You are on page 1of 51

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO G.

DO NORTE
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA E GENÉTICA

COMUNICAÇÃO CELULAR
SINALIZAÇÃO CELULAR

Prof. Delando Nasário de Medeiros


I. Introdução
SINAIS OU MECANISMOS QUÍMICOS.
1. Vida embrionária.
2. Influencia no metabolismo, secreção, fagocitose, produção de
anticorpos, contração celular, etc.
3. Molécula sinalizadora: ligante  qualquer molécula que se liga a um
sítio específico em uma proteína ou outra molécula.
4. Sítio específico = molécula receptora ou receptor  proteína que se
liga a moléculas sinalizadoras extracelulares.
SINAIS OU MECANISMOS QUÍMICOS
II. Objetivos:

1. Diferenciar ligante de receptor

2. Identificar os principais tipos de comunicação celular

3. Compreender a importância da comunicação celular

4. Estabelecer relações com situações do nosso cotidiano


3. Tipos de comunicação celular
4. HORMONAL
(Hormônios) glândulas endócrinas  espaço extracelular 
capilar sanguíneo  célula-alvo (possui receptor para o
hormônio).

Características da comunicação hormonal:


Produzidos por órgãos especializados  glândulas endócrinas.
Atuam à distância.
Velocidade é relativamente lenta.
Depende da difusão e do fluxo sanguíneo.
Especificidade de natureza química e receptor da célula-alvo.
Resposta da célula-alvo  liberação ou inativação de secreções
4. HORMONIOS
4. HORMÔNIOS
1. Hidrossolúveis: (proteicos) resposta rápida e duração breve
Insulina
Adrenalina
(peptídicos): T3 e T4
2. Lipossolúveis: resposta lenta e duração longa
Esteróides: estrógeno, progesterona e testosterona
Hidrossolúveis: Resposta rápida e duração breve
Hidrossolúveis: resposta rápida e duração breve
Lipossolúveis: resposta lenta e duração longa
4. HORMÔNIOS
A especificidade dos hormônios depende não somente da natureza
química, mas também dos receptores químicos apropriados.
5. Tipos de Receptores:

5.1. Todas as moléculas sinalizadoras hidrossolúveis ou lipossolúveis ligam-se a


receptores.

5.2. Tipos de receptores :


a) Receptores de membrana – onde se ligam os hormônios hidrossolúveis.
b) Receptores citoplasmáticos – onde se ligam os hormônios lipossolúveis.
c) Receptores nucleares: T3 e T4
5. Receptores de membrana e citoplasmático:

Hormônio Peptídico? Hormônio Lipídico?


5. Receptores de membrana
A comunicação celular envolve três estágios:

a)Recepção:o receptor (proteína da membrana) reconhece o


ligante.

b)Transdução: Conversão de uma forma de sinal físico ou químico


em outra.

c) Resposta: normalmente na catálise enzimática, modificação das


fibras do citoesqueleto (movimento) ou uma atividade gênica
específica
5. Receptores de membrana
5. Receptores e respostas
5. Receptores e respostas
5. Receptores de membrana

Associados à proteína G
A proteína G está na membrana celular
 Consiste de três subunidades: , β e γ
 Está inativa quando o GDP está ligado a subunidade 
 A ligação do hormônio a seu receptor troca o GDP pelo
GTP na subunidade  ativando a proteína G
 A proteína G estimula a Adenilato ciclase que catalisa a
transformação de ATP em cAMP e pirofosfato
5. Receptores de membrana
cA M P NH2

N
N

N N

H2 O
5 'C 4 '
H H 1'
O
H 3' 2' H
P O OH
O
O-
SISTEMAS EFETORES LIGADOS À PROTEÍNA G
LIGANTE
* Sistema AC/AMPc

LIGANTE

ADENILATO
 ADENILATO
R GS CICLASE
CICLASE
GDP
GTP  GTP 

ATP
GTP
GDP AMPc

(+)

FOSFORILAÇÃO PKA
PROTEÍNA

OBS: Proteína G (Gs; Gi; Gq) sendo que a Gs i Gi estimula ou inibi a adenilato ciclase
cAMPC – catalisa fosforilização de serina – a qual pode ativar ou inibir a enzima alvo ou canais
LIGANTE
5. Receptores de membrana
* Sistema PLC/IP3

