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Discovery Publicações - Armas Secretas - 23out22
Discovery Publicações - Armas Secretas - 23out22
me/BRASILREVISTAS
ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO ................................................................................ 6
O que é uma “Arma Secreta”?
CAPÍTULO I ....................................................................... 8
A Busca pela Arma Suprema
CAPÍTULO II .....................................................................15
Alemanha - Na Vanguarda Tecnólogica
Milhares de ideias ............................................................... 15
Acesse nosso
Ural Canal
Bomberno Telegram: t.me/BRASILREVISTAS
............................................................................19
Amerika Bomber .................................................................. 21
Aviões Secretos Alemães ............................................... 24
Exército Alemão ...................................................................37
Tanques Alemães .............................................................. 42
As Armas VIngadoras ....................................................... 46
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
APRESENTAÇÃO
A
lguns anos atrás, numa grande feira dos fabricantes e
importadores de brinquedos no Brasil, estava à venda um “kit
de espionagem” para crianças com alguns “brinquedos” bem
impressionantes: óculos com visão infravermelha (permite
enxergar no escuro), relógio com visor e câmera embutidos
e um cabo de fibra ótica com lente para filmar escondido em esquinas, um
mini-helicóptero a controle remoto com câmera e capaz de filmar por meia
hora (podendo transferir a gravação para qualquer computador caseiro).
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Agora, pense: se isto é o que as crianças de hoje têm para brincar, o que os
espiões e soldados de verdade devem estar usando? O quanto armas ainda
secretas estão desenvolvidas ou ainda em desenvolvimento para se permitir
que os equipamentos e tecnologias de 15 anos atrás, de uso exclusivo do
exército norte-americano, se tornassem brinquedos inofensivos atualmente?
Estes novos armamentos ainda em teste nós só veremos daqui muitos anos,
pois são considerados secretos – como um dia os brinquedos de nossas
crianças também já foram.
Essa é a essência de uma arma secreta: uma tecnologia, equipamento ou
armamento desenvolvido em segredo para, dependendo de sua função,
despistar, detectar, localizar, observar, seguir e, enfim, destruir um alvo
inimigo com a maior precisão possível. A pesquisa, desenvolvimento e teste
de tais armamentos precisam ser feitos em segredo, pois tais armamentos
darão, mesmo que por pouco tempo, uma vantagem estratégica sobre os
países considerados rivais ou inimigos. Quando uma arma secreta se torna
conhecida – em geral por ser usada em alguma guerra –, acontece um efeito
imediato: outras nações começam a desenvolver – em segredo, é claro –
uma contra-arma para neutralizá-la ou, pelo menos, se equiparar a ela e se
começa novamente o desenvolver de novas armas secretas. É uma corrida
sem fim em busca da supremacia tecnológica e militar definitiva, algo que
nunca será alcançado. Pois para cada nova arma, será sempre criada uma
contra-arma.
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
Mas estas armas, apesar de terem por objetivo destruir o inimigo, acabam
tendo algum uso civil ou comercial algum dia. Por exemplo: a internet, tão
necessária e vital, era uma tecnologia ultrassecreta criada para garantir a
comunicação militar entre os computadores de estações de radar, quartéis
e bases aéreas dos EUA chamada ARPANet (Advanced Research Projects
Agency Network – Rede de Agências para Projetos de Pesquisa Avançada).
Desenvolvida durante os tensos anos da Guerra Fria, ela começou a operar
em 1969 e fornecia uma rede de comunicações interligada e sem uma central
de controle, tornando-se praticamente impossível destruí-la no caso de uma
guerra nuclear. A internet atual surgiu apenas em 1983, mas a tecnologia
inicial de comunicação sem um controle centralizado é herança direta do
ARPANet.
E em nenhum outro momento da história humana houve uma corrida maior
para a criação e desenvolvimento de armas secretas como na Segunda Guerra
Mundial. Graças a todos os armamentos e tecnologias desenvolvidos visando
derrotar o inimigo, fosse por qualquer meio, quando a guerra terminou
em 1945, tínhamos o radar, os primeiros computadores, penicilina, aviões
a jato, foguetes teleguiados, visores infravermelhos, navegação por rádio,
novos tipos de plásticos e a bomba atômica, entre dezenas de outras criações
notáveis e terríveis. Em seis anos de guerra, a tecnologia em quase todos os
Acesse
campos nosso Canal
da ciência avançouno20Telegram:
anos ou mais!t.me/BRASILREVISTAS
Muitos poderão questionar que
o preço em vidas pago para se conseguir tal salto científico foi muito caro,
mas sem ele não teríamos tantas comodidades, ou elas demorariam mais
para chegar.
Apesar do custo em vidas e destruição, a Segunda Guerra foi uma época de
ouro para homens com imaginação e criatividade projetarem e construírem
armas fantásticas, estranhas ou, em alguns casos, ridículas e inúteis. Mas
valia tentar tudo para vencer o inimigo, então havia espaço para tentativa e
erro até se chegar a resultados impressionantes, que em muitos casos foram
decisivos para alterar o rumo da guerra. Nas páginas a seguir, apresentaremos
as principais armas secretas desenvolvidas pelas cinco maiores nações
que participaram do mais sangrento conflito da história da humanidade:
Alemanha, Japão, Inglaterra, Rússia e Estados Unidos. Foram estas nações
as que mais investiram em pesquisa, desenvolvimento e fabricação de novas
armas, monopolizando os avanços tecnológicos da época. Prepare-se para
descobrir o quanto a imaginação humana pode ser inventiva quando o
assunto é destruir e matar.
Boa leitura!
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A BUSCA PELA ARMA SUPREMA
A BUSCA PELA
ARMA SUPREMA
U
ltima ratio regum (O Último Argumento dos Reis) é o que
está escrito em todos os canhões fabricados durante o reinado
do rei francês Luis XIV (1638-1715). A mensagem é clara: os
canhões são a arma suprema e a guerra, o último recurso dos
reis para impor sua vontade ou resolver uma disputa. Estes
canhões que Luis XIV dispunha eram os mais avançados da sua época, criados
por um novo e secreto sistema de fundição, e lhe garantiram muitas vitórias
nas guerras que travou em seu reinado. É um exemplo entre vários outros que
a história nos mostra de como uma arma avançada faz a diferença no campo
de batalha. E é para garantir tal vantagem que ela é desenvolvida em segredo...
até atingirem o inimigo de surpresa! Mas e se alguém avisa o inimigo sobre
uma arma secreta – ou, pior ainda, sobre muitas armas secretas? Isso de fato
aconteceu na Segunda Guerra e fez toda a diferença nos destinos das nações
que dela participaram.
