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GESTÃO PÚBLICA

NOME DO ALUNO

DESAFIOS NA GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL: BUSCANDO


UMA GESTÃO EFETIVA EM UM CONTEXTO ATÍPICO

Cidade
2022
NOME DO ALUNO

DESAFIOS NA GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL: BUSCANDO


UMA GESTÃO EFETIVA EM UM CONTEXTO ATÍPICO

Trabalho de Ademilton Santos apresentado como


requisito parcial para a obtenção de média bimestral na
disciplina de Finanças Públicas, Gestão de Custos no
setor Público, Contabilidade Pública, Auditoria e Controle
no Setor Público, Administração Pública, Ed. Políticas
Públicas, atividades interdisciplinares.

Orientador: Prof. Cynthia Aparecida da Silva

cidade
2022
SUMÁRIO

2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................. 4
2 ETAPA 1: principais características do orçamento público...................................... 4
2.1 principais características do orçamento público.................................................... 4
2.2 Princípios orçamentários....................................................................................... 4
2.3 Principais características da lei de responsabilidade fiscal................................... 5
3 ETAPA 2: atributos da informação de custos com base na NBC T 16.11...............5
3.1 Atributos da informação de custos com base na NBC T 16.11.............................5
3.2 Índice de Mark-up multiplicador............................................................................. 5
4 ETAPA 3................................................................................................................... 7
4.1 Significado e as características dos instrumentos de planejamento
governamental: Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a Lei Orçamentária Anual
(LOA) e o Plano Plurianual (PPA)................................................................................9
4.2 Considerando a situação apresentada, do ponto de vista contábil, qual a
importância da Lei Orçamentária Anual (LOA) na gestão de recursos públicos?........9
4.3 Por que o Plano Plurianual (PPA) de uma prefeitura pode ser equiparado com
um planejamento estratégico de uma empresa privada?............................................ 9
5 ETAPA 4................................................................................................................. 10
5.1 Como a auditoria interna poderia contribuir na atuação e gestão dos profissionais
envolvidos neste caso?.............................................................................................. 10
5.2 O que a auditoria interna poderia sugerir a controladoria governamental como
soluções aos problemas observados?.......................................................................11
6 DETAPA 5.............................................................................................................. 11
6.1 No que diz respeito aos atos de favorecimento particular para a ocupação de
cargos públicos, quais os Princípios Constitucionais que estão sendo feridos?
Explique..................................................................................................................... 11
6.2 No que tange à deliberação de obras ou investimentos que não vão de encontro
às urgências ou demandas da população, ou seja, quando as decisões são tomadas
baseadas no privado em detrimento do público, quais os Princípios Constitucionais
feridos? Explique....................................................................................................... 11
6.3 No caso apresentado, tanto na SGA, quanto nos textos bases das demais
tarefas, quais outras inobservâncias aos fundamentos da Administração Pública
podem ser percebidas? Explique............................................................................... 11
4 CONCLUSÃO................................................ Error: Reference source not found3

REFERÊNCIAS................................................. Error: Reference source not found4


