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Instituto Superior Monitor

Licenciatura em Psicologia Educacional

Proposta para Monografia

Análise do hábito de leitura em Alunos da 7a classe da Escola Primária Completa de


Napipine (2019-2023)

Setembro de 2013
Racília Samuel no 14-477

Análise do hábito de leitura em Alunos da 7a classe da Escola Primária Completa de


Napipine (2019-2023)

Projecto de Pesquisa apresentado à Direcção Científica do


Instituto Superior Monitor, como requisito parcial para
obtenção do grau de Licenciatura em Psicologia
Educacional.

Orientador: ______________________

Setembro de 2023

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ÍNDICE

CAPÍTULO I: TEMA, PROBLEMATIZAÇÃO, OBJECTIVOS, HIPÓTESES,


JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 7

1.1 Tema e sua Delimitação ................................................................................................... 7

1.2 Problematização ............................................................................................................... 7

1.3 Objectivos......................................................................................................................... 8

1.4 Hipóteses .......................................................................................................................... 9

1.5 Justificativa..................................................................................................................... 10

CAPÍTULO II: REVISÃO TEÓRICA .................................................................................... 12

2.1 Leitura na Antiguidade ................................................................................................... 12

2.3 Na idade Média .............................................................................................................. 14

2.4 Hábitos de Leitura .......................................................................................................... 14

2.5 Motivação para a Leitura................................................................................................ 18

2.6 Motivação para a Leitura e Género ................................................................................ 21

2.7 Pesquisa realizada no Brasil, em Goiânia .......................................................................... 21

CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................. 23

3. 1 Tipo de pesquisa ............................................................................................................ 23

3.2 Técnicas de colheita de dados ........................................................................................ 25

3.2.1 Observação Directa.................................................................................................. 25

3.2.2 Inquérito por questionário ....................................................................................... 25

3.2.3 Consulta bibliográfica.............................................................................................. 26

3.3 Universo e Amostra ........................................................................................................ 26

3.4 Cronograma .................................................................................................................... 28

BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 29

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INTRODUÇÃO

Um dos grandes desafios dos professores da educação básica é ensinar a leitura para os
alunos, mas ensinar não só a decifrar códigos, e sim a ter o hábito de ler. Seja por prazer, seja
para estudar ou para se informar, a prática da leitura aprimora o vocabulário e dinamiza o
raciocínio e a interpretação. Infelizmente, com o avanço das tecnologias do mundo moderno,
cada vez menos as pessoas interessam-se pela leitura.

Um ato de grande importância para a aprendizagem do ser humano, a leitura, além de


favorecer o aprendizado de conteúdos específicos, aprimora a escrita. O contacto com os
livros ajuda ainda a formular e organizar uma linha de pensamento.

A leitura também pode ser uma opção para as férias, pois é uma óptima técnica para
memorização de conteúdos. Assim, o aluno continua em contacto com a escola, mesmo não
indo às aulas. O hábito da leitura pode também funcionar como um exercício de fixação, pois
boa parte dos assuntos estudados na escola é ensinada apenas na teoria. Além disso, durante a
leitura, é possível notar faces diferentes de um mesmo assunto, descobrindo um mundo novo,
cheio de coisas desconhecidas.

É comum algumas pessoas dizerem que não têm paciência para ler um livro, no entanto, é
tudo uma questão de hábito, de transformar a leitura em prazer. O hábito da leitura deve ser
estimulado ainda na infância para que o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo
importante e, acima de tudo, prazeroso. Uma leitura realizada com prazer desenvolve a
imaginação, a escuta atenta e a linguagem das crianças.

Para Gouveia, (2009), a leitura na nossa sociedade tornou-se basilar para o desenvolvimento
e investimento pessoal, na vida social, escolar, profissional, económica e cívica dos
indivíduos, com aplicações directas na vida das comunidades, uma vez que os países mais
ricos possuem um nível de desenvolvimento mais elevado, sendo o analfabetismo eliminado
desde cedo. O que remete para uma maior facilidade em aceder à informação escrita através
da leitura, e em se expressar, fluentemente, através da escrita, do que os indivíduos de países
pobres com níveis elevados de analfabetismo.

Quando o aluno lê, os sentidos e valores que possui acerca dos fatos do mundo, acerca da
vida e das pessoas entram em contato com os valores e sentidos veiculados nos textos. Com
isso, a leitura na sala de aula serve para o aluno aprender a participar das práticas sociais de
leitura que acontecem em todos os espaços onde as pessoas circulam, seja no restaurante,

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Shopping, no trabalho, enfim, em todo lugar. As atividades de leitura nas primeiras aulas
devem ser livres para não travar ou obrigar o aluno a fazer o que não tem vontade, ou seja,
eles devem ser motivados pelo professor a ler textos interessantes, pois há diversos tipos de
textos os quais podem e devem ser estudados em sala, de forma a não se tornar cansativo.
Freire (2008).

Para Gouveia, (2009), a leitura na nossa sociedade tornou-se basilar para o desenvolvimento
e investimento pessoal, na vida social, escolar, profissional, económica e cívica dos
indivíduos, com aplicações directas na vida das comunidades, uma vez que os países mais
ricos possuem um nível de desenvolvimento mais elevado, sendo o analfabetismo eliminado
desde cedo. O que remete para uma maior facilidade em aceder à informação escrita através
da leitura, e em se expressar, fluentemente, através da escrita, do que os indivíduos de países
pobres com níveis elevados de analfabetismo.

Alguns autores como Guês Montaigne, Darem Mello e OTAN Jones, (1991, cit. por
Benavente, 1996), afirmam que, apesar de os indivíduos serem alfabetizados, nem todos
possuem a capacidade de interpretar, relacionar e associar a informação para que esta se
transforme e proporcione o acesso imediato ao conhecimento. Do mesmo modo, estes ainda
contemplam que a sociedade é cada vez mais exigente relativamente à informação, não
obstante a obtenção das competências básicas como a leitura, escrita e cálculo, requerem o
seu uso, valorizando assim a literacia.

Na sociedade actual, é imprescindível estabelecer a comunicação para se informar e interagir


para uma educação universal, onde o sujeito deve ser capaz de ler o mundo e as suas variadas
linguagens, sejam escritas visuais ou sonoras (Sim-Sim, 2001).
Nesta mesma linha de pensamento, vários autores têm vindo a desenvolver múltiplos
trabalhos de investigação desde a década de 70, com o propósito de alcançar a compreensão
científica e multidisciplinar do ato de ler, bem como do modo de ensinar a ler. Entendia-se
que a leitura era um processo cognitivo, separando-o das demais dimensões como a social e
afectiva. Procurando desenvolver uma compreensão ampla e completa, nos anos 90,
consolidaram-se as perspectivas teóricas que enfatizam a importância das dimensões
afectivas, que por sua vez se desenvolvem sistematicamente, tendo o seu início muito antes
da abordagem formal.

