer o
domínio das demais [competências], que estão voltadas para a formação intrínseca do ser,
instrumentalizando-o para o exercício da cidadania” (p. 94).

Nesse sentido, a Competência V deve ser avaliada sob dois focos: a elaboração de proposta
de intervenção social para o problema abordado e o respeito aos direitos humanos. É
imprescindível avaliar, então, se foi elaborada proposta de ação prática e consistente nos
vários âmbitos de atuação na realidade social, congregando os seguintes atores/agentes,
entre outros: governo, iniciativa privada, comunidade (ONG, igreja, associação de bairro),
mídia, escola, família, indivíduo. A avaliação deverá considerar a objetividade, a clareza, a
abrangência, a fundamentação, a argumentação e a plausibilidade das ações sugeridas.
Assim, propostas vagas, superficiais, confusas, pouco abrangentes, pouco plausíveis e
pouco relacionadas ao tema ou ao assunto vão perdendo pontos de acordo com uma
escala de qualidades que vai da inexistência de proposta e da proposta vaga, precária ou
relacionada apenas ao assunto até uma proposta detalhada, muito bem fundamentada,
relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

Os níveis da Competência V contemplados na Matriz de Referência para Redação do Enem


são, em síntese, os seguintes:

• Nível 0 — O texto não apresenta proposta de intervenção ou apresenta proposta não


relacionada ao tema ou ao assunto.1

• Nível 1 — A proposta é vaga e precária ou está relacionada apenas ao assunto.

• Nível 2 — A proposta está relacionada ao tema, mas é elaborada de forma insuficiente


ou não está articulada à discussão desenvolvida no texto.

166 1 Ressalte-se que, a partir do Enem 2017, o nível 0 da competência V passou a englobar, também, a proposta
de intervenção que desrespeita os direitos humanos. Em edições anteriores, o edital do Enem previa que a
redação enquadrada na situação “Fere direitos humanos” seria anulada.

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• Nível 3 — A proposta está relacionada ao tema, é articulada à discussão desenvolvida


no texto e é elaborada de forma mediana.

• Nível 4 — A proposta está relacionada ao tema, é bem elaborada e é articulada à


discussão desenvolvida no texto.

• Nível 5 — A proposta está relacionada ao tema e, além de estar articulada à discussão


desenvolvida no texto, é muito bem elaborada e, também, detalhada.

A partir da Matriz de Referência e com vistas a uma avaliação isonômica e objetiva dos
textos produzidos pelos participantes, estabeleceu-se uma Grade Específica com seis níveis
(0 a 5) para a avaliação desses textos. Conforme essa grade, a proposta de intervenção deve
apresentar elementos relacionados com a argumentação textual, tais como ação, agente,
modo/meio de execução, efeito (e detalhamento). Mesmo que o participante apresente
muitas propostas de intervenção em seu texto, a finalidade é avaliar, dentre essas, a mais
efetiva e que esteja atrelada à argumentação desenvolvida em seu texto.

No quadro subsecutivo, são relacionadas perguntas para orientar a avaliação de cada um


dos seis níveis da Competência V, aplicável a qualquer tema de redação proposto no Enem.

Quadro de perguntas

Nível Perguntas

O texto apresenta proposta de intervenção? Não


0 A proposta de intervenção apresentada está relacionada ao tema ou ao assunto? Não
A proposta de intervenção apresentada fere os direitos humanos? Sim
A proposta de intervenção está apresentada em texto que tangencia o tema? Sim
A proposta de intervenção apresentada apenas elemento(s) não evidenciado(s) no
1
texto? Sim
A proposta de intervenção não explicita ação(ões)? Sim
A proposta de intervenção está relacionada ao tema e explicita ação(ões) e outro
elemento (agente, modo/meio de execução, efeito e detalhamento)? Sim
2
A proposta de intervenção está relacionada ao tema, mas não é articulada à discussão
desenvolvida no texto? Sim
A proposta de intervenção está relacionada ao tema e à discussão desenvolvida
no texto com explicitação de ação(ões), agente(s) e modo/meio de execução e
3 detalhamento? Sim
A proposta de intervenção está relacionada ao tema e à discussão desenvolvida no
texto com explicitação de ação(ões), agente(s), efeito e detalhamento? Sim
A proposta de intervenção está relacionada ao tema e à discussão desenvolvida no
4 texto com explicitação de ação(ões), agente(s), modo/meio de execução, efeito ou
detalhamento? Sim 167
A proposta de intervenção está relacionada ao tema e decorre da discussão
5 desenvolvida no texto com explicitação de ação(ões), agente(s), modo/meio de
execução, efeito e detalhamento? Sim
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No enunciado da prova de redação do Enem, requer-se do participante a elaboração de