3

1 INTRODUÇÃO

A gestão pública é uma área que demanda conhecimento, pois para que o
administrador público tenha capacidade de gerir a máquina pública, faz-se necessário possuir
conhecimentos das leis que regem diretamente a administração pública.
O planejamento governamental é um desafio, digamos, institucional e histórico dos
Estados Nacionais e Subnacionais, pois se trata de um produto do surgimento de um instituto,
o Erário, fundado precipuamente na arrecadação tributária. Ele é fundamental para o
estabelecimento de prioridades estatais, distribuição de recursos entre distintas condições
demográficas e promoção do desenvolvimento econômico e social das sociedades. Implica,
face à sua integração com a contabilidade pública, no processo de execução orçamentária, na
qualidade dos controles interno e externo e na alavancagem da transparência pública, aspectos
fundamentais para a qualidade da gestão das finanças públicas de qualquer país.
Nesse sentido, o presente trabalho visa auxiliar o senhor Josué Ferreira, prefeito de
uma cidade com cerca de 500 mil habitantes, localizada na região sul do Brasil, está em seu
primeiro mandato, tendo sido eleito nas últimas eleições municipais, em um contexto bastante
atípico: o da pandemia do coronavírus (COVID-19).
Embora seja o primeiro ano de mandato do prefeito, ele tem que seguir a lei do PPA
de seu antecessor e elaborar o seu próprio PPA. O PPA tem vigência de 4 anos e não coincide
com o mandato, nesse sentido, quando um gestor assume, no seu primeiro ano de mandato ele
tem que criar o seu PPA e também cumprir o último ano do PPA elaborado na gestão passada.
Isso quer dizer que, no primeiro ano de mandato serão dois PPA.
Para a elaboração do PPA – Plano Plurianual é preciso que o gestor siga o que
estabelece a dinâmica do orçamento público brasileiro propriamente dito, evidenciando-se os
instrumentos de planejamento (plano de governo, PPA, LDO e LOA), o ciclo orçamentário, a
dinâmica institucional e a evidenciação do orçamento público.
Para uma boa gestão são necessários conhecimentos para distinguir o aparato
normativo vigente que norteia o orçamento governamental no Brasil; reconhecer os princípios
orçamentários e sua relação com a confecção dos instrumentos de planejamento; compreender
a dinâmica do ciclo orçamentário e seus respectivos ritos nos Poderes Executivo e Legislativo
e identificar a composição das distintas peças orçamentárias inscritas na Constituição.
4

2 ETAPA

2.1: principais características do orçamento público.

O orçamento é o instrumento pelo qual o poder público fixo as despesas que pretende
realizar em um determinado período com base nas receitas que espera receber neste mesmo
período, geralmente de um ano. As despesas podem ser consideradas também como os
objetivos que a administração pública pretende alcançar.
Quando o poder público fixa suas despesas, ele está, na verdade, fixando os objetivos
que a administração pública pretende alcançar para atender às necessidades da população.
Nesse sentido, o orçamento pode ser visto como um meio ou caminho pelo qual as diversas
políticas públicas são implementadas e seus objetivos são alcançados. (SOARES, 2010). De
acordo com Slomski et al. (2008, p. 152),
O orçamento é: [...] um elemento essencial do planejamento financeiro, do controle
e do processo de evolução da entidade do setor público. Pela sua natureza, ele é um
meio de alocar recursos para alcançar os objetivos, é um instrumento de gestão e,
também, um meio de controlar os fundos para assegurar que os objetivos declarados
possam ser conhecidos.

As principais características do orçamento público são a estabilizadora, a distributiva e


a alocativa. A característica alocativa é “responsável pela alocação de recursos em áreas
menos competitivas ou sem ausência da iniciativa privada”. (MORGADO, 2011, p.11). A
característica distributiva é “responsável pela distribuição de recursos públicos, com enfoque
à promoção da equidade e redução de desigualdades regionais”. (MORGADO, 2011, p.12). E
a característica da função estabilizadora é “viabilizar a estabilização das variáveis
macroeconômicas (geração de empregos, estabilização dos preços, equilíbrio do balanço de
pagamentos e promoção do crescimento econômico”. (MORGADO, 2011, p.13).

2.2 Princípios orçamentários

A lei orçamentária tem várias funções, como, por exemplo, servir de instrumento de
planejamento e de controle sobre a administração pública. Mas há certos requisitos que devem
ser seguidos durante a sua elaboração, isto é, exige-se a observância de determinados
princípios que dão consistência e eficácia à instituição do orçamento público.
De acordo com Giacomoni (2010), mesmo com as diversas alterações históricas
apresentadas nas constituições do país, observa-se que alguns princípios foram incorporados à
5