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Na perspectiva mais recente de pensar a leitura, Pennac (1993, p. 11 cit. por Gouveia, 2009),
afirmou que “O verbo ler não suporta o imperativo.” Adquirir o hábito de ler é conseguir algo
a que se está habituado, algo frequente, alcançado sem grande esforço e quase automático,
não associado a estimulação ou pressão exterior.
Dando seguimento a mesma evidência, a leitura enquanto actividade, envolve esforço e pela
qual se pode optar com maior ou menor frequência, deverá contemplar-se também a sua
componente motivacional que parece estruturar-se precocemente (Mata, 2006).
É neste contexto que surge a presente proposta para Monografia subordinada ao tema:
Análise do hábito de leitura em Alunos da 7a classe da Escola Primária Completa de
Napipine, 2019-2023.

A pesquisa será realizada numa das Escolas situadas na Cidade de Nampula, do ensino
básico, denominada: Escola Primária Completa de Napipine, pretende-se analisar o hábito de
leitura dos alunos dessa instituição; estudar os factores motivacionais; registar e comparar os
géneros que apresentam maior hábito de leitura.

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CAPÍTULO I: TEMA, PROBLEMATIZAÇÃO, OBJECTIVOS, HIPÓTESES,
JUSTIFICATIVA

1.1 Tema e sua Delimitação


Segundo Marconi & Lakatos (2007) a escolha do tema é o assunto que se deseja estudar e
pesquisar, de acordo com as inclinações, as possibilidades e aptidões de um trabalho
científico, e o que se deseja explorar. O assunto escolhido deve ser exequível adequado aos
factores externos e internos (tempo, interesse, utilização). Assim sendo, o tema do trabalho é:
Análise do hábito de leitura em Alunos da 7a classe da Escola Primária Completa de
Napipine, 2019-2023.

Segundo Gil, (2004, p.162) sustenta:

“é preciso delimitar o tema da observação, ou seja, o local onde o fenómeno em estudo


ocorre”. Neste caso, o estudo de campo será na Escola Primária Completa de Napipine,
arredores da cidade de Nampula, na província de Nampula em Moçambique.

1.2 Problematização
Para Cervo & Bervian (2002), “Problema é uma questão que envolve intrinsecamente uma
dificuldade teórica ou prática, para a qual se deve encontrar uma solução”. A primeira etapa
de uma pesquisa é a formulação do problema, que deve ser na forma de perguntas.
Segundo Rudio (1980), destaca que, “Formular o problema consiste em dizer, de maneira
explícita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos
e que pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas características. Desta
forma, o objectivo da formulação do problema é torná-lo individualizado, específico,
inconfundível”
Segundo Lakatos & Marconi (2007), para ser considerado apropriado, o problema deve ser
analisado sobre os seguintes aspectos de valoração: viabilidade, relevância, novidade,
exequibilidade e oportunidade. Cervo & Bervian (2002), complementam colocando que
“desde Einstein, acredita-se que é mais importante para o desenvolvimento da ciência saber
formular problemas do que encontrar soluções”.
O problema de pesquisa é uma pergunta que deve ser redigida de forma clara, precisa e
objectiva, cuja solução seja viável pela pesquisa. Geralmente, a elaboração clara do problema
é fruto da revisão de literatura e da reflexão pessoal.

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A problematização do nosso tema centra-se na Escola Primária Completa de Napipine área
que se localiza no bairro de Napipine, próximo da Universidade Rovuma. As estatísticas
desta Escola mostram que o aproveitamento pedagógico dos alunos da 7a classe tem sido
muito baixas, e como é sabido que vários são os factores que influenciam para um mau
aproveitamento pedagógico, principalmente a leitura, o factor motivacional e o rácio de
professores por alunos.

A leitura é a base fundamental para o sucesso na sociedade actual (Snow, Burns & Griffin,
1998). A prática da mesma nos dias de hoje, constitui uma condição indispensável de
cidadania, de acesso pessoal ao emprego, à cultura e à participação cívica. (Benavente 1996,
p.407).

Alarcão (2005), realça que o sucesso escolar e a integração social de cada indivíduo
dependem do interesse e domínio da leitura, não deixando de parte o importante papel que
desempenham a instituição escolar e a família como sendo os pilares na aquisição da
componente motivacional que é a leitura.

Um outro factor influente considerado negativo ligado à prática da leitura dos alunos que
determina o aproveitamento pedagógico, é o facto do rácio de professores por alunos no
ensino primário ter piorado em Moçambique para níveis anteriores a 2014 estando em 64
alunos para cada professor, dramáticas são as turmas do Norte onde ultrapassaram os 70
alunos. (Jornal, A Verdade)

Portanto, através de vários problemas que nortearam a investigação para a criação deste
projecto, propõe-se a seguinte questão:
 Qual é o grau e hábito de leitura dos alunos da 7a classe na Escola Primária
Completa de Napipine?

1.3 Objectivos
Segundo Richardson (1989), os objectivos deverão ser extraídos directamente dos problemas
levantados no tópico. Que os objectivos gerais definem o que se pretende alcançar com a
realização da pesquisa, e que os objectivos específicos definem aspectos determinados que se
pretenda estudar e que contribuem para alcançar o objectivo geral.

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Objectivo geral

 Analisar o grau do hábito de leitura em Alunos da 7a classe na Escola Primária


Completa de Napipine

Objectivos específicos

 Explicar quais as motivações para o hábito de leitura nos alunos que


apresentam esta rotina em suas vidas;

 Identificar os factores que contribuem para o hábito ou não de leitura nos


alunos;

 Identificar o género que apresenta o maior índice do hábito de leitura.

1.4 Hipóteses
Hipóteses são suposições colocadas como respostas plausíveis e provisórias para o problema
de pesquisa. As hipóteses são provisórias porque poderão ser confirmadas ou refutadas com o
desenvolvimento da pesquisa, (SILVA & MINEZES).

