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Estratégia AFT Passo Direito Constitucional
Estratégia AFT Passo Direito Constitucional
Aula 01_Apostila······································································································· 1
Aula 02_Apostila····································································································· 45
Aula 03_Apostila··································································································· 169
Aula 04_Apostila··································································································· 284
Aula 05_Apostila··································································································· 405
Aula 06_Apostila··································································································· 493
Aula 07_Apostila··································································································· 565
Aula 08_Apostila··································································································· 667
Aula 09_Apostila··································································································· 847
Aula 10_Apostila··································································································· 902
Aula 11_Apostila··································································································· 960
Aula 12_Apostila································································································· 1021
Aula 13_Apostila································································································· 1170
Aula 14_Apostila································································································· 1237
Aula 15_Apostila································································································· 1289
Aula 16_Apostila································································································· 1325
Aula 00
Ministério do Trabalho (Auditor Fiscal do
Trabalho - AFT) Passo Estratégico de
Direito Constitucional - 2023 (Pré-Edital)
Autor:
Tulio Lages
10 de Dezembro de 2022
Tulio Lages
Aula 00
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 1
Análise Estatística............................................................................................................................. 3
Perguntas.................................................................................................................................... 29
Gabarito...................................................................................................................................... 41
APRESENTAÇÃO
Olá!
Sou o professor Túlio Lages e, com imensa satisfação, serei o seu analista do Passo Estratégico!
Para que você conheça um pouco sobre mim, segue um resumo da minha experiência
profissional, acadêmica e como concurseiro:
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Auditor do TCU desde 2012, tendo sido aprovado e nomeado para o mesmo cargo
nos concursos de 2011 (14º lugar nacional) e 2013 (47º lugar nacional).
Assim, o Passo Estratégico pode ser utilizado tanto para turbinar as revisões dos alunos mais
adiantados nas matérias, quanto para maximizar o resultado na reta final de estudos por parte
dos alunos que não conseguirão estudar todo o conteúdo do curso regular.
Em ambas as formas de utilização, como regra, o aluno precisa utilizar o Passo Estratégico em
conjunto com um curso regular completo.
Isso porque nossa didática é direcionada ao aluno que já possui uma base do conteúdo.
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a) como método de revisão, você precisará de seu curso completo para realizar as leituras
indicadas no próprio Passo Estratégico, em complemento ao conteúdo entregue diretamente
em nossos relatórios;
b) como material de reta final, você precisará de seu curso completo para buscar maiores
esclarecimentos sobre alguns pontos do conteúdo que, em nosso relatório, foram
eventualmente expostos utilizando uma didática mais avançada que a sua capacidade de
compreensão, em razão do seu nível de conhecimento do assunto.
@passoestrategico
Vamos repostar sua foto no nosso perfil para que ele fique
famoso entre milhares de concurseiros!
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Inicialmente, convém destacar os percentuais de incidência de todos os assuntos previstos no
nosso curso – quanto maior o percentual de cobrança de um dado assunto, maior sua
importância:
Grau de incidência em
concursos similares
Assunto
Cebraspe
Direitos e deveres individuais e coletivos 35,64%
Organização do Estado 12,40%
Funções Essenciais à Justiça 6,98%
Poder Judiciário 6,20%
Processo legislativo e modificação da Constituição 6,20%
Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária 5,43%
Aplicabilidade das normas constitucionais 5,43%
Nacionalidade 5,43%
Direitos Sociais 4,65%
Direitos políticos 3,10%
Administração Pública 2,33%
Princípios Fundamentais da República Federativa do Brasil 2,33%
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% de cobrança
Tópico
Cebraspe
Características da RFB (art. 1º, caput e parágrafo único da CF/88) 24,0%
Fundamentos da República Federativa do Brasil (art. 1º, incisos I a
32,0%
V da CF/88).
Princípio da separação dos Poderes (art. 2º da CF/88) 4,0%
Objetivos Fundamentais da República Federativa do Brasil (art. 3º
12,0%
da CF/88)
Princípios que regem a República Federativa do Brasil em suas
28,0%
relações internacionais (art. 4º da CF/88)
A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
Para revisar e ficar bem preparado no assunto, você precisa, basicamente, seguir os passos a
seguir:
1. Conhecer bem a literalidade dos arts. 1º a 4º da Constituição (tenha uma sempre com você,
para realizar suas leituras, grifos e anotações). Leia e releia tais dispositivos, atentando-se aos
seguintes pontos, buscando memorizá-los aos poucos (a memorização virá com o tempo, não se
preocupe em decorar de uma só vez tudo):
1.1. O Brasil adota a república como forma de governo (caput do art. 1º);
1.2. O Brasil adota a federação como forma de Estado, sendo entes federados a União, os
estados-membros, os municípios e o Distrito Federal (caput do art. 1º);
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1.3. O Brasil adota a democracia como regime de governo (caput e parágrafo único do art.
1º);
1.4. O rol dos fundamentos da República Federativa do Brasil estabelecidos nos incisos I a V
do art. 1º. Para facilitar a memorização desse rol, grave o (famoso!) mnemônico:
“SoCiDiVaPlu”:
So – Soberania;
Ci – Cidadania;
1.5. A consagração do princípio da separação dos poderes previsto art. 2º, que são
independentes e, ao mesmo tempo, harmônicos entre si;
1.6. O rol dos objetivos fundamentais da RFB estabelecidos nos incisos I a IV do art. 3º. Para
facilitar a memorização desse rol, grave o seguinte mnemônico: “ConGa Erra Pro”:
Pro – Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.
1.7. O rol dos princípios que regem a RFB nas suas relações internacionais estabelecidos nos
incisos I a V do art. 4º. Para decorar esse rol, grave o seguinte mnemônico: “AInDa Não
ComPreI ReCoS” (o “a” e o “m” servem somente para melhor formar o mnemônico):
In – Independência nacional;
D – Defesa da paz;
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Não – Não-intervenção;
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É importante destacar também o princípio democrático previsto no parágrafo único, onde resta
consagrada a vigência no Brasil da democracia semidireta (ou participativa), em que o poder é
exercido tanto indiretamente por “representantes eleitos”, quanto diretamente pelo próprio
povo (mediante instrumentos previstos na CF/88, como o plebiscito, referendo e iniciativa
popular).
O art. 2º da nossa Constituição trata do princípio da separação dos poderes da seguinte forma:
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Não se trata de uma separação absoluta, mas flexível, em que os poderes devem cooperar entre
si de forma harmônica, tendo sido previstos pela CF/88 mecanismos de freios e contrapesos
(checks and balances), em que cada Poder controla e limita o outro (nas hipóteses previstas na
Constituição) mas jamais invade sua competência ou fere sua independência e autonomia (é o
que se chama de “interferência legítima” de um Poder em outro).
É importante destacar que o Poder estatal é uno e indivisível. O art. 2º da CF/88 apenas
consagra a divisão desse Poder Político nas três funções estatais classicamente distinguíveis: a
função legislativa (ou Poder Legislativo, ou Parlamento), a função executiva (ou função
administrativa, ou Administração, ou Poder Executivo) e a função judiciária (ou Poder Judiciário).
Também é importante mencionar que cada Poder exerce funções típicas e atípicas.
Nesse sentido, o Poder Legislativo exerce suas funções típicas (legislar e fiscalizar) ao elaborar as
normas jurídicas (processo legislativo) e ao realizar a fiscalização sobre a administração pública
de todos os Poderes (controle externo). Exerce sua função atípica administrativa, por exemplo,
ao executar seu orçamento e nomear seus servidores. Exerce sua função atípica de julgamento,
por exemplo, quando o Senado julga o presidente da República nos crimes de responsabilidade;
o Poder Executivo exerce sua função típica (função administrativa), por exemplo, ao planejar e
executar as políticas públicas, bem como ao desempenhar atividades de intervenção e fomento.
Exerce sua função atípica legislativa ao editar medidas provisórias e sua função atípica de
julgamento ao decidir, sem jurisdição (sem definitividade, já que tais decisões não fazem coisa
julgada material nem formal, podendo, assim, serem apreciadas pelo Poder Judiciário), o
contencioso administrativo (litígios de natureza administrativa – por exemplo, litígios de natureza
tributária entre os contribuintes e o órgãos de administração fazendária); por fim, o Poder
Judiciário exerce sua função típica (jurisdicional) quando diz, em definitivo, o Direito nos casos
que lhe são submetidos. Exerce sua função atípica administrativa, por exemplo, ao executar seu
orçamento e nomear seus servidores. Exerce sua função atípica legislativa ao editar resoluções e
outras normas aplicáveis no âmbito de seu Poder. Em síntese:
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Por outro lado, pelo princípio da indelegabilidade de atribuições, nenhum Poder pode delegar
qualquer de suas atribuições sem autorização expressa da Constituição, sejam de suas funções
típicas ou atípicas.
A separação dos poderes é de tal importância para o bom funcionamento do Estado que foi
gravada como cláusula pétrea na CF/88, art. 60, § 4º, inciso III:
(...)
São as metas a serem atingidas, que devem nortear a ação do Estado no sentido de buscar
assegurar a igualdade material entre os indivíduos que o compõem.
Princípios que regem a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais
(art. 4º)
No geral, o rol do art. 4º é composto por princípios que acabam por consagrar a soberania e o
ser humano como pilares da República Federativa do Brasil no seu relacionamento com outros
países e com as organizações internacionais.
Vale ressaltar que os princípios não são absolutos, de modo que o aparente conflito entre eles
deve ser resolvido mediante técnica da ponderação.
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Especificamente sobre o asilo político (inciso X), trata-se de acolhimento pelo Estado de
estrangeiro perseguido em outro país em razão de, geralmente, divergências políticas ou de
opinião ou por crimes que não afrontam o direito penal comum.
De acordo com o STF, a concessão de asilo político é ato de soberania de competência privativa
do Presidente da República1.
Por fim, importa mencionar, sobre o disposto no parágrafo único, que a criação do Mercosul
está diretamente relacionada a esse dispositivo. Memorize que a regra fala em “América Latina”,
não “América do Sul” ou somente “América”.
2. Um tipo de questão de prova recorrente aqui é aquele que apresenta, por exemplo, um dos
fundamentos da República Federativa do Brasil e afirma que se trata, na verdade, de um
objetivo fundamental da RFB ou de um princípio regente de suas relações internacionais –
cuidado com esse “peguinha”!
3. De maneira secundária, é importante também obter uma boa compreensão dos conceitos e
espécies de forma de Estado, forma de governo e regime político e decorar bem a diferença
entre tais institutos:
Forma de Estado
É a maneira como se dá a repartição territorial do poder político, de modo que o Estado pode
ser unitário (poder territorialmente centralizado) ou federal (poder territorialmente
descentralizado).
O Brasil adota a forma federativa de Estado: o poder político foi repartido constitucionalmente
entre os entes federativos (ou seja, houve uma descentralização política do poder), de forma a
dotar-lhes de autonomia e a permitir sua coexistência em um mesmo território, formando um
todo único, indissolúvel e distinto dos entes que o compõem. Esse todo é justamente a
República Federativa do Brasil.
Inclusive, destaca-se que a expressão “união indissolúvel” (art. 1º, caput da CF/88) corrobora
com a adoção da forma federativa pelo Brasil, que proíbe os entes federativos de se desligarem
do Estado, ou seja, tais entes não possuem direito de secessão – esse é o chamado “princípio da
indissolubilidade do pacto federativo”.
1
Ext. nº 524/DF. rel. Min. Celso de Mello. Ext. nº 1.008, rel. p/ o ac. Min. Sepúlveda Pertence.
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Os Territórios não são entes federativos – inclusive perceba que não estão incluídos nem no
caput do art. 1°, nem no caput do art. 18 – mas tão somente parte integrante da União,
consoante § 2° do art. 18 da CF/88:
(...)
Os entes federativos não possuem soberania, mas sim autonomia. Quem possui soberania é
somente a República Federativa do Brasil!
A soberania é caracterizada pela supremacia do Estado sobre os indivíduos que formam sua
população e pela independência em relação aos demais Estados (igualdade, no plano
internacional, entre os Estados). Já a autonomia, conferida aos entes federados pelo caput do
art. 18 (“todos autônomos”, conforme transcrito mais acima) é caracterizada pela ausência de
subordinação hierárquica entre os entes federativos e pela sua tríplice capacidade de
autogoverno, auto-organização e autolegislação, e autoadministração.
A forma federativa de Estado é cláusula pétrea prevista no inciso I, § 4º do art. 60 da CF/88, não
sendo possível, assim, que seja deliberada uma PEC tendente a abolir essa forma de Estado.
Relembremos o teor do dispositivo:
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Forma de governo
É a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade, bem como ocorrerá a relação entre
governantes e governados. As principais formas de governo são república e monarquia.
Na república, forma de governo fundada na igualdade jurídica das pessoas, o governante possui
mandato eletivo, representativo, temporário (há alternância de poder) e com responsabilidade.
Na monarquia, o chefe de Estado, como regra, assume seu cargo de maneira hereditária e por
prazo vitalício.
Como já exposto, o Brasil adota a república como forma de governo, em razão do disposto no
caput do art. 1° da CF/88.
Regime político
Fala-se em regime político (ou regime de governo) para se referir à existência ou não de
participação do povo na escolha dos governantes, na elaboração e controle da execução das
políticas públicas e na elaboração das normas a que o Estado e o próprio povo estarão sujeitos.
O Brasil adota a democracia como regime de governo, consoante o caput do art. 1° da CF,
reforçado pelo parágrafo único do mesmo artigo, ao estabelecer que “todo o poder emana do
povo”, consagrando o princípio democrático:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:
(...)
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
A democracia brasileira é classificada como semidireta (ou participativa), já que exerce o poder
de modo:
b) Direto, por meio de plebiscito, referendo, iniciativa popular das leis, ação popular.
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Estado de Direito
O fato de o Estado ser de Direito, em síntese, significa que a atuação dos governantes, das
instituições estatais e de todas as pessoas (físicas, jurídicas) está pautada pelos limites impostos
pelas normas jurídicas (leis em sentido amplo – Constituição, tratados, leis complementares, leis
ordinárias, decretos, portarias, resoluções etc.).
O Estado de Direito contrapõe-se à ideia de Estado Absolutista, em que havia confusão entre a
Lei e o governante.
Como corolário do Estado de Direito, temos o princípio da legalidade insculpido na CF/88, art.
5º, inciso II:
Art. 5º (...)
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei;
Sistema de governo
O sistema de governo diz respeito, basicamente, à relação entre o Poder Executivo e o Poder
Legislativo no exercício do governo.
Além disso, no presidencialismo inexiste vínculo entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo,
havendo maior independência entre os poderes se comparado ao parlamentarismo, em que o
Primeiro-Ministro é integrante do Parlamento e é por ele indicado.
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APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem
cobrados em prova, considerando o histórico de questões da banca em provas de nível
semelhante à nossa, bem como as inovações no conteúdo, na legislação e nos entendimentos
doutrinários e jurisprudenciais2.
Dessa forma, é muito importante memorizar os incisos I a V e não confundir com os objetivos
(art. 3º) ou com os princípios que regem as relações internacionais da RFB (art. 4º).
2
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado
assunto, considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem
cobrados a partir de critérios objetivos ou minimamente razoáveis.
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Soberania
Fundamentos da RFB
Cidadania
Valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa
Pluralismo político
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas
questões.
Comentários
GABARITO: "CERTO"
A república, forma de governo adotada pelo Brasil, é fundada na igualdade jurídica das pessoas,
o governante possui mandato eletivo, representativo, temporário (há alternância de poder) e
com responsabilidade.
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GABARITO: "ERRADO"
Não há hierarquia entre os entes federativos, mas uma repartição de competências previstas na
Constituição Federal.
Comentários
GABARITO: "ERRADO"
O povo também pode exercer o poder diretamente, conforme o art. 1º, parágrafo único, da
CF/1988:
Art. 1º (...)
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
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GABARITO: "CERTO"
O STF entende que é possível a extradição de extradição de estrangeiro mesmo que a ele tenha
sido concedido asilo político previamente3.
Princípios relativos à prestação positiva do Estado não figuram entre os princípios fundamentais
constantes da CF.
Comentários
GABARITO: "ERRADO"
Os princípios relativos à prestação positiva do Estado são também conhecidos como direitos
positivos ou fundamentais de segunda dimensão - direito sociais, econômicos e culturais.
No Título I da CF, que trata dos Princípios Fundamentais, temos diversos dispositivos prevendo a
prestação positiva do Estado, como o arts. 1º, III e 3º, II e III da CF:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:
(...)
(...)
3
STF – Ext 524.
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Nas relações internacionais, o Brasil rege-se, entre outros princípios, pela soberania, pela
dignidade da pessoa humana e pelo pluralismo político.
Comentários
GABARITO: ERRADA.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:
I - a soberania;
(...)
Comentários
GABARITO: ERRADO.
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Comentários
GABARITO: CERTA.
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa estão previstos como fundamento da República
Federativa do Brasil, no art. 1º, inciso IV, da CF/1988:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:
(...)
9. (Cespe/2015/TRE RS) No que se refere aos princípios e aos direitos e garantias fundamentais,
julgue as assertiva a seguir:
Por ser um princípio geral da atividade econômica regulado pelo mercado e não pelo Estado, o
valor social do trabalho não é considerado um princípio fundamental da República Federativa do
Brasil.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:
(...)
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GABARITO: "ERRADO"
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GABARITO: "ERRADO"
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O Ministério Público não é um Poder atualmente (já foi considerado o "4º Poder" ou o Poder
moderador), mas uma instituição permanente. Os Poderes da União estão previstos no art. 2º da
CF/1988:
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GABARITO: "ERRADO"
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
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GABARITO: "ERRADO"
Os objetivos fundamentais traçados pela CF constam de rol taxativo que não admite ampliação
por obra do intérprete constitucional.
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GABARITO: "ERRADO"
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
No que se refere ao objeto, é correto afirmar que a Constituição Federal de 1988 é social.
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GABARITO: CERTO
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IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
Perceba que em todos os incisos do art. 3°, a Constituição elenca objetivos de cunho
primordialmente social, então é possível considerá-la social.
Comentários
GABARITO: "ERRADO"
A concessão de asilo político, prevista no art. 4º, inciso X, da CF/1988, é uma faculdade do
Estado, não se tratando de obrigação:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
(...)
18. (Cespe/2010/TRT 21/AJAJ) A República Federativa do Brasil rege-se, nas suas relações
internacionais, entre outros, pelos princípios dos direitos humanos, da autodeterminação dos
povos, da igualdade entre os Estados, da defesa da paz, da solução pacífica dos conflitos, do
repúdio ao terrorismo e ao racismo, da cooperação entre os povos para o progresso da
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GABARITO: ERRADA.
O duplo grau de jurisdição não é um princípio pelo qual o Brasil rege-se, nas suas relações
internacionais. Ademais, o princípio "dos direitos humanos" não está previsto no art. 4º da
CF/1988 - o correto é a "prevalência dos direitos humanos":
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
==5617c==
I - independência nacional;
IV - não-intervenção;
VI - defesa da paz;
Comentários
GABARITO: "ERRADO"
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De fato, a defesa da paz e a resolução pacífica dos conflitos são princípios que regem o Brasil
em suas relações internacionais, consoante art. 4º, VI e VII da CF.
Comentários
GABARITO: "CERTO"
Essa alternativa diz respeito ao princípio previsto expressamente no art. 4º, parágrafo único, da
CF/1988, transcrito a seguir:
Art. 4º (...)
O repúdio à prática do racismo configura um dos princípios que norteia a República Federativa
do Brasil em suas relações internacionais. Essa prática constitui crime inafiançável e
imprescritível, e o referido princípio é considerado norma constitucional de eficácia plena.
Comentários
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GABARITO: CERTA.
O repúdio ao racismo está previsto como princípio que norteia a República Federativa do Brasil
em suas relações internacionais, no art. 4º, inciso VIII, da CF/1988:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
(...)
O restante da afirmativa não está inserido no objeto de análise deste relatório, mas está correto.
Comentários
GABARITO: CERTO
Art. 4º (...)
Comentários
GABARITO: CORRETO.
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Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
(...)
IV - não-intervenção;
24. (CESPE/ 2013/ PRF) No que se refere às relações internacionais, a República Federativa do
Brasil rege-se pelos princípios da igualdade entre os Estados, da cooperação entre os povos
para o progresso da humanidade e da concessão de asilo político, entre outros.
Comentários
Gabarito: CORRETA.
Note como o tema é recorrente em provas das mais diversas carreiras. Não tem como fugir, o
candidato deve decorar os incisos. Portanto, correta, nos termos do art. 4º, inciso V, IX, X da
Constituição Federal:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
(...)
(...)
São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
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Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto.
Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados
do conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar
melhor os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o
exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo
a facilitar a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
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É a maneira como se dá a repartição territorial do poder político, de modo que o Estado pode
ser unitário (poder territorialmente centralizado) ou federal (poder territorialmente
descentralizado).
O Brasil adota a forma federativa de Estado: o poder político foi repartido constitucionalmente
entre os entes federativos (ou seja, houve uma descentralização política do poder), de forma a
dotar-lhes de autonomia e a permitir sua coexistência em um mesmo território, formando um
todo único, indissolúvel e distinto dos entes que o compõem. Esse todo é justamente a
República Federativa do Brasil.
Não, porque o Brasil adotou a forma federativa de Estado, em que o poder político foi repartido
entre os entes federativos, conferindo-lhes autonomia, e a gravou como cláusula pétrea na
Constituição, não sendo possível, assim, uma proposta de emenda tendente a abolir a forma
federativa de Estado, conforme art. 60, § 4º, I da CF:
Vale destacar que a autonomia é caracterizada pela ausência de subordinação hierárquica entre
os entes federativos e pela sua tríplice capacidade de autogoverno, auto-organização e
autolegislação, e autoadministração.
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Perceba, a partir do teor dos §§ 3º e 4º, que não há previsão constitucional para alteração
territorial do DF, ao contrário do previsto para os estados-membros e municípios.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:
(...)
Os Territórios não são entes federativos – inclusive perceba que não estão incluídos nem no
caput do art. 1°, nem no caput do art. 18 – mas tão somente parte integrante da União,
consoante § 2° do art. 18 da CF:
b) Os entes federativos não possuem soberania, mas sim autonomia. Quem possui soberania
é somente a República Federativa do Brasil!
Aprofundando um pouco mais esse ponto, importa mencionar que especificamente a autonomia
municipal foi gravada na CF como princípio constitucional sensível, que deve ser observada pelo
estado-membro, sob pena de sofrer intervenção federal, nos termos do art. 34, inciso VII, alínea
“c”, senão vejamos:
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Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
(...)
(...)
c) autonomia municipal;
(...)
6. O que significa dizer que “os poderes são independentes e harmônicos entre si”?
É um sistema em que cada Poder controla e limita o outro (nas hipóteses previstas na
Constituição), mas sem invadir sua competência ou ferir sua independência e autonomia,
resultando em uma independência que não é absoluta, conferindo flexibilidade ao modelo de
separação dos poderes previsto na CF/88.
8. O que significa a dignidade da pessoa humana ter sido alçada na CF/88 como fundamento
da República Federativa do Brasil?
Significa que o Estado brasileiro tem como referencial o ser humano, não a propriedade, as
corporações ou o próprio Estado, sendo, portanto, a dignidade da pessoa humana, assim como
os demais fundamentos previstos no art. 1º, I a V da CF/88, um valor, um alicerce do nosso país.
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O STF entende que não é possível a opor a reserva do possível frente ao mínimo existencial, sob
pena de afronta à dignidade da pessoa humana4.
10. Seria possível que o Brasil apoiasse a intervenção em um dado país por razões de grave e
flagrante violação aos direitos humanos, considerando que a não-intervenção é um dos
princípios que regem a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais?
Sim, muito embora o princípio da não-intervenção reja o Brasil em suas relações internacionais
(CF/88, art. 4º, IV), o princípio da prevalência dos direitos humanos também é previsto na Carta
Magna como regente do Brasil em tais relações (CF/88, art. 4º, II).
Assim, em uma situação excepcional em que reste flagrante a grave violação aos direitos
humanos por parte de um determinado país, seria possível que a República Federativa do Brasil,
ponderando a respeito da prevalência dos dois princípios em comento (prevalência dos direitos
humanos vs não-intervenção), entendesse por bem apoiar a intervenção naquele país, de forma
excepcional, com o fito de cessar a violação flagrante de direitos humanos, considerando que
nenhum princípio é absoluto.
4
ARE 639.337 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 23‑8‑2011, 2ª T, DJE de 15‑9‑2011.
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Não é possível opor a reserva do possível frente ao mínimo existencial, sob pena de
afronta à dignidade da pessoa humana6.
5 É importante destacar que, para concursos que não exigem formação específica em Direito, a jurisprudência
é pouco explorada pelas bancas em geral. Com efeito, pela nossa experiência, a maior parte das questões de
concursos públicos podem ser respondidas pelo conhecimento dos dispositivos normativos e da doutrina.
Sendo assim, recomendamos que o estudo da jurisprudência ocorra em uma fase mais avançada, quando o
alunos já efetuou algumas revisões da matéria. Inclusive, um bom conhecimento das normas e da doutrina será
necessário para que o estudo da jurisprudência seja eficiente. Bom, no estudo da jurisprudência, é essencial
conferir priorização maior ao estudo das súmulas vinculantes (as súmulas vinculantes e súmulas que
eventualmente estejam relacionadas ao tema deste relatório estão expostas no roteiro de revisão). Em
segundo lugar na priorização, as súmulas e teses de repercussão geral. Em último lugar, os demais
precedentes. Na maior parte das vezes, a quantidade de entendimentos jurisprudenciais que trazemos para
um dado assunto é pequena, porém, há casos em que ela pode ser bastante elevada. Em qualquer dos casos,
o aluno não deve tentar decorar tudo de uma só vez: a memorização dos principais pontos virá com as
diversas revisões. Por fim, vale destacar que o estudo da jurisprudência ajuda na compreensão e fixação dos
próprios dispositivos normativos e conceitos doutrinários, funcionando como uma ótima revisão complementar
de conteúdo para alunos mais avançados.
6 STF – ARE 639.337 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 23‑8‑2011, 2ª T, DJE de 15‑9‑2011.
8 STF - RE 1054110
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A independência dos Poderes não impede que o Poder Judiciário analise a legalidade
e constitucionalidade dos atos dos três Poderes, e, em vislumbrando mácula no ato
impugnado, afaste sua aplicação10.
"É comum aos poderes Executivo (decreto) e Legislativo (lei formal) a competência
destinada a denominação de próprios, vias e logradouros públicos e suas alterações,
cada qual no âmbito de suas atribuições"12.
9
STF – ADI 5543
10
STF – AI 640.272-AgR.
11 STF – ADI 2811
12 STF – RE 1151237
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...
(Mahatma Gandhi)
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14
STF. Ext 524.
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Princípios relativos à prestação positiva do Estado não figuram entre os princípios fundamentais
constantes da CF.
Nas relações internacionais, o Brasil rege-se, entre outros princípios, pela soberania, pela
dignidade da pessoa humana e pelo pluralismo político.
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Por ser um princípio geral da atividade econômica regulado pelo mercado e não pelo Estado, o
valor social do trabalho não é considerado um princípio fundamental da República Federativa do
Brasil.
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Os objetivos fundamentais traçados pela CF constam de rol taxativo que não admite ampliação
por obra do intérprete constitucional.
No que se refere ao objeto, é correto afirmar que a Constituição Federal de 1988 é social.
18. (Cespe/2010/TRT 21/AJAJ) A República Federativa do Brasil rege-se, nas suas relações
internacionais, entre outros, pelos princípios dos direitos humanos, da autodeterminação dos
povos, da igualdade entre os Estados, da defesa da paz, da solução pacífica dos conflitos, do
repúdio ao terrorismo e ao racismo, da cooperação entre os povos para o progresso da
humanidade, do duplo grau de jurisdição, da concessão de asilo político e da independência
funcional.
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A integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, com a finalidade
de constituir uma comunidade latino-americana de nações, constitui um princípio fundamental
da República brasileira.
O repúdio à prática do racismo configura um dos princípios que norteia a República Federativa
do Brasil em suas relações internacionais. Essa prática constitui crime inafiançável e
imprescritível, e o referido princípio é considerado norma constitucional de eficácia plena.
24. (CESPE/ 2013/ PRF) No que se refere às relações internacionais, a República Federativa do
Brasil rege-se pelos princípios da igualdade entre os Estados, da cooperação entre os povos
para o progresso da humanidade e da concessão de asilo político, entre outros.
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Gabarito
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF,
Secretaria de Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas,
2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo:
Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Autor:
Tulio Lages
17 de Dezembro de 2022
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Índice
1) O que é mais cobrado no assunto - Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - Cebraspe - Nível Supe
..............................................................................................................................................................................................3
7) Referências Bibliográficas
..............................................................................................................................................................................................
123
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% de cobrança
Tópico
Cebraspe
Teoria geral dos direitos fundamentais 6,90%
Catálogo de direitos e deveres individuais e coletivos estabelecidos no art.
51,72%
5º da CF/88, exceto remédios constitucionais
Remédios constitucionais - mandado de segurança, mandado de injunção,
habeas corpus, habeas data e ação popular (art. 5º, incisos LXVIII, LXIX, 34,48%
LXX, LXXI, LXXII e LXXIII da CF/88)
Aplicabilidade imediata (art. 5º, § 1º da CF/88)
==5617c==
0,00%
Enumeração aberta (art. 5º, § 2º da CF/88) 1,72%
Tratados e Convenções internacionais com força de emenda
5,17%
constitucional (art. 5º, § 3º da CF/88)
Tribunal Penal Internacional (art. 5º, § 4º da CF/88) 0,00%
3
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A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
Antes de adentrar na revisão do catálogo dos direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º,
caput e incisos I a LXXIX da CF/88), ponto do assunto geralmente mais explorado por todas as
bancas, é importante relembrarmos alguns conceitos doutrinários e disposições constitucionais.
Por sua vez, a expressão “direitos humanos” aponta para direitos do homem universalmente
considerado e, por possuírem uma natureza filosófica, não possuem referência a determinado
ordenamento jurídico ou limitação geográfica.
c) Inalienabilidade: não podem ser transferidos, alienados a outrem, por não possuírem
conteúdo econômico-patrimonial;
5
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e) Irrenunciabilidade: não podem ser renunciados, dispostos, pelos seus titulares, como regra
(atualmente, em razão de peculiaridades de um caso concreto, admite-se a renúncia temporária
e excepcional a direito fundamental). Isso não impede, por outro lado, que deixem de serem
exercidos por seu titular;
f) Relatividade (ou limitabilidade): não possuem natureza absoluta, sendo limitados por outros
direitos fundamentais previstos constitucionalmente. Não podem, por exemplo, ser utilizados
para acobertar a prática de atividades ilícitas, ou para afastar ou diminuir a responsabilidade
pelo exercício de tais atividades. Além disso, os direitos fundamentais também podem ser
restringidos por normas infraconstitucionais, desde que haja autorização explícita na CF, - via
reserva legal – ou até mesmo implícita no texto constitucional;
i) Efetividade: a atividade do Estado deve estar voltada à efetivação dos direitos fundamentais;
e
j) Inviolabilidade: não podem ser afrontados, violados, inobservados pelas leis e pelos agentes
públicos.
a) Primeira geração: formada pelos direitos que caracterizam uma obrigação de não-fazer, um
dever de abstenção estatal aos indivíduos, já que diz respeito aos direitos que buscam restringir
a ação do Estado sobre os indivíduos, a fim de livrá-los da ingerência abusiva estatal. São
também chamados de “direitos negativos”, “liberdades negativas”, ou, ainda, de “direitos de
defesa”.
b) Segunda geração: formada precipuamente pelos direitos que caracterizam uma obrigação
de fazer estatal em prol da população, envolvendo o desempenho de prestações positivas por
parte do Estado aos indivíduos, concretizadas por meio de políticas e serviços públicos, com a
finalidade de proporcionar igualdade material (ou “substantiva”) e bem-estar à população. Por
6
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isso, são também chamados de “direitos positivos”, “liberdades positivas”, “direitos do bem-
estar” ou, ainda, “direitos dos desamparados”.
c) Terceira geração: formada pelos direitos que transcendem os interesses individuais para se
preocupar com a coletividade, consagrando direitos transindividuais, supraindividuais, de
titularidade coletiva ou difusa.
Além das três gerações clássicas de direitos fundamentais, são também apontadas por alguns
doutrinadores a quarta e a quinta gerações de direitos fundamentais:
e) Quinta geração: para Paulo Bonavides, seria o direito à paz3 (Karel Vasak classifica o direito à
paz como de terceira geração).
Vale relembrar que as gerações de direitos fundamentais não substituem umas às outras: com
efeito, os direitos da geração seguinte se acumulam com os das gerações anteriores, que
permanecem plenamente eficazes, ou seja, uma nova geração não abandona as conquistas
promovidas pelas dimensões anteriores.
1
P. Bonavides, Curso de direito constitucional, 25. ed., p. 569 apud Lenza, 2016, p. 1158.
2
Norberto Bobbio, A era dos direitos, p. 6 apud Lenza, 2016, p. 1158.
3
P. Bonavides, Curso de direito constitucional, 25. ed., p. 593 apud Lenza, 2016, p. 1159.
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- O Título II da CF/88 trata dos "direitos e garantias fundamentais". Aqui, é importante relembrar
que os "direitos fundamentais" são os bens jurídicos protegidos pela Constituição, enquanto as
"garantias fundamentais" são os instrumentos previstos na Carta Magna para proteger aqueles
bens.
e) direitos relacionados à existência, organização e participação dos partidos políticos (art. 17).
- Reserva legal:
a) simples x qualificada:
A reserva legal simples exige lei formal para dispor sobre determinada matéria, mas não
especifica qual o conteúdo ou a finalidade do ato, deixando, portanto, maior liberdade para o
legislador.