Quando a Segunda Guerra Mundial começou, em setembro de 1939, ingleses
e franceses estavam cientes de que os alemães tinham muitas armas avançadas
Acesse nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS
em desenvolvimento – mas eles nem imaginavam o quanto adiante Hitler
estava em tecnologia bélica, até receberem um relatório anônimo dois meses
depois do começo do conflito.
O Relatório de Oslo
Em 04 de novembro de 1939, o Capitão Hector Boyes, Adido Naval na
Embaixada Britânica em Oslo, Noruega, recebeu uma carta anônima de “um
cientista alemão amigo dos britânicos”, oferecendo-lhe um relatório secreto
Canhões
da época
de Luis XIV
construídos
por volta de
1700, com a
frase “ Ultima
Ratio Regum”
(O Último
Argumento dos
Reis) gravada
no cano.
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
%RPEDIRJXHWHWHOHJXLDGDDQWLQDYLR+HQVFKHO+VTXHGXUDQWHDJXHUUDDIXQGRXRXGDQL¿FRX
seriamente mais de 30 navios aliados, incluindo cruzadores e destróieres. O relatório de Oslo alertou
sobre seu desenvolvimento.
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A BUSCA PELA ARMA SUPREMA
Começa a corrida
Recebidas a princípio com
ceticismo, as informações foram
examinadas por cientistas britânicos
ligados ao serviço secreto MI-6. Eles
concluíram que, apesar de algumas
imprecisões, os detalhes técnicos
estavam corretos, com todos os
sistemas eletrônicos descritos sendo
viáveis em curto prazo – e como
uma amostra desta tecnologia veio
anexada ao documento, era difícil
não acreditar!
O Relatório de Oslo ainda é
considerado o mais importante
documento de informações enviado
por uma única pessoa em toda a
Segunda Guerra e disparou um
alarme dentro do alto comando
britânico, alertando-os de que os
Acesse
alemães nosso
estavamCanal no Telegram:
desenvolvendo rapidamentet.me/BRASILREVISTAS
e em grande variedade armas
e dispositivos eletrônicos que lhes dariam grande vantagem tecnológica e
militar. A partir do Relatório de Oslo, os britânicos e, quando entraram na
guerra, os russos e norte-americanos, deixaram a lerdeza intelectual de lado e
criaram e/ou ampliaram seus centros de pesquisa e desenvolvimento de armas
e eletrônicos visando tirar o atraso em relação a seus inimigos, dando início a
uma corrida armamentista tecnológica que durou toda a guerra.
Os cinco principais países envolvidos no conflito – EUA, Rússia, Inglaterra,
Alemanha e Japão – não pouparam dinheiro ou recursos para desenvolver
armas cada vez mais avançadas e letais, para criarem medidas e contramedidas
eletrônicas para superar as do inimigo. Foi uma luta travada nos laboratórios,
centros de pesquisa, oficinas e campos de teste onde as mentes mais brilhantes
de cada nação colocaram seu intelecto para elevar a um novo patamar a arte de
matar em batalha. E desta corrida em busca da Arma Suprema, centenas de aviões,
navios e armas experimentais de todos os calibres foram construídos e testados,
sendo os melhores deles usados nos campos de batalha, com resultados variados.
O limite é a imaginação
E assim, ao longo dos anos sangrentos da guerra, as armas foram se tornando
cada vez mais eficientes e letais. Em 1939, os aviões de caça tinham velocidade
máxima de até 480 km/h e podiam voar até um teto de nove mil metros de
altitude. No final da guerra, caças já voavam a mais de 640 km/h, com tetos
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
de 12 mil metros. Mas o principal avanço aéreo foram os caças a jato, capazes
de voar a quase 900 km/h. Além dos jatos, os alemães criaram os temíveis
foguetes V-1 e V-2, bombas teleguiadas, armas com visor infravermelho,
torpedos precisos, submarinos avançadíssimos, tanques e canhões enormes;
os japoneses criaram submarinos porta-aviões, capazes de dar a volta ao
mundo sem reabastecer, e um caça excepcional – o Zero; os russos criaram um
tanque fenomenal – o T-34, supertanques enormes e uma submetralhadora
fabricada aos milhões e tão boa que até os alemães usavam; os ingleses, além
de um radar mais avançado, criaram uma forma genial para cegar os radares
alemães, trouxeram a penicilina, que salvou a vida de milhares de feridos e
criaram toda uma divisão de tanques excêntricos – mas que foram vitais no
dia-D; e os americanos, além de superbombardeiros, computadores e a bazuca
antitanque para a infantaria, criaram a arma mais destruidora de todas até
hoje: a bomba nuclear, fruto de três anos de pesquisa e mais de dois bilhões de
dólares em gastos, que culminou na destruição de duas cidades japonesas e a
rendição incondicional do Japão. Foi uma arma secreta, então, que causou a
maior destruição da guerra e também decretou o fim dela.
E o nome do cientista alemão que iniciou esta corrida tecnológica em busca
de armamentos avançados e culminou na bomba nuclear ao enviar o Relatório
de Oslo era Hans Ferdinand Mayer (1895-1980), matemático e físico alemão
antinazista.
Acesse nossoQuando Canal a guerra
no começou, ele decidiu
Telegram: informar aos ingleses sobre
t.me/BRASILREVISTAS
quão avançados estavam os projetos para novas armas. Seu nome permaneceu
em segredo até 1989 – nove anos
após a sua morte, conforme o próprio
Hans havia solicitado –, quando
finalmente o autor do Relatório de
Oslo foi divulgado ao mundo. Raras
vezes na história humana a simples
decisão de um homem desencadeou
tantos eventos, invenções e mortes. Se
Hans Ferdinand não tivesse enviado
o Relatório de Oslo, os aliados teriam
demorado muito mais para notar o
quanto estavam atrás dos nazistas
e tal atraso poderia ter permitido a
Hitler vencer a guerra! Sem dúvidas,
esta carta escrita por um alemão que
estava ciente do quão terrível seria uma
vitória nazista ajudou muito os aliados
Hans Ferdinand Mayer (1895-1980), físico e
matemático alemão, autor do Relatório de Oslo, a vencerem a guerra e a tornar o nosso
que acelerou entre os Aliados a pesquisa e
desenvolvimento de armas avançadas e secretas.
mundo o que ele é hoje. De fato, armas
secretas fazem muita diferença.
