You are on page 1of 11
STEWART R. CLEGG, CYNTHIA HARDY, WALTER R. NORD MIGUEL CALDAS, ROBERTO FACHIN, TANIA FISCHER Organizadores da Edigio Brasileira HANDBOOK DE ESTUDOS ORGANIZACIONAIS Volume 3 AGAO E ANALISE ORGANIZACIONAIS ‘rganizadores da edigbo orginal Stew 1 sche organizador 1. Howdy, yma, cop.sss 98.4260 ‘SAO PAULO. EDITORA ATLAS $.A. ~ 2004 13 ORGANIZAGOES, TECNOLOGIA E ESTRUTURAGAO Consiceramos separadamente cada uum desses pontos. Neste capttulo, examina mente, as definigSes de tecno- ir sobre os sistemas de numa di a pes ABORDAGENS DESCRITIVAS PARA A TECNOLOGIA, Definigbes: gratia cha diferentes. 1 is exemplos 0! material da tecnologia e dades humanas que projetam ou ‘usam esses artefatos (Orlikowski, 1992:403). 3 Pocara tecnologia de um zagao € vé-la como local em que muita energia é apliéada para a transformagio de inputs em . O conceito & amplamen- ido pelos tedricos orga- ‘ado (Scott, 199220, 227), 4, Definimos a tecnologia como os ‘combinados com ais ou de conhecimento, pelos quais os ma- de alguma forma, sio transformados em usados ca organi ganizagio (Hulin e Roznowski, 1985:47). 5. As organizagbes tém duas outras caracteristicas de controle que sdem fornecer base para uma que 30 tputs me- ine aplicagio de energia; eas tarefas ou téenicas que afetam a transformagio. A “tecnologia” na ui em seu se ‘ut dispositivos dos para a obtengio de ta efi i meios com que trabalty ‘mundo, nos: todos. Essenci cimento sobre as relagbes de cau sa e ofeito de nossas agbes.. Tec- nologia & conhecimento que pode ser estudado, codificado eensi doa outros (Berniker, 1987:10), 7. Aidéia centtal esté resumida na como equtvoco. igo que admite varias ‘lo juridica, A definigio n’ 6 foca aspecros do conhecimento da tecnologia e fornece ‘uma importante distingao A definigio do autor de um veis e, assim, pode ser esoistico, sujeito a confusdes, incerte n° 1 foea a atengio no co: nhecimento e nos aspectos cientificos da inovagto. A invengio da roda aumentou a base de conhecimento do ser humano, mas, sahecimento dos conhecimento In tidos pela maioria adores a0 foco no ios Componentes discu ide de tecnologias ada, po a faixa das reais poss desenvolvimento tecnoldgico relacionado com a inte dda organizagio e a dindmica interorganizacional (Tushman e Rosenkopt, 1992), com 0s “cclos de evolugio tecnolé ica" das inceragées reciprocas entre as cren- pesquisadores", com os artefatos ‘ecomas rotinas de avaliagio que 1994:346). -muns € estudos empfeicos das organizagies, Em un tegrartais vis6es, Collins etal. (1986) for- necem um paradigma abrangente da ‘sugerindo que tais sistemas so de tecnologias mecfnicas, de nas usado para teans- para consegt pativel com a de ‘Outro fator freque: ‘como contribuindo p ‘escrever QWERTY e de s lade, 0 profiss 1 tecnolégicos se expand _ 3s reversas desenvolvem (.,)componet- tes do sistema que i oxcancous, sados ou de 1s do crescimento ficeis de deserever e wendo poucos padres Papel da tecnologia nas organizagoes a tecnologia nas te de eventos e ontinuos e abstratos, ¢ cada tipo Um amplo repertério de hat des deve ser mantido, muito em- comas (5 sam le ser provistas. a de operagio ¢ de manutengo se tomam nebulosas eas habilidades ‘de monitoragio e diagnéstico tor- rnamse erfticas (Weick, 1990:4) (05 eventos estocisticos apresentam dificuldades para as organi dda que fornecem alves méveis para a apren- dizagem porque as mudangas ambientais ‘ocorrem além da capacidade das pessoas las, Conseqlentement ivos¢ “eventos permanet es (199036). Problemas adieionais que so encon- trados: Astaro rotinei omiticas € as formadas por uma decisis dilicets ¢ Desenvolvese um