Já a reserva legal qualificada, além de exigir lei formal para dispor sobre determinada matéria,
já define, previamente, o conteúdo da lei e a finalidade do ato.
4
Lenza, 2016, p. 1164.
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b) absoluta x relativa:
Na reserva legal absoluta, a norma constitucional exige, para sua integral regulamentação, a
edição de lei formal, entendida como ato normativo emanado do Congresso Nacional e
elaborado de acordo com o processo legislativo previsto pela CF.
Já na reserva legal relativa, apesar de a Constituição também exigir lei formal, permite que tal
lei apenas fixe parâmetros de atuação para o órgão administrativo, que, por sua vez, poderá
complementá-la por ato infralegal, respeitados os limites estabelecidos pela legislação.
Finalizando a revisão sobre reserva legal, vale relembrar que os direitos fundamentais não podem
ser legalmente restringidos de maneira ilimitada, de modo que o legislador deve respeitar a
“teoria dos limites dos limites”, segundo a qual as restrições impostas pela lei devem razoáveis,
proporcionais, não excessivas, de modo a preservar o núcleo essencial do direito fundamental a
ser objeto de restrição.
Por sua vez, a eficácia horizontal (também chamada de eficácia “privada” ou “externa”) implica
que os direitos fundamentais também incidem nas “relações horizontais”, ou seja, nas relações
privadas, entre particulares, nos negócios privados.
No Brasil, os direitos fundamentais possuem tanto eficácia vertical, quanto eficácia horizontal.
Inclusive, há diversos precedentes em que o STF entendeu pela aplicação dos direitos
fundamentais às relações privadas 5.
- Teorias da eficácia indireta e direta de aplicação dos direitos fundamentais às relações privadas:
A teoria da eficácia indireta preceitua que cabe ao legislador elencar quais direitos fundamentais
devem ser aplicados às relações particulares.
Por sua vez, a teoria da eficácia direta, que prevalece no Brasil, preceitua que os direitos
fundamentais podem ser aplicados às relações privadas diretamente, sem necessidade de edição
de lei intermediadora.
- Não há hierarquia entre direitos fundamentais, de modo que na hipótese de conflito entre dois
ou mais deles, o intérprete deve realizar um juízo de ponderação, fazendo uso do princípio da
5
Lenza, 2016, p. 1165-1166.
9
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concordância prática (ou da harmonização), evitando o sacrifício total de uns em relação aos
outros.
Aplicação imediata das normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais (art. 5º, § 1º da
CF/88)
Art. 5º, § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação
imediata.
- Ter "aplicação imediata" significa que essas normas “são dotadas de todos os meios e elementos
necessários à sua pronta incidência aos fatos, situações, condutas ou comportamentos que elas
regulam”6.
É dizer: são aplicáveis desde já no limite do possível, até onde haja condições para seu
atendimento por parte das instituições – inclusive o Poder Judiciário não pode deixar de aplicá-
las, caso provocado em uma situação concreta nelas garantida.
Por outro lado, é importante destacar que não se deve confundir “aplicação imediata” com a
aplicabilidade imediata das normas de eficácia plena e contida.
Isso porque embora grande parcela das normas que definem os direitos e garantias fundamentais
possuam aplicabilidade imediata (notadamente as instituidoras de direitos e garantias individuais),
há ainda uma outra parcela que depende de providências ulteriores (como a edição de uma lei
integradora) que lhe completem a eficácia (como algumas normas que definem os direitos sociais,
culturais e econômicos), possuindo, portanto, aplicabilidade indireta.
Obs: preocupe-se com as informações contidas nos três parágrafos anteriores apenas caso em seu
edital esteja previsto o conteúdo do assunto "eficácia das normas constitucionais".
Na vigência de estado de defesa (art. 136, § 1º, I da CF/88), é possível a imposição de restrições
aos direitos de:
6
Silva, José Afonso da. Comentário Contextual à Constituição, 4. ed. São Paulo: Malheiros, 2007, p. 408 apud
Lenza, 2016, p. 266.
10
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b) sigilo de correspondência;
g) requisição de bens.
Por outro lado, na vigência de estado de sítio decretado em função de declaração de estado de
guerra ou resposta a agressão armada estrangeira (art. 137, II da CF/88), havendo necessidade,
quaisquer direitos ou garantias fundamentais poderão ser objeto de restrição ou suspensão.
Por fim, vale relembrar que apesar de as restrições e suspensões de direitos fundamentais no
estado de defesa e no de sítio não necessitarem de autorização prévia do Poder Judiciário para
serem efetivadas, permanece vigente em tais situações de exceção o princípio da inafastabilidade
de jurisdição (art. 5º, inciso XXXV da CF/88), de modo que eventuais abusos na efetivação de tais
restrições e suspensões podem ser controlados a posteriori pelo Poder Judiciário, caso provocado.
Art. 5º, § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais
em que a República Federativa do Brasil seja parte.
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O Brasil possui um sistema aberto (não estanque) de direitos fundamentais, sendo possível a
existência de outros direitos fundamentais não expressamente previstos na CF/88, mas
decorrentes dos princípios por ela adotados ou da assinatura de tratados internacionais pela
República Federativa do Brasil, consoante o dispositivo transcrito.
Logo, não é necessário que, para ser considerado fundamental, o direito seja constitucionalizado:
o que importa é sua essência, seu conteúdo (ideia de “fundamentalidade material”).
Vale relembrar, ainda, que há direitos fundamentais constitucionalmente previstos fora do art. 5º
ou do Título II, como o direito ao meio ambiente (art. 225) e o princípio da anterioridade tributária
(art.150, III, “b”).
Art. 5º, § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais
em que a República Federativa do Brasil seja parte.
b) tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos aprovados pelo rito ordinário:
status de norma supralegal7: situam-se hierarquicamente logo abaixo da Constituição e acima
das demais normas do ordenamento jurídico, ou seja, possuem força normativa acima das leis,
mas abaixo da Carta Magna;
c) Tratados e convenções internacionais de que o Brasil seja parte, versando sobre outros temas
que não direitos humanos: status de lei ordinária.
7
STF – RE 466.343, RE – 3149.703, dentre outros.
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- Compete ao Presidente da República celebrar tratados e convenções internacionais (art. 84, VIII
da CF/88) e ao Congresso Nacional referendá-los e aprová-los posteriormente (art. 49, I da CF/88).
Obs: preocupe-se com esta última informação apenas caso em seu edital esteja previsto o
conteúdo abordado nos dispositivos mencionados.
- Atentar para o fato de que o tribunal necessariamente deve possuir natureza “penal”.
- A submissão do Brasil à jurisdição de Tribunal Penal Internacional (TPI) a cuja criação tenha
manifestado adesão também prestigia a proteção aos direitos humanos (assim como o § 3º do art.
5º da CF/88): aqui, a ideia é que o TPI, uma Corte independente, não vinculada a nenhum país
especificamente, julgue crimes de maior gravidade em situações excepcionais, quando, por
exemplo, o Estado se omita ou se revele incapaz no julgamento de tais crimes.
Há autores que falam, inclusive, que o acatamento de decisão judicial do TPI por parte do Brasil
seria uma pequena flexibilização da soberania nacional em prol do fortalecimento dos direitos
humanos.
- Compete ao Presidente da República manifestar adesão à criação do TPI (art. 84, VIII da CF/88)
e ao Congresso Nacional referendar o ato posteriormente (art. 49, I da CF/88).
Obs: preocupe-se com esta última informação apenas caso em seu edital esteja previsto o
conteúdo abordado nos dispositivos mencionados.
...................................................................................................................................................
Feita essa pequena revisão introdutória, passemos à revisão específica do catálogo dos direitos e
deveres individuais e coletivos!
Catálogo dos direitos e deveres individuais e coletivos – art. 5º, caput e incisos
I a LXXIX da CF/88
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
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- São direitos fundamentais básicos: direito à vida; direito à liberdade; direito à igualdade; direito
à segurança; e direito à propriedade.
Pro = propriedade;
Li = liberdade;
V = vida;
Ig = igualdade;
Se = segurança.
Outra forma de memorizar o rol: pense numa figura de uma casa, de número 5, em que um casal
de irmãos, o rapaz, tatuado e com estilo mais "despojado" e, a menina, no estilo mais "nerd",
estão saindo da moradia após receberem, cada um, 30 reais de seus pais para gastarem em seu
passeio.
Ao mesmo tempo em que passam pela porta da residência, os jovens acenam para os policiais
que estão passando de carro na rua em frente à casa, permanecendo na habitação um bebê aos
cuidados de seus pais.
Nesse caso:
- Os estrangeiros podem ser titulares de direitos fundamentais, mesmo que não residam no país,
ao contrário da literalidade do art. 5º, caput, conforme consenso doutrinário e jurisprudência do
STF (HC 94.477, HC 94.016).
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- Há a possibilidade de que, além das pessoas naturais, as pessoas jurídicas e o próprio Estado
sejam titulares de direitos fundamentais, apesar de inexistência de previsão constitucional
expressa no art. 5º, caput.
- O direito à vida é relativo, já que a CF/88 admite a possibilidade de pena de morte em caso de
guerra declarada (art. 5º, inciso XLVII).
(II) Tais medidas, com as limitações expostas, podem ser implementadas tanto pela
União como pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, respeitadas as
respectivas esferas de competência"8.
Art. 5º, I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição;
A igualdade "na lei” destina-se ao legislador, para que não inclua fatores de discriminação que
rompam com a ordem isonômica quando da formação das leis.
8
STF – ADIs 6586 e 6587.
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“Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos
de servidores públicos sob o fundamento de isonomia”10.
Art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei;
Art. 5º, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante;
- Vale relembrar que a prática de tortura deverá ser considerada crime inafiançável e insuscetível
de graça ou anistia pela lei (art. 5º, inciso XLIII da CF/8).
9
STF – Súmula Vinculante 6.
10
STF – Súmula Vinculante 37.
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(...)
(...)
- O direito de resposta deve ser proporcional ao agravo e não exclui eventual indenização por
dano material, moral ou à imagem (inciso V).
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“São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo
fato”12.
Art. 5º (...)
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades
civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
- A assistência religiosa prevista no inciso VII possui caráter privado, de incumbência dos
representantes habilitados de cada religião (vale relembrar que o Brasil é um Estado laico).
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de: (...)
- A liberdade de crença religiosa e convicção política e filosófica estão em sintonia com a previsão
de o Brasil ser um Estado laico (art. 19, inciso I da CF/88):
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
12
STJ – Súmula 37.
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- Também podem ser indenizados por danos morais as pessoas jurídicas (entendimento do STF e
do STJ).
- O sigilo bancário é espécie do direito à privacidade, mas pode ser afastado excepcionalmente:
b) pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União, no caso de operações que
envolvam recursos públicos (apenas nesta hipótese!);
Art. 4º O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, nas áreas de suas
atribuições, e as instituições financeiras fornecerão ao Poder Legislativo Federal as
informações e os documentos sigilosos que, fundamentadamente, se fizerem
necessários ao exercício de suas respectivas competências constitucionais e legais.
13
STF – ARE 1267879
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§ 2º As solicitações de que trata este artigo deverão ser previamente aprovadas pelo
Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, ou do plenário de suas
respectivas comissões parlamentares de inquérito.
O STF entende que é extensível às CPIs estaduais o poder de determinar a quebra de sigilo
bancário, conforme outorgado pela Lei Complementar 105/2001 às CPIs federais, com base
no art. 58, § 3º da CF/8814.
As CPIs municipais, portanto, não têm competência para determinar a quebra de sigilo
bancário.
d) embora não se trate exatamente de "quebra" de sigilo bancário, mas de transferência para
o sigilo fiscal de informações que estavam protegidas pelo sigilo bancário, as autoridades e
agentes fiscais tributários podem examinar documentos, livros e registros de instituições
financeiras, desde que haja processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em
curso e que tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa
competente15.
Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
b) Sem o consentimento do morador, sob ordem judicial, apenas durante o dia. Perceba que,
mesmo com ordem judicial, não é possível o ingresso na casa do indivíduo durante o período
noturno.
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Interceptação telefônica = captação de conversas telefônicas feita por terceiro (autoridade policial,
autorizado pelo Poder Judiciário) sem o conhecimento de nenhum dos interlocutores.
Escuta telefônica = captação de conversa telefônica feita por um terceiro, com o conhecimento
de apenas um dos interlocutores.
Gravação telefônica = gravação feita por um dos interlocutores do diálogo, sem o consentimento
ou ciência do outro.
Art. 5º, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;
16
STF – HC 93.050.
17
STJ – HC 161.053/SP.
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- Inexistindo lei que estipule qualificações para o exercício de uma dada profissão, seu exercício é
livre por parte de qualquer pessoa; existindo lei, a profissão só poderá ser exercida por aqueles
que atenderem às qualificações nela previstas.
- Uma vez que a regra é a liberdade, nem todos os ofícios ou profissões podem ser condicionadas
ao cumprimento de condições legais para o seu exercício, devendo haver potencial lesivo na
atividade para que se possa exigir inscrição em conselho de fiscalização profissional, sendo
desnecessário o controle da atividade de músico, por exemplo (entendimento do STF).
- Trata-se de norma de eficácia contida (preocupe-se com esta informação apenas caso em seu
edital esteja previsto o conteúdo do assunto "eficácia das normas constitucionais").
- Remédio constitucional apto a tutelar a liberdade de locomoção = habeas corpus (art. 5º, LXVIII
da CF/88).
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Art. 5º, XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;
b) ausência de armas;
d) não poderá frustrar outra reunião convocada anteriormente para o mesmo local;
Sobre o requisito de prévio aviso à autoridade competente, o STF emitiu recentemente tese de
repercussão geral no seguinte sentido:
- Não confundir o “prévio aviso” (necessário, nos termos da CF/88, com ressalvas, conforme
entendimento do STF) com “autorização” (desnecessária)!
- É possível a restrição ou até mesmo a suspensão da liberdade de reunião, nos casos de vigência
de estado de defesa (CF/88, art. 136, § 1º, I, “a”) ou de sítio (CF/88, art. 139, IV).
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- O STF já considerou válida a realização de "Marcha da Maconha", desde que sejam atendidos
os requisitos constitucionais e não ocorra a incitação, o incentivo ou o estímulo ao consumo de
entorpecentes na sua realização 21.
Art. 5º, XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter
paramilitar;
- Requisitos para a liberdade plena de associação: finalidade lícita e vedação ao caráter paramilitar.
- É desnecessária autorização do poder público para a criação das associações e, na forma da lei,
de cooperativas (veja que só é prevista lei nesse último caso, ou seja, para regular a liberdade de
criação de cooperativas).
- Tanto a dissolução compulsória quanto a suspensão das atividades das associações só podem
ocorrer por meio de decisão judicial, entretanto, dessas duas medidas, a mais gravosa, qual seja,
a dissolução compulsória, exige que a decisão judicial esteja transitada em julgado (requisito mais
difícil, portanto, que uma simples decisão judicial).
21
STF – ADPF 187.
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- O inciso fala "representar", o que não deve ser confundido com "substituir".
- A autorização não pode ser substituída por uma autorização genérica prevista em estatuto.
- Em que pese o inciso XXII não trazer restrições à garantia do direito de propriedade, dando a
entender que se trata de norma de eficácia plena, trata-se de norma de eficácia contida
(preocupe-se com esta informação apenas caso em seu edital esteja previsto o conteúdo do
assunto "eficácia das normas constitucionais").
Isso, porque tal direito pode ser restringido pelo Poder Público em razão das previsões
constitucionais que impõem requisitos ao exercício do direito de propriedade – ex: necessidade
de atendimento da função social da propriedade, sob pena de o proprietário sofrer sanções
administrativas e/ou desapropriação por interesse social (arts. 5º, XXIII, 182 e 186 da CF/88) – ou
a ele aplicam flexibilizações – ex: desapropriação por utilidade ou necessidade pública ou, ainda,
requisição administrativa (art. 5º, XXIV e XXV da CF/88).
- Regras previstas na CF/88 sobre o atendimento da função social por parte da propriedade. São
elas:
a) Propriedade urbana (art. 182, § 2º da CF/88) – para cumprir sua função social, deve atender
às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
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b) Propriedade rural (art. 186 da CF/88) – para cumprir sua função social, deve atender
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes
requisitos:
Art. 5º, XXIV a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade
ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
- Via de regra, a indenização decorrente da desapropriação deve ser prévia, justa e em dinheiro.
As exceções devem estar previstas na Constituição Federal. São elas:
Desapropriação de
Desapropriação, por imóvel urbano não-
edificado que não Desapropriação
interesse social, para fins
ok cumpriu sua função confiscatória
de reforma agrária
social (art. 243 da CF/88)
(art. 184 da CF/88)
(art. 182, § 4º, III da CF/88)
Propriedades rurais e
Solo urbano não
urbanas de qualquer
edificado, subutilizado
região do País onde
ou não utilizado, além
Imóvel rural que não forem localizadas
das demais condições
Objeto esteja cumprindo sua culturas ilegais de
previstas no art. 182 da
função social. plantas psicotrópicas
CF/88 (descumprindo,
ou a exploração de
portanto sua função trabalho escravo na
social). forma da lei.
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Art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se
houver dano;
- A requisição de bens é medida possível também na vigência de estado de sítio (art. 139, VII da
CF/88).
Art. 5º, XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada
pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de
sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
desenvolvimento;
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Art. 5º, XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
- O autor tem controle pleno sobre a utilização, publicação ou reprodução de suas obras, enquanto
estiver vivo (trata-se de um direito "exclusivo").
- Após a morte do autor, o direito será temporalmente limitado aos seus herdeiros (limitação
temporal fixada em lei).
- Sobre o inciso XVIII, é importante perceber que o dispositivo assegura proteções (alínea "a") e
direito de fiscalização (alínea "b"). Assim, assegura-se:
a) Proteção:
a) Direito de fiscalização:
- Objeto a ser fiscalizado: aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que
participarem os mencionados sujeitos.
Art. 5º, XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário
para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das
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marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse
social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
- Os autores de inventos industriais possuem privilégio temporário para sua utilização, ao contrário
dos direitos autorais, que são assegurados ao autor de forma vitalícia (inciso XXVII).
- Sobre a segunda parte do dispositivo, é importante notar que a lei deve proteger:
a) as criações industriais;
c) os nomes de empresas;
a) o interesse social;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja
mais favorável a lei pessoal do "de cujus";
- O direito de herança não impede a incidência de tributos sobre o valor dos bens transferidos
(imposto sobre transmissão causa mortis – art. 155, inciso I da CF/88).
- No que diz respeito à sucessão de bens de estrangeiros situados no Brasil, entre a lei brasileira
e a lei do país do “de cujus” (falecido), aplica-se a mais favorável ao cônjuge e aos filhos brasileiros.
29
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Art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da
lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
a) defesa de direitos;
23
STF – Súmula Vinculante 14.
24
STF – Rcl 10.771 AgR.
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Já o direito de postular em juízo se presta a obter decisão judicial a respeito de uma pretensão do
interessado, necessitando para ser exercido, via de regra, de representação por advogado, salvo
em situações excepcionais (como é o caso do habeas corpus).
(...)
a) defesa de direitos;
25
STF – Súmula Vinculante 21.
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Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito;
- Também conhecido como direito de ação ou princípio do livre acesso ao Poder Judiciário.
- O princípio também garante que, em regra, o ingresso com ação junto ao Poder Judiciário não
está condicionado ao prévio esgotamento ou, pelo menos, a utilização inicial da via administrativa
(ou seja, inexiste jurisdição condicionada ou instância administrativa de curso forçado no Brasil).
Exceções:
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a) é possível que o legislador edite normas reguladoras do exercício do direito de ação, inclusive
prevendo restrições à concessão de tutela antecipada, obedecidos os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade nas eventuais limitações que forem impostas;
c) inexiste, também, a obrigatoriedade de duplo grau de jurisdição (ou seja, de forma plena,
incondicional, absoluta) considerando que a própria CF/88 prevê casos de instância única
ordinária de julgamento;
d) não impede a existência de assuntos que não podem ser objeto de apreciação judicial, como
os atos interna corporis das Casas Legislativas e o mérito dos atos administrativos.
- Além disso, a garantia pode ser invocada tanto na busca de uma tutela repressiva ("lesão")
quanto preventiva ("ameaça") por parte do Poder Judiciário.
Art. 5º, XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada;
- Direito adquirido: é o direito que se passa a ser titular após terem sido atendidos todos os
requisitos previstos na lei vigente para sua aquisição.
26
STF – Súmula Vinculante 28.
27
STF – Súmula 667.
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- Ato jurídico perfeito: é o ato que já foi realizado, consumado, segundo as regras previstas na lei
que vigorava à época em que foi praticado.
- Coisa julgada: é a decisão judicial que não pode mais ser objeto de recurso.
- A regra do inciso XXXVI busca prestigiar a segurança jurídica, evitando que uma nova lei
prejudique situações jurídicas consolidadas sob na vigência de leis anteriores.
- A garantia de irretroatividade das leis não é absoluta: é possível a edição de leis que retroajam
para beneficiar os indivíduos.
- O termo lei “lei” deve ser entendido em sentido amplo, compreendendo quaisquer atos
normativos infraconstitucionais (lei ordinária, lei complementar, resolução etc.) e, até mesmo, as
emendas constitucionais.
(...)
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
28
STF – Súmula 654.
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- O princípio do juiz natural visa a garantir a todas as pessoas (brasileiros, estrangeiros, pessoas
físicas ou jurídicas) uma atuação imparcial do Poder Judiciário na resolução de suas lides,
impedindo:
- Deve ser interpretado, portanto, de forma ampla, abrangendo a vedação à criação de juízo de
exceção, bem como a obrigação de respeito às regras de distribuição de competências previstas
objetivamente na CF/88.
- Alcança não apenas os julgadores do Poder Judiciário, mas também os dos demais poderes,
previstos constitucionalmente (ex: Senado Federal, no exercício de sua competência de julgar os
crimes de responsabilidade de determinadas autoridades).
Art. 5º, XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a
lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
- O Tribunal do Júri é um tribunal popular, composto por jurados escolhidos dentre cidadãos
alistados, e por um juiz togado, que possui a função de presidir o Tribunal. É previsto pela CF/88
para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
- Sobre a competência do Tribunal do Júri para julgamento de crimes dolosos contra a vida (alínea
"d"):
a) não alcança detentores de foro especial por prerrogativa de função estabelecido pela CF/88;
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b) em relação ao item anterior, quando o foro especial decorre não de previsão da CF/88, mas
(exclusivamente) de Constituição Estadual, prevalece a competência do Tribunal do Júri
estabelecida pela Constituição Federal 29;
c) pode ser ampliada pela legislação ordinária, de modo que ao Tribunal do Júri pode ser
atribuída competência para o julgamento também de outros crimes (entendimento do STF).
- A plenitude de defesa (alínea "a") deriva dos princípios do contraditório e da ampla defesa,
garantindo ao acusado se valer de todos os instrumentos processuais e argumentos para se
defender nos processos de competência do Tribunal do Júri.
- A soberania dos veredictos (alínea "c") impõe que a decisão dos jurados não pode ser
modificada, suprimida, desconsiderada ou substituída por outra proferida pelos órgãos do Poder
Judiciário. Entretanto, isso não significa que a decisão do Tribunal do Júri não seja passível de
recurso perante os tribunais do Poder Judiciário, especialmente quando tal decisão seja
flagrantemente contrária às provas constantes do processo (entendimento do STF).
Art. 5º, XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;
- O dispositivo trata do princípio da legalidade penal, que impõe que as normas incriminadoras
devam estar previstas em lei, de modo que uma conduta só possa ser considerada crime e ser
objeto de sanção caso haja uma lei já existente definindo-a como crime e prevendo a ela uma
pena.
29
STF – Súmula Vinculante 45.
30
STF – Súmula Vinculante 45.
31
STF – Súmula 603.
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a) deve ser considerada em sentido estrito, ou seja, lei formal editada pelo Poder Legislativo
(princípio da reserva legal em matéria penal);
b) deve existir anteriormente à conduta para que esta possa ser considerada (ou não) criminosa
(princípio da anterioridade da lei penal).
- A competência para legislar sobre Direito Penal é da União, o que impossibilita que os demais
entes tipifiquem crimes (art. 22, inciso I da CF/88).
- Não é possível que medidas provisórias definam crimes e cominem penas, em razão do
impedimento previsto no art. 62, § 1º, I, “b” da CF/88, onde se veda a edição de medida provisória
para tratar, dentre outros temas, de direito penal e processual penal (obs: preocupe-se com tal
informação apenas caso em seu edital esteja previsto o conteúdo abordado nos dispositivos
mencionados).
- As normas penais "em branco" (que dependem de complementação por outra norma, inclusive
de outra espécie que não lei em sentido estrito) não violam o princípio da reserva legal
(entendimento doutrinário majoritário).
Princípios da irretroatividade da lei penal e da retroatividade da lei penal mais favorável (inciso XL)
Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
- Caso a lei penal favoreça o réu, poderá retroagir, alcançando fatos anteriores ao início de sua
vigência, possibilitando, inclusive, a descontinuidade de punições por condutas antes
consideradas criminosas, mesmo que tenha havido o trânsito em julgado da condenação (princípio
da retroatividade da lei penal mais favorável).
- Não é possível a combinação de leis emanadas em tempos diferentes para se derivar uma regra
mais favorável ao réu, devendo, no caso, se aplicar integralmente a regra prevista ou na lei antiga
ou na lei nova, sob pena de alterar-se o "espírito normativo" previsto nos diplomas legais
envolvidos (entendimento do STF).
“A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua
vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência” 32.
32
STF – Súmula 711.
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Art. 5º, XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades
fundamentais;
- Inciso XLI: norma de eficácia limitada (preocupe-se com esta informação apenas caso em seu
edital esteja previsto o conteúdo do assunto "eficácia das normas constitucionais").
Prática da tortura
Tráfico ilícito de Ação de grupos
Discriminação
entorpecentes e drogas armados, civis ou
atentatória dos
Prática do afins militares, contra a
direitos e
Racismo ordem constitucional
liberdades Terrorismo e o Estado
fundamentais (inciso XLII)
Crimes hediondos Democrático
(inciso XLI) (assim definidos em lei) (inciso XLIV)
(inciso XLIII)
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a) mandantes;
b) executores;
c) os que podendo evitá-
los, se omitirem.
- Alguns macetes que podem lhe ajudar a responder uma questão caso não se lembre do exato
teor das condutas previstas em cada um dos incisos:
a) para memorizar quais são as condutas que constituem crimes insuscetíveis de graça ou anistia:
Observe que, de todas as condutas previstas, as únicas que são consideradas insuscetíveis de
graça ou anistia pela CF/88 são as previstas no inciso XLIII. Para facilitar a memorização dessa
informação, decore a seguinte frase mnemônica: "3T + hediondos não têm graça".
Às vezes, só de saber que três das condutas começam com a letra "t", mesmo sem lembrar
exatamente de tudo, pode ser muito útil para responder uma questão ;)
Observe que, de todas as condutas previstas, apenas a mais "genérica", que é a prevista no
inciso XLI, não constitui crime inafiançável pela CF/88, qual seja, "qualquer discriminação
atentatória dos direitos e liberdades fundamentais".
Observe que para a conduta mais "genérica" (inciso XLI) e as que estão englobadas na frase
mnemônica "3T + hediondos não têm graça (inciso XLIII) são as que não foram previstas na CF
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como crimes imprescritíveis. Logo, todas as demais (incisos XLII e XLIV) foram previstas como
crimes imprescritíveis pela Constituição.
b) para a concessão de anistia, faz-se necessária a edição de lei do Congresso Nacional (art. 48,
VIII da CF/88).
Obs: preocupe-se com tais informações apenas caso em seu edital esteja previsto o conteúdo
abordado nos dispositivos mencionados.
Art. 5º, XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação
de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei,
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio
transferido;
- Garante que a pena só pode ser cumprida pelo condenado, não por terceiros – a pena é
personalíssima.
Nada obstante, a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens podem ser
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio
transferido.
Art. 5º, XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as
seguintes:
b) perda de bens;
c) multa;
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- Impõe que a lei penal deve considerar as características pessoais do infrator (ex: antecedentes
criminais) ao regular a pena.
- O dispositivo prevê rol não exaustivo ("entre outras"), de modo que a lei poderá criar novas
penas.
Multa = multa;
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
33
STF – Súmula Vinculante 26.
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d) de banimento;
e) cruéis;
- A pena de banimento (alínea "d") não se confunde com a expulsão de estrangeiro, que é
admitida.
- As penas de caráter perpétuo (alínea "b") também não são admitidas no âmbito das sanções
administrativas (entendimento do STF).
inciso anterior.
- Frase para ajudar a memorização do rol previsto no dispositivo: "O banimento cruel força a morte
perpétua", de modo que:
34
STF – Súmula Vinculante 56.
35
STF – Súmula 716.
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Art. 5º, XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
- Frase mnemônica para ajudar a memorizar os fatores a serem considerados para distinguir os
estabelecimentos em que serão cumpridas as penas: "Ida De Sexta"
De = natureza do delito;
Art. 5º, XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
- O objetivo aqui é assegurar que certos direitos fundamentais permaneçam garantidos aos
indivíduos mesmo quando presos.
Garantia de que as presidiárias tenham condições de permanecer com seus filhos durante o
período de amamentação (inciso L)
Art. 5º, L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer
com seus filhos durante o período de amamentação;
- Trata-se de dupla garantia: ao mesmo tempo em que assegura às mães o direito à amamentação
e ao contato com o filho, permite que a criança tenha acesso ao leite materno.
Art. 5º, LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime
comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
Na extradição ativa, o Brasil solicita a outro país a entrega de um indivíduo para que seja
processado, julgado ou punido em território nacional. Na extradição passiva ocorre o inverso: o
Estado estrangeiro é quem solicita ao Brasil que lhe entregue o criminoso.
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- Extradição de brasileiros:
A extradição de brasileiro nato é vedada de forma absoluta. Nada obstante, é possível a extradição
de brasileiro naturalizado, desde que configurada uma das hipóteses previstas no inciso LI, quais
sejam:
Perceba, assim, que a Constituição considera mais reprovável o envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes que a prática de crime comum, já que no primeiro caso, pode ensejar extradição
mesmo que o envolvimento ocorra após a naturalização.
Envolvimento em
tráfico ilícito de
Espécie de ilícito Crime comum
entorpecentes e
drogas afins
Período de
Antes da
ocorrência do A qualquer tempo
naturalização
ilícito
- Extradição de estrangeiros:
Com relação ao estrangeiro, sua extradição é permitida como regra, excetuando-se caso o
fundamento seja a prática de crime político ou de opinião (inciso LII).
- Quadro-resumo:
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Estrangeiro
Brasileiro Brasileiro Naturalizado
Nato (não vale para o português
(e português equiparado)
equiparado)
Possibilidade Não é
Regra geral, não é permitida. Regra geral, é permitida.
de extradição permitida.
- Processo de extradição:
Compete ao STF processar e julgar o pedido de extradição feito por Estado estrangeiro – ou seja,
as extradições passivas (art. 102, I, “g” da CF/88).
Caso o STF defira o pedido, caberá ao Presidente da República decidir pela entrega (ou não) do
extraditando ao Estado requerente (art. 84, VII da CF/88), não estando vinculado, portanto, à
autorização de extradição conferida pela Corte Suprema, uma vez que se trata de ato político.
Por outro lado, caso o STF negue o pedido, o Presidente da República fica impedido de entregar
o extraditando, ficando o chefe do Poder Executivo vinculado à decisão do Supremo Tribunal.
Art. 5º, LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal;
- O devido processo legal busca assegurar a liberdade dos indivíduos e a proteção de seus bens
por meio de garantias processuais mínimas e julgamentos/decisões equilibrados(as).
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Decorre do devido processo legal, em sua acepção substantiva, o princípio (não expresso,
implícito) da proporcionalidade, um importante parâmetro de aferição da constitucionalidade das
leis, com vistas ao impedimento de imposição de restrições abusivas, desnecessárias, inadequadas
e desproporcionais, sendo fundamentado em três aspectos:
b) Exigibilidade ou necessidade: a medida deve ser necessária e a que cause menos prejuízo
aos indivíduos;
- Ampla defesa: direito de fazer uso de todos os meios de prova e recursos jurídicos disponíveis,
inclusive calar-se e omitir-se (em razão do direito à não-incriminação), para comprovar suas
alegações e defender seus direitos.
O vocábulo "litigantes" deve ser interpretado de forma ampla, de modo que as referidas garantias
não se aplicam apenas a processos de que possam resultar penalidades (a exemplo do processo
administrativo disciplinar).
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"É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos
de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de
defesa"38.
Art. 5º, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
- Teoria dos frutos da árvore envenenada: assim como uma árvore envenenada produzirá frutos
contaminados, uma prova obtida por meios ilícitos maculará todas que dela são derivadas, de
modo que todas deverão ser consideradas inadmissíveis.
- O processo não necessariamente é invalidado integralmente caso haja prova ilícita nos autos:
permanecem válidas as provas lícitas (e não contaminadas) nele contidas, devendo ser expurgadas
(desconsideradas) as ilícitas e, assim, dá-se prosseguimento ao processo.
36
STF – Súmula Vinculante 3.
37
STF – Súmula Vinculante 5.
38
STF – Súmula Vinculante 14.
39
STF – Súmula Vinculante 21.
40
STF – Súmula Vinculante 28.
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Art. 5º, LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença
penal condenatória;
O entendimento atual do STF é no sentido de que não é possível a prisão após condenação em
segunda instância como medida de execução antecipada de pena.
Art. 5º, LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo
nas hipóteses previstas em lei;
- Importante notar que, de forma excepcional, a lei pode trazer hipóteses de identificação criminal
mesmo quando o indivíduo já foi identificado civilmente.
Trata-se de norma de eficácia contida, portanto (preocupe-se com esta informação apenas caso
em seu edital esteja previsto o conteúdo do assunto "eficácia das normas constitucionais").