legislação, e que ainda hoje são observados e tornaram-se indispensáveis para que o
orçamento público cumpra suas finalidades. Os princípios orçamentários básicos para a
elaboração, execução e controle do orçamento público são válidos para todos os poderes nos
três níveis de governo (STN, 2008).
“De acordo com o art. 2° da Lei Federal nº 4.320/1964 (BRASIL, 1964), “a Lei do
Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política
econômica financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de
unidade, universalidade e anualidade”.
* O princípio da unidade afirma que cada ente da federação (União, Estados e Municípios)
deve ter seu orçamento para o exercício financeiro, que contemple todas as receitas e
despesas.
* Este princípio afirma que o orçamento deve conter todas as receitas e despesas, o que
possibilita o controle parlamentar efetivo sobre as finanças públicas municipais.
* princípio orçamentário da anualidade ou periodicidade: Tal princípio está previsto no art.
34º da Lei nº 4.320/1964, que descreve: “o exercício financeiro coincidirá com o ano civil”. O
orçamento deve ser elaborado e autorizado para um determinado período de tempo que
corresponde ao exercício financeiro, isto é, igual ao ano civil, um ano. Assim, todo orçamento
público tem a vigência de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano.

2.3 Principais características da lei de responsabilidade fiscal.

A Lei de Responsabilidade Fiscal, editada por meio da Lei Complementar no 101, de 5


de maio de 2000, estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade
social na gestão fiscal, mediante ações em que se previnam riscos e corrijam os desvios
capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, destacando-se o planejamento, o controle, a
transparência e a responsabilização.
A LRF vem regulamentar os arts. 163 e 169 da Constituição Federal, disciplinando o
conjunto das questões principais relativas aos efeitos fiscais e macroeconômicos decorrentes
da utilização dos recursos públicos. “A lei é considerada um instrumento para auxiliar os
gestores na administração dos recursos públicos dentro de um conjunto de regras claras e
objetivas, aplicadas a todos os governantes em todas as esferas de governo” (SOARES, 2011,
pág. 81).
6

3 ETAPA 2:

3.1 Atributos da informação de custos com base na NBC T 16.11

De acordo com NBC T 16.11 “Os serviços públicos devem ser identificados, medidos
e relatados em sistema projetado para gerenciamento de custos dos serviços públicos”. Os
serviços públicos possuem características particulares tais como: “universalidade e obrigação
de fornecimento, encaradas na maioria das vezes como direito social, em muitas situações,
têm apenas o estado como fornecedor do serviço”. NBC T 16.11.
O serviço público fornecido sem contrapartida ou por custo irrisório diretamente
cobrado ao beneficiário tem (em sua grande maioria) o orçamento como principal fonte de
alocação de recursos.
Os atributos da informação de custos são: relevância, utilidade, oportunidade, valor social,
oportunidade, fidedignidade, especificidade, comparabilidade, comparabilidade,
adaptabilidade.

(a) relevância – entendida como a qualidade que a informação tem de


influenciar as decisões de seus usuários auxiliando na avaliação de eventos
passados, presentes e futuros; (b) utilidade – deve ser útil à gestão tendo a sua
relação custo benefício sempre positiva; (c) oportunidade – qualidade de a
informação estar disponível no momento adequado à tomada de decisão; (d)
valor social – deve proporcionar maior transparência e evidenciação do uso dos
recursos públicos; (e) fidedignidade – referente à qualidade que a informação
tem de estar livre de erros materiais e de juízos prévios, devendo, para esse
efeito, apresentar as operações e acontecimentos de acordo com sua substância e
realidade econômica e, não, meramente com a sua forma legal; (f)
especificidade – informações de custos devem ser elaboradas de acordo com a
finalidade específica pretendida pelos usuários; (g) comparabilidade – entende-
se a qualidade que a informação deve ter de registrar as operações e
acontecimentos de forma consistente e uniforme, a fim de conseguir
comparabilidade entre as distintas instituições com características similares. É
fundamental que o custo seja mensurado pelo mesmo critério no tempo e,
quando for mudada, esta informação deve constar em nota explicativa; (h)
adaptabilidade – deve permitir o detalhamento das informações em razão das
diferentes expectativas e necessidades informacionais das diversas unidades
organizacionais e seus respectivos usuários; (i) granularidade – sistema que
deve ser capaz de produzir informações em diferentes níveis de detalhamento,
mediante a geração de diferentes relatórios, sem perder o atributo da
comparabilidade (NBC T 16.11, pág. 8 -10).

