You are on page 1of 14
Série RAE-Classicos Miguel P. Caldas Carlos Osmar Bertero 4000306393 (CoorpexaDones) SISBUUFU (OA ‘Teoria das Organizacées Andrew H. Van de Vi Andrew J. Grimes ‘Armen A. Alchian | ris Grey Gareth Morgan Michael T. Hannan Robert Cooper Roberto Fachin Caldas, Cavios Osmar Bertero (coordenadors); Francisco Gabriel Heldemann Govisio "éenica).~ $30 Poul: Aas, 2007, Virios autores. Bibliogeaia, ISBN 978-85.224.4658-2 1. Organizagdes 1. atlos Osmat, 07-0180 v-658.001. SAO PAULO EDITORA ATLAS SA. - 2007 6 Jaula de ferro revisitada: isomorfismo institucional e racionalidade coletiva nos campos organizacionais* Walter We Powell Introdugiio 1 € 0 esptrito do capite trod 10, Max Weber advertia ido pelo ascetismo, havia alcangado seu mo- ordem racionalista se tornara uma jaula de lidade de um renascimen- jaula de ferro assombrou os estudiosos da sociedade, na medi- erava o ritmo da burocratizagio. Mas, jonadas: da competi- da competigao entre os ° 0 seu pessoal wumentando a nece : csdeieaie ¢ das demandas burguesas por protecao igualitéria, bo: abrgo Das tr@s, a mais importante era a competigao no espago de mercado. Hoje, esereveu Weber, res em, em simesmas, mode: tos sem iguats de organizagio burocrta estrita (Webes, 1968, p. 974. Nés argumentamos que as causas da burocratizagao ¢ da racionalizagio mu- daram, A burocratizagao das corporagées e do Estado foi zagdes ainda esto se tornando mais homogéneas, rma organizacional comu rsseoes Garces wala cer er orca pela com 8 seco dade 50, conforme sustentaremos, a burocratizagio no resultado de processos as outras form; 779) dos campos or or exemplo, Woodward, 19 Jo (como, por exem| jos) esto montadas par: 8 variacio, Nos estgios iniciais de seu ciclo de vida, os campos or presentam uma considersvel diversidade de abor tanto, to logo um campo fica bem estabelecido, ha um sentido da homogeneizagao, '82) descrevem a evoluicao das publicagdes n ios, desde um periodo de dive modelos, o grande generalista b e specialist. Rothman (1980) descreve a redugio dos diversos modelos 0s de educagio juridica a dois modelos dominantes, senta evidéncias de mimetismo no desenvolvimento do (1974) e Katz (1978) mostram um processo semelhante nouw (1966-68) descreve o de a emergéncia dos mo lanes que se voltavam a prover educagdo superior no O que vemos em cada um desse: faz aal Jara redes de abordagem de rede interorganizacional, de Laumann et ide dos atores relevantes, Ao fazer is tanto da co 4 gstrutura de um campo organizacional nfo pode ser determinada a prior, imas deve ser definida com base na investigacio empitica. Os campos existom oa, $ patticipantes de um grupo de organizacdes, empreendimento comum (DiMaggio, 1982) ‘Tio logo organizagies ‘num campo real (por com, forme dem envolvidos pares, no mesmo ramo de negécios, se estruturam ', por Estado e por categorias profission: raremos), emergem forgas poderosas, que as levam a se tor odificar su vas organizagdes podem ingressar no Mas, no longo prazo, ao tomarem decisoes constroem em torno de si um ambiente que ages organizacionais co- 10. Mas praticas novas lor que ios requisitos téenicos da tarefa & mao”, A medida que uma inovacao se Iha, chega-se a um limiar além do qual sua adociio antes prove legitimidade ycrementa o desempenho (Meyer; Rowan, 1977). As estratégias que sio 5 das podem nao ser racionais, se forem adotadas “6es respondendo a seu ambiente, que c: izagdes respondendo a um ambiente de de organizagies. (2981) sobr fe a adogio da reforma no rbanos, como tamanho da poy mposicao socioeconémica iS, Nos anos recentes. As constatagdes de Carroll e De- bre as taxas de