LIGANTE

 FOSFOLIPASE C
R GS
FOSFOLIPASE C DAG
  PKC
IP3
GDP
GTP GTP

GTP

GDP (+) PKC


IP3
Ca2+

2+ 2+
CaCa Ca2+
REL
Ca2+ Ca2+Ca
2+ X

DAG = diacetilglicerol IP3 = inositol trifosfato Inativação por desfosforilização


5. RECEPTORES DE MEMBRANA
ANOSMIA: perda de olfato
AGEUSIA: perda de paladar
ALGUNS SINALIZADORES DO NOSSO COTIDIANO

ANTRANILATO DE METILA (AROMA DE UVA),


ACETATO DE PENTILA (AROMA DE BANANA),
BUTANOATO DE ETILA (AROMA DE ABACAXI),
METANOATO DE ETILA (AROMA DE GROSELHA),
ACETATO DE OCTILA (AROMA DE LARANJA),
ETANOATO DE ISOBUTILA (AROMA DE MORANGO)
ACETATO DE ETILA (AROMA DE MENTA),
CUMARINA (CANELA)
MENTOL (HORTELÃ)

DISSULFURETO DE ALILOPROPILA-C6H12S2
(AROMA CEBOLA)
5. RECEPTORES DE MEMBRANA
6. Comunicação PARÁCRINA
COMUNICAÇÃO PARÁCRINA.
Secreção parácrina  produção de mediador químico
de ação local.
Ex.: Prostagladinas e Óxido Nítrico (NO).
Ácido aracdônico  fosfolipase  prostaglandina.
6. Comunicação PARÁCRINA
6. Comunicação PARÁCRINA
FEBRE.
Microrganismo invasor  monócitos e macrófagos  pirogênios
endógenos (InL, TNF, INF)  sangue  centro termorregulador do
HIPOTÁLAMO  ácido aracnóide  prostaglandina E2  cAMP 
T°  febre.
Prostaglandina E2  nervos periféricos  vasoconstricção.
Hipófise libera ACTH, endorfina e prolactina  SNC  sonolência.
Antiinflamatórios esteróides  cortisona  inibe a liberação do ácido
aracdônico.
Antiinflamatórios não-esteróides (aspirina)  inibe a síntese de
prostaglandina E2  vasodilatação
6. Comunicação PARÁCRINA
ÓXIDO NÍTRICO (NO)
Neurotransmissor

Macrófagos e neutrófilos  liberam NO  inflamação.

Células endoteliais  revestem internamente os vasos


sanguíneos  dilatação do vaso sanguíneo  aumento do
fluxo sanguíneo local.
Ex.: VIAGRA.
6. Comunicação PARÁCRINA
6. Comunicação PARÁCRINA
DESCOBERTA PELO EFEITO COLATERAL

44
7. Comunicação NEUROSINÁPTICA

Neurônio  corpo celular ou pericário  dendritos  axônio


Neurônios  receptores, condutores e transmissores de
informação.
Pericário  síntese de macromoléculas e receptor de mensagens
Denditros  receptor de mensagens
Auxônio  terminal axônico  libera os neurotransmissores .
Terminal axônico  célula seguinte  sinapse.
7. Comunicação NEUROSINÁPTICA
7. Comunicação NEUROSINÁPTICA
7. Comunicação NEUROSINÁPTICA
TIPOS DE SINAPSE
a) Sinapse Elétrica b) Sinapse Química

Sem mediadores químicos Presença de mediadores químicos


Nenhuma modulação Controle e modulação da transmissão
Rápida Lenta
Algumas doenças e a proteína G

1. Coqueluche:
Bacilo Bordetella petussis brônquios
Toxina bloqueia GTP que se acople a subunidade 
Fechamento canais K
Excitabilidade músculo liso  contração muscular  tosse
2. Cólera:
Bacilo Vibrio cholerae
Toxina bloqueia GTPase da subunidade 
Adenilato ciclase ativa  canais de Cl
abertos  luz intestinal  deslocamento
Na  H2O  diarréia

You might also like