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NAAAAAAAAAAM ARAM D ARR RRAAAAA MA AUU UE? Capitulo 3 Sinapses ‘As conexdes entre neurénios sio denominadas sinapses, e podem ser divididas em elétricas © quimicas, tendo propriedades fisico-quimicas bastante distintas. As sinapses quimicas sao muito mais comuns em aplicagdes do que as elétricas. Vamos descrever brevemente a natureza de ambas bem como alguns modelos mateméticos para elas, que serdo acoplados aos modelos de dinamica neuronal vistos no capitulo anterior. 3.1. Sinapses elétricas Sinapses elétricas sao encontradas no sistema nervoso, incluindo o cérebro humano. Elas sio caractetizadas pela conexao direta entre dois neurdnios vizinhos, efetuada por meio de poros que atravessam as membranas de ambos, permitindo a troca de fons entre eles. Numa sinapse clétrica, as membranas dos neurdnios entram em contacto numa regiao conhecida como jungao comunicante (“gap junction”), que contém canais emparelhados incrustrados nas membradas lipidicas e constituidos de proteinas chamadas conexinas [Fig. 3.1]. Estes pares de canais for- ‘mam poros, que so muito mais largos que os canais idnicos descritos na formacao de potenciais de agio. Por estes canais podem passar fons que se difuncem entre os citoplasmas dos neurénios prée pés-sinapticos. ‘A passagem de fons pelos poros formados através da jungao comunidante provoca uma corrente sinAptica, cuja origem é a diferenca de potencial entre os neurdnios, gerada localmente por um potencial de acio. Neste caso, a conexao via sinapse elétrica é, em geral, bidirecional, pois a corrente pode fluir em qualquer sentido dependendo de qual neurdnio recebe o potencial de acao. (Outra caracteristica das sinapses elétricas ¢ que elas sto extremamente répidas, ja que 0 fluxo de fons é passivo, nao tendo retardos temporais como os que comumente encontramos em sinapses quimicas, como veremos. Por exemplo, na Fig, 3.1 mostramos os sinais elétricos pré 8 44 CAPITULO 3. SINAPSES i Figura 3.1: (a) Esquema de uma sinapse elétrica. (b) Sinapse elétrica no lagostim: potenciais de agdo num neurdnio pré e pés-sinéptico. p6s-sinépticos observados no sistema nervoso do lagostim (Astaciden): 0 sinal pés-sinaptico € observaco uma fragio de milissegundo depois do sinal pré-sinéptico, ou seja, com relardo desprezivel. Sinapses elétricas como essa sio importantes quando sao necessarias respostas rapidas, como resposta motora a um estimulo ameacador (o que ¢ importante para o lagostim escapar dos seus predadores...) Para modelar uma sinapse elétrica entre dois neurénios, introduzimos uma corrente sinaptica I,y», que entra nos modelos na forma de uma corrente externa injetada. Se Vore € Vpos a0 08 potenciais de membrana dos neurnios pré e pés-sinaptico, respectivamente, a corrente sinaptica sera proporcional a diferenca de potencial entre eles: Toyn = del Vore — Vooe)s (3.1) onde g €a condutancia da sinapse elétrica, supostamente constante, Um dado neurdnio pés-sinéptico i pode receber mais de uma conexdo elétrica, de V neurénios pré-sinépticos com potenciais de membrana Vj (j = 1,2,....N). Neste caso a corrente sinaptica total sobre 0 i-ésimo neurdnio seré a soma de todas as contribuigoes: y yw-w @2) = Toyni supondo que a condutancia seja a mesma para todas as conexdes. A ssituagio acima descrita pode ocorrer em certos neurdnios que secretam hormonios no hipotélamo de mamfferos: devido as sinapses elétricas todas as células de um dado conjunto dis- CUCU UULRLT TT TUTR RR ER ERT TER Teal

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