Art. 5º, LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal;
- É possível a ação privada caso aquela não seja intentada no prazo legal (ou seja, quando há
inércia do Ministério Público).
Obs: preocupe-se com tais informações apenas caso em seu edital esteja previsto o conteúdo
abordado nos dispositivos mencionados.
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Art. 5º, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a
defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
- A publicidade dos atos processuais é a regra, só podendo ser restringida por lei em razão de
apenas duas exigências: defesa da intimidade ou interesse social.
Art. 5º, LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
(...)
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
- Qualquer pessoa pode realizar prisão em flagrante delito, não sendo exigida ordem judicial.
Quando a lei
admitir a liberdade
Flagrante delito Sem flagrante delito
provisória, com ou
sem fiança
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a) flagrante delito;
Quando a lei admitir a
Para todos os demais
liberdade provisória, com b) transgressão militar;
casos.
ou sem fiança. c) crime propriamente militar.
Obs: preocupe-se com tais informações apenas caso em seu edital esteja previsto o conteúdo
abordado nos dispositivos mencionados.
- Não é possível a prisão em flagrante do Presidentes da República (art. 86, § 3º da CF/88). Quanto
aos congressistas e deputados estaduais, só poderão ser presos no caso de flagrante de crime
inafiançável (arts. 53, § 2º e 27, § 1º da CF/88).
Obs: preocupe-se com tais informações apenas caso em seu edital esteja previsto o conteúdo
abordado nos dispositivos mencionados.
Art. 5º, LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado,
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
- Tais dispositivos possuem o objetivo de evitar arbitrariedades e abusos por parte da autoridade
policial e de seus agentes.
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Art. 5º, LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário
infiel;
- Apesar de a CF/88 autorizar a prisão civil por dívida do depositário infiel, tal espécie de prisão
não é mais aplicável no ordenamento jurídico brasileiro em razão da ratificação, pelo Brasil, do
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e da Convenção Americana sobre Direito
humanos – Pacto de San José da Costa Rica.
É importante observar que não houve revogação da norma constitucional pelo tratado
internacional, mas sim o impedimento da legislação infraconstitucional ordenar tal modalidade de
prisão em razão do status de supralegalidade do tratado.
- Portanto, a única hipótese de prisão civil por dívida admitida atualmente é a que ocorre em
virtude do inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia.
Art. 5º, LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos;
- Cabe à Defensoria Pública a prestação da assistência jurídica integral e gratuita (art. 134).
41
STF – Súmula Vinculante 11.
42
STF – Súmula Vinculante 25.
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Indenização por erro judiciário e por manutenção da prisão por tempo superior ao fixado na
sentença (inciso LXXV)
Art. 5º, LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que
ficar preso além do tempo fixado na sentença;
- O erro judiciário aludido diz respeito unicamente à esfera penal; já a responsabilidade do Estado
por manutenção da prisão por tempo superior ao fixado na sentença não decorre de ato
jurisdicional, mas sim de falha na atuação administrativa.
- Como regra, a responsabilidade civil do Estado ocorre no exercício da Administração Pública (de
qualquer dos Poderes), ao contrário das atividades legislativa e jurisdicional, em que a regra é a
inexistência de responsabilidade civil do Estado.
Art. 5º, LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
b) a certidão de óbito;
Nada obstante, a lei não está impedida de estender tal direito a outros cidadãos que não sejam
reconhecidamente pobres.
Gratuidade do habeas corpus, habeas data e dos atos de exercício da cidadania (inciso LXXVII)
Art. 5º, LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da
lei, os atos necessários ao exercício da cidadania
- Perceba que os demais remédios constitucionais, com exceção do habeas corpus e do habeas
data, não estão previstos como gratuitos pela Constituição.
- Um "peguinha" aqui é dizer que o HC (ou HD) é gratuito apenas aos reconhecidamente pobres,
fazendo uma confusão com o inciso imediatamente anterior (LXXVI) – não caia nessa!
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a) HC;
a) o registro civil de nascimento; b) HD;
b) a certidão de óbito. c) atos necessários ao exercício da
cidadania (na forma da lei).
Art. 5º, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
- Tal princípio é aplicável tanto aos processos judiciais, quanto aos administrativos e busca evitar
dilações indevidas e demoras excessivas na resolução de litígios por parte do Estado.
Art. 5º, LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais,
inclusive nos meios digitais.
- A proteção de dados pessoais foi incluída entre os direitos e garantias fundamentais pela EC
115/2022, que também fixou a competência privativa da União para legislar sobre proteção e
tratamento de dados pessoais (arts. 21, inciso XXVI e 22, inciso XXX, da CF/88).
Remédios constitucionais (art. 5º, incisos LXVIII, LXIX, LXX, LXXI, LXXII, LXXIII e
LXXVII)
Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder;
- Finalidade e bem jurídico tutelado: proteger ofensa direta ou indireta à liberdade de locomoção.
- Legitimação ativa: qualquer pessoa (física ou jurídica, nacional ou estrangeira), Ministério Público
e Defensoria Pública.
Pessoa jurídica não pode figurar como paciente, mas pode impetrar HC em favor de pessoas
naturais.
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- Natureza penal.
- Ação gratuita.
- No caso de estado de defesa (art. 136 da CF/88) ou de estado de sítio (art. 139 da CF/88), poderá
haver limitação (não supressão) do HC.
43
STF – HC 88.672/SP.
44 STF – HC 92.921/BA.
45 STF – HC 10.959/DF.
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e) para impugnar quebra de sigilo bancário, fiscal ou telefônico, caso pena privativa de liberdade
não seja o possível resultado de tais medidas;
f) para discutir o mérito das punições disciplinares militares (mas a legalidade de tais punições
pode ser questionada)47;
g) contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração
penal a que a pena pecuniária seja a única cominada48;
j) contra omissão de relator de extradição, se fundado em fato ou direito estrangeiro cuja prova
não constava dos autos, nem foi ele provocado a respeito 51.
Art. 5º, LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data , quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público;
46 STF – HC 100.664/DF.
47 STF – HC 70.648/RJ.
48 STF – Súmula 693.
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- Finalidade e bem jurídico tutelado: proteger direito líquido e certo, não amparado por HC ou HD
(caráter residual).
No caso do MS Coletivo, o direito líquido e certo precisa ter caráter coletivo ou individual
homogêneo (não é cabível se for direito difuso).
O MS possui caráter residual e é cabível tanto contra atos vinculados (vide o termo “ilegalidade”
no inciso LXIX), quanto contra atos discricionários (vide o termo “abuso de poder” no inciso LXIX).
d) Ministério Público.
Os legitimados ativos atuam como substitutos processuais, que não precisam de autorização
expressa dos titulares do direito para agir.
- Não é gratuito.
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Vale destacar que as exceções previstas em lei52 foram declaradas inconstitucionais pelo STF
recentemente (ADI 4296).
Inclusive o STF possui entendimento quanto à constitucionalidade da fixação de prazo por lei para
a impetração de MS:
a) quando se tratar de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo,
independentemente de caução55;
Nada obstante, “a existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso
do mandado de segurança contra omissão da autoridade” 56.
b) quando se tratar de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo 57;
52
Lei 12.016/2009, art. 7º, § 2º.
53
Lei 12.016/2009, art. 23.
54
STF – Súmula 632.
55
Lei 12.016/2009, art. 5º, inciso I.
56
STF – Súmula 429.
57
Lei 12.016/2009, art. 5º, inciso II.
58
Lei 12.016/2009, art. 5º, inciso III e STF – Súmula 268.
57
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- No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros
do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante 63.
59
STF – Súmula 266.
60
Lei 12.016/2009, art. 14, § 1º.
61
Lei 12.016/2009, art. 20, caput.
62
Lei 12.016/2009, art. 21, parágrafo único.
63
Lei 12.016/2009, art. 22, caput.
64
STF – Súmula 625.
65
STF – Súmula 510.
66
STF – Súmula 430.
67
STF – Súmula 624.
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Art. 5º, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
- Finalidade e bem jurídico tutelado: suprir omissão total ou parcial de norma regulamentadora
que inviabilize o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania.
a) Falta (total ou parcial) de norma que regulamente uma norma constitucional programática
propriamente dita ou que defina princípios institutivos ou organizativos de natureza impositiva –
ou seja, é necessária existência de um dever (não uma faculdade) estatal de produzir a norma;
68
STF – Súmula 269.
69
STF – Súmula 271.
70
STF – Súmula 512.
71
Lei 13.300/2016, art. 12, parágrafo único.
59
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Aula 01
c) O decurso de prazo razoável para elaboração da norma regulamentadora, sem que tenha sido
editada – é necessário que reste caracterizado o retardamento abusivo por parte do Estado.
a) partido político;
c) Ministério Público;
d) Defensoria Pública.
- Legitimação passiva: Poder, órgão ou autoridade com atribuição para editar a norma
regulamentadora73.
- Natureza civil.
- Não é gratuito.
a) não concretista: cabe ao Judiciário apenas reconhecer a inércia e dar ciência da omissão ao
órgão competente para que edite a norma regulamentadora.
b) concretista: cabe ao Judiciário não apenas reconhecer a inércia, mas também possibilitar a
concretização do direito (concretista geral: eficácia erga omnes; concretização individual:
eficácia inter partes).
72
Lei 13.300/2016, art. 12, incisos I a IV.
73
Lei 12.300/2016, art. 3º.
74
STF – MI-MC 4.060/DF.
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A lei que regula o MI adotou a corrente concretista individual (ou coletiva, no caso do MI coletivo)
como regra geral, nos seguintes termos:
Lei 13.300/2016
Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o
advento da norma regulamentadora.
§ 1º Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for
inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto
da impetração.
§ 2º Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos
análogos por decisão monocrática do relator.
(...)
Art. 13. No mandado de injunção coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente
às pessoas integrantes da coletividade, do grupo, da classe ou da categoria substituídos
pelo impetrante, sem prejuízo do disposto nos §§ 1º e 2º do art. 9º.
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c) diante da falta de regulamentação dos efeitos de medida provisória ainda não convertida em
lei pelo Congresso Nacional;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,
judicial ou administrativo;
b) retificar dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
O HD não pode ser utilizado com a finalidade de acessar informações de terceiros (ação
personalíssima).
- Legitimação passiva:
b) pessoa jurídica de direito privado detentora de banco de dados de caráter público. Não cabe
HD quando a informação a ser acessada consta de bancos de dados de caráter privado.
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Considera-se de caráter público todo registro ou banco de dados contendo informações que
sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão
ou entidade produtora ou depositária das informações 75.
- Natureza civil.
- Ação gratuita.
- Os processos de HD terão prioridade sobre todos os atos judiciais, exceto HC e MS76 (rito
sumário).
Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;
b) à moralidade administrativa;
c) ao meio ambiente; e
Ou seja, busca-se proteger não apenas valores econômico-financeiros, mas também não
econômicos – moralidade, meio ambiente e patrimônio histórico e cultural.
75
Lei 9.507/97, art. 1º, parágrafo único.
76
Lei 9507/97, art. 19, caput.
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Cidadão = pessoa natural em pleno gozo dos direitos civis e políticos – detentor, portanto, de
capacidade eleitoral ativa –, ou seja, não é qualquer pessoa!
a) pessoa jurídica;
b) o Ministério Público;
d) os inalistáveis, a saber:
- Legitimação passiva77:
b) o agente que praticou o ato (ou firmou o contrato) impugnado, bem como aqueles que o
tenham autorizado, aprovado ou ratificado ou, ainda, tenham se omitido e, por isso,
possibilitaram a ocorrência da lesão;
- Natureza civil.
- O autor da AP fica isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência, salvo comprovada má-
fé.
77
Lei 4.717/65, art. 6º, caput.
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Aula 01
- A sentença que julgue improcedente a ação popular está sujeita ao duplo grau de jurisdição
obrigatório78.
O MP deve acompanhar o processo para assegurar sua regularidade (papel de "fiscal da lei" ou
"custos legis"), cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil
ou criminal, dos que nela incidirem.
Por outro lado, é vedado ao MP assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores.
Caso autor da AP seja omisso no processo (embora continue como parte), o MP atua em seu lugar,
como seu substituto.
Por fim, caso o autor desista da ação (deixando de ser parte no processo), o MP pode prosseguir
como seu sucessor.
- Não é cabível contra atos de conteúdo jurisdicional 81, de modo que a AP pode incidir apenas
sobre a atuação administrativa (atos administrativos, contratos administrativos, fatos
administrativos etc.) dos Poderes (quaisquer deles), portanto.
78
Lei 4.717/65, art. 19, caput.
79
Lei 4.717/65, art. 21.
80
Lei 4.717/65, arts. 6º, § 4º, 7º, § 1º, 9º, 16 e 19, § 2º.
81
STF – AO 672-DF.
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Quadro comparativo sobre os remédios constitucionais
Mandado de Mandado de
Segurança Segurança
Habeas Corpus Individual Coletivo Mandado de Injunção Habeas Data Ação Popular
a) a entidade pública ou
privada lesada;
b) o agente que praticou
o ato (ou firmou o
Pessoa jurídica de direito público.
contrato) impugnado,
A autoridade pública Pessoa jurídica de direito privado bem como aqueles que
ou o particular que Autoridade pública ou agente de pessoa Poder, órgão ou autoridade detentora de banco de dados de o tenham autorizado,
Legitimação
esteja restringindo a jurídica no exercício de atribuições do Poder com atribuição para editar a caráter público. aprovado ou ratificado
passiva
locomoção do Público. norma regulamentadora. ou, ainda, tenham se
Não cabe HD quando a informação
paciente. omitido e, por isso,
a ser acessada consta de bancos de
possibilitaram a
dados de caráter privado.
ocorrência da lesão;
c) beneficiários diretos
do ato (ou contrato)
impugnado.
Civil.
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Aula 01
Necessidade de
representação Não. Sim. Sim. Sim. Sim.
por advogado?
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Aula 01
APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em prova,
considerando o histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no
conteúdo, na legislação e nos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais1.
Abaixo, destacamos os incisos do art. 5º que possuem maior incidência e, portanto, necessitam
de maior atenção:
é livre
Manifestação de pensamento
(inciso IV)
VEDADO o anonimato
independem de autorização
Criação de associações e cooperativas
(inciso XVIII)
Vedada a interferência estatal em
seu funcionamento
Além disso, em função de ser(em) recente(s), a(s) seguinte(s) novidade(s) legislativa(s) possui(em)
grandes chances de ser(em) cobrada(s):
Por fim, os seguintes entendimentos jurisprudenciais também possuem enormes chances de serem
cobrados em prova:
1
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado assunto,
considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados a partir de
critérios objetivos ou minimamente razoáveis.
69
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Aula 01
(II) Tais medidas, com as limitações expostas, podem ser implementadas tanto pela
União como pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, respeitadas as
respectivas esferas de competência"2. ==5617c==
2
STF – ADIs 6586 e 6587.
3
STF – ARE 1267879
4
STF – RE 806.339.
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Aula 01
QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas
questões.
II A intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas são invioláveis, e eventual
atentado a esses direitos permite que se busque a indenização pelo dano moral ou material
decorrente da violação.
III Todos têm direito a receber informações de seu interesse particular dos órgãos públicos, bem
como informações de interesse coletivo ou geral. Os pedidos de acesso à informação devem ser
atendidos no prazo fixado, sob pena de responsabilidade do agente público. A exceção à regra
geral de transparência são as informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado.
IV A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito, salvo se a
matéria trazida à apreciação estiver pacificada na jurisprudência dos tribunais superiores —
como, por exemplo, em súmula vinculante, repercussão geral ou recurso repetitivo.
b) I e IV.
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Aula 01
c) II e III.
d) III e IV.
Comentários
Art. 5º, X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente
de sua violação;
Item III - correto. O artigo 5º, XXXIII, da CF/88, garante o acesso à informação. Vejamos:
Art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
Além do mais, a Lei nº 12.527 foi sancionada com o propósito de regulamentar o direito de
acesso dos cidadãos às informações públicas, devendo seus dispositivos serem aplicados aos
poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Item IV - incorreto. Não há ressalvas para a apreciação do Poder Judiciário. Dispõe o artigo 5º,
XXXV da CF/88:
Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito;
Gabarito: Letra C.
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a) habeas data
b) habeas corpus
c) mandado de injunção
d) ação popular
e) mandado de segurança
Comentários
Alternativa D - correta. A ação popular busca proteger não apenas valores econômico-
financeiros, mas também não econômicos, como a moralidade, meio ambiente e patrimônio
histórico e cultural. Dispõe o artigo 5º, LXXIII da CF/88:
Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;
Letras B - incorreta. O habeas corpus visa a proteção da ofensa direta ou indireta à liberdade de
locomoção.
Letra C - incorreta. O mandado de injunção visa suprir omissão total ou parcial de norma
regulamentadora que inviabilize o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Letra E - incorreta. O mandado de segurança visa proteger direito líquido e certo, não amparado
por Habeas Corpus ou Habeas Data (caráter residual). No caso do Mandado de Segurança
73
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Aula 01
Coletivo, o direito líquido e certo precisa ter caráter coletivo ou individual homogêneo (não é
cabível se for direito difuso).
Gabarito: Letra D.
Comentários
Alternativa B - correta. Conforme estabelece o artigo 5º, inciso XI, da CF/88, a casa é asilo
inviolável, salvo algumas exceções, vejamos.
Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
Nesse sentido, o ingresso na “casa” de um indivíduo poderá ocorrer nas seguintes situações:
b) Sem o consentimento do morador, sob ordem judicial, apenas durante o dia. Perceba que,
mesmo com ordem judicial, não é possível o ingresso na casa do indivíduo durante o período
noturno.
74
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Aula 01
Em razão da urgência da situação, não haveria tempo suficiente para conseguir um mandado
judicial e/ou localizar quaisquer autoridades competentes, porém, caso identificado algum ilícito
na ação, haverá a responsabilização da autoridade policial com nulidade dos atos praticados.
As demais alternativas estão incorretas, pois a justificativa para entrada na casa, no caso da
questão, deve ser feita posteriormente e, se porventura for considerada ilícita, haverá a
responsabilização das autoridades policiais e consequente nulidade dos atos praticados.
Gabarito: Letra B.
a) ao exercício de culto religioso de caráter presencial coletivo, salvo em casos de adoção, pelo
poder público, de medidas restritivas para contenção do avanço de pandemias sanitárias.
e) à reunião pacífica e sem armas, desde que seja comunicada pelos interessados à
administração pública, em um prazo mínimo de 30 dias antes de sua realização.
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Aula 01
Comentários
Definiu o STF:
Letra B - incorreta. A associação sindical é vedada aos servidores militares. Dispõe o artigo 142,
IV, da CF/88:
Letra C - incorreta. A incitação a qualquer tipo de discriminação que atente aos direitos
fundamentais é constitucionalmente vedada, nos termos do 5º, XLI da CF/88:
Art. 5º, XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades
fundamentais;
Letra D - incorreta. O exercício dos direitos culturais é garantido a todos e não atenderá apenas
aspirações de grupo social majoritário. Dispõe o artigo 215 da CF/88:
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso
às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das
manifestações culturais.
76
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Aula 01
Letra E - incorreta. Basta que seja feito prévio aviso, sem exigência de que sejam 30 dias antes.
Dispõe o artigo 5º, inc. XVI da CF/88:
Art. 5º, XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;
Gabarito: Letra A.
Comentários
GABARITO: CERTO.
Art. 5º (...)
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
77
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Aula 01
Letra A – correta. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, II, elenca que ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Tal inciso define o
princípio da legalidade, o qual dispõe aos indivíduos ser permitido fazer tudo, desde que não
haja lei em sentido contrário.
Letra B – incorreta. Em verdade, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei (art. 5º, II, da CF/88).
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Aula 01
Letra C – incorreta. Em relação aos indivíduos, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei (art. 5º, II, da CF/88). Não há a obrigatoriedade quanto a
ato infralegal.
Letra E – incorreta. Tal obrigatoriedade não se aplica aos atos infralegais, conforme art. 5º, II, da
CF/88, acima citado.
Gabarito: letra A.
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Aula 01
Letra D – incorreta. No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar
de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano (art.
5º, XXV, da CF/88). Não é necessária autorização do particular para tanto.
Gabarito: letra E.
Um cidadão detém, mais que o direito, o dever de opor-se à ordem que, emanada de
autoridades públicas, se revele manifestamente ilegal.
Comentários
GABARITO: CERTO.
O cidadão possui não apenas direitos, mas, também, deveres, conforme o Título II, Capítulo I, da
CF/1988. Entre esses deveres encontra-se o de oposição à ordem manifestamente ilegal,
conforme se extrai, ilustrativamente, do art. 5º, inciso XXXIV, alínea "a", da CF/1988:
Art. 5º (...)
Conforme a CF, são imprescritíveis o crime de racismo e o crime consistente na ação de grupos
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático de direito.
Comentários
GABARITO: "CERTO"
O art. 5º, incisos XLII e XLIV, da CF/1988 prevê como crimes imprescritíveis aqueles arrolados
nessa assertiva (racismo e ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático):
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Aula 01
Art. 5º (...)
(...)
Comentários
GABARITO: "ERRADO"
Art. 5º (...)
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
É livre a manifestação do pensamento, seja ela exercida por pessoa conhecida ou por pessoa
anônima.
Comentários
GABARITO: "ERRADO"
Art. 5º (...)
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Aula 01
É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, sendo vedado à lei a criação de
condições que possam limitar ou restringir o pleno desenvolvimento desse direito.
Comentários
GABARITO: "ERRADO"
A lei pode criar condições para exercício de trabalho, ofício ou profissão, por autorização
prevista no art. 5º, inciso XIII, da CF/1988:
Art. 5º (...)
As associações podem ser dissolvidas por decreto do Poder Executivo, na hipótese de violação
de direitos fundamentais.
Comentários
GABARITO: "ERRADO"
Art. 5º (...)
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Aula 01
A vedação à existência de tribunais de exceção, bem como a admissão de foro por prerrogativa
de função, são reflexos, em certa medida, do princípio da isonomia em sua dimensão material.
Comentários
GABARITO: CERTO
A vedação à existência de tribunais de exceção está prevista no art. 5º, inciso, da CF/1988:
Trata-se de medida que busca o julgamento imparcial da causa, na medida em que o órgão
competente para fazê-lo será definido de acordo com regras pré-existentes.
Por outro lado, o foro por prerrogativa de função é concedido a determinados agentes que, em
razão da posição que ocupam e das atividades que desempenham, precisam de tratamento
diferenciado, para que possa cumprir seu ofício com liberdade / autonomia / independência.
Comentários
GABARITO: ERRADO
O "direito aos meios adequados à expressão e à veiculação do que se pensa e do que se cria"
ao qual alude a assertiva diz respeito à dimensão instrumental, não à dimensão substancial, da
liberdade de expressão.
83
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Aula 01
A liberdade religiosa é direito fundamental que, por impor a laicidade estatal, possui dimensão
unicamente negativa, vinculando o Estado a um dever de abstenção.
Comentários
GABARITO: ERRADO
A laicidade também possui dimensão positiva, uma vez que autoriza o Estado a garantir a
liberdade religiosa dos indivíduos.
Comentários
GABARITO: ERRADO
Os princípios da eficiência e do devido processo legal eram suficientes para, mesmo antes da
promulgação da EC nº 45/2004, que incluiu o inciso LXXVIII ao art. 5º da CF/1988, permitir
inferir-se que a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua
tramitação é direito dos indivíduos. O dispositivo mencionado possui a seguinte redação:
Caso um policial militar passe, durante a madrugada, diante de uma residência e observe a
ocorrência de transação comercial de substância entorpecente, nessa situação, ele deve
aguardar o dia amanhecer para ingressar na casa e prender os criminosos.
84
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Aula 01
Comentários
GABARITO: "ERRADO"
Na hipótese de flagrante delito, pode haver invasão da casa do morador durante o dia ou à
noite, conforme se extrai do art. 5º, inciso XI, da CF/1988:
Para realizar manifestação nas ruas do centro de uma cidade, um sindicato depende de
autorização da autoridade de segurança pública.
Comentários
GABARITO: "ERRADO"
A realização de manifestação em locais públicos dispensa autorização, nos termos do art. 5º,
inciso XVI, da CF/1988:
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;
Sobre o requisito de prévio aviso à autoridade competente, o STF emitiu recentemente tese
de repercussão geral no seguinte sentido:
Assim, não confundir o “prévio aviso” (necessário, nos termos da CF/88, com ressalvas,
conforme entendimento do STF) com “autorização” (desnecessária)!
1
STF – RE 806.339.
85
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Aula 01
Se, em sentença judicial transitada em julgado, José for condenado ao perdimento de bens
importados ilegalmente e, durante o curso do processo, ocorrer o falecimento de José, nessa
situação, os sucessores dele receberão o patrimônio, já que é pétrea a determinação de que
nenhuma pena pode ser estendida aos sucessores do condenado.
Comentários
GABARITO: "ERRADO"
Nenhuma pena pode passar da pessoa do condenado, mas a obrigação de reparar o dano e a
decretação do perdimento de bens pode ser estendida aos sucessores e contra eles executadas,
até o limite do valor do patrimônio transferido, conforme o inciso XLV do art. 5º da CF/1988:
O registro civil de nascimento é gratuito para trabalhadores que recebam um salário mínimo
como fonte de renda da família.
Comentários
GABARITO: "CERTO"
Vejamos o que dispõe o art. 5º, inciso LXXVI, alínea "a", da CF/1988:
Por outro lado, a Lei nº 9.265/1996 estendeu essa gratuidade a todos, independentemente da
condição de pobreza, tendo o STF reconhecido a constitucionalidade da mencionada extensão,
prevista no art. 1º, inciso VI, da Lei nº 9.265/1996:
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Aula 01
(...)
Gravação de conversa telefônica sem autorização judicial, registrada por um dos interlocutores,
é considerada prova ilícita, ante o sigilo das comunicações telefônicas, constitucionalmente
assegurado.
Comentários
GABARITO: ERRADA.
O STF entende que é “inconsistente e fere o senso comum falar-se em violação do direito à
privacidade quando interlocutor grava diálogo com sequestradores, estelionatários ou qualquer
tipo de chantagista” (HC 75.338/RJ, Rel. Min. Nelson Jobim, j. 11.03.98, DJ de 25.09.98), de
modo que a gravação telefônica feita por um dos interlocutores, ainda que sem autorização
judicial, é considerada prova lícita quando se tratar de legítima defesa, por exemplo.
24. (Cespe/2008/STF/AJAJ) Com relação aos direitos e garantias fundamentais, julgue o item
que se segue.
O preso tem direito à identificação dos responsáveis pelo seu interrogatório policial
Comentários
GABARITO: CERTO.
Essa afirmativa está de acordo com o art. 5º, inciso LXIV, da CF/1988:
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
25. (Cespe/2011/TRE ES/AJAJ) Julgue o item que se segue, relativo aos direitos e às garantias
fundamentais.
Comentários
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GABARITO: CERTO.
As associações somente podem ser dissolvidas compulsoriamente, por decisão judicial, após o
trânsito em julgado da aludida decisão, conforme previsto no inciso XIX do art. 5º da CF/1988:
26. (Cespe/2012/TRE RJ/AJAJ) Julgue o item a seguir, relativo aos direitos sociais e de
nacionalidade previstos na Constituição Federal de 1988 (CF).
Comentários
GABARITO: ERRADO.
Não poderá ser conhecido habeas corpus impetrado em benefício alheio por indivíduo
destituído de sanidade mental que não esteja representado ou assistido por outrem.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
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Art. 5º (...)
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder;
Comentários
GABARITO: ERRADO.
Art. 5º (...)
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder;
Em relação aos direitos políticos, o mandado de segurança coletivo e o habeas corpus são
formas de exercício direto da soberania popular, como previsto na CF.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
Nos termos do art. 14 da CF, transcrito a seguir, são formas de exercício direto da soberania
popular o voto mediante plebiscito ou referendo e a iniciativa popular:
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Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
O mandado de segurança coletivo e o habeas corpus são remédios jurídicos previstos no art. 5º,
incisos LXVIII e LXX, da CF/1988:
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder;
Comentários
GABARITO: ERRADA.
O habeas corpus é incabível contra instauração de PAD, pois, nesse caso, o direito de
locomoção - bem da vida tutelado pelo habeas corpus - não se encontra ameaçado. Registramos
que o habeas corpus está previsto no art. 5º, inciso LXVIII, da CF/1988:
Art. 5º (...)
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder;
31. (Cespe/2015/TRE GO/Analista Judiciário – Área Administrativa) Julgue o item que se segue,
no que concerne aos direitos e garantias fundamentais e à aplicabilidade das normas
constitucionais.
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Comentários
GABARITO: ERRADO.
O art. 5º, inciso LXXIII, da CF/1988 estabelece que a ação popular que vise à anulação de ato
lesivo ao patrimônio público ou ao meio ambiente pode ser ajuizada por qualquer cidadão, não
por associação - ainda que essa associação esteja legalmente constituída e em funcionamento há
pelo menos um ano, requisito exigido para a impetração de mandado de segurança coletivo (art.
5º, inciso LXX, alínea "b", da CF/1988).
(...)
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;
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GABARITO: "ERRADO"
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Dado o princípio da dignidade da pessoa humana, tratado sobre direitos humanos ratificado
pelo Brasil é automaticamente internalizado na legislação pátria como emenda constitucional.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
Para ser equivalente às emendas, o tratado sobre direitos humanos deve passar pelo
procedimento formal de aprovação nas Casas do Congresso previsto no art. 5º, § 3º, da
CF/1988:
Art. 5º (...)
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São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto. Assim,
ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados do
conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar melhor
os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o exigido
na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo a facilitar
a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
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16. Qual o rol de direitos fundamentais básicos previsto no caput do art. 5º da CF/88?
17. O direito à vida abrange apenas a vida extrauterina?
18. O direito à vida é absoluto?
19. O que determina o princípio da igualdade (art. 5º, inciso I da CF/88)?
20. Qual a diferença entre “igualdade na lei” e “igualdade perante a lei”?
21. A CF/88 preocupou-se com a vedação ao tratamento desumano ou ao degradante?
22. A CF/88 prevê algum limite ao direito de resposta?
23. A liberdade de expressão é absoluta?
24. A Administração Pública pode realizar prestação religiosa?
25. As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), instauradas em qualquer esfera de governo,
podem determinar a quebra de sigilo bancário e fiscal?
26. Qual o conceito de “casa” para fins de aplicação do princípio da inviolabilidade domiciliar (art.
5º, XI da CF/88)?
27. É possível adentrar à casa, sem consentimento do morador, para prestar socorro, durante a
noite?
28. Quais os requisitos que possibilitam a interceptação das comunicações telefônicas?
29. Todos os ofícios ou profissões podem ser condicionadas ao cumprimento de condições legais
para o seu exercício, com base no inciso XIII, art. 5º da CF/88?
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52. Qual a diferença entre devido processo legal nos aspectos formal e material (art. 5º, LIV da
CF/88)?
53. O que a Constituição assegura aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral?
54. O que a CF/88 assevera sobre as provas obtidas por meios ilícitos?
55. A partir de quando uma pessoa poderá ser considerada culpada?
56. A lei pode prever hipóteses de identificação criminal mesmo quando o indivíduo já foi
identificado civilmente?
57. É possível restringir-se a publicidade dos atos processuais?
58. No caso de flagrante delito, é necessária ordem judicial para que seja efetuada a prisão?
59. Quem deve ser comunicado sobre a prisão de um indivíduo? Em quanto tempo essa
comunicação deve ocorrer? O que deve ser objeto dessa comunicação?
60. O que a Constituição fala sobre a prisão ilegal?
61. É possível a prisão por dívida? Em quais casos?
62. O direito à assistência jurídica gratuita e integral é aplicável apenas às pessoas físicas que
comprovarem insuficiência de recursos?
63. O que a Constituição assegura ao condenado por erro judiciário, bem como ao que ficar preso
além do tempo fixado na sentença?
64. O que a CF/88 assegura de forma gratuita a) apenas aos reconhecidamente pobres; b) a
todos?
65. Qual o prazo de duração de um processo assegurado pela Constituição?
66. Em quais meios os dados pessoais são protegidos pela Constituição?
Remédios constitucionais (art. 5º, incisos LXVIII, LXIX, LXX, LXXI, LXXII, LXXIII e
LXXVII)
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A expressão "direitos fundamentais" é utilizada para tratar dos direitos de pessoas previstos no
ordenamento jurídico de um dado país, enquanto a expressão "direitos humanos" é utilizada para
se referir de forma universal aos direitos do homem, portanto, sem levar em conta quaisquer
normas de qualquer país.
2. Quais são as principais características dos direitos fundamentais? Explique cada uma delas.
Irrenunciabilidade: não podem ser renunciados, dispostos, pelos seus titulares, via de regra;
Relatividade (ou limitabilidade): não possuem natureza absoluta, sendo limitados por outros
direitos fundamentais previstos constitucionalmente;
Complementaridade: não devem ser interpretados isoladamente, mas sim como um conjunto
único.
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Efetividade: a atividade do Estado deve estar voltada à efetivação dos direitos fundamentais; e
Inviolabilidade: não podem ser inobservados pelas leis e pelos agentes públicos.
3. Quais são as três gerações de direitos fundamentais classicamente identificadas pela doutrina?
Primeira geração: direitos que caracterizam um dever de abstenção estatal aos indivíduos, a fim
de livrá-los da ingerência abusiva do Estado. Realçam o princípio da liberdade, com foco no
homem individualmente considerado, consagrando direitos civis e políticos.
Segunda geração: direitos que caracterizam uma obrigação de fazer estatal em prol da população,
==5617c==
por meio de políticas e serviços públicos, com a finalidade de proporcionar igualdade e bem-estar
à população. Realçam o valor-fonte igualdade, consagrando direitos econômicos, sociais e
culturais.
Terceira geração: direitos que transcendem os interesses individuais para se preocupar com a
coletividade, consagrando direitos transindividuais, supraindividuais, de titularidade coletiva ou
difusa. Realçam o princípio da fraternidade, consagrando os direitos difusos e os coletivos.
