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Printed by: gabscortegagnal6@gmail.com, Printing is for personal, private use only. No part of this book may be reproduced or transmitted without publisher's prior permission, Violators will be prosecuted. As células do tecido conjuntivo incluem fibroblastos, cementoblastos € osteoblastos. Fibroblastos sio as célules mais abundantes do ligamento periodontal, apresentando formato ovoide ou alongado, orientadas ao longo das fibras principais e exibindo processos semelhantes a pseudépodes.* Estas células sintetizam colageno e tm a capacidade de fagocitar fibras colagenas envelhecidas, degradando-as* via hicrolise enzimiética. Assim, a renovacao do colageno parece ser regulada por fibroblastos, em um processo de degradacao intracelular que nao envolve a agao da colagenase.* Subpopulagies de fibroblastes fenotipicamente distintose funcionalmente diferentes existern no ligamanto periodontal do adulto. Embora parecam tdénticos tanto ao nivel de microscopia éptica quanto 20 nivel de microscopia eletranica,"* os fibreblastos do ligamento periodontal tm func! Osteoblastos, cementoblastes, osteaclasts ¢ odontoclasts também sio observados nas superfcies do cemento ¢ do osso alveolar adjacentes 2a ligamenta periodontal jes distin como a secreglo de diferentes tipos de oligenos ¢ produ de colagenases Os restos epiteliais de Malasser formar uma rede entretagada no ligamento perisiontal e aparecem tanto como grupos isolados, de células quanto como filamentos ou cordies entrelagados (Figure 3.37), a depefider do plano de secedo do corte histolégico. Uma continuidsde com 0 epitélio juncional foi sugerida em tabalhos com modolos aniimais.' Os restos epiteliais de Malassex so consicerados temanescentes la ainha epitelial de Hertwig, que se desintegta durante a formacda radicular (Figura 3.974) Os restos epitetiats de Malasse7 estio distribuidas em proximiade ao cementa, em toda a extenséo do ligamento periodontal ca maioria dos dentes, sendo mais numerosos nas reas apical” /€\cervieal."° Eles diminuem em nimero c6m a idade,™* legenerando.se, desaparecencio ou calificando-se em cements. Estas celulas contém tonafilamentas, send circundacas por ‘uma lémina basal distintae interconectedas por hemidesmossomos.* Embora suas propriedades funcionais ainda permanegdim desconhecidas,"* os restos epitelias conti fatotes de crescimento de ueratindcitos ¢ s30 positivos para trosina quinase A, dm.recoptor da neurotrofina.7"'2" Além disso, of restos epiteliais proliferam em resposia a estimulas™!**"* e participam da formacao dle cistos periapicais e cistos radiculates laterais. As células de defesa do ligamenta perigdf:incluem neutréfilas, linfcitos, macréfagds, mastécitos e eosinofilos. Estas células, assim como as associadas aos elemetitos neurevasculares, io semelhantes as encontradas em outros tecidos conjuntivos. Substancia Fundamental O ligamento periodontal também niém, &m grande proporgdo, substéncia fundamental que preenche os espacos entre as células © as fibras. Esta substncia ¢ formada prédominantemente por dois componentes: glicasaminoglicanos, como 0 acide biclurénico @ os ‘roveoglicanos; egilcoproiginas, como a fibronectina ea laminina. O contetig@ ce Agua deste componente é alto (Le, 70%). Os proteoglicanos dé superficie celular participam de varias fungbes biolbgicas, incluindo adesio celular, interacoes entre as cAlulas ¢ entre as células e/a matriz intercelular, atuando como correceptores para fatores de crescimento e na reparagio celular” A fibromoclina, pef@emplo, um proteoglicano pequeno rico emt ailfato de queratan € leucina, foi identificada no ligamenta periodontal bono.” © estudo mais abrangente sobre protevglicanos do ligamento periodontal foi conduzido em culturas de fibroblastos proveniéntes do ligamento periodontal de seres himanos."