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Humana - Afetividade e Sexualidade
Humana - Afetividade e Sexualidade
“Amarás, portanto, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma,
de todo o teu entendimento e de toda a tua força”. Dt 6, 5
Sexualidade está ligado com o ato de ser homem e mulher, é o que define
a masculinidade e a feminilidade do indivíduo, criatura de Deus. Ou seja,
não tem nada a ver com ato sexual.
Afetividade
Jesus escolheu doze para ser sua comunidade, porém dos doze, Jesus dava
seu coração para três pessoas, Pedro, Thiago e João, com esses três Jesus viveu os
momentos mais difíceis, mas também os mais lindos de sua vida. Jesus amou cada um
de forma particular, assim como podemos fazer isso hoje. Um relacionamento de
namoro ou amizade sadio é SIM possível numa comunidade e deve acontecer. Essa
ideia de que não existe amizade entre homem e mulher por exemplo, certamente é um
problema de afetividade. Devemos amar a todos, Deus coloca no nosso caminho
pessoas que nos ajudam a viver mais profundamente um relacionamento com Ele.
Normalmente esses relacionamentos dados por Deus, começam na “briga”, porque se
escolhemos, sempre vamos escolher os mais bonitos, os melhores, os mais legais,
aquele que tem ideias parecidas com as minhas, porque temos sempre um interesse.
Nosso olhar devido ao pecado original é interesseiro, sempre quando escolhemos
vamos procurar os que podem nos acrescentar algo, nos dar algo, ainda que seja só
uma “visibilidade”. Porém se estamos aqui, é porque queremos ir além, é porque
queremos ser amados para amar com profundidade o outro.
Nossa afetividade é como uma bateria que precisa ser carregada e isso só
acontece no relacionamento, no contato com o outro. Amar alguém é deixar Deus
reinar no nosso coração através da vida do outro. Nosso amor só se torna maduro
quando somos capazes de amar na gratuidade, sem esperar nenhum retorno. Quando
sentimos alegria em poder amar alguém sem que essa possa fazer nada por nós. É
quando decidimos amar ainda que sejamos traídos, assim como Jesus que foi negado
por um dos seus três amigos mais próximos (Pedro). Para aqueles que são cristãos
devem manter a concórdia com os irmãos, mas para nós que somos chamados à um
caminho mais estreito com Jesus como consagrados a um carisma, parte de uma
comunidade que é chamada a ser expressão viva da misericórdia do Pai, devemos
subir ainda mais, amar mais, sair mais de si, dar sempre o primeiro passo no amor, não
dar desculpas, não esperar e não ter nenhum tipo de troca no amor. Esse é o caminho
de relacionamento afetivo para nós, sermos sinal onde estamos de um amor de
verdade porque é Deus quem nos dá essa graça, para amar os que nos perseguem por
tantos motivos, por nossas escolhas às vezes, pela pregação que fazemos, pela
radicalidade que buscamos, é amar além das aparências e do que o outro pode me
oferecer. Isso só nos é possível pela graça que é de Deus porque por nossas próprias
forças, caminho impossível.
Conforme vivemos o relacionamento tendo como base Deus, tudo mesmo que
humano se torna divino, porque na mesma medida que nos abrimos aos irmãos, nos
abrimos também a Deus e assim vice e versa. Se a nossa escolha for por Deus em
primeiro lugar, seja uma amizade ou um relacionamento de namoro ou casamento,
será feito da melhor forma, porque o controle está nas mãos de Deus e Ele conhecedor
de tudo saberá direcionar todas as coisas.
Problemas na afetividade
Aquele que se sente o tempo todo deixado de lado, excluído, sempre tem a
impressão que os outros estão falando mal dele, que se sente sozinho sem
motivo, que não consegue amadurecer nas amizades, (também é um sintoma de
problema na afetividade).
Aquele muito carente (“ninguém me ama”, “ninguém gosta de mim”, “não sou
bem-vindo”, “não faço falta”).
Sexualidade
“Não há felicidade se não há amor e não há amor sem renúncia”. Enrique Rojas
Desvios da sexualidade
Está tão deturpada a sexualidade em nós que até mesmo nas missas as
pessoas tendem a “seduzir” porque afinal de contas somos livres, as mulheres se
vestem como se estivesse indo para a praia, decote, saia curta, etc. Os homens ficam
pagando de másculo, exibindo seus músculos para conquistar as meninas, no fim das
contas até os cultos sagrados são banalizados, porque como é possível amar a Deus
que não vê se não amamos o irmão que estamos vendo na missa e não temos o
mínimo respeito com a sua afetividade e sexualidade dele, que pode ser ferida. Se faz
necessário uma abertura muito profunda de cada um de nós e temos de dar as nossas
dificuldades, desvios, traumas, tudo que precisamos para “tratar” é procurar uma
pessoa para alguém que de fato possa nos ajudar, se no meio de nós existem pessoas
que precisam de ajuda em qualquer um desse sentido é necessário procurar ajuda
para que as coisas se resolvam e venham para luz, para não alimentarmos em nós a
imaturidade afetiva. E isso serve também para a vida dos casais, para que não se
percam no adultério, homossexualismo, masturbação e todos os outros pecados que
possa vir a acontecer. Para os que namoram para que não se percam no sexo antes do
casamento porque isso é profanar o desejo pelo sacramento que vocês têm.
O amor maduro
Esse amor maduro exige de nós domínio próprio: sair do mundo imaturo; do
prazer somente pelo prazer e ir até o mundo racional e espiritual em que encontramos
nossa plena dignidade. Um caminho concreto que poderíamos assumir para nossa vida
de forma individual é canalizar inclinações naturais sensíveis e colocá-las a serviço dos
outros, com as suas exigências racionais, físicas e espirituais. O amor maduro é
quando sou capaz de amar a mim mesmo, como criatura e filho muito amado de Deus.
Quando sou capaz de me aceitar da forma que Deus me fez, quando sou capaz de
assumir viver a vida da forma que Deus me criou. O amor maduro é quando amo a
minha sexualidade (a forma que Deus me fez homem ou mulher), é quando estou
disposto a deixar Deus curar a minha afetividade para que eu possa amar de forma
concreta, gratuita o outro. É quando eu entendo de fato, a minha liberdade, quando
passo, a saber, separar aquilo que eu posso fazer e aquilo que convém fazer. “Tudo
me é permitido, mas nem tudo me convém”.
Castidade:
Quando estamos dispostos a deixar Deus curar tudo o que precisa na nossa
afetividade e na nossa sexualidade, compreendemos que seremos somente então,
capazes de responder ao chamado que Deus faz a todos nós a castidade.
No fim das contas tratar da afetividade e sexualidade é tratar daquilo que Deus
nos deu de mais sagrado, a capacidade de amar e sermos amados, portanto não se
trata de qualquer forma, precisamos mergulhar no mistério da trindade que gera vida e
nos ensina o melhor caminho para percorrer para permanecer na luz e na essência de
Cristo.
- Louvar a Deus pela essência que colocou em nós e pedir a Ele essa pureza
num momento de oração.
REFERÊNCIAS: