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Segunda-feira, 12 de Outubro de 2020 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA I Série—N.° 161 Prego deste numero - Kz: 850,00 Tole + sarap ga Lr TSSTNATURA Opa de ts pine Dio reve 9 snneio ¢ asinine do «Disa no | ds Replica "62" sie de Kz 7800 pra da Republican, deve ser dirigida & Imprense | 5 ues series Kz: 73418940 | a 3° série Kz: 95.00, acrescido do respective Nacinl = EP, om Linn, Ra Hee de Geese Can Ins cls ai iol | Aen 13352100 | impoto do slo, dependendo a publicsto da swringrenanacicn govso - End, tcp: | A2* ere Ke 72599000 | sie de depo prvion efector lagen Axe xe. 18013520 | da tngreaNacinl EP SUMARIO LEIDAS ZONAS FRANCAS Assembleia Nacional CAPITULO a Disposigées Gerais Laine 3620: Dar Zone Pancas — Reva o Dect Lego Peden ARTIGO1 ‘es dea? dou coDandon- Ailes de27 de (Object Lein* 3620: ‘Dos Simbolos das Autarquias Lai. Resolugao n° 3720: Aprova, para adesio da Replica de Angola, o Acordo de Pais sobre ‘as Alleragbes Climaticas Ministérios das Financas e da Justica e dos Direitos Humanos Decreto Executive Conjunto m* 249/20: Aprova a gatuitidade do acto de regist pedal ASSEMBLEIA NACIONAL Lein.* 3820 de 12de Outubro Havendo necessidade de dotar o Pais de oportunidades © condigdes apropriadas para atracgo do investimento, que penmitam acelerar oprocesso de diversificagao emodemniza- 0 da economia nacional, Considerando que modelos de desenvolvimento anco- rados em Zonas Francas foram utilizados com sucesso em outros paises, assumindo-se como centros estratégicos de aceleragao € fomento industrial, que podem favorecer a insergo do Pais na dinimica do comércio intemacional de bens € servigos, nos fluxos intemacionais de investimentos € a participagao competitiva nas cadeias globais, bem como servir para a internacionaliza¢ao da marca «Angola»; ‘A Assembleia Nacional aprova, por mandato do Povo, nos termos don.° 2 do artigo 165° e da alinea d) don 2.do artigo 166°, ambos da Constituicao da Repiblica de Angola, a seguinte: A presente Lei estabelece os principios e as regras para a criaglo de Zonas Francas na Repiblica de Angola, define 0 Ambito € os objectives, bem como os incentivos e facilida- des concedidos pelo Estado aos investidores e fis empresas ‘quenelas operam, ARTIGO 2° ‘mbito) 1. A presente Lei aplica-se aos espagos econémicos e ‘gcogrificos delimitados e reservados para a criagao e imple- mentago de Zonas Francas, 2, Para efeitos da presente Lei, so equiparadas a Zona Franca as Zonas de Processamento de Exportag&es, Portos Francos Empresas Francas 3.A presente Lei aplica-se, iguaimente, as entidades ges- toras, aos investidores, as pessoas fisicas e outras entidades privadas que desempenham actividades nas Zonas Francas, Zonas de Processamento de Exportagbes, Portos Francos € Empresas Francas, ARTIGO 3° (@etinigoes) Salvo disposigio expressa em contratio, para os efeitos da presente Lei, as palavras e expresses nela usadas tém ‘ seguinte significado, independentemente da sua utilizagao no singular ou no plural: @) «Clusters», agrupamentos industriais e redes empresariais integradas num macro sector de actividade econémica, organizadas em tomo de fileiras produtivas, cujas actividades se reforgam ‘mutuamente € que geram extemalidades posit vvas para a restante economia; $088 DIARIO DA REPUBLICA 1) «Empresa Franca, empresa que opera individual- ‘mente em condiges especiais, normalmente reservadas s Zonas Francas, podendo situar-se em qualquer parte do terrtorio nacional, ©) «Bntidade Gestora, concessionirio ou pessoa colectiva ou singular que adquire o direito por contrato celebrado com o Executivo de gerir € explorar uma Zona Franca, @ «Exporiagio», saida de mercadorias nacionais ou nacionalizadas da area da Zona Franca para 0 terrterio aduanciro estrangeiro ea venda de pro- dutos semi-acabados para empresas localizadas dentro da mesma area ou em outras zonas situa- das no teritério nacional a fim de completar 0 processo de fabricagao ou para sua embalagem e posterior envio para 0 teritrio aduaneiro, €) «Franchising», contrato pelo qual uma pessoa, singular ou colectiva (o franchisador ou licen ciador), concede a outrem (o franchisado ou licenciado), mediante contrapartdas, a. comer- cializagio dos seus bens ou servigos, através da utilizago da marca e demas sinais distintivos do franchisador ¢ conforme © plano, método € directrizes prescritas por ele; J «mportagéoy, entrada na irea da Zona Franca, de ‘mercadorias a ela destinadas, procedentes de outro tevitério aduanero: 8) InfrarBstrdurasy, estruturas intemas de apoio 20 funcionamento das Zonas Francas, de nadamente redes rodovia amuamentos, parques de _estacionamento, espagos verdes, instalagdes de portos,redes de comunicagto, redes de abastecimento de agua, saneamento e electricidade, centros de armaze- rnagem de loaistica ¢ de distribuiga0, bem como a estruturas administrativas, ‘i cdmvestidory, pessoa singular ou colectiva, socie- dade comercial ou outra forma de organiza¢a0 social, constituida com 0 objectivo de operar € ‘manter Unidades Industriais, Comercias, Serv 08 € outras actividades nas Zonas Francas, nlo podendo desenvolver a mesma actividade no tervitorio aduaneiro; 4) cdimestimento Interno», realizagio de projecto de investimento por via da utilizagao de capitais titulados por residentes cambiais, podendo estes, para além de meios monetarios, adoptar,igual- ‘mente, a forma de tecnologia e conhecimento ou bens de equipamentos e outros, através de finan- ciamento, ainda que contratados no Exterior; J) evestimento Externo», realizagio de projectos de investimento por via da utilizagao de capitais titulados por nfo residentes cambiais, podendo jase ferroviri ‘estes, para além de meios monetios, adoptar, igualmente, a forma de tecnologia ¢ conheci- ‘mento ou bens de equipamentos ¢ outros, ) cdmwestimento Mista», todo investimento que integra operagdes de Investimento Interno e ‘perayses de Investimento Extero. 1 aPorios Francos», variante de Zonas Francas, que se desenvolvem em regides portuérias, permi- tem um conjunto de actividades abrangentes ‘com beneficios e incentivos e acesso pleno a0 mercado doméstico, aps devido cumprimento das obrinagiesfiscais, 1m) «Territério Aduawiroy, toda extensio geosrifica da Republica de Angola sobre a qual se aplica 0 regime tributario geral; 1) «Zona Franca, itea geoarifica delimitada que se destina a0 desenvolvimento tecnol6gico, ndustrial, agricola agro-pecuario, comércio de bens ¢ servigos, importagio € exportagao, beneficiando de regimes especiais nos dominios fiscal, aduanero, labora, migratério e cambial, cuja regulamentago dependera da sua especifi- cidade, 0) «Zonas de Processamento de Bxportagdon, areas zeogrificas delimitadas que oferecem tetrenos infia-estrutrados para a industria, benefciando de incentivos especiais¢ instalagSes destinadas a empresas exportadoras; P) «Stock», quantidade de bens ou produtos anna- zenados para determinado fim, venda, troca, exportagio, entre outras. ARTIGO 4? (Objects ‘Accriago e a implementagio de Zonas Francas, no teri- torio da Republica de Angola, team 0 objestivo de promover Investimentos directos Intemo e Extemo e aceleraradiversi- ficagao da matriz produtiva nacional, gerar empregos, tendo «1 conta 0s seauintes objectives econémicos esociais: 4) Dinamizar e aceleraro crescimento da economia; +) Estimular a coesto teritorial e contribuir para a redugio das assimetrias regionais, ©) Promover a aracgao do investimento directo nacional e estrangeiro; ) Promover a criacio de empregos directos ¢ indi rectos, ¢) Contribuir para ampliagSo domercado interno