proposta de intervenção social para o enfrentamento do problema abordado na temática
prevista para cada edição, proposta essa que deve respeitar os direitos humanos. Conforme
foi visto, essa proposta de intervenção integra a Competência V da Matriz de Referência
para Redação do Enem.

Para que a avaliação da redação seja feita da forma satisfatória e mais objetiva possível,
é de bom alvitre que se informe o que vem a ser proposta de intervenção. Segundo os
dicionários de linguagem geral, o termo proposta está relacionado a proposição, que se
refere a “sugestão que se faz sobre alguma coisa”, “ação ou resultado de propor”, “aquilo
que se propõe, que se oferece”. Por sua vez, o verbo “propor” refere-se a “apresentar
como sugestão ou opção”; “sugerir”. Intervenção significa ato ou efeito de intervir —
atuar com o intuito de influir sobre questão ou matéria — e indica uma intercessão ou
mediação em alguma situação adversa, um enfrentamento de uma situação posta, de um
problema abordado, uma manifestação com o intuito de causar alguma modificação na
realidade social. Para elaborar a proposta de intervenção, deve-se identificar o problema e
disponibilizar meios de enfrentá-lo.

Segundo os eixos cognitivos do Enem, conforme mencionado anteriormente, elaborar


propostas corresponde a “recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para
elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores
humanos e considerando a diversidade sociocultural”.

Assim, a proposta de intervenção para a situação-problema configura-se como uma


oportunidade para que o participante demonstre o exercício da cidadania ativa, que é
preconizado em textos oficiais, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)
— Lei nº 9.394/1996 — e os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM).

No art. 35 da LDB, que estabelece as finalidades do Ensino Médio, destaca-se, no


inciso II, “a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando como pessoa
humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico”.

No texto que trata das bases legais dos PCNEM (2000a, p: 14), registra-se que

A perspectiva é de uma aprendizagem permanente, de uma formação continuada,


considerando como elemento central dessa formação a construção da cidadania
em função dos processos sociais que se modificam. [...] Prioriza-se a formação
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.

Com isso, observa-se que a competência V estaria em consonância com os PCNEM, na


medida em que esses afirmam: “Diante desse mundo globalizado, que apresenta múltiplos
desafios para o homem, a educação surge como uma utopia necessária indispensável
168 à humanidade na sua construção da paz, da liberdade e da justiça social” (2000a, p. 14).
Esse fundamento vincula, no processo de avaliação da Competência V, a forma como o
participante se posiciona diante de determinada situação-problema, ao

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elaborar propostas de intervenção que condizem com os direitos humanos, o que o revela
como um cidadão crítico, criativo e participativo. Sob esse viés, a cidadania compreende
a participação social e política, de exercício de direitos e deveres civis, sociais e políticos,
que possibilita ao participante demonstrar, na elaboração da proposta, atitudes de
solidariedade, de cooperação, de não discriminação e de repúdio às injustiças, respeitando
o semelhante e exigindo para si o mesmo respeito.