De acordo com o problema da investigação apresentado bem como os objectivos destacam-se


as seguintes hipóteses:

 Hipótese 1: Os alunos da 7a classe na Escola Primária Completa de Napipine com


mais hábito de leitura apresentam maior motivação.
 Hipótese 2: Os alunos da 7a classe da Escola Primária Completa de Napipine com
menos hábito de leitura apresentam menor motivação.
 Hipótese 3: Os rapazes da 7a classe na Escola Primária Completa de Napipine
apresentam maior hábito de leitura do que as raparigas.

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1.5 Justificativa
Neste ponto apresentam-se as razões que levaram o autor a investigar sobre “O contributo ou
impacto que trará a análise do hábito de leitura em alunos da Escola Primária Completa de
Napipine, especificamente os da 7a classe.”

O interesse pelo tema adveio por ser comum se verificar casos de alunos que desde a 1a à 7a
classe não saibam e nem tenham noções do que é ler, muito menos unir sílabas e também por
outro lado casos de alunos que se encontram nesse intervalo que sabem ler, porém os mesmo
tem tido um mau aproveitamento pedagógico no final de cada trimestre, trazendo em
resultado disso, a reprovação. Este facto criou em mim a curiosidade de tentar perceber quais
as razões para tal fenómeno estar a ocorrer nas nossas escolas.

É verídico que em nossa sociedade as práticas da leitura são extremamente indispensáveis,


mas pouco repensadas, incentivadas e desenvolvidas. Entretanto, a escola é responsável por
dar grande estímulo e produzir variadas condições para o ato de ler.

Os cidadãos, maioritariamente, lêem muito pouco. Os alunos, segundo os testemunhos dos


professores, não lêem. O endeusamento do trabalho e o atractivo de outras formas de lazer
não deixam tempo para que seja dada à leitura o seu valor e a sua importância como
instrumento no acesso ao conhecimento, ao entretenimento e ao prazer, embora seja
consensual para a sociedade que é preciso inverter esta situação, uma vez que é inegável o
papel relevante que o ato de ler assume no mundo contemporâneo. (Margarida, 2010).

Segundo Monteiro Lobato - escritor brasileiro - ''Uma Nação se faz com Homens e livros''.
Essa advertência é inquestionável, uma vez que, além de ser benéfico à saúde mental, o
hábito da leitura é uma actividade básica na formação dos homens.

Ler é uma prática substancial para o desenvolvimento individual e também profissional dos
cidadãos. Com a globalização e expansão do acesso à tecnologia, esse hábito foi
negligenciado por grande parte dos indivíduos, que se tornaram adeptos da praticidade e
comodidade oferecida pela internet. Outrossim, muitos alunos perdem o interesse pela leitura
por falta de estímulo em casa e nas próprias instituições de ensino, uma vez que, os livros
oferecidos pelos mesmos dispõem de um vocabulário arcaico e de difícil compreensão,
desencorajando tal prática.

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Nesse contexto, surgem consequências advindas da insuficiência de leitura no quotidiano dos
alunos. Tal problema, acarreta no insucesso do processo de formação do senso crítico, o
responsável por originar opinião própria e ponderar posições acerca de problemáticas. Não
obstante, ela desenvolve o vocabulário e o aprendizado, tornando o jovem do futuro mais
apto para a profissão de sua escolha.

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CAPÍTULO II: REVISÃO TEÓRICA
A palavra ler, etimologicamente, deriva do latim “Legere”, que significa ler, conhecer,
descobrir, interpretar as palavras que são lidas. Neste contexto, exercitar a leitura, eleva o
conhecimento das letras do alfabeto, juntando-as para formar palavras, decifrando assim os
símbolos, ou seja, ao apropriar-se do significado das palavras, descodificam-se os símbolos.
A leitura deve transmitir ao leitor um certo prazer e desenvolvimento do vocabulário, caso
contrário, esta assumirá uma forma automática exclusivamente mecânica, permanecendo
quem lê o pântano da literacia funcional e pouco funcional no que toca o crescimento pessoal
(Sabino, 2009).

Para Lages (2007, p.9), a leitura é considerada como sendo uma fonte de saber onde se
desenvolve e se afirma o gosto estético. Estudamos ainda que através desta aprendemos a
melhor nos expressar, criamos imagens do mundo com implicações directas no que somos e
na imagem que de nos damos a conhecer aos outros e que para nos próprios fazemos.

Também Benavente (1996, p.407) refere que “a prática da leitura constitui uma condição
indispensável de cidadania, de acesso pessoal ao emprego, à cultura e à participação cívica.”

Enquanto que Ler, segundo Inizan (1962: 267), “é reconhecer em seu aspecto gráfico
palavras familiares, e é também decifrar palavras desconhecidas. É pronunciar os elementos
de um texto, mas é também compreendê-los silenciosamente”. Esta definição cita diversas
atividades ou estratégias de leitura como indicam as expressões “reconhecer”, “decifrar”,
“pronunciar os elementos de um texto” e “compreendê-los silenciosamente”.

Segundo COLL (1990), a leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho activo de
compreensão e interpretação do texto a partir de seus objectivos, conhecimento sobre o
assunto, quem é o autor do texto e todo seu conhecimento de linguagem.

2.1 Leitura na Antiguidade


A leitura foi uma estratégia de ensino utilizada em todos os povos da Antiguidade. As etapas
seguiam um curso natural e principalmente necessário, por conta da própria evolução de cada
população: a tradição oral, onde informações eram sempre passadas por gerações, a escrita,
que era o registo consequente destas informações, e a leitura, não só do que foi o resultado
natural da tradição oral, como também de outras obras com intuito educativo. Cada povo
desenvolvia a leitura de modo mais aproximado à sua cultura e valores. Veja-se os detalhes:

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Judéia – Os ensinamentos sagrados consistiam no conteúdo mais lido. São muitas as fontes
históricas que confirmam este dado. Por ser a base de conduta deste povo, o exercício de
leitura destes registos era fundamental.

“… a escola judaica (…) destinava-se a instruir o discípulo na leitura e no entendimento da


Escritura Sagrada, e no conhecimento das tradições da Lei Oral, de modo a prepará-lo para o
estudo da Tora e para o Culto Divino.” (Vida e Valores do Povo Judeu. UNESCO, p.150).

Grécia – Os poemas foram o instrumento marcante deste povo. Primeiramente, eles eram
cantados, de modo intencional, para facilitar a memorização e consequente transmissão. Após
o registo escrito destas obras, as mesmas prosseguiram como fonte frequente de leitura.

Segundo Funari (p.21), “os gregos, durante muitos séculos, gostaram de poesias, em forma de
cânticos, dedicadas a temas míticos. Por serem cantadas, podiam ser memorizadas facilmente
e eram transmitidas por muitas gerações”. (…) “Até que essas histórias foram registadas por
escrito por um personagem que hoje se sabe ser lendário, Homero”.