para ‘0s produtos de produgdo nacional; Si Acelerara diversificagao da estrutra da economia, om vaticalizagio das cadeias produtivas, g) Acelerar 0 processo de diversificagao das exporta- 988 no petroliferas, 1h) Promover as expartagdes de produtos com alto lice de incomporaglo de conteido local I SERIE — N° 161 — DE 12 DE OUTUBRO DE 2020 $059 1 Acelerar o desenvolvimento tecnolégico da indiis- ‘ria nacional; J) Aumentar a capacidade produtiva nacional, com base na incorporagio de matérias-primas locais € elevar o valor acrescentado dos bens produzi- dos no Pai Promover a transferéncia do conhecimento € da tecnologia, bem como aumentar a eficiéncia e competitividade produtiv, 1) Promover 0 aumento das disp onibilidades cambiais € oequilibrio da balanga de pagamentos, ARTIGO 5° Principe eras ‘As Zonas Francas, enquanto mecanismo de desenvol- vimento econémico € social, € instrumento de apoio 20 investimento, obedecem aos principios gerais da politica de investimento na Reptblica de Angola, nomeadamente: 4) Respeito pela propriedade privada, ')Respeto pelasrearas do mercado livre e da s8 con corténcia ene os agentes econémicos; ) Respeito pela livre inicativa, excepto para as areas definidas como sendo de reserva do Estado, 4 Garantia de seguranga e protecgao do investimento privado; ¢) Promogio da live circulagao dos bens e dos capi- tis nos termos € limites less, J laualdade de tratamento entre nacionsis ¢ estran- ‘2ciros como reara e protecgio dos direitos de cidadania econémica; 8) Respeito e cumprimento dos acordos internacio- naisregularmente celebrados de que a Repiiblica de Angola é parte. CAPITULO IL Criacao ¢ Funcionamento das Zonas Franeas ARTIGO 6° (niclatva de erage eexting 30) 1. Cada Zona Franca é eriada por Despacho Presidencial, que regula a sua actividade, devendo prever, entre outras materias, as seguintes: 4 Denominagio da Zona; +b) Delimitagao geogrstica: ©) Duragit. 2. As Zonas Francas extinguem-se: 4a) Pelo decurso do prazo, se nao tiver havido prot rogagao, 1b) Por razdes ponderosas de interesse nacional, 3. No caso de extinga0 da Zona Franca por razdes pon derosas de interesse nacional, cabe a0 Estado assegurar 0 Pagamento de uma justa e pronta indemnizagao, nos termos do contrato de concessao. 4. Com a extinglo da Zona Franca, cessam as condigdes especiais, nomeadamente, beneficios, incentivos e regimes eespeciais, que Ihe eram inerentes, aplicando-se o regime tri- butario geral em vigor no Pai ARTIGO 7° ‘Amiestbit dade do investment Zona Panes) 1. Nas Zonas Francas sto admitidos todos os tipos de investimento privado com foco no desenvolvimento agro- ndustrial, indistrias de mao-de-obra intensiva, indistrias de alta tecnologia ¢ de elevado valor agregado nacional, {que usam e transformam matérias-primas nacionais, e estao vvocacionadas para a exportagao, 2. 0 investimento privado nas Zonas Francas pode assu- mir a forma de Investimento Intemo, Extemo ou Misto, ARTIGO 8° equisito de wees) 1. E pemitide © acesso as sociedades unipessoais, ‘empresas, consércios, agrupamentos de empresas ou qual- ‘quer outra forma de representagiio social nos termos da lei, ccujas actividades se enquadrem no objecto e mbito das Zonas Francas, 2. Os requisitos monetarios de acesso as Zonas Francas, (5 niveis minimos de postos de trabalhos requeridos, inves- timentos em activo fixo ou outros que se jullauem necesséio, sso determinados nos contratos de investimento, ARTIGO 9° (implements 6) 1. As Zonas Francas podem ser criadas em qualquer parte do territério nacional, de acordo com os objectives, prioridades e criterios definidos pelo Executivo. 2. As Zonas Francas devem contribuir para a imple- mentagao de Clusters e de cadeias produtivas definidas nos planos de desenvolvimento nacionais, priorizando processos produtivos com maior complementaridade. 3. As Zonas Franeas podem conter areas habitacionais. ARTIGO 10° (Propriedade) 1. Os terrenos dentro dos limites geosrificos das Zonas Francas so propriedade do Estado, podendo estar sujeitos 0 regime de exploragao privada enquanto durar a conces- dda Zona Franca. 2. O regime de concessao de terrenos nas Zonas Francas| € determinado no Despacho de criagao da respectiva Zona Franca, 3. Os bens méveis e iméveis resultantes do investimento realizado pelos investidores nas Zonas Francas estao sujei- tos ao regime de propriedade privada. 4.0 regime de concessao de terrenos nas Zonas Francas consubstancia-se na transmissibilidade da propriedade da terra, do Estado para o direito de propriedade privada, sem prejuizo do disposto no artigo 98.° da Constituigao da Repiblica de Angola ARTIGO 11" (impacto ambiental) Os investimentos nas Zonas Francas devem adoptar ‘como regra o estabelecimento de projectos nao prejudiciais 20 meio ambiente, devendo sempre ser garantida a respec- tiva sustentabilidade ambiental, quando aplicavel. $060 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 12° (etmatagso a Zona Franca) 1A fea que delimita a Zona Franca deve ser estabe- lecida de forma a faclitar a fiscalizagao fora da mesma e a impedir qualquer possibilidade de retirarirregularmente as ‘mercadorias da Zona Franca 2 Sem prejuizo da autonomia econémica e adminis trativa das Zonas Francas, 0 seu territério de implantagao continua a ser parte integrante do territério da respectiva frea da divisao politico- administrativa 3. As mercadorias nacionais ou nacionalizadas que se encontram numa Zona Franca esto sujeitas as medidas associadas & exportagao de mercadorias ARTIGO 13° (ctvidades a desenvotver nas Zonas Franeas) 1. Nas Zonas Francas, € permitido desenvolver todas as classes de actividades industrial, de processamento agro- -industrial, teenolégico, comercial e de servigos. 2. As actividades € servigos nao especificados nesta lei, que se destinam a0 mercado intemacional, sto autoriza- dos pela entidade responsivel pela supervisio e controlo da Zona Franca, a pedido da entidade gestora, e tem o trata ‘mento fiscal previsto na presente Lei 3. As actividades das insttuigdes financeiras que desen- volvem actividadena Zona Franca sto reguladas pelo regime jjuridico em vigor na zona aduaneira ARTIGO 14° (Feritérioaduaneiro) 1. As Zonas Francas devem ser instaladas em reas deli- imitadas de forma a garantir 0 seu isolamento do teritério aduaneiro nacional, 2. As operagGes de importagao € exportagao, bem como ‘a actividade logistica ou industrial de suporte, realizadas nas ‘Zonas Francas, sem liga¢o a0 mercado interno, so conside= radas como realizadas fora do teritorio aduaneiro nacional, 3. As operagies de importacio, compra de bens ¢ servi- 05 realizadas nas Zonas Francas, com origem no territrio aduaneiro nacional, aplica-se o regime fiscal, aduaneiro ¢ cambial das Zonas Francas, 4. As operagves de exportagbes de venda debens e servi- 08, realizadas nas Zonas Francas, com destino ao territorio aduaneiro nacional, ¢ aplicdvel o regime aduaneiro geral 5. As vendas a retalho para turistas ¢ outras entidades ‘nfo licenciadas na Zona Franca tém o tratamento fiscal cor- respondente as exportagdes para os territorios aduanciros estrangeiros. 