Josué e sua equipe querem saber o real preço de dois procedimentos médicos (A e B)
realizados pela clínica Beta, que presta serviços ao principal hospital da cidade.
A formação do preço do serviço é realizada pela clínica através do índice Mark-up
7

(multiplicador).
Os dados serão apresentados a seguir.

Serviço A: Serviço B:
Custo do serviço: R$ 305,00 Custo do serviço: R$ 420,00
Despesas Administrativas: 26% - Despesas Administrativas: 25%
Despesas Tributárias: 18% Despesas Tributárias: 18%
Margem de lucro desejada: 15% Margem de lucro desejada: 25%

3.2 Índice de Mark-up multiplicador


FÓRMULA:
PV= CUSTO / 1-DF%-DV%-LUCRO%
PV: Preço de venda
DF: Despesa Fixa
DV: Despesa variável

RESOLUÇÃO DO SERVIÇO A:
PV= 305 / 0,26% -0,18% -0,15%
PV= 305 / 0,59%
PV= 516,94

RESOLUÇÃO DO SERVIÇO B:
PV= 420 / 0,25% - 0,18% - 0,25%
PV= 420 / 0,68%
PV= 617,74

4 ETAPA 3:

4.1. Significado e as características dos instrumentos de planejamento governamental:


Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a Lei Orçamentária Anual (LOA) e o Plano
Plurianual (PPA).

De acordo com a Constituição Federal de 1988, em seu Art. 165. Leis de iniciativa do
Poder Executivo estabelecerão:

I- O plano plurianual;
II- As diretrizes orçamentárias;
III- Os orçamentos anuais

De modo geral, o PPA define os investimentos e programas de médio prazo, enquanto


que a LDO estabelece as prioridades e metas da administração pública para o curto prazo e,
8

como sequência, a LOA quantifica em termos financeiros as ações e projetos previstos neste
ciclo de planejamento.
O PPA possui características semelhantes nas diversas esferas de governo,
diferenciada apenas pela complexidade da estrutura. Conforme Andrade et al. (2008, p. 40
41), as fases de elaboração para o planejamento de médio prazo, no âmbito municipal, são as
seguintes: organizacional e funcional.
1. capacitação dos servidores que serão envolvidos no processo de elaboração do
PPA; 2. Análise das potencialidades e da vocação econômica do município para
verificar a possibilidade de incrementar a receita; 3. Realização de estudos para
identificar o volume de recursos em cada uma das fontes de financiamento; 4.
Elaboração da previsão das receitas para um período de quatro exercícios de cada
uma das unidades gestoras do orçamento; 5. Apuração e estudo dos gastos com
manutenção da máquina administrativa e dos programas de duração continuada para
um período de quatro exercícios; 6. Definição das disponibilidades financeiras para
a realização de novos projetos ou implantação de novos programas que visem à
criação, expansão ou aperfeiçoamento da ação governamental; 7. Levantamento de
todos os programas e ações governamentais implementadas no passado e em
execução; 8. Avaliação dos programas e das ações governamentais implementadas
no passado para verificar quais serão mantidos; 9. Realização de diagnóstico das
necessidades e dificuldades, estudando as condições de vida da população,
utilizando todas as fontes de informação disponíveis, como ouvir os servidores
municipais e os profissionais credenciados nas diversas áreas de atuação do
município, que acumulam experiência e conhecimento sobre os problemas locais,
além de motivá-los e comprometê-los na execução das soluções; 10. Realização de
audiências públicas para envolver as lideranças comunitárias e políticas na definição
das prioridades para um período de quatro exercícios; 11. Definição dos novos
programas e das novas ações governamentais utilizando-se inclusive o resultado da
audiência pública; 12. Definição dos programas e ações governamentais prioritários
para o período de quatro exercícios, os quais potencialmente serão realizados; 13.
Adequação dos programas e das ações governamentais aos recursos projetados para
o período de vigência do PPA; 14. Consolidação do PPA, compatibilizando o
montante de recursos financeiros previstos para os quatro anos de vigência do PPA
com as ações definidas; 15. Elaboração dos anexos do projeto de lei do PPA; 16.
Elaboração do texto do projeto de lei do PPA; 17. Elaboração da exposição de
motivos do projeto de lei do PPA; 18. Encaminhamento de projeto de lei do PPA ao
Poder Legislativo.