Não, os direitos da geração seguinte se acumulam com os das gerações anteriores, que
permanecem plenamente eficazes.
Por outro lado, as garantias fundamentais são os instrumentos previstos na Constituição para
proteger aqueles bens, ou seja, são instrumentos por meio dos quais é assegurado o exercício dos
direitos fundamentais, bem como sua pronta reparação, nos casos em que tais direitos forem
violados.
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Não, as restrições impostas pela lei devem razoáveis, proporcionais, preservando a essência do
direito a ser objeto de restrição (“teoria dos limites dos limites”).
A eficácia vertical implica que os direitos fundamentais aplicam-se às relações entre os particulares
e o Estado ("relações verticais").
Por sua vez, a eficácia horizontal implica que os direitos fundamentais também incidem nas
relações privadas (“relações horizontais”).
No Brasil, os direitos fundamentais possuem tanto eficácia vertical, quanto eficácia horizontal.
Não há hierarquia entre direitos fundamentais, de modo que na hipótese de conflito entre dois ou
mais deles, o intérprete deve efetuar uma ponderação, valendo-se do princípio da concordância
prática (ou da harmonização).
10. De acordo com art. 5º, § 1º, da CF/88, as normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais possuem aplicação imediata. O que isso significa?
Significa que essas normas são aplicáveis desde já no limite do possível, até onde haja condições
para seu atendimento por parte das instituições – inclusive o Poder Judiciário não pode deixar de
aplicá-las, caso provocado em uma situação concreta nelas garantida.
Não, há outros direitos fundamentais espalhados pelo texto constitucional, como o direito ao meio
ambiente (art. 225) e o princípio da anterioridade tributária (art.150, III, “b”).
Além disso, o Brasil possui um sistema aberto de direitos fundamentais, já que é possível haver
outros direitos fundamentais decorrentes dos princípios constitucionais por ela adotados ou da
assinatura de tratados internacionais pela República Federativa do Brasil, consoante art. 5º, § 2º
da CF/88.
1
Lenza, 2016, p. 1164.
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12. O que se faz necessário para que os tratados internacionais de direitos humanos obtenham
status de emenda constitucional no ordenamento jurídico brasileiro?
Devem ser aprovados em cada Casa do Congresso Nacional em dois turnos por três quintos dos
votos dos respectivos membros (art. 5º, § 3º da CF/88).
13. Qual o status dos tratados e convenções internacionais de direitos humanos aprovados pelo
rito ordinário?
14. Qual o status dos tratados e convenções internacionais sobre outros temas que não direitos
humanos?
15. Quais são os requisitos para que o Brasil se submeta à jurisdição de Tribunal Internacional, nos
termos da CF/88?
Requisitos:
16. Qual o rol de direitos fundamentais básicos previsto no caput do art. 5º da CF/88?
Direito à vida; direito à liberdade; direito à igualdade; direito à segurança; e direito à propriedade.
Pro = propriedade;
Li = liberdade;
V = vida;
Ig = igualdade;
Se = segurança.
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Não, é relativo, já que a CF/88 admite a possibilidade de pena de morte em caso de guerra
declarada (art. 5º, inciso XLVII).
Que seja dado tratamento igual aos que estão em condições equivalentes e desigual aos que
estão em condições diversas, dentro de suas desigualdades.
A igualdade "na lei” diz respeito ao tratamento isonômico na elaboração da lei, enquanto a
igualdade "perante a lei" impõe que a lei já elaborada e em vigor seja aplicada a todos sem
discriminação.
Ambos os tratamentos, junto com a tortura, foram objeto de preocupação (e vedação) por parte
da CF/88 (art. 5º, inciso III).
Sim, o direito de resposta deve ser proporcional ao agravo (art. 5º, inciso V da CF/88).
Não, apesar de ser vedada a censura, a liberdade de expressão é limitada por outros direitos
fundamentais, como, por exemplo, a inviolabilidade da privacidade e da intimidade do indivíduo.
Não, em razão do Brasil ser um Estado laico. A assistência religiosa prevista no inciso VII do art. 5º
da CF/88 possui caráter privado, de incumbência dos representantes habilitados de cada religião.
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26. Qual o conceito de “casa” para fins de aplicação do princípio da inviolabilidade domiciliar (art.
5º, XI da CF/88)?
27. É possível adentrar à casa, sem consentimento do morador, para prestar socorro, durante a
noite?
Sim, para prestar socorro, é possível adentrar à casa a qualquer hora, sem consentimento do
morador, conforme redação do art. 5º, XI da CF/88.
Conforme art. 5º, inciso XII da CF/88: a) ordem judicial; b) existência de investigação criminal ou
instrução processual penal; c) lei que preveja as hipóteses e a forma em que esta poderá ocorrer.
29. Todos os ofícios ou profissões podem ser condicionadas ao cumprimento de condições legais
para o seu exercício, com base no inciso XIII, art. 5º da CF/88?
Não. Nesse sentido, o STF entende que só é possível exigir-se inscrição em conselho de
fiscalização profissional quando houver de potencial lesivo na atividade.
Não, a locomoção é livre apenas em tempo de paz e, além disso, pode ser restringida por meio
de lei (art. 5º, inciso XV da CF/88).
31. É possível a realização de “Marcha de Maconha”, desde que possua finalidade pacífica, ocorra
em local aberto ao público, não frustre outra reunião anteriormente convocada para o mesmo
local e seja previamente autorizada pela autoridade competente?
Sobre o requisito de prévio aviso à autoridade competente, o STF emitiu recentemente tese de
repercussão geral no seguinte sentido:
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que seu exercício se dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião
no mesmo local2”.
- Não confundir o “prévio aviso” (necessário, nos termos da CF/88, com ressalvas, conforme
entendimento do STF) com “autorização” (desnecessária)!
b) ausência de armas;
d) não poderá frustrar outra reunião convocada anteriormente para o mesmo local;
Assim, cuidado para não confundir o “prévio aviso” (necessário, nos termos da CF/88, com
ressalvas, conforme entendimento do STF) com “autorização” (desnecessária)!
Vale lembrar que o STF já considerou válida a realização de tal tipo de reunião ("Marcha da
Maconha"), desde que sejam atendidos os requisitos constitucionais e não ocorra a incitação, o
incentivo ou o estímulo ao consumo de entorpecentes na sua realização 3.
32. Qual o órgão público responsável por autorizar a criação das associações?
Nenhum! É desnecessária autorização do poder público para a criação das associações e, na forma
da lei, de cooperativas (art. 5º, XVIII da CF/88).
34. Caso a autoridade competente use propriedade particular, no caso de iminente perigo
público, deverá indenizar o proprietário?
Só se houver dano é que haverá indenização ulterior (art. 5º, XXV da CF/88).
2
STF – RE 806.339.
3
STF – ADPF 187.
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35. A pequena propriedade rural trabalhada pela família pode ser objeto de penhora para
pagamento de débitos estranhos à sua atividade produtiva?
Sim, conforme leitura do art. 5º, XXVI da CF/88, os requisitos constitucionais para a garantia de
impenhorabilidade da pequena propriedade rural:
36. A CF assegura a competência do júri para o julgamento dos crimes culposos contra a vida e a
intimidade, sendo que a votação deve ser aberta?
Não, a competência abrange apenas crimes dolosos contra a vida, sendo assegurado o sigilo das
votações, conforme art. 5º, XXXVIII, alíneas “b” e “d” da CF/88.
37. De acordo com o inciso XXXIX do art. 5º da CF/88, "não há crime sem lei anterior que o defina,
nem pena sem prévia cominação legal". A "lei" prevista no dispositivo deve ser considerada em
sentido estrito ou amplo?
Deve ser considerada em sentido estrito, ou seja, lei formal editada pelo Poder Legislativo
(princípio da reserva legal em matéria penal).
Obs: preocupe-se com tal informação apenas caso em seu edital esteja previsto o conteúdo
abordado nos dispositivos mencionados.
39. A lei penal pode retroagir, mesmo que acabe prejudicando o réu?
Não, só é possível a retroatividade da lei penal para beneficiar o réu (art. 5º, XL da CF/88).
41. Quais são os crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia, nos termos da CF?
Tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo, e os crimes hediondos (art. 5º,
XL da CF/88).
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Os mandantes, os executores e os que, podendo evita-los, se omitirem (art. 5º, XLIII da CF/88).
43. A ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático é previsto como que tipo de crime na CF/88?
Assevera que a pena só pode ser cumprida pelo condenado, não por terceiros (art. 5º, XLV da
CF/88).
45. Quais as penas previstas pela CF quando trata da individualização da pena? O rol é exaustivo
ou exemplificativo?
b) perda de bens;
c) multa;
Multa = multa;
O rol previsto na CF/88 é não exaustivo ("entre outras"), de modo que a lei poderá criar novas
penas.
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b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis.
Frase para ajudar a memorização: "O banimento cruel força a morte perpétua", de modo que:
banimento = de banimento;
cruel = cruéis;
47. De acordo com a CF/88, quais são os fatores a serem considerados para distinguir os
estabelecimentos em que serão cumpridas as penas?
a) natureza do delito;
b) idade do apenado;
c) sexto do apenado.
De = natureza do delito;
48. O que a CF/88 fala sobre a integridade física e moral dos presos?
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A CF/88 assegura aos presos o respeito à integridade física e moral (art. 5º, XLIX).
49. O que a CF/88 fala sobre as presidiárias cujos filhos estão em período de amamentação?
A Constituição assegura às presidiárias condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação (art. 5º, L da CF/88).
50. O brasileiro naturalizado pode ser extraditado em caso de crime de furto cometido após a
naturalização?
Não, já que no caso de crime comum, a extradição só é possível caso o crime tenha sido praticado
antes da naturalização (art. 5º, LI da CF/88).
51. Quais espécies de crime não podem fundamentar extradição de estrangeiro, por expressa
vedação constitucional?
Crime político ou de opinião ("não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou
de opinião", conforme art. 5º, LII da CF/88).
52. Qual a diferença entre devido processo legal nos aspectos formal e material (art. 5º, LIV da
CF/88)?
Aspecto formal: devem ser asseguradas às partes garantias jurídico-processuais mínimas para fazer
valer seus interesses e defender seus direitos.
Aspecto material: as decisões proferidas no âmbito do processo devem ser efetivamente justas,
razoáveis, proporcionais, desprovidas de arbitrariedade.
53. O que a Constituição assegura aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral?
Assegura o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes (art. 5º, LV da
CF/88).
54. O que a CF/88 assevera sobre as provas obtidas por meios ilícitos?
A partir do trânsito em julgado de sentença penal condenatória (art. 5º, LVII da CF/88).
56. A lei pode prever hipóteses de identificação criminal mesmo quando o indivíduo já foi
identificado civilmente?
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Sim, já que a lei poderá trazer hipóteses de identificação criminal mesmo quando o indivíduo já
foi identificado civilmente, nos termos do art. 5º, LVIII da CF/88.
Sim, desde que por lei, quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem art. 5º, LX
da CF/88.
58. No caso de flagrante delito, é necessária ordem judicial para que seja efetuada a prisão?
Não, no caso de flagrante delito, não se exige ordem judicial (art. 5º, LXI da CF/88).
Sem flagrante delito, regra geral, só pode efetuar-se prisão por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente. Exceções (pode prender mesmo sem ordem judicial):
a) Transgressão militar;
Já quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança, não é possível efetuar-se prisão
(art. 5º, LXVI da CF/88).
59. Quem deve ser comunicado sobre a prisão de um indivíduo? Em quanto tempo essa
comunicação deve ocorrer? O que deve ser objeto dessa comunicação?
O juiz competente e a família do preso ou a pessoa por ele indicada (art. 5º, LXII da CF/88).
A comunicação deve ser imediata, dela devendo ser objeto a notícia da prisão em si, bem como
o local em que se encontra o preso.
Que ela deve ser imediatamente relaxada pela autoridade judiciária (art. 5º, LXV da CF/88).
A Constituição prevê que, via de regra, não é possível a prisão por dívida, exceto em duas
situações:
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Nada obstante, a prisão do depositário infiel não é mais aplicável no ordenamento jurídico
brasileiro em razão da ratificação, pelo Brasil, do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos
e da Convenção Americana sobre Direito humanos – Pacto de San José da Costa Rica.
Portanto, a única hipótese de prisão civil por dívida admitida atualmente é a que ocorre em virtude
do inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia.
62. O direito à assistência jurídica gratuita e integral é aplicável apenas às pessoas físicas que
comprovarem insuficiência de recursos?
Não somente a tais pessoas físicas, mas também às jurídicas que comprovem hipossuficiência.
63. O que a Constituição assegura ao condenado por erro judiciário, bem como ao que ficar preso
além do tempo fixado na sentença?
64. O que a CF/88 assegura de forma gratuita a) apenas aos reconhecidamente pobres; b) a
todos?
a) Apenas aos reconhecidamente pobres: o registro civil de nascimento e a certidão de óbito (art.
5º, LXXVI da CF/88).
Nada obstante, a lei não está impedida de estender tal direito a outros cidadãos que não sejam
reconhecidamente pobres.
b) A todos: as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao
exercício da cidadania (art. 5º, LXXVII da CF/88).
A CF/88 não estipula um prazo específico, apenas assegura que a duração do processo será
"razoável", além dos meios que garantam celeridade na sua tramitação (art. 5º, inciso LXXVIII, da
CF/88).
A CF/88 não elenca um rol de meios em que os dados pessoais são protegidos: ela assegura que
os dados pessoais serão protegidos e especifica que essa proteção inclui os meios digitais (art. 5º,
inciso LXXIX, da CF/88).
Remédios constitucionais (art. 5º, incisos LXVIII, LXIX, LXX, LXXI, LXXII, LXXIII e
LXXVII)
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Direito de locomoção.
O habeas corpus pode ser tanto repressivo (para devolver ao indivíduo a liberdade de locomoção
que já foi perdida) quanto preventivo (para resguardar o indivíduo de uma eventual perda da
liberdade de locomoção).
O habeas corpus possui legitimidade universal, podendo ser impetrado por qualquer pessoa física
ou jurídica, nacional ou estrangeira, ou, ainda, pelo Ministério Público.
Por sua vez, o legitimado passivo é a autoridade coatora, seja ela de caráter público ou um
particular.
Proteger direito líquido e certo, não amparado por HC ou HD (caráter residual) – art. 5º, LXIX da
CF/88.
O mandado de segurança tem natureza civil, embora possa ser utilizado em processos penais.
Sim, entretanto, há exceções previstas em lei 4, quais sejam, quando a liminar tenha por objeto a:
Sim, desde que seja uma lei de efeitos concretos (jamais lei em tese – de caráter geral e abstrato).
4
Lei 12.016/2009, art. 7º, § 2º.
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a) direitos coletivos, assim entendidos os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular
grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica
básica;
Suprir omissão total ou parcial de norma regulamentadora que inviabilize o exercício dos direitos
e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania.
a) partido político;
c) Ministério Público;
d) Defensoria Pública.
Não, o mandado de injunção coletivo passou a ser previsto de forma expressa na Lei 13.300/2016,
embora o STF já reconhecesse sua possibilidade antes disso, mesmo diante do silêncio da CF/88.
5
Lei 13.300/2016, art. 12, parágrafo único.
6
Lei 13.300/2016, art. 12, incisos I a IV.
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a) Falta (total ou parcial) de norma que regulamente uma norma constitucional programática
propriamente dita ou que defina princípios institutivos ou organizativos de natureza impositiva;
c) O decurso de prazo razoável para elaboração da norma regulamentadora, sem que tenha
sido editada.
80. Qual a finalidade do habeas data, conforme previsto na CF/88? Qual sua legitimação ativa?
Finalidade:
b) retificar dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
81. Suponha que Fernando tenha o objetivo de conhecer as informações relativas a ele existentes
no banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), uma entidade privada. Considere
que tal banco de dados possua caráter público. Fernando poderia, como medida inicial, ingressar
com habeas data no Poder Judiciário para atingir seu objetivo?
Não. Embora seja possível que uma entidade privada possua banco de dados de caráter público,
o habeas data só pode ser impetrado após o indeferimento do pedido de informações de dados
pessoais, ou da omissão em atendê-lo7.
Assim, primeiro Fernando deve solicitar as informações ao SPC e, somente em caso de negativa
ou de omissão da entidade poderia, posteriormente, ingressar com o habeas data no Judiciário.
7
Lei 9.507/1997, art. 8º.
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b) à moralidade administrativa;
c) ao meio ambiente; e
Cidadão é a pessoa natural no gozo da capacidade eleitoral ativa, ou seja, um brasileiro nato ou
naturalizado no gozo de seus direitos políticos.
...
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II A intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas são invioláveis, e eventual
atentado a esses direitos permite que se busque a indenização pelo dano moral ou material
decorrente da violação.
III Todos têm direito a receber informações de seu interesse particular dos órgãos públicos, bem
como informações de interesse coletivo ou geral. Os pedidos de acesso à informação devem ser
atendidos no prazo fixado, sob pena de responsabilidade do agente público. A exceção à regra
geral de transparência são as informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado.
IV A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito, salvo se a
matéria trazida à apreciação estiver pacificada na jurisprudência dos tribunais superiores —
como, por exemplo, em súmula vinculante, repercussão geral ou recurso repetitivo.
b) I e IV.
c) II e III.
d) III e IV.
a) habeas data
b) habeas corpus
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c) mandado de injunção
d) ação popular
e) mandado de segurança
a) ao exercício de culto religioso de caráter presencial coletivo, salvo em casos de adoção, pelo
poder público, de medidas restritivas para contenção do avanço de pandemias sanitárias.
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e) à reunião pacífica e sem armas, desde que seja comunicada pelos interessados à
administração pública, em um prazo mínimo de 30 dias antes de sua realização.
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B) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, desde que
não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo exigida apenas
prévia autorização da autoridade competente.
C) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, sendo proibida a execução, contra
herdeiros não participantes do delito, da obrigação de reparar o dano.
D) Mesmo em caso de iminente perigo público, a autoridade competente só poderá usar de
propriedade particular se houver prévia autorização do respectivo proprietário, assegurada a ele
indenização ulterior, se houver dano.
E) Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, na forma da lei.
Um cidadão detém, mais que o direito, o dever de opor-se à ordem que, emanada de
autoridades públicas, se revele manifestamente ilegal.
Conforme a CF, são imprescritíveis o crime de racismo e o crime consistente na ação de grupos
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático de direito.
É livre a manifestação do pensamento, seja ela exercida por pessoa conhecida ou por pessoa
anônima.
É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, sendo vedado à lei a criação de
condições que possam limitar ou restringir o pleno desenvolvimento desse direito.
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As associações podem ser dissolvidas por decreto do Poder Executivo, na hipótese de violação
de direitos fundamentais.
A vedação à existência de tribunais de exceção, bem como a admissão de foro por prerrogativa
de função, são reflexos, em certa medida, do princípio da isonomia em sua dimensão material.
A liberdade religiosa é direito fundamental que, por impor a laicidade estatal, possui dimensão
unicamente negativa, vinculando o Estado a um dever de abstenção.
Caso um policial militar passe, durante a madrugada, diante de uma residência e observe a
ocorrência de transação comercial de substância entorpecente, nessa situação, ele deve
aguardar o dia amanhecer para ingressar na casa e prender os criminosos.
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Para realizar manifestação nas ruas do centro de uma cidade, um sindicato depende de
autorização da autoridade de segurança pública.
Se, em sentença judicial transitada em julgado, José for condenado ao perdimento de bens
importados ilegalmente e, durante o curso do processo, ocorrer o falecimento de José, nessa
situação, os sucessores dele receberão o patrimônio, já que é pétrea a determinação de que
nenhuma pena pode ser estendida aos sucessores do condenado.
O registro civil de nascimento é gratuito para trabalhadores que recebam um salário mínimo
como fonte de renda da família.
Gravação de conversa telefônica sem autorização judicial, registrada por um dos interlocutores,
é considerada prova ilícita, ante o sigilo das comunicações telefônicas, constitucionalmente
assegurado.
24. (Cespe/2008/STF/AJAJ) Com relação aos direitos e garantias fundamentais, julgue o item
que se segue.
O preso tem direito à identificação dos responsáveis pelo seu interrogatório policial
25. (Cespe/2011/TRE ES/AJAJ) Julgue o item que se segue, relativo aos direitos e às garantias
fundamentais.
26. (Cespe/2012/TRE RJ/AJAJ) Julgue o item a seguir, relativo aos direitos sociais e de
nacionalidade previstos na Constituição Federal de 1988 (CF).
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Não poderá ser conhecido habeas corpus impetrado em benefício alheio por indivíduo
destituído de sanidade mental que não esteja representado ou assistido por outrem.
Em relação aos direitos políticos, o mandado de segurança coletivo e o habeas corpus são
formas de exercício direto da soberania popular, como previsto na CF.
31. (Cespe/2015/TRE GO/Analista Judiciário – Área Administrativa) Julgue o item que se segue,
no que concerne aos direitos e garantias fundamentais e à aplicabilidade das normas
constitucionais.
32. (Cespe/2015/TRE GO/Analista Judiciário – Área Administrativa) Julgue o item que se segue,
no que concerne aos direitos e garantias fundamentais e à aplicabilidade das normas
constitucionais.
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Dado o princípio da dignidade da pessoa humana, tratado sobre direitos humanos ratificado
pelo Brasil é automaticamente internalizado na legislação pátria como emenda constitucional.
Gabarito
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
==5617c==
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Trabalho - AFT) Passo Estratégico de
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Autor:
Tulio Lages
24 de Dezembro de 2022
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Índice
1) O que é mais cobrado no assunto - Direitos Sociais - Cebraspe - Nível Superior
..............................................................................................................................................................................................3
7) Referências Bibliográficas
..............................................................................................................................................................................................
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% de cobrança
Tópico
Cebraspe
Rol dos direitos sociais (art. 6º da CF/88) 25%
Direitos dos trabalhadores urbanos e rurais (art. 7º da CF/88) 35%
Liberdade de Associação Profissional ou Sindical (art. 8º da CF/88) 35%
Direito de Greve (art. 9º da CF/88) 5%
Garantia de participação dos trabalhadores e empregadores nos
0%
colegiados dos órgãos públicos (art. 10 da CF/88)
Garantia de eleição de representante em empresas com mais de
0%
duzentos empregados (art. 11 da CF/88)
3
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A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
Para revisar e ficar bem-preparado no assunto, você precisa, basicamente, seguir os passos a
seguir:
T • TRANSPORTE
T • TRABALHO
E • EDUCAÇÃO
Mo • MORADIA
S • SAÚDE
La • LAZER
A • ALIMENTAÇÃO
1
STF – ADI 639.
4
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Art. 6º, parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá
direito a uma renda básica familiar, garantida pelo poder público em programa
permanente de transferência de renda, cujas normas e requisitos de acesso serão
determinados em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
Art. 7º, I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa,
nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre
outros direitos;
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- Exige-se lei formal para a fixação do salário mínimo e veda-se que haja salários mínimos regionais
ou que o salário mínimo sirva como indexador para qualquer finalidade inciso IV).
- Piso salarial (inciso V) é o menor valor de salário que pode ser pago para uma determinada
categoria profissional, não sendo, portanto, sinônimo de salário mínimo (inciso IV).
“Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem
ser substituído por decisão judicial”3.
“A exigência constitucional de lei formal para fixação do valor do salário mínimo está
atendida pela Lei 12.382/2011. A utilização de decreto presidencial, definida pela Lei
12.382/2011 como instrumento de anunciação e divulgação do valor nominal do salário
mínimo de 2012 a 2015, não desobedece ao comando constitucional posto no inciso IV
do art. 7º da Constituição do Brasil. A Lei 12.382/2011 definiu o valor do salário mínimo
e sua política de afirmação de novos valores nominais para o período indicado (arts. 1º
e 2º). Cabe ao presidente da República, exclusivamente, aplicar os índices definidos
legalmente para reajuste e aumento e divulgá-los por meio de decreto, pelo que não
há inovação da ordem jurídica nem nova fixação de valor” 4.
[...]
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
2
STF – Súmula Vinculante 6.
3
STF – Súmula Vinculante 4.
4
STF – ADI 4.568.
6
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XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho;
[...]
5
STF – Súmula 213.
7
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XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;
- Não há obrigação de o repouso semanal remunerado ocorrer aos domingos: trata-se de uma
preferência estabelecida pela CF/88 (inciso XV).
- A remuneração do serviço extraordinário pode ser mais do que 50% superior à do normal: trata-
se de um valor mínimo estabelecido pela CF/88 (inciso XVI).
- O adicional de férias pode ser maior que 1/3 do salário normal: trata-se de um valor mínimo
estabelecido pela CF/88 (inciso XVII).
Art. 7º, XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração
de cento e vinte dias;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias,
nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene
e segurança;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco)
anos de idade em creches e pré-escolas;
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- O encargo do seguro contra acidentes de trabalho, por parte do empregador, não o exime de
indenização ao empregado, se o empregador incorrer em dolo ou culpa (inciso XXVIII).
“Os prazos da licença adotante não podem ser inferiores ao prazo da licença gestante,
o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. Em relação à licença adotante, não
é possível fixar prazos diversos em função da idade da criança adotada” 7.
[...]
Art. 7º, XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho;
- A partir dos 14 anos uma pessoa já pode trabalhar, mas somente na condição de aprendiz. A
partir dos dezesseis anos, pode realizar qualquer trabalho que não seja noturno, perigoso ou
insalubre (inciso XXXIII).
6
STF – Súmula Vinculante 22.
7
STF – RE 788.889/PE.
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[...]
Art. 7º, parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os
direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII,
XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e
observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e
acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos
incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.
- Por serem menos numerosos, procure memorizar os direitos que não foram estendidos aos
trabalhadores domésticos, assim você saberá que os demais direitos previstos no art. 7º foram
estendidos à tal categoria.
g) Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;
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Assim, a criação de sindicato é livre, mas não se trata de um direito absoluto, já que se faz
necessário o registro do sindicato no órgão competente (inciso I), a definição de sua base territorial
em área não inferior à de um município, além de ser vedada a criação de mais de uma organização
sindical, em qualquer grau, representativa da mesma categoria (profissional ou econômica) na
mesma base territorial (inciso II).
Art. 8º, III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais
da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
A contribuição confederativa é fundada no inciso IV do art. 8º, possui caráter facultativo (só é
devida pelos trabalhadores filiados ao sindicato) e é fixada em assembleia geral.
Por sua vez, a contribuição sindical possui fundamento no final do art. 8º, inciso IV
(“independentemente da contribuição prevista em lei”) em conjunto com o art. 149 da CF:
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A CLT previa que a contribuição sindical possuía caráter compulsório a todos os trabalhadores,
inclusive aos não filiados ao sindicato, tendo natureza de tributo, conforme entendimento do STF 8.
Entretanto, com as alterações ocorridas na CLT em razão do advento da reforma trabalhista (Lei
13.467/2017), a contribuição sindical não é mais obrigatória a todos os trabalhadores, mas
somente àqueles que autorizem prévia e expressamente o seu recolhimento.
[...]
[...]
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
- O direito de votar e ser votado nas organizações sindicais não se restringe aos trabalhadores
filiados que se encontram na ativa: o aposentado filiado tem direito de participar das eleições e
8
STF – RE 198.092.
9
STF – Súmula Vinculante 40.
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assembleias que ocorrem no âmbito das organizações sindicais, podendo votar e ser votado (inciso
III).
- O direito de greve não é absoluto, já que haverá definição por lei dos serviços ou atividades
essenciais, bem como do atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade (§ 1º).
- Notar que a participação assegurada é tanto dos trabalhadores quanto dos empregadores.
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STF – Súmula 316.
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- Os direitos sociais são direitos de segunda geração, que impõem ao Estado uma “obrigação de
fazer”, uma obrigação de ofertar prestações positivas (ações) em favor dos mais necessitados,
visando concretizar a igualdade material (valor-fonte igualdade).
Em razão de somente poderem ser concretizados com a execução eficiente de políticas públicas,
bem como por estarem sujeitos à reserva do possível, os direitos de segunda geração possuem
uma carga de eficácia menor que os direitos de primeira geração que, inclusive, dependem
essencialmente de “obrigações de não fazer” do Estado.
==5617c==
Consiste na ideia de que cabe ao Estado efetivar os direitos sociais, mas apenas “na medida do
financeiramente possível”, determinando, assim, os limites em que o Estado deixa de ser obrigado
a dar efetividade aos direitos sociais, não sendo lícito ao Poder Público, por outro lado,
simplesmente alegar genericamente que não possui recursos orçamentários: são imprescindíveis
a demonstração objetiva da inexistência de recursos públicos, bem como a falta de previsão
orçamentária da respectiva despesa.
Essa teoria preconiza que o Estado, em seu dever de concretizar os direitos sociais, deve garantir,
pelo menos, as prestações essenciais ao ser humano que lhe assegurem uma existência digna – o
mínimo existencial, que emana do postulado da dignidade da pessoa humana.
Assim, o mínimo existencial atua de forma a limitar a cláusula da reserva do possível, na medida
em que os gastos públicos devem ser voltados, prioritariamente, a garantir o mínimo existencial
e, somente após isso, o Estado poderá realizar outros investimentos.
Diante do exposto, a reserva do possível somente pode ser invocada pelo Estado após ele ter
garantido o mínimo existencial.
Preconiza que seja evitada a desconstituição das conquistas sociais já alcançadas pelo cidadão:
tais conquistam passam a constituir tanto uma garantia institucional quanto um direito subjetivo,
limitando o legislador e exigindo a realização de uma política condizente com tais direitos, sendo
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inconstitucionais quaisquer medidas estatais que, sem a criação de outros esquemas alternativos
ou compensatórios, anulem, revoguem ou aniquilem o seu núcleo essencial11.
- "Escolhas trágicas” que o Poder Judiciário deve enfrentar na tutela dos direitos sociais
A concretização dos direitos sociais exige o dispêndio de recursos públicos, que são escassos e
não são capazes de atender a todas as demandas.
11
CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7ª ed., Coimbra: Almedina, 2003,
11 reimp. p. 340.
12
STF – RE 436.996.
13
STF – ADPF 45.
14
STF – RE 592.581.
15
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APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em prova,
considerando o histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no
conteúdo, na legislação e nos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais1.
1
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado
assunto, considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados a
partir de critérios objetivos ou minimamente razoáveis.
16
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Não interferência
e intervenção
estatal na
organização
Aplicação à sindical
sindicatos rurais
(inciso I) Unicidade
e colônias de
sindical (inciso II)
pescadores
(Parágrafo único)
Legitimidade dos
Estabilidade sindicatos para
provisória do defesa de
Liberdade de
==5617c==
Direito de votar
e de ser votado Contribuição
do aposentado sindical (inciso
sindicalizado IV)
(inciso VII)
Obrigatoriedade
de participação
Liberdade de
dos sindicatos
associação
nas negociações
sindical (inciso V)
coletivas (inciso
VI)
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas
questões.
a) relação de emprego é protegida contra dispensa arbitrária, nos termos de lei ordinária
federal, que preverá indenização compensatória.
d) É garantida a assistência gratuita aos filhos até 3 (três) anos de idade em creches e pré-
escolas.
Comentários
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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
Demais alternativas:
Letra A - incorreta. Não se trata de lei ordinária federal e sim de lei complementar.
Art. 7º, I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa
causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória,
dentre outros direitos;
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
Os militares recebem subsídios, forma de remuneração diferente do salário, uma vez que não há
acréscimos salariais como horas extras, adicional noturno, adicional de insalubridade, entre
outros.
Letra D - incorreta. A assistência gratuita aos filhos é garantida até os 5 (cinco) anos de idade.
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Art. 7º, XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5
(cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;
Gabarito: Letra E
Comentários
A questão trata dos direitos sociais dos trabalhadores, nos termos do artigo 7º, incisos V, VI, XVI,
XVII e XXV da CF/88:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
(...)
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XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal; Letra E - incorreta, tendo em vista que as férias são acrescidas de no
mínimo um terço a mais do que o salário.
(...)
XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco)
anos de idade em creches e pré-escolas; Letra C - incorreta, tendo em vista que a
assistência aos filhos e dependentes não é até os 6 (seis) anos de idade.
Gabarito: Letra A.
a) direito à moradia.
b) direito das presidiárias de permanecer com seus filhos durante o período da amamentação.
c) direito à propriedade.
Comentários
Gabarito: Letra A.
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c) empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou
culpa.
d) empregador, excluindo-se a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em culpa.
e) empregador, excluindo-se a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo.
Comentários
O artigo 7º, XXVIII, da CF/88, dispõe sobre o seguro contra acidente de trabalho dos
trabalhadores urbanos e rurais. Vejamos:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
Gabarito: Letra C.
O artigo da CF que prevê os direitos sociais, em consonância com a Declaração Universal dos
Direitos Humanos, de 1948, ainda que represente uma conquista, deixou de contemplar o
direito básico à moradia ao cidadão brasileiro.
Comentários
Gabarito: ERRADO
A moradia é expressamente prevista como direito social no art. 6º, caput, da CF/88:
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Comentários
GABARITO: CERTO.
O mínimo existencial diz respeito ao chamado patamar mínimo civilizatório, às condições mais
básicas que devem ser garantidas pelo Estado a todos que fazem parte da sociedade. A reserva
do possível busca equacionar o atendimento das necessidades da sociedade a partir das
condições financeiras do Estado, mas essa alegação é mitigada quando se trata do atendimento
do mínimo necessário, uma vez que prevalece, no caso, o princípio da dignidade da pessoa
humana.
Comentários
Gabarito: ERRADO
O Estado pode utilizar-se da Reserva do Possível a fim de limitar um direito? Sim. Ele não pode
limitar a tal ponto de atingir o mínimo existencial do ser humano, violando a sua dignidade.