6. As mercadorias por nacionalizar sie considerada para efeitos aduaneiros e de medidas de politica comercial e industrial, como nfo integrando o territério aduaneiro nacio- nal, desde que no tenham sido introduzidas em livre prética ou sujeitas a outro regime aduaneiro, usadas ou consumidas em condigdes diferentes das previstas na regulamentago aduaneira. CAPITULO IIL Investimentos nas Zonas Francas ARTIGO 1S" COperacdes de investimento) 1. As operagies de investimentos nas Zonas Francas ‘bedecem aos prineipios gerais da politica de investimento privado na Republica de Angola 2. Os investimentos admissiveis nas Zonas Francas podem ser realizados através de operages de Investimento Intemo, Externo ou Mist. ARTIGO 16° (Operagoes de InvestimentoInterno) Consideram-se operagdes de Investimento Intemo, admissiveis nas Zonas Francas, as realizadas por residentes ccambiais, nomeadamente: @) Utilizagao de meios de pagamento disponiveis em territ6rio nacional; 'b) Aquisigao de tecnologia e conhecimento, ) Aquisiglo e montagem de mai tos; ) Aplicagao de recursos financeiros resultantes de ‘empréstimos, incluindo os que tenham sido obti- dos no exterior; e) Tomada total ou parcial de estabelecimentos ‘comerciais e industriais, por aquisigaode activos ‘ou através de contratos de cessio de exploragao; P Celebragao de contratos de arrendamento de terras| para fins agricolas e cedéncia dos direitos de superficie, jinas € equipamen- ARTIGO 17" (Pormas de realizar do nvestimento Intern investimento nas Zonas Francas pode ser realizado, isolada ou cumulativamente, pelas seguintes formas 4) Alocagio de fiandos proprios em empreendimentos industriais, teenologicos, agricolas, comerciais ‘ou outro que implique 0 exercicio de posse © exploragao do investidor; 1b) Aplicagto de disponibilidades existentes em con- tas bancérias constituidas no Pais, tituladas por residentes cambiais, ainda que resultantes de financiamentos obtidos no exterior em empreen- dimentos industriais, teenolégicos, agricolas, ‘comerciais ou outro que implique o exercicio de posse ¢ exploracio do investidor, ¢) Alocagao de méquinas, equipamentos, acessérios € outros meios fixos corpéreos, bem como de cexisténcia em stock; ) Incorporagao de créditos ¢ outras disponibilidades do investidor privado, susceptiveis de serem aplicados como investimentos nos termos da presente Lei, @) Incorporagio de tecnologias conhecimento sus- cceptiveis de avaliagao pecuniaria. I SERIE — N° 161 — DE 12 DE OUTUBRO DE 2020 $061 ARTIGO 18° (Operacoes de investimentoexterno) Consideram-se operagdes de Investimento Extemo admissiveis nas Zonas Francas as realizadas por nao resi- dentes cambiais com recursos provenientes do exterior, nomeadamente: 4) Introdugdo no territério nacional de moeda livre- ‘mente convertivel; ') Introdugao de tecnologia € conhecimento, desde querepresentem uma mais-valia ao investimento sejam susceptiveis de avaliagao pecuniaria; ©) Introdugiio de maquinas, equipamentos © outros _meios fixos corpéreos, @ Aplicagao de recursos financeiros resultantes de empréstimos obtidos no exterior; e) Aquisisio de estabelecimentos comerciais ou industriais; Jf Celebragao de contratos de arrendamento ou explo- ago de terras para fins agricolas, pecudrios ¢ ilvicolas, 8) Aquisigio de bens iméveis situados na Zona Franca, quando essa aquisigio se integrar em projectos de investimento nos termos da presente Lei. ARTIGO 19° (Formas de realizado Lnvestimento Externo) © investimento estrangeiro nas Zonas Francas pode ser realizado, isolada ou cumulativamente, pelas seauintes formas 4) Transferéncia de fundos préprios do exterior desti- nado a aplicar em empreendimentos industria, tecnoldgicos, agricolas, comerciais ou outro que mplique 0 exercicio de posse ¢ exploragio do investidor; 1b) Aplicagao, em projectos de investimento, nos termos da presente Lei, de disponibilidades em ‘moeda nacional ¢ externa, em contas bancérias constituidas em Angola por nao residentes cam- Diais, susceptiveis de repatriamento, nos termos da legislago cambial aplicavel; ©) Incorporagao de créditos e outras disponibilidades do investidor privado, susceptiveis de serem aplicados como investimentos nos termos da presente Lei: ) Aplicagio de fuandos no ambito de reinvestimento, ¢) Transferencia de méquinas, equipamentos, acess6- ios € outros meios fixos corpéreos, JP Incorporagio de tecnolosias e conhecimento, ARTIGO 20° (ovestimentotndizecto) 1. E admitida, nas Zonas Francas, a realizagao de ope- rages de Investimento Intemo ou Extemo que compreenda isolada ou cumulativamente, as formas de empréstimos, suprimentos, prestagdo suplementares de capita, tecnolosi patenteada, processos técnicos, segredos € modelos indus- trinis, fremchising, marcas registadas e outras formas de acesso a sua utilizagao, seja em regime de exclusividade ou de licenciamento restrito em determinadas zonas ou dominio de actividade industrial e/ou comercial 2. Sempre que o Investidor Interno ou Extemo pretender realizar operagdes qualificadas como investimento indirect, nos termos da presente Lei, estas ndo devem exceder o valor comespondente a $0% do valor total do investimento. CAPITULO IV Supervisio e Explorasiio das Zonas Francas ARTIGO 2 (Supervisto das Zonas Prancas) Compete ao Titular do Poder Executive a indicagao, em diploma proprio, da entidade responsivel pela Supervisio ddas Zonas Francas, ARTIGO 2: (Gestao « exploragto das Zonas Praneas) 1, Cada drea delimitada como Zona Franca € gerida por ‘entidade publica, ou por entidade privada, mediante contrato de concesso, nos termos a reguilamentar. 2. 0 modelo de gestio das Zonas Francas € as com- peténcias da respectiva entidade gestora sao objecto de regulamentago propria, ARTIGO 28° (emp da concess40) 1.A exploragio de Zonas Francas é concedida a entidade gestora por um periodominimo de 25 anos, prorrogaveis por igual periodo de tempo, contado a partir da data da assina- tura do contrato de concessa0. 2. A concessao pode ainda ser prorrogada, contanto que aentidade gestora tenha cumprido plenamente as obrigagdes legais e contratuais previstas no contrato de concess80, CAPITULO V Regimes Especiais, Beneficios ¢ Facilidades ARTIGO 24° Genetilos) 1. As pessoas singulares ¢ colectivas ¢ os investidores, nos Territorios Francos, abrangidos pela presente Lei, tém (8 direitos, os deveres, ¢ usufiuem dos beneficios e das faci- lidades aqui nelas previstas 2. Os beneficios conferidos ao abrigo da presente Lei sdo extensivos as actividades exercidas nas Zonas Francas, Zonas de Processamento de Exportagao, Portos Francos ¢ pelas Empresas Francas. 3. Os investidores, as empresas, os consércios e outras| pessoas juridicas nas Zonas Francas, que gozam de bené ios nos termos da presente Lei, nao podem exercer a mesma actividade econémica no Terrtrio Aduaneiro nacional, 4A atribuigao de beneficios e facilidades aos investido- res € automatica, decorrendo do contrato de investimento na Zona Franca, $062 DIARIO DA REPUBLICA 5. E pemtido, nos termos da Lei, conceder beneticios relativos aos Impostos Industrial, IVA, Direitos Aduaneiros, Predial, Sobre a Aplicago de Capitais e outros da mesma natureza ou de natureza diferente. ARTIGO 28° (eghmes especial) 1, Sem prejuizo dos beneficios fiscais, aduaneiros ¢ outros da mesma natureza ou de natureza diferente, pre- vistos na presente Lei, as Zonas Francas gozam de regimes especiais, migratério, laboral, cambial e financeiro, a definir por diploma proprio. 2. O Regime Especial Migratério deve prever para as regides com estatuto de Zonas Francas, um regime especial de estrangeiros, flexivel com processos de emistao de vis tos simplificados, sobretudo para mio-de-obra qualificada, investidores e turistas 3. © Regime Especial Laboral deve prever uma legis- Iago laboral especial, flexivel no processo de contratagao de mao-de-obra, voltada para a produtividade € competi- tividade, com facilidades de mobilidade internacional da mio-de-obra 4, 0 Regime Especial Cambial ¢ Financeiro deve privi- legiar a livre mobilidade de capitais ¢ a convertibilidade das, principais moedas intemacionais nas Zonas Francas. 