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ALEMANHA
JAPÃO
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
ALEMANHA
NA VANGUARDA
TECNOLÓGICA
Milhares de ideias
A
Alemanha Nazista poderia ter vencido a guerra. Esta é uma
verdade que poucos aceitam, pois as possibilidades que se abrem
diante desta probabilidade são tão assustadoras, que gelam o
sangue. Imagine Hitler emergindo como o vencedor supremo,
com várias nações a seus pés e ninguém capaz de enfrentar
sua vontade. Citando apenas uma das possibilidades no caso de uma vitória
nazista: o extermínio industrial e sistemático dos judeus e outros povos vistos
como “raças inferiores” continuaria, despovoando, assim, territórios inteiros
que seriam entregues a colonos alemães “genuinamente arianos”, e em várias
nações surgiriam governos semelhantes ao nazismo – o que disseminaria ainda
mais o racismo no mundo – e mais extermínio de grupos étnicos rotulados
como “raças inferiores”. Se Hitler tivesse sido menos impulsivo, brincando
de general ao querer comandar cada soldado no front, se tivesse deixado o
comando
Acesse da guerra
nosso para no
Canal os generais,
Telegram: e não t.me/BRASILREVISTAS
começado novas guerras (como
invadir a Rússia e declarar guerra aos Estados Unidos) antes de vencer as que
já haviam começado, a Alemanha Nazista teria vencido facilmente a Segunda
Guerra. Para a sorte da humanidade, Hitler era muito astuto em política, mas
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ALEMANHA
De uns poucos
veículos
experimentais
em 1935, a
Alemanha
tinha mais
de três mil
tanques
quando invadiu
a Polônia em
setembro de
1939.
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
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ALEMANHA
caro, às vezes frustrante e que demora anos para apresentar resultados práticos.
O projeto da bomba-foguete teleguiada V-1, por exemplo, começou em 1936 –
mas a primeira delas atingiu Londres apenas em 13 de junho de 1944.
A quantidade de armas secretas que os alemães criaram entre 1939 e 1945
é impressionante – apenas nos aviões, foram quase 60 modelos diferentes,
alguns deles bem conhecidos e outros que ficaram apenas nos protótipos ou
apenas no papel. Foram centenas de projetos e citar todos eles neste livro seria
impossível. Mas tantas criações, por mais eficientes que fossem, não mudaram
o rumo da guerra e, de certa forma, ajudaram na derrota da Alemanha.
Explicando: para desenvolver tantas armas avançadas, é preciso muitos
cientistas, engenheiros, físicos, químicos e funcionários especializados. É uma
mão de obra de alto nível que acaba fazendo falta no esforço de guerra e tantos
projetos e pesquisas sendo realizados ao mesmo tempo, no final das contas,
atrasam o desenvolvimento de todos eles. Se os alemães tivessem se concentrado
em, digamos, metade das centenas de projetos em andamento, teriam prontas
para combate bem mais cedo muitas das armas fantásticas que apresentaram
apenas no último ano da guerra, quando já era tarde demais. Mas pelo próprio
modo do governo nazista, cheio de facções internas lutando pelo poder e cada
uma apoiando este ou aquele projeto de uma “superarma”, diminuir a quantidade
de pesquisas era impossível. E Hitler, sempre se metendo em tudo, definia o que
Acesse nosso
achava ser ou nãoCanal no Telegram:
vital, acelerando, atrasando,t.me/BRASILREVISTAS
vetando ou mesmo inutilizando
armas espetaculares, como veremos nas próximas páginas.
Como os alemães desenvolveram a maioria das armas secretas da Segunda
Guerra – mais da metade de tudo que foi criado –, é justo darmos a ela
metade deste livro, mas mesmo assim tivemos que fazer uma seleção. A seguir,
apresentamos as armas mais famosas, eficientes e curiosas. Mas esteja ciente,
caro leitor, de que é apenas uma fração de tudo o que os alemães desenvolveram.
A criatividade germânica para armas destruidoras foi insuperável. E para
começar, apresentaremos dois programas secretos que se fossem adotados pela
Alemanha, teriam sido decisivos para o rumo da Segunda Guerra na Europa.
À esquerda:
Nebelwerfer 41 (lança-
foguetes) e à direita,
garoto da Juventude
Hitlerista operando um
Panzerfaust (foguete
antitanque). Duas
H¿FLHQWHVDUPDVFULDGDV
pelos alemães.
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
URAL BOMBER
Quando o Generalleutnant Walther Wever tornou-se Chefe do Estado
Maior da Luftwaffe logo após a sua criação, em fevereiro de 1935, seu objetivo
principal era dotar a Alemanha de um avião bombardeiro de longo alcance,
capaz de ir e voltar até os Montes Urais na Rússia (distante de Berlim quase
três mil quilômetros). Por isso, chamou seu projeto de Ural Bomber. Foi, então,
aberto um concurso entre as fabricantes alemãs de aviões pesados. E, assim,
foram construídos e testados dois protótipos de bombardeiros pesados, ambos
quadrimotores:
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ALEMANHA
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
AMERIKA BOMBER
Albert Speer, arquiteto de Albert Speer, arquiteto
pessoal de Hitler e depois
Hitler e depois Ministro dos Ministro dos Armamentos.
Armamentos, disse em seu Seus livros mostram várias
facetas da personalidade
livro Spandau: Os Diários instável de Hitler.
Secretos que Adolf Hitler era
fascinado com a ideia de ver
Nova York em chamas e não
escondia isso de ninguém. Em
1937, Willy Messerschmitt,
na esperança de ganhar um
contrato lucrativo, mostrou
a Hitler um protótipo do
Messerschmitt Me 264, que
poderia alcançar a América
do Norte decolando da
Europa e era capaz de voar
15 mil quilômetros – 30
horas – sem reabastecer! O
programa Amerika Bomber
Acesse
começou nosso Canal nodeTelegram: t.me/BRASILREVISTAS
em novembro
1940 após Hitler apontar a
necessidade de “preparar
bombardeiros de longo
alcance contra cidades americanas a partir dos Açores” (cerca de quatro
mil quilômetros até Nova Iorque). Nesta época, os submarinos alemães
eram reabastecidos nestas ilhas por um acordo com o governo português,
mas que seria cancelado em 1943.
O projeto Amerika Bomber foi concluído em abril de 1942 e submetido ao
Reichsmarschall Göring no mês seguinte. Sabe-se deste projeto por uma cópia
dele descoberta em Potsdam após a guerra. O plano menciona usar os Açores
como um campo de pouso de trânsito e o resultado esperado era forçar os
Estados Unidos a usarem parte de seus recursos para sua própria defesa em
vez de cedê-las à Grã-Bretanha, permitindo, assim, que a Luftwaffe atacasse
a Inglaterra com menos resistência. Foi preparada também uma lista de 21
fábricas de aviões nos Estados Unidos como alvos prioritários do Amerika
Bomber, visando desmantelar a gigantesca produção dos norte-americanos.
Os pedidos de projetos foram feitos para os principais fabricantes de aviões
alemães, que resultaram em cinco propostas:
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ALEMANHA
Bombardeiro Messerschimtt Me 264, com alcance teórico de 15.000 km, acabou cancelado.
