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AFETIVIDADE E SEXUALIDADE

“Amarás, portanto, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma,
de todo o teu entendimento e de toda a tua força”. Dt 6, 5

O Objetivo dessa formação é aprofundarmos a afetividade e a sexualidade, para


entendermos o projeto de Deus para cada um de nós nesse aspecto. Para amarmos a
Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos com pureza.

Mas afinal o que é afetividade e sexualidade?

 Afetividade é a forma que somos capazes de amar e ser amado, é a


demonstração de sentimentos e emoções.

 Sexualidade está ligado com o ato de ser homem e mulher, é o que define
a masculinidade e a feminilidade do indivíduo, criatura de Deus. Ou seja,
não tem nada a ver com ato sexual.

Afetividade

A afetividade é a dimensão do amor, por isso temos de ter um coração atento à


voz de Deus. A afetividade é dar e receber amor de forma recíproca e sem interesses
para isso temos de conhecer, ouvir e viver a verdade de Jesus e da doutrina da Igreja.
Todos nós temos em nós a tal da “carência afetiva”, porque precisamos uns dos outros
para viver, precisamos nos relacionar se não nos bastaria a nós mesmos. Deus
colocou em nós o “carecer” do afeto do outro, a necessidade de relacionar-se para não
nos tornar-nos suficiente a nós mesmos. Completamo-nos no outro, porque Deus quis
assim. Quando entramos num grupo ou em um projeto onde tem mais pessoas, ou
seja, em uma comunidade que não necessariamente é a nossa comunidade, mas em
qualquer grupo que seja. Deus nos chama a viver em comunidade e algumas vezes
alguns de nós colocamos em dúvida esse chamado porque não sabemos como nos
relacionar de forma profunda com as pessoas, ou a machucamos ou misturamos os
sentimentos porque não somos curados afetivamente e tudo desanda, começamos a
questionar a vontade de Deus que nos chamou para estarmos juntos, para assumirmos
um caminho de consagração nesse carisma. Quando isso acontece o caminho não é
“fugir” da comunidade, nem se “isolar”, ou se “afastar” das pessoas, o caminho é
buscar a cura da minha afetividade, sem ter medo de voltar na raiz de minha história e
se permitir aos poucos ser moldado e curado por Deus na minha afetividade muitas
vezes ferida por tantas situações.

Jesus escolheu doze para ser sua comunidade, porém dos doze, Jesus dava
seu coração para três pessoas, Pedro, Thiago e João, com esses três Jesus viveu os
momentos mais difíceis, mas também os mais lindos de sua vida. Jesus amou cada um
de forma particular, assim como podemos fazer isso hoje. Um relacionamento de
namoro ou amizade sadio é SIM possível numa comunidade e deve acontecer. Essa
ideia de que não existe amizade entre homem e mulher por exemplo, certamente é um
problema de afetividade. Devemos amar a todos, Deus coloca no nosso caminho
pessoas que nos ajudam a viver mais profundamente um relacionamento com Ele.
Normalmente esses relacionamentos dados por Deus, começam na “briga”, porque se
escolhemos, sempre vamos escolher os mais bonitos, os melhores, os mais legais,
aquele que tem ideias parecidas com as minhas, porque temos sempre um interesse.
Nosso olhar devido ao pecado original é interesseiro, sempre quando escolhemos
vamos procurar os que podem nos acrescentar algo, nos dar algo, ainda que seja só
uma “visibilidade”. Porém se estamos aqui, é porque queremos ir além, é porque
queremos ser amados para amar com profundidade o outro.