Assim, não é lícito que ele negue um medicamento de alto custo, baseado no direito social da
saúde, mas é lícito que ele insira uma pessoa que não possui residência na fila de espera por
uma moradia, já que não é possível que ele compre uma casa imediatamente a um cidadão e
nem que a pessoa fure a fila do direito de moradia.
23
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Recentemente, o transporte foi incluído no rol de direitos sociais previstos na CF, que já
contemplava, entre outros, o direito à saúde, ao trabalho, à moradia e à previdência social, bem
como a assistência aos desamparados.
Comentários
Gabarito: CERTO
Depois de emendada a CF/88, hoje, eles são: a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Comentários
GABARITO: CERTO.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
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Segundo a CF, o trabalhador tem direito ao gozo de férias anuais remuneradas com um
adicional de, pelo menos, um sexto do salário normal.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;
Comentários
GABARITO: "Errado"
É vedada, e não garantida, a distinção entre o trabalho técnico, manual e intelectual, nos termos
do art. 7º, inciso XXXII, da CF/1988:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
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Comentários
GABARITO: "CERTO”
Os direitos arrolados no item estão previstos nos incisos XVIII, XXI e XXVII do art. 7º da CF/1988
como garantias aos trabalhadores urbanos e rurais:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias,
nos termos da lei;
Comentários
GABARITO: ERRADO.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
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Todavia, esses direitos não foram estendidos para os trabalhadores domésticos, pois não estão
incluídos na previsão do parágrafo único do art. 7º da CF/1988.
Comentários
GABARITO: "ERRADO"
A anotação da CTPS não está expressamente prevista como direito dos trabalhadores urbanos e
rurais na CF/1988.
Comentários
GABARITO: “ERRADO"
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Comentários
GABARITO: "CERTO"
O trabalho na condição de aprendiz é possível a partir dos 14 anos. Logo, o menor de 16 anos
pode trabalhar formalmente nessa condição.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
17. (Cespe/2016/TRT 8) Com base no disposto na CF, julgue o item em relação aos direitos
trabalhistas.
Comentários
GABARITO: "ERRADO"
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
18. (Cespe/2016/TRT 8) Com base no disposto na CF, julgue o item em relação aos direitos
trabalhistas.
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Comentários
GABARITO: “ERRADO”.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
Letra A – incorreta. É direito social dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social, o décimo terceiro salário com base na remuneração integral
ou no valor da aposentadoria (art. 6º, VIII, da CF/88).
Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia,
o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição
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Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: (...)
Letra E – incorreta. É direito social dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social, seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário
(art. 7º, II, da CF/88).
Gabarito: letra C.
O princípio da unicidade, que veda a criação, na mesma base territorial, de mais de uma
organização sindical representativa de mesma categoria profissional, não alcança entidades que,
no âmbito de um mesmo município, mas em bairros distintos, representem mesma profissão.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
A base territorial mínima dos sindicatos é a área de um município, consoante o art. 8º, inciso II,
da CF/1988:
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Considerando a situação hipotética acima, julgue o item subseqüente, relativo aos direitos
sociais previstos na Constituição Federal.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
(...)
22. (Cespe/2008/TRT 1/AJOJ) Em relação aos direitos sociais disciplinados pela CF, julgue:
O sindicalizado aposentado tem o direito de votar, mas não pode compor chapa do seu
sindicato.
Comentários
GABARITO: "ERRADO"
O sindicalizado também tem direito de ser votado, conforme o art. 8º, inciso VII, da CF/1988:
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
23. (Cespe/2008/TRT 1/AJOJ) Em relação aos direitos sociais disciplinados pela CF, julgue:
O sindicato não tem legitimidade para defender interesses individuais da categoria em questões
administrativas.
Comentários
GABARITO: "ERRADO"
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GABARITO: "ERRADO"
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São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto. Assim,
ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados do
conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar melhor
os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o exigido
na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo a facilitar
a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
1. Complete as colunas a seguir, a respeito do rol de direitos sociais trazidos pelo art. 6º da
Constituição Federal:
São direitos sociais a educação, a saúde, a ____(a)____, o trabalho, a moradia, o transporte, o
____(b)____, a segurança, a ____(c)____ social, a proteção à ____(d)____ e à infância, a assistência
aos ____(e)____, na forma desta Constituição.
2. Qual a geração dos direitos fundamentais que predomina nos direitos sociais?
3. A lista de direitos sociais prevista no art. 6º da CF é exaustiva ou exemplificativa?
4. Complete as colunas a seguir, a respeito da renda básica familiar tratada pelo art. 6º, parágrafo
único, da Constituição Federal:
Todo brasileiro em situação de ____(a)____ social terá direito a uma renda básica familiar,
garantida pelo poder público em programa ____(b)____ de transferência de ____(c)____, cujas
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11.1.13. duração do trabalho normal não superior a ____(n)____ horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
11.1.14. jornada de ____(o)____ horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
11.1.15. repouso semanal remunerado, ____(p)____ aos domingos;
11.1.16. remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em ____(q)____ por cento à
do normal;
11.1.17. gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um ____(r)____ a mais do que o
salário normal;
11.1.18. licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
____(s)____ dias;
11.1.19. licença-____(t)____, nos termos fixados em lei;
11.1.20. proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos ____(u)____, nos termos
da lei;
11.1.21. aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de ____(v)____ dias, nos
termos da lei;
11.1.22. redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, ____(x)____ e
segurança;
11.1.23. adicional de remuneração para as atividades ____(z)____, insalubres ou perigosas, na
forma da lei;
11.1.24. aposentadoria;
11.1.25. assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até ____(A)____ anos
de idade em creches e pré-escolas;
11.1.26. reconhecimento das convenções e ____(B)____ coletivos de trabalho;
11.1.27. proteção em face da ____(C)____, na forma da lei;
11.1.28. seguro contra ____(D)____ de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização
a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
11.1.29. ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de ____(E)____ anos após a
extinção do contrato de trabalho;
11.1.30. proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, ____(F)____, cor ou estado civil;
11.1.31. proibição de qualquer discriminação no tocante a ____(G)____ e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
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1. Complete as colunas a seguir a respeito do rol de direitos sociais trazidos pelo art. 6º da
Constituição Federal:
São direitos sociais a educação, a saúde, a ____(a)____, o trabalho, a moradia, o transporte, o
____(b)____, a segurança, a ____(c)____ social, a proteção à ____(d)____ e à infância, a assistência
aos ____(e)____, na forma desta Constituição.
(a) alimentação (b) lazer (c) previdência (d) maternidade (e) desamparados
2. Qual a geração dos direitos fundamentais que predomina nos direitos sociais?
Direitos fundamentais de 2ª geração, que impõem ao Estado uma “obrigação de fazer”, uma
obrigação de ofertar prestações positivas (ações) em favor dos mais necessitados, visando
concretizar a igualdade material (valor-fonte igualdade).
Trata-se de rol exemplificativo - há outros direitos sociais espalhados pelo texto constitucional1.
4. Complete as colunas a seguir, a respeito da renda básica familiar tratada pelo art. 6º, parágrafo
único, da Constituição Federal:
Todo brasileiro em situação de ____(a)____ social terá direito a uma renda básica familiar,
garantida pelo poder público em programa ____(b)____ de transferência de ____(c)____, cujas
normas e requisitos de acesso serão determinados em lei, observada a legislação ____(d)____ e
orçamentária.
(a) vulnerabilidade (b) permanente (c) renda (d) fiscal
1
STF – ADI 639.
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5. Quais brasileiros terão direito a uma renda básica familiar? Como essa renda será garantida
pelo poder público?
Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social (art. 6º, parágrafo único, da CF/88). A renda
básica familiar será garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de
renda (art. 6º, parágrafo único, da CF/88).
Vale acrescentar que as normas e requisitos de acesso de tal programa serão determinados em
lei, observada a legislação fiscal e orçamentária (art. 6º, parágrafo único, da CF/88).
Consiste na ideia de que cabe ao Estado efetivar os direitos sociais, mas apenas “na medida do
financeiramente possível”, determinando, assim, os limites em que o Estado deixa de ser obrigado
a dar efetividade aos direitos sociais, não sendo lícito ao Poder Público, por outro lado,
simplesmente alegar genericamente que não possui recursos orçamentários: são imprescindíveis
a demonstração objetiva da inexistência de recursos públicos, bem como a falta de previsão
orçamentária da respectiva despesa.
7. Os direitos de segunda geração possuem eficácia maior ou menor que os de primeira? Por quê?
Em razão de somente poderem ser concretizados com a execução eficiente de políticas públicas,
bem como por estarem sujeitos à reserva do possível, os direitos de segunda geração possuem
uma carga de eficácia menor que os direitos de primeira geração que, inclusive, dependem
essencialmente de “obrigações de não fazer” do Estado.
Essa teoria preconiza que o Estado, em seu dever de concretizar os direitos sociais, deve garantir,
pelo menos, as prestações essenciais ao ser humano que lhe assegurem uma existência digna – o
mínimo existencial, que emana do postulado da dignidade da pessoa humana.
Assim, o mínimo existencial atua de forma a limitar a cláusula da reserva do possível, na medida
em que os gastos públicos devem ser voltados, prioritariamente, a garantir o mínimo existencial
e, somente após isso, o Estado poderá realizar outros investimentos.
Diante do exposto, a reserva do possível somente pode ser invocada pelo Estado após ele ter
garantido o mínimo existencial.
Preconiza que seja evitada a desconstituição das conquistas sociais já alcançadas pelo cidadão:
tais conquistam passam a constituir tanto uma garantia institucional quanto um direito subjetivo,
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limitando o legislador e exigindo a realização de uma política condizente com tais direitos, sendo
inconstitucionais quaisquer medidas estatais que, sem a criação de outros esquemas alternativos
ou compensatórios, anulem, revoguem ou aniquilem o seu núcleo essencial2.
10. Explique a teoria das “escolhas trágicas” no âmbito dos direitos sociais?
A concretização dos direitos sociais exige o dispêndio de recursos públicos, que são escassos e
não são capazes de atender a todas as demandas.
11. Complete as colunas a seguir, a respeito do rol de direitos dos trabalhadores urbanos e rurais
trazidos pelo art. 7º da Constituição Federal:
11.1. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
____(a)____ social:
11.1.1. relação de emprego protegida contra despedida ____(b)____ ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
11.1.2. seguro-desemprego, em caso de desemprego ____(c)____;
11.1.3. fundo de ____(d)____ do tempo de serviço;
11.1.4. salário-mínimo , fixado em lei, nacionalmente ____(e)____, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o
poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
11.1.5. piso ____(f)____ proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
11.1.6. irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou ____(g)____ coletivo;
11.1.7. garantia de ____(h)____, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
11.1.8. décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da ____(i)____;
11.1.9. remuneração do trabalho noturno superior à do ____(j)____;
11.1.10. proteção do salário na forma da lei, constituindo ____(k)____ sua retenção dolosa;
11.1.11. participação nos ____(l)____, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
2
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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;
13. Fábio pediu demissão de seu emprego por livre e espontânea vontade. Nesse caso, possui
direito a seguro desemprego?
Não, o seguro desemprego só o devido em caso de desemprego involuntário (CF, art. 7º, II).
Não, apenas os de baixa renda, nos termos da lei (CF, art. 7º, XII).
15. Qual a relação entre a remuneração do trabalho noturno e a do diurno? E entre a do serviço
extraordinário e a do normal?
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A CF impõe apenas que a remuneração do trabalho noturno será maior que a do diurno (art. 7º,
IX). Por sua vez, para a remuneração do serviço extraordinário e a do normal, estabelece que
aquela será superior, pelo menos, em 50% à deste (art. 7º, XVI).
16. O encargo do seguro contra acidentes de trabalho, por parte do empregador, o exime de
indenização ao empregado?
Sim, a partir dos 14 anos já é possível, mas somente na condição de aprendiz (art. 7º, XXXIII). A
partir dos dezesseis anos, pode realizar qualquer trabalho que não seja noturno, perigoso ou
insalubre.
18. Quais direitos constitucionais dos trabalhadores urbanos e rurais não foram estendidos aos
empregados domésticos?
g) Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;
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19. Complete as colunas a seguir, a respeito da livre associação profissional ou sindical tratada
pelo art. 8º da Constituição Federal.
19.1. a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de ____(a)____, ressalvado
o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a ____(b)____ na
organização sindical;
19.2. é vedada a criação de mais de ____(c)____ organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base ____(d)____, que será
definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área
de um Município;
19.3. ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria,
inclusive em questões judiciais ou ____(e)____;
19.4. a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional,
==5617c==
20. Quantos sindicatos da mesma categoria profissional podem coexistir em uma mesma base
territorial?
Apenas um! Isso se dá em razão do princípio da unicidade da organização social previsto no inciso
II do art. 8º da CF:
Art. 8º, II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que
será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser
inferior à área de um Município;
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A contribuição confederativa é fundada no inciso IV do art. 8º, possui caráter facultativo (só é
devida pelos trabalhadores filiados ao sindicato) e é fixada em assembleia geral, conforme a
seguir:
Por sua vez, a contribuição sindical possui fundamento no final do art. 8º, inciso IV
(“independentemente da contribuição prevista em lei”) em conjunto com o art. 149 da CF:
A CLT previa que a contribuição sindical possuía caráter compulsório a todos os trabalhadores,
inclusive aos não filiados ao sindicato, tendo natureza de tributo, conforme entendimento do STF 3.
Entretanto, com as alterações ocorridas na CLT em razão do advento da reforma trabalhista (Lei
13.467/2017), a contribuição sindical não é mais obrigatória a todos os trabalhadores, mas
somente àqueles que autorizem prévia e expressamente o seu recolhimento.
Não, já que haverá definição por lei dos serviços ou atividades essenciais, bem como do
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade (CF, art. 9º, § 1º).
23. Em uma empresa com 180 empregados deve haver eleição de um representante destes para
promover o entendimento direto com os empregadores?
Não, essa garantia só incide sobre empresas com mais de 200 empregados (CF, art. 11) –
memorize esse número!
3
STF – RE 198.092.
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a) relação de emprego é protegida contra dispensa arbitrária, nos termos de lei ordinária federal, que
preverá indenização compensatória.
d) É garantida a assistência gratuita aos filhos até 3 (três) anos de idade em creches e pré-escolas.
c) É garantida a assistência gratuita aos filhos e dependentes do trabalhador, desde o nascimento até seis
anos de idade, em creches e pré-escolas.
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a) direito à moradia.
b) direito das presidiárias de permanecer com seus filhos durante o período da amamentação.
c) direito à propriedade.
b) empregado, sem excluir a indenização a cargo do empregador, quando incorrer em dolo ou culpa.
c) empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
d) empregador, excluindo-se a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em culpa.
e) empregador, excluindo-se a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo.
O artigo da CF que prevê os direitos sociais, em consonância com a Declaração Universal dos Direitos
Humanos, de 1948, ainda que represente uma conquista, deixou de contemplar o direito básico à moradia
ao cidadão brasileiro.
A garantia do mínimo existencial, que decorre da proteção constitucional à dignidade da pessoa humana,
restringe a invocação da reserva do possível como óbice à concretização do acesso aos direitos sociais.
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8. (Cespe/2016/INSS/Analista Serviço Social) Julgue o item a seguir, que se refere aos direitos e
garantias fundamentais previstos na CF e à administração pública.
Recentemente, o transporte foi incluído no rol de direitos sociais previstos na CF, que já contemplava,
entre outros, o direito à saúde, ao trabalho, à moradia e à previdência social, bem como a assistência aos
desamparados.
9. (Cespe/2008/TRT 5ª/Analista Judiciário – Área Administrativa) Julgue o item a seguir, que versa
acerca dos direitos constitucionais dos trabalhadores.
10. (Cespe/2008/TRT 5ª/Analista Judiciário – Área Administrativa) A respeito dos direitos sociais, julgue
o seguinte item.
Segundo a CF, o trabalhador tem direito ao gozo de férias anuais remuneradas com um adicional de, pelo
menos, um sexto do salário normal.
11. (Cespe/2013/TRT 8ª/Analista Judiciário – Área Administrativa) Quanto aos direitos expressamente
garantidos pela CF aos trabalhadores urbanos e rurais, julgue:
Distinção entre o trabalho técnico, manual e intelectual, aposentadoria e repouso semanal remunerado,
preferencialmente aos domingos.
12. (Cespe/2013/TRT 8ª/Analista Judiciário – Área Administrativa) Quanto aos direitos expressamente
garantidos pela CF aos trabalhadores urbanos e rurais, julgue:
Proteção em face da automação, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço e licença à gestante, sem
prejuízo do emprego e do salário.
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Os direitos sociais assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos incluem a proteção do mercado
de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos e piso salarial proporcional à extensão e à
complexidade do trabalho, atendidas as condições estabelecidas em lei.
14. (Cespe/2013/TRT 8ª/Analista Judiciário – Área Administrativa) Quanto aos direitos expressamente
garantidos pela CF aos trabalhadores urbanos e rurais, julgue:
15. (Cespe/2013/TRT 8/Analista Judiciário – Área Administrativa) Quanto aos direitos expressamente
garantidos pela CF aos trabalhadores urbanos e rurais, julgue:
16. (Cespe/2016/TRT 8/Analista Judiciário – Área Administrativa) Com base no disposto na CF, julgue o
item em relação aos direitos trabalhistas.
17. (Cespe/2016/TRT 8) Com base no disposto na CF, julgue o item em relação aos direitos trabalhistas.
18. (Cespe/2016/TRT 8) Com base no disposto na CF, julgue o item em relação aos direitos trabalhistas.
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O princípio da unicidade, que veda a criação, na mesma base territorial, de mais de uma organização
sindical representativa de mesma categoria profissional, não alcança entidades que, no âmbito de um
mesmo município, mas em bairros distintos, representem mesma profissão.
Considerando a situação hipotética acima, julgue o item subseqüente, relativo aos direitos sociais previstos
na Constituição Federal.
Para ingressar na justiça, Marta deverá seguir os ditames constitucionais e filiar-se obrigatoriamente ao
sindicato que abrange a área de sua residência.
22. (Cespe/2008/TRT 1/AJOJ) Em relação aos direitos sociais disciplinados pela CF, julgue:
O sindicalizado aposentado tem o direito de votar, mas não pode compor chapa do seu sindicato.
23. (Cespe/2008/TRT 1/AJOJ) Em relação aos direitos sociais disciplinados pela CF, julgue:
O sindicato não tem legitimidade para defender interesses individuais da categoria em questões
administrativas.
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Gabarito
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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% de cobrança
Tópico
Cebraspe
Espécies de nacionalidade - brasileiros natos e naturalizados (art.
44,0%
12, I e II da CF/88).
Portugueses com residência permanente no Brasil (art. 12, § 1º da
0,0%
CF/88)
Cláusula de vedação à distinção pela lei entre brasileiros natos e
12%
naturalizados (art. 12, § 2º da CF/88)
Cargos privativos de brasileiro nato (art. 12, § 3º da CF/88) 32,0%
Perda da nacionalidade (art. 12, § 4º da CF/88) 12,0%
Símbolos e idioma (art. 13 da CF/88) 0,0%
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A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
Para revisar e ficar bem preparado no assunto, você precisa, basicamente, seguir os passos a
seguir:
1. A maior parte das questões sobre o assunto diz respeito à literalidade da Constituição (tenha
uma sempre com você, para realizar suas leituras, grifos e anotações). Assim, o mais importante
aqui é ler e reler a literalidade dos arts. 12 e 13 da CF/88, atentando-se aos seguintes pontos,
buscando memorizá-los aos poucos:
Espécies de nacionalidade – brasileiros natos e naturalizados (art. 12, incisos I e II, da CF/88)
I - natos:
II - naturalizados:
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O inciso I trata da nacionalidade originária (ou primária) e, o inciso II, da nacionalidade derivada
(ou secundária).
No inciso I, “a”, a CF/88 adotou o critério ius solis (origem territorial) para que o indivíduo seja
considerado brasileiro nato.
No inciso I, “b”, a CF/88 adotou o critério ius sanguinis (origem sanguínea) em conjunto com um
critério funcional, em que um dos pais brasileiros do nascido no estrangeiro deve estar a serviço
da República Federativa do Brasil, para que seja considerado brasileiro nato.
No inciso I, “c”, a CF/88 adotou o critério ius sanguinis (origem sanguínea) em conjunto com duas
condições alternativas para que o nascido no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira
seja considerado brasileiro nato:
==5617c==
ii. venha a residir no Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira (esse último caso é chamado de “nacionalidade potestativa”).
No caso do inciso II, alínea “a” (naturalização ordinária), o mero cumprimento dos requisitos
exigidos não garante ao estrangeiro a aquisição da nacionalidade brasileira, porque a concessão
da naturalização ordinária é ato discricionário do Chefe do Poder Executivo.
No caso do inciso II, alínea “b” (naturalização extraordinária), o interessado possui direito subjetivo
à nacionalidade brasileira caso cumpra os requisitos exigidos.
Um tipo de questão de prova recorrente aqui é aquele que apresenta uma situação hipotética
para o candidato analisar da seguinte forma: “no caso narrado, fulano pode ser considerado
brasileiro nato/naturalizado?”.
Nesse caso não há atribuição de nacionalidade aos portugueses – eles passam a gozar dos mesmos
direitos do brasileiro naturalizado, sem necessidade de obter a nacionalidade.
Muito cuidado! A CF/88 trata, neste ponto do conteúdo, especificamente sobre os “portugueses”,
não sobre os “originários de países de língua portuguesa”, que são mencionados pela
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Constituição para tratar de uma hipótese de aquisição de nacionalidade derivada (alínea “a” do
inciso II do art. 12).
Vedação à distinção pela lei entre brasileiros natos e naturalizados (art. 12, § 2º, da CF/88)
Art. 12, § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
Trata-se de uma vedação à lei, não à Constituição Federal – inclusive a CF/88 estabelece casos de
tratamento diferenciado entre brasileiro nato e naturalizado: cargos (art. 12, § 3º), extradição
(inciso LI do art. 5º), função no Conselho da República (inciso VII do art. 89) e direito de
propriedade (art. 222).
V - da carreira diplomática;
No âmbito do Senado e da Câmara dos Deputados, apenas seus presidentes necessitam ser
brasileiros natos, os demais parlamentares podem ser brasileiros naturalizados, conforme se
depreende dos incisos I e II;
No âmbito do STF, todos os ministros precisam ser brasileiros natos, não somente o presidente
da Corte (em razão do previsto no inciso IV);
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O rol do § 4º é taxativo, ou seja, somente nas hipóteses nele elencadas poderá haver a perda
da nacionalidade. Isso significa, também, que outras normas que não a CF/88 estão proibidas
de prever hipóteses diferentes de perda da nacionalidade;
Em razão do previsto no inciso II, conclui-se que, como regra, a dupla nacionalidade não é
permitida pela CF/88, sendo possível, entretanto, nas hipóteses previstas nas alíneas “a” e “b”
daquele inciso, de forma excepcional;
É possível reaver a nacionalidade brasileira perdida. Nesse sentido, a Lei 13.445/2017, em seu
art. 76, prevê duas formas de se recuperar a nacionalidade brasileira perdida em virtude da
incidência do inciso II do art. 4º do art. 12 da CF/88, desde que cessada a causa: a) pelo processo
de reaquisição da nacionalidade (aplica-se ao indivíduo perdeu a nacionalidade brasileira em
razão de voluntariamente ter adquirido outra naturalidade) e b) pelo processo de revogação do
ato que declarou a perda da nacionalidade (aplica-se ao caso excepcional em que, mesmo
atendendo às exceções previstas nas alíneas “a” e “b” do § 4º do art. 12 da CF/88, o interessado
teve declarada perdida sua nacionalidade brasileira).
Observe que no § 2º não há referência à União, mas tão somente aos demais entes federados (até
porque os símbolos da República Federativa do Brasil já estão elencados no § 1º).
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2. De maneira secundária, é importante também obter uma boa compreensão dos conceitos de
nação, nacionalidade, povo, população, nacional, cidadão, estrangeiro, polipátrida e apátrida,
com ênfase nas considerações a seguir:
Veja que, conforme art. 12, incisos I e II da CF/88, em regra, a Constituição adota o critério jus
soli, mas há exceções em que é aplicada a regra do jus sanguinis.
Nacionalidade e cidadania
A cidadania diz respeito ao gozo dos direitos políticos, enquanto a nacionalidade diz respeito aos
indivíduos que possuem uma ligação pessoal com o Estado. Assim, o conceito de nacionalidade é
mais amplo que o de cidadania, uma vez que todos que possuem cidadania brasileira também
possuem nacionalidade brasileira, mas o contrário não necessariamente é verdade.
A naturalização tácita é adquirida mesmo que não haja manifestação do indivíduo, enquanto a
naturalização expressa depende de pedido/requerimento do interessado.
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APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em prova, considerando o
histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no conteúdo, na legislação e nos
entendimentos doutrinários e jurisprudenciais1.
Dentro do assunto “Nacionalidade”, “Espécies de nacionalidade - brasileiros natos e naturalizados (art. 12, I
e II da CF/88)” é(são) o(s) ponto(s) que acreditamos ser(em) o(s) que possui(em) mais chances de ser(em)
cobrado(s) pela banca.
Portanto, é muito importante memorizar os critérios estabelecidos pela Constituição Federal para se
considerar um brasileiro como nato ou naturalizado, quais sejam:
1
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado assunto,
considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados a partir de critérios
objetivos ou minimamente razoáveis.
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==5617c==
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas
questões.
Filhos de brasileiros nascidos no estrangeiro podem optar pela naturalização, desde que o façam
antes da maioridade civil.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
Os filhos de brasileiros nascidos no estrangeiro, se for o caso, podem optar pela naturalização
após atingida a maioridade, se vierem a residir no país, nos termos do art. 12, inciso I, alínea "c",
da CF/1988:
I - natos:
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Comentários
GABARITO: ERRADO.
A CF/1988 prevê hipóteses em que mesmo tendo nascido no estrangeiro o indivíduo será
considerado brasileiro nato, se cumpridas as condições previstas no art. 12, inciso I, alíneas "b"
ou "c", da Lei Maior:
I - natos:
(...)
3. (Cespe/2017/TRT 7/AJAA) Caio, nascido na Itália, filho de mãe brasileira e pai italiano, veio
residir no Brasil aos dezesseis anos de idade. Quando atingiu a maioridade, Caio optou pela
nacionalidade brasileira. A partir das informações dessa situação hipotética, assinale a
opção correta.
a) Caio poderá ser extraditado se tiver praticado delito comum antes de sua opção pela
nacionalidade brasileira, embora seja brasileiro nato.
b) O fato de Caio ser brasileiro nato impede a sua extradição, em qualquer hipótese.
c) Caio poderá vir a ser extraditado pela prática de delito hediondo ou tráfico ilícito de
entorpecentes posterior à naturalização, em razão de sua naturalização ser secundária.
d) Se Caio tiver praticado delito comum no exterior, antes de sua naturalização, ele poderá ser
extraditado, pois não é brasileiro nato.
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Comentários
GABARITO: "B"
Caio é brasileiro nato, pois é filho de mãe brasileira e veio a residir no Brasil, optando pela
nacionalidade brasileira após atingir a maioridade. É o que se extrai da interpretação do art. 12,
inciso I, alínea "c", da CF/1988:
I - natos:
(...)
Sendo brasileiro nato, Caio não pode ser extraditado, nos termos do art. 5º, inciso LIV, da
CF/1988:
Art; 5º (...)
a) brasileiro naturalizado, podendo vir a ser considerado brasileiro nato se residir no Brasil e
optar, a qualquer tempo, depois de atingir a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
c) brasileiro nato.
d) estrangeiro.
e) estrangeiro, podendo vir a ser considerado brasileiro nato se residir no Brasil e optar, a
qualquer tempo, depois de atingir a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
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Comentários
GABARITO: "C"
Pedro é brasileiro nato, pois é filho de pai brasileiro e foi registrado em repartição consular
brasileira, nos termos do art. 12, inciso I, alínea "c", da CF/1988:
I - natos:
(...)
Situação hipotética: Cláudio, brasileiro nato, por interesse exclusivamente pessoal, residiu em
país estrangeiro, onde teve um filho com uma cidadã local.
Assertiva: Nessa situação, segundo a CF, o filho de Cláudio poderá ser considerado brasileiro
nato, ainda que não venha a residir no Brasil.
Comentários
Gabarito: “CERTO”
I - natos:
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No caso da questão, Cláudio, nato, por interesse pessoal, ou seja, ele não está a serviço do
Brasil, foi residir em outro país e seu filho não virá residir aqui. Como é que a criança pode se
tornar brasileira nata? Basta que ela seja registrada na repartição competente, como bem diz a
primeira parte da alínea “c” acima transcrita.
Estrangeiro que resida no Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e não tenha condenação
penal poderá tornar-se, após requerimento, brasileiro naturalizado e, nessa condição,
candidatar-se a deputado federal ou senador, mas, se eleito, estará impedido de presidir a casa
legislativa à qual pertencer.
Comentários
Gabarito: “CERTO”
II - naturalizados:
Já o §3º, art. 12, determina os cargos privativos de brasileiros natos e dentre eles estão os
cargos de Presidente da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Perceba, portanto, que o
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naturalizado pode ser Deputado Federal ou Senador, mas não poderá ser presidente nem da
Câmara e nem do Senado.
V - da carreira diplomática;
Comentários
Gabarito: “ERRADO”
A resposta se dá pelo art.12, I, “a” e b”. A alínea “a” prevê a adoção da nacionalidade por meio
do “ius solis”, ou seja, atendidos certos requisitos, é brasileiro nato quem nasceu em solo
brasileiro. A alínea “b”, adota-se o “ius sanguinis”, já que atendidos certos requisitos, é
brasileiro nato quem possui sangue de brasileiro. Assim, nota-se que a CF/88 adotou o sistema
misto de nacionalidade.
I - natos:
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Comentários
GABARITO: ERRADA.
A naturalização, nos termos do art. 12, inciso II, “b” da CF/1988, exige manifestação da vontade
do indivíduo:
(...)
II - naturalizados:
(...)
Comentários
GABARITO: ERRADA.
II - naturalizados:
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Comentários
GABARITO: ERRADO.
(...)
II - naturalizados:
São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira que esteja no
exterior a serviço do Brasil ou de organização internacional.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
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I - natos:
(...)
Portanto, no caso de nascimento no estrangeiro, o pai ou a mãe devem estar a serviço do Brasil -
não de organização internacional - para que o filho seja brasileiro nato.
Brasileiros natos e naturalizados são equiparados para todos os efeitos, dado o princípio da
isonomia, conforme o qual todos são iguais perante a lei.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
V - da carreira diplomática;
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Comentários
GABARITO: C
Os cargos que os brasileiros naturalizados podem ocupar estão previstos no art. 12, § 3º, da
CF/1988:
Art. 12 (...)
V - da carreira diplomática;
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Assim, são inacessíveis aos brasileiros naturalizados os cargos da carreira diplomática, o que
torna a assertiva "c" correta.
A, B e E: erradas. Os cargos aos quais aludem essas assertivas não estão previstas no rol
supratranscrito, assim, as alternativas estão incorretas.
Art. 12 (...)
(...)
Considere que Andréa, nascida na França e naturalizada brasileira há cinco anos, é uma
advogada de 37 anos, que há doze anos exerce essa profissão no Brasil. Nesse caso, Andréa
pode ser nomeada juíza de um tribunal regional do trabalho (TRT), mas não pode ser nomeada
ministra do TST.
Comentários
GABARITO: ERRADA.
O único cargo da magistratura nacional que a CF/1988 restringe aos brasileiros natos é o de
Ministro do Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 12, § 3º, inciso IV, da Carta Magna:
Art. 12 (...)
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V - da carreira diplomática;
15. (CESPE/2012/TRE RJ/AJAJ) A respeito dos direitos sociais, julgue o item seguinte.
Apenas brasileiros natos podem compor o Conselho da República, já que ele é formado pelo
vice-presidente da República, pelo presidente da Câmara dos Deputados, pelo presidente do
Senado Federal, pelos líderes da maioria e da minoria da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, além do ministro de Estado da Justiça.
Comentários
GABARITO: ERRADA.
Art. 12 (...)
V - da carreira diplomática;
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16. (Cespe/2016/TRT 8/AJAA) Com base nas normas constitucionais que versam sobre direitos e
garantias fundamentais, assinale a opção correta acerca do direito de nacionalidade.
b) É proibida qualquer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, os quais são detentores
dos mesmos direitos e deveres previstos na Constituição Federal de 1988 (CF).
Comentários
GABARITO: C
Art. 12 (...)
(...)
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A: errada. Nessa hipótese, a nacionalidade será nata, não adquirida, nos termos do art. 12, inciso
I, alínea "c", da CF/1988:
I - natos:
(...)
Art. 12 (...)
V - da carreira diplomática;
D: errada. Extrai-se dos incisos do art. 12 da CF/1988, supratranscritos, que apenas os brasileiros
naturalizados (nacionalidade secundária) devem manifestar sua vontade para adquirir essa
nacionalidade.
E: errada. O art. 12 da CF/1988 não prevê hipótese de aquisição da nacionalidade brasileira pelo
casamento – jus matrimoniale.
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Comentários
Gabarito: “CERTO”
A questão pode ser respondida pelo inciso LI, art.5º, CF/88 em que nenhum brasileiro será
extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou
de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.
Pelo texto constitucional, quando se diz que “nenhum brasileiro será extraditado”, e logo depois
diz, “salvo o naturalizado”, isso quer dizer que nenhum brasileiro nato poderá ser extraditado.
Não confundam a extradição com a perda da nacionalidade. É possível um brasileiro nato perder
a nacionalidade? De acordo com o art.12, §4º da CF, sim. Quando o brasileiro adquirir outra
nacionalidade, ele perde a brasileira, com as exceções previstas nas alíneas “a” e “b”.
18. (CESPE/2013/STF/AJAJ) Ainda a respeito dos direitos fundamentais, julgue o seguinte item.