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
O Bombardeiro Heinkel
He 277, outro candidato
para o Amerika Bomber,
Vy¿FRXQRSDSHO
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ALEMANHA
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
Apesar de pequeno
e bojudo, alcançava
velocidades de 1.000
km/h.
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ALEMANHA
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
• Arado Ar 234
O primeiro bombardeiro a jato do mundo, usado pelos alemães como avião
de reconhecimento. Em 1940, paralelo com o desenvolvimento dos caças a
jato, a Luftwaffe queria um avião a jato para reconhecimento de longo alcance.
A única empresa que apresentou um projeto foi a Arado, com o modelo AR
234, com quatro motores, apenas um tripulante e autonomia para 1.556 km.
Mesmo com o projeto aprovado, demorou até o primeiro voo-teste acontecer,
em junho de 1943, e a primeira unidade operacional foi entregue apenas em
setembro de 1944, quando a guerra já estava perdida. Foram produzidas 210
unidades, poucas delas usadas em combate, pois sua capacidade de bombas
era limitada a uma tonelada e meia, carregadas externamente. Se o AR 234
estivesse operacional como bombardeiro em fins de 1942, teria dado muita
dor de cabeça aos aliados, pois era impossível interceptá-lo com seus 750 km/h
de velocidade. Foi o último avião alemão a sobrevoar a Inglaterra em abril de
1945, antes da rendição.
Ar 234 capturado pelos
DPHULFDQRVQR¿QDOGD
guerra.
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ALEMANHA
• Horten Ho 229
Um dos projetos mais exóticos, avançados e revolucionários produzidos pelos
alemães na Segunda Guerra Mundial. Durante os anos 1930, a empresa Horten
desenvolveu o planador H.IV, com asas em formato de bumerangue. Em 1943,
o Reichsmarschall Göring exigiu que fosse desenvolvido um bombardeiro
chamado “Projeto 3 x 1000”: 1.000 km de raio de alcance, 1.000 km/h de
velocidade e capaz de levar 1.000 kg de bombas. As turbinas a jato davam a
velocidade, mas consumiam muito combustível. A Horten teve a genial ideia
de colocar jatos em seu planador H.IV. O resultado foi um bombardeiro com
um tripulante, velocidade de 977 km/h, capaz de planar a maior parte do tempo
economizando combustível, armado com quatro canhões de 30 mm e 1.000
kg de bombas. E novidade para a época: possuía assento de ejeção. Por seu
IRUPDWR~QLFRUHÀHWLDSRXFRQRVUDGDUHVVHQGRSRULVVRFRQVLGHUDGRRSULPHLUR
bombardeiro “stealth” do mundo. Mesmo sendo aprovado, o HO 229 só fez
seu primeiro voo-teste em fevereiro de 1945, quando tudo já estava perdido.
Foram construídos apenas três protótipos, sendo que apenas um sobreviveu e foi
levado para os Estados Unidos após a rendição. Apesar das altas expectativas,
nas poucas vezes em que voou o HO 229 apresentou sérios problemas de
estabilidade, já que não possuía cauda. Mas se estivesse operacional em 1944
pelo menos, seria outra arma secreta alemã potencialmente letal.
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O Ho 229 é considerado
uma das fontes de
inspiração para o
desenvolvimento de
bombardeiros invisíveis
ao radar que os norte-
americanos usam
atualmente.
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
• Focke-WXOI7ULHEÀJHO
Com enxames de bombardeiros aliados destruindo as cidades alemãs
em 1944, projetos de caças com rápida decolagem para derrubá-los foram
desenvolvidos às pressas. O 7ULHEÀJHOMlJHU (literalmente, caça com
propulsão nas asas) era a essência desta pressa, com a vantagem de poder usar
qualquer espaço plano para decolagem. As três pás do rotor seriam montadas
num anel suportado por rolamentos, permitindo a rotação livre em torno da
fuselagem. Na ponta de cada um deles havia um propulsor a jato. No primeiro
estágio da decolagem totalmente vertical, seriam usados foguetes simples. À
PHGLGD TXH D YHORFLGDGH DXPHQWDVVH R ÀX[R GH DU VHULD VX¿FLHQWH SDUD RV
MDWRVWUDEDOKDUHPHTXDQGRRDYLmRDWLQJLVVHDOWLWXGHVX¿FLHQWHSRGHULDVHU
posicionado em voo nivelado. A inclinação das pás poderia ser variada com o
efeito de alterar a velocidade e a ascensão. A empenagem cruciforme na parte
traseira da fuselagem era composta por quatro caudas equipadas com ailerons
que também funcionariam como lemes e elevadores combinados. O armamento
seria quatro canhões de 30 mm. Nenhum protótipo do 7ULHEÀJHOMlJHU chegou
a voar, pois a guerra acabou quando havia somente uma maquete para teste em
túneis de vento. Testes virtuais recentes provaram que a ideia não daria certo:
quando as asas girassem, o corpo do avião giraria descontroladamente.
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ALEMANHA
• Heinkel He 162
Chamado também de Salamander (Salamandra) e Spatz (Pardal), foi o
vencedor do projeto 9RONVMlJHU (caça popular), competição aberta pela
/XIWZDIIHSDUDFULDomRGHXPFDoDDMDWRVLPSOL¿FDGRHFDSD]GHVHUSURGX]LGR
em grandes quantidades, numa tentativa desesperada de superar o domínio
aéreo absoluto dos aliados. O requerimento da competição foi feito em setembro
de 1944, o 6DODPDQGHU foi anunciado como vencedor em outubro, começando
a ser produzido em janeiro de 1945, entrando em combate experimental em
fevereiro. Um dos aviões que mais rápido pulou da prancheta para a batalha
GXUDQWHDJXHUUD0XLWRVSLORWRVRFODVVL¿FDUDPFRPRXPFDoDGHSULPHLUD
classe, armado com dois canhões de 20 mm ou 30 mm e alcançando até 900
km/h – um dos mais velozes da guerra! Apesar de ter lutado efetivamente
a partir do mês de abril de 1945, o He 162 assustou os pilotos aliados que
o enfrentaram. Seu maior ponto fraco era o alto consumo de combustível,
fazendo-o voar por apenas 30 minutos – e também certa instabilidade em
voo, o que exigia pilotos experientes. Até rendição em maio de 1945, 120
He 162 foram entregues a esquadrilhas de combate, 200 estavam prontos e
mais 600 estavam em vários estágios de montagem. Se tivesse começado a
ser construído nesta quantidade em janeiro de 1944, pelo menos 1.500 deles
estariam disponíveis quando os aliados desembarcaram na Normandia em
Acesse
junho denosso
1944 e Canal no Telegram:
talvez a história t.me/BRASILREVISTAS
tivesse seguido um rumo diferente.