5. Para efeito do disposto no nimero anterior, o Banco Nacional de Angola deve estabelecer, através de Aviso, 0 rregime previsto, no periodo de 90 dias, a contar da data de publicagao da presente Lei ARTIGO 26° (Pacts) 1. As entidades gestoras das Zonas Francas devem criar facilidades aos investidores no acesso simplificado e priori- tério aos servigos, nomeadamente, na obtengao de licengas € autorizagdes, bem como no acesso expedito aos servigos por via da criagao de «Guichet do Investidor da Zona Franca», nos termos a definir em diploma préprio. 2. O Guichet deve garantir a0 investidor, por meio de servigos concentrados, procedimentos expeditos e simplifi- cados, 0s registos essenciais de natureza legal, fiscal e de seguranga social, bem como os registos eventuais relaciona- dos ao registo da propriedade intelectual, de bens moveis, de propriedades imobiliarias ¢ outros, 3. Para 0 exercicio das actividades nas Zonas Francas, 8 investidores licenciados pelos servigos do Guichet do Investidor esto dispensados da obtengao de outras licen- gas € demais autorizagdes dos 6raios da administragao piiblica, com excep¢ao as relativas a0 controlo fitossanit- rio e ambiental ARTIGO 27° (Estingno dos beneticios) Os beneficios cessam: 4) Pela exting’o da Zona Franca, 1) Por rescisio do contrato, ARTIGO 28° (GBeneticios de natureza tributria) 1. Nas Zonas Francas 08 beneficios fiscai ‘outros da mesma natureza ou de natureza diferente consti- tuem regra e no sao limitados no tempo, 2. Para efeitos da presente Lei, sAo beneficios denatureza tributaria, as dedugdes a matéria colectivel, as amortiza- (Oes € reintegragdes aceleradas, 0 crédito fiscal, a iseng3o ca redugdo de taxas ¢ impostos, contribuigbes ¢ direitos de importacao, o diferimentono tempo de pagamento de impos- tos e outras medidas de caracter excepcional que beneficiem o investidor da Zona Franca, aduaneiros € ARTIGO 29° (CBenetcos fecal) Lei propria estabelece os beneficios fiscais para as ope- ragOes realizadas nas Zonas Francas. ARTIGO 30° (Beneticts advances) As operagies de impartacio, exportacio € reexportagao dde mercadorias, bens de capitais, acessérios € outros bens ccompéreos, com excepsao das taxas devidas pela prestagao de servigos,ficam isentas do pazamento de direitos e demas imposigdes aduaneiras, ARTIGOSI° (mites nas transaccos) 1. Os bens de capital em uso nas Zonas Francas, das ‘empresas que gozam de incentivos fiscais e aduaneiros, con- cedidos no ambito do regime das Zonas Francas, nio podem. ser vendidos, aluzados ou transferidos a qualquer titulo, a pessoas singulares ou colectivas ou a entidades piiblicas ou privadas, localizadas fora do teritério da Zona Franca, 2. A celebragio de negécios juridicos em violaga0 do disposto no niimero anterior determina a rescisio do con- trato, sem prejuizo das demais consequéncias legais dai resultantes, CAPITULO VI Direitos, Deveres ¢ Garantias nas Zonas Francas ARTIGO 3 (Deveresgeras) Os investidores, empresas, consércios ¢ outras pessoas jjuridicas nas Zonas Francas devem: 4a) Respeitar a Constituicao da Repiblica de Angola, a presente Lei e demais legislacao aplicavel; +b) Abster-se de, directa ou indirectamente, por si ou através de terceiros, praticar actos de corrup¢0, branqueamento de capitais, priticas anti-concor~ réncia, entre outros crimes previstos na lei: c) Abster-se de, directa ou indirectamente, por si ou através de terceiros, promover acgoes que se traduzam em ingeréncia nos assuntos intemos do Estado Angolano. I SERIE — N° 161 — DE 12 DE OUTUBRO DE 2020 $063 ARTIGO 33° (Deveres labora) 1. Os investidores a operar nas Zonas Francas so obri- ‘gados a empregar trabalhadores angolanos, garantindo-Ihes a devida formagio profissional e prestando-Ihes condigoes, salariais e sociais compativeis com a sua qualificagao, 2. Sem prejuizo do direito de preferéncia dos cidadios angolanos, os investidores nas Zonas Francas podem admit trabalhadores estrangeiros qualificados, sempre em nimero inferior a mio-de-obra local, devendo decrescer anualmente durante a implementagao da Zona Franca. ARTIGO 4° (Drelts garantas) 1. As entidades gestoras, investidores ¢ outras entidades privadas, abrangidas pela presente Lei, gazam dos direitos e ‘garantias neles previstos. 2. 0 Estado respeita e protege o direito de propriedade dos investidores e das entidades privadas nas Zonas Francas, sobre os bens dos seus empreendimentos, nomeadamente 0 direito dos mesmos deles disporem livremente, nos temmos, da lei, sem perturbacao de terceiros, inclusive do Estado, ARTIGO 38° (Repatriamento de capitis) 1. Depois de implementado o investimento directo estrangeiro € mediante prova da sua execugio, de acordo com as rearas definidas no regime cambial especial prevsto non. 5° doartigo 25°, é garantido a investiderestrangciro 6 dircito de transfer para o exterior: Os dividendos ou os hueros dstribuidos, depois de cumpridas as exigéncias lesa; 1) O produto da liquidago dos investimentos, Inchuindo as mais-valias, depois de pagos os mpostos devidos; ©) Quaisquerimportincias que the sejam devidas, com Aedugo dos respectivos impostos, previstas em actos ou contratos que, nos termos da presente Lei, consttuam operagies de investimento, &/O produto de indemnizagdes, nos termos do n.* 3 do artigo 6° da presente Lei; ) Royalties ou outros rendimentos de remuneragao de investimentos indirect, associados & cedén- cia ou transferéncia de tecnologi 2. O repatriamento de Iucros e dividendos, nos termos da alinea a) do niimero anterior, deve observar os termos e con- digdes a serem definidos pelo Banco Nacional de Angola, conforme disposto no n° 5 do artigo 25. da presente Lei ARTIGO 36° (Garantiasjurisdicionais) 1. 0 Estado Angolano garante a todos os investidores das Zonas Francas o acesso aos Tribunais Angolanos para a defesa dos seus interesses, sendo-Ihes assegurado 0 devido processo legal, protecedo e seguranga 2.No fimbito da presente Lei, os conflitos que eventual- ‘mente surgirem relativos a direitos disponiveis podem ser resolvidos através dos métodos altemativos de resoluga0 de conflitos, designadamente, a negociaglo, a mediagao, a conciliagao ¢ a arbitragem, desde que por lei especial nao cestejam exclusivamente submetidos a tribunal judicial ou a arbitragem necesséria, ARTIGO 37° (Outras garantias) 1. E garantido o direito de propriedade intelectual, nos termos da lei. 2. 0 Estado respeita e protege os direitos de posse, uso e fiuigao da terra, bem como sobre outros recursos dominiais, nos termos da legislagdio em vigor 3. Eproibida a interferéncia piblicana gestao das empre- sas privadas, excepto nos casos previstos na lei. CAPITULO VII ‘Transgressoes ¢ Penalidades ARTIGO 38° (Tipos de transgressoes) 1. Sem prejuizo do disposto noutros diplomas legais, cconstitui transaressio o incumprimento doloso ou culposo das obrigagbes legnis a que a entidade gestora, investidores ‘ou outras pessoas juridicas nas Zonas Francas esto sujeitos, ‘nos termos da presente Lei 2. Constitui transgressao, nomeadamente: 4) Ano-transferéncia de mercadorias que entram no ais para a respectiva Zona Franca nos prazos cstabelecidos; 1b) A saida de bens a partir da Zona Franca para paises, terceiros ou para o Teritério Aduaneiro, sem controlo aduaneiro; ©) A falsificagio da lista das mercadorias exportadas para paises terceiros ou para Territério Adua- neiro, sobre a natureza, quantidade, qualidade ‘ou valor; @ © uso de recursos provenientes do exterior para finalidades diferentes daquelas para as quais foram declarados e autorizados os investimentos, e) A pratica de facturagaio que permita a saida cita de capitais ou falseie as obrigagdes a que a entidade gestora ou investidor