* © ligamento periodontal ainda contém massas caleificsdas denominadas cementiculos, que podem ser encontrados aderidos ou nfo as superficis radiculares (Figure 3.33). Os cementfculos podem se desenvolver deSrestos epitellals calcificados, fibras de Sharpey calificadas, vasos wombosados e caleificados do ligamento periodontal e a0 redé de pequenas espiculas de cemento ou de osso alveolar traumaticamente descoladas para oligemento periodontal” Fungées do Ligamento Periodontal As fungBes do ligemento periodontal podem ser divididas em fisica, formativa, remodeladora, nutricional e sensorial, Printed by: gabscortegagnal6@gmail.com. Printing is for personal, private use only. No part of this book may be reproduced or transmitted without publisher's prior permission, Violators will be prosecuted. Pa 4 es = At Figura 3.37 Restos eptelias de Malessez. (A) Erupgdo deriatia em um gato. Obse tagdo da bainha eptelial de Heitwig dando crigam aos restos epiteliais lacalizados ao longo e perto da supafice radicusr. ©) periodontal humano com restos epitelais em forma de raseta (seias) e em proximidade com o.cemento (C) Figura2.20 Cementicules ne Igamento petiodontl. Um esta Wie, ¢ 0 outro, ederente superfce dente. Fungées Fisicas C As [ungies fisicas do ligamento periodontal inéluern: |. formar um “invélucro” de tecido mole para proteger os vasos e netvos de dantos mecdnicos; 2. transmitir Forgas oclusais para 0 0380; 3. unir 0 dente a0 0:80; 4, mantor os tecidos gengivais em suas relagces adoquadas em rolagao ao dente; @ 5, resist ao lmpactorelaclonado com as forgas oclusals (Ito €, absorgdo de chaques). Resisténcia ao Impacto Relacionado com as Forgas Oclusais (Absorgio de Choques) Duas teorias relatives ao mecanismo de suporte dental sio consideradas: a teoriatensional ea teoria do sistema viscoclistico. Printed by: gabscortegagnal 6@gmail.com. Printing is for personal, private use only. No part of this book may be reproduced or transmitted without publisher's prior permission, Violators will be prosecuted. “Dua sour Veiauv a GU HIELONGINY UE SuJUNE UROL SGU MILI OUND, © \EUHEG KEHDIUNGH © 6 VELNAG UU OVEN VALERA. A teoriatensional do suparte do dente sugere que as fibras principais do ligamento periodontal sio os elementos ou fatores mais, importantes no suporte e na transmissio de forcas a0 osso. Quando uma forga é aplicada & coroa, as fibras principais se desdobram e se esticam, e, na sequéncla, ransmitem as forpas para 0 0380 alveolar, causanddo uma deformacao eléstica na pared do alvéolo, Por fim, quando o osso alveolar atinge o seu limite de deformagio, a forga é transmitida para o oss basal, entretanto muitos ‘esquisadores acreditam que essa teoria seja insuficiente para explicar as evideéncias experimentais existent, A teoria do sistema viscoelasticn sugere que 0 deslocamento dos dentes ¢ controlado pelo destacamento de ficas, com as fibres, assumindo um papel secundirio.*? Quando forgas so transmitidas ao dente, o fluido extracelular extravasa do ligamenta Periodontal para os espacos medulares do osso, através de foraminas na lamina cribiforme. As perfragoes na lamina cribriforme conectam 0 ligament periodontal a porgio medular do oss0 alveolar e sao mais abundantes no tergo cervical que nos tergos apical e médio (Figura 3.39), Apés a deplogio dos fluids teciduais, os feixes de fibras se esticam e se tomam mais rigidos, Essas alteragGes promovem a estenose dos vasos sangitinens. A contrapressaa arterial promove a dilatacao dos vasns @ a passagem de ulrafitrades sanguuinens para os tecidos, © que leva a reposicio dos fludos teciduais.* ‘Transmissio de Forgas Oclusais para 0 Osso © aranjo da fibras principais do ligamento periodontal é similar ao do sistema de suspensio dé uma ponte ou rede, Quando uma {orga axial € aplicada a um dente, uma tendéncia de deslocamento da raiz no alvéolo ocome, As filras obliquas alteram seu padido endulado e frouxo, assumem sou comprimento ‘otal e supertam a maior pate da forga axial Quando uma forga horizontal ou obiqua 6 aplicada, duas fases de movimeniagao dentiia ocortem. A primeira esti confiiad nos limites do igamento periodontal, e a segunda produz um deslocamento das tébuas 6ssees vestibular e lingual. O. cosJin em tomo de seu