nascimento e morte de jornais sustentam a visio de que a selegio atua com grande forca somente nos anos iniciais da existéncia ie as organizagdes maiores e ides que enfrentam o mesmo conjunto de cor I, esta abordagem sugere que as. rescente com as caract \¢do depende da capacidade indo Meye' isomorfismo: competitive (977) e boa petitivo, pres mercado, a mudanga de visio é mais relevante para os campos em que exist Ela explica partes do processo de burocra mos de mudanga isomérfica institucional mos trés mecanismos coercivo. O isomorfismo coercivo re tempo formais e informais exercidas sobre as or 18 produtores, Fedequarem is regulamentagoes ambient wists legats do isco; organizagdesempregam fa os de aga irmativa, para se defenderem de eee de ciseriming sviiantes espa em classes regulaes contrat aca ular relagp as associagées de pais sao. c professres de educa especial stra to de essas mudanga: sejam inconseqiic se envolvem na pra as relagbes de poder d Acexisténcia de um 1as fungdes que podem no longo prazo. nanceiros que asse; mento de contratos feder Pfeffer e Sal te as conseqiiGneias de suas 1s de organizagdes, vornando dessa forma essas, Meyer e Rowan (1977) argu ‘que os Estados ¢ outras grandes orga minios sobre outras arenas da vida s ages fic vier mais em torno de rituais de conformidade com inst imo tempo, as organizages so cada vex menos determin 7 A imposigio direta de procedimentos operacionais padronizados e de regras estruturas legitimadas também ocorre fora da arena governamental. Michel Se- lak (1981) documentou os modos pelos quais a United Charities, na década de 1930, alterou e homogencizou as estruturas, métodos e filosofia dos érgaos de servigo social dos quais dependia, Na medida em que corporagées diversificadas em tamanho ¢ escopo, no hé necessariamente uma imposigio de cri- ‘érios padronizados de desempenho para as subsi subsididrias sejam submetidas a mecanismos pad tas (Coser et al., 1982). As subs avaliagBes de desempen politicas da mateiz, Viirias Por organizagdes monopol ici do capital ¢ a coordenagio da fi- te & homogencizacio dos modelos organizacionais por 8 relagoes diretas de autoridade. (1981) descreveu os modos pelo: rbanas ~ mui necessidade 3s em termos interagir com organizagées hi ncdo de formas orgar 124 Yori das Onpanaases = Cale ¢Baere at. Os modelos podem ser difundidos de wma forma nfo né- a imitadora pode u m intencional, de modo indireto, por meio de transferéncia ou rotagio de funci ‘modelagem organizacional. Como observou Alchian (1950): mente, hé aqueles que inovam de modo les que, em suas tentativas imperfeitas de jor adquitirem de forma inadvertida icos, que, nas circuns- também aqu inovam de modo inconsciente, guns atributos inesperados ou nao procurados Lncias atuiais, se mostram em patte responséveis pelo sucesso. Outros, por sua vez, tentario copiar o carter (inico; ¢ 0 proceso de inovagao-imitagao prossegu Um dos exemplos mais dra foi 0 esforgo dos responsi séeulo XD rarentemente bem-sucedid is. Assim, o govern trabalho nas empr: se espelhar nos sucessos japoneses © tico; as empresas adotam esas ide de consumidores servidos por uma pressio sentida pela organizagio para prover programas ¢ n, uma forga de trabalho hi (0 uma ampla base de consumidores podem estimular 0 isomor- io de pessoas empres organizagio, ma icionais provém do relativamente iodelo das de um grupo relativamente peque! 