esteja sujeita, designadamente as de cardcter fiscal e cambial, PA falta de informagao a0 érgo com competéncia para supervisionar, g)A falsificagao de mercadorias e prestagio de falsas declaragdes;, Wy A sobrefacturago dos pregos de méquinas e equi- ppamentos importados nos termos da presente Lei, 1) O exercicio de actividades no abrangidas no regime das Zonas Francas; J) Oso de matéria-prima proveniente do exterior em. detrimento da matéria-prima local; 1A falta de execugtio das acgbes de formago ou a no substituigao de trabalhadores estrangeiros por nacionais nas condiges e prazos previstos no contrato de investimento. $064 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 39° (tuts ¢ontras penalizes) 1. Sem prejuizo de outras penalidades especialmente previstas por lei, as transgressoes referidas no artigo anterior so passiveis das seguintes multas e penalizacdes; 4) Multa no valor de até 1% sobre o valor do investi- ‘mento, de acordo com a gravidade da infiaceao, sendo 0 valor elevado ao triplo em caso de rein- cidéncia; 'b) Cancelamento da autorizago para operar na Zona Franca se a violag3o da Lei e/ou violagoes de obrigages contratuais sio repetidas ¢ graves. 2. A niio-execugio dos projectos dentro do prazo contra- tualizado ou promogado € passivel da penalidade prevista nna alinea b) do nimero anterior, acompanhada do paga- ‘mento de uma multa no valor igual aos beneficios atribuidos acrescida de 1% do valor do investimento, salvo se for com- provada situagao de forga maior. 3. Em nenhum desses casos, a entidade gestora ou inves- tidor, quando aplicivel, € exonerado de responsabilidade civil, fiscal, administrativa e/ou penal. CAPITULO VII Disposigdes Finais ARTIGO 40° (Dirvidas e misses) As duividas e as omissGes resultantes da interpretagio € dda aplicagao da presente Lei sio resolvidas pela Assembleia, Nacional, ARTIGO 41 (Revoraea0) Sao revogados: 4) 0 Decreto Leaislativo Presidencial n° 615, de 27 de Outubro; 'b) ODecreto Lei n 4631/65, de 27 de Abril. ARTIGO 42° (Entrada em vigor) A presente Lei entra em vigor & data da sua publicagao, ‘Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Landa, gs 22 de Julho de 2020, © Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedack Dias dos Seats. Promulgada aos 16 de Setembro de 2020, Publique-se. (© Presidente da Repiblica, Joko Mawvet. Goncarves Lounengo. Lein.* 3620 de Ide Outubro Havendonnecessidade de se assegurar a autonomia ident tiria dos Municipios como entes do Poder Local Autarquico; Sem prejuizo dos simbolos nacionais definidos pela Constituipfo da Repiblica de Angola, enquanto Simbolos dda Soberania ¢ da Independéncia Nacional, da unidade e da integridade da Repitblica de Angola; Convindo estabelecer as bases gerais para a definiga0 dos Simbolos das Autarquias Locais assentes em elementos ‘que traduzam a cultura, os usos e costumes locais; A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das disposigées combinadas da alinea m) do artigo 164° € da alinea d) do n° 2 do artigo 166° da Constituigao da Republica de Angola, o seguinte LEI DOS SiIMBOLOS DAS AUTARQUIAS LOCAIS CAPITULO Disposicoes Gerais ARTIGO 1° (Objectoeambitoy 1. A presente Lei estabelece as regras ¢ procedimentos para a instituigo e uso dos Simbolos das Autarquias Locais, 2.A presente Lei aplica-se a todas as Autarquias Locais. ARTIGO 2° (etinigao) Para efeitos da presente Lei, consideram-se Simbolos das Autarquias Locais as formas de representagio distintiva ce identitaria das Autarquias Locais, ARTIGO 3° (Cipotogia dos Simboos das Autarquias Locals) 1. © Simbolo Autirquico previsto na presente Lei é a bandeira 2. A bandeira da autarquia local, referida no numero anterior, deve ser constituida de acordo com a lei ereflectir as particularidades historicas, culturais, ambientais e turist cas das populages do teriterio autirquico, 3. A titulo facultative, as Autarquias Locais podem adoptar um emblema identitério, conforme os principios definidos no artigo 7° da presente Lei ARTIGO 4? (Us dos simbolos) 1. As Autarquias Locais tém direito a0 uso dos simbo- los, em consonincia com as rearas estabelecidas na Lei sobre a Deferéncia e Uso da Bandeira Nacional, da Insignia "Nacional e do Hino Nacional, com as devidas adaptagbes 2. Os Simbolos das Autarquias Locais sio utlizados, simltaneamente, com os correspondentes simbotos nacio- nas e coma salvaguarda da precedéncia e do destaque que a estes slo devidos 3. Os Simbolos das Autarquias Locais devem ser respei- tados por todos os cidadaos, instiuigbes publicas e privadas no teritorio nacional 4.E proibido, nos Simbolos das Autarquias Locais, 0 uso de quaisquer siglas de partidos politicos, sindicatos, aare- 1miagbes empresarias, profssionais, desportivas e de demais associagOes e entidades privadas. I SERIE — N° 161 — DE 12 DE OUTUBRO DE 2020 5. A Bandeira Nacional ¢ a Insignia Nacional sao de uso obrigatério, devendo estar presentes em todos os actos das Autarquias Locais ARTIGO S* (Propriedade intelectual) A Autarquia Local exerce sobre os seus simbolos todos os direitos comespondentes a propriedade intelectual € industrial ARTIGO 6° (oaieas 0) Havendo imperiosa necessidade histérica € social, os Simbolos das Autarquias Locais podem ser objecto de alte- ragio e/ ou aditamento, ARTIGO 7° (Principles) A composiga0 dos Simbolos das Autarquias Locais deve ‘obedecer aos seguintes prineipios: @) Novidade — Os simbolos estabelecidos na pre- sente Leino podem ser confundidos com outros Ji existentes, by Estilizagio — Utilizar os elementos usados na forma que melhor sirva a intengao estética e: za sua forma naturalista, ARTIGO 8° (Descrigao dos simbotos) A deserigio oficial dos simbolos das autarquias deve ser sintética, completa, univoca e feita de acordo com as regras gerais da herdldica CAPITULO IL Procedimentos para Aquisicao do Direito ao uso de Simbolos ARTIGO 9° (Process de aquisieao do dreto) 1. 0 direito a0 uso de Simbolos Autarquicos é adqui- ido pelas Autarquias Locais, mediante deliberagao da Assembleia da Autarquia, 2A deliberagio do direito a0 uso de Simbolos Autarquicos deve ser publicada em Didrio da Repiiblica, nos termos da lei 3. A oponibilidade a terceiros do diteito referido no rniimero anterior depende da publicagio da resolugao em Dicirio da Repiiblica. ARTIGO 10° (lementos do processo) A definigio dos Simbolos Autérquicos tem por base um processo do qual, sempre que possivel, devem constar os seauintes elementos 4) A noticia historica sobre a entidade interessada; 1b) A copia de deliberagdes e actos do interessado relativos & definigto da sua simbologia; ) A reprodugao da simbologia ou emblemitica usada pelo interessado no presente e no passado. ARTIGO 11 (Procedimentos subsequente) 1. Sem prejuizo do dircito & reclamagao € recurso, 0 pro- cesso referido no artigo anterior deve ser remetido a uma comissio de avaliagao que deve emitir 0 seu parecer pro- pondo rearas, cuja observancia, no que respeita & matéria dos simbolos, ¢ obrigatoria 2. Junto o parecer ea proposta referidos no mimero ante- rior, o processo € devolvido, pela mesma via, & Autarquia Local, para quea Assembleia da Autarquia, por maioria abso- luta, deibere sobre a definigao dos Simbolos Autarquicos 3. 