Seguindo os passos apresentados, pode-se constatar que a equipe de governo


responderá à população: o que será realizado pela administração nos próximos quatro anos,
como fazer, com quais recursos e como manter o que já funciona.
A LDO A Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF – (BRASIL, 2000) regulamenta
disposições constitucionais sobre finanças públicas. Conforme seu art. 1º, em especial,
determinar como estabelecer a gestão pública responsável. Um dos princípios fundamentais
para esta conquista é o planejamento orçamentário.
A LDO é o segundo instrumento constitucional de planejamento orçamentário, sua
regulamentação está prevista na LRF no art. 4º. Segundo Giacomoni (2003), a principal
tarefa, entre outras, da Lei de Diretrizes Orçamentárias, é orientar a organização e a
9

estruturação do projeto e da Lei Orçamentária Anual. É na Lei de Diretrizes Orçamentárias


que estarão evidenciados os resultados almejados pelo gestor público em relação à execução
do orçamento público. Os anexos de prioridades e metas, riscos fiscais e metas fiscais, partes
integrante da LDO, são os instrumentos para avaliar se a gestão pública realizou um
planejamento adequado.
Na LOA constam os objetivos, que estão determinados nas metas, possuem a
possibilidade de serem concretizados, é o que afirmam Silva e Vasconcelos (1997, p.25): “[...]
o Estado utiliza-se do Orçamento Público para atingir seus objetivos”. A LOA, ao obedecer
aos critérios de elaboração impostos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, terá como objetivo
disponibilizar orçamento para as obras, investimentos e despesas para a manutenção das
atividades priorizadas na LDO e estabelecidas no PPA.
De acordo com Silva e Vasconcelos (1997, p. 25), a LOA ou o orçamento público
representa “[...] as autênticas aspirações da população, vez que é elaborado pelo Poder
Executivo e aprovado pelo Poder Legislativo, refletindo, dessa forma, ampla participação da
comunidade, por intermédio de seus legítimos representantes”. Para evidenciar todo o
processo que ocorre na concretização das políticas públicas por intermédio da execução da
LOA há necessidade de apresentar a estrutura conceitual desta lei, seu conteúdo e a execução
orçamentária

4.2. Considerando a situação apresentada, do ponto de vista contábil, qual a importância


da Lei Orçamentária Anual (LOA) na gestão de recursos públicos?

A LOA é importante pois ela estabelece a estimativa de todas as receitas possíveis de


arrecadação e a fixação das despesas para suportar os gastos. Em conformidade com os
autores Andrade et al. (2008, p. 144):
A proposta orçamentária é um documento que apresenta em termos monetários as
receitas e as despesas públicas que o governo pretende realizar no período de um
exercício financeiro, devendo ser elaborada pelo Poder Executivo e aprovada pelo
Poder Legislativo, convertendo-se então na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Outro aspecto relevante ao conteúdo da LOA relaciona-se com o princípio


constitucional da exclusividade, art. 165, § 8º (BRASIL, 2010):
Art. 165. [...] [...] a Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à
previsão da receita e a fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para a abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

“Observe-se também que o limite percentual de créditos adicionais suplementares


10

deve ser estipulado na Lei Orçamentária, não se caracterizando matéria estranha a ela,
conforme determina o art. 165, § 8º, da Constituição Federal”. (ANDRADE et al., 2008, p.
36). A Lei Orçamentária Anual, conforme preceitua a Constituição Federal (BRASIL, 2010),
no art. 165, § 5º, é constituída por três orçamentos: fiscal, de investimento das empresas e da
seguridade social.