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
• Fieseler Fi 103R5HLFKHQEHUJ
Foi um dos projetos mais desesperados da Alemanha. O 5HLFKHQEHUJ
era apenas uma bomba-foguete V1 pilotável, mas não seria usada como
um interceptador similar ao He 163: deveria ser guiado por seu piloto até
se chocar contra o alvo! Em outras palavras, era um caça suicida, a versão
alemã dos Kamikazes japoneses! Um esquadrão foi formado com cerca de
70 pilotos – jovens nazistas fanáticos – em fevereiro de 1944 com o nome
“Leônidas”. Os testes com a V1 5HLFKHQEHUJ durante o verão de 1944 tiveram
vários acidentes e pouca evolução, até que em março de 1945 o projeto foi
abandonado, felizmente. Mas o (VTXDGUmR/H{QLGDV realmente atuou quase
QR ¿QDO GD JXHUUD GHVWUXLQGR FRP PHUJXOKRV VXLFLGDV DOJXPDV SRQWHV
usadas pelas tropas russas, usando caças convencionais cheios de explosivos.
O resultado foi apenas atrasar um pouco o avanço soviético, o que não fez
diferença no resultado da guerra.
31
ALEMANHA
Outro projeto
intrigante, o
Lerche era mais
uma ideia que
um conceito
praticável
Acesse nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS quando a
guerra acabou.
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
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ALEMANHA
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
1 - Cabine pressurizada
2 - Tanques de oxidantes
3 - Tanques de combustível
4 - Câmara de combustão de alta pressão – empuxo de 100 toneladas
5 - Foguetes auxiliares
6 - Asa em cunha
7 - Trens de pouso retráteis
8 - Bomba de queda livre
EXÉRCITO ALEMÃO
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
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ALEMANHA
A arma mais malandra criada pelos alemães. Era apenas um StG-44 com
um cano extra e curvo em 30 graus acoplado a um periscópio, permitindo ao
soldado atirar de uma esquina ou qualquer esconderijo sem ter que se expor ao
fogo inimigo. Devido ao desgaste no cano curvado, ele tinha que ser trocado
a cada 300 tiros e foi tão eficiente, que foram feitas versões para os canhões
autopropulsados, mas em apenas 91 deles, e os russos fizeram sua própria
versão para a submetralhadora PPSh-41.
38
ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
Como o nome diz, foi uma arma desenvolvida especificamente para o uso dos
Fallschirmjäger, os paraquedistas alemães, tornando-se operacional em 1942.
Ela combinava as características e poder de fogo de uma metralhadora, com
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peso nãonosso
maior doCanal
que um norifle
Telegram: t.me/BRASILREVISTAS
Kar-98k. É considerada um dos projetos mais
avançados de armas individuais da Segunda Guerra Mundial, influenciou o
desenvolvimento de armas no pós-guerra e ajudou a moldar o conceito moderno
de fuzil de assalto. Ela foi projetada e criada entre 1941 e 1942, após as primeiras
operações bem-sucedidas dos Fallschirmjäger, como a tomada de Creta em maio
de 1941, onde sofreram pesadas baixas, entre outras razões, por falta de poder
de fogo adequado. A resposta foi o FG-42, mas sua produção ficou limitada a
cinco mil unidades durante toda a guerra, por usar o raro aço de cromo-níquel
em vários componentes importantes. Por isso, foi pouco usada em combate,
sendo reservada para operações de importância estratégica, como o resgate de
Mussolini no Hotel Campo Imperatore, em setembro de 1943.
39
ALEMANHA
• Panzerwurfmine
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
TANQUES
ANQUES ALEMÃES
• Panzerkampfwagen
Panzerk
kampfwagen VIII Maus
Acesse
am nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS
mundongo)
(Camundongo)
41
ALEMANHA
Foi o maior tanque construído até hoje, pesando 188 toneladas e armado
com um canhão de 128 mm e outro paralelo de 75 mm e uma metralhadora.
Seu nome “Camundongo” era para despistar os aliados, fazendo-os acreditar
que estava sendo criado um tanque leve. Ferdinand Porsche apresentou o
projeto para Adolf Hitler em junho de 1942 e ele se apaixonou pela ideia,
mas exigiu que um canhão de 75 mm fosse colocado ao lado do de 128 mm.
Em maio de 1943, foi apresentado a Hitler apenas o casco montado, mas ele
aprovou de imediato sua produção em massa. E o projeto foi adiante, com um
desenvolvimento muito lento. O principal problema do Maus era encontrar
um motor poderoso o suficiente para movimentar tanto peso, o que também
tornava impossível para ele atravessar a maioria das pontes. Foram feitos até
fins de 1944 apenas três protótipos, sendo apenas um com torre e canhão, antes
de serem capturados pelas tropas soviéticas. O terceiro tanque incompleto foi
capturado pelos britânicos. O único protótipo completo está atualmente em
exposição no Museu de Tanques de Kubinka, na Rússia.
• Panzer E-100
O projeto básico foi ordenado pelo Waffenamt (Agência de Armas Alemã)
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
43
ALEMANHA
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
AS ARMAS
Acesse VINGADORAS
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ALEMANHA
• V-1
Desde 1936, eram feitos testes e estudos para desenvolver um avião a
controle remoto. Em novembro de 1939, foi apresentada uma proposta formal
ao Ministério da Aeronáutica de um avião de controle remoto capaz de levar
uma carga de mil quilos de explosivos. Houve altos e baixos até que o V-1
¿]HVVHRSULPHLURYRRGHWHVWHHPRXWXEURGHHP3HHQHPQGH$LQGD
Acesse nosso Canal no Telegram: t.me/BRASILREVISTAS
houve muitos ajustes até que estivesse pronto para ser produzido em série,
e rampas para lançamento começaram a ser construídas. Em 13 de junho de
1944, o primeiro V-1 atinge Londres, e a partir do dia 15, eles eram lançados
a uma média de 100 por dia. Vinte e cinco por cento destas bombas atingiram
Londres, sendo que as restantes erravam ou eram abatidas pelos caças, pela
barragem de balões ou pelas baterias antiaéreas. Era uma arma terrível e
H¿FLHQWHTXHYRDYDDNPKFDUUHJDQGRNJGRH[SORVLYR$PDWRO
Cerca de 30 mil V-1 foram fabricados e lançados de junho de 1944 até 29 de
março de 1945. Os ataques só cessaram quando todas as rampas de lançamento
acabaram destruídas ou capturadas pelos aliados. Foram 6.184 mortos e
17.981 feridos vítimas do V-1 e mais de um milhão de prédios destruídos ou
GDQL¿FDGRVDSHQDVQD,QJODWHUUDSRLV%pOJLFD)UDQoDH+RODQGDWDPEpPVH
tornaram alvos após serem libertados pelos aliados.