0 teor da deliberagio tomada pelo éraiio compe- tente da Autarquia Local deve ser comicado a entidade de tela ARTIGO 12° esisto) Fixada a definigdo dos Simbolos das Autarquias por deli- beracdo do interessado, deve o seu registo ser oficiosamente feito em ordem propria, periodicamente puiblicado pela enti- dade administrativa que tutela as Autarquias Locais. CAPITULO IL Disposicoes Finais ARTIGO 13° (iividase misses) As diividas ¢ as omiss6es resultantes da interpretagio € dda aplicagio da presente Lei sio resolvidas pela Assembleia Nacional ARTIGO 4 (Entrada em vigor) Apresente Lei entra em vigor a data da sua publicagao. ‘Vista ¢ aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, ‘0s 22 de Julho de 2020, © Presidente da Assembl Piedacle Dias dos Santos. Promulgada aos 16 de Setembro de 2020, Publique-se. (© Presidente da Repiblica, Joxo Manuet. Goncatves Lourenco, ‘Nacional, Fernando da Resolugao n.” 37220 ‘de 12 de Outubro Considerando que a Republica de Angola é Parte da Convengio-Quadro das NagGes Unidas sobre as Alteragdes Climaticas desde 17 de Maio de 2000, que tem como objec- tivo a estabilizagao das concentragdes na atmosfera de gases com efeito de estufa a um nivel que evite uma interferén- cia antropogénica perigosa com o sistema climético © que ‘este nivel deve ser alcangado num horizonte temporal que pemnita a adaptagao natural dos ecossistemas as alteragSes climéticos e que nao interfira na produgio de bens e servi- {gos associados a0 processo de desenvolvimento sustentavel;, $066 DIARIO DA REPUBLICA Considerando que este Acordo é um mecanismo de acgao colectiva, a nivel global, para assegurar uma transigao, para economias de baixo carbono ¢ sociedades resilientes ‘aos efeitos nefastos das Alteragdes Climiticas, reconhe- cendoa natureza transnacional das causas e dos efeitos deste fenémeno; Considerando ainda que a Republica de Angola reco- nhece a vulnerabilidade do Pais as Alterages Climaticas € tem consciéncia dos impactos que o Pais tem vindo a sofrer da tendéncia para os mesmos se agravarem, Havendo a necessidade de se agregar esforgos & nivel nacional e intemacional visando contribuir para 0 alcance dos objectivos globais consubstanciados no Acordo de Paris, adoptado durante a 21.* Conferéncia das Partes, realizada em Dezembro de 2015, na cidade de Paris, Franga A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, ‘nos termos das disposigdes combinadas da alinea k) do artigo 161° e da alinea f) do n® 2 do artigo 166. ambos da Constituigio da Republica de Angola, a seguinte Resolugo: 1° — Aprovar, para Adesio da Republica de Angola, 0 Acordo de Paris sobre as Alterages Climaticas, anexo a pre- sente Resolusao. 2° —A presente Resolugao entra em vigor & data da sua publicagao, ‘Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, fags 11 de Agosto de 2020. Publique-se. © Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Pledacle Dias dos Santos. ACORDO DE PARIS As Partes do presente Acardo, Sendo Partes da Convengo Quadro das Nagées Unidas sobre Alteragées Climéticas, doravante designada «a Convengsoy; 'Nos termos da Plataforma de Durban para uma Acco Reforgada estabelecida pela decisao 1/CP.17 da Conferéncia ddas Partes & Convengao na sua décima sétima sessio; Procurando alcangar 0 objectivo da Convengio ¢ sendo _guiadas pelos seus prineipios, incluindo o prineipio da equi- dade das responsabilidades comuns mas diferenciadas € rrespectivas capacidades, a luz das diferentes cireunsténcias nacionais; Reconhecendo a necessidade de uma resposta eficaz € progressiva a ameaga urgente das alteragbes climaticas tendo por base o melhor conhecimento cientifico disponivel, Reconhecendo também as necessidades especificas e as cireunstancias especiais das Partes que slo paises em desen- volvimento, especialmente daquelas que sto particularmente vulneraveis aos efeitos adversos das Alterages Climaticas, nos termos da Convene, ‘Tendo plena consideragio das necessidades especificas as situagbes especiais dos paises menos avangados no que respeita ao financiamento e a transferéncia de tecnologia; Reconhecendo que as Partes podem ser afectadas no apenas pelas AlteragSes Climaticas, mas também pelos mpactos das respectivas medidas de resposta adoptadas, Enfatizando a relagao intrinseca que as acgGes, as res- postas € os impactos das Alteragdes Climiticas tém com 0 acesso equitativo ao desenvolvimento sustentavel ea erradi- cago da pobreza; Reconhecendo a prioridade fundamental de salvaguardar ‘a sequranga alimentar e erradicagdo da fome e as vulnerabi- lidades particulares dos sistemas de produgao de alimentos ‘0s impactos adversos das AlteragGes Climaticas; ‘Tendo em consideragao os imperatives de uma transi ‘0 justa da forga de trabalho e a criagao de trabalho digno € ‘empregos de qualidade em concordéncia com as prioridades de desenvolvimento definidas a nivel nacional; Reconhecendo que as Alteragves Climticas so uma preocupagao comum da humanidade, as Partes deverao, na acgio de resposta as Alteragdes Climiticas, respeitar, pro- mover € ter em conta as suas respectivas obrigagdes em materia de direitos humanos, de direito a sade, de direitos dos povos indigenas, de comunidades locais, de migrantes, de criangas, de pessoas com deficiéncia e de pessoas em situagoes vulneriveis e o direito ao desenvolvimento, bem ‘como @ igualdade de género, 0 empoderamento das mulhe- res € a equidade inter-geracional; Reconhecendo a importincia da conservagio € do refarco, conforme apropriado, dos sumidouros e reservaté- rios de gases com efeito de estufa referidos na Convengao;, ‘Notando a importincia de garantir a integridade de todos (0s ecossistemas, incluindo os oceanos,e a protec¢ao da bio- diversidade, reconhecida por algumas culturas como a Mae Tara, notando a importincia para alguns do conceito de «justiga climétican, a0 agir em resposta as AlteragSes Climaticas, Afirmando a importincia da educagio, do treino, da consciencializagio publica, da participagso publica, do acesso do piblico & informagio e da cooperagao a todos os niveis nas matérias incluidas no presente Acerdo; Reconhecendo a importincia do compromisso, a todos 0s niveis do govemo € de varios actores, de acordo com 4 respectiva legislagao nacional das Partes, na resposta as Allteragdes Climaticas, Reconhecendo ainda que os estilos de vida sustentaveis ¢¢ 0s padrdes de consumo ¢ produgio sustentiveis, com a lideranga das Partes que sio paises desenvolvidos, desen penham um papel importante na resposta as AlteragGes Climaticas, Acordaram o seauinte: ARTIGO1* Para os efeitos do presente Acordo, aplicam-se as defi {es contidas no artigo 1.° da Convengao. Ademais: @) «Comvengdo» significa a Convengao Quadro das NagOes Unidas sobre Alteragbes Climticas, adoptada em Nova Torque a9 de Maio de 1992; I SERIE — N° 161 — DE 12 DE OUTUBRO DE 2020 $067 +b) «Conferéncia das Partes» significa a Conferéncia das Partes & Convencao, ) «Parte» significa uma Parte do presente Acordo, ARTIGO 2" 1. O presente Acordo, ao reforgar a implementacao da Convengao, incluindo 0 seu objective, visa fortalecer a rresposta global & ameaga das Alterae0es Climticas, no con- texto do desenvolvimento sustentavel e dos esforgos para a cemradicagao da pobreza, incluindo através: @ Da manutengao do aumento da temperatura média ‘global a niveis bem abaixo dos 2° C acima dos niveis pré-industriais e prossecusio de esforyos ara limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos niveis pré-industriais, reconhecendo que isso reduzira significativamente os riscos impactos das Alteragdes Climaticas; 4) Do aumento da capacidade de adaptagio aos mpactos adversos das Alteragdes Climaticas e de promogio da resiligncia as Alteragoes Climaticas bem como de um modelo de desen- volvimento com reduzidas emissdes de gases com efeito de estufa, de modo a que no ameace a produgao de alimentos; ¢ ©) De fluxos financeiros consistentes com uma luajectéria de desenvolvimento resiliente © de reduzidas emissdes de gases com efeito de esta. 2. © presente Acordo ser implementado de modo a reflectir equidade 0 principio das responsabilidades comuns mas diferenciadas e respectivas capacidades, a luz das diferentes circunstancias nacionais. ARTIGO 3° No ambito das contribuigées determinadas nacional- ‘mente em resposta global as Alteragdes Climaticas, todas as artes devem desenvolver e comunicar esforgos ambiciosos, tal como definido nos artigas 4°, 7.