4.3. Por que o Plano Plurianual (PPA) de uma prefeitura pode ser equiparado com um
planejamento estratégico de uma empresa privada?

Em administração estuda-se que o planejamento se divide em três fases: estratégico,


tático e operacional. O plano estratégico norteia toda a atuação do empreendimento,
potencializando a jornada do negócio em direção ao sucesso. Assim, o PPA de uma prefeitura
é comparado ao planejamento estratégico de uma empresa privada, pois o PPA define os
investimentos e programas de médio prazo.
O Plano Plurianual é um plano de médio prazo, por meio do qual se procura ordenar
as ações do governo que levem ao atendimento dos objetivos e metas fixados para um período
de quatro anos. (KOHAMA, 2003). Segundo Andrade (2002, p. 41), “[...] os instrumentos
para a elaboração do PPA são: as diretrizes, os programas, explicitando os objetivos e ações, e
estas detalhando as metas de governo”. Portanto, é um instrumento que estabelece as
diretrizes, os objetivos e as metas para as despesas de capital e para as despesas relativas aos
programas de duração continuada.

5 ETAPA 4:

5.1 - Como a auditoria interna poderia contribuir na atuação e gestão dos profissionais
envolvidos neste caso?
O controle interno é também conhecido como autocontrole, isto é, é aquele que se
realiza no ambiente interno através dos órgãos que compõem a “própria estrutura que realiza e
fiscaliza os atos e fatos sujeitos ao seu controle”. (SOARES, 2010, p. 55).
Nesse sentido, a auditoria interna pode contribuir no caso relatado, para que seja
possível perceber, que o controle interno se desenvolve continuamente, especialmente no
âmbito do Poder Executivo, pois este é o responsável maior pelas atividades administrativas
básicas, com destaque para as atividades-meio e as atividades-fim.
11

5.2 - O que a auditoria interna poderia sugerir a controladoria governamental como


soluções aos problemas observados?

A auditoria interna poderia sugerir que o controle interno funcionasse efetivamente e


de forma sistêmica, o para verificar constantemente o funcionamento da gestão nos demais
setores dos órgãos públicos e, acima de tudo, assegurar à administração pública a sua
continuidade, sua credibilidade e os benefícios gerados em favor da sociedade”.

6 Etapa 5:

6.1 – No que diz respeito aos atos de favorecimento particular para a ocupação de cargos
públicos, quais os Princípios Constitucionais que estão sendo feridos? Explique.
O princípio ferido é o da moralidade. Este estabelece as boas práticas como regra da
Administração Pública, ao passo que a sua inobservância importa em um ato viciado (errado),
que se torna inválido, pois o ato praticado é considerado ilegal, justamente por não ser
moralmente aceitável naquela comunidade.

6.2 – No que tange à deliberação de obras ou investimentos que não vão de encontro às
urgências ou demandas da população, ou seja, quando as decisões são tomadas baseadas
no privado em detrimento do público, quais os Princípios Constitucionais feridos?
Explique.
O princípio constitucional ferido do Interesse Público. Ou seja, interesses coletivos
dos administrados, ou seja, todos os atendimentos devem ser com fins de interesses gerais,
proibidos a renúncia total ou parcial de poderes ou competência, exceto com autorização em
lei. Nesse sentido, as pessoas que fazem parte da administração devem agir em conformidade
com à Constituição Brasileira.