Roma – Uma fonte de leitura frequente vinha das fábulas e outros escritos que continham
lições e ensinamentos morais. Veja este exemplo “reportado por Fedro, contador de história
latino nascido em cerca de 30 a.C.:

Mesopotâmia – a leitura estava directamente vinculada aos registos de quantidades de


produtos ou medidas de construção. A matemática, em todas as suas nuances fazia parte do
quotidiano deste povo.

“Cada geração tinha de encontrar formas de passar à outra o conjunto de conhecimentos já


adquiridos e codificados. Isso, de certo, ocorria desde a humanização do homem. A novidade
aqui é que o saber ia se tornando mais complexo, mais especializado, necessitando, portanto
de veículos mais adequado para sua transmissão.” (Pinsky, p.76)

Egipto – são poucos os registos históricos que demonstram um período de leitura


desvinculado da escrita. A civilização egípcia é descrita historicamente possuidora de
documentação e literatura.

“… o egiptólogo não pode considerar como casual a ausência, numa sociedade como o
Egipto faraónico onde o documento escrito inunda toda a esfera comunicativa do indivíduo e
do Estado, de uma codificação jurídica do estatuto de escravo”.

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2.3 Na idade Média
Historicamente podemos observar que, com a invenção da imprensa no final da Idade Média,
a impressão de textos tornou-se mais acessível a muitas pessoas. Isto não significou,
entretanto, que o acesso à leitura tenha se disseminado entre todos. Na realidade o processo
de reprodução de textos e o acesso à leitura permaneceram restritos a poucos.

O hábito de ler sempre foi uma forma de preencher a solidão do ser humano. Antigamente,
talvez, lia-se mais porque não havia tantos atractivos quanto hoje. O ser humano precisa
conversar consigo, ter seu momento de recolhimento, reflexão, meditação, ou seja, voltar-se
para dentro, e a leitura permite esse diálogo.

Na Idade Média a leitura era feita para grupos de ouvintes por um membro do clero ou
nobreza – o lente – dada a escassez de manuscritos. A leitura permanecia restrita a grupos
controlados pela elite, também porque o acesso ao conhecimento poderia subverter a ordem
instituída.

A democratização da leitura só ocorreu com o advento da sociedade burguesa, quando maior


parcela da população começou a ser alfabetizada e pôde ter acesso aos livros e a outros
impressos. No século XVIII os intelectuais se reuniam para ler e discutir os textos em salões
especialmente organizados e a leitura passa a ser vista como processo aglutinador de grupos e
comunidades. Esses rituais colectivos se alternavam no tempo e no espaço com a leitura
individual. Na passagem do século XVIII para o XIX as elites económicas e intelectuais
começavam a reservar espaços para a leitura e a guarda de livros.

2.4 Hábitos de Leitura


A sociedade exige cada vez mais dependência na obtenção rápida de informação, do avanço
científico e tecnológico, os desafios profissionais cada vez mais competitivos, assim como
outros factores culturais e sociais que tornam complexa a importância da leitura. A leitura
passa, então, a ser considerada como um instrumento precioso e indispensável no Sujeito que
quer ser útil e participativo na sociedade, dado que “aprender a ler é entrar num novo modo
de elaborar a experiência, daí a sua importância e dificuldade” (Foucambert, 1997).

Ler torna-se um meio de acesso ao saber, à autonomia, à valorização pessoal e social,


fundamental na Sociedade de Informação. Pode mesmo referir-se que um défice de
competências de leitura implica um défice de cidadania já que, a capacidade de leitura

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transformou-se numa competência técnica base, num direito cívico e fonte de
desenvolvimento social dos indivíduos.
Assim, e segundo Neves (2010), fica claro que o domínio da competência de leitura é
essencial nos dias de hoje, sendo o pilar da literacia, e desempenhando um papel chave no
desenvolvimento de hábitos de leitura e na integração dos indivíduos, quer a nível escolar,
quer profissional, sendo que a promoção destas competências desempenha real importância
no processo de aprendizagem, tal como refere Sabino (2008), que defende que a leitura é uma
estratégia fundamental na melhoria do processo ensino-aprendizagem, contribuindo para o
desenvolvimento, nas crianças e jovens, de capacidades de análise crítica e de síntese.

Tendo em conta esta importância das competências leitoras e dos hábitos de leitura, e o facto
dos resultados do PISA 2000 e 2003 referidos por Mata e Monteiro (2005), mostrarem que os
alunos apresentam níveis preocupantes nas competências e nos hábitos de leitura, torna-se
premente procurar estimular este desenvolvimento da forma mais precoce e eficaz possível.
alunos apresentam níveis preocupantes nas competências e nos hábitos de leitura, torna-se
premente procurar estimular este desenvolvimento da forma mais precoce e eficaz possível.

Embora se saiba que os interesses e hábitos de leitura se desenvolvem e consolidam,


essencialmente, durante a escolaridade, é importante ter em conta que as crianças iniciam o
desenvolvimento destas competências antes da educação formal, pelo que, quer o contexto
escolar, quer o contexto familiar, desempenham um papel mediador fundamental no
desenvolvimento e promoção de hábitos de leitura (Gouveia, 2009). Com a mesma
abordagem, Sim-Sim, (2001), refere dois estudos elaborados com a população portuguesa,
onde encontrou correlações positivas entre os hábitos de leitura das famílias, medidos pelo
número de livros existentes em casa, e o nível de leitura atingido pelos alunos. O
desenvolvimento destes hábitos são basilares para o processo de aprendizagem e para o
sucesso escolar (Neves, 2010), até porque a maior parte da informação que chega aos alunos
e com a qual os alunos têm de lidar, apresenta-se por meio da escrita. Logo, é essencial
equipar os alunos com competência leitoras e estratégias organizadoras, que lhes permitam
tratar a informação escrita, de forma a compreender e assimilar o seu conteúdo, potenciando
assim o seu sucesso académico, ao permitir que tenham ferramentas que os ajudem a
compreendê-la de forma mais eficaz, tornando-os leitores mais eficazes (Carita, Silva,
Monteiro & Dinis, 2001).

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De facto, a família e a escola (nomeadamente na figura do professor), devem procurar criar e
incentivar hábitos de leitura nos seus filhos/alunos, desempenhando assim, um papel de
mediação entre a criança e a leitura (Silva, Bastos, Duarte & Veloso, 2011). Relativamente à
família, este é o contexto primordial de desenvolvimento da criança, sendo que a estimulação
de certas competências e interesses, tais como o gosto e curiosidade pela leitura, é uma
estratégia fundamental a desenvolver, nomeadamente através dos primeiros contactos com
livros adequados à idade da criança e aos seus interesses, pela leitura de histórias, pela
própria observação que as crianças fazem dos pais a lerem, entre outros, desempenhando um
papel de preparação e estimulação para a aprendizagem formal da leitura (Mata, 1999;
Sabino, 2008).

Gouveia (2009), cita vários estudos onde se verificou que um dos factores preponderantes
para a iniciação da actividade de leitura, é o facto de as crianças observarem os seus pais a
lerem. É importante não esquecer, que se a família tem um papel chave nos primeiros
contactos da criança com a leitura e na estimulação para esta actividade, este contributo
continua a ser crucial com a entrada da criança para escola, por exemplo através do
envolvimento em actividades de literacia com a criança e do incentivo aos seus hábitos de
leitura. Importa também ter em conta que “o tipo de experiências valorizadas e
proporcionadas, a frequência de experiências, a diversidade, a qualidade e a forma como são
desenvolvidas, dependem de cultura para cultura, de comunidade para comunidade de família
para família” (Mata, 1999, p. 66).

Quanto ao papel da escola, é importante que os professores procurem desenvolver estratégias


adequadas ao nível etário e interesses dos alunos, assim como ao background cultural referido
acima, de forma a potenciar o seu interesse e envolvimento nas actividades de leitura (Sabino,
2008). Como iremos ver mais à frente, existe uma tendência para a diminuição do interesse e
hábitos de leitura, à medida que se avança na escolaridade, pelo que, é crucial que este
interesse comece a ser estimulado o mais cedo possível, de forma a tentar que a motivação
para a leitura se torne mais intrínseca desde cedo, procurando minimizar os efeitos de
redução desta motivação à medida que ficam mais velhos, pois como refere Gambôa (2008),
os motivos que levam o aluno a envolver-se em hábitos de leitura, tendem a alterar-se com a
idade, sendo que no 2º ciclo, embora continuem a sentir que a “voz motivadora” do professor
é importante, os alunos indicam como fator principal para lerem, o facto de o quererem fazer.
Logo, a motivação intrínseca desempenha um papel essencial, até porque, segundo os
resultados de alguns estudos citados por Gabadinho (2007), que procuraram analisar a relação

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entre a motivação para a leitura e a sua quantidade, variedade e frequência, mostram que as
crianças que possuem níveis superiores de motivação intrínseca, lêem em mais quantidade e
em mais variedade que as crianças com níveis mais baixos de motivação intrínseca. Têm
vindo a ser realizados vários estudos, que procuram explorar esta questão dos hábitos de
leitura, a sua evolução ao longo do tempo e os factores que podem potenciar ou constranger
estes hábitos, nomeadamente, em idade escolar.

Gouveia (2009) refere que, de acordo com alguns estudos realizados em Portugal, o
panorama dos hábitos de leitura tem vindo a sofrer alterações, verificando-se uma evolução.
Em 1996, Castro e Sousa (cit. por Menezes, 2010), realizou um estudo sobre hábitos e
atitudes de leitura, em estudantes portugueses do 2º e 3º ciclo do ensino básico e do
secundário, tendo verificado que a leitura é uma prática valorizada pelos alunos, contudo, esta
valorização decresce à medida que se progride na escolaridade, sendo a leitura substituída por
outras actividades (e.g. fazer desporto, estar com os amigos, ver televisão).
Os resultados encontrados por Lages, Liz, António e Correia (2007), num estudo realizado no
âmbito do Programa Nacional de Leitura, vão no mesmo sentido, visto que mostram que os
alunos do 1º e 2º ciclo são os maus entusiastas com a leitura.
Visto que o nosso estudo, incide sobre alunos do 5º ano, iremos afunilar esta análise nesse
sentido.

De acordo com Correia (2007), os resultados deste estudo mostram que os alunos
provenientes do 2º ciclo revelam índices positivos de hábitos de leitura. Grande parte afirmou
gostar “muito” (40,7%) ou “assim-assim” (48,6%) de ler. Apenas 8,3% disseram gostar
“pouco” de ler e 2,3% não gostar “nada”, sendo que os hábitos de leitura nas raparigas se
mostraram mais positivos que nos rapazes, embora ambos os géneros tenham revelado gosto
pela actividade. Mas, o que leva os alunos a quererem/gostarem de ler? Que factores os
motivam e, pelo contrário, que factores os podem desmotivar?
Dentro dos alunos que indicaram gostar pouco ou nada de ler, os motivos mais indicados,
referem-se ao facto de considerarem a leitura uma tarefa aborrecida (62.6%), demorada
(51.6%) e cansar a vista (35.7%), e o facto de não encontrarem livros lhes agradem (26%),
factores que, na sua maioria, remetem para questões motivacionais.

Relativamente às razões que impulsionam a leitura nos alunos que referiram gostar de ler,
destaca-se o desejo de conhecer coisas novas, com 78% dos casos. De seguida, surge a
diversão (61.6%) e a capacidade que adquirem para ler legendas de filmes (44.2%). São ainda

17
mencionados o facto de permitir melhorar as capacidades de escrita, compreender melhor o
mundo e ajudar a compreender como os outros se sentem ou vivem.
Importa referir, que grande parte dos alunos associam conceitos positivos ao ato de ler, como
por exemplo, imaginação, aprendizagem, diversão, utilidade, surgindo em menor
percentagem, conotações de valor mais negativo, como o aborrecimento, esforço, dever,
inutilidade.

Agora, olharemos o tipo de leitura que estimula os hábitos de leitura. Se por um lado, o facto
de vivermos numa altura em que o apelo à televisão, aos jogos, aos computadores, aos
telemóveis, é cada vez maior, podendo afectar os hábitos de leitura dos jovens, também é
importante ressalvar, que alguns destes suportes poderão ser uma fonte de leitura. Clark,
Osborne e Akerman (2008, cit. por Menezes, 2010), verificaram que estes suportes podem ser
uma vertente nos hábitos de leitura dos alunos do 2º ciclo, sendo que as revistas, websites e e-
mails são os suportes mais lidos, superando os livros de poesia e os livros escolares. No que
toca aos géneros, as raparigas lêem mais revistas, e-mails, blogs, websites e poesia, enquanto
que os rapazes lêem jornais, banda desenhada/romances e manuais de instruções.