46
ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
• V-2
Também chamado de A-4, foi o primeiro foguete balístico de longo alcance
da história. Atingia uma altura de 88 km na atmosfera a uma velocidade de
5.760 km/h antes de descer rumo ao alvo. Tinha raio de alcance de 320 km e um
H¿FLHQWHVLVWHPDDXWRPiWLFRGHSLORWDJHP2QGHFDtDR9FULDYDXPDFUDWHUD
com 20 metros de diâmetro e oito de profundidade. O primeiro V-2 que atingiu
Paris em 08 de setembro de 1944 era o resultado de quase 15 anos de trabalho de
vários cientistas com foguetes balísticos e mais de 200 lançamentos-testes entre
março de 1942 e agosto de 1944, criando a arma perfeita, que não podia ser
alcançada por caças ou baterias antiaéreas. As únicas defesas contra os V-2 eram
ou destruir suas fábricas – difíceis de achar por estarem em cavernas profundas
– ou avançar por terra, colocando os alvos fora de seu raio de alcance. Qualquer
VXSHUItFLHSODQDH¿UPHGHDOJXQVPHWURVTXDGUDGRVVHUYLDSDUDFRORFDUR9
em pé. Bastavam 110 minutos para abastecer e disparar, pois os 0HLOOHUZDJHQ
47
ALEMANHA
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
• V-3
Diferente dos V-1 e V-2, o V-3 – também chamado +RFKGUXFNSXPSH (bomba
de alta pressão) –, era um supercanhão que usava o princípio de multicargas
como propulsores secundários para adicionar velocidade ao projétil. A arma
usava múltiplas cargas propulsoras colocadas ao longo do comprimento do
cano e programadas para disparar assim que o projétil passasse por eles, para
proporcionar um impulso adicional. Devido à sua maior adequação e facilidade de
uso, propulsores de foguetes de combustível sólido foram usados em vez de cargas
explosivas. Eles foram dispostos em pares simétricos ao longo do comprimento do
cano e inclinados para projetar a sua pressão de encontro à base do projétil quando
passava. Este layout gerou o codinome alemão 7DXVHQGIOHU (centopeia). A arma
disparava um projétil estabilizado e apontado diretamente para Londres. O calibre
era de 150 mm, pesava 140 kg com raio de alcance até 165 km. A velocidade
GHGLVSDURIRLFDOFXODGDHPWLURVSRUKRUDRTXHSRGHULDVLJQL¿FDUWUrVPLO
bombas sobre Londres em 10 horas, sem nenhuma chance de defesa.
Os locais onde as 7DXVHQGIOHU foram montadas eram dois grandes bunkers
na região de Pas-de-Calais, no norte da França, mas foram inutilizadas por
bombardeios aliados antes da conclusão. Duas armas similares foram usadas para
bombardear Luxemburgo a partir de dezembro de 1944 até fevereiro de 1945.
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
JAPÃO
O PEQUENO NOTÁVEL
N
as escolas do exército japonês, os alunos não foram muito
bem treinados em ciência e tecnologia. A infantaria ainda era
a espinha dorsal do Exército Imperial e “força espiritual” era
considerado o elemento principal para conseguir a vitória.
Confiantes por causa das vitórias fáceis durante os anos 1930
contra a China, mais a crença de que nunca seriam derrotados por pertencerem a
uma “raça divina” dirigida por um imperador-deus, os comandantes japoneses
não deram a devida importância ao desenvolvimento de novas armas. Apenas
quando a tecnologia e a gigantesca produção industrial norte-americana
começaram a esmagar seus soldados, aviões e navios é que eles acordaram,
tarde demais.
Com a deterioração da situação de guerra, havia um desejo crescente para
aperfeiçoar armas milagrosamente eficazes. No entanto, tornou-se claro que o
baixo nível científico da nação não poderia produzir armas elaboradas. Assim,
durante o curso da guerra, a diferença entre o exército japonês e o potencial
científico americano para a defesa nacional cresceu cada vez mais. Quando as
Acesse
derrotasnosso Canal
começaram a se no Telegram:
acumular, houve um t.me/BRASILREVISTAS
esforço dedicado e sincero na
criação de novas armas, mas a escassez de recursos e o tempo não permitiram
que nenhuma destas ideias gerasse algum resultado que pudesse reverter ou
evitar a derrota.
Armas de infantaria
• Hyaku-shiki Kikan-tanjuu (Submetralhadora Tipo 100) 00)
Foi a única submetralhadora produzida pelo Japão em
quantidades significativas. Foi projetada e construída
pela Fábrica Nambu, sob um contrato militar de baixa
prioridade. Era a típica submetralhadora simples e de
baixo custo, o que facilitava sua produção em grandes
quantidades. É uma versão simplificada da Bergmann
MP18 alemã, modificada para usar munição Nambu 8
mm. Atuava apenas em fogo automático, refrigerada a
ar. Ela foi entregue ao Exército Imperial em 1942, que,
ainda agarrado a conceitos românticos e antiquados
como cargas de baioneta, não via necessidade de
prover suas tropas com grandes quantidades de
submetralhadoras. Apenas depois dos massacres em
Guadacanal, se percebeu a importância de um maior
poder de fogo para os soldados e, mesmo assim, já
51
JAPÃO
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
53
JAPÃO
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
55
JAPÃO
com uma ogiva explosiva de 1.200 kg. A Ohka, apelidada pelos americanos “baka”
(tola, idiota), deveria ser levada até perto do alvo (35 km) por um bombardeiro,
quando então seria solta e o piloto ativaria os foguetes, viajando a 800 km/h
até atingir seu alvo. Em março de 1945, as primeiras Ohkas foram usadas,
atacando a frota de invasão em Okinawa. Percebendo o grande perigo desta
nave suicida, que não podia ser alcançada pelos caças e era difícil de ser abatida
pelas baterias antiaéreas, a única solução foi criar uma barreira de caças bem
distante dos navios e abater os bombardeiros antes que soltassem suas Ohkas.
Devido a isso, o projeto fracassou, pois apenas um navio foi afundado e outra
dezena foi danificada, contra a perda de mais de 20 bombardeiros, muitos deles
abatidos sem soltar sua carga. Foram construídas cerca de 800 Ohkas e menos
de 50 foram usadas em combate. As demais foram guardadas para serem usadas
quando a frota americana desembarcasse no Japão, mas isso nunca aconteceu.
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
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URSS
IN G L A T E R R A
EUA
RÚSSIA
A SIMPLICIDADE
S
em tantos institutos tecnológicos quanto a Alemanha, os russos não
desenvolveram muitas armas secretas. Com uma boa parte do seu
território ocupado pelos alemães em menos de seis meses de avanço
fulminante, não havia tempo para gastar com projetos de longo prazo.