Se a afetividade é dar e receber amor de forma recíproca, podemos analisar que


hoje a palavra amor está sendo banalizado, porque nós mesmos, “damos amor a
tantas coisas fúteis” amamos coca cola, amamos pizza, amamos futebol, amamos
andar de bicicleta, amamos cinema, amamos tudo, perdeu a essência do sentimento.
Amamos qualquer coisa. Nós temos perdido tanto tempo com tantos “amores” que
precisamos que o Senhor cure nosso coração da falta de amor, porque não sabemos
mais o que é e por isso gastamos forças e energias em tantas coisas que são
superficiais e que nada acrescenta ao que somos muito ao contrário o mundo tem nos
roubado, tem arrancado de nós o que Deus nos deu como herança e de forma gratuita,
o dom de amar e ser amado.
Um outro problema da afetividade é que quando há em nós uma carência
imatura, somos comprados por qualquer coisa, por um “te amo”, por um carro, por
presentes, por flores, etc. Buscamos o tempo todo, a aprovação dos outros, para se
sentir melhor ou amados, no fundo nós precisamos só de uma coisa; Sermos Amados!
Tudo isso está ligado à nossa afetividade ferida. A experiência de amor e afeto nos
nossos relacionamentos não pode ser algo egoísta e interesseiro, precisa ser algo
gratuito, recíproco. Quando escolhemos Deus como alicerce nos relacionamentos, seja
num namoro, amizade, em um matrimônio, nós não devemos ter essa pessoa como
nossa posse, por que outra característica do relacionamento sadio é a LIBERDADE.
Exemplo: Amo tanto “João” que o deixo livre, pois não sou dono dele, claro que isso é
exercício, pois estamos tocando a vida do outro, então temos sempre de treinar,
exercitar, se errarmos pedir perdão e recomeçar. Se estivermos em Deus, não nos
importamos se a pessoa vai estar, por exemplo, na equipe da cozinha e eu na equipe
da dança, porque entendemos que isso não muda nada no relacionamento, porém
quando é APEGO é bem diferente; quando é apego queremos ter na ponta do lápis
cada passo da pessoa, tudo que a pessoa fizer temos de saber e “Deus nos livre” de
estarmos em equipe separada em algum encontro ou atividade. Isso não é sadio e de
Deus, mas puro apego! Precisamos vigiar nos nossos relacionamentos.

Relacionarmos-nos debaixo da vontade de Deus nos faz desejar, tanto eu


quanto o outro, ter os olhares só para Deus. Então nós ficamos felizes com aquela
pessoa que não está perto fisicamente de nós, mas está lá em outro lugar fazendo o
que DEUS QUER e não alimentando a nossa carência que muitas vezes é imatura e
cheia de apegos. Nós podemos ter poucos relacionamentos assim como Jesus, mas a
nossa comunhão precisa ser com todos e não somente com uma pessoa, onde essa é
nossa posse e fazemos tudo para controlar cada passo. Precisamos fugir das famosas
“panelinhas” que tanto prejudicam os nossos grupos, bem como, a nossa própria
afetividade. Somos chamados a amar a todos. Nós precisamos entender que apego é o
mesmo que uma bomba para nossa vida de discipulado ou consagrados como
missionários de aliança, somos convidados à liberdade, onde cada um pode se
relacionar com todos da forma que quiser, sendo mais próximo ou não. Se Deus nos
deixa livres, então porque nós devemos aprisionar as pessoas a nós?
“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou” Gal 5, 1

Nossa afetividade é como uma bateria que precisa ser carregada e isso só
acontece no relacionamento, no contato com o outro. Amar alguém é deixar Deus
reinar no nosso coração através da vida do outro. Nosso amor só se torna maduro
quando somos capazes de amar na gratuidade, sem esperar nenhum retorno. Quando
sentimos alegria em poder amar alguém sem que essa possa fazer nada por nós. É
quando decidimos amar ainda que sejamos traídos, assim como Jesus que foi negado
por um dos seus três amigos mais próximos (Pedro). Para aqueles que são cristãos
devem manter a concórdia com os irmãos, mas para nós que somos chamados à um
caminho mais estreito com Jesus como consagrados a um carisma, parte de uma
comunidade que é chamada a ser expressão viva da misericórdia do Pai, devemos
subir ainda mais, amar mais, sair mais de si, dar sempre o primeiro passo no amor, não
dar desculpas, não esperar e não ter nenhum tipo de troca no amor. Esse é o caminho
de relacionamento afetivo para nós, sermos sinal onde estamos de um amor de
verdade porque é Deus quem nos dá essa graça, para amar os que nos perseguem por
tantos motivos, por nossas escolhas às vezes, pela pregação que fazemos, pela
radicalidade que buscamos, é amar além das aparências e do que o outro pode me
oferecer. Isso só nos é possível pela graça que é de Deus porque por nossas próprias
forças, caminho impossível.

