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COLABORADORES NACIONAIS
1.2
ARNALDO SÜSSEKIND
1. Normas internacionais
(1) OIT, “Les conflits de lois em matière de droit du travail” - Rapport géneral”, Genebra,
p. 110.
(2) “Actes du deuxième Congrés International de Droit de Travail”, Genebra, 1961.
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2. Direito brasileiro
O disposto no caput do art. 9.° da LICC, segundo o qual “para qualificar e reger
as obrigações aplicar-se-á a lei do país em que se constituíram”, poderia ensejar a
conclusão de que as obrigações ajustadas no estrangeiro deveriam ser reguladas
pela respectiva legislação, mesmo que tivessem execução em nosso território. Essa
regra, entretanto, é excepcionada pelo preceituado no art. 17 da mesma Lei:
“As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de
vontade, não terão eficácia no Brasil quando ofenderem a soberania nacional, a
ordem pública e os bons costumes.”
Ora, algumas das normas legais de proteção ao trabalho são de direito públi
co, portanto de ordem pública; outras, embora de direito privado, são cogentes ou
de ordem pública. Mas existem disposições relativas ao contrato de trabalho des
tituídas do caráter de ordem pública. Daí por que cumpre distinguir, no que tange
ao conflito de leis, as três fases da relação de emprego: constituição, execução e
cessação. E, se a lex loci executionis prevalece com pequenas exceções nas duas
últimas fases, ela só é aplicável em certas situações quanto à capacidade dos
contratantes e à forma do contrato.
(3) V. nosso livro Tratados ratificados pelo Brasil, Rio de Janeiro : Freitas Bastos, 1981,
p. 311 et seq.
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(4) Les conflits de lois em matière de contrats, Paris : Dalloz, 1938, p. 263.
(5) Traite de droit du travail, Paris : Dalloz, 1947, vol. I, p. 211-212.
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(10) Lineamientos de derecho dei trabajo, Buenos Aires : TEA, 1956, p. 79.
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