Caderno Prático N.

º 3

MACROECONOMIA
Gestão
INTRODUÇÃO DO MODELO KEYNESIANO SIMPLES

1. Leia o texto seguinte e responda às perguntas:

Of all the economic fluctuations in the world history, the one that stands out as particularly
large, painful, and intellectually significant is the Great Depression of the 1930s. During this
time, the United States and many other countries experienced massive unemployment and
greatly reduced incomes. In the worst year, 1933, one-fourth of the U.S. labor force was
unemployed, and real GDP was 30 percent below its 1929 level.

This devastating episode caused many economists to question the validity of classical
theory. Classical theory seemed incapable of explaining Depression. According to that
theory, national income depends on factor supplies and the available technology, neither of
which changed substantially from 1929 to 1933. After the onset of the Depression, many
economists believed that a new model was needed to explain such a large and sudden
economic downturn and to suggest government policies that might reduce the economic
hardship so many people faced.

In the 1936 the British economist John Maynard Keynes revolutionized economics with his
book The General Theory of Employment, Interest, and Money. Keynes proposed a new
way to analyze the economy, which he presented as an alternative to classical theory. His
vision of how economy works quickly became a center of controversy. Yet, as economists
debated The General Theory, a new understanding of economic fluctuations gradually
developed.

Keynes proposed that low aggregate demand is responsible for the low income and high
unemployment that characterize economic downturns. He criticized classical theory for
assuming that aggregate supply alone – capital, labor, technology, determines national
income. Economists today reconcile these two views. In the long run, prices are flexible,
and aggregate supply determines income. But in the short run, prices are sticky, so changes
in aggregate demand influence income. The model of aggregate demand, called IS-LM
model, is the leading interpretation of Keynes’s theory.
Adapted from Mankiw, G. (2003) Macroeconomics, Worth Publishers, 5th Edition, p.257-8

a) Qual o acontecimento responsável por uma mudança de paradigma económico?

b) Qual a teoria económica que predominava anteriormente?
c) Quais os principais pressupostos dessa teoria económica?
d) Qual a grande novidade introduzida pela teoria Keynesiana?
e) Qual o principal legado da teoria Keynesiana para a teoria macroeconómica actual?
f) De que modo é que ambas as teorias são conciliadas actualmente?

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2. Supondo que uma família gasta em consumo 800€, quando o nível de rendimento
disponível é 1000€ e 950€ quando o nível de rendimento é 1200€, determine:

a) A propensão marginal a consumir.

b) A propensão média a consumir para ambos os momentos.

3. Sendo:
C = 200
s = 0,3

Onde, C é o valor do consumo autónomo e s é o valor da propensão marginal a poupar.

a) Obtenha a função consumo e a função poupança.

b) Calcule o valor do consumo privado e da poupança, para um nível de rendimento
disponível de 900€.
c) Se o rendimento aumentar 1€, qual será a variação do consumo privado? E da
poupança?
d) Qual será a variação do consumo, se o rendimento aumentar 50€?
e) Para os níveis de rendimento referidos, qual a percentagem do rendimento que será
gasta em consumo? E poupada?

4. Suponha que um estudo sobre o comportamento agregado das famílias de um

determinado país permitiu determinar que o respetivo consumo depende do rendimento
disponível e que essa dependência é do tipo linear. Sabe-se, ainda, que:
− O valor do rendimento disponível, para o qual a poupança é nula, é de 2700u.m.
− Um aumento do rendimento disponível em 50u.m reflecte-se num aumento das
despesas em consumo de 42,5u.m.

Perante a informação fornecida:

a) Determine a expressão da função consumo e a expressão da função poupança.

b) Determine a propensão média a consumir, para um rendimento disponível igual a
4000u.m. Interprete o resultado obtido.
c) Determine o rendimento disponível, correspondente à situação em que 6% desse
rendimento é poupado.

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 5. Supondo:
C = 100 + 0,8Y
I = 75
a) Deduza o modelo na forma estrutural e reduzida.
b) Encontre o nível de rendimento de equilíbrio.
c) Represente o circuito económico desta economia.
d) Represente graficamente a procura agregada e indique no gráfico qual o nível de
rendimento de equilíbrio.
e) Qual o valor do multiplicador da despesa autónoma?
f) Supondo que se pretende atingir um nível de rendimento de equilíbrio igual a 1000,
qual a variação de investimento necessária para que isso se torne possível?