proprio eixa, o qual pode ‘mudar conforme a forga ¢ aumentada, y Fg Fevers in dcr ae A poredo apical da raiz se move name direcd®)oposta a poredo coronsria, Nas areas de tensio, os feixes de fibres principals tommam-se esticados em vez de permanccorem ondilades. Em contrapartida, nas sreas de pressio, as fibras so comprimidas, o dente € deslocado e a distorgio do 0380 ise do movimento da raiz.” Em dentes unirradiculares, 0 elxo de rotdgéo situa-se na dtea entre os tercos apical e médio da ralz (Figute 3.40), enretanto 0 pice™ a metade coronal da raiz clinica também tém sido Sugeridos como eixos de rotagio. O ligament periodontal tem um formato de ampulhata e ¢ mais estreito na regido do eixo de rotacao"" (Tabela 3.1). Em dentes de multiradiculares, o eixo de roiacio situa-se no osso enire as raizes (Figura 5.4), Em conformidade com a migracdo mesial fisiolégica dos Gentes, o ligament ‘periodontal é mais estreito na face mesial da raiz mesial que na distal Printed by: gabscortegagnal 6@gmail.com. Printing is for personal, private use only. No part of this book may be reproduced or transmitted without publisher's prior permission. Violators will be prosecuted. Figura 3.49 A esquerda, dagrema de um pré-mola inferior em estado de repouso. A deta, quando uma forza é extra sobre o dente ~ reste caso, na deco vestbuloingual (sata) -, 0 dente gia emtoma co panto de apoio au eixo de rotagao (crculopreto na ra). O ligament Periodontal € comprimido nas zonas de presséo ® cistencidolem éreas de tenso. FspesiradoligamentaPrncontal em 172 Dentesce15indviduos Humane, Comme CCE Ce RoE Ce eee ee etc) co) co) (co) 11 1¢enoscedade op ov 24 oat B cestesen Amare 32.S0ansdeidade 020 on an9 ars 36denteson Sma 51-6) anced av on ons ans 35enteson Smo: “Manosdetead (1x0 16 os ans on 1Beenesen Imai dificada de Codlidge D:The thickness othe human psiedotal membrane. Am DeatAssac24 1260, 1937. Printed by: gabscortegagnal 6@gmail.com. Printing is for personal, private use only. No part of this book may be reproduced or transmitted without publisher's prior permission, Violators will be prosecuted. Figura 2.41 Vista miosedpica do um moar de rato submetifo & forgas ccusphhrzenais, Obsono a aterncia ante as éoas do espessamerto & de estretarnenta no igavente prcdanal A medida que o dente gr en ono co Seu exe de otako. © sia de r.agao esta no espage intraceuar eis oer iis itso As células do ligamento periodontal e do osso alveolar saaexposias @ forcas fisicas em resposta a mastigacaoy parafuncio, fala e amir tl ei” Cla Taal Notodsn prio ferns w ta teen nec «dt ‘0880, que ocorrem durante a movimentacio dental fisioldgica, © acomodamento do periodonto as forgas Oclusais e a reparacao de lesdes Variagies na atividade enzimética celulaf correlacionam-se com 0 processo de remodelagao,"**” Embora a aplicagéo de cargas, ‘poss induzir alteragoes vasculares e inflamatoiias nas células co ligamento periodontal, evidenrias atuais sugerem que estas células, acto rmecanossensorial, incluindo adenilato ciclase, canais iénicos ativados por estiraménco © mediante mudangas na erganizagio do citoesqueteta. - ‘A formacao de cantffagerino ligamento periodontal, emhora incomum, pore representar um fenémeno de metaplasia na reparagio apés traum: O Lignmento*fiétiodonial esis constantemente em remodelagio. Gélulas e fibras envelhecidas so degradades e substituidas por novas. A atjeace miltitica é comumente observada om fibroblasts 6céulas endolaliai.™ Fibroblasts formam fibeas coligenas, © as células mesenquimais residuais diferenciam-se em osteablastos e cementoblastos. A taxa de formacdo e diferenciacio dos cstecblastos, cementoblasts ¢fibroblastosafeta a taxa de formagZo de coligeno, cement € 0:69. {8m um mecanismo para responder direamente &s forgas mecnicas por meio da étivacio de varios sistemas de sinal Estudos radioautogréfices com timidina, prolina(@ glicina radioativas sugerem uma alta taxa de renovacio do coligeno no ligamento periodontal, A taxa de sintese de colageno no ligamento periodontal é duas vezes mais rapida que a da gengiva e quatro ‘vezes mais ripida que aquela observada ria pele, de acordo com o estabelecido em molares de ratos." A riipida renovagio de glicasaminoglicanas sulfatades nas células'e na substancia fundamental amorfa da ligamento periodontal também foi relatada,?! entetanto deve-se nolar que a maior paite destes estudos foi realizada em roedores e que informacées relativas a primatas e seres bhumanos so escassas.?