5 quais, como a Johnny Appleseeds, disse- de empresas de consultoria de peso, rminam alguns modelos organizaciona poderosos, porque as mudangas estrutura dangas em politica ¢ estratégia so menos fat de uma importante empresa de const a grande estacao puiblica metro- Politana de televisao substituiu o modelo funcional por uma estructura multidi. nal. Os executivos da estago estavam eéticos em relagdo & possibilidade de a nova estrutura ser mais eficiente; de fato, alguns servigos duplicaram entre as divisdes. Mas eles estavam convencidos de que 0 novo modelo traria uma men. sagem poderosa para as empresas com as quais a estagio com freqiiéncia se re. ava. Essas empresas, tanto no papel de subscritoras de ages como no de potenciais parceiros em Esses modelos sio enquanto que as mu- nente notadas. Com a orient iva nos drgdos go- vernamentais dos Estados Unidos, que so conhecidos por sua ambi objetivos, é praticamente um caso diditico sobre modelag amento-programa) da era McNamara até 0 orgamento de base zero da administragio Carte agdes tendem a se espelhar em outras organizagées de seu campo, sucedidas. A ubiqilidade de creditada 4 univ a concreta de que os John Meyer (1981) argumenta que nizagio da gesto de uma nagao que acaba de nascer, mesmo respeito da nacao em si, pois “as nagbes periféricas so muito icas — em relagdo a forma administrativa e ao padtiio econémico ~ teoria sobre sistema mundi isdo econdmica do tral poderia levar alguém a rer’ que elas percebem como mai 0s 0s de salidade dos processos modelos adot prever ao Presses normativas, Uma terceira fonte de mudanga organizacional isomér- fica é normativa e provém, principalmente, da profissionalizagao. Seguindo Lar- son (1977) e Col interpretamos a profissionalizacao como uma luta ‘ocupacio para definir as condigées ¢ os métodos controlar a “producio dos produtores” (Larson, 1977, p. a estabelecer uma base e legitimagao cognitivas para sua autonomia Como destaca Larson, 0 projeto profissional ¢ raramente atingido ‘e850. Os profissionais tém que fazer concessdes aos clientes, che- ladores nao profisi profissbes aconteceu entre os profi gestores e os ados de grandes organizagSes. A maior pro- hadores, cujos fucuros estao indissociavelmente ligados ages que os empregam, fez com que se tornasse obsoles- ‘obsoleta) a dicotomia entre 0 comprometimento organizacional ea lealdade profissional, que caracterizou os profissionais tradicionais nas primeiras organizagdes (Hall, 1968). As profissdes estio sujeitas as mesmas pressbes coer- fas e miméticas a que esti as organizagies. Além disso, enquanto varios ti dle uma organizagao podem se distinguir uns dos outros, ya com suas contrapartes pro (05 casos, 0 poder profissional ¢ algo con istado tanto quanto criado Dois aspect Um deles 6 0 fato de a educagio formal e cognitiva produzida por especialistas univers ¢ cimento ¢ a elaboragio de redes profissionais que perpassam as organizagoes ¢ 1 meio das quais novos modelos se difundem ray ides e igbes de formagao profissional séio centros im ormas organizacionais entre os administradores profissionais ¢ se rios. As associagdes profi ‘ede investigagao constituem outro vel de regras normativas sob num pool de individuos quase de 5 da profissionalizagdo so fontes importantes de i imagio se apoiarem 127 ira semelhante, a considerar como \cionados e legitimados os mesmos procedimentos, estrutu- se abordardo as decisées de uma maneira muito similar. Os ingressantes em carreras profissionais que, de alguma forma, esca processo de selego ~ por exemplo, os re toras de agées, ou 0s exect 1 \¢do poderia reforgar e nio remover as diferencas, igdes. No entanto, quando as organizagBes em certo campo si0 804 sce em reunides de associagées agoes orga- s profissionais de empregadores ¢ nas }0 governamental &s empresas ou oF or meio do process de verbas ou contratos, pode dar le