imperative ‘confiabilidade que prem tengio e integridade, em vez de responsabilidade. ‘= As pessoas devern estar compro- ‘metidas em fazer 0 que Ihes pare cer necessério, a sua maneira e ‘motivadas para agir, assumindo, ‘a0 mesmo tempo, 0 papel de “incorporadores da divergéneia” para enfrentarem o inesperado (Davis e Taylor, 1976:388-389; Weick, 1990:4) ‘0s eventos cant(auos preeipitados pela tecnologia também causam dificuldades. Embora a confiabilidade seja 0 marco da era industrial (cheia de eventos estocisticos), a eficiéncia & 0 marco da era pd caracterizada por eventos conti tenirentando a dispersio geograica, As no- vas tecnologias unem pessoas, transagées € Tocais em empreendimentos que combinam artesanato e processos continuos. O resulta- do dos eventos continuos & que ashi des exigidas diferem das necessérias para os eventos descontinuos. Eri se proces- s0s de trabalho, esposta rpida ds emergén- ide de manter a calma em am- 3s. Ao final, os supervi= sores prestam mais atengio aos processos ¢ produtos do que as pessoas. ‘Se os individuos perderem o senso de causa ¢ feito com o advento da tecnologia de proceso continuo, 08 tes podem tomar-se mais interativamente complexos e mais inclinados ao fracasso. Se as protegées forem eliminadas (na forma de ‘modelos nas mentes das pessoas encarrey das das operagées tanto as seguras, co inseguras), aumentario a das aos eventos estocisticos ¢ & de do trabalho mental (Weick, 1990). emente am muito trabalho associado As novas informagio, periférica e esatengio mandas de conhecimento por inferénc! integrago, solucio de proble: ‘6 que esté fora de seu al pessoas necessitam de conheci ciente dos eventos abstratos ps intervir a qualquer tempo pprocesso ¢ montarem meios de recuy (1990:8). 318 _rvoRWANvo Som A AGAO ORGANUZACIONAL& 6 Em 1992, parecia haver tr tivas sobre o papel da tecnolo nizagoes (Or perspectiva (qu que ocorrem na natureza” (Giddens, 1984 cowski, 1992:400). Essa & uma visio yamente mecanicsta da tecnologia © da sa, Dessa perspectiva, a ‘um objeto externo, mas produto da agio humana progressiva, Trés uxos de pesquisa estio ness Braverman, 1974; Ni inadequadas. tudos focam como a tecnologia & cenirio de crescimento org: se desdobrada ir aos conhecimento, los interesses polticos e econd- capitalistas poderosos, mas deixa jerar a pess0a no local de tr esses autores “ent diversidade 1992:245). Int no percorridos". Oterceiro modelo véa tecnologia 1s avancadas de comunicagio ¢ de com- putador (C2) de computagio; (2) melhores fe estruturas para decisées em mo grupo"(1984:934); ¢ (3) administragio de processos decisérios. Por outro lado, Barley sparacdor de retrata a tecnologia como uma inter- xganizacional (Barley, 1986). i abre espago para as «8 fisicas que podem ocorrer di Sugere que o trabalho & um ato interpretativo e a tecnologia afeta esse ato de trés mods: criando eédigos como prod tps, gerando cédigos como subprodut ‘emitem sons e odores que indicam st ‘gio de funcionamento; ealgumas evitam os ‘céigos que servem como fonte de a e precisa realidades orga ‘num mundo mutante do que as informagio com as or; Ges, em vez de TECNOLOGIA E UM MUNDO EM MUDANGA que o ambiente pol igumas organizagoes a tentar desenvolver ¢ est mudando e seu AACN STAO ST sstambém de Anthony (1965), Davis e Olson definem is de informagio (SI) como: em razio da divers ‘membros, Ambientes turbulentos e dindmi- 1m organizagoes tam- ‘bém turbulentas e dindimicas, ppidamente cada vex. m: de processar i “Tais tecnologias pr _reestruturadas e integradas & medida que as ‘CONCEPQOES DAS RELAQOES ENTRE ‘bes norte-americanas estio-se TEGNOLOGIA E ORGANIZAGOES mando