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PLINIO MARCOS INUTIL CANTO E INUTIL PRANTO PELOS ANJOS CAIDOS PREFACIO Eu estava aturdido com as coisas da vida, At 0 Plinio, nas noites de domingo em que a gente se encontra na Cantina do Giovanni entre dentes de alho ¢ acordes de um violéo mais chegado a ‘um bandolim, ai o Plinio, nestas noites de molhos de tomate ensopando a revolta dos inconformados, ai o Plinio me atingia com seus ganchos morais na zona miasmética situada entre o figado e a alma. Nestas operagses 0 Plinio se porta como tum trator enfurecido e se o figado se restabelece do ataque do “maraschino” que vem depois do café, a alma leva dias para se recuperar de ar- ‘gumentos que pesam como murros. O Plinio faz questdo de usar um linguajar de ponta-esquerda, mas ndo é isso que pesa. Ocorre que o Plinio & 0 mais licido ponta-esquerda que conheci na minha vida. Debaizo do verbo do Plinio, o meu aturdi- 7 mento virou luzo. Pois 6, e cadas morais, e no fim conan oneheu de pan. Engracado: aquilo que eu sent preta nos apanhara a ambos, Macs (7m? ¢hesa “que chuva, que nada”. Nao quent, dizia lamirione achava que 08 eye Pete ouro entregue de grasa aos banda em 4spero no olhar, martelante na fala oye, do com ironia 0 raciocinio exain : cimerthan quem sabe que vai morrer e ainda ant, Porque é este o melhor jeito de dizer, pr ost rer nt, eu deitava parmesdo sobre a minha vernen rs carronada. Muito parmeste, E's Piste wr see que, afinal, ndo passévamos de personagers at nimos de uma tragédia do tamanho de ainunes geragdes: nela covardia e traigses fervihaven como germes no microscépio, Nelo at viléntas maiores se cometem no plural, jamais no singw lar. Por que teria eu, um remoto corsta, de ne achar vitima? Pecado de orgulho. E, de repene, as suas palavras foram zarope embebendo pano de 14. E sorrimos. De mais a mais, ndo hd como chorar quando se esté com um garfo na mao, Mas 0 Plinio no titha sido duro comigo ope nas, com ele préprio também. Com ele prépi tspecialmente. E algum tempo depois me flo ‘da necessidade que tinha de parar com as coisas (que estava escrevendo, Ble se achava como quer Gagotou uma série de formulas, como ques se e- Conde atrds de frases feitas e, repetindo-as para Gsconder sentimentos, j4 ndo mostra sequer um farogo de sentimento, Ele ndo admitia que as Goisas da sua vida inquieta fossem desculpa. Ja- ‘rats se perdoaria um instante de indoléncia mum Canto de mesa onde fosse rendoso cobrir de par- neséo a gloria da perseguicdo. Que gléria, que hada, Assim, nesta corrida angustiada, ds vezes aivosa, até desesperada, atrds da expresso to- tal, usando 0 precério instrumento das palavras = ai, que tarefa dolorosa — 0 Plinio escreveu estes contos, um deles, cronologicamente o primei- to, aquele sobre os presos de Osasco, para mim. Repito 0 meu ai de bolero. Pois 0 Plinio preten- de ser uma coisa s6, fntegro no significado mais completo, para que ndo haja a diferenca mais t@- rue entre 0 homem, o escritor e 0 ponta-esquerda. Mas se a tarefa é sofrida ndo deiza de ser ex- traordinariamente grande. Gosto muito do Plinio. ‘Aparentemente somos pessoas muito distintas. AS ‘vezes reccio que ele enzergue em mim um refi- nado senhor que veste um robe de veludo sobre © piiama quando de noite acorda com vontade de fazer pipi. A impresséo, jelizmente, dura pouco. 