™ Fungées Mutricionats e Sensoriais © ligamento periodontal fornece nutrientes para 0 cemento, 0 oss0 e a gengiva por meio de vasos sanguineos, além da drenagem linfstica, como discutido anteriormente neste capitulo. Em relacio a outros ligamentos tendées, o ligamento periodontal é um tecido altemente vasculerizado: quase 10% do seu volume no molar de roedores so formadas por vasos sanguineos.7* Este contetido rlativamente alto de vasos sanguineos pode fernecer 0 amortecimento hidrodinimico as forgas aplicadas, bem como alias taxas de perfuséo ao ligamenco. © igamento periodontal ¢ abundantemente suprido por fibras nervosas sensorias capazes de transmitir sensagdes tail, de pressio e de dor, par meio das vias do nervo trigémeo.'‘*” Feixes nervosos penetram o ligamento periodontal, a partir da drea Rerianical @ ne mein da ranais cn aca alveolar cme cectiom A eins dns wasn canaitinans. Cs feivas dividem.ce om fas Printed by: gabscortegagnal 6@gmail.com. Printing is for personal, private use only. No part of this book may be reproduced or transmitted without publisher's prior permission. Violators will be prosecuted. periapical e por meio de canais do osso alveolar que seguem © curso dos vasos sanguineos. Us teixes dividem-se em tibras imielinizadas, que em ditima analise petdem suas bainhas de mielina e erminam em um dos quatio tipos de terminagae nervosa: (1) terminagSes livres, com configuragio semelhante a uma drvore e que transportam a sensagio de dor; (2) mecanorreceptores tipo Ruffini, locaizados prineipalmente na regiso apical; (3) corpisculos espirais de Meissner, que tambem sio macanorrecepteres encontrados principalmente na regio de tergo médio; e (4) terminacdes de pressio e vibracio em forma de fuso, que so rodeadas por uma capsula fibro e localizadas principalmente no spice. Regulagao da Largura do Ligamento Periodontal Algumas das caracteristicas mais interessantes do ligamento periodontal em animais so a sia)capacidade de se adaptar és répidas rmudangas funcionais e manter sua largura em cimensées constantes, a0 longo de’sua existincia." Estas sio caractoristicas importantes da homeostasia do ligamento periodontal que fornecem informacdes sobre a funcao dos mecanismos biologicos que rogulam 0 metabolismo ¢ a localizago espacial das populagbes colulares envolvidas na formagio do oss0, do cemento ¢ das fibras do ligamenta periodontal. Além disso, a capacidade das céluias do ligamenta periodontal de sintetizar e sectetar «ima grande variedade de moléculas reguladoras € um componente essencial da remodelatdo tecidual e da homeostesia do ligament periodontal. Cemento SJ comenio 6 0 tecido mesenquimal caleificado ¢ avascular que forma a cobertura exterior da raiz anatdmiic3¥Os dois tipos principais de cemento sA0 0 cemento acelular (primero) & 0 cement celular (secundaria). amos consistindgjem uma matri.inerfirilar calcficadae fibras coligenas. ‘As duas fontes principais de fibra coldgenas no éémento sio as fibras Sharpey (extrnsecés),¥que sio a porgio aprisionada das fibras principais do ligamento periodontal," que so produzidas polos fibroblatos;e as firs pertencentes a matriz de cemento (nwrinsecas), que sio produzidas pelos cementoblasteS Os cementoblastes também sinteizam os componentes no colégenos da substincia fundamental interfibilay, como proteoglicanos, glicoproteinas fosfoprolcinas. Especula-se que os proteoglicancs desempennam um papel importante na regulagio das interagdes célula-céula.e GHula-matriz, tanto durante o desenvolvimento normal como na regereracéo do ceniépto.” Além disso, estudos imuno-hisiequimicos mostaram que a cistribuigéo des proteoglicanos esta intimamente associaca aos cementoblastese cementocing! A maior parte da maiz. organigh do cemento é composta de colageno pd I (90%) © tipo II (cerca de 59%). Fibras de Sharpey, «que constituem uma paste edisiderivel do volume de cements, séo compost principelmente de colégeno tipo 1."