Em síntese, o fato de a Matriz de Referência para Redação do Enem destinar uma


de suas cinco Competências para avaliar a proposta de intervenção elaborada pelo
participante coaduna-se com as conquistas resultantes da luta pelos direitos humanos,
nos diversos âmbitos de atuação — social, cultural, político, jurídico etc. —, o que indica
que o sistema educacional formal, especialmente o Ensino Médio, busca uma educação
geral, ajustada à contemporaneidade, com foco na construção de competências e de
habilidades que possibilitem o desenvolvimento do cidadão crítico e consciente de sua
atuação na realidade social.

CONFIGURAÇÃO DA PROPOSTA EM RELAÇÃO


AOS DIREITOS HUMANOS
Ao se avaliar a proposta de intervenção elaborada, deve-se considerar, inicialmente, o
respeito aos direitos humanos. Por se tratar de temática sensível e que pode provocar a
redução da nota do participante na redação do Enem, o avaliador precisa compreender
alguns fundamentos, preconizados, sobretudo, no Plano Nacional de Educação em
Direitos Humanos e nas Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos,
independentemente da proposta de redação que se apresente.

O respeito aos direitos humanos é uma questão bastante delicada, haja vista que se lida não
só com um direito, mas com princípios e direitos consagrados na Declaração dos Direitos
do Homem e do Cidadão1 , de 1789, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de
1948, nos tratados de que o Brasil é signatário — como é o caso do Pacto Internacional
sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, adotado pela ONU em 1966 e promulgado,
no Brasil, pelo Decreto no 591, de 6 de julho de 1992, e da Convenção Americana de Direitos
Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), de 1969 —, na Constituição Federal de 1988 e
nas Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos.

De acordo com o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, “A


educação deve orientar-se para o pleno desenvolvimento da personalidade humana e do
sentido de sua dignidade, e deve fortalecer o respeito pelos direitos humanos e pelas

1 No Artigo 1.º da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, estabelece-se que “Os homens nascem e
são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundar-se na utilidade comum”. A Declaração dos 169
Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, serviu de base para a Declaração Universal dos Direitos Humanos,
adotada e promulgada pela Resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro
de 1948.

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liberdades fundamentais” (art. 13, § 1.º). Desse modo, o sistema educacional deve trabalhar
na defesa, na promoção, no enfrentamento e no combate a violações dos direitos humanos
no Brasil.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos traz, em seu artigo 1.º, que “Todos os seres
humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência
e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”, ratificado pelo texto
da Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, que, em seu artigo 5.º, optou
por “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”, o que significa que todos (e cada um)
deverão ser considerados em sua condição de seres que já nascem dotados de liberdade e
de igualdade em dignidade e direitos.

No artigo 3.º das Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos — Resolução
CNE/CP n.º 1, de 30 de maio de 2012 —, cuja finalidade é a de promover a educação para
a mudança e a transformação social, estão estabelecidos os princípios que norteiam a
educação em direitos humanos, quais sejam:

I – dignidade humana;
II – igualdade de direitos;
III – reconhecimento e valorização das diferenças e das diversidades;
IV – laicidade do Estado;
V – democracia na educação;
VI – transversalidade, vivência e globalidade; e
VII – sustentabilidade socioambiental.

Assim, o questionamento que se faz é referente a como o participante lança mão desses
princípios ao elaborar a proposta de intervenção para o problema abordado de acordo
com a temática definida para a redação do Enem. O Caderno de Educação em Direitos
Humanos — Educação em Direitos Humanos: Diretrizes Nacionais, da Secretaria de Direitos
Humanos da Presidência da República (SDH/PR), publicado em 2013, explicita cada um
desses princípios:

• dignidade humana — refere-se ao respeito à honra de cada ser humano. Nesse


caso, devem-se propor ações que respeitem a dignidade de qualquer pessoa,
independentemente de raça/cor, gênero, classe social etc.;

• igualdade de direitos — vincula-se à justiça social e requer o tratamento igualitário entre


as pessoas, respeitando-se as necessidades individuais, dando a cada uma a atenção e a
importância que merece;

• reconhecimento e valorização das diferenças e das diversidades — refere-se à


diversidade, levando-se em conta que, ainda que as pessoas sejam diferentes, elas
170
devem ser respeitadas;