°, 9°, 10°, 11° © 13. com vista a alcangar © objectivo do presente Acordo con- forme expresso no artigo 2,° Os esforgos de todas as Partes rrepresentario uma progressio ao longo do tempo, reconhe- cendo a necessidade de apoiar as Partes que sio paises em desenvolvimento na implementagdo efectiva do presente Acordo, ARTIGO 4° 1. De forma a atingir a meta da temperatura a longo prazo, definida no artigo 2°, as Partes tém por objective que os niveis de emissoes globais de gases com efeito de estufa atinjam o seu ponto maximo o quanto antes, reconhecendo que as Partes que so paises em desenvolvimento levardo mais tempo a aleangar o nivel maximo das suas emissdes € concretizar reduces ripidas, a partir de ai em diante de acordo com o melhor conhecimento cientifico disponivel, a fim de alcangar um equilibrio entre as emissdes antroposé- nnicas por fontes eas remogSes por sumidouros de gases com feito de estufa na segunda metade deste século, na base da ‘equidade, ¢ no contexto do desenvolvimento sustentivel € dos esforgos para erradicar a pobreza. 2. Cada Parte compromete-se a preparar, comunicar € ‘manter as sucessivas contribuigdes determinadas nacional- ‘mente que pretende atingir. As Partes implementa medidas de mitigagao domésticas, tendo em vista atingir os objecti- vos de tais contribuigdes, 3. A contribuigdo determinada nacionalmente sucessiva, de cada Parte, representard uma progressio em relagao sua contribuigao determinada nacionalmente entéo vigente cereflectira o mais elevado nivel de ambigdo possivel, reflec- tindo as suas responsabilidades comuns mas diferenciadas ¢ as respectivas capacidades, a luz das diferentes circunstin- cias nacionais, 4. As Partes que sio paises desenvolvidos, deveriam ccontinuar a assumis a lideranga através da adopao de metas absolutas de redugio de emissoes para toda a economia As Partes que sao paises em desenvolvimento, deveriam continuar a reforgar os seus esforgos de mitigagao sendo ‘encorajadas a caminhar progressivamente para a adop 0 de ‘metas de reduso ou limitagao de emissdes para toda a eco- nomia a luz das diferentes circunstancias nacionais, 5. E providenciado apoio as Partes que sao paises em desenvolvimento para a implementagao do presente artigo, ‘nos termos dos artigos 9°, 10.°€ 11.°, reconhecendo que um apoio reforcado para as Partes que so paises em desenvol- viento possibilitaré um maior nivel de ambigl0 nas suas ages. 6. Os paises menos desenvolvidos e os pequenos Estados insulates em desenvolvimento podem preparar ¢ comunicar estratégias, planos e acges para um desenvolvimento com baicas emiss6es de gases com efeito de estufa, reflectindo as sas circunstancias especiais, 7. Os cobeneficios de mitigagao, resultantes das acgdes de adaptagio e/ou dos planos de diversificago econémica implementadas pelas Partes, podem contribuir para resulta- dos de mitigagao nos termos do presente artigo. 8, Ao comunicarem as suas contribuigoes determinadas nacionalmente, todas as Partes comprometem-se a fome- cer a informagao necessiria com clareza, transparéncia € compreensio, de acordo com a decisio 1/CP21 € quais- ‘quer decisses relevantes da Conferéncia das Partes actuando ‘como reuniso das Partes do presente Acordo. 9. Cada Parte comunica uma contribuigio determinada nacionalmente a cada cinco anos, de acordo com a decisso L/CP21 ¢, quaisquer decisdes relevantes da Conferéncia das Partes actuando como reuniao das Partes do presente Acondo, seré informada dos resultados da avaliagio global referida no artigo 14.° 10.A Conferéncia das Partes actuando como reunifo das Partes do presente Acordo, considera calendérios comuns para as contribuigSes determinadas nacionalmente na sua primeira sesso, $068 DIARIO DA REPUBLICA 11. Qualquer Parte podera, a qualquer momento, ajus- tar a sua contribuigao determinada nacionalmente vigente, com 0 objectivo de aumentar o seu nivel de ambigao em conformidade com orientagao adoptada pela Conferéncia das Partes, actuando como reunito das Partes do presente Acordo, 12. As contribuig6es determinadas nacionalmente com nicadas pelas Partes so inscritas num registo publico ‘mantido pelo secretariado, 13. As Partes contabilizam as suas contribuigdes deter- minadas nacionalmente. Ao contabilizar as emissdes ¢ remogGes antropogénicas, correspondentes as suas contri- buigdes determinadas nacionalmente, as Partes promovem a integridade ambiental, a transparéncia, a precisdo, a exaus- tividade, a comparabilidade e a coeréncia e asseguram que nao existe dupla contagem, de acordo com orientagio adop- tada pela Conferéncia das Partes actuando como reuniao das artes do presente Acordo, 14. No contexto das suas contribuigdes determinadas nacionalmente, aoreconhecer e implementar acges de mit ‘2agiio relativas as emissbes © remogGes antropogénicas, as artes tomam em consideragdo, conforme apropriado, os todos e as orientagdes existentes no ambito da Convenga0 8 luz das disposigdes do n° 13 do presente artigo. 15. As Partes tomam em consideragiio na implementagao do presente Acordo, as preocupagses das Partes cujas eco- rnomias sejam particularmente afectadas pelos impactos das ‘medidas de resposta, particularmente as Partes que sto pai- ses em desenvolvimento. 16. As Partes, incluindo as organizagdes regionais de integragao econémica ¢ os seus Estados Membros, que che- ‘garam a acordo para actuar conjuntamente no contexto do n° 2 do presente artigo, notificam 0 Secretariado dos ter- ‘mos desse acordo, incluindo os niveis de emissdes alocados 1 cada uma das Partes no horizonte temporal relevante quando da comunicagao das suas contribuigoes determina- das nacionalmente. O Secretariado, por sua vez, informara as Partes € os signatarios da Convengio dos termos desse acordo, 17. Cada Parte desse acordo assume a responsabilidade pelo seunivel de emissdes, conforme estabelecide no acordo referido no n° 16 do presente artigo, em conformidade com os n.**13 €14 do presente artigo e com os artigos 13.° € 15° 18. Se as Partes, actuando conjuntamente, o fizerem no contesto de uma organizagao regional de integragao econé- mica que seja ela prépria Parte do presente Acordo, cada Estado membro da referida organizagto regional de inte- ‘gragio econémica, individualmente € em conjunto com 1 orzanizago regional de integragio econémica, assume responsabilidade pelo seu nivel de emissdes conforme esta- belecido no acordo comunicado ao abrigo do n° 16 do presente artigo, em conformidade com os 1 13 € 14 do presente artigo com os artigos 13.° € 15° 19, Todas as Partes deveriam envidar esforsos para fr- mular € comunicar estratégias de longo prazo de redugaio de cmissBes de gases com efeito de estufa, tendo em mente 0 artigo 2.°, tendo em consideragao as suas responsabilidades comuns, mas diferenciadas e respectivas capacidades, a huz das suas diferentes circunstancis nacionais. AKTIGOS* 1.As Pates deveriam desenvolver acg6es para conservar creforgar, conforme apropriado, os sumidouros resrvaté- rios de gases com efeito de estufareferidos na alinen d) do n° 1 do artigo 4° da Convengao, incluindo florestas. 