° 0 cokigeno tipo I das fibras de Sharpey patéce ser recoberto por colégeno tipo IL! © cemenio aceluar é 9 primeiro a ser formado, rcobrindo Spreximadamente o terco ou a metade cervical da rai, @ no contém céluls (Figura 3.42). ste cemento€ formado antes de o denr@atingir o plano de oclusdo, sua espessura varlando de 30 a 230 ymn.”# AAs fibras de Sharpey constituem a maier parte da estrutura do cemento acelulare tém um papel fundamental na insergio do dente. A ‘maioria das fibras 6 inserida em Angulo aproximadamente retos na superficie da raiz © penetra profundamente no cemento, em ‘arias diregGes diferentes. Seu tamanho, nimery e disiibuigio aumentam com e fungdo.”” Fibras de Sharpey sdo completamente caleificadas, com os crstais minerais orientados\paralolamente is fibrilas, de maneira andloga a observada na dentina © no os:0, exceto em wna zona de 10 a 50 ym de larguYocelizada em proximidade 2 jungao cementodentinrie, onde as floras séo apenzs parcialmente mineralizadas. De acordo com evidéncias obtidas por microscopia eletrénica de varredura, as porgies periféricas das fibras de Sharpey em dreas de minaralizagio do cemento tendem: a ser mais calcificadas que as regides interas." O cementa acelular também contém fibras cokigenas intinsecas que so calcificadase disposts iregularmente ou paralelamente & supeficie.”” O cemento celuler, formado aps o dente alcancar o plano oclusal,é mais imegular e contém células (cementScitos) armazenadas em espagos individuais (lacunas) que se comunicam umas com as outras por meio de um sistema de canaliculos de anastomose Figura 3.45), O ceomento celular € menos caeificado que o acelutar.™ As fibras de Sharpey ocupam uma porcio mencr no cemento celular e so separadas por outres fibres que sio dispostas aleatoriamente ou paralelamente 3 superficie radicular, As fibras de Sharpey podem ser completa ou parcialmente mineralizadas ou tet um niiclen central no mineralizato, cercado por uma borcla mineralizada "2 wwe, i“ ao” Printed by: gabscortegagnal 6@gmail.com. Printing is for personal, private use only. No part of this book may be reproduced or transmitted without publisher's prior permission, Violators will be prosecuted. Figura 3.42 Cemento acelular (AC) masta lihas netementais paralgfas ao longo #0 do dente. Estas linnas representam o crescimenta posicional do cementa, Observe as linhas fins ¢ leves que Correm para.o cemento em dievao perpencicula A superficie; estas representam 18 fbras de Snarpay do ligamanto periodontal (PL). D, Dena (200 >). Tanto 0 comento acelular como o celular esto dis6st0s em lamelas separadas por linhas incrementai3 paralelas ao longo eixo da raiz (Figuras 9.42 e 3.43). Estas linhas representam “perindos cle descanso” curante a formacio co cemento e s30 mais mineralizadas que © cemento adjacente Além disso, 2 pesda da parte cervical do epitélio reduzido do esmalte io momento da erupcéo dentéria ‘pode colocar porgies de esmalte maduro,em contato direto com o tecido conjuntivo, que, em seBuida, deposita um tipo de cemento afibrilar e acetular sobre o esmalte. Com base nestes resultados, Setieder!*!™ classificou o cemento da seguinte forma: +O cemenio acelular afibrilar nio Contém células nem fibras colégenas extrinsecas ou intrinsecas ¢ formado exclusivamente por uma substincia fundamental mineralizada. Além disso, € um produto dos cementoblastos encontrado como cemento coronal em seres humanos cujaspessura varia de 1 @ 15 pm; +O cemenio acelulat de fibras extrinsecas € composto quase inteiramente por fibras de Sharpey densamente compactadas ¢ carece de células ,0/Gemiento acelular de fibras extrinsecas é produzido por fibroblastos e camentoblastos, sendo encontrado no terGo cervical de ralzes em