de a essas oF Ices, ¢ levar empresas concorrentes a coy os érgios de governo sm fins luctativos, onde nao existem estruturagao pode a de negé- premiagoes ios admi- ios, tomam assento reconhecimentos, F governs ou por fundagées para t am em conselhos de organizagées menores, reforcada e ampliada 128 mesmo tempo como modelos ativos ¢ is em todos os seus campos. A e costu- As trajetbrias de carreita podem iciais em organizagées centrais iféricas. Os fluxos de pesso- futuros podem mes das orga também envolver a movi que pretendem ent ‘como, por exemplo, pel fessor assis ‘comunidade. organiza por serem que as orgai do que o fa As presses pos, porque 0 lgais para ristradores de (1980) observa 0 pacientes jo por status e paridade de sm um sistema de mercado pobre, por de pacientes, mas jerem oferecer 129 = Ese proceso juan a6 organtzagbes prcuram as oferecer os mesmos beneficios ¢ servi oe Indicadores preditivos de mudanea isomérfica De nossa 130 alae ener dio ao fornecedor ou distribuidor vantagens considerdveis em qualquer competigio subseqiiente com outros fornecedores ou Hipétese A-2: Quanto mais centralizado for o forn: recursos da organizagao A, tanto mais a organizagao A se transfor orficamente, para se assemelhar és organizagdes de cujos recursos ela depende. Como ol serva Thompson (1967), dos fornecedores de recursos do que as organizagdes que podem jogar com uuma fonte de apoio contra outras. Nos casos em que as fontes alternati- vas no esto imediatamente disponives og requerem exforg para seem a pare mas free na transagio poe forar a jote suas pi (veja Powell, 1983). Aterceira e a quarta hipéteses derivam de nossa discussio sob mo mimético, a moldagem e a incerteza. entre fins, lar-se ds organizagdes que ela con- maior serd a chance de a org sidera bem-sucedidas. O processo de pensamento mimético envol busca por modelos é caracteristico da mudanca nas organizagées eujas tee~ nologias-chave so mal compreendicas (March; Cohen, 1974). Aqui n Rowan (1977). como nds, que as orgari no tém teenologi irdo importar regras e priticas institucionalizadas. Meyer ¢ Ro tulam um acoplamento frouxo entre praticas externas leg portamento organizacional interno. Do ponto de vista de tum ecologi ‘organizagbes frouxamente acopladas tém maior prob fa consisténcia i nterorganizacional. na desse tipo é um la também aumen: nbiguas forem as metas de ela ji :m primeiro lugar, as organizz metas ambiguas ou questi dependentes de aparéncias para se Essas organizagoes po- dem achar que é vantajoso satisfazer As expectativas dle clientes importan- tes quanto ao modo como devem ser modeladas e geridas. Contra de sobrevivéncia, Uma segunda razdo para se modelar 0 comportamento se encontra nas si ‘em favor da harmonia; assim, 0% ipantes acham, tras organizagées do que tomar decisées com base em * sisteméticas de metas, jé que essas an: penosas ou desagregadoras. -s poderiam se mostrar A quinta a sexta hipéteses se baseiam em nossa discussio dos processos ‘hormativos encontrados nas organizagbes profissionais, ese A-5: Quanto maior for a confianga em credenc ‘olhia do pessoal gerencial e funcional, tanto mai organizagao se tornar semethante ds outras de com académicas j4 sofi programas universitérios e, portant probabilidade que os outros, zacionais vigentes. ese A-6: Quanto is académicas para tas os gestores organizacionais participarem de asso- serd que sua organizagéo se ds outras organizagdes de. icional, segundo a q entre as organizagdes e seus mem iva do ambiente (Meyer; Rowan, 1977) hor indicador de mudanca io e diversidade, que poderia ser medi ides menores dos valores de jonados num eonjunto