Também Lages et al. (2007), se debruçaram sobre esta questão, referindo que os suportes
preferidos são a banda desenhada, a aventura e os livros juvenis. Os rapazes apresentam uma
maior preferência por livros ligados à aventura, banda desenhada, viagens, reportagens,
magia, ficção científica, entre outros, sendo que os restantes géneros são mais referidos pelas
raparigas que pelos rapazes.

De facto, os resultados deste estudo vão de encontro aos encontrados noutros estudos, que
mostram que tendem a existir uma diferença entre géneros, sendo que as raparigas gostam
mais de ler, lêem mais e gostavam de ler mais do que os rapazes (Correia, 2007). Uma das
explicações apontadas por Hooper (2005), passa por diferentes necessidades emocionais e
desenvolvimentais. Também as questões ligadas ao papel social, e àquilo que é esperado
delas, tem sido indicado como factor modelador destas diferenças de género (Lages et al.,
2007).

2.5 Motivação para a Leitura


A motivação é um dos aspectos fundamentais a ter em conta, quando se procura compreender
o comportamento humano (Mata, Monteiro & Peixoto, 2007), sendo que, em contexto
escolar, a motivação desempenha um papel crucial no envolvimento escolar dos alunos,
através do sentido que os alunos vão atribuir às tarefas e aprendizagens, constituindo-se assim

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como um determinante do sucesso académico. A aprendizagem, motivação e envolvimento
para a leitura não são excepção, pelo que, naturalmente, a criança tem de estar motivada para
se envolver, activamente, em actividades de leitura.

De acordo com Mata (2006), o conceito de motivação para a leitura, tem vindo a ser bastante
mencionado na literatura, apesar de, muitas vezes, ser utilizado com significados ou
abrangências diferentes. Entre os vários autores que procuraram diferenciar estes conceitos,
(Baker e Wigfield 1999, cit. Por Mata), realçam que muitos estudos efectuados sobre a
motivação, estão associados mais às atitudes em relação à leitura (afecto), do que
directamente com a motivação para a leitura.

Segundo Guthrie e Knowels, (2001, cit. por Mata, 2006), as atitudes motivacionais face à
leitura, são os sentimentos relacionados com a leitura, que levam a que o indivíduo procure
ou evite situações de leitura, sendo que as experiências pessoais que cada criança vai vivendo
em relação a esta tarefa, relacionam-se, directamente, com as atitudes que esta vai
desenvolver em relação a esta actividade.

Assim sendo, e como alguns investigadores defendem, as crianças que têm uma noção pré-
concebida de que a leitura é difícil ou é uma “seca”, desenvolvem crenças mais negativas
sobre o ato de ler, que poderão comprometer o seu desempenho neste domínio. Pelo
contrário, se as crianças percepcionarem esta actividade como agradável, atribuírem
importância ao ato de ler, tiverem Auto percepções de competência e eficácia de leitor
positivas e, consequentemente, expectativas de sucesso na tarefa e níveis mais elevados de
motivação intrínseca, é mais provável que se tornem leitores mais eficazes, envolvidos e
motivados (Monteiro & Mata, 2001; Mata et al., 2009).

Segundo Guthrie e Knowels, (2001, cit. por Mata, 2006), as atitudes motivacionais face à
leitura, são os sentimentos relacionados com a leitura, que levam a que o individuo procure
ou evite situações de leitura, sendo que as experiências pessoais que cada criança vai vivendo
em relação a esta tarefa, relacionam-se, directamente, com as atitudes que esta vai
desenvolver em relação a esta actividade.

Assim sendo, e como alguns investigadores defendem, as crianças que têm uma noção pré-
concebida de que a leitura é difícil ou é uma “seca”, desenvolvem crenças mais negativas
sobre o ato de ler, que poderão comprometer o seu desempenho neste domínio. Pelo
contrário, se as crianças percepcionarem esta actividade como agradável, atribuírem

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importância ao ato de ler, tiverem Auto percepções de competência e eficácia de leitor
positivas e, consequentemente, expectativas de sucesso na tarefa e níveis mais elevados de
motivação intrínseca, é mais provável que se tornem leitores mais eficazes, envolvidos e
motivados (Monteiro & Mata, 2001; Mata et al., 2009). Nota-se assim, que quando pensamos
em compreender a dinâmica da motivação para a leitura, é necessário ter em conta o seu
carácter multidimensional, que abarca vários aspectos específicos que a podem influenciar.
Wigfield (1997, cit. por Mata et al., 2009, p.564) refere isto mesmo, defendendo “que devem
ser tidas em conta diferentes dimensões como: as Auto percepções de leitor e sentimentos de
eficácia que influenciam as expectativas de sucesso; os afectos associados à leitura,
nomeadamente a satisfação e prazer, os quais, por sua vez, reenviam para as outras
dimensões como o valor e interesse atribuídos à leitura”. Posteriormente, Wigfield (2000, cit.
por Mata et al., 2009), aprofunda e explora este tema apresentando 3 grandes eixos na
investigação da motivação para a leitura: (1) motivação intrínseca e extrínseca, (2)
percepções de competência e de eficácia, e (3) motivação social. Segundo o autor, a análise
de aspectos extrínsecos e intrínsecos permitirá uma melhor compreensão das razões
subjacentes ao desenvolvimento de actividades de leitura, podendo estas relacionar-se mais
com o prazer e interesse resultante da leitura, ou com o receber alguma gratificação externa
(e.g., notas, reconhecimento dos outros). “As percepções de competência e eficácia referem-
se às avaliações que os sujeitos fazem da sua capacidade para desenvolverem determinadas
actividades, podendo estas facilitar ou inibir um maior envolvimento nas mesmas. Quanto à
motivação social, o autor considera-a central no que se refere à leitura, pois a leitura é
frequentemente uma actividade social em que a sua utilização com fins sociais pode envolver
a partilha de ideias e leituras” (Mata et al., 2009, p.564).

Velasquez (2007) foca dois dos modelos que conceptualizam a motivação para a leitura – O
modelo de Mathewson (1994) e o Modelo de McKenna (1994). Segundo o Modelo de
Mathewson (1994), a atitude face à leitura inclui três componentes: a componente afectiva
dos sentimentos dominantes sobre a leitura, a componente cognitiva formada pelas crenças
avaliativas da leitura e a componente comportamental. O modelo de McKenna (1994)
defende que a atitude face a leitura desenvolve-se e é influenciada por três factores: crenças
normativas, crenças acerca dos resultados da leitura e experiências especificas de leitura,
sendo que existem influências recíprocas e relações causais entre crenças e atitude.

20
2.6 Motivação para a Leitura e Género
A motivação para a leitura sofre múltiplas influências que vários factores, sendo que uma das
variáveis que vem sendo referida nos estudos sobre a temática, enquanto variável que pode
influenciar, fortemente, a motivação leitora, é a variável género.
Baker e Wigfield (1999), na investigação que desenvolveram com alunos do 5º e 6º ano,
encontraram um efeito do género em nove dimensões da motivação para a leitura: Auto-
eficácia, Desafio, Curiosidade, Envolvimento, Importância, reconhecimento, Notas, Razões
Sociais e Complacência, sendo que as raparigas, apresentam-se sempre mais motivadas do
que os rapazes, quer se tratem de motivos mais extrínsecos, intrínsecos ou com um carácter
mais social. Os mesmos autores, referem ainda que os rapazes tendem a apresentar atitudes
mais negativas acerca da leitura do que as raparigas.
Também, Wigfield e Guthrie (1997), estudaram o efeito do género em alunos do 4º e 5º ano,
encontrando diferenças motivacionais entre géneros, nos domínios da Eficácia, Importância,
Razões Sociais e Competição, com as raparigas a apresentarem níveis mais elevados nos três
primeiros e os rapazes na dimensão da Competição.

2.7 Pesquisa realizada no Brasil, em Goiânia


Foi realizada uma pesquisa com alunos de ensino básico, com objectivo de levantar dados
concretos sobre a leitura. Foram escolhidos, aleatoriamente, quinze (15) alunos do 8º ano do
Ensino Fundamental de uma Escola privada em Goiânia. A pesquisa foi realizada no 2º
semestre de 2010, a qual foi feita através de questionários que foram respondidos por esses
estudantes, sendo seis do sexo masculino e nove do sexo feminino na faixa etária entre 13 a
16 anos. Foi interessante observar que todos que colaboraram com o trabalho demonstraram
interesse e disponibilidade. Foram usadas questões objectivas na elaboração do questionário.
O resultado apresentado pelos alunos participantes será analisado a seguir. A primeira
pergunta feita foi sobre o gosto pela leitura. Dos quinze alunos que responderam a questão,
três deles disseram que gostam de ler; três responderam que não e nove disseram que às
vezes. Quando questionados sobre o hábito de leitura, por prazer, três responderam que sim,
costumam ler por prazer; seis responderam que não e seis disseram que às vezes. Ao
perguntar se a leitura deve ser obrigatória na escola, doze alunos responderam que sim;
somente três responderam que não. A quarta pergunta feita foi sobre o que a leitura traz ao
leitor. Nessa questão, sete desses alunos responderam que a leitura traz conhecimento e
cultura; dois responderam que traz conhecimento, cultura e prazer; três marcaram apenas uma
alternativa, que a leitura traz conhecimento; um disse que traz distracção e prazer; um diz

21
trazer conhecimento e distracção e um alega trazer cultura e distracção. Ao perguntar como a
leitura deveria ser avaliada na escola, os alunos também marcaram mais de uma opção nesta
questão: um respondeu que a leitura deveria ser avaliada na escola através de trabalho, prova
e debate; quatro disseram que apenas em debate; três alunos marcaram três alternativas:
prova, debate e teatro; um marcou debate e teatro; quatro alunos marcaram prova e debate;
um respondeu trabalho e debate; um debate e seminário.

Ao indagá-los se costumam frequentar livrarias, nove dos quinze alunos responderam que
não costumam frequentar livraria e seis disseram que frequentam raramente. Ao questioná-los
sobre a leitura pela Internet, cinco deles responderam que costumam ler pela Internet; três
deles não gostam e sete, às vezes, fazem uso da Internet para ler. Ao perguntar se ler é
importante todos os quinze alunos responderam que sim. Sobre a nona pergunta feita aos
discentes: você vai à biblioteca incentivado por quem? A essa pergunta três alunos marcaram
mais de uma alternativa: três disseram que vão à biblioteca incentivados pelo professor; três
vão à biblioteca com o incentivo do professor e dos pais; dois vão por conta própria e sete
não vão à biblioteca. Vale ressaltar que todos esses alunos entrevistados estudam numa escola
particular, e consideram, neste tipo de instituição, uma participação mais efectiva do aluno no
mundo da leitura. (Evani, 2017).

22
CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para se realizar qualquer actividade é indispensável o uso de um caminho, direcção e técnicas
necessárias para alcançar os objectivos pré-definidos, razão pela qual, neste projecto de
pesquisa, na tentativa de obter explicação, a compreensão e a interpretação do tema será
necessário empregar alguns métodos e técnicas de colheita de dados.

Segundo LAKATOS & MARCONI (2002:85), a metodologia “é o mecanismo usado com o


objectivo de conseguir informações ou conhecimento acerca de um dado problema para a
qual se procura uma resposta hipotética que se queira comprovar”.

3. 1 Tipo de pesquisa
3.1.1 Quanto à natureza

A natureza da pesquisa deste projecto, será aplicada, porque é dedicada à geração de


conhecimento para solução de problemas específicos, neste caso, relacionados com os hábitos
de leitura nesta Escola, e é dirigida à busca da verdade para determinada aplicação prática em
situação particular.

Básica
A pesquisa básica objectiva gera conhecimento novo para o avanço da ciência, busca gerar
verdades, ainda que temporárias e relativas, de interesses mais amplos (universalidade), não
localizados.

Aplicada
A pesquisa aplicada é dedicada à geração de conhecimento para solução de problemas
específicos, é dirigida à busca da verdade para determinada aplicação prática em situação
particular.

3.1.2 Quanto aos objectivos

O presente projecto baseou-se numa pesquisa exploratória, porque engloba os recursos


bibliográficos, que consiste na coleta de informações a partir de textos, livros, artigos e
demais materiais de caráter científico. Esses dados foram usados no estudo sob forma de
citações, servindo de embasamento para o desenvolvimento do assunto pesquisado e as
vivencias praticas das pessoas.

23
Também pesquisa descritiva, porque procurará descrever as características de uma
determinada população ou fenómeno ou objecto a ser pesquisado. Portanto, buscar-se-á
descrever, identificar, relatar e comparar dados.