seres humanos, mas podendo estender-sé mals apicalmente. A sua espessura varla entre 30 e 230 wm: + 0 cemento eelular estratificaéo misto & composto porifibras extrinsecas (fibras de Sharpey) e fibres intrinsecas, pode conter ciélulas e € um coproduto de fibroblastos e cementoblastos. Nos seres humanos, 8 encontrado principalmente no tergo apical das, ralzes e em reas de Difurcagdo. A sua espessura vata de 100 21.000 um: + © cemento celular de fibras intrinsecas contém célules, porém no tem fibras de colgeno extrinseco; € formado por cementoblastos e, em seres humanos, presnche lacunas de reabsorcio. CCemento intermedisrio é uma zona poucd definida pesto da juncio cementodentinaria de certos dentes que parece conter resios celulares da bainha epitelial de Herwig incorporados na substancla fundamental calcificada”"" Printed by: gabscortegagnal 6@gmail.com. Printing is for personal, private use only. No part of this book may be reproduced or transmitted without publisher's prior permission, Violators will be prosecuted. Figura 3.43 Cameo celular (CC) mostra cemenidctos denvo de launas. O Gemento cellar € mals espesso que 0 acetuar, Ha tambem evens do ina inerementsis, mas so monos defridas quo no cefverto acalar. As oSidas adjacontes & supertie do cemerto no lgamerwo periodontal (FL) sdo os cemenonasis. D, Dena (300°) conteiido inorgénico do cemento (hicroxiapatita; CalO(Po4 J6{OHJ2) é de 45%6 2 50% e é menor que aquelé do osso (65%), do esmalte (97%) ou da dentina (70%). As opinides divergem no que diz. respeito a se a microdureza ‘do cemento aumenta™ ou diminui com a idado, © nenhuma relago foi estabelecida entre o envelhecimentoo 0 contsido mineral do cemento Permeabilidade co Cemento Em animais muito jovens, os cementoSacelulir © celular sZo bastante peredveis ¢ permitem o difusio de corantes da polpa & superficie extema da raiz. Em algumas, areas do cemento celular, os canalicules| si0. contiguos aos tibulos dentinarios. A permeabiidade do cemento dlminul tom a ide. Jungéo Ameloceméntatia © cemento na juncao ametocementaria e imedtatamente adjacente a esi. apresenta importéncia clinica durante os procestimentos de raspagem e alisafigitoracicular, Tr tipos de relaco envolvendo 0 cemento podem existr na juno amelocementérie.™ Em cerca de 60% 2 6584\dos casos, 0 comento se sobrepie an esmalte (Figur 4.44); em cerca de 30%, existe uma junta topo a topo; e em 5% a 10%, cemento © esmalte esto fisicamente separados endo se encontram. No iltimo caso, retracdo gengival pode levar a sensibilidade acentuada como resultado da exposicdo dentinria. Jungao Cementodentin ‘A tegido apicoterminal do cemento, ondé%g"Gemento se junta & dentina do canal radicular interno, ¢ conhecida como jungao cementodentindria. Quanéo o tratamento efodéntico ¢ realizado, 0 material obtarador deve se estender a junco cementodentinaria. A largura da junio cementodentindsia parece aio aumentar ou diminuir com a idade, mantendo-se relativamente estével 2 Microscopia eletsénica de varredura de dentes humanos revela que a juno cementodentindria tem 2.a 3 ym de langura. Essa camada ‘pobre em fibrilas contém uma quantidade significativa de proteogticanos. As fibrilas misturam-se entre o cemento e a dencina. 4 Espessura do Cemento ‘A deposigio de cemento é um proceso continu que progride em taxas que variam ao longo da vida. A formagio do cemento é mais, ripida nas regides apicais, onde contrabalanga 2 erupgao do dente, a qual compensa a perda da substéncia dental desgestada pelo atrite. A cspessura do comento na metade coronal da raiz varia de 16 a 60 ym, © que é semelhante & espessura de um fio de cabelo. O cemento aleanga sua mator espessuira (s 150 a 200 ym) no terco apical e nas eas de bifurcagao, © cemento & mals espesso nas superficies distais que nas mesiais, possivelmente em razdo do estimulo funcional relacionado com a mesializagio dos dentes ao longo do tempo. A espessura média do cemento aumenta tr8s vezes entre 11 e 70 anos de idade, com um maior aumento cbservado Printed by: gabscortegagnal 6@gmail.com. Printing is for personal, private use only. No part of this book may be reproduced or transmitted without publisher's prior permission. Violators will be prosecuted. na regia apical das ralzes, Sua espessura média 6 95 um aos 20 anos de idade e 215 wm aos 60 anos.”