Conforme vivemos o relacionamento tendo como base Deus, tudo mesmo que
humano se torna divino, porque na mesma medida que nos abrimos aos irmãos, nos
abrimos também a Deus e assim vice e versa. Se a nossa escolha for por Deus em
primeiro lugar, seja uma amizade ou um relacionamento de namoro ou casamento,
será feito da melhor forma, porque o controle está nas mãos de Deus e Ele conhecedor
de tudo saberá direcionar todas as coisas.

Problemas na afetividade

Podemos reconhecer alguns problemas de afetividade em nós e nos irmãos


quando analisamos alguns sintomas muitas vezes expressivos, e se você se identificar
com algo que diremos é sinal de que precisar rezar para cura de sua afetividade,
lembrando que nossa afetividade está ligada à nossa história, ao relacionamento com
nossos pais e com nossa família, a nossa infância, adolescência, e etc.

 Dificuldades de demonstrar amor (Aquelas pessoas que fogem de abraço, de


contato com o irmão).

 Expressiva demonstração física de afeto (aquelas pessoas que abraçam


demais, “alisam” demais, que ficam procurando um ombro para deitar, encostar,
que tem necessidade excessiva de contato físico com o outro).

 Aquele que se sente o tempo todo deixado de lado, excluído, sempre tem a
impressão que os outros estão falando mal dele, que se sente sozinho sem
motivo, que não consegue amadurecer nas amizades, (também é um sintoma de
problema na afetividade).

 Aquele muito carente (“ninguém me ama”, “ninguém gosta de mim”, “não sou
bem-vindo”, “não faço falta”).

 Aquele muito apegado, geralmente vive sempre em uma panelinha pequena, só


tem um ou dois amigos que não desgruda.

 Aquele que sente ciúmes das suas amizades sufoca as pessoas.

 Aquele que não acredita em amizade entre homem e mulher, e vê malícia de


tudo.

Sexualidade

Entendemos até aqui que, a afetividade é a dimensão do amor, enquanto que a


sexualidade é a dimensão fundamental de todo ser humano, é a forma de ser do
homem e da mulher. Os pensamentos, desejos, a forma que o homem e a mulher
expressam afeto, amam e se sentem amados é totalmente diferente cada um tem à
sua maneira. E por isso é importante entendermos essas diferenças de sexualidade
para podermos conviver bem em comunidade, onde nos relacionamos o tempo todo
com o outro sexo.

Existem três dimensões que vamos olhar nesse aspecto da sexualidade:

1 – GENERATIVA – Prazer. Se o prazer é bom? – É, porém nem tudo que é


prazer é um BEM.

2 – AFETIVA - Reciprocidade, que é quando eu me relaciono com o outro

3 – AMOR – Gratuidade (doação)

Essas formam a nossa sexualidade, uma completando a outra. Onde o ponto de


partida é tomar consciência que a sexualidade é uma condição humana e um modo de
ser. Os animais, por exemplo, são machos ou fêmeas, o que determina a sexualidade
deles é a procriação. Exemplo: cachorra está no cio, o cachorro sente o cheiro do
hormônio que ela produz e vai atrás dela pelo próprio instinto. Porém nossa
sexualidade é diferente, o que determina é o afeto e a emoção que há entre um homem
e uma mulher. Nós temos a capacidade de raciocinar, temos a responsabilidade
pessoal, portanto não usamos de instinto como os animais, somos motivados pela
pulsão do querer, é aquilo que motiva a sexualidade, mas passa pela CONSCIÊNCIA,
passa pelo nosso querer. Temos consciência, temos racionalidade, por tanto, podemos
decidir o que fazemos ou deixamos de fazer. Temos o controle sobre nossas atitudes.