6.3 – No caso apresentado, tanto na SGA, quanto nos textos bases das demais tarefas,
quais outras inobservâncias aos fundamentos da Administração Pública podem ser
percebidas? Explique.
Outras inobservâncias são a legalidade pois estabelece trata as diretrizes básicas de
conduta, que resulta no cumprimento rigoroso do administrador e de todos os agentes
públicos com a lei, independente do cargo que ocupem. O princípio da publicidade é uma
ferramenta importante é importante pois possibilita o controle da legitimidade da conduta dos
12

agentes administrativos. E a eficiência, que resulta em pontos positivos para o serviço público
e em atendimentos satisfatórios das necessidades da população.
13

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se a administração pública e os seus gestores precisam ser mais eficientes, ou


seja, devem atender aos verdadeiros propósitos que justifiquem a existência do Estado.
Com o controle da inflação e o crescimento da economia, a máquina pública pode
planejar com relativa segurança suas receitas e despesas e, para isso, o Estado utiliza-se de
certos instrumentos preordenados no sistema jurídico vigente, que, de forma sistêmica,
objetiva e imparcial, levarão ao atendimento da sua mais variada clientela.
O orçamento público, instrumentalizado pelo trinômio PPA (Plano Plurianual), LDO
(Lei de Diretrizes Orçamentárias) e LOA (Lei Orçamentária Anual), evoluiu ao longo da
história do Brasil, deixando de ser um mero documento contábil para passar a ser um dos mais
importantes instrumentos de ação do Estado. É por meio dele que o Estado fixa os objetivos a
serem cumpridos e é no orçamento que o Estado intervém na economia do país.
Portanto, o orçamento deixou de ser um documento estático, de previsão de receitas e
autorização de despesas, e se transformou num documento dinâmico de atuação do Estado
perante a sociedade.
Saber distinguir as diferenças conceituais entre administração pública e gestão pública
é importante para embasar o tema orçamento público, desde seu planejamento até sua
execução.
A gestão pública evoluiu ao longo das últimas décadas, quando o país saiu de um
modelo de administração pública burocrática para o modelo gerencial, possibilitando a
implantação de novas técnicas de governo, como, por exemplo, o planejamento das ações
governamentais.
Todo administrador público, seja prefeito, governador ou Presidente da República,
deve seguir o conjunto de leis que existem no país, mas deve seguir de forma especial os
princípios da administração pública, com destaque para os princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Enquanto que na vida privada tudo pode ser feito desde que a lei não proíba, a
administração pública só pode realizar o que está autorizado em lei. Na administração
pública, o interesse público sempre prevalecerá sobre o interesse privado, ou seja, os gestores
públicos têm obrigação legal de conduzir os interesses da sociedade, que sempre estarão em
maior grau de importância do que os interesses particulares.
14

REFERÊNCIAS

______. Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988. São


Paulo: Saraiva, 2010.

______. Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000. Brasília: Senado, 2000.


______. Lei Complementar nº 4.320, de 17 de março de 1964. Brasília: Senado, 1964.

ANDRADE, Nilton de Aquino. Contabilidade pública na gestão municipal: métodos com


base na LC n° 101/00 e nas classificações contábeis advindas da SOF e STN. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2008b.

GIACOMONI, James. Orçamento público. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
KOHAMA, Heilio. Contabilidade pública: teoria e prática. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MORGADO, L. F. O orçamento público e a automação do processo orçamentário.
Brasília: Centro de Estudos Orçamentários do Senado Federal, 2011.
SILVA, Jair Candido da; VASCONCELOS, Edilson Felipe. Manual de execução
orçamentária e contabilidade pública. São Paulo: Brasília Jurídica, 1997.
Soares, Maurélio. Gestão de orçamento público / Maurélio Soares e Carla Moser. Indaial:
Uniasselvi, 2011. 198 p.: il.
SOARES, Maurélio. Utilização e percepção das práticas de controle interno pelas
administrações dos municípios da região da Associação dos Municípios do Médio Vale
do Itajaí – AMMVI. 2010. 147 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) – Programa
de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau,
2010.
STN. Secretaria do Tesouro Nacional. Perfil e evolução das finanças municipais: 1998-2007.
Brasília: out. 2008. Disponível em: Acesso em: 03 abril 2022.

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