Tudo tinha que ser rápido de desenvolver e rápido de fabricar em
grandes quantidades. O resultado foi armas simples, baratas e muito eficientes.
• Cães Antitanque
Desde os anos 1930, havia escolas de treinamento para cães com fins militares,
como mensageiros, farejadores de minas, transporte de medicamento ou munição
e outros. Mas o uso mais cruel foi treina-los como minas antitanque vivas! Eles
eram condicionados a buscar comida em baixo dos tanques, carregando uma
carga explosiva nas costas. Assim que esbarrassem na antena ou alavanca que
ficava acima da carga explosiva na parte de baixo do tanque, os explosivos eram
detonados, destruindo o tanque e o cão. Quando a Rússia foi invadida pelos
panzers alemães, um primeiro esquadrão com 30 cães antitanque foi utilizado,
Acesse nosso
resultando Canal
num fiasco noMotivo:
total. Telegram: t.me/BRASILREVISTAS
eles foram treinados com tanques russos,
movidos a diesel. Os tanques alemães eram movidos à gasolina, assustando os
cães com o cheiro diferente. Corrigido isso, outras tentativas foram feitas, com
poucos resultados efetivos.
O uso de cães antitanque só
resultou em duas coisas: a
propaganda alemã começou
a chamar os russos de
covardes que preferiam
mandar cães combaterem
no lugar deles. E os soldados
alemães receberam ordem de
atirar em qualquer cachorro
que vissem! Milhões de cães
foram mortos nos quase
quatro anos de ocupação da
Rússia... por nada!
61
UNIÃO SOVIÉTICA
• Tanque KV-1
O blindado pesado Kliment Voroshilov 1 foi uma das surpresas desagradáveis
que os alemães encontraram quando invadiram a Rússia em junho de 1941.
Sua blindagem de 90 mm era resistente a quase todos os canhões alemães,
enquanto seu canhão de 76,2 mm podia destruir qualquer tanque alemão em
distância de batalha. O desenvolvimento de tanques alemães maiores como o
Tiger e instalação de canhões maiores nos MK-IV foi por necessidade direta
de combatê-lo. Apesar de construídas apenas 5.219 unidades, ele foi muito
importante nos primeiros dois anos depois da invasão da Rússia e serviu como
base para o desenvolvimento do tanque IS-1, usado no último ano da guerra.
• Tanque T-34
Implantado em 1940, tem sido muitas vezes descrito como o projeto mais
eficaz, eficiente e influente da Segunda Guerra. O T-34 possuía o melhor
equilíbrio entre poder de fogo, mobilidade, proteção e robustez. Seu canhão de
alta velocidade de 76,2 mm era muito eficaz e sua blindagem inclinada de 47
mm era impenetrável por armas antitanque padrão. Apesar de estar superado
no final da guerra, quando combateu pela primeira vez em 1941, os generais
alemães o chamaram de “o tanque mais mortal do mundo”. O segredo para
sua agilidade estava no motor diesel de liga leve e nas largas esteiras que o
impediam de afundar na lama, enquanto os blindados germânicos atolavam
até a barriga por usarem esteiras estreitas. Apesar de as primeiras versões serem
toscas, ao longo da guerra ele foi sendo ajustado e refinado e em fins de 1943,
surgiu sua versão mais poderosa: o T-34/85, com um canhão de 85 mm capaz
de enfrentar os panzers Tiger e Pantera. Cada tanque alemão destruído custava
cinco tanques russos, mas o T-34 era mais simples e rápido de construir: 35.119
62
ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
63
UNIÃO SOVIÉTICA
• Katyusha
Uma das armas mais aterrorizantes da Segunda Guerra. Este lançador
múltiplo de foguetes de fácil manejo montado em um caminhão é uma
arma tão boa, que continuou em uso até 2011, na Guerra Civil Líbia. O silvo
medonho que os foguetes faziam quando estavam voando parecia o urro
de um animal enlouquecido e assustava qualquer um que ouvisse. Pelo seu
barulho e formato, os alemães a apelidaram de “órgão de Stalin”. Ela começou
a ser desenvolvida em 1938, sendo aprovada em 1939. Quando os exércitos
alemães invadiram a Rússia, ainda era considerada uma arma ultrassecreta.
Após sua eficiência em combate ser provada, partiu-se para a produção em
massa, fabricando mais de 10 mil lançadores de vários calibres até o fim da
guerra. Seu nome original era BM-13, mas o apelido surgiu porque os foguetes
vinham marcados com a letra “K” (Fábrica do Comitê – Komintern, em russo
– de Voronezh), então as tropas deram a ela o nome de uma canção de guerra
popular de Mikhail Isakovsky, “Katyusha”, sobre a saudade que uma garota
sente do amado, desaparecido na guerra. Katyusha é o equivalente russo de
Katie, uma forma diminutiva carinhosa do nome Katherine: Yekaterina →
Katya → Katyusha.
64
ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
• PPSh-41
A Pistolet-Pulemyot Shpagina (submetralhadora automática Shpagin) foi
projetada por Georgi Shpagin como uma versão simplificada de um modelo
anterior, a PPD-40. Os soldados russos a chamam Papasha (pai, em russo).
Como todas as armas produzidas pelos russos, ela era simples, robusta,
resistente, fácil de usar, limpar, consertar e fabricar. Feita basicamente de aço
estampado, era municiada por carregador com 35 balas 7,62 mm x 25 mm ou
por tambor com 71 balas. Fazia mil disparos por minuto e apesar do enorme
consumo de munição, a Papasha foi uma das principais armas de infantaria das
forças armadas soviéticas durante a Segunda Guerra, com regimentos inteiros
armados apenas com ela. Foram fabricadas mais de seis milhões de Papasha
durante a guerra. Os alemães, impressionados com sua eficiência, sempre que
possível as retiravam dos soldados russos mortos ou capturados e as usavam
para si. Houve também um programa de conversão das Papashas capturadas,
adaptando-as para usar a munição 9 mm parabellum alemã.
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
INGLATERRA
SOLUÇÕES CRIATIVAS
A
pós as incríveis informações do Relatório de Oslo, o comando
britânico entendeu que tinha que correr contra o tempo se
quisesse pelo menos igualar os avanços tecnológicos alemães. E
com a rendição da França, em junho de 1940, seguida da batalha
da Inglaterra – o maior embate aéreo da história –, este tempo
parecia cada vez mais curto. Assim como os russos, muitas das armas secretas
desenvolvidas foram para solucionar necessidades imediatas. E como havia mais
cientistas e mentes criativas entre os britânicos, eles desenvolveram muito mais
equipamentos eletrônicos, táticas e armas “científicas” do que armas físicas.