“Não há felicidade se não há amor e não há amor sem renúncia”. Enrique Rojas

Desvios da sexualidade

Às vezes nos perdemos na nossa sexualidade porque não entendemos nem


mesmo o que significa. Quantas vezes encontramos jovens, cheios de marcas nos
seus corpos seja por tatuagens, piercings e tantas coisas, praticamente nus andando
nas ruas, falando alto, falando gírias, tudo para ser visto, para serem ouvido, no fundo
esses mesmos que estão exuberantes desfilando com seus piercings são os mesmos
que por dentro estão desequilibrados sexualmente, ultrapassou a essência de ser
rapaz ou moça, homem ou mulher. Está com a sua sexualidade ferida. Não para por ai,
hoje vale tudo para parecer “radical e livre”, aí se enche de argolas e bota chifres, bota
ponta na orelha para parecer “mago”, mulheres que namoram outra mulher, homem
que namora outro homem e quanto mais o tempo passa menos parecemos com Deus
que nos fez à sua imagem e semelhança, e isso é exatamente que o demônio quer,
quanto menos sermos presença de Deus, menos Deus poderá nos usar porque não
teremos interesse em ouvi-Lo quem dirá responder ao seu chamado, perdeu-se a
verdadeira essência da sexualidade, porque estamos sempre mais longe de Deus com
nossas escolhas que achamos nos fazer livres, mas que na verdade nos faz escravos
do pecado e escravos de nós mesmos.

Está tão deturpada a sexualidade em nós que até mesmo nas missas as
pessoas tendem a “seduzir” porque afinal de contas somos livres, as mulheres se
vestem como se estivesse indo para a praia, decote, saia curta, etc. Os homens ficam
pagando de másculo, exibindo seus músculos para conquistar as meninas, no fim das
contas até os cultos sagrados são banalizados, porque como é possível amar a Deus
que não vê se não amamos o irmão que estamos vendo na missa e não temos o
mínimo respeito com a sua afetividade e sexualidade dele, que pode ser ferida. Se faz
necessário uma abertura muito profunda de cada um de nós e temos de dar as nossas
dificuldades, desvios, traumas, tudo que precisamos para “tratar” é procurar uma
pessoa para alguém que de fato possa nos ajudar, se no meio de nós existem pessoas
que precisam de ajuda em qualquer um desse sentido é necessário procurar ajuda
para que as coisas se resolvam e venham para luz, para não alimentarmos em nós a
imaturidade afetiva. E isso serve também para a vida dos casais, para que não se
percam no adultério, homossexualismo, masturbação e todos os outros pecados que
possa vir a acontecer. Para os que namoram para que não se percam no sexo antes do
casamento porque isso é profanar o desejo pelo sacramento que vocês têm.

Nossa história é sagrada, não se dá para qualquer pessoa, porque isso é


profanar a misericórdia de Deus que nos alcançou e por isso estamos aqui juntos
buscando o mesmo ideal, que é doar a nossa vida a Deus nesse carisma. Deus não
nos chamou pelos nossos acertos ou porque nunca cometemos nenhum pecado contra
a afetividade ou sexualidade e menos ainda porque temos algum desvio ou qualquer
coisa parecida, mas nos chamou para salvar a nossa alma, portanto assumamos nosso
papel de Filho Amado de um Deus que é Misericórdia e se desejarmos ele nos perdoa
quantas vezes voltarmos arrependidos para seus braços.

O amor maduro

Esse amor maduro exige de nós domínio próprio: sair do mundo imaturo; do
prazer somente pelo prazer e ir até o mundo racional e espiritual em que encontramos
nossa plena dignidade. Um caminho concreto que poderíamos assumir para nossa vida
de forma individual é canalizar inclinações naturais sensíveis e colocá-las a serviço dos
outros, com as suas exigências racionais, físicas e espirituais. O amor maduro é
quando sou capaz de amar a mim mesmo, como criatura e filho muito amado de Deus.
Quando sou capaz de me aceitar da forma que Deus me fez, quando sou capaz de
assumir viver a vida da forma que Deus me criou. O amor maduro é quando amo a
minha sexualidade (a forma que Deus me fez homem ou mulher), é quando estou
disposto a deixar Deus curar a minha afetividade para que eu possa amar de forma
concreta, gratuita o outro. É quando eu entendo de fato, a minha liberdade, quando
passo, a saber, separar aquilo que eu posso fazer e aquilo que convém fazer. “Tudo
me é permitido, mas nem tudo me convém”.