9 Muitissimas coisas nos unem para s, porém,otorna relent spar mie Al | ris at INUTIL CANTO E INUTIL PRANTO PELOS ANJOS CAIDOS em Osasco vinte e cinco homens em E ram Znagados de corpo alma, num eubiculo ldo STcaberiam ito pessoas. Bram vin © go omens, entre cmidas e frias paredes. emidos, empilha- Sos de corpo e alma, num cubfculo cito pessoas. Eram vinte © onde mtnene espremidos, empilhados, esmaga- ines svcorpo © alma, mais o desespero, 0 tédio, aos eesperanga e o tenebroso écio, numa imunda ela onde mal caberiam oito pessoas. - Eram vin- fort Ginco homens coloeados no imundo eubicule Kuma morrer. Para morrer aos poueos. Para fhorrer de forma que parecesse natural. Para fmorrer, ‘Para morrer sem feder. Para morrer fem estremecer as relagées internacionais dos adios contrbuintes, Para morzer simplesmen- te. Para morrer sem ser a carnica largada nos 13 cexteitos,escamosos ¢ esquisites caminhos do ro. ‘gado do bom Deus pelos sicdrios dos esquadries Ga morte dos cidadios contribuintes. Eram vinte feineo homens. Vinte e cinco homens empitha, dos, espremidos, esmagados de corpo e alma, en. tre grades de ferro, e tmidas e frias paredes, Bram vinte e cinco homens, mais seus desespe. ros, seus tédios, suas desesperancas e o tenebroso Scio, colocados num imundo cubiculo onde ma} caberiam oito pessoas, para esperarem a morte, Eram vinte e cinco homens colocados no cubieulo pelos cidadios contribuintes. Bram vinte e cinco homens, Vinte e cinco ho- mens empilhados, espremidos, esmagados de cor- po e alma entre grades de ferro e paredes imi. das e frias. Vinte e cinco homens, num cubiculo ‘onde mal eaberiam oito pessoas. Vinte e cinco homens e seus desesperos, seus tédios, suas de. sesperangas e 0 tenebroso écio, Vinte e cinco ho mens que nunca foram os mais bonitos, nem os mais fortes, nem os mais sabidos, nem os mais furiosos. Eram vinte e cinco homens que ocupa- ram espacos que nao lhes pertenciam, que come- ram 0 p&o que ndo lhes pertencia. E nada thes pertencia diante das leis dos cidados contribuin- tes. Vinte e cinco homens que nunca receberam pio para as suas muitas fomes. Eram vinte ¢ “4 Cel I cinco homens. Todos, entre os vinte e cinco, eram ~ homens. Homens. Homens. Homens. Homens violentados nos seus mais ternos sentimentos, Homens sem direitos. Homens com muitos deve- res ditados pelas leis dos cidadaos contribuintes. ‘Homens que nunca tiveram as alegrias do espi- rito, Mas, ainda assim, eram homens, Eram vin- te e cinco homens empilhados, espremidos, esma- gados de corpo e alma entre grades de ferro, € ‘amidase frias paredes. Eram vinte e cinco ho- mens, seus desesperos, seus tédios, suas desespe- rangas e 0 tenebroso écio, num cubiculo onde mal caberiam oito pessoas. Eram vinte e cinco ho- ‘mens de alma estuprada. Vinte e cinco homens de vidas estupradas. Vinte e cinco homens, com seus desesperos, com seus dentes podres, com suas carnes flicidas, com seus pelos rales, com suas peles empestiadas. Mas, eram vinte e cinco ho- mens espremidos, empilhados, esmagados de cor- po e alma, num sérdido cubiculo onde mal cabe- iam oito pessoas. Todos, entre os vinte e cinco, ‘eram homens. Nenhum, entre os vinte e cinco, era a besta-fera. Eram vinte e cinco homens. Ne- nhum era a besta-fera, E assaltaram, e mata- ram, e fizeram e aconteceram, pequenas coisas contra os cidadaos contribuintes, E perturbaram 0s donos da comida, da religiio, da ciéncia, da 6 filosofia, das artes e das 1 suas vilécias, seus destsperes nay 0 BO, atencdo de seus iguais: homens, muthes Te” & ccriancas que jé nasceram velhas, an velhos, ~ GSS, eMpestlAGas, vergadas pelas mit ¢ aye mes, feridas em suas humanidades, gi¢ rt! milhares, os anjos caidos, diante ga nt da cupidez © de tudo 0 que amr cunta alma porea dos cidadios contribu? Tu BA Mas eu canto vinte e cinco anj rebelaram, Cada um, cada um, mas todo ae lados. E por ser cada um, cada um, tizeram| ouco tumulto e foram confinados, As rnetraneas lunidas podem mais que uma fome berrando soz nha. E os vinte e cinco homens foram empitha dos, espremidos, esmagados de corpo e alma num, imundo cubiculo, onde mal eaberiam oito pessoas, Foram empithados para esperar a morte. Empi Ihados sem espaco para dormir, sem espaco para se cogar. E como eles precisavam se cogar! Eles precisavam se cocar. Estavam no eubiculo para esperar a morte, mas as pragas que se nutrem das carnes apodrecidas pela morte no esperan nada além da podridio para botar seus ovos, E 16 ¢ as pragss encarnaram nos vinte e cineo homens spremidos, empilhados, esmagados de corpo ¢ al- fn entre grades de ferro e paredes dmidas ¢ frias. E ali, esmagados de corpo e alma, os vinte cinco homens receberam a visita das pestes. Primeiro, foram as moscas, que lamberam seus ‘exerementos e cuspiram em suas feridas. Depois, fora sama. A sarna ea coceira da sarna, Ea tmoguirana e a coceira da muquirana. E a san- uessuga € @ coceira da sanguessuga. E os per- Eevejos € a5 Pulgas e os enormes bichos verme- thos, que caminhavam seus nojentos corpos pelos rmontes de excrementos que transbordavam da la- trina. E as pragas vieram. Em qual deles, em que canto fedorento daquele maldito cubfculo as pragas botaram seus ovos pela primeira vez, nin- guém jamais poderé saber. Mas, cegados pelas afligSes, os homens, alucinados pelos seus muitos desesperos e pelas muitas coceiras, se acusavam tuns aos outros de ter plantado as pragas no cubi- culo, Eram vinte e cinco homens espremidos, em- pithados, esmagados de corpo e alina, num cubt- ceulo onde mal caberiam oito pessoas. Vinte e cin- co homens e seus desesperos e seus écios. Vinte fe cinco homens e seus desesperos e seus dcios e as malditas pragas. E, entre eles, as barbarida- des. Os homens se brutalizavam, se espancavam, cu See EE usavam 0s mais fracos com: como feras, 0s pedagos menos ase n a nojenta. que thes era servida em tos, disputavam os imundas ealenges tinham 8 0 fémeas, gi scorria de um paredeimunda, usar a latrina, doencas venéreas. Os, ser rofdos pe. ano enferrujado embutido na pa ‘queriam impedir uns aos outros E vieram os cancros. As vinte e cinco homens las doengas venéreas. Seus pelos eairon wee, olhos purgavam, e urinar era um suplico sen para 0s vinte e einco homens espremidos, em lhados, esmagados de corpo e alma naguele mel. dito cubfeulo onde mal caberiam o'to pessoas Néo. Mil vezes no. Aquele cubiculo nojente nay 4) mens c soressaram fattas © crimes. nedionds. Confessaram debaixo de pancada. en = snes contra a socieda ada, confessaram crit cor Banca contributes, Crimes contra 2 $0 | Giedade que sempre os amesquinhou, Crimes que A ogi a in aaa ee ses, assassinatos, contra os cidadaos contribuin- is, Sper ee cet Quem se alimentou anos a fio do desamor nao ame en re Se ene te. Existe a aflicéo. Essa é que existe. O mal, | a maldade toda esté com os cidadaos contribuin- tes. No coragio imundo do cidadio contribuinte ra lugar para homens. Pelos santos de qualquer que existe o mal. Deles € a fria alucinada de £6, malditos sejam os cidadios contribuintes e acumular, de garantir privilégio ra sie para seus cfirceres imundos, e todos os seus descen. seus porcos descendentes, até o fim dos tempos. dentes. Maldita seja a sociedade que confina ho- Os cida ios contribuintes abrigam o mal. Os an- mens num lugar onde seria crime aprisionar até jos caidos sAo anjos. a besta-fera, Mas, lé estavam, no cubfculo imundo, vinte ¢ cinco homens empilhados, espremidos, esmagados de corpo e alma, esperando o julgamento dos ci- Anjos sem consciéncia do bem e do mal, da so- dadaos contribuintes. Todos os vinte e cinco ho- lidariedade, da compaixfo. E néo sabem dos erie 9 mes. ‘Sabem da angistia, da afligho, ro, E querem escapar, escaper, par da angést : 0 deses escapar. Byes! cada um, Soy, A allio dog ar anjos cai Pensam, nao percebem. Eles si sake a no pereebem que a solidio 6 ser sozinho. ercebem que as suas fomes juntas ‘cla a es que as bocas venenosas das metrancay a, cldadios contribuintes. E por serem maiores ‘as bocas venenosas das metrancas, reali milagre dos pées distribuidos. Nao sabem nx os anjos ealdos. Nem deixam saber, os cideane contribuintes. E cada um, cada um dos anjos os se rebela na medida do seu desespero, Nal tando, roubando, tazendo © acontecendo, cosa oucas para assombrar os cidadios contribu E vo 0s anjos cafdos se agoniando, se desespe| rando, mordendo, arranhando, esperneande, cade) ‘um, cada um, na medida do seu desespero, B vo sendo agarrados, cada um dos tristes anjos caidos. E vo sendo empilhados, espremidos, es. magados de corpo e alma, entre grades de ferro paredes ‘imidas ¢ frias, onde escrevem as fra. ‘ses sem nexo ditadas pelo desespero, com a for. ga da impaciéncia dos que esperam com suas de- srperangas. E confessam crimes, que n&0 S3- rem Grimes. Confessam debaixo de pancada. A aneada doi, DSi, DSi muito. Dél até na besta- fora. E afi no homem, E dit muito. Bo ear io tem pressa. ‘Tem paciéncia. £ especia eee nora. de_almogo, fim de expedient, epouso remunerado, previdéncia social. E tem cuniliares, tem aprendizes. E tem todo o tempo para bater e perguntar. ‘Tem a vida toda para dar pancada e esperar resposta, © anjo caido faz sua parte no jogo. Apanha, apanha, apanha, nega, chora, geme, implora pelo famor dos santos de todas as fés. Pelo amor de qualquer £8, amor que desconhecem, que nunca viram, nunca intuiram. Mas em vo imploram pelo amor, pelo precério amor dos cidadios con- ‘ribuintes, pelo amor dos santos da precdria £8 dos cidaddos contribuintes. E choram, gemem, esperneiam, rogam todas as pragas e apanham todas as dores. Apanham, apanham, E a panca- a d6i. Déi. Déi muito, até na besta-fera, Quan- to mais no homem, que, mesmo sendo 0 anjo caf- do, & imagem e semelhanca do espirito. Que, por a i Ser 0 anjo caido, 6 0 espisito, § ba i € 0 amor, é a esperanca, & a ansig ne Poesia sem forma de expressio, & «gi! -apanha, aceitando todas as culpes, Aces’, auiserem que aceite. Pelos santos de 16, 0 anjo caido jura que é culpado e reat Por todas as misérias. E af entio ¢ eeu esmagado, empilhado na cela, Nas colan les, nas celas onde mal caberiam oito, me ss res ane inco homens. Vinte e cineo homens e mais fedores, suas misérias, seus éclos, seus desenc! Tos, seus vicios, suas ansiedades, a ea ‘culo onde mal caberiam oito. Ninho perteit pa, ra as pragas botarem seus ovos. Entio, num cubiculo onde mal caberiam oito homens, sio es- premidos 0s vinte e cinco homens e seus desespe. ros enormes e mais as pragas. A