6. Suponha que a economia de um país é descrita pelas seguintes equações:

S F = −30 + 0,2Y
I = 40
a) Encontre a função consumo subjacente ao modelo apresentado.
b) Calcule o rendimento de equilíbrio:
i) Partindo da igualdade entre poupança e investimento;
ii) Partindo da igualdade entre rendimento e despesa.
c) Se o investimento autónomo aumentar 5u.m, qual o novo rendimento de equilíbrio?

7. Com base no gráfico seguinte:

a) Identifique o nível de rendimento de equilíbrio antes e depois da alteração do

investimento. Justifique.
b) Explique porque a variação do rendimento é diferente da variação do investimento.
c) “Para qualquer nível de rendimento, a poupança é sempre igual ao investimento”.
Comente.
S,I

100 I1

75 I0

200 500 600 Y

-50

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8. Considere o gráfico seguinte:
S,I

S1

S0
I
100

300 400 500 600

Y

-150

-200

Sabendo que as expressões analíticas correspondentes ao gráfico anterior são:

𝑆𝑆0 = −200 + 0,5𝑌𝑌
𝑆𝑆1 = −150 + 0,5𝑌𝑌
a) O que fez deslocar a função poupança de S0 para S1?
b) Explique a variação ocorrida no rendimento de equilíbrio, na sequência da alteração na
função poupança.
c) Explique a razão pela qual o valor de equilíbrio da poupança se manteve inalterado.

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O MODELO MACROECONÓMICO EM ECONOMIA FECHADA COM ESTADO

9. Considere o modelo:
C = 60 + 0,8Yd
I = 100
G = 200
T = 200

a) Calcule o valor do multiplicador da despesa autónoma.

b) Calcule o nível de rendimento de equilíbrio.
c) Qual a função poupança das famílias implícita no modelo?
d) Compare, analítica e graficamente, o resultado obtido na alínea b) com o que se
verificaria na ausência do sector Estado ( G = T = 0 ).
Retirado de Sousa, A. (1988), Exercícios de Economia, pág. 91

10. Suponha que se verificam as seguintes relações numa dada economia:

C = 90+0,8YD
G = 160
I = 125
T = 40+0,25Y
Tr = 85
a) Escreva o modelo na forma estrutural e deduza a forma reduzida em relação ao
rendimento.
b) Determine o rendimento de equilíbrio.
c) Considerando uma propensão média a poupar de 5% determine o valor do rendimento
disponível correspondente.
d) Suponha que se verifica um acréscimo das transferências em 15 u.m. Utilizando o
multiplicador adequado, determine a variação no rendimento de equilíbrio resultante
daquela alteração.
e) Identifique e explique o funcionamento do estabilizador automático presente no modelo.

—————————————Até aqui————————————
11. O funcionamento de uma dada economia é descrito pelas seguintes relações:
C = 50 + 0,8Yd
T = 20 + 0,15Y
G = 200
I = 300

a) Calcule o nível de rendimento de equilíbrio.

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b) Determine o multiplicador da despesa autónoma e compare a expressão subjacente
com a encontrada no exercício 9. Justifique a diferença.
c) Determine o saldo orçamental correspondente ao nível de rendimento de equilíbrio.
d) Determine o nível de fiscalidade nesta economia.
e) Qual o efeito sobre o saldo orçamental de uma variação unitária dos gastos públicos?
f) Qual o nível de rendimento necessário para equilibrar o orçamento?
Adaptado de Sousa, A. (1988), Exercícios de Economia, pág. 93

12. Suponha que se verificam as seguintes relações numa dada economia:

C = 50 + 0,75Yd
I = 250
G = 200
T = 0,2Y
Tr = 80
Y p = 1500

a) Determine o valor do rendimento de equilíbrio.

b) Para os valores de equilíbrio, determine o saldo orçamental.
c) Se o objetivo do Estado for atingir o rendimento de pleno emprego através de uma
variação dos gastos, de quanto deverá ser essa variação?
d) Calcule a repercussão que a medida adoptada na alínea anterior terá no saldo
orçamental, utilizando o multiplicador relevante.
e) Suponha agora, que ocorre uma variação nas transferências de 40u.m. Qual o impacto
no rendimento de equilíbrio e no saldo orçamental? Comente os resultados obtidos.
Adaptado de Santos. J. et al (1994), Macroeconomia – Exercícios e Teoria, McGraw-Hill, pág.46

13. De um determinado país sabe-se que:

C = 60
c = 0,8
_

I = 150
_

T = 60
_

Tr = 35
_

G = 200

a) Escreva o modelo na forma estrutural e na forma reduzida em relação ao rendimento.

b) Determine o nível de rendimento de equilíbrio e o respetivo saldo orçamental.