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• laicidade do Estado — inclui o respeito à liberdade religiosa. Como o Estado brasileiro


não possui uma religião oficial, todos têm direito às suas próprias crenças e, portanto,
não se deve impor crença, credo ou prática religiosa a outrem;

• democracia na educação — envolve os preceitos de liberdade, igualdade, solidariedade


e preservação dos direitos humanos, que fundamentam a construção das condições
isonômicas de acesso e permanência no sistema educacional formal;

• transversalidade, vivência e globalidade — aplica-se tanto à proposta de intervenção


social quanto à prática educacional, no sentido de que o participante pode fazer uso de
sua própria vivência para indicar soluções em âmbito local ou global;

• sustentabilidade socioambiental — incentiva o desenvolvimento sustentável e o


respeito ao meio ambiente, com vistas a preservá-lo para as futuras gerações.

Sob essa perspectiva, ao se avaliar a proposta de intervenção elaborada, espera-se que


o participante demonstre que o conhecimento construído ao longo de sua formação
educacional o preparou para o exercício consciente da cidadania, que constitui um dos
objetivos do Ensino Médio. Isso não significa dizer, quanto à apropriação dos princípios
norteadores da Educação em Direitos Humanos, que ele deva dominar saberes específicos
relativos aos direitos humanos.

Paralelo ao respeito aos direitos humanos, encontra-se o direito à liberdade de expressão


e manifestação de opinião, também preconizado nas cartas de direitos. A liberdade de
expressão é um direito humano, igualmente protegido pela Declaração Universal dos
Direitos Humanos e pelas constituições de vários países democráticos, inclusive pela
CF/1988. No artigo XIX dessa Declaração, afirma-se que “Todo ser humano tem direito à
liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter
opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e
independentemente de fronteiras”. Assim, liberdade de expressão é direito de qualquer
indivíduo manifestar, livremente, opiniões, ideias e pensamentos. Na Declaração de
Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, que fundamentou a Declaração Universal dos
Direitos Humanos, o direito de livre manifestação do pensamento está assim proclamado:

Art. 10. Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas,
desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.

Art. 11. A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do
homem. Todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo,
todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.

Ao se avaliar as redações, especialmente a proposta de intervenção, com a baliza do


respeito aos direitos humanos, está-se diante de dois direitos igualmente defendidos: o
respeito aos direitos humanos e a liberdade de livre manifestação de opiniões. O avaliador
171
poderá defrontar-se com situações em que a proposta se encontra no limiar entre o direito
que o participante tem de manifestar sua opinião e o fato de que a forma de se expressar

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pode ferir suscetibilidades ou contrariar opiniões do avaliador. Portanto, a avaliação da


proposta de intervenção dependerá da argumentação que o participante apresente para
defender seu ponto de vista.

No que se refere à afronta aos direitos humanos, deve-se tentar distinguir o que é um
discurso do senso comum daquilo que, explícita e deliberadamente, desrespeita a
dignidade da pessoa humana. Vale lembrar que, como princípio fundador do Estado
brasileiro (CF, art. 1.º, III), a dignidade da pessoa humana interessa não só pelo seu
caráter principiológico, mas, também, pelo seu relacionamento com os demais direitos
protegidos pelo Estado.

Há proposições que se identificam mais com as chamadas críticas veladas, dentro do senso
comum — entende-se por senso comum o lugar do discurso por onde circulam as ideias,
as opiniões do dia a dia, as formulações de pensamento socialmente admitidas, repetidas,
naturalmente aceitas, sem que sobre elas incida a desconfiança e a crítica. É sabido, no
entanto, que o senso comum veicula inúmeras formas de desrespeito e afronta aos direitos
básicos da pessoa humana, por meio do qual são divulgadas opiniões que, apesar do
conservadorismo, do emprego de clichês e do lugar-comum, não necessariamente se
configuram como afronta aos direitos que se querem ver protegidos.