de organizagées. Os indicadores principais variariam de acordo com a natureza do campo e os interesses do pesquisador. Em todos os casos, no entanto, espera- se que as medidas do nivel de campo pendentemente d 132, Tents ado pela distribuigo de recursos no ambiente ¢ pelos termos em que (0 recursos se fazem disponiveis. ipdtese B-2: Quanto mais as organizagies num campo transacionam com rgiios do Estado, rd a extensdo do isomorfisi Jo decorre apenas dahipdtese ante dol sntos das transagoes entre o Estado ¢ 0 setor privado: sua qualida eter ima or reps rcoaiiae ome neds wore do ‘governo em regras institucionais. Além disso, o governo federal estabelece, jeiramente, padrées industriais para um campo todo, que devem ser as as organizagdes concorrentes. John Meyer (1979) argu- izagio afetados pelas .ga0 do Estado ceses derivam de nossa di modelagem. fissionalizagao pode ser medida pela universalidade dos requisitos creden- 5, idez dos programas de formagao em nivel de pés-graduagio lade das associag6es profissionais e comerciais. maior foro grau de estruturagdo de um campo, tanto ‘maior serd o grau de isomorfia. Os campos que possuiem centros, peril ragao pode nao se prestar a uma ida de uma forma rude com a uti- jocientes de concentracio, estudos itag4o ou dados sobre caracteristicas de redes. exposigao um tanto quia fo esquemiética de um diizia de hip6teses que aclos de organizacé i ridacles es wis altos nas relagdes que postulamos. Também nao abord questo dos indicadores que se precisa usar pa n certo campo pod: eh 108 essas idéias aqui, do teérica é suscetivel a proposigdes testdveis que possam guiar Implicagées para a teoria social ‘A comparagiio das xista com 0 tral conclusiio parado, imon, 1958), objetivos incertos ou contest fguas (March: 974) SY Bwuistéca da sociedade, enquanto algo que consiste de inst meia grande parte da moderna teo! por formas nao burocriticas, as escolas assumem a estrutura do local de tr Iho, as administragées de hospitais e universidades se assemelham & admi trago de empresas com fins luc 0 da economia mundial segue sem tréguas. Os weber romogencizacio conti- a das estruturas organizacionais, na medida em que a racionalidade formal da rocracia se estende aos limites da vida organizacional contempordnea. Os fun- das empresas, escolas ¢ na (Chandler, 1977; Par- nizagBes como drgaos s, 1976) & lbgica do fazer a literatura atual sobre organizagSes corresponder a Como podem estes © paradoxo qu s-chave guiam € c s que dominam 0 organizacion; mentos ope- _Enquanto ha evidéncia que sugere que este de fato & as vezes 0 caso —a ex cagio de Barnouw sobre os primeiros dias da difusdio radiof6ni it de Weinstein (1968) sobre os Progressistas so bons exemplos dores foram menos bem-sucedidos em sua procura de elites eam classe. Em casos como 0 desenvolvimento dos programas do New De 1966) ou a expansio da guerra do Vietna (Halper! sta atuou de maneira confusa e dest Além disso, monitoramento cor is paroquiais ou parciais poder até as mais previdentes elites tinham. Perrow (1976, de recursos superiores e do poder de \$ Vezes incapazes dade das organizagbes modern {des se tornaram cada vez dades e preferés ura etnogk namento das organizagées do anejado ¢ em grande dos grupos que desejariam 136. tora dae Or ete sa atengio deve se voltar para dus formas de poder. A primeira, como assina- laram, alguns anos atrés, March e Simon (1958) e Simon (1957), € 0 poder de estabelecer premissas, de definir as normas e padrdes que moldam ¢ canalizam ‘© comportamento. A segunda é © ponto de intervengao critica (Domhofl, 1979) ites podem definir modclos apropriados de estrutura