• Radar
Apesar de existir operacionalmente desde 1934 e os alemães possuírem sua
própria versão, foram os britânicos que souberam explorar plenamente o radar
como defesa contra ataques aéreos. O Ministério da Aeronáutica desejava ter
um “raio da morte” capaz de derrubar aviões e pediu aos cientistas britânicos em
1934 para investigar a viabilidade de tal arma. Após estudos, eles concluíram que
Acesse
um raio nosso
da morteCanal no Telegram:
era impraticável, t.me/BRASILREVISTAS
mas a detecção de aeronaves era viável. Em
agosto 1940, quando os aviões alemães começaram a atacar, já havia uma cadeia
de radares cobrindo todo o sul e oeste da Grã-Bretanha, ligados a uma central
de comando que era informada sobre a velocidade, altura e rumo dos aviões
germânicos antes de eles atravessarem o Canal da Mancha. A central de comando
podia, então, designar as esquadrilhas de caças mais próximas para interceptar
o ataque alemão. Deste complexo e eficiente sistema de defesa aérea fazia parte
também uma enorme esquadra de aviões civis, usada para reconhecimento. Foi
desta forma que os pilotos britânicos puderam defender a Inglaterra e obrigar
Hitler a adiar sua invasão chamada Operação Leão Marinho.
2UDGDUMXQWDPHQWHFRPXPFRPSOH[RHH¿FLHQWH
sistema de vigilância, posicionamento e controle
dos caças, permitiu aos britânicos interceptar os
ataques aéreos alemães durante a Batalha da
Inglaterra.
67
INGLATERRA
• De Havilland Mosquito
Também chamado de “A Maravilha de Madeira” e apelidado pelos seus
pilotos “Mossie”, foi um bombardeiro ligeiro bimotor multiuso com dois
pilotos. Quando entrou em produção em 1941, era um dos aviões mais rápidos
do mundo (670 km/h), sendo usado em 1942 como avião fotográfico de
reconhecimento de grande altitude. Daí por diante foi adaptado para as mais
diversas funções, especialmente ataque à baixa altitude destruindo alvos que
deviam ser atingidos em cheio. Serviu também como batedor de incursões de
bombardeiros, largando balizadores sobre os alvos com grande precisão e às
vezes bombardeando também. Com sua estrutura quase toda feita de madeira
balsa, era extremamente veloz, preciso e aguentava o castigo das antiaéreas.
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
69
INGLATERRA
• Window (Janela)
Graças ao Relatório de Oslo, os britânicos sabiam que os radares alemães
usavam o comprimento de onda de 50 cm. No início de 1942, um técnico
do Centro de Pesquisa de Telecomunicações chamado Joan Curran sugeriu
um esquema para despejar pacotes de tiras de alumínio de aeronaves para
gerar uma nuvem de ecos falsos nos radares. Verificou-se que a versão mais
eficaz eram as tiras de papel preto com suporte de folha de alumínio, medindo
exatamente 27 cm x 2 cm (metade do comprimento de onda do radar alemão) e
embaladas em pacotes pesando uma libra cada (0,45 kg). O Chefe do CPT, AP
Rowe, deu ao dispositivo o codinome Window. Enquanto isso, na Alemanha,
uma pesquisa semelhante levou ao desenvolvimento do Düppel (palha), que
usava pequenas tiras de alumínio com a metade do comprimento de onda
do radar alvo. Ao saber que os radares podiam ser cegados tão facilmente, o
comandante da Luftwaffe, Hermann Göring, ordenou silêncio absoluto sobre
o tema, com penas severas até para quem utilizasse a palavra Düppel.
Os britânicos também temiam usar o Window, pois sabiam que os alemães
rapidamente copiariam. Seu uso foi liberado apenas em julho de 1943, depois
de os novos radares ingleses provaram que não seriam afetados pelo truque.
Assim, quando 300 bombardeiros britânicos e americanos atacaram a cidade de
Hamburgo na noite de 24 de julho de 1943, dando início à Operação Gomorra,
Acesse
um grupo nosso
menorCanal no Telegram:
de bombardeiros t.me/BRASILREVISTAS
foi à frente, soltando tufos de Windows a
cada minuto. O resultado foi espetacular: os holofotes guiados pelos radares
vagaram sem rumo; as armas antiaéreas dispararam aleatoriamente para o céu
e os caças noturnos se perdiam por não receberem as coordenadas certas. Uma
vasta área de Hamburgo foi devastada, resultando em mais de 40 mil mortes,
com a perda de apenas 12 bombardeiros.
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
ESTADOS UNIDOS
RECURSOS ILIMITADOS
C
om suas fábricas e centros de pesquisas distantes dos campos de
batalha, os norte-americanos puderam se dedicar tranquilamente
a inúmeros projetos de armas secretas. Algumas foram completos
fracassos, mas as que foram muito bem sucedidas salvaram o
mundo da tirania nazista, do imperialismo japonês e mudaram
os rumos da humanidade até hoje.
73
ESTADOS UNIDOS
• Projeto Orcon
Outra ideia usando animais – desta vez, pombos como pilotos de mísseis.
Orcon vem da junção das palavras “Organic Control”, também chamado
“Projeto Pombo”. O criador de tal ideia foi B.F. Skinner, que acreditava ser
possível desenvolver um míssil guiado por pombos. O pombo ficaria preso na
ponta do míssil, onde seria projetada uma imagem do alvo para uma tela no
interior. O pombo treinado por condicionamento operante para reconhecer
o alvo bicaria na imagem. Bicando no centro da tela, o míssil voaria em linha
reta; bicadas fora do centro fariam o míssil se inclinar. Três pombos eram
necessários para controlar a direção do míssil.
Embora cético quanto à ideia, o Comitê de Investigação da Defesa Nacional
contribuiu com US $ 25.000 para a pesquisa. Contudo, os planos de Skinner
para usar pombos em mísseis eram muito radicais para o militares. Apesar de
ter algum sucesso com o treinamento, ninguém importante levou sua ideia a
sério e o programa foi cancelado em 08 de outubro de 1944, sob a alegação
de que “dar seguimento neste projeto atrasaria seriamente outros que têm
promessa mais imediata de aplicação em combate”. O Projeto Orcon seria
revivido em 1948 pela Marinha até que, finalmente, foi cancelado em 1953.
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
Os garbosos
R¿FLDLVDOH-
mães seriam o
alvo da arma
de mau cheiro,
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desmoralizan-
do-os diante
dos franceses.
75
ESTADOS UNIDOS
2SURMHWR)LODGpO¿DIRLXPIUDFDVVR
como sistema antimagnético, mas se
WRUQRXXPPLWRGD¿FomR
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
Esquerda: fotos
sequenciais de
um dos testes da
Bomba Tsunami.
Era uma arma
viável, mas de curto
alcance e alto custo.
77
ESTADOS UNIDOS
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ARMAS SECRETAS - II Guerra Mundial
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