Em muitos casos, a indignação manifesta-se em vários níveis (leis mais rígidas, pena de
morte, prisão perpétua). As propostas ficariam no âmbito das punições mais severas e
condenáveis do ponto de vista dos direitos humanos. Ainda que sejam inconstitucionais, o
participante poderá, entretanto, estar apenas manifestando sua opinião.

Esse tipo de proposição só será avaliado como proposta de intervenção que não desrespeite
os direitos humanos se decorrer de legitimação por um dos poderes constituídos ou de suas
instâncias e instrumentos — o Estado, por meio do Poder Legislativo, do Poder Executivo
e do Poder Judiciário, as autoridades legitimadas pelo Estado, as legislações etc. —, ou
seja, nesse caso, a aplicação da lei mais severa (pena de morte, pena de prisão perpétua,
tempo de cumprimento de pena mais prolongado, por exemplo, acima de 30 anos, que
é o limite da detenção penal no Brasil) não dependeria da vontade do participante, que
está exercendo o direito de expressar sua opinião. Em casos como esses, entende-se que
o participante recorre ao Estado como ente detentor do poder-dever de garantir a ordem
por meio de sua prerrogativa (embasada em seu poder de império) do direito de punir,
garantido por contrato social preestabelecido.

Em linhas gerais, defende-se que, para não se configurar como desrespeito aos direitos
humanos, a proposta de intervenção deve indicar alteração nas leis ou reconhecer a
sugestão de maior rigor nessas leis, mesmo que opine pela pena de morte e pela prisão
perpétua, ou, no mínimo, indicar um agente qualificado para o fim de aplicar a devida
172 punição ao agressor/infrator. Ressalte-se que a proposta de intervenção que sugira leis
mais severas, inexistentes em nosso ordenamento jurídico, como a pena de morte, não
pode estar seguida de sugestões como “acabar com os infratores”, “torturar, linchar, mutilar

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esses malfeitores”, “exterminar essa gente”, “deixar apodrecer na cadeia”, que pressupõem
desrespeitar a dignidade humana.

Em caso de desrespeito aos direitos humanos, a proposta de intervenção da redação do


participante receberá nota zero na Competência V. Serão configuradas como propostas
que desrespeitam os direitos humanos as que incitem qualquer tipo de violência, agressão
ou discriminação contra a pessoa; as que apregoem a supremacia de uns sobre outros, seja
do ponto de vista do gênero, da sexualidade, da classe social, da raça/etnia, da religião ou
do credo; as que atentem contra quaisquer aspectos da dignidade da pessoa humana; as
que atentem contra a integridade física ou moral dos defensores dos direitos humanos;
as que incitem a violência contra os infratores das leis de proteção aos cidadãos, como
linchamento público, tortura, mutilação, execução sumária ou privação de liberdade por
agentes não legitimados para isso.

Outro ponto importante a ser considerado, na elaboração da proposta de intervenção,


além do respeito aos direitos humanos, visto anteriormente, é o detalhamento da proposta.
Nesse sentido, uma proposta passível de ser enquadrada no nível 5 — nível máximo — da
Competência V, ou seja, que esteja relacionada ao tema, articulada à discussão desenvolvida
no texto, muito bem elaborada e detalhada, deve considerar a confluência de elementos
como ação(ões), atores/agentes envolvidos, além de apresentação de respostas para as
seguintes questões: “Como a ação pode ser viabilizada?” (modo/meio de intervenção);
“Quem poderia fazê-lo?” (atores/agentes envolvidos nos vários âmbitos de ação: individual,
familiar, comunitária, social, política, governamental, mundial); “Que efeitos estariam
implicados na proposta?” (para quê?). Espera-se que as respostas a esses questionamentos
estejam presentes na formulação da proposta de intervenção pelo participante de
maneira que, ao avaliar os níveis da Competência V, seja possível diferenciá-los, sobretudo
em relação aos níveis superiores, especialmente o nível 5, que exige o detalhamento da
proposta. Cada um desses elementos permitirá discernir entre uma e outra variável da
referida Competência. Assim, uma proposta muito bem elaborada é aquela que consegue
mobilizar os entes/atores/agentes para intervir na realidade social, como possível solução
para o problema focalizado.