Pesquisas exploratórias
Conforme lecciona Gil (1991), pesquisas exploratórias objectivam facilitar familiaridade do
pesquisador com o problema objecto da pesquisa, para permitir a construção de hipóteses ou
tornar a questão mais clara. Os exemplos mais conhecidos de pesquisas exploratórias são as
pesquisas bibliográficas e os estudos de caso.
São empregadas para:
 Levantamentos/estudos bibliográficos;
 Análise de exemplos que auxiliem a compreensão do problema;
 Levantamentos e entrevistas com pessoas envolvidas com o problema objecto da
pesquisa;
 Estudo de caso.

Pesquisas descritivas
Procuramos descrever as características de uma determinada população ou fenómeno ou
objecto a ser pesquisado. Portanto, busca-se descrever, identificar, relatar e comparar.
Acrescenta-se que através desse tipo de pesquisa observamos, registarmos, analisamos,
classificamos e interpretamos os fatos através de dados estatísticos.

Pesquisas explicativas
Usamos esse tipo de pesquisa quando identificamos os factores que determinam ou
contribuem para a ocorrência dos fenómenos, tentamos explicar a razão o porquê das coisas,
é um tipo de pesquisa mais complexa, pois procuramos registar, analisar, classificar,
interpretar, aprofundar o conhecimento da realidade.

3.1.3 Quanto à abordagem

Este projecto de pesquisa será quantitativo, porque baseiar-se-á nos registos e análise de
todos os dados numéricos que se referem às atitudes e comportamentos do público-alvo da
pesquisa. Pois, usamos este tipo de pesquisa quando queremos medir opiniões, reacções,

24
sensações, hábitos e atitudes de um universo (público-alvo), através de amostra que o
represente de forma estatisticamente comprovada.

Pesquisa qualitativa
Baseia-se na observação intensa e de longo tempo num determinado ambiente natural,
procura-se registar de forma precisa e detalhada de tudo que se acontece no ambiente,
consequentemente obteremos sua interpretação e análise dos dados obtidos descrevendo e
narrando-os.
Pesquisa quantitativa
É uma abordagem ou método que emprega medidas padronizadas e sistemáticas, reunindo
respostas pré-determinadas, facilitando a comparação e a análise de medidas estatísticas de
dados.

3.2 Técnicas de colheita de dados


Para materializar os objectivos desta investigação serão utilizadas as seguintes técnicas:
observação directa, inquérito por questionário e a consulta bibliográfica.

De acordo com CERVO & BERVIAN (2002:27), “observar é aplicar atentamente os sentidos
físicos a um amplo objecto, para de ele adquirir um conhecimento claro e preciso”. Neste
caso o autor estará no campo de estudo e observará a estrutura da escola, internamente e
externamente, inteirando-se de como a Escola funciona.

3.2.1 Observação Directa


Na observação directa o pesquisador recolhe directamente as informações sem que haja
intervenção do sujeito observador realizando o conjunto das operações através da qual o
modelo da análise constituído por hipótese e conceito.

3.2.2 Inquérito por questionário


Segundo Lakatos & Marconi, (2007, p.111), “questionário é o instrumento de colecta de
dados constituído por uma série de perguntas que devem ser respondidas por escrito e sem a
presença do questionador.”

O método de investigação que será utilizado para a recolha de dados é o Inquérito por
questionário que será dirigido aos alunos da 7a classe. O inquérito por questionário será
utilizado por permitir uma fácil obtenção de uma grande quantidade de dados com uma
considerável economia de tempo, ou mesmo, ao mesmo tempo. Também por permitir uma

25
rápida recolha de informações/dados, por ser de menor custo, fornecer maior sistematização
dos resultados obtidos e pela sua facilidade de análise.

Uma outra razão, é devido a vantagem de fazer-se a aplicação do pré-teste, para detectar um
conjunto de possíveis erros. Não só, mas também por permitir identificar se o questionário é
demasiado longo ou exaustivo, possibilitando a obtenção de uma estimativa sobre os futuros
resultados.

3.2.3 Consulta bibliográfica


Segundo Dicionário Aulete, “Referência bibliográfica é um conjunto de elementos de uma
obra escrita como titulo, autor, editor e local de publicação que permite a sua identificação.
Será importante para o fornecimento do suporte teórico e a devida orientação da pesquisa na
medida que permitirá estabelecer uma comparação entre informações já publicadas sobre o
assunto e os resultados da pesquisa obtidas no terreno.
Portanto, durante esta fase de procedimentos, usar-se-á a revisão da literatura de autores que
já tenham feito trabalhos idênticos relacionados com o hábito de leitura para saber como tem
sido estudado o tema, seguido pelo estudo de campo, aonde o autor vai à Escola Primaria
Completa de Napipine, fazer colheita de dados, para ter conhecimento sobre como tem sido o
perfil dos alunos no que concerne à leitura.

Segundo VERGARA (2000), “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida” a partir do material


já elaborado, constituído principalmente, de livros e artigos científicos e é importante para o
levantamento de informações básicas sobre os aspectos directa e indirectamente ligados à
nossa temática. Varias obras sobre Hábitos de leitura nas escolas foram lidas pelo autor para
que efectivamente se pudesse entender sobre alguns conceitos da leitura, factores
contribuintes para a leitura, assim como os aspectos motivacionais sem deixar de lado o
género com mais empenho.

3.3 Universo e Amostra


3.3.1 Universo

Segundo Ivala at all (2007) o universo ou população “é o conjunto de seres animados ou


inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum”.

Neste contexto a população para esta pesquisa será composta por todos que frequentam a
Escola Primária Completa de Napipine, em particular os alunos.

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3.3.2 Amostra
Amostra é parte da população ou do universo, seleccionado de acordo com que uma regra ou
plano” (José, 2013).

A amostra é de 100 alunos das 7a classe, do 2o ciclo, dos quais 50 são rapazes e 50 são
raparigas, com uma idade compreendida dos 11 à 15 anos.

A amostra foi seleccionada através do método não probabilístico por conveniência, numa das
Escolas localizadas arredores da cidade de Nampula. O critério de selecção da amostra foi
facto de todas crianças terem que estar a frequentar a 7a classe.

27
3.4 Cronograma
No cronograma, o pesquisador deverá descrever todas as etapas do trabalho, assim como o
período de realização de cada uma delas.

1. Cronograma de actividades para 6 meses

Tarefas Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6


1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Definição da pergunta de partida e
dos objectivos da investigação
Pesquisa e leitura bibliográfica

Pesquisa exploratória

Redacção do estado de arte

Construção do modelo de arte

Construção de instrumentos de
recolha de dados
Realização de pré-testes

Recolha de dados

Análise dos resultados

Redacção do relatório final

Envio do relatório para o docente

Realização de correcções

Entrega do relatório final

28
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