sarna, a sili a lepra, a tuberculose e todas as pragas que roem 0s homens devagar, devagarzinho. Vinte e cinco homens ¢ seus desesperos e as pragas que os con- 2 jsomem, Vinte © cing homens © seus desesperos espremidos num ex | scrita, medio- ‘espera da emperrada, hipécrita, medi fro justiga buroerdtica dos cidadios contribuin- tes. Justia mediocre, hipécrita, burocratica, hipécritas e burocréticos jexercida por mediocres, leidaddos contribuintes, Iacaios de um salério mi- Serdvel e de um status que Ihes garanta mesqui- hos privilgios. (Os sonolentos doutores das leis {Gos cidadios contribuintes so cidadios contri- ‘buintes de visio zarolha, que ndo véem atrés das ‘grades de ferro. So cidadaos contribuintes de imaginagio curta, que néo vai atrés das grades de ferro, So cidadéos contribuintes preguicosos de espirito, que nfo penetra atrés das grades de ferro. So cidadios contribuintes que tém mui- ‘tos privilégios, que sio mais seguros quando os ‘anjos caidos esto atrés das grades de ferro, E no importa que atrés das grades de ferro este- jam vinte e cinco homens esprem'dos, empilha- ‘dos, esmagados de corpo e alma, num cubjculo ‘onde mal caberiam oito homens. Nao importa ‘que as pragas roam a dignidade humana, que @ miséria roa a dignidade humana, nao importa a dignidade humana, se os valores dos cidadéos contribuintes forem preservados. Atrés de cada legislador hé, numa parede fria, um Cristo cruci- ficado. E atrés das grades de ferro, vinte e cin ‘eo homens, num imundo cubiculo onde mal cabe- 23 amor, de solidariedade, de compaizea culo imundo, para que as pragis of na cite sar. Empithem vinte © cinco ane cote Gablewo nejento onde ial cateriin to, magados de corpo e alma, eles se vig entre. Se vslenario eis de come van Se roerlo entre si mais que as prges os rane Bo se verdo como semelhantes, dlaputarae ad forea bruia cada palno de chio, cada miguha de po, © no se dardo sossego um mine quer. Inconscientes do bem e do mal, inconscien tes da solidariedade, nio divsardo, na tenebrosa noite que os engole a todos, os verdadiros inn gos. Se voltardo uns contra ‘os outros, até 0 Ik mite da degeneragio, Mas, a0s pouco, pela dot no pelo entendimento, vio se juntando num 4 sejo solidério de preserva- sa vida, a vide, a vide. E sem oscerdade tue no possuem, en a alae 0 Pcie, porave mi Ss tre cies manifestard 0 Verbo Divino, © sen exes oe je preservarem a pris vias Lido do oeererprimelro do homer, deseo Toeido do espirito. E. nfo foi aiterente para os vinte ¢ cinco ho- mens da préspera cidade industrial, que foram fespremidos, empilhados, esmagados de corpo € ‘alma num imundo cubiculo onde mal caberiam tito pessoas. Espremidos, empilhados e esmaga- dos de corpo e alma pelos cidadaos contribuintes, donos das leis que determinam os privilégios {que os garantem com as metralhas e as grades de ferro. Vinte e cinco homens espremidos, empilhados, esmagados de corpo e alma num cubfculo onde mal caberiam oito pessoas. E 0 desespero do con- finamento somado ao desespero de suas vidas in- teiras resultou nas violentagées mais bérbaras. s vinte e cinco homens se violentaram de corpo 5 © alma a cada minuto de um més e meio, S» te riram flsica e espiritualmente. Mas seve doy eros eram controlados pela sabedoria dos ¢ Ets sabem. Nao dividem 0 péo racionalmen- dios contribuintes. Comida para os vinte « c, ‘contiam nas metralhas e nas algemas i i Se oo ee

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