* Anormatidades na espessura do cemento podem vatiar desde a auséncla ou escassez de cemento celular (Ito 6, aplasia ou hipoptasia do cemento) a uma deposicio excessiva deste (isto 6, a hiperplasia do cemento ou hipercementose).'= 0 terme hipercementose refere-se a um espessamento exagerado do cemenio, que é um fenémeno relacionado com a idade, que Dod ser localizado em tm tnico dente ou afetar toda a denticéo. Fm decorréncia da variacdo consiceravel na espessura fisiologica de cemento entre diferentes dentes em um mesmo individuo ¢ também entre diferentes individuos, distingdo entre hipercementose €@ espessamento fisiologico do cemento é por vezes dificil. No entanto, a produao excessiva de cemento pode ocorrer em umm amplo espectro de condigdes neoplisicas e no neoplésicas, como no cementoblastoma benigno, fibroma cementificante, displasia cementitia periapical, displasia cemento-éssea florida e outras lesGes fibro-6sseas benignas.“= A hipercementose por si s6 nlio requer tratamento, entretanto pode ser um problema se o dente afetado pracisar de extragio, Em dentes maltirradiculares, adontosseccao pode ser necesséria antes da extracao."° Reabsorcao e Reparacao Cementaria Diferentemente dos dentes deciduos, os dentes permanentes nao sofrem teabsorgio fisiologica. No entanto, 0 cemento de dentes erupcionados (bem como 0 de dentes inclus0s) esti sujeito a mudancas reabs6ifivas que podem ser de propor ticroscépica ou suficientemente grandes para resultar em uma alteracio radiograficamente Getectivel no contomo da raiz. A reabsorgio cementiria microscdpica & extremamente comufijyer um estudo, ocomreu em 236 dos:261 dentes avaliades, (905%)." © mimero meio de dreas de reabsorcao por dente foi de 3.5. Das 922 areas de reabsorcin" 708 (76.8%) estavam localizadas no terco apical da raiz, 177 (19,2%) no tergo mécio e 37 (4,09) no tergo gengival. Aproximadamente 70% de todas es {reas de reabsorgao foram confinados a0 cemento, sem o envelyimento da centina {A reabsorcao cementaria pode ser causada por fates Inéais ou sistémicos ou ocorrer sem stidlogia aparente (isto &,idiopatica). ‘As condigies locais que causam reabsorydes cenentérias incluem trauma de GclugS" (Figura 3.45); movimento cortodéntico;"""” pressio de dentos mal alinhados€ em erupcdo, cistos e tumores;! deptes sem antagonistas funcionais; dentes Inclusos; dentes ansplantados e replantadlos:"'* doenca periapical e doenga Pettodanal, Condicdes sistémicas citadas predisponentes ou que induzem a reabsor¢do do"cemento incluem: deficiéncia de célcio,"> hipotireoidismo,” ossseodistrofia fibrosa hereditarz®® e doenca de Paget” ‘A reabsorgio cementitia aiarece coma concavidaules microscépicas na Superfcie da raiz (Figura 3.46). Celulas gigantes rmulinucleadas € macrofagos mondnucleates so geralmente encontrados x superficie do cemento que esta sofvende reabsorgdo ativa (Figura 3.47). Varios Iocais de reabsorgio coalescom para fermals-ima grande drea de destmigio. O processo de reabsorGio pode se estender até a Wentiné-e até mesmo a poipa, mas & gerdlai@ire Indolor, © processo de reabsorcao do cemento a0 & necessariamente Continuo € pode se altemar com periodas de repafacdo e deposigao de novo cemento. O cemento recém-formado identificado na raiz porta linha iegular fortemente corada denominada linha reversa, que delineia a borda da reabsorcao. Um studo mostrou que as lias reversas de dentes humanos €ontém fibiles de coligeno e proteoglicanos unidos a rucopolissacarideos (Glicosaminoglicanos) ¢ que o entrclagamento das fibtay eGorre coments em algumas reas ent o cemonto reparador e a dentin ou © cemento reabsorvido.** Fibras inseridas do ligamento periodontal resiahelecem a relacdo funcional na novo cement.

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