rapidamente para gerar informagio __ gio ¢ controle gerencial a made io de plan gio” (198545), ersas concepgbes das r tecnologia distan isolados, ¢ con devectada, & slades eaptam com competén ‘A importincia estratégica da teeno- in de informagdo (T1) tem aumentado lorganizagies ¢ tecno produtos coneretos aos norte Se ate oa e-em questdes de estru- ‘outros povos (Thurow, 199: : Nesta segio, 2 fim de procurar desen- jemente, as discus: ‘deixam de da informa: muito emboca muitas das tecnologias focadas sejam teenologias de processamento de informagio. empresas no serdo apenas iputado- as tefdio que eonviver com eles, me para a pesquisa, Estrutura organizacional € tecnologia Novas tecnologias que restringem velhos modelos « persistent e que forneca uma regu laridade p eainaoen jas dificuldades nas discussées € fa/desenho ausiliada por com deseriges da tecnologia diz respeito a sua dor (CAD/CAM) (Ohara, 1988; Liker nnatureza sempre mutante, Era muitas situa 1992). A importancia resultante do re ‘gbes, as tecnologias atuais restringem eder-namento entre TI e desempenho orga Ihos modelos tecnoldgicos ¢ orga- da pela considers ji. Bssas teenologias ineluem, en- bliografia sobre o assunto. tre outras, os avangos na engenharia bio ‘A tecnologia de informagao, ngenhariade tinica nova tecnologia para res ea tecnologia rubar modelos organizacionais existences. 1993; Morton, 1991). Um répido exame da realidade virtual, do considerar um desses exem las tecnologias quimicas ¢ de login de 1uo, do projeto do logias mectnicas (ist biomédli 0 associados.a ganhos subs segundo indica- bre 0 desempenho (Nationa nicl, 1994). Integrando as ati administrativas eas FungSes 0 altera a natureza do trabalho conelusies ge nizagoes sgerem que estratégicos dliferer sharia e 3s deles mostrando q difere em -fungio de ct oxcanzagoes,TwOW0 —— tes para atenderem as mudaneas globais, do posici ‘om Senge focando o surgimento, a mi ser vista como ‘aparecimento de fronteiras nas or- x0, continuamente produ iroft et al, (1994) propoem fender aos desafios futuros, as gentro de conhecimento/aprendiza Organizagées como tecnologia nativas A concep gi «a nogie da idéia de processo, ‘Também introduzem outros constructos tecnolégicos, como complexidade, incert lependéncia, Como esta pesquisa 2, predominantemente, do corpo de '§ sobre comunicagao organiza- freqiientemente, lerada pelos pesquisadores en- adas tém caractert , sendo os primeiros com me. edueacional, maior satus so. ‘culos no trabalho, enquanto 03 japoneses os _teza e a interdependéncia. Conforme Scott yolvidos com tecnologia procuram (Crozier, 1964; Yoshino, 1968); | (1992:231): ‘A fusio das concepgbes de posiciona- Assim, 05 padrées franceses de es mento ¢ relacional ou cultural da estrutura rede organizacional diferem dos ps '¢ Quanto maior a complex ambi nica, maior a complexidad« uma vis ibrangente da tecnologia e s mudangas no das organizagbes na era pés-industrial. Se resarial ¢ as caracteristicas de © Qua ior a incerteza té isso fosse feito, uma abordagem mais fluida ‘menor formalizagio ¢ ce ura seria exigida. Retornai io deste ia tanto dife- para.a as definigbes apresentadas no (1973; 1977) argumenta Orlikowski (1992) e, depois, De Poole (1994) propdem ede agio social. Essa concepgo Ecoerente com uma fusio das concepgoes icionamento e relacional da estrutu- +3, porque essa fusio, combinada com as ‘mudangas mundiais deseritas anceriormen- (6, conduz 4 emergéncia de formatos organi- zacionais fluidos, com fronteiras aparecen- do, desaparecendo e mudando nio s6 inter famente, mas entre as organizagdes. Essa testrururaglo 6 também adaptavel -separar