2. As Parts sto encorajadas a desenvolver acgdes para implementar ¢ apoiar, incluindo através de pagamentos em fimgio de resultados, o enquadramento existent, tal como expresso nas orientagdes € decisdes jé acordados no seio da Convensio, para abordagens bascadas em politcase incen- tivos positivos para actividades relacionadas com a redugao de emissdes decorrentes da desflorestasao e da degrada; florestal eo papel da conservagto, da gestio sustentavel das florestas ¢ aumento dos stocks de carbono florestal nos pai- ses em desenvolvimento eabordagens baseadas em politicas alterativas, tais como abordagens conjuntas de mitigagao & adaptagio para a gestio integral esustentave das flrestas, reafirmando simultaneamente a importancia de incentivar, conforme apropriado, os bencfcios no relacionados com 0 carbono associados a tais abordagens. ARTIGO6? 1. As Partes reconhecem que algumas Partes escolhem cooperar voluntariamente na implementasio das sus con- tribuigdes determinadas nacionalmente para permitir maior ambigao nas suas acgdes de mitigagao ¢ adaptagao € para promover o desenvolvimento sustentavel e a integridade ambiental 2. As Partes, quando participando vokintariamente em abordagens de cooperagao que envolvam a utilizagao de resultados de mitizagto transferidos_intemacionalmente para fins de cumprimento das suas contribuigées deter- tminadas nacionalmente, promovem 0 desenvolvimento sustentavele garantem a integridade ambiental e a transpa- réncia, incluindo na governagao, ¢ aplicam regras sélidas de contabilidade para garantir, inter alia, que nao exista dupla contagem em linha com orientagées adoptadas pela Conferéncin das Parts actuando como reunito das Partes do presente Acordo 3. 0 uso de resultados de mitizagio, transferidos ‘intemacionalmente para cumprimento das contribuigdes determinadas nacionalmente no contexto do. presente ‘Acordo, tem carter voluntario e esta sujito a autrizasa0 pelos Partes participants, 4. E estabelecido um mecanismo para contribuir para a imitigagao de emissdes de gases com efeito de estufa e apoiar 0 desenvolvimento sustentivel, sob a autoridade e orenta- go da Conferéncia das Partes, actuando como reuniao das Partes do presente Acordo para ttilizagio pelas Partes de I SERIE — N° 161 — DE 12 DE OUTUBRO DE 2020 $069 forma voluntiria. Este mecanismo que deverd ser supervi- ionado por um 6rgao designado pela Conferéncia das Partes actuando como reunido das Partes do presente Acordo, tem or objectivos ‘@) Promover a mitigagao de emiss6es de gases com efeito de estufa a0 mesmo tempo que promove 0 desenvolvimento sustentavel, ') Incentivar e facilitar @ participagao de entidades publicas € privadas, autorizadas por uma Parte, nna mitigagao de emissdes de gases com efeito de estufa, ©) Contribuir para a redugao dos niveis de emissdes nna Parte anfitria que ira beneficiar das activida- des de mitigagao, resultando em redugdes de ‘misses que poderaio também ser utilizadas por outra Parte para cumprimento das suas contri- ‘buigdes determinadas nacionalmente; € @ Alcangar uma reducio geral das emissbes alobais. 5. As redugdes de emiss6es, resultantes do mecanismo a que se refere on 4 do presente artigo, nao serdo utilizadas para demonstrar o cumprimento da contribuigio determi- nada nacionalmente da Parte anfiti, se utilizadas por outra Parte para demonstrar o cumprimento da sua contribuigo determinada nacionalmente. 6. A Conferéncia das Partes, actuando como reun das Partes do presente Acordo, garante que uma parte dos rendimentos provenientes das actividades decorrentes do mecanismo a que se refere o n° 4 do presente artigo € utili- zada para cobrir as despesas administrativas, bem como para assist as Partes que s8o paises em desenvolvimento e par- ticularmente vulneraveis aos efeitos adversos das Alterages Climaticas, a fim de suportar os custos de adaptacao. 7. A Conferéncia das Partes, actuando como reuniao das artes do presente Acordo, adoptara na sua primeira sesso, rearas, modalidades e procedimentes para o mecanismo a que serefere onn® 4 do presente artigo. 8 As Partes reconhecem a impartincia de dispor de abordagens fora dos mercados que sejam integradas, holis- ticas € equilibradas, que as auxiliem na implementagao das suas contribuigées nacionalmente determinadas, no con texto do desenvolvimento sustentivel ¢ da erradicacao da pobreza, de forma eficaz € coordenada, incluindo por via, inter ala, 4a mitigagio, adaptagao, financiamento, transfe- réncia de tecnologia e capacitagao, conforme apropriado. Estas abordagens tém como objectivos @) Promover a ambi¢ao na mitigagao ¢ na adaptagao, by Reforgar a participago dos sectores «piblico € privado» ementagao das contribuigoes determinadas nacionalmente; € ©) Promover opartunidades de cocrdenagio entre ins- trumentos e dsposigdes institucionas relevantes. 9. B definido um quadro para as abordagens de desen- volvimento sustentivel fora do mercado, no sentido de promover as abordagens fora do mercado a que se refere 0 no 8 dopresente artigo. AKTIGO7° 1. As Partes estabelecem o objective global para a adap- tagao, que consiste no aumento da capacidade de adaptacio, no reforgo da resiliéncia e na redudo da vulnerabilidade as Allterages Climiticas, de forma a contribuir para o desen- volvimento sustentavel e garantir uma resposta de adaptaga0 adequada no contesto da meta de temperatura a que serefere artigo 2° 2. As Partes reconhecem que a adaptagao é um desafio slobal enfientado por todos (com dimensio local, sub-nacio- nal, nacional, regional e intemacional), com uma componente fundamental que contribu para a resposta global de longo prazo as Alteragdes Climticas em tenmos de proteceio das pessoas, dos meios de subsistencia e dos ecossistemas, tendo fem consideragio as necessidades urgentes ¢ imediatas das artes que so paises em desenvolvimento e particularmente vulneraveis a0s efeitos adversos das Alteragoes Climticas. 3. Os esforgos de adaptagio das Partes que s8o paises ‘em desenvolvimento serio reconhecidos de acordo com ‘as modalidades adoptadas pela Conferéncia das Partes, actuando como reunito das Partes do presente Acordo na sua primeira sesso 4. As Partes reconhecem que a actual necessidade de adaptagio € significativa e que niveis mais elevados de miti- sgagdo podem reduzir a necessidade de esforgos adicionais para a adaptagio, sabendo que, maiores necessidades de Aadaptagi podem envolver custos mais elevados para essa adaptagao. 5. AsPartesreconhecem que a ac¢ao em materia de adap- taco deverd seauir uma abordagem liderada pelos paises, ‘que responda a questdes de aénero, que seja paticipativa e plenamente transparent, tendo em consideragao os arupos ‘vulheraveis, as comumidades e os ecossistemas, devendo ter ‘como base, ser orientada pelo melhor conhecimento cienti- fico disponivel ¢, conforme apropriado, pelo conhecimento tradicional, pelo conhecimento dos povos indigenas e pelos sistemas de conhecimentos loeais, tendo em vista integrar, conforme apropriado, a adaptagao nas politicas © acgoes socioeconémicas e ambientaisrelevantes. 6. As Partes reconhecem a importancia do apoio € da cooperagto intemacional nos esforgos de adaptagao, bem ‘como a importancia de tomar em linha de conta as neces- sidades das Partes que sto paises em desenvolvimento, especialmente aquelas particularmente vulneraveis aos efei- tos adversos das Alteragdes Climsticas. 7. As Partes deveriam fortalecer a sua cooperagao no sentido de reforgar as medidas de adaptagao, tendo em con- sideragio 0 Quadro de Adaptacao de Cancun, incluindo no que respeita a: 4) Patilhar informago, boas priticas, experiéncias, liges aprendidas, incluindo no que se refere, conforme 0 caso, a ciéneia, a0 planeamento, ‘as politicas e a implementagio das acgoes de adaptacio,

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