e politica or- ganizacionais, que ficam entao sem questionamento pelos anos vindouros (veja Katz, 1975). Essa visdo esté em consonancia com alguns «los melhores trabalhos recentes sobre poder (veja Lukes, 1974); pesquisas sobre a estruturagio de cam- pos organizacionais e sobre processos isomérficos podem ajudar a dar-Ihe um contetido mais empitico. Por fim, uma teoria mais desenvolvida sobre o isomorfismo organizacio pode ter implicagées importantes para a politica social nos campos em que 0 {ado trabalha por intermédio de organizagdes privadas. Na medida em que o plu- mo & um valor que orienta as deliberagies dep formas de coorclenagio intersetorial que antes es io do que acelerem a homogeneizagio, Uma compreensio da maneira pela Los campos se tornam mais homogéneos evit issem o desaparecimento de uma forma organizacional a. Os esforgos at dos num vazio organizacional. Os formuladores de de seus programas sobre tamos que hé muito a ganhar quando se presta ater de como também variagio entre as organizagoes e, em particular, mudanca de homogeneidade ou variagio a0 longo do tempo. Nossa abordagem ncremental como também a selec. Levamos a sé- izacionais sobre 0 papel da mudanca, da dessas caracteristica como um todo, Os focos e as forgas mot rio as observagées dos tebricos org: ambigtiidade ¢ da restrigio e apontamos as implicacé organizacionais para a estrutura soc vadoras da burocratizagao (e, ma se transformaram, como argumentamos, desde o tempo de Weber. Mas a impor- go foi submetida por Powell para a sesso tem agosto de 1981, em Toronto. Fomos mui- intes autores sobre as verses ini s, Lewis Coser, Rebecca Friedkin, ;, Charles E. Lindblom, John ciais deste art Connie Gersick, Albert Hunter, Rosabeth Moss Kant Meyer, David Morgan, Susan O! Stinchcombe, Blair Wheaton ¢ dk * Por conectividade entendemos a existéncia de transac 2agOes umas as outras: essas transagées poderiam mais, participagio de pessoal em empresas comuns, como associades prol sindicatos de trabalhadores ou conselhos de diretores, ou vineulos.e izacional informal, como fluxos de pessoal. Um conjunto de organizagdes as as outras © apenas fracamente coneeta- tras organizagdes constituem uma clique. Pot equivaléncia estrutural nos os A similaridade dle posigiio numa estrutura de rede: por exemplo, duss organizagSes so estruturalmente equivalentes se possuem vinculos de mes tipo com o mesmo conjunto de outras organizagoes, mesm no 0 anizagbes, mesmo que elas préprias nao estejam conectadas ent si: ness eas0, a estature-chave €6 papel pu hone ueremos dizer mudanga na estrutura formal jetivos, programa ou missao. A mudanga or cional varia em sua correspondéncia a condigées técnicas. Neste atti interessados, acima de tudo, nos processos que afi 's que vinculam as organi- \cluir relagées contrat 10s exemplos de mudanca orga bropésito aqui €antesidenifcar uma classe ampla de processs ue sao relevantes a uma ampla gama de prob car de modo determi x > Knoke (1982, p. 1337), io da reforma municipal ou expansio hierdrquica e encontra apenas um a modernizagéo. Sua principal descoberta é que as da reform municipal prove, no de diferengas soc algum tipo medida que avangamos, ni tas subs as causas de arranjos orga al de composi¢io, tagdo ou de efeitos contagiosos representados pelo nivel nna regio que antes adotavam um governo de reforma’, * Uma ampla gama de fatores - comp nio da elite ¢ apoio governany ertos, subsidios, bar- a favordiveis reduz as selego, mesmo em campos organiz competitivos. Um merea- lo, expansivel ou estivel, também pode mitigar as Forgas de selecao, * Diferentemente de Hannan e Freeman, enfatizai ‘mos sugerindo que as ages dos gestores sentido do longo prazo. De —0 mimético e 0 normativo ~ envolvem antes comportamentos gerenci apoiados em pressupostos tidos como certos ¢ inquestiondveis do que escolhas ‘conscientemente estratégicas. Em geral, idade de argumentos sobre as motivagdes dos atores que sugerem uma polaridade entre 0 racional ¢ © nao racional, O comportamento orientado por objetivos pode ser refl no sentido de que reflete predisposigdes, roteiros, classficagdes ou esquemas profundamente arraigados: ¢ 0 comportamento orientado a uma meta pode ser reforgado, sem contribuir para a realizagao dessa meta, Enquanto a mu- danga isomérfica pode com freqiiéncia ser mediada pelos desejos dos gestores de aumentar a eficécia de suas organizagées, estamos mais preocupados com 0 menu de alternativas possiveis consideradas pelos gestores do que com seus mo- tivos para escolher certas opgdes particulares. Em outras palavras, reconhecemos de maneira franca que os entendimentos que 05 autores tém de seus préprios ‘comportamentos sao interpretdveis em termos racionais. A teoria do isomorfismo trata nio dos estados psicolégicos dos atores, mas dos determinantes estruturais dda gama de escolhas que eles percebem como racion: © Carroll e Delacroix (1982) reconhecem isso clarament icional como um recurso fundamental. Aldi mentou que a perspectiva de populagio deve dar atengao as tendéncias e mud ‘gas hist6ricas nas instituigées legais e polticas ” Bsse ponto foi sugerido por John Meyer * tradugo livre da expressiio problemistic search. Esse termo provém do traba- Iho de Cyert e March (1963, p. 79) ¢ sig estimulado por um problema especifico ¢ voltado a encont problema. (N.R.) ida Nota da Redacao Artigo traduzido e publicado sob 0 titulo: “A ‘morfismo institucional ¢ racionalidade coletiva nos ¢ RAR ~ revista de administragdo de empresas, x. 45, n. 2, p. 74-89, abt/jun. 2008. Referéncias ALCMIAN, A. Uncertainty, evolution, and econo v.$8, p. 211-21, 1950. H., Organizations and environments. Englewoo For Marx, London: Allan Lane, 1969. BARNOUW, E. A history of broadcasting in the United States. New York: Oxford University Press, 1966-1968, 3 « BOORMAN, 8. A; LEVITT, BR, The cascade CORMAN, 5. A: LIMITE BRT principle for general ise reprints in Mather: 8. GINTIS, H. Schooling in capitalist America, New York: B G.; DELACROLY, J. Organizational Argentina and Ireland: 2, p. 169-198, 1982, managerial revolution in American business larvard University Press, 1977. me " came CHILD, 4; KESER, A. Development of oyanizatio STARBUCK, W.H. (Ed.). Handbook of organization ‘design, Ne Press, 1981, p. 28-64. a ane CICOUREL, A. The acq of social structure: toward a developmental sociology of language. In: DOUGLAS, J, D. ” languag. J.D. (Ed). Understanding everyday life, Chicago: Aldine, 1970. 1c. In: NYSTROM, B Cz York: Oxford University + OLSEN, J. BA garbage ean model of org ty, ¥ 17, n. 1, p. 1-25, 1972, tional choice, tal fields: an analy ANY CONFERENCE ON 1 approach and policy ns. In: SUNY |ONAL THEORY AND PUBLIC POLICY, 1982, DOMHOFE, J. W. Who rules America? Englewood Cliffs, NJ: Prentice The powers that be: processes of House, 1979. 1967. ss domination in Ame: New ental characteris on the structure of hospital 1 ¥. 