De acordo com o STF, uma vez concedida a naturalização pelo ministro de Estado da Justiça, a
revisão desse ato somente pode ser feita mediante processo judicial, e não administrativamente.
Comentários
GABARITO: CERTO.
Art. 12 (…)
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c) Aquele que nasce na República Federativa do Brasil, ainda que seus pais sejam estrangeiros,
será considerado brasileiro nato, independentemente de qualquer condição.
d) As distinções entre brasileiros natos e naturalizados devem ser estabelecidas mediante lei.
Comentários
Letra E - correta. São cargos privativos de brasileiro nato, nos termos do artigo 12, § 3º, da
CF/88:
1
STF – RMS 27.840/DF.
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V - da carreira diplomática;
(...)
No âmbito do STF, todos os ministros precisam ser brasileiros natos, não somente o presidente
da Corte (em razão do previsto no inciso IV).
I - natos:
(...)
(...)
(...)
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Art. 12, § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
GABARITO: Letra E.
20. (CEBRASPE/2022/PC-PB) Suponha que João nasça no Brasil e seja filho de pai e mãe
argentinos que estejam em território brasileiro a serviço do Uruguai. Suponha, ainda, que
Sandro nasça na Itália e seja filho de pai brasileiro que resida há algum tempo no exterior,
por interesse pessoal de estudo. Suponha, também, que Jaqueline nasça na Espanha e seja
filha de mãe brasileira, a serviço da República Federativa do Brasil naquele país. Nessa
situação, no momento do nascimento, é(são) brasileiro(s) nato(s)
c) Jaqueline, somente.
e) João, somente.
Comentários
João é brasileiro nato, em que pese seus pais serem argentinos e estavam a serviço de outro
país (Uruguai). Dispõe no artigo 12, I, "a", da CF/88:
I - natos:
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I - natos:
(...)
Jaqueline é brasileira nata, pois em que pese ter nascido na Espanha, sua mãe é brasileira e
estava na Espanha a serviço oficial do Brasil. Dispõe o artigo 12, I, "b", da CF/88:
I - natos:
(...)
GABARITO: Letra B
Comentários
O artigo 12 da CF/88 estabelece que determinados cargos são privativos de brasileiros natos.
Vejamos.
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V – da carreira diplomática;
Como para assumir o cargo de Ministro do STF também é necessário ser brasileiro nato, a
questão está errada.
GABARITO: Errado.
Pressuponha-se que Pepe, brasileiro, tenha saído do Brasil para atuar como jogador de futebol
em determinado país estrangeiro e que, para a sua permanência lá, tenha sido obrigado a
adquirir a cidadania desse país. Nessa situação, ao adquirir outra nacionalidade, Pepe perderá a
condição de nacional brasileiro pelo tempo que permanecer com outra cidadania.
Comentários
Pepe precisou naturalizar-se em outro país para garantir sua permanência, tendo sua
nacionalidade brasileira protegida pelas exceções previstas no artigo Art. 12, §4º, II, "b" da
CF/88:
(...)
(...)
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GABARITO: Errado.
23. (CESPE/2013/TJDFT/AJAJ) Com relação ao Estado federal brasileiro, julgue o item a seguir.
São símbolos do Estado federal brasileiro a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais,
podendo os estados-membros, o Distrito Federal (DF) e os municípios adotar símbolos próprios.
Comentários
GABARITO: CERTO.
Esse artigo preconiza que a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais são símbolos do
Estado, podendo os estados, o DF e os Municípios ter símbolos próprios.
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São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto. Assim,
ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados do
conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar melhor
os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o exigido
na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo a facilitar
a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
1. Complete as lacunas a seguir, a respeito dos brasileiros natos (art. 12, inciso I, da CF/88):
1.1.1. os ____(a)____ na República Federativa do Brasil, ainda que de pais ____(b)____, desde que
estes não estejam a serviço de seu país. Nesta regra, foi adotado o critério ius ____(b)____ (origem
____(c)____);
1.1.2. os nascidos no estrangeiro, de pai ____(d)____ ou mãe ____(e)____, desde que qualquer
deles esteja a ____(f)____ da República Federativa do Brasil. Nesta regra, foi adotado o critério ius
____(g)____ (origem ____(h)____), em conjunto com um critério funcional;
1.1.3. os nascidos no estrangeiro de pai ____(i)____ ou de mãe ____(j)____, desde que sejam
registrados em ____(k)____ brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do
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2. Qualquer pessoa nascida no Brasil é considerada brasileira nata à luz da CF/88? Explique.
4. Complete as lacunas a seguir, a respeito dos brasileiros naturalizados (art. 12, inciso II, da
CF/88):
6. Joana, brasileira, estava na Argentina a passeio com Mário, chileno, quando o filho deles,
Ernesto nasceu. Logo depois do nascimento, o casal e o bebê vão morar em Belo Horizonte.
De acordo com a Constituição Federal, qual a nacionalidade de Ernesto? Explique.
7. Anselmo, angolano, reside no Brasil há dois anos, de forma ininterrupta. Com base em tais
informações, é possível concluir que Anselmo completou os requisitos para obter a
naturalização brasileira, sendo tal aquisição, portanto, um direito subjetivo seu?
8. Qual a condição para que sejam atribuídos aos portugueses com residência permanente no País
os direitos inerentes ao brasileiro (excetuados os casos previstos na CF/88)?
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13. Complete as lacunas a seguir a respeito dos cargos privativos de brasileiro nato (art. 12, § 3º,
da CF/88):
14. Manoel, português, com residência permanente na Bahia, onde mora há dezesseis anos
ininterruptos, período em que cumpriu pena decorrente de condenação por crime de roubo
praticado no carnaval de Salvador, deseja obter a nacionalidade brasileira para se candidatar a
Deputado Federal na próxima eleição e, caso seja eleito, pretende se tornar o próximo Presidente
da Câmara dos Deputados. Isso seria possível, considerando apenas os aspectos relacionados à
nacionalidade de Manoel? Explique.
15. Complete as lacunas a seguir a respeito das hipóteses de perda da nacionalidade brasileira
(art. 12, § 4º, da CF/88):
15.1. tiver ____(a)____ sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse ____(b)____;
16. Maria nasceu no Brasil, filha de Robert, juiz irlandês que se encontrava em território brasileiro
a serviço de seu país, e de Margaret, brasileira nata, casada com o pai de Maria há 1 ano, com
quem morava em Dublin desde o casamento. De acordo com a Constituição Federal, qual a
nacionalidade de Maria, considerando que ela foi reconhecida como irlandesa pela legislação da
Irlanda?
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17. Antônio, brasileiro nato, residente na Bélgica, precisou adquirir a naturalização belga para
permanecer naquele país com o fito de realizar pesquisa biológica de interesse da Sociedade
Europeia de Apiterapia, unicamente por exigência de seu chefe, coordenador da referida
sociedade, que não integra o aparato daquele Estado. Após residir por vinte anos naquele país,
onde constituiu família, Antônio resolve voltar ao Brasil com o intuito de seguir carreira diplomática
brasileira. Isso seria possível, considerando apenas os aspectos relacionados à nacionalidade de
Antônio? Explique.
18. Complete as lacunas a seguir a respeito do idioma e dos símbolos (art. 13 da Constituição
Federal):
1. Complete as lacunas a seguir, a respeito dos brasileiros natos (art. 12, inciso I, da CF/88):
1.1.1. os ____(a)____ na República Federativa do Brasil, ainda que de pais ____(b)____, desde que
estes não estejam a serviço de seu país. Nesta regra, foi adotado o critério ius ____(b)____ (origem
____(c)____);
1.1.2. os nascidos no estrangeiro, de pai ____(d)____ ou mãe ____(e)____, desde que qualquer
deles esteja a ____(f)____ da República Federativa do Brasil. Nesta regra, foi adotado o critério ius
____(g)____ (origem ____(h)____), em conjunto com um critério funcional;
1.1.3. os nascidos no estrangeiro de pai ____(i)____ ou de mãe ____(j)____, desde que sejam
registrados em ____(k)____ brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do
Brasil e optem, em ____(l)____ tempo, depois de atingida a ____(m)____, pela nacionalidade
brasileira Nesta regra, foi adotado o critério ius ____(n)____ (origem ____(o)____), em conjunto
com duas condições alternativas.
2. Qualquer pessoa nascida no Brasil é considerada brasileira nata à luz da CF/88? Explique.
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Não. Se ambos os pais da criança forem estrangeiros e pelo menos um deles estiver no Brasil a
serviço de seu país, ela não será considerada brasileira nata (CF/88, art. 12, I, “a”).
Sim, o nascido no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira será considerado brasileiro
nato nos seguintes casos:
a) se o pai brasileiro ou mãe brasileira estiver a serviço da República Federativa do Brasil (CF/88,
art. 12, I, “b”); ou
4. Complete as lacunas a seguir, a respeito dos brasileiros naturalizados (art. 12, inciso II, da
CF/88):
6. Joana, brasileira, estava na Argentina a passeio com Mário, chileno, quando o filho deles,
Ernesto nasceu. Logo depois do nascimento, o casal e o bebê vão morar em Belo Horizonte.
De acordo com a Constituição Federal, qual a nacionalidade de Ernesto? Explique.
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Ernesto será considerado brasileiro nato, mas, após atingir a maioridade, a aquisição definitiva de
sua nacionalidade dependerá de sua opção pela nacionalidade brasileira – nesse caso, a
maioridade é condição suspensiva da nacionalidade brasileira até a manifestação da opção,
conforme CF/88, art. 12, I “c”:
I - natos: (...)
7. Anselmo, angolano, reside no Brasil há dois anos, de forma ininterrupta. Com base em tais
informações, é possível concluir que Anselmo completou os requisitos para obter a
naturalização brasileira, sendo tal aquisição, portanto, um direito subjetivo seu?
Não. Anselmo é originário de país de língua portuguesa, logo, a naturalização depende não
somente de residência no Brasil por um ano ininterrupto, mas também de idoneidade moral,
consoante CF/88, art. 12, II, “a”:
II - naturalizados:
Além disso, a concessão de naturalização, nesse caso, é ato discricionário do Chefe do Poder
Executivo, não havendo de se falar em direito subjetivo à nacionalidade brasileira.
8. Qual a condição para que sejam atribuídos aos portugueses com residência permanente no País
os direitos inerentes ao brasileiro (excetuados os casos previstos na CF/88)?
A condição é que haja reciprocidade em favor de brasileiros (art. 12, § 1º, CF).
Sim, desde que essa distinção seja estabelecida pela Constituição Federal: por lei não é possível
(art. 12, § 2º, CF).
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A nacionalidade originária é involuntária, pois decorre do nascimento. Por sua vez, a nacionalidade
derivada é voluntária, dependendo de ato praticado depois do nascimento.
A cidadania diz respeito ao gozo dos direitos políticos, enquanto a nacionalidade diz respeito aos
indivíduos que possuem uma ligação pessoal com o Estado.
A naturalização tácita é adquirida mesmo que não haja manifestação do indivíduo, enquanto a
naturalização expressa depende de pedido/requerimento do interessado.
13. Complete as lacunas a seguir a respeito dos cargos privativos de brasileiro nato (art. 12, § 3º,
da CF/88):
14. Manoel, português, com residência permanente na Bahia, onde mora há dezesseis anos
ininterruptos, período em que cumpriu pena decorrente de condenação por crime de roubo
praticado no carnaval de Salvador, deseja obter a nacionalidade brasileira para se candidatar a
Deputado Federal na próxima eleição e, caso seja eleito, pretende se tornar o próximo Presidente
da Câmara dos Deputados. Isso seria possível, considerando apenas os aspectos relacionados à
nacionalidade de Manoel? Explique.
Manoel poderia tentar adquirir a nacionalidade brasileira com base no art. 12, II, “a” da CF/88,
que exige aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano
ininterrupto e idoneidade moral:
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II - naturalizados:
Todavia, nesta situação, o mero cumprimento dos requisitos exigidos não garante ao estrangeiro
a aquisição da nacionalidade brasileira, porque a concessão da naturalização ordinária é ato
discricionário do Chefe do Poder Executivo.
Por outro lado, se Manoel não houvesse sofrido condenação penal nos dezesseis anos em que
reside ininterruptamente no país, poderia requerer a nacionalidade brasileira com fulcro no art.
12, II, “b” da CF/88:
II - naturalizados: (...)
Vale destacar que, nesta situação, Manoel teria direito subjetivo à nacionalidade brasileira caso
cumprisse os requisitos exigidos.
Nada obstante, por residir permanentemente no Brasil, Manoel passa a gozar dos mesmos direitos
do brasileiro naturalizado, sem necessidade de obter a nacionalidade, por força do art. 12, § 1º da
CF/88, que assegura aos portugueses com residência permanente no Brasil, desde que exista
reciprocidade em favor de brasileiros, a Constituição os direitos inerentes ao brasileiro,
ressalvados os casos previstas na própria Carta Magna:
Assim, por residir permanentemente no Brasil, Manoel passa a gozar dos mesmos direitos do
brasileiro naturalizado, sem necessidade de obter a nacionalidade, o que inclui, portanto, a
possibilidade de se candidatar para Deputado Federal, visto que este cargo não se encontra no
rol de cargos privativos de brasileiro nato previsto no art. 12, § 3º da CF/88:
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V - da carreira diplomática;
Por outro lado, mesmo exercendo mandato de Deputado Federal, Manoel não poderia ocupar o
==5617c==
cargo de presidente da Câmara dos Deputados, visto que se trata de cargo privativo de brasileiro
nato, conforme art. 12, § 3º, II da CF/88 transcrito acima.
15. Complete as lacunas a seguir a respeito das hipóteses de perda da nacionalidade brasileira
(art. 12, § 4º, da CF/88):
15.1. tiver ____(a)____ sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse ____(b)____;
16. Maria nasceu no Brasil, filha de Robert, juiz irlandês que se encontrava em território brasileiro
a serviço de seu país, e de Margaret, brasileira nata, casada com o pai de Maria há 1 ano, com
quem morava em Dublin desde o casamento. De acordo com a Constituição Federal, qual a
nacionalidade de Maria, considerando que ela foi reconhecida como irlandesa pela legislação da
Irlanda?
Maria será considerada brasileira nata, porque nasceu em território nacional e sua mãe é brasileira,
conforme CF/88, art. 12, I, “a”:
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I - natos:
Veja que é necessário que ambos os pais sejam estrangeiros e pelo menos um deles esteja a
serviço de seu país para que o nascido no Brasil não seja considerado brasileiro nato.
Além disso, Maria, mesmo sendo reconhecida como irlandesa pela legislação da Irlanda, não perde
sua nacionalidade brasileira, já que quando há o reconhecimento de nacionalidade originária pela
lei estrangeira, não se declara a perda da nacionalidade do brasileiro que adquira outra
nacionalidade, conforme previsto na CF/88, art. 12, § 4º, II, “a”:
17. Antônio, brasileiro nato, residente na Bélgica, precisou adquirir a naturalização belga para
permanecer naquele país com o fito de realizar pesquisa biológica de interesse da Sociedade
Europeia de Apiterapia, unicamente por exigência de seu chefe, coordenador da referida
sociedade, que não integra o aparato daquele Estado. Após residir por vinte anos naquele país,
onde constituiu família, Antônio resolve voltar ao Brasil com o intuito de seguir carreira diplomática
brasileira. Isso seria possível, considerando apenas os aspectos relacionados à nacionalidade de
Antônio? Explique.
Considerando o disposto na CF/88, art. 12, § 4º, II, “b”, se e a aquisição da nacionalidade belga
fosse uma exigência da legislação estrangeira, Antônio não perderia sua nacionalidade brasileira.
Entretanto, a aquisição da nacionalidade belga decorreu apenas de uma exigência do chefe de
Antônio e, por isso, Antônio perdeu sua nacionalidade brasileira, com base naquele dispositivo
constitucional, senão vejamos:
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Como Antônio passa a ser considerado estrangeiro à luz da Constituição, não pode seguir carreira
diplomática no Brasil, cujo cargos são privativos de brasileiro nato, conforme art. 12, § 3º da CF/88:
V - da carreira diplomática;
18. Complete as lacunas a seguir a respeito do idioma e dos símbolos (art. 13 da Constituição
Federal):
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Filhos de brasileiros nascidos no estrangeiro podem optar pela naturalização, desde que o façam
antes da maioridade civil.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
Os filhos de brasileiros nascidos no estrangeiro, se for o caso, podem optar pela naturalização
após atingida a maioridade, se vierem a residir no país, nos termos do art. 12, inciso I, alínea "c",
da CF/1988:
I - natos:
Comentários
GABARITO: ERRADO.
A CF/1988 prevê hipóteses em que mesmo tendo nascido no estrangeiro o indivíduo será
considerado brasileiro nato, se cumpridas as condições previstas no art. 12, inciso I, alíneas "b"
ou "c", da Lei Maior:
I - natos:
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(...)
3. (Cespe/2017/TRT 7/AJAA) Caio, nascido na Itália, filho de mãe brasileira e pai italiano, veio
residir no Brasil aos dezesseis anos de idade. Quando atingiu a maioridade, Caio optou pela
nacionalidade brasileira. A partir das informações dessa situação hipotética, assinale a
opção correta.
a) Caio poderá ser extraditado se tiver praticado delito comum antes de sua opção pela
nacionalidade brasileira, embora seja brasileiro nato.
b) O fato de Caio ser brasileiro nato impede a sua extradição, em qualquer hipótese.
c) Caio poderá vir a ser extraditado pela prática de delito hediondo ou tráfico ilícito de
entorpecentes posterior à naturalização, em razão de sua naturalização ser secundária.
d) Se Caio tiver praticado delito comum no exterior, antes de sua naturalização, ele poderá ser
extraditado, pois não é brasileiro nato.
Comentários
GABARITO: "B"
Caio é brasileiro nato, pois é filho de mãe brasileira e veio a residir no Brasil, optando pela
nacionalidade brasileira após atingir a maioridade. É o que se extrai da interpretação do art. 12,
inciso I, alínea "c", da CF/1988:
I - natos:
(...)
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Sendo brasileiro nato, Caio não pode ser extraditado, nos termos do art. 5º, inciso LIV, da
CF/1988:
Art; 5º (...)
a) brasileiro naturalizado, podendo vir a ser considerado brasileiro nato se residir no Brasil e
optar, a qualquer tempo, depois de atingir a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
c) brasileiro nato.
d) estrangeiro.
e) estrangeiro, podendo vir a ser considerado brasileiro nato se residir no Brasil e optar, a
qualquer tempo, depois de atingir a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
Comentários
GABARITO: "C"
Pedro é brasileiro nato, pois é filho de pai brasileiro e foi registrado em repartição consular
brasileira, nos termos do art. 12, inciso I, alínea "c", da CF/1988:
I - natos:
(...)
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Situação hipotética: Cláudio, brasileiro nato, por interesse exclusivamente pessoal, residiu em
país estrangeiro, onde teve um filho com uma cidadã local.
Assertiva: Nessa situação, segundo a CF, o filho de Cláudio poderá ser considerado brasileiro
nato, ainda que não venha a residir no Brasil.
Comentários
Gabarito: “CERTO”
I - natos:
No caso da questão, Cláudio, nato, por interesse pessoal, ou seja, ele não está a serviço do
Brasil, foi residir em outro país e seu filho não virá residir aqui. Como é que a criança pode se
tornar brasileira nata? Basta que ela seja registrada na repartição competente, como bem diz a
primeira parte da alínea “c” acima transcrita.
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Estrangeiro que resida no Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e não tenha condenação
penal poderá tornar-se, após requerimento, brasileiro naturalizado e, nessa condição,
candidatar-se a deputado federal ou senador, mas, se eleito, estará impedido de presidir a casa
legislativa à qual pertencer.
Comentários
Gabarito: “CERTO”
II - naturalizados:
Já o §3º, art. 12, determina os cargos privativos de brasileiros natos e dentre eles estão os
cargos de Presidente da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Perceba, portanto, que o
naturalizado pode ser Deputado Federal ou Senador, mas não poderá ser presidente nem da
Câmara e nem do Senado.
V - da carreira diplomática;
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Comentários
Gabarito: “ERRADO”
A resposta se dá pelo art.12, I, “a” e b”. A alínea “a” prevê a adoção da nacionalidade por meio
do “ius solis”, ou seja, atendidos certos requisitos, é brasileiro nato quem nasceu em solo
brasileiro. A alínea “b”, adota-se o “ius sanguinis”, já que atendidos certos requisitos, é
brasileiro nato quem possui sangue de brasileiro. Assim, nota-se que a CF/88 adotou o sistema
misto de nacionalidade.
I - natos:
Comentários
GABARITO: ERRADA.
A naturalização, nos termos do art. 12, inciso II, “b” da CF/1988, exige manifestação da vontade
do indivíduo:
(...)
II - naturalizados:
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(...)
Comentários
GABARITO: ERRADA.
II - naturalizados:
Comentários
GABARITO: ERRADO.
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(...)
II - naturalizados:
São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira que esteja no
exterior a serviço do Brasil ou de organização internacional.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
I - natos:
(...)
Portanto, no caso de nascimento no estrangeiro, o pai ou a mãe devem estar a serviço do Brasil -
não de organização internacional - para que o filho seja brasileiro nato.
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Brasileiros natos e naturalizados são equiparados para todos os efeitos, dado o princípio da
isonomia, conforme o qual todos são iguais perante a lei.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
V - da carreira diplomática;
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Comentários
GABARITO: C
Os cargos que os brasileiros naturalizados podem ocupar estão previstos no art. 12, § 3º, da
CF/1988:
Art. 12 (...)
V - da carreira diplomática;
Assim, são inacessíveis aos brasileiros naturalizados os cargos da carreira diplomática, o que
torna a assertiva "c" correta.
A, B e E: erradas. Os cargos aos quais aludem essas assertivas não estão previstas no rol
supratranscrito, assim, as alternativas estão incorretas.
Art. 12 (...)
(...)
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Considere que Andréa, nascida na França e naturalizada brasileira há cinco anos, é uma
advogada de 37 anos, que há doze anos exerce essa profissão no Brasil. Nesse caso, Andréa
pode ser nomeada juíza de um tribunal regional do trabalho (TRT), mas não pode ser nomeada
ministra do TST.
Comentários
GABARITO: ERRADA.
O único cargo da magistratura nacional que a CF/1988 restringe aos brasileiros natos é o de
Ministro do Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 12, § 3º, inciso IV, da Carta Magna:
Art. 12 (...)
V - da carreira diplomática;
15. (CESPE/2012/TRE RJ/AJAJ) A respeito dos direitos sociais, julgue o item seguinte.
Apenas brasileiros natos podem compor o Conselho da República, já que ele é formado pelo
vice-presidente da República, pelo presidente da Câmara dos Deputados, pelo presidente do
Senado Federal, pelos líderes da maioria e da minoria da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, além do ministro de Estado da Justiça.
Comentários
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GABARITO: ERRADA.
Art. 12 (...)
V - da carreira diplomática;
16. (Cespe/2016/TRT 8/AJAA) Com base nas normas constitucionais que versam sobre direitos e
garantias fundamentais, assinale a opção correta acerca do direito de nacionalidade.
b) É proibida qualquer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, os quais são detentores
dos mesmos direitos e deveres previstos na Constituição Federal de 1988 (CF).
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Comentários
GABARITO: C
Art. 12 (...)
(...)
A: errada. Nessa hipótese, a nacionalidade será nata, não adquirida, nos termos do art. 12, inciso
I, alínea "c", da CF/1988:
I - natos:
(...)
Art. 12 (...)
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V - da carreira diplomática;
D: errada. Extrai-se dos incisos do art. 12 da CF/1988, supratranscritos, que apenas os brasileiros
naturalizados (nacionalidade secundária) devem manifestar sua vontade para adquirir essa
nacionalidade.
E: errada. O art. 12 da CF/1988 não prevê hipótese de aquisição da nacionalidade brasileira pelo
casamento – jus matrimoniale.
Comentários
Gabarito: “CERTO”
A questão pode ser respondida pelo inciso LI, art.5º, CF/88 em que nenhum brasileiro será
extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou
de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.
Pelo texto constitucional, quando se diz que “nenhum brasileiro será extraditado”, e logo depois
diz, “salvo o naturalizado”, isso quer dizer que nenhum brasileiro nato poderá ser extraditado.
Não confundam a extradição com a perda da nacionalidade. É possível um brasileiro nato perder
a nacionalidade? De acordo com o art.12, §4º da CF, sim. Quando o brasileiro adquirir outra
nacionalidade, ele perde a brasileira, com as exceções previstas nas alíneas “a” e “b”.
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18. (CESPE/2013/STF/AJAJ) Ainda a respeito dos direitos fundamentais, julgue o seguinte item.
De acordo com o STF, uma vez concedida a naturalização pelo ministro de Estado da Justiça, a
revisão desse ato somente pode ser feita mediante processo judicial, e não administrativamente.
Comentários
GABARITO: CERTO.
Art. 12 (…)
1
STF – RMS 27.840/DF.
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c) Aquele que nasce na República Federativa do Brasil, ainda que seus pais sejam estrangeiros,
será considerado brasileiro nato, independentemente de qualquer condição.
d) As distinções entre brasileiros natos e naturalizados devem ser estabelecidas mediante lei.
Comentários
Letra E - correta. São cargos privativos de brasileiro nato, nos termos do artigo 12, § 3º, da
CF/88:
V - da carreira diplomática;
(...)
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No âmbito do STF, todos os ministros precisam ser brasileiros natos, não somente o presidente
da Corte (em razão do previsto no inciso IV).
I - natos:
(...)
==5617c==
(...)
(...)
Art. 12, § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
GABARITO: Letra E.
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20. (CEBRASPE/2022/PC-PB) Suponha que João nasça no Brasil e seja filho de pai e mãe
argentinos que estejam em território brasileiro a serviço do Uruguai. Suponha, ainda, que
Sandro nasça na Itália e seja filho de pai brasileiro que resida há algum tempo no exterior,
por interesse pessoal de estudo. Suponha, também, que Jaqueline nasça na Espanha e seja
filha de mãe brasileira, a serviço da República Federativa do Brasil naquele país. Nessa
situação, no momento do nascimento, é(são) brasileiro(s) nato(s)
c) Jaqueline, somente.
e) João, somente.
Comentários
João é brasileiro nato, em que pese seus pais serem argentinos e estavam a serviço de outro
país (Uruguai). Dispõe no artigo 12, I, "a", da CF/88:
I - natos:
I - natos:
(...)
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Jaqueline é brasileira nata, pois em que pese ter nascido na Espanha, sua mãe é brasileira e
estava na Espanha a serviço oficial do Brasil. Dispõe o artigo 12, I, "b", da CF/88:
I - natos:
(...)
GABARITO: Letra B
Comentários
O artigo 12 da CF/88 estabelece que determinados cargos são privativos de brasileiros natos.
Vejamos.
V – da carreira diplomática;
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Como para assumir o cargo de Ministro do STF também é necessário ser brasileiro nato, a
questão está errada.
GABARITO: Errado.
Pressuponha-se que Pepe, brasileiro, tenha saído do Brasil para atuar como jogador de futebol
em determinado país estrangeiro e que, para a sua permanência lá, tenha sido obrigado a
adquirir a cidadania desse país. Nessa situação, ao adquirir outra nacionalidade, Pepe perderá a
condição de nacional brasileiro pelo tempo que permanecer com outra cidadania.
Comentários
Pepe precisou naturalizar-se em outro país para garantir sua permanência, tendo sua
nacionalidade brasileira protegida pelas exceções previstas no artigo Art. 12, §4º, II, "b" da
CF/88:
(...)
(...)
GABARITO: Errado.
23. (CESPE/2013/TJDFT/AJAJ) Com relação ao Estado federal brasileiro, julgue o item a seguir.
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São símbolos do Estado federal brasileiro a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais,
podendo os estados-membros, o Distrito Federal (DF) e os municípios adotar símbolos próprios.
Comentários
GABARITO: CERTO.
Esse artigo preconiza que a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais são símbolos do
Estado, podendo os estados, o DF e os Municípios ter símbolos próprios.
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Gabarito
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Autor:
Tulio Lages
31 de Dezembro de 2022
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Índice
1) Simulado - Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - ME
..............................................................................................................................................................................................3
4) Simulado - Nacionalidade - ME
..............................................................................................................................................................................................
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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1
Questões Inéditas............................................................................................................................................ 1
INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Pronto para testar seu conhecimento?!
QUESTÕES INÉDITAS
I - Enquanto os direitos de primeira geração realçam o princípio da liberdade, os direitos de segunda geração
acentuam o princípio da igualdade.
IV - Os direitos fundamentais de primeira geração são titularizados pelos indivíduos em oposição ao Estado,
sendo eles, entre outros, o direito à vida, à liberdade e à propriedade.
a) I e II
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b) I e III.
c) I, III e IV.
a) Não há hierarquia entre os direitos fundamentais e, portanto, havendo conflito entre eles, a solução é
aplicação do princípio da concordância prática ou da harmonização.
b) Os direitos e garantias fundamentais não são absolutos, encontrando limites tanto no próprio texto
constitucional quanto em normas infraconstitucionais, neste último caso quando há previsão de reserva
legal.
c) Sob a perspectiva subjetiva, os direitos fundamentais outorgam aos indivíduos posições jurídicas exigíveis
do Estado, ao passo que, na perspectiva objetiva, os direitos fundamentais representam uma matriz diretiva
de todo o ordenamento jurídico, bem como vinculam atuação do Poder Público em todas as esferas.
d) Nas relações entre particulares, por força do princípio da igualdade, não há incidência dos direitos e
garantias individuais, uma vez que deve prevalecer, nesses casos, a plena autonomia de vontade.
e) O estatuto constitucional das liberdades públicas, ao delinear o regime jurídico a que estas estão sujeitas,
permite que sobre elas incidam limitações de ordem jurídica, destinadas, de um lado, a proteger a
integridade do interesse social e, de outro, a assegurar a coexistên cia harmoniosa das liberdades, pois
nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da ordem pública ou com desrespeito aos
direitos e garantias de terceiros.
3) A Constituição Federal prevê diversos direitos e deveres individuais e coletivos, tendo este tema como
referência, assinale a alternativa correta:
a) A livre manifestação do pensamento veda que denúncias anônimas sejam utilizadas como único
fundamento para início da atividade punitiva estatal.
b) O direito de indenização por dano material, moral ou à imagem só poderá exercido após o prévio exercício
do direito de resposta, vez que este é condição sine qua non para aquele.
c) A Constituição Federal prevê o livre exercício dos cultos religiosos e instituiu imunidade tributária para
templos e cultos como forma de proteção do patrimônio dessas entidades, todavia essa proteção encontra
limites nas hipóteses de religiões que permitam sacrifício ritual de animais, as quais não serão abrangidas
pela imunidade em virtude da proteção constitucional garantida aos animais.
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d) A norma que prevê o livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão classifica -se como norma
constitucional de eficácia limitada, uma vez que depende de lei complementar para que produza seus efeitos.
e) O sigilo da fonte resguardado ao exercício profissional dos jornalistas não é compatível com a vedação ao
anonimato, sendo obrigatória a divulgação da origem sob pena de configurar como crimes de difamação,
calúnia e/ou injúria.
4) Em um certo Município, alguns moradores decidiram formar associações para promover ações de
melhoria da segurança de seus respectivos bairros. Entre elas, há a Associação Unidos Venceremos, do
bairro X, que se organizou de forma paramilitar e promove um serviço de guarda particular nas ruas do
bairro, promovendo vigilância e segurança à todos os moradores. Uma das condições para oferecimento
do serviço pela a associação, trata-se da obrigatoriedade de associação de todos os moradores do bairro
para que os serviços sejam prestados, vez que não seria justo que algum morador usufruísse
gratuitamente, ainda que indiretamente, os serviços custeados por todos os demais associad os.
Considerando a situação narrada, julgue as alternativas abaixo e assinale a incorreta:
a) A Associação Unidos Venceremos não poderia se organizar de forma paramilitar, vez que a Constituição
Federal veda esse tipo de característica nas associações.
b) A suspensão das atividades da Associação Unidos Venceremos só poderá ser realizada mediante decisão
judicial transitada em julgado.
c) A condição para prestação do serviço pela associação afronta a liberdade de associação prevista na
Constituição Federal.
e) Caso a Associação Unidos Venceremos desejasse representar judicialmente seus associados, seria
necessária a autorização expressa dos representados e esta não poderia ser conferida genericamente por
seu estatuto.
a) O direito de propriedade é norma de eficácia plena, não podendo ser restringido pelo Estado.
b) Ainda que uma propriedade atenda a sua função social, nesta poderá ser promovida a desapropriação por
necessidade pública, utilidade pública ou por interesse social, devendo o proprietário ser obrigatoriamente
indenizado ulteriormente em dinheiro.
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d) A pequena propriedade rural trabalhada pela família goza de garantia de impenhorabilidade, que será
excetuada apenas para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva.
a) A voz de um narrador de atividades desportivas não faz jus à proteção de direito autoral concedida pela
Constituição Federal, uma vez que são classificadas como atividades com fins socioeducacionais de
abrangência pública.
b) A marca e o nome de uma empresa são exemplos de propriedade industrial que gozam de proteção
permanente do direito de utilização pelo proprietário, sendo, inclusive, transmissível aos herdeiros após a
morte do seu titular.
c) Joseph, que é estrangeiro, residia no Estado de Minas Gerais e faleceu deixando considerável herança para
seu filho Joaquim, que é brasileiro. Neste caso, a sucessão de bens aplicará a lei mais favorável para Joaquim.
e) Maria é autora de diversos livros e detém direito exclusivo de utilizar seus direitos autorais por tempo
determinado, uma vez que o direito a eles relacionado só se torna permanente caso transferido aos
herdeiros.
7) As alternativas abaixo abordam temas relacionados à segurança jurídica, direito adquirido, ato jurídico
perfeito e coisa julgada material, julgue-as e assinale a assertiva incorreta.
b) O princípio do direito adquirido se aplica a todo e qualquer ato normativo infraconstitucional, uma vez
que não se deve realizar distinção em sua aplicação perante leis de direito público ou de direito privad o.
c) O Ato jurídico perfeito é aquele que reúne todos os elementos constitutivos exigidos pela lei, sendo
considera consumado perante a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
d) Não há que se falar em direito adquirido contra os efeitos gerados por mudan ças de regime estatutário
ou por normas constitucionais originárias.
e) A previsão da segurança jurídica no texto constitucional aplica-se apenas à lei em sentido formal, não
abrangendo as resoluções, decretos legislativos e demais modalidades normativas secundárias.
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8) Quanto aos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal, assinale a alternativa
correta:
a) A vedação aos tribunais de exceção possuí íntima relação com o princípio do juiz natural, uma vez que tal
vedação é consequência lógica do princípio, visando garantir que não haverá arbitrariedade e imparcialidade
nos julgadores.
b) O tribunal do júri é um tribunal popular regido por alguns princípios como a plenitude de defesa, sigilo das
votações e a soberania dos veredictos, sua competência para julgamento é absoluta e não pode ser afastada
nos casos de foro especial por prerrogativa de função.
c) Um homicídio culposo praticado por Helena contra Pedro será objeto de julgamento perante o tribunal do
júri, vez que é a instituição reconhecida para julgar os crimes contra a vida.
d) O princípio da legalidade no âmbito penal pode ser desdobrado em outros dois princípios, o princípio da
reserva legal, que impõe que a lei esteja em vigor no momento da prática da infração sob pena de
inexistência do crime, e o princípio da anterioridade da lei penal, que determina que apenas lei em sentido
formal poderá definir crimes e cominar penas.
e) A lei penal só retroagirá para beneficiar o réu se o processo ainda não houver transitado em julgado, uma
vez que com o trânsito a decisão torna-se definitiva e irreformável.
9) Acerca das disposições constitucionais denominadas pela doutrina como "mandados de criminalização",
analise os itens abaixo e assinale a alternativa que contêm a ordem incorreta:
I) A punição à discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais classifica -se como norma de
eficácia limitada, sendo direcionada ao legislador.
II) O racismo e do crime de ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ord em constitucional e o
Estado de Direito são crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia.
IV) Segundo o STF as condutas homofóbicas e transfóbicas deverão ser tipificadas como crime de racismo,
uma vez que restou configurada omissão inconstitucional do Congresso Nacional na abordagem do tema.
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e) I-V,II-F,III-V,IV-F.
a) O princípio da individualização da pena determina que a aplicação da pena deve ajustar-se à situação de
cada imputado, adequando-se às características pessoais do infrator em aspectos como suspensão ou
interdição de direitos, perda de bens, multa e outros.
b) João possui 75 anos, Maria possuí 36 anos e José possuí 25 anos, os três foram condenados po r sentença
judicial transitada em julgado pelo mesmo crime e foram encaminhados para estabelecimentos de execução
penal distintos, o que é correto vez que cada se enquadra em um critério de execução penal individualizada.
c) O direito das presidiárias a amamentar seus filhos corresponde a uma dupla garantia, uma vez que visa
evitar que a pena da mãe contamine os direitos do recém-nascido, que seria privado de um alimento
fundamental para seu desenvolvimento.
d) Enquanto se encontra na prisão o indivíduo não goza de todos os direitos fundamentais, entretanto a sua
integridade física e moral deverá ser resguardada para que não sejam aplicadas penas cruéis e degradantes.
e) A pena de morte permanecerá vedada no Brasil ainda que em tempos de guerra declarada,
diferentemente das penas de banimento onde será possível impor que brasileiros natos não adentrem no
território brasileiro, além de retirar-lhes à cidadania brasileira permanentemente.
11) Considerando as disposições sobre direitos e garantias individuais previstos na Constituição Federal e
discutidos em Tribunais Superiores, assinale a alternativa que contêm uma hipótese de aplicação correta
das disposições constitucionais.
a) Marcel é francês e veio para o Brasil após cometer crimes de opinião ao participar de protestos contra o
governo de seu país de origem. Caso a França venha a requerer a extradição de Marcel, o Brasil poderá
concedê-la se o delito também encontrar punição no país.
b) Joaquim foi condenado em segunda instância pela prática de crime punido com reclusão, tendo
protocolado recurso ao Superior Tribunal de Justiça. Nesse caso, a execução provisória da sentença penal
condenatória não poderá ser realizada pois violaria o princípio da presunção de inocência, devendo -se
aguardar o trânsito em julgado da sentença penal condenatória para que Joaquim inicie o cumprimento de
sua pena.
c) Paulo é servidor público efetivo no cargo de contador e vem respondendo a um processo administrativo
disciplinar, razão pela qual pretende apresentar defesa técnica de sua autoria no processo. A pretensão de
Paulo não poderá ser concretizada pois é vedada a apresentação de defesa técnica neste tipo de processo,
além disso não seria cabível por ser atribuição exclusiva dos bacharéis em direito inscritos nos quadros da
Ordem dos Advogados do Brasil.
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d) Mario está movendo ação civil contra um devedor e ao longo do processo o magistrado admitiu a inserção
de provas ilícitas e negou o oferecimento de defesa, por parte de Mario, contra as provas citadas. Neste caso
há violação ao contraditório e ampla defesa, mas não há violação ao devido processo legal.
e) João Lucas deseja apresentar um recurso administrativo, mas foi informado que o mesmo só poderá ser
apresentado se efetuado depósito prévio em dinheiro do valor discutido. Neste caso, João Lucas deverá se
submeter a exigência uma vez que está é constitucionalmente aceita para evitar recursos protelatórios e
garantir a eficiência por meio da celeridade nos julgamentos administrativos.
I) Dado o seu caráter público, a ação penal pública poderá ser ajuizada p or qualquer pessoa dentro do prazo
legal.
II) A privação do direito à liberdade por meio da prisão só será admitida em casos de flagrante de delito,
ordem escrita e fundamentada de juiz e transgressão militar ou crime propriamente militar, podendo,
entretanto, ser relativizada nos casos em que a lei admita liberdade provisória, seja ela com ou sem fiança.
III) Se durante uma prisão não houver qualquer perigo à integridade física do preso ou de terceiros e ainda
assim a autoridade policial fizer o uso de algemas, esta prisão será considerada ilegal e deverá ser relaxada
pelo juiz, a não ser que se apresente justificativa escrita que esclareça a gravidade do delito.
IV) O direito de permanecer em silêncio é prerrogativa do preso que poderá ser exercido a qualquer
momento sem que lhe traga nenhum prejuízo, seja na prisão ou no interrogatório, sendo, inclusive, nulidade
absoluta a ausência de informação de seu direito durante o interrogatório.
e) I-V, II-F,III-V,IV-F.
13) Assinale a alternativa que não contém um direito com gratuidade garantida pela Constituição Federal:
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14) Quanto aos direitos e direitos individuais e coletivos previstos na Constituição Federal, é correto
afirmar:
a) o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial, salvo
previsão legal em sentido contrário;
c) O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses que venham a
ser previstas no texto constitucional.
d) Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem
fiança
e) Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regim e e dos
princípios por ela adotados, ou dos tratados inter-regionais em que a República Federativa do Brasil seja
parte.
15) Sobre a temática dos Direitos e Garantias Fundamentais, assinale a opção correta.
a) Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime hediondo, praticado antes da
naturalização.
c) Aos autores pertence o direito exclusivo da utilização, publicação ou reprodução de suas obras, não
transmissíveis aos herdeiros.
16) Nos termos da Constituição Federal, sobre os direitos e garantias fundamentais, é incorreto afirmar
que:
a) As convenções internacionais que versarem sobre direitos humanos em que a República Federativa do
Brasil seja parte, ao serem aprovadas em cada Casa do Congresso Nacional, serão equivalentes às emendas
constitucionais se a aprovação ocorrer em dois turnos por três quintos dos votos dos respectivos membros.
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b) São extensíveis aos estrangeiros, mesmo aqueles apenas em trânsito no país, os direitos e garantias
individuais elencados na Constituição Federal.
c) O princípio da inafastabilidade da apreciação pelo Judiciário de lesão ou ameaça a direito autoriza que,
mesmo em caso de guerra, o Judiciário mantenha sua jurisdição.
e) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível
à preservação ou da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem de outras pessoas, ou à segurança
da sociedade e do Estado.
17) Os direitos e garantias fundamentais são objeto de título específico na Constituição. Sobre o assunto,
marque a alternativa correta.
a) A Constituição prevê que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, nem mesmo quando tal convicção implicar o titular ter que se eximir de obrigação legal
a todos imposta.
b) Não são admitidas no processo as provas obtidas por meios ilícitos, garante o art. 50, inciso LVI, da
Constituição Federal, entendendo-as como aquelas colhidas em infringência às normas do direito processual.
As provas ilícitas também podem ser chamadas de provas ilegais ou ilegítimas.
c) É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de
internação coletiva. A expressão "nos termos da lei" indica que é a lei que vai outorgar o direito.
d) Entre os direitos garantidos pela Constituição, está que a casa é asilo inviolável do indivíduo. Para que haja
uma real proteção ao direito do indivíduo, a casa referida pelo legislador constituinte deve ser interpretada
da forma mais ampla possível. Por isso, o dispositivo aplica-se aos bares, cafés, restaurantes, lojas e
estabelecimentos durante o período em que estejam abertos ao público, mesmo os seus proprietários não
residindo neles.
e) Pessoas jurídicas são beneficiárias de direitos e garantias fundamentais, inclus ive direitos e deveres
individuais.
a) A interceptação telefônica tem exceção criada pela Constituição para a violação das comunicações
telefônicas, quais sejam, ordem judicial, finalidade de investigação criminal e instrução processual penal ou
nas hipóteses e na forma que a lei complementar estabelecer.
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d) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que não afronta o
princípio da isonomia a adoção de critérios distintos para a promoção de integrantes do corpo feminino e
masculino da Aeronáutica.
e) É lícita a exigência de depósito prévio de dinheiro para admissibilidade de recurso administrativo, desde
que se trate de pequeno valor, sob pena de afronta ao princípio da razoabilidade.
a) O direito de reunião pacífica não contempla, sem prévia anuência expressa da autoridade pública de
trânsito, a realização de manifestação coletiva, com objetivo de protesto contra a carga tributária, em via
pública de circulação automobilística.
d) É considerada prova lícita a gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, sem
conhecimento do outro, quando há investida criminosa deste último.
20) No tocante aos remédios previstos na Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que
a) somente quem sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção,
por ilegalidade ou abuso de poder, pode impetrar habeas corpus.
b) Não é necessária a comprovação de prejuízo material aos cofres públicos como condição para a
propositura de ação popular.
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c) a medida judicial adequada para se suprir omissão regulamentadora que torne inviável o exercício de
liberdade constitucional é o mandado de segurança.
e) para ajuizamento do habeas data, é dispensada a negativa da obtenção dos dados pela via administrativa.
a) O habeas corpus visa a proteger o direito constitucional de ir e vir, enquanto o habeas data visa a assegurar
o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constan tes de registros ou bancos de
dados de entidades governamentais ou de caráter público, e à retificação de dados, quando não se prefira
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
c) O mandado de segurança impetrado contra ato ilegal praticado por autoridade pública é isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência.
d) Não se concederá mandado de segurança na hipótese de decisão judicial da qual caiba recurso suspensivo.
e) Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania
e à cidadania.
a) Não é possível à pessoa jurídica figurar como paciente na impetração de habeas corpus.
b) Para que seja concedido o habeas data, é preciso demonstrar a existência de prévio pedido no âmbito
administrativo.
c) Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de
concessionárias de serviço público.
d) O Supremo Tribunal Federal decidiu não são ser cabível medida liminar em mandado de injunção devido
ao entendimento de que essa ação não possui auto aplicabilidade.
23) O artigo 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal de 1988 preconiza que “conceder-se-á mandado de
segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando
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o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou ag ente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público”. A respeito desse remédio constitucional, assinale a alternativa
que está em consonância com o entendimento do STF.
a) É inconstitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de Mandado de Segurança.
b) A impetração de Mandado de Segurança Coletivo por entidade de classe em favor dos associados depende
de autorização destes.
c) Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.
e) A cobrança de dívida líquida e certa pode ser feita mediante impetração de mandado de segurança.
IV – partido político que elegeu apenas governadores e prefeitos nas últimas eleições.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, em regra, são legítimas para impetrar mandado de segurança
coletivo apenas os que constam nos itens
(B) I, II e IV.
(C) I, II e III.
(E) I e IV.
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legislativa tornar inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionais, bem como prerrogativas
relacionadas à nacionalidade, soberania e cidadania.
b) O mandado de injunção pode ser utilizado em caso de omissões legislativas totais ou parciais, sendo um
remédio constitucional de natureza civil.
c) O mandado de injunção pode ser impetrado por qualquer pessoa física ou jurídica, bastando que esta se
veja em situação de prejuízo ao gozo de seus direitos em virtude de ausência normativa.
e) O mandado de injunção não é gratuito e sua impetração depende de assistência de advogado pela parte.
26) Acerca das disposições constitucionais e do entendimento dos Tribunais Superiores quanto a ação
popular, analise os itens abaixo e assinale a alternativa que contêm a ordem correta:
I) O Ministério Público não poderá figurar no polo ativo da ação popular, sendo esta uma ação exclusiva dos
cidadãos.
II) A comprovação do efetivo dano material e pecuniário é condição necessária para ad missão da ação
popular.
III) Não há foro por prerrogativa de função em ação popular, mas o mesmo não pode ser dito quanto ao
duplo grau de jurisdição obrigatório em caso de improcedência da ação.
IV) A improcedência da ação popular gera a obrigação do autor arcar com as custas judiciais e o ônus de
sucumbência da parte vencedora.
e) I-V,II-V,III-V,IV-V.
27) Analise as alternativas abaixo à luz da Constituição Federal de 1988 e assinale a correta:
a) As normas constitucionais que definam direitos e garantias fundamentais possuem aplicação imediata,
que persistirá até mesmo nos casos de norma de eficácia limitada.
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b) O rol de direitos e garantias fundamentais é taxativo, uma vez que só poderão ser considerados como
direitos fundamentais aqueles previstos no texto constitucional.
c) Em virtude da vedação aos Tribunais de Exceção, o Brasil se submeterá à jurisdição do Tribunal Penal
Internacional e isso ocorrerá mediante edição de lei complementar que irá disciplinar de forma nacional
sobre o tema.
d) O princípio da celeridade processual é aplicável a todos no âmbito judicial, mas o mesmo não poderá ser
dito em relação ao âmbito administrativo vez que neste rege-se o princípio da eficiência.
e) A responsabilidade civil do estado abrange os atos administrativos, não sendo aplicável quanto aos atos
jurisdicionais.
28) Acerca das disposições constitucionais sobre tratados e convenções internacionais, analise os iten s
abaixo e assinale a alternativa que contêm apenas itens incorretos.
I) A incorporação dos tratados internacionais ao ordenamento jurídico possuí como condição mínima a
aprovação em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos vot os dos membros.
II) Os tratados internacionais são celebrados pelo Poder Executivo e possuem status de lei ordinária, razão
pela qual independem de apreciação do Congresso Nacional para sua incorporação no ordenamento.
III) Os tratados internacionais sobre direitos humanos só serão equivalentes às emendas constitucionais
quando forem aprovados com o mesmo rito de votação destas.
IV) Os tratados internacionais sobre direitos humanos que venham a ser incorporados ao ordenamento
jurídico sem aprovação mediante rito qualificado, previsto no artigo 5º, § 3º, da CF, possuirão hierarquia de
norma supralegal.
a) I, II e IV
b) II e IV.
c) I, II e III.
d) I e II.
e) III e IV.
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GABARITO
1. E 2. D 3. A 4. B 5. C
6. C 7. E 8. A 9. C 10. E
QUESTÕES COMENTADAS
I - Enquanto os direitos de primeira geração realçam o princípio da liberdade, os direitos de segunda geração
acentuam o princípio da igualdade.
IV - Os direitos fundamentais de primeira geração são titularizados pelos indivíduos em oposição ao Estado,
sendo eles, entre outros, o direito à vida, à liberdade e à propriedade.
a) I e II
b) I e III.
c) I, III e IV.
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Comentários
Item I - correto. Os direitos de primeira geração realçam o princípio da liberdade, com foco no homem
individualmente considerado, consagrando direitos civis e políticos. Exemplos: direito à vida, à liberdade, à
propriedade, à liberdade de expressão, à participação política e religiosa.
Por sua vez, os direitos de segunda geração realçam o valor-fonte igualdade, consagrando direitos
econômicos, sociais e culturais. Exemplos: direito à educação, à saúde, ao trabalho, à habitação, à
previdência social, à assistência social.
Por fim, os direitos de terceira geração realçam o princípio da fraternidade (ou solidariedade), consagrando
os direitos difusos e os coletivos. Exemplos: direito do consumidor, direitos ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, ao desenvolvimento, à autodeterminação dos povos etc.
Item II - correto. Os direitos fundamentais de defesa são os direitos de primeira geração, formada pelos
direitos que caracterizam uma obrigação de não-fazer, um dever de abstenção estatal aos indivíduos, já que
diz respeito aos direitos que buscam restringir a ação do Estado sobre os indivíduos, a fim de livrá-los da
ingerência abusiva estatal.
Itens III e IV - corretos. Conforme explicado na análise do item I, acima. Os direitos culturais são considerados
direitos de segunda geração. Conforme citado no item IV, os direitos fundamentais de primeira geração
realçam o princípio da liberdade, com foco no homem individualmente considerado.
Gabarito: Letra E.
a) Não há hierarquia entre os direitos fundamentais e, portanto, havendo conflito entre eles, a solução é
aplicação do princípio da concordância prática ou da harmonização.
b) Os direitos e garantias fundamentais não são absolutos, encontrando limites tanto no próprio texto
constitucional quanto em normas infraconstitucionais, neste último caso quando há previsão de reserva
legal.
c) Sob a perspectiva subjetiva, os direitos fundamentais outorgam aos indivíduos posições jurídicas exigíveis
do Estado, ao passo que, na perspectiva objetiva, os direitos fundamentais representam uma matriz diretiva
de todo o ordenamento jurídico, bem como vinculam atuação do Poder Público em todas as esferas.
d) Nas relações entre particulares, por força do princípio da igualdade, não há incidência dos direito s e
garantias individuais, uma vez que deve prevalecer, nesses casos, a plena autonomia de vontade.
e) O estatuto constitucional das liberdades públicas, ao delinear o regime jurídico a que estas estão sujeitas,
permite que sobre elas incidam limitações de ordem jurídica, destinadas, de um lado, a proteger a
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integridade do interesse social e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa das liberdades, pois
nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da ordem pública ou com desrespeito aos
direitos e garantias de terceiros.
Comentários
Letra A - correta. Não há hierarquia entre direitos fundamentais, de modo que na hipótese de conflito entre
dois ou mais deles, o intérprete deve realizar um juízo de ponderação, fazendo uso do princípio da
concordância prática (ou da harmonização), evitando o sacrifício total de uns em relação aos outros. O
princípio da concordância prática estabelece que a aplicação de uma determinada norma constitucional deve
ser realizada em conjunto com as demais normais constitucionais.
Letra B - correta. Os direitos fundamentais não possuem natureza absoluta, sendo limitados por outros
direitos fundamentais previstos constitucionalmente. Além disso, também podem ser restringidos por
normas infraconstitucionais, desde que haja autorização explícita na CF, via reserva legal, ou até mesmo
implícita no texto constitucional.
Letra C - correta. Na perspectiva subjetiva, os direitos fundamentais são compreendidos como os direitos
negativos e positivos do indivíduo, que pode obter do Estado a satisfação de seus interesses juridicamente
protegidos. Já na perspectiva objetiva, os direitos fundamentais são compreendidos como um conjunto de
valores básicos da sociedade que direcionam e conformam a atuação do Estado (Poder Legislativo, Executivo
e Judiciário) no sentido de assegurá-los e protegê-los.
Letra D - incorreta. Os direitos fundamentais possuem tanto eficácia vertical, quanto eficácia horizontal.
A eficácia vertical implica que os direitos fundamentais se aplicam às chamadas “relações verticais”, que são
as relações entre os particulares e o Estado.
Por sua vez, a eficácia horizontal (também chamada de eficácia “privada” ou “externa”) implica que os
direitos fundamentais também incidem nas “relações horizontais”, ou seja, nas relações privadas, entre
particulares, nos negócios privados.
Letra E - correta. Conforme comentado anteriormente, os direitos fundamentais não possuem natureza
absoluta, podem sofrer limitações de ordem jurídica, tanto previstas por normas constitucionais o u por leis
infraconstitucionais.
Gabarito: D
3) A Constituição Federal prevê diversos direitos e deveres individuais e coletivos, tendo este tema como
referência, assinale a alternativa correta:
a) A livre manifestação do pensamento veda que denúncias anônimas sejam utilizadas como único
fundamento para início da atividade punitiva estatal.
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b) O direito de indenização por dano material, moral ou à imagem só poderá exercido após o prévio exercício
do direito de resposta, vez que este é condição sine qua non para aquele.
c) A Constituição Federal prevê o livre exercício dos cultos religiosos e instituiu imunidade tributária para
templos e cultos como forma de proteção do patrimônio dessas entidades, todavia essa proteção encontra
limites nas hipóteses de religiões que permitam sacrifício ritual de animais, as quais não serão abrangidas
pela imunidade em virtude da proteção constitucional garantida aos animais.
d) A norma que prevê o livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão classifica -se como norma
constitucional de eficácia limitada, uma vez que depende de lei complementar para que produza seus efeitos.
e) O sigilo da fonte resguardado ao exercício profissional dos jornalistas não é compatível com a vedação ao
anonimato, sendo obrigatória a divulgação da origem sob pena de configurar como crimes de difamação,
calúnia e/ou injúria.
Comentários
Letra A - correta. O artigo 5º, inciso IV, da CF/88, é expresso ao versar que a liberdade de expressão não
comporta o anonimato, sendo tal vedação extensível até mesmo na persecução criminal promovida pelo
Estado.
O STF entende que as denúncias poderão servir de fundamento para que o Poder Público adote medidas
para esclarecer alguns pontos, a fim de buscar elementos que possibilitem a instauração formal da
persecução penal sem que esta seja maculada por manifestações apócrifas. Isso significa que as denúncias
anônimas jamais poderão ser a causa única de exercício de atividade punitiva, sendo vedada a instauração
de procedimento formal de investigação com base, unicamente, em uma denúncia anônima 1.
Letra B - incorreta. O direito à indenização independe do direito a resposta ter sido, ou não, exercido, bem
como de o dano caracterizar, ou não, infração penal. Não há que se falar em condição ou pré-requisito entre
eles, sendo que o texto constitucional, no artigo 5º, inciso V, se limita a dizer:
Art. 5°, V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por
dano material, moral ou à imagem;
Letra C - incorreta. A Constituição Federal realmente dispõe sobre a imunidade tributária religiosa como
forma de proteção da liberdade e inviolabilidade de cada religião. Contudo, a assertiva está incorreta ao
afirmar que existem limitações ao acesso desta garantia às religiões que realizam sacrifí cio de animais.
Não há nada do gênero no texto constitucional e, na realidade, o STF já se manifestou sobre o sacrifício de
animais em religiões de matrizes africanas. Para a Suprema Corte, o sacrifício deve ser permitido sob pena
de ferir a liberdade religiosa, uma vez que “é constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar
1
STF, Inq 1957/ PR, Rel. Min. Carlos Velloso, Informativo STF nº 393.
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a liberdade religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana” 2,
devendo, no conflito entre bens jurídicos, prevalecer a liberdade religiosa. Para finalizar, veja a literalidade
do art. 5º, inciso VI, da CF/88:
Art. 5°, VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício
dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
Letra D - incorreta. A liberdade de profissão não se classifica como norma de eficácia limitada, que são
aquelas que dependem de uma lei para que produzam integralmente seus efeitos. O art. 5º, inciso XIII, da
CF/88, que é o responsável por abordar o tema, apresenta-se como norma de eficácia contida, vez que prevê
o livre exercício e dispõe que uma lei posterior poderá restringir/conter a sua eficácia.
Além do erro quanto a classificação, perceba que a literalidade não faz qualquer menção a lei complementar,
sendo este um segundo erro vez que que a edição de lei ordinária já é o suficiente para restringi -lo.
Art. 5°, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer;
Letra E - incorreta. A Constituição é bem direta ao garantir o sigilo da fonte no exercício profissional. Contudo,
não há que se falar em responsabilização criminal pelo simples fato de não a divulgar, o que torna a assertiva
incorreta.
Caso alguém seja lesado pelas informações veiculadas, o jornalista que as divulgar poderá ser
responsabilizado por eventuais danos, contudo isso não significa que ele será obrigado a revelar suas fontes
ou será responsabilizado pelo anonimato.
Art. 5°, XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional;
Gabarito: Letra A
4) Em um certo Município, alguns moradores decidiram formar associações para promover ações de
melhoria da segurança de seus respectivos bairros. Entre elas, há a Associação Unidos Venceremos, do
bairro X, que se organizou de forma paramilitar e promove um serviço de guarda particular nas ruas do
bairro, promovendo vigilância e segurança à todos os moradores. Uma das condições para oferecimento
do serviço pela a associação, trata-se da obrigatoriedade de associação de todos os moradores do bairro
para que os serviços sejam prestados, vez que não seria justo que algum morador usufruísse
gratuitamente, ainda que indiretamente, os serviços custeados por todos os demais associados.
Considerando a situação narrada, julgue as alternativas abaixo e assinale a incorreta:
2
RE 494.601
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a) A Associação Unidos Venceremos não poderia se organizar de forma paramilitar, vez que a Constituição
Federal veda esse tipo de característica nas associações.
b) A suspensão das atividades da Associação Unidos Venceremos só poderá ser realizada m ediante decisão
judicial transitada em julgado.
c) A condição para prestação do serviço pela associação afronta a liberdade de associação prevista na
Constituição Federal.
d) Independentemente de autorização expressa dos associados, a Associação Unidos Ven ceremos poderá
substituir processualmente os moradores associados, defendendo-nos em ações judiciais que envolvam o
interesse destes no bairro X.
e) Caso a Associação Unidos Venceremos desejasse representar judicialmente seus associados, seria
necessária a autorização expressa dos representados e esta não poderia ser conferida genericamente por
seu estatuto.
Comentários
Letra A - correta. Em que pese a Constituição Federal permita a liberdade associativa plena para fins lícitos,
de fato, a Associação Unidos Venceremos encontra-se irregular, pois não poderia se organizar de forma
paramilitar, vez que é vedada a criação de associações com essa característica, conforme o art. 5º, inciso
XVII, da CF/88, abaixo transcrita:
Art. 5°, XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
Letra B - incorreta. Afirma que a suspensão das atividades da associação só ocorrerá em virtude de decisão
judicial transitada em julgado, o que não é verdade. A suspensão das atividades pode ser operada por mera
decisão judicial, não havendo necessidade de um trânsito em julgado para efetivá-la.
Perceba que uma decisão judicial transitada em julgado também poderá ser utilizada para suspender a
atividade de uma associação, mas isso não significa que ela é um requisito para tal. Bastaria uma decisão
judicial, com ou sem trânsito em julgado.
Vale esclarecer que apenas a dissolução compulsória exige um requisito mais difícil (decisão judicial
transitada em julgado). Esse tema é constantemente objeto de cobrança em provas, fique atento:
Suspensão das atividades da associação -> decisão judicial (não precisa ter trânsito em julgado).
Dissolução compulsória da associação -> decisão judicial transitada em julgado.
Art. 5°, XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
Letra C - correta. De fato, a condição estabelecida pela Associação Unidos Venceremos vai contra a CF/88,
vez que a liberdade associativa compreende o direito de associar-se ou de permanecer associado de forma
facultativa, sendo vedado compelir ou obrigar que alguém se associe ou permaneça na condição de
associado, conforme o art. 5º, inciso XX, da CF/88, abaixo transcrito:
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Letra D - correta. A substituição processual difere da representação judicial, prevista no art. 5º, inciso XXI, da
CF/88, vez que à substituição não se aplica a necessidade de autorização expressa.
Nela, o substituto entrará como parte do processo, agindo em nome próprio na salvaguarda do direito de
seus associados, que serão retirados do processo e ainda assim usufruirão ou sofrerão os efeitos da sentença
prolatada no mesmo.
Caso a questão abordasse a representação judicial, a situação seria diferente uma vez que a CF/88 é clara ao
exigir a autorização expressa, conforme transcrito abaixo:
Art. 5°, XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade
para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
Letra E - correta. Aborda a representação judicial prevista no art. 5º, inciso XXI, da CF/88, e afirma
corretamente sobre a necessidade de autorização expressa, uma vez que esta é a literalidade do inciso:
Art. 5°, XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade
para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
Quanto a vedação de autorização genérica em estatuto, o referido tema já foi objeto de discussão no STF e
atualmente o entendimento é de que a autorização realizada de forma genérica no estatuto da associação
não é suficiente para legitimar a representação processual, sendo necessária autorização expressa
individualmente ou por assembleia 3.
Gabarito: Letra B.
a) O direito de propriedade é norma de eficácia plena, não podendo ser restringido pelo Estado.
b) Ainda que uma propriedade atenda a sua função social, nesta poderá ser promovida a desapropriação por
necessidade pública, utilidade pública ou por interesse social, devendo o proprietário ser o brigatoriamente
indenizado ulteriormente em dinheiro.
3
RE 573.232/SC. Rel. Min. Ricardo Lewandowski. 14.05.2014
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d) A pequena propriedade rural trabalhada pela família goza de garantia de impenhorabilidade, que será
excetuada apenas para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva.
Comentários
Letra A - incorreta. Em que pese a Constituição Federal garanta o direito de propriedade e o inciso XXII não
faça qualquer menção a possibilidades de restrição, entende-se que o direito de propriedade se enquadra
como norma constitucional de eficácia contida, o que torna a assertiva incorreta.
Ainda que não haja expressa menção as restrições na literalidade do inciso XXII, é possível verificar que, ao
longo da Constituição Federal, existem diversas ferramentas que sujeitam a propriedade à atuação restritiva
do poder público, o que demonstra que o direito de propriedade não é absoluto, conforme verificamos no
art. 5º, incisos XXIII ao XXVI, da CF/88.
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
Letra B - incorreta. Um dos requisitos para que o proprietário proteja seu direito de propriedade é que este
dê à propriedade uma função social, contudo isso não significa que ele ficará livre da desapropriação em
virtude do interesse público.
Até esse ponto a alternativa segue corretamente o disposto no texto constitucional. Entretanto, a assertiva
está incorreta em relação à forma de indenização mencionada, vez que o art. 5º, inciso XXIV, da CF/88 é
expresso ao fixar que o proprietário receberá "justa e prévia indenização em dinheiro".
Letra C - correta. Já que a situação se enquadra perfeitamente na hipótese de requisição administrativa, que
é uma das formas de intervenção do Estado na propriedade privada e que será exercida de forma temporária
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em casos de iminente perigo público, ou seja, não ocorre transferência da propriedade, mas mera cessão
gratuita ao Poder Público.
Art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
Letra D - incorreta. A pequena propriedade rural trabalhada pela família goza de impenhorabilidade em
virtude dos débitos decorrentes de sua atividade produtiva, e não o contrário como afirma a alternativa.
Sendo assim, é importante que você se lembre que quaisquer outros débitos estranhos à sua atividade
produtiva poderão provocar a penhora da propriedade. Veja a literalidade:
Art. 5º, XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade
produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
Letra E - Incorreta. O art. 5º, inciso XXIV, da CF/88, determina que as desapropriações terão sua indenização
prévia e em dinheiro, ressalvadas algumas exceções, o que torna a assertiva incorreta. A saber, as exceções
são as seguintes:
→ desapropriação de imóvel urbano não edificado que não atendeu à função social.
→ desapropriação confiscatória.
Entre as exceções citadas, a desapropriação confiscatória é a única que ocorrerá sem pagamento de
indenização, uma vez que ocorre em propriedades urbanas e rurais onde forem localizadas culturas ilegais
de plantas psicotrópicas ou exploração de trabalho escravo.
Deste modo, a afirmativa está incorreta, pois a desapropriação confiscatória, encontrada no artigo 243 da
CF, prevê a ausência de indenização ao proprietário.
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas
culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão
expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que
couber, o disposto no art. 5º.
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Gabarito: Letra C
a) A voz de um narrador de atividades desportivas não faz jus à proteção de direito autoral concedida pela
Constituição Federal, uma vez que são classificadas como atividades com fins socioeducacionais de
abrangência pública.
b) A marca e o nome de uma empresa são exemplos de propriedade industrial que gozam de proteção
permanente do direito de utilização pelo proprietário, sendo, inclusive, transmissível aos herdeiros após a
morte do seu titular.
c) Joseph, que é estrangeiro, residia no Estado de Minas Gerais e faleceu deixando considerável herança para
seu filho Joaquim, que é brasileiro. Neste caso, a sucessão de bens aplicará a lei mais favorável para Joaquim.
e) Maria é autora de diversos livros e detém direito exclusivo de utilizar seus direitos autorais por tempo
determinado, uma vez que o direito a eles relacionado só se torna perma nente caso transferido aos
herdeiros.
Comentários
Letra A - incorreta. Conforme o art. 5º, inciso XXVIII, da CF/88, os narradores de atividades desportivas estão
abrangidos na proteção de direito autoral da Constituição Federal, vez que há proteção às participações
individuais em obras coletivas, sejam elas atividades desportivas ou não.
Letra B - incorreta. O art. 5º, inciso XXIX, da CF, prevê o direito de proteção à propriedade industrial e o
distingue do direito autoral comum, conforme os incisos XXVII e XXVIII do art. 5º da CF/88.
O direito autoral é permanente para o autor e admite transmissão para seus herdeiros, contudo, após a
morte do autor, os herdeiros farão jus a propriedade autoral de forma temporária.