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c) Determine os multiplicadores do investimento, dos gastos, das transferências e dos
impostos autónomos.
d) Suponha que o hiato do produto (Y-Yp) é igual a - 20u.m.
i) Qual o rendimento de pleno emprego?
ii) Qual a alteração nos gastos públicos necessária para conduzir a economia ao pleno
emprego?

14. As equações de comportamento de uma economia são as seguintes:

C = 100 + 0,8Yd
I = 210
T = 0,25Y
G = 170 + 0,24(YP − Y )
Tr = 300 − 0,2Y
YP = 2000

a) Escreva o modelo na forma reduzida em relação ao rendimento.

b) Calcule o valor do rendimento de equilíbrio e do saldo orçamental.
c) Encontre e compare as expressões e os valores dos multiplicadores dos gastos e das
transferências autónomas em relação ao rendimento.
d) Existem estabilizadores automáticos nesta economia? Quais? Justifique.
e) Calcule o saldo orçamental de pleno emprego.
f) Determine o saldo orçamental cíclico.
g) Confira a condição de equilíbrio ( S F + S E = I ) nesta economia.
h) É possível melhorar o saldo orçamental diminuindo os gastos autónomos no mesmo
montante do aumento das transferências autónomas? Justifique.
Adaptado Santos, J. (1994), Macroeconomia – Exercícios e Teoria, McGraw-Hill, pág.47

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O MERCADO DE BENS E A CURVA IS

15. Determinada economia caracteriza-se pelos seguintes comportamentos de consumo e

investimento:
C = 300 + 0,8Y
I = 200 − 700i

a) Defina analiticamente e represente graficamente a curva IS.

b) Represente no gráfico anterior o ponto (Y , i ) = (1500; 0,25 ) . Qual a situação que
encontra neste ponto? Justifique.

16. Admitindo que uma economia se caracteriza pelas seguintes equações,

S = −20 + 0,2Y
I = 40 − 4i
estude analítica e graficamente, na curva IS as situações seguintes:

a) Um aumento do consumo autónomo de 30u.m;

b) Um aumento do investimento autónomo para 50u.m;
c) Uma diminuição da propensão marginal a consumir para 0,75.

17. Numa determinada economia fechada sabe-se que:

C = 60 + 0,8Yd
G = 180
T = 80 + 0,2Y
I = 70 − 1,8i
Tr = 30

a) Estabeleça a relação entre o nível de rendimento e a taxa de juro que garante o

equilíbrio no mercado de bens e serviços.
b) Estude, analítica e graficamente, o efeito de cada uma das seguintes alterações na
curva IS:
_
i) ∆ G = +18
_
ii) ∆ Tr = +9
iii) ∆t = −0,05

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18. Admita uma economia com a presença do setor Estado, caracterizada pelas seguintes
equações respeitantes ao mercado de bens e serviços:
C = 30 + 0,8Yd
I = 34
G = 100
Tr = 25 − 0,02Y
T = 20 + 0,15Y
a) Determine a expressão do rendimento de equilíbrio.
b) Calcule o valor do rendimento de equilíbrio e o correspondente valor para o saldo
orçamental.
c) Existem estabilizadores automáticos nesta economia? Em caso afirmativo, indique
quais são e como funcionam.
d) Considere novamente as equações anteriores, com excepção da que se refere ao
investimento, que passa agora a ser caracterizado pela seguinte equação: I = 34 − 672 i

i) Determine a equação da curva IS. Represente-a graficamente.

ii) Supondo que a taxa de juro é constante, se ocorrer um aumento dos impostos
autónomos para 30u.m, qual o efeito provocado sobre o rendimento de equilíbrio? Na
sua resposta utilize o multiplicador adequado.
iii) Represente graficamente o efeito daquela variação sobre a curva IS.
iv) Considere que a taxa de juro em vigor nesta economia é i = 6,5% e que o
rendimento assume o valor de 300u.m. Considera que o mercado de bens e serviços
está em equilíbrio? Em caso negativo, qual o tipo de desequilíbrio que se verifica?

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