25, n. 3, p, 484-510, 1980, " IAN, J 3B; CUMMiNGs, 1982. v. 4, p. 1-32, rican Journal of Sacio- W383, sand foreign poliey. Washington, DC: The Brookings : The population ecology of organizations. America 1al of Sociology, v. 82, n. 5, p. 929-964, 1977. HAWLEY, A, Human ecology. In: SILLS, D. L (Ed) sciences. New York: Mact 1968. p. 328-337. W. The New Deal and the problem of monopo lence. Princeton: Princeton University Press, 1966. /HISLER, T: The view from the boardroom. In: ACADEMY OF MANAGE: ional encyclopedia ofthe social a study in economic ambiva- iment and community. Cambridge, MA: Harvard University Press, KANTER, R. M. 1972. Men and women of the corporation. New: York: Basic Books, 1977. KIMBERLY, J; Mt 1980. p. 18-43. KNOKE, D. The spr nalysis. Berkeley: University of California Press, 1977. LAUMANN, E. 0. GALASKIEWICZ, J.; MARSDEN, P Community structure as interorgani kage. Annual Review of Sociology, v4, p. 455-484, 1978, EE, M. L. Aconspicuous production theory of hospital behavior. Southern Eco l, v.38, p. 48-58, 1971, LUKES, $, Power: @ ‘MARCH, J. Cz MARC deney, 1940-72. Ade MARCH, J. G.; COL New York: McGraw: } OLSEN, J. B Ambiguity and choice Versitetsforlaget, 1976. i SIMON, H. A. Organizations. New York: John we Jour: vview. London: Macmillan, 1974. 4J.G, Almost random careers: the Wisconsin school superinten- ive Science Quarterly, v. 22, n. 3, p. 378-409, 1977. ty: the american college president. wrganizations. Bergen, Norway: Unt local organizational Finanee and Governance, Si ASA session on The pr world hege- foronto, Ca rn id the world system: educational, eco- fersity of Chicago Press, 1979. _ ns: formal structure as myth and ‘ceremony American Journal of Sociology, v. 83, n. 2, p. 340-363, 1977. 5 SCOTT, W and technical sources of organi the structure of educational organizations. In: ST imam servies: cross-disei Temple University Press, 1981, MEYER, M. Persistence and ch GICAL, ASSOCIATION ANNUAL. MILOPSKY, C, Structure Yale Program on Non-Profit Orga NELSON, RR; WINTER, S. An evol vard University Press, 1982, OUCH, W. G, Markets, bureaucracies, and clans. ne, p. 129-141, 1980, PARSONS, T. The social system. Glencoe, tay theory of economic change. Cambridge: Har nistrative Science Quarterly, v. 25, Press, 1951 PERROW, CIs ies, 3, n. 1, p, 31-44, 1974, TING OF THE ASA, New York, iy 1976. ions: a resource dependence CLOWARD, R.A. Regulating the poor: the functions of public welfare. New York: Pantheon, 1971 fo perennial problems of bookselling: whither the local books- ion. New Haven: Program on Non- ig Organizations. No prelo, R.R; GOLDNER, F H, Professional pluralism in an industrial organization, Mana- 246, 1979, ni he evolution of forms of egal education. New Haven, CT: Department of Sociology, Yale University, 1980. (mimeo). ROTHSCHILD. WHITT, J. The c ist organization: an alternative to rational burea 527, 1979. acrobehavior. New York: W. W, Norton, 1978. 1950-1972: the impact of private-sector 'SEDLAK, M. W. You programs for prognai n administration. New York: Harper & Row, 1957. 12 x SILLS, D. L. The volunteers: means and ends ina national organization. Glencoe, I: Free Press, 1957. SIMON, H. A. Adi press, 1957. STARR, B Medical care ist organization. New Haven, CT: Program on Non-Profit Organizations, Yale University, 1980, (mimeo). il control of free schools. jout authority: dilemmas of s sity Press, 1979. 1967. TYACK, D. The one best systen Harvard University Press, 1974. USEEM, M. The social organization of the Amer corporation directors in the governance of American institutions. A Review, v.44, 0. 4, p. 553-572, 1979, WEBER, M. The id the spirit of capitalism. New York: Scribner, 1952. Sociological ethic wy: an outline of | cost economies: the governance of eont of law and ,% 22, n. 2, p. 233-261, 1979. selection” andl the theory ofthe firm, Yale Economic Es- WINTER, S. G. Economic “nat m, In: DAY, RH; GRA- New York: Academic, 1975, p. 73-118. practice. London: Oxford University

You might also like