tecnologia e esr 3 propriedade emergente da agio progressiva (Weick, 1969), a ‘eds recursos dos membros em inte Endo, a estruturagio sugere que os sist so construdos com base em regrase intera ‘bes que recursos, como agBes, so instru entos que as pessoas usam para inf ciaras organizagSes e que as estruturas 840 meio e resultado da interagio (Weick 1990:18). A est particularmente € sugere.que a tecnal da estrutuca que as ages Bloque: (Giddens, 1979:64-65). As propriedades extruturais consistent em re- gras e recursos que os agentes humanos turals 6 destacado para evitar a desperso: nalizagio. O reconhecimento de que os atores possuem conhecimentoe so rele vos Cuma premissa central” (Orhikows, 1992:404), ikowski introduz uma nogio recor- ‘riada e modificada dualidade da tecnologia. A tecnolo ser interpretada como flexivel (cocrente ‘com a definigo n® 7), ¢ sua interagio com a organizagao é uma fungio de diferentes 1 esses tipos de interdey interdependentes, os projetista (designers) ais 0 proceso dees ‘e administradores devem gerenciar os vin- agBes. Até agora, os pesquisadores organizacionais nae fornece- idamente, como também a ‘nenhuma das duas es {is demandas da era pbs- dde medic e avaliar a tec pesquisadotes organi dos eventos estocistios Sultado &a dleuldade de visu atuais para medi e abordar ajudar a decifrar op péis cambiantes e complexos da tecnologia | do, Uma vez que tal te sistema (Perrow, 1984), talvez o termo pos- sa ser substituida rento ou de identificagiio, ou de uma ‘concepgio errada em vex de hasear-se em "des predefinidas (isto é, ntim erro) (Weick, 1990:7) ogia © na so- fio de eventos con: tos, esto tam- ‘da medigéo emse outros projetos de pesqui- a essa revisio. Tipologias mais ape adas da teenologia e da intes (issues) de nosso mun recnalégicos, po- “proximas etapas’ Os ambientes de decisio no fucuro hides e das interagées serdo de particular significdncia. Algumas dessas tecnologias jd foram desenvolvidas para a teleconferéneia, a videoconferéacia ¢ os services dle correio eletrdnico para ajudar es grupos s evolugto natural seria int nologias em sistemas de s lo nossa discussio ja, podemos fundir mais € mais fuidas a estrutura '¢ investigagées sobre a na papel de interrupgdes € rcintci ‘em organizagbes tecnoldi piles ¢ complexas; + exame do papel do lade organizacional mento das porque tecnologias diferentes eni- erentes de desenvolvimento tecno- légico sio encontrados em partes diferentes dda organizagfo, Entretanto, no precisamos desenwvolver cone representam aumento nas déncias de resultados inesperados fe que conduzem a desdobramen- 10s imprevistos; delos contingenciais q 0s tipos organi structos nos estudos organi- nos ¢ absteatos sgerem que se desenvolvam nnhas de pesquisa seguintes xzacionais ¢ teenol nm intencionadas e importantes ragBes sobre as maneiras como as 3izagBes podem co! os energizadores, del da tecnol ‘© investigar conceitos para diferen- ciaras diversas formas que even- centre outras (Campb Dornbusch e Scott, 19% Lengel, 1986); © exames das der de diagndsti de problema vas demandas me arefas complexas fem onganizagdes reais e vit reservations systems: lessons fo Quartery, 12(3), p. 353-369, 1988. TAYLOR, J. job structure, GALBRAITH, J. Des Reading, MA: Addison-Wesley, 1973 design. Reading, MA: 6,p. 81-100 —: New York: Oxford, 1981. v.2, 519, 1967. 928.9 LIN, C. L; ROZNOWSKI, M. Or nies: effects on organizations ‘CUMMINGS, L. Li: ‘Academy Press, 1994 NOBLE, D. organiza ‘New York: Oxford rice society Wa + SABEL, C.F. The secon for prosperity. New THE WINNING ORGANIZATION. Fortune, 60,26 Sept. 1988. Press, 1968, p.50-

You might also like