Castidade:

Quando estamos dispostos a deixar Deus curar tudo o que precisa na nossa
afetividade e na nossa sexualidade, compreendemos que seremos somente então,
capazes de responder ao chamado que Deus faz a todos nós a castidade.

“A castidade é uma virtude moral. Mas é também um dom de Deus,


uma graça, um fruto do trabalho espiritual. O Espírito Santo concede a graça de imitar
a pureza de Cristo àquele que regenerou pela água do Batismo”. (1)
“É impossível que te conserves casto, se não vigiares continuamente sobre ti
mesmo, pois negligência traz consigo muito facilmente a perda da castidade". São
Carlos Borromeu

Muitas vezes nos perdemos, caímos em pecados graves porque deixamos o


centro de tudo que é Deus, esquecemo-nos que nossa vontade muitas vezes é fraca e
não dá conta de escolher pelo bem sem a presença de Deus. Então entramos no
egoísmo, paixões exageradas, desequilíbrio psicológico, irritação, impaciência.

“A castidade implica uma aprendizagem do domínio de si, que é uma pedagogia


da liberdade humana. A alternativa é clara: ou o homem comanda as suas paixões e
alcança a paz, ou se deixa dominar por elas e torna-se infeliz. A dignidade do homem
exige que ele proceda segundo uma opção consciente e livre, isto é, movido e
determinado por uma convicção pessoal e não sob a pressão de um cego impulso
interior ou da mera coação externa. O homem atinge esta dignidade quando,
libertando-se de toda a escravidão das paixões, prossegue o seu fim na livre escolha
do bem e se procura de modo eficaz e com diligente iniciativa os meios adequados” (2)

As alternativas são claras: ou dominamos as nossas paixões e teremos paz, ou


nos deixamos subjugar por elas e nos tornamos seres cada vez mais vazios e infelizes.
Para termos domínio sobre nós mesmos, teremos de trabalhar duro, termos paciência
para esperar o tempo de melhorarmos já que perfeito só Jesus, além disso, termos
humildade para recomeçar caso a queda aconteça. Isto significa que, devemos cultivar
o amor para não vacilarmos diante de nossa humanidade ferida pelo pecado. Devemos
nos empenhar nas pequenas coisas, nos pequenos gestos de amor na pureza, para
com os outros e para conosco mesmo, assim como o ourives que trabalha o ouro a
uma temperatura de mais de 1000º C, porém após terminado o trabalho é a joia mais
bela. A nossa convivência precisa se tornar arte preciosa. Somos convidados a prestar
atenção às necessidades do outro; corrigir os defeitos uns dos outros; superar as
barreiras para não perdermos tempo; precisamos aprender a escutar mais do que a
falar; vencermos o cansaço provocado pela rotina; devemos retribuir com gratidão os
gestos feitos pelo outro. Nosso coração não foi feito para “amoricos”, mas para amor
real. Precisamos educar o nosso coração para a fidelidade. Amor maduro é sempre
amor fiel.

“Aquele que escolhe a castidade é NECESSARIAMENTE PURO” (3)

No fim das contas tratar da afetividade e sexualidade é tratar daquilo que Deus
nos deu de mais sagrado, a capacidade de amar e sermos amados, portanto não se
trata de qualquer forma, precisamos mergulhar no mistério da trindade que gera vida e
nos ensina o melhor caminho para percorrer para permanecer na luz e na essência de
Cristo.

Para fechar como gesto concreto:

- Meditar juntos a Palavra de Mateus 5, 8

- Fazer um exame de consciência das atitudes afetivas e sexuais e buscar uma


confissão ou ajuda necessária dependendo da situação sem medo de libertar-se.

- Louvar a Deus pela essência que colocou em nós e pedir a Ele essa pureza
num momento de oração.

REFERÊNCIAS:

(1) Catecismo da Igreja Católica § 2345


(2) Catecismo da Igreja Católica § 2339
(3) Livro Como viver a sexualidade, Ovídio Zanini, Edições Loyola 1987, cap.56
(indicação de leitura)
(4) Afetividade e Sexualidade – Maria Paola e Eveline – Parte 1 e 2

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