O detalhamento da proposta deve permitir ao avaliador julgá-la do ponto de vista de sua


exequibilidade, ou seja, que ação deve ser indicada, quem pode executá-la (atores/agentes
envolvidos na proposta), como isso deve ser feito (modos/meios de realizar a ação) e com
que efeito (finalidade). A proposta de intervenção deve ser vinculada ao tema abordado
no texto e ter um encadeamento lógico (coerência na intervenção) com os argumentos
que devem ser evidenciados ao longo do desenvolvimento do texto. A proposta deve
ser realista, verossímil, plausível, crível, provável e viável/executável, ainda que em longo
prazo, isto é, passível de ser realizada de alguma forma.

O tema proposto para a redação do Enem é pautado por questões sociais relevantes e 173
mostra-se compreensível pela sociedade em geral, no sentido de que todos, de alguma

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forma, já foram expostos à discussão dessas questões, as presenciaram ou as vivenciaram,


além de que são temáticas que já vêm recebendo atenção da sociedade e dos governos.
A partir dos dados e das informações contidos nos textos motivadores, o participante é
chamado a considerar o problema, construir uma tese e desenvolver uma argumentação
compatível com a temática enunciada e que demonstre seu conhecimento de mundo
prévio com repertório sociocultural produtivo, de forma coerente e coesa, além de
elaborar uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os
direitos humanos.

Deve-se, então, elaborar uma proposta bem estruturada, que decorra dos argumentos
desenvolvidos no texto e que permita o enfrentamento do problema com vistas a uma
possível solução, o que não significa que essa proposta deva ser, necessariamente,
original ou inédita. A intervenção pode abranger medidas já sugeridas ou ampliar ações
já implementadas, a exemplo de aumentar o rigor de leis já promulgadas, fiscalizar a
execução de leis já existentes etc. É possível que o participante indique alguma ação que,
em algum lugar, já foi experimentada, como, por exemplo, a execução de um projeto que,
em outro país, tenha gerado resultado positivo e que possa ser transposto para a realidade
nacional. Esse fato não impede a valorização, pelo avaliador, do que foi proposto. É também
possível que o participante proponha projeto ou ação já existente, o que tampouco afeta a
avaliação da proposta, pois não é exigido que seja inédita.

Além de muito bem elaborada, tanto em seu aspecto formal — morfossintático — quanto
no âmbito da elaboração das ideias — atrelada aos argumentos desenvolvidos no do texto
—, a proposta de intervenção deve expressar a capacidade de compreensão da temática e
a abrangência/complexidade da questão social a ser abordada na redação, além de indicar
o encaminhamento das ações elencadas.

Considerando-se que o tema do Enem trata de uma problemática conhecida e discutida


em diversos âmbitos, espera-se a formulação de propostas de intervenção tanto em
planos institucionais e globais quanto em planos relacionados à atuação individual.
Como proposição para uma mudança significativa na realidade social, deve-se pensar
não só no plano global, mas em como cada indivíduo pode contribuir para que o
problema seja enfrentado. Assim, a avaliação leva em conta um somatório de aspectos
tanto quantitativo como qualitativo, ou seja, a proposta deve congregar atores/agentes
e proposições que contemplem os diversos âmbitos de atuação. Sob esse enfoque, a
proposta poderia apontar uma intervenção do poder público (legislador, governo,
magistrado, autoridades policiais) com vistas ao reforço de medidas de proteção ao
cidadão, em termos de segurança pública, e outra relativa ao indivíduo por meio
de sua participação efetiva em causas sociais, ou, ainda, poderia apresentar, para o
enfrentamento do problema, uma mudança geral, como campanhas de conscientização
e criação de leis não só para impedir a ocorrência do conflito, mas também para mudar o
174 comportamento dos indivíduos. Ressalte-se que as proposições elencadas devem conter
os meios de viabilização das ações de maneira detalhada e articulada aos argumentos
evidenciados ao longo do desenvolvimento do texto.

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