Art. 5º, XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução
de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
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O direito da propriedade industrial é sempre temporário, possuindo prazo em lei para sua utilização e
proteção.
Desta forma, note que a assertiva está incorreta ao afirmar que a propriedade industrial goza de proteção
permanente, vez que está misturando conceitos de direito autoral e direito à propriedade industrial, que são
distintos.
Por fim, vale lembrar que a marca e o nome empresarial são sim exemplos de propriedade industrial
protegidas pelo texto constitucional, veja:
Art. 5º, XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de
empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento
tecnológico e econômico do País;
Letra C - correta. Em consonância com o art. 5º, inciso XXXI, da CF/88, uma vez que a regra geral determina
a aplicação da lei brasileira na sucessão de bens e, ainda no mesmo inciso, faz exceção a possibilidade de
aplicação da lei pessoal do de cujus caso esta seja mais favorável aos herdeiros.
Desta forma, é correto afirmar que na escolha entre a lei brasileira e a pessoal do de cujus aplica -se sempre
a mais favorável.
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei
pessoal do "de cujus";
Letra D - incorreta. O direito do consumidor, conforme o art. 5º, inciso XXXII, da CF/88, não é uma norma de
eficácia contida, uma vez que a redação do inciso afirma que a defesa do consumidor será promovida "na
forma da lei", o que condiciona sua promoção a existência de uma lei e o insere na classificação de norma
de eficácia limitada.
Letra E - incorreta. Houve inversão do previsto no art. 5º, inciso XXVII, da CF/88.
Na verdade, Maria possuirá o direito autoral permanentemente durante toda a sua vida, sendo que apenas
com a sua morte e com a transmissão da propriedade autoral para os herdeiros, é que este direito passará a
ter prazo certo de duração, classificando-se, portanto, temporário para os herdeiros.
Art. 5º, XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução
de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
Gabarito: Letra C
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7) As alternativas abaixo abordam temas relacionados à segurança jurídica, direito adquirido, ato jurídico
perfeito e coisa julgada material, julgue-as e assinale a assertiva incorreta.
b) O princípio do direito adquirido se aplica a todo e qualquer ato normativo infraconstitucional, uma vez
que não se deve realizar distinção em sua aplicação perante leis de direito público ou de direito pri vado.
c) O Ato jurídico perfeito é aquele que reúne todos os elementos constitutivos exigidos pela lei, sendo
considera consumado perante a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
d) Não há que se falar em direito adquirido contra os efeitos gerados por mu danças de regime estatutário
ou por normas constitucionais originárias.
e) A previsão da segurança jurídica no texto constitucional aplica-se apenas à lei em sentido formal, não
abrangendo as resoluções, decretos legislativos e demais modalidades normativa s secundárias.
Comentários
Letra A - correta. O direito adquirido conceitua-se como aquele que foi incorporado ao patrimônio do
particular, por terem sido satisfeitos todos os requisitos para aquisição do direito previsto pela lei vigente.
Além disso, a alternativa faz importante ressalva quanto à expectativa de direito.
A expectativa de direito não é alcançada pelo art. 5º, inciso XXXVI, da CF/88, isso porque, conforme o próprio
nome já explicita, você tem a mera expectativa que aquele direito será adquiri do, e não a sua aquisição
concreta com atendimento aos requisitos necessários.
Art. 5º, XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
Letra B - correta. O tema abordado pela alternativa relaciona-se com tese firmada no RE204967 RS do STF,
que fixou exatamente o afirmado pela assertiva. Segundo o STF, o princípio do direito adquirido aplica -se a
todo e qualquer ato normativo infraconstitucional, não havendo que se falar em aplicação distinta em
virtude de a lei versar sobre direito público ou privado.
Letra C - correta. A alternativa traz corretamente o conceito de Ato jurídico perfeito e o complementa
relacionando com o disposto no art. 6º, § 1º, da Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro (LINDB)
(Decreto-Lei nº 4.654/42), transcrito abaixo.
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se
efetuou.
Vale lembrar que o ato jurídico perfeito é aquele que reuniu todos os elementos constitutivos exigidos pela
lei vigente, gerando segurança jurídica de que o citado fato será considerado perfeito ainda que futuramente
sejam alterados os parâmetros utilizados para formação de novos atos.
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Letra D - correta. Realmente não há que se falar em direito adquirido contra os efeitos gerados por mudanças
de regime estatutário ou por normas constitucionais originárias.
O entendimento do STF sobre o embate, direito adquirido versus regime jurídico, foi exarado no RE 563965,
que firmou o entendimento de que "Não há direito adquirido a regime jurídico, desde que respeitado o
princípio constitucional da irredutibilidade de vencimentos;"
Quanto ao entendimento da ausência de direito adquirido perante normas constitucionais originárias, este
pode ser extraído diretamente da doutrina e das classificações dadas ao poder originário.
Como se sabe, o poder constituinte originário possui como uma de suas características o fato de ser ilimitado,
podendo inovar como quiser ao dispor sobre uma nova ordem constitucional. Assim, é incabível a firmar que
o direito adquirido prevalece sobre normas oriundas daquele poder, vez que, se fosse o caso, teríamos um
direito agindo para limitar uma norma constitucional ilimitada, o que contraria a própria lógica e por
consequência bloqueia a inovação do poder constituinte originário.
==5617c==
Letra E - incorreta. Ao afirmar que o termo “lei” está empregado em seu sentido formal, uma vez que a
jurisprudência da ADI 3.105-8/DF do STF é firme ao abranger todo e qualquer ato da ordem normativa do
art. 59 do texto constitucional como sujeitos à vedação gerada pela proteção à segurança jurídica, constante
no art. 5º, inciso XXXVI, da CF.
Sendo assim, o correto seria afirmar que a segurança jurídica se aplica às leis em sentido formal e material,
a fim de abranger qualquer norma jurídica, seja ela uma resolução, decreto legislativo ou qualquer outra
forma prevista no artigo 59 da CF/88.
Gabarito: Letra E
8) Quanto aos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal, assinale a alternativa
correta:
a) A vedação aos tribunais de exceção possuí íntima relação com o princípio do juiz natural, uma vez que tal
vedação é consequência lógica do princípio, visando garantir que não haverá arbitrariedade e imparcialidade
nos julgadores.
b) O tribunal do júri é um tribunal popular regido por alguns princípios como a plenitude de defesa, sigilo das
votações e a soberania dos veredictos, sua competência para julgamento é absoluta e não pode ser afastada
nos casos de foro especial por prerrogativa de função.
c) Um homicídio culposo praticado por Helena contra Pedro será objeto de julgamento perante o tribunal do
júri, vez que é a instituição reconhecida para julgar os crimes contra a vida.
d) O princípio da legalidade no âmbito penal pode ser desdobrado em outros dois princípios, o princípio da
reserva legal, que impõe que a lei esteja em vigor no momento da prática da infração sob pena de
inexistência do crime, e o princípio da anterioridade da lei penal, que determina que apenas lei em sentido
formal poderá definir crimes e cominar penas.
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e) A lei penal só retroagirá para beneficiar o réu se o processo ainda não houver transitado em julgado, uma
vez que com o trânsito a decisão torna-se definitiva e irreformável.
Comentários
Letra A - correta. O princípio do juiz natural garante que os indivíduos terão suas ações apreciadas por um
juiz imparcial, fato que deve ser interpretado de forma ampla para garantir um respeito absoluto às regras
de determinação de competência jurisdicional de cada órgão julgador, sob pena de viola ção à independência
e imparcialidade.
Dentro dessa forma ampla, insere-se inclusive a vedação aos tribunais de exceção, uma vez que estes são
criados após um determinado acontecimento e historicamente se apresentam de forma arbitrária, onde os
vencedores da guerra julgam os vencidos, parcialmente, o que contraria diretamente a segurança jurídica e
o Estado de Democrático de Direito.
Por fim, é importante que conhecer a literalidade do art. 5º, incisos XXXVII e LIII, da CF/88, pois tratam
expressamente sobre o tema:
(...)
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
Letra B - incorreta. A alternativa acerta ao relacionar os princípios da plenitude de defesa, do sigilo das
votações e da soberania dos veredictos ao tribunal do júri, vez que este é o conteúdo do art. 5º, inciso XXXVIII,
da CF/88. Contudo, o mesmo não pode ser afirmado quanto ao restante da assertiva.
Art. 5°, XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
Segundo o STF, a competência do Tribunal do Júri não é absoluta e poderá sim ser afastada nos casos de foro
especial por prerrogativa de função, exigindo-se apenas que este encontre previsão na Constituição Federal,
visto que não é possível suprimir a competência constitucional do júri por meio de constituições estaduais.
Tal entendimento é inclusive objeto da Súmula Vinculante n.º 45:
Súmula Vinculante nº 45: "A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o
foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual"
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Desta forma, uma vez que há a possibilidade de a competência do júri ser afastada pelo foro de prerrogativa
de função, este não poderá ser classificado como absoluto e a alternativa torna -se incorreta.
Letra C - incorreta. O tribunal do júri é um instrumento popular de julgamento que tem sua competência
atribuída pelo artigo 5º, inciso XXXVIII, alínea d, da CF/88.
É comum que os examinadores afirmem que o júri irá julgar os crimes contra a vida, como é o caso da
assertiva, entretanto, está afirmação não é verdadeira. Na realidade, o Tribunal do Júri é competente para
julgar os crimes dolosos contra a vida, e não crimes contra a vida em geral, o que significa que crimes
culposos estão excluídos de sua competência e serão julgados perante o juízo comum.
Desta forma, a alternativa está incorreta, pois Helena não será julgada perante o tribunal do júri, mas sim
pela justiça comum, vez que praticou crime culposo e este não se encontra nas competências constitucionais
do júri. Para finalizar, leia o artigo 5º, inciso XXXVIII, da CF/88:
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
Letra D - incorreta. O princípio da legalidade no âmbito penal está previsto no art. 5º, inciso XXXIX, da CF/88,
sendo correto afirmar que este pode ser desdobrado em outros dois princípios: o princípio da reserva legal
e o princípio da anterioridade.
A assertiva está correta até esse ponto. Após, a assertiva está incorreta, pois inverte os conceitos de cada
princípio. O princípio da anterioridade da lei penal, impõe que a lei esteja em vigor no momento da prática
da infração. Já o princípio da reserva legal determina que apenas lei em sentido formal poderá definir crimes
e cominar penas.
Art. 5°, XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
Letra E - incorreta. Pegadinha clássica do princípio da irretroatividade penal. Lembre-se que ela sempre será
excetuada caso beneficie o réu, sendo incorreto estipular qualquer limitação ou marco temporal que impeça
o disposto no princípio.
Portanto, a lei penal irá retroagirá para beneficiar o réu seja em processo transitado em julgado ou não,
sendo este fenômeno denominado retroatividade da lei penal benigna ou "novatio legis in mellius".
Art. 5°, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Gabarito: Letra A
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9) Acerca das disposições constitucionais denominadas pela doutrina como "mandados de criminalização",
analise os itens abaixo e assinale a alternativa que contêm a ordem incorreta:
I) A punição à discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais classifica-se como norma de
eficácia limitada, sendo direcionada ao legislador.
II) O racismo e do crime de ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o
Estado de Direito são crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia.
IV) Segundo o STF as condutas homofóbicas e transfóbicas deverão ser tipificadas como crime de racismo,
uma vez que restou configurada omissão inconstitucional do Congresso Nacional na abordagem do tema.
e) I-V,II-F,III-V,IV-F.
Comentários
Item I - correto. A classificação apresentada pelo item está correta, o art. 5º, inciso XLI, da CF/88 é claro ao
prever que a lei punirá as discriminações atentatórias aos direitos e liberdades fundamentais, norma que se
destina diretamente ao legislador para evidenciar a busca da efetiva proteção dos direitos fundamentais.
Art. 5°, XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades
fundamentais;
Itens II e III - incorretos. Para elucidar a explicação, vejamos uma tabela sobre o tema:
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O item II está incorreto, pois afirma que o racismo e o crime de ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado de Direito são crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou
anistia, o que não é verdade, vez que ambos os delitos se enquadram nos crimes imprescritíveis e
inafiançáveis.
Quanto ao item III, é importante destacar que o terrorismo e o tráfico ilícito de entorpecentes são crimes
com tratamento idêntico, sendo inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia. Quanto à prescrição, ambos
estão sujeitos a ela.
Art. 5°, XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
reclusão, nos termos da lei;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Item IV - correto. Expõe o entendimento do STF na ADO 26/DF de 13/06/2019, quando foi fixada a tese de
que o houve omissão inconstitucional do Congresso Nacional ao deixar de editar lei criminalizando as
condutas homofóbicas e transfóbicas, razão pela qual determinou-se a tipificação de ambas as condutas
como crime de racismo.
Vale citar que o julgado também abordou a questão da homotransfobia e a liberdade religiosa, afirmando
que os líderes religiosos poderão externar livremente as convicções de suas doutrinas, desde que isso não
configure discurso de ódio.
Gabarito: Letra C
a) O princípio da individualização da pena determina que a aplicação da pena deve ajustar-se à situação de
cada imputado, adequando-se às características pessoais do infrator em aspectos como suspensão ou
interdição de direitos, perda de bens, multa e outros.
b) João possui 75 anos, Maria possuí 36 anos e José possuí 25 anos, os três foram condenados por sentença
judicial transitada em julgado pelo mesmo crime e foram encaminhados para estabelecimentos de execução
penal distintos, o que é correto vez que cada se enquadra em um critério de execução penal individualizada.
c) O direito das presidiárias a amamentar seus filhos corresponde a uma dupla garantia, uma vez que visa
evitar que a pena da mãe contamine os direitos do recém-nascido, que seria privado de um alimento
fundamental para seu desenvolvimento.
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d) Enquanto se encontra na prisão o indivíduo não goza de todos os direitos fundamentais, entretanto a sua
integridade física e moral deverá ser resguardada para que não sejam aplicadas penas cruéis e degradantes.
e) A pena de morte permanecerá vedada no Brasil ainda que em tempos de guerra declarada,
diferentemente das penas de banimento onde será possível impor que brasileiros natos não adentrem no
território brasileiro, além de retirar-lhes à cidadania brasileira permanentemente.
Comentários
Letra A - correta. O princípio da individualização da pena realmente prevê a aplicação de pena de forma
personalizada à situação de cada imputado. Isto ocorre porque o próprio texto constitucional entende que
é necessário cumprir com a finalidade preventiva e repressiva, a fim de evitar qu e a pena de quem comete
um crime leve seja igual a imposta a um crime gravíssimo.
É importante recordar que o princípio tem algumas hipóteses elencadas no art. 5º, inciso XLVI, da CF/88, mas
que esta previsão é exemplificativa e a lei poderá criar novas penalidades e análises de forma a buscar uma
melhor adequação da pena à pessoa do condenado.
Art. 5°, XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
b) perda de bens;
c) multa;
Por fim, importante lembrar que o STF considera inconstitucional a vedação absoluta à progressão de regime
nos crimes hediondos, vez que considera tal disposição uma afronta à individu alização da pena. Tal
entendimento pode ser encontrado na Súmula Vinculante nº 26:
Súmula Vinculante nº 26: Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime
hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei
nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo da avaliar se o condenado preenche, ou não, os
requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo
fundamentado, a realização de exame criminológico.
Letra B - correta. Conforme se observa no início da alternativa, cada um dos sentenciados possui uma
particularidade e tal fato influenciará na hora de enviá-los aos estabelecimentos prisionais, uma vez que o
art. 5º, inciso XLVII, da CF/88, prevê a separação em virtude do delito, idade e sexo dos apenados.
Art. 5°, XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza
do delito, a idade e o sexo do apenado;
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No caso, não há que se falar em separação de acordo com a natureza do delito, pois todos foram condenados
pelo mesmo crime. Contudo, o mesmo não pode ser dito em relação ao sexo e a idade, vez que João é maior
de 60 anos, Maria é uma mulher com menos de 60 anos e José é um homem com menos de 60 anos, o que
realmente exige a separação dos três em estabelecimentos próprios, tal qual afirmado na alternativa.
Letra C - correta. O direito de as presidiárias amamentarem seus filhos realmente é visto pela doutrina como
uma dupla garantia, uma vez que privar a criança de um alimento tão essencial seria o mesmo que puni-lo
pelos crimes praticados por sua genitora, o que é vedado pela Constituição Federal.
Assim, a alternativa está correta, vez que o direito citado visa assegurar às mães o direito de amamentar e
ter contato com seu filho, bem como permite à criança o acesso ao leite materno que é fundamental para o
seu desenvolvimento. Para finalizar, veja o texto constitucional:
Art. 5°, L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus
filhos durante o período de amamentação;
Letra D - correta. A prisão, por seu próprio conceito, consiste na limitação de direitos fundamentais como
forma de prevenção e repressão do Estado às atividades ilícitas. Portanto, é correto afirmar que o indivíduo
será submetido à restrição de alguns direitos fundamentais, como é o caso da liberdade de locomoção e a
liberdade profissional.
Igualmente correta é a afirmação da alternativa quanto à proteção aos demais direitos, uma vez que o texto
constitucional compatibiliza a vedação de penas cruéis e degradantes com formas de evitá-las ao garantir a
integridade física e moral citada no art. 5º, inciso XLIX da CF/88.
Art. 5°, XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
Letra E - incorreta. O art. 5º, inciso XLVII, da CF/88, prevê um rol exaustivo de penas inaplicáveis no
ordenamento jurídico brasileiro, sendo esta uma garantia humanitária ao sentenciado para que sua
dignidade como pessoa não seja violada. Veja:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
Como se sabe, não há direitos fundamentais absolutos e um dos maiores exemplos é o direito à vida, que
possuí exceção no texto constitucional em períodos de guerra declarada. Veja que apenas com este ponto a
assertiva já se torna incorreta, mas ainda há mais alguns detalhes.
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A pena de morte é a única pena inaplicável que admite exceção no Brasil, vez que todas as outras não
poderão ser flexibilizadas. Assim, é incorreto falar que a pena de banimento poderá ser aplicada em algum
momento, uma vez que afronta diretamente a Constituição Federal.
Vale lembrar que o banimento é diferente da expulsão de estrangeiro do Brasil, sendo o segundo caso
plenamente admitido pelo ordenamento.
Gabarito: Letra E.
11) Considerando as disposições sobre direitos e garantias individuais previstos na Constituição Federal e
discutidos em Tribunais Superiores, assinale a alternativa que contêm uma hipótese de aplicação correta
das disposições constitucionais.
a) Marcel é francês e veio para o Brasil após cometer crimes de opinião ao participar de protestos contra o
governo de seu país de origem. Caso a França venha a requerer a extradição de Marcel, o Brasil poderá
concedê-la se o delito também encontrar punição no país.
b) Joaquim foi condenado em segunda instância pela prática de crime punido com reclusão, tendo
protocolado recurso ao Superior Tribunal de Justiça. Nesse caso, a execução provisória da sentença penal
condenatória não poderá ser realizada pois violaria o princípio da presunção de inocência, devendo -se
aguardar o trânsito em julgado da sentença penal condenatória para que Joaquim inicie o cumprimento de
sua pena.
c) Paulo é servidor público efetivo no cargo de contador e vem respondendo a um processo administrativo
disciplinar, razão pela qual pretende apresentar defesa técnica de sua autoria no processo. A pretensão de
Paulo não poderá ser concretizada pois é vedada a apresentação de defesa técnica neste tipo de processo,
além disso não seria cabível por ser atribuição exclusiva dos bacharéis em direito inscritos nos quadros da
Ordem dos Advogados do Brasil.
d) Mario está movendo ação civil contra um devedor e ao longo do processo o magistrado admitiu a inserção
de provas ilícitas e negou o oferecimento de defesa, por parte de Mario, contra as provas citadas. Neste caso
há violação ao contraditório e ampla defesa, mas não há violação ao devido processo legal.
e) João Lucas deseja apresentar um recurso administrativo, mas foi informado que o mesmo só poderá ser
apresentado se efetuado depósito prévio em dinheiro do valor discutido. Neste caso, João Lucas deverá se
submeter a exigência uma vez que está é constitucionalmente aceita para evitar recursos protelatórios e
garantir a eficiência por meio da celeridade nos julgamentos administrativos.
Comentários
Letra A - incorreta. O art. 5º, inciso LII, da CF/88 é expresso ao vedar a extradição por crimes políticos ou de
opinião. Portanto, como Marcel é estrangeiro e praticou um crime de opinião, foram atendidos os requisitos
para vedação de sua extradição ao governo francês.
Vale lembrar que o asilo político, previsto nos princípios das relações internacio nais, guarda íntima relação
com o disposto no artigo 5º, razão pela qual é interessante sua leitura conjunta:
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Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
(...)
(...)
Art. 5º, LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
Letra B - correta. Temos um exemplo prático do recente entendimento do STF acerca da presunção de
inocência que, no ano de 2019, modificou o posicionamento para considerar que a condenação em segunda
instância não poderia mais iniciar a execução provisória da pena, impondo-se a necessidade de aguardar o
trânsito em julgado.
Desta forma, o entendimento atual que você deverá levar para a sua prova é este! Vale lembrar que o citado
entendimento se aplica à execução provisória das penas, o que difere das prisões cautelares que são
compatíveis com o princípio da presunção de inocência.
Art. 5°, LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;
Letra C - incorreta. O art. 5º, inciso LV, da CF/88, dispõe que o contraditório e a ampla defesa serão aplicáveis
em todos os processos judiciais ou administrativos, razão pela qual não há que se falar em impossibilidade
de apresentação da defesa técnica no processo administrativo de Paulo.
Art. 5°, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Desta forma, a ampla defesa e o contraditório serão aplicados tanto aos processos judiciais quanto aos
administrativos, ainda que estes últimos se refiram à aplicação de punições disciplinares ou à restrição de
direitos em geral.
Por fim, temos ainda o importante entendimento da súmula vinculante n.º 5, que faculta a presença de
advogados em processos administrativos disciplinares, conforme transcrito abaixo:
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Letra D - incorreta. O princípio do devido processo legal é uma das garantias mais abrangentes do texto
constitucional. Previsto no art. 5º, inciso LIV, da CF/88, dele derivam diversos princípios como o contraditório
e a ampla defesa, o direito de acesso à justiça, o princípio do juiz natural, o princípio de vedação às provas
ilícitas, o princípio da proporcionalidade, o princípio da razoabilidade e tantos outros.
Art. 5°, LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
Os princípios retro mencionados derivam do devido processo legal pois estão inter-relacionados, de forma a
garantir que o respeito a cada um deles, de forma individual, permita que no âmbito geral se tenha um
devido processo legal respeitado.
Vale lembrar que o devido processo legal é dividido no âmbito formal, que é a garantia de que as partes
poderão se valer de todos os meios jurídicos disponíveis, e no âmbito material, que é o respeito à
proporcionalidade. No caso da assertiva, temos um desrespeito ao âmbito formal, pois Mário teve seu
contraditório e ampla defesa violados e ainda foi submetido a um julgamento com pro vas ilícitas, que são
vedadas pela Constituição Federal.
Como a alternativa menciona a violação ao contraditório e ampla defesa e logo em seguida fala em
adequação ao devido processo legal, temos uma contradição que leva a sua incorreção, vez que não se po de
falar em adequação ao devido processo legal quando há respeito a alguns princípios enquanto se desobedece
a outros, como a vedação às provas ilícitas ou contraditório e ampla defesa.
Letra E - incorreta. A exigência de depósito ou arrolamento prévio em dinheiro ou em bens como requisito
para admissibilidade de recurso é inconstitucional, sendo justamente o enunciado da Súmula Vinculante n.º
21:
Desta forma, João Lucas não precisa se submeter ao depósito e poderá contestar a exigência, vez que
qualquer lei ou ato normativo nesse sentido viola a Constituição Federal.
Por fim, vale ressaltar que os casos de crédito tributário possuem uma Súmula Vinculante própria e similar a
retro citada. Trata-se da Súmula Vinculante n.º 28:
Súmula Vinculante n.º 28: “É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de
admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.
Gabarito: Letra B
I) Dado o seu caráter público, a ação penal pública poderá ser ajuizada por q ualquer pessoa dentro do prazo
legal.
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II) A privação do direito à liberdade por meio da prisão só será admitida em casos de flagrante de delito,
ordem escrita e fundamentada de juiz e transgressão militar ou crime propriamente militar, podendo,
entretanto, ser relativizada nos casos em que a lei admita liberdade provisória, seja ela com ou sem fiança.
III) Se durante uma prisão não houver qualquer perigo à integridade física do preso ou de terceiros e ainda
assim a autoridade policial fizer o uso de algemas, esta prisão será considerada ilegal e deverá ser relaxada
pelo juiz, a não ser que se apresente justificativa escrita que esclareça a gravidade do delito.
IV) O direito de permanecer em silêncio é prerrogativa do preso que poderá ser exercido a qualquer
momento sem que lhe traga nenhum prejuízo, seja na prisão ou no interrogatório, sendo, inclusive, nulidade
absoluta a ausência de informação de seu direito durante o interrogatório.
e) I-V, II-F,III-V,IV-F.
Comentários
Item I - incorreto. A ação penal pública é assim denominada por ser movida pelo poder público, sendo o
Ministério Público seu titular e legitimado na busca da pretensão punitiva.
Esta é a regra geral. Contudo o art. 5º, inciso LIX, da CF/88 apresenta uma importante exceção a legitimidade
do MP na ação penal pública. Trata-se de uma hipótese em que o particular irá assumir a persecução penal.
Art. 5°, LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no
prazo legal;
Como pode ser visto no texto acima, se a ação penal pública não for promovida no prazo legal, o particular
poderá entrar em ação para suprir a omissão do Ministério Público, através da ação penal privada subsidiária
da pública, que somente terá espaço em virtude da inércia do MP.
Uma vez que o item afirma que a ação penal pública poderá ser intentada por qualq uer pessoa a qualquer
momento, temos, portanto, sua incorreção.
Item II - correto. Expõe corretamente as disposições constitucionais sobre prisão, uma vez que realmente
trata-se de um rol taxativo de hipóteses que poderão ser excetuadas em virtude da liberdade provisória, com
ou sem fiança.
Art. 5°, LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
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(...)
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
Por fim, vale ressaltar que a transgressão militar e o crime propriamente militar deverão estar definidos em
lei, sendo dispensada ordem judicial para eles, assim como nos casos de flagrante delito.
Item III - incorreto. Somente devem ser usadas algemas em casos excepcionais e seu uso não guarda relação
com a gravidade do delito, mas sim com a situação de perigo à integridade física d o preso ou de terceiros.
Súmula Vinculante n.º 11: Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio
de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros,
justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal
do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere sem
prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
Art. 5°, LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
Item IV - correto. De acordo com o disposto no art. 5º, incisos LXII e LXIII, da CF/88, sendo de fato garantido
o direito ao silêncio ao longo de toda a persecução criminal.
Igualmente correta é a afirmação de que o fato de não o informar acarreta nulidade absoluta no
interrogatório vez que, segundo o STF, o direito ao silêncio está no alcance do devido processo legal e deve
ser formalmente observado 4.
Art. 5°, LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado;
Ante o exposto, a ordem das alternativas ficou: I-F, II-V, III-F e IV-V.
Gabarito: Letra C
13) Assinale a alternativa que não contém um direito com gratuidade garantida pela Constituição Federal:
4
STF, Primeira Turma, HC 68929 SP, Rel. Min. Celso de Mello, j. 22.10.1991, DJ 28-08-1992
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Comentários
Letra A - correta. O artigo 5º, inciso LXXIV, da CF/88 garante a assistência jurídica integral e gratuita àqueles
que comprovarem insuficiência de recursos. Perceba que ela não será gratuita para todas as pessoas, mas
apenas para as pessoas hipossuficientes financeiramente, sendo uma ferramenta para garantir o acesso das
pessoas que não tem condições financeiras ao Judiciário.
Veja a literalidade:
Art. 5°, LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos;
Letra B - correta. O registro civil de nascimento e a certidão de óbito realmente são gratuitos para os
reconhecidamente pobres. Este é um direito concedido apenas para eles e não vale para qualquer pessoa,
como pode ser visto na disposição do artigo 5º, inciso LXXVI, da CF/88.
Art. 5°, LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
b) a certidão de óbito;
Uma última observação refere-se ao fato de o STF considerar constitucional que uma lei preveja gratuidade
da primeira certidão de nascimento ou de óbito para todos os cidadãos, e não apenas aos mais pobres, uma
vez que a Constituição estabeleceu o mínimo que deveria ser garantido e a regra que estendeu a todos
satisfaz os critérios constitucionais.
Art. 5°, LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.
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Perceba que apenas os "habeas" serão gratuitos, uma vez que o mandado de segurança é uma ação que terá
custas e o mandado de injunção, por não versar sobre o tema e seguir de forma subsidiária o mandado de
segurança, terá igualmente a cobrança dessas.
Letra D - correta. Os atos necessários ao exercício da cidadania, na forma da lei, realmente serão gratuitos e
isso decorre do art. 5º, inciso LXXVII, da CF/88, que é o mesmo inciso que versa sobre a gratuidad e do habeas
corpus e habeas data.
Art. 5°, LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.
Tal gratuidade é concedida, pois a cidadania é requisito essencial para um Estado Democrático, razão pela
qual se considera vedada a sua limitação em virtude da condição financeira das pessoas, tal qual ocorria no
passado, quando apenas os detentores de certa condição financeira poderiam exercer o direito a voto.
Uma certidão é um atestado ou ato que comprova um fato ou situação, sendo realizada de forma autêntica
por pessoa com fé pública.
No texto constitucional, a gratuidade das certidões é tratada em conjunto com o direito de petição, que
também é uma forma de exercício da cidadania, pois visa a defesa de direitos, conforme o art. 5º, inciso
XXXIV, da CF/88:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso
de poder;
Tome cuidado com o disposto nas alíneas acima, não raro encontramos questões onde a banca tenta
confundir as finalidades, portanto lembre-se que embora ambos visem a defesa de direitos, há diferenças:
Gabarito: Letra C
14) Quanto aos direitos e direitos individuais e coletivos previstos na Constituição Federal, é correto
afirmar:
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a) o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial, salvo
previsão legal em sentido contrário;
c) O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses que venh am a
ser previstas no texto constitucional.
d) Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem
fiança
e) Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos
princípios por ela adotados, ou dos tratados inter-regionais em que a República Federativa do Brasil seja
parte.
Comentários
Letra A – incorreta. O texto constitucional não apresenta a ressalva trazida equivocadamente pela assertiva.
Nesse sentido, vejamos o art. 5º, inciso LXIV, da CF:
Art. 5º, LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
Letra B – incorreta. O texto constitucional, no art. 5º, § 1º, fala em aplicação imediata:
Art. 5º, § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
Letra C – incorreta. Conforme o art. 5º, inciso LVIII, da CF/88, a exceção fica por conta das hipóteses
apresentadas pela legislação, não sendo necessário que estejam fixadas no próprio texto constitucional:
Art. 5º, LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei;
Art. 5º, LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
Letra E - incorreta. O dispositivo previsto no art. 5º, § 2º, da CF/88, não fala em tratados inter-regionais, mas
em internacionais:
Art. 5º, § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes
do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
Gabarito: Letra D.
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15) Sobre a temática dos Direitos e Garantias Fundamentais, assinale a opção correta.
a) Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime hediondo, praticado antes da
naturalização.
c) Aos autores pertence o direito exclusivo da utilização, publicação ou reprodução de suas obras, não
transmissíveis aos herdeiros.
Comentários
Letra A - incorre. Não precisa ser crime hediondo para o brasileiro naturalizado poder ser extraditado. Caso
pratique crime comum antes da naturalização, o brasileiro naturalizado pode ser extraditado, conforme o
art. 5º, inciso LI, da CF/88.
Art. 5°, LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
Letra B - incorreta. Conforme o art. 5º, inciso IV, da CF/88, o anonimato é vedado.
Letra C - incorreta. Conforme o art. 5º, inciso XXVII, da CF/88, trata-se de um direito transmissível aos
herdeiros pelo tempo que a lei fixar.
Art. 5°, XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução
de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
Letra E - Incorreta. Conforme o art. 5º, inciso LX, da CF/88, a lei pode restringir os atos processuais quando a
defesa da intimidade ou o interesse social o permitirem.
Art. 5°, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem;
Gabarito: D
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16) Nos termos da Constituição Federal, sobre os direitos e garantias fundamentais, é incorreto afirmar
que:
a) As convenções internacionais que versarem sobre direitos humanos em que a República Federativa do
Brasil seja parte, ao serem aprovadas em cada Casa do Congresso Nacional, serão equivalentes às emendas
constitucionais se a aprovação ocorrer em dois turnos por três quintos dos votos dos respect ivos membros.
b) São extensíveis aos estrangeiros, mesmo aqueles apenas em trânsito no país, os direitos e garantias
individuais elencados na Constituição Federal.
c) O princípio da inafastabilidade da apreciação pelo Judiciário de lesão ou ameaça a direit o autoriza que,
mesmo em caso de guerra, o Judiciário mantenha sua jurisdição.
e) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível
à preservação ou da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem de outras pessoas, ou à segurança
da sociedade e do Estado. Inclusive, os dados pessoais são protegidos, inclusive nos meios digitais.
Comentários
Letra A - correta. De acordo com o art. 5º, § 3º, da CF/88, para serem equivalentes às emendas
constitucionais, tais convenções devem ser aprovadas em dois turnos, por 3/5 dos votos dos respectivos
membros.
Art. 5°, § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
Letra B - correta. O caput do art. 5º da CF/88 estende os direitos fundamentais aos estrangeiros residentes
no país. A doutrina é consensual no sentido de que os estrangeiros em trânsito podem ser titulares de
direitos fundamentais.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Além disso, a Suprema Corte já proferiu entendimentos no sentido de que podem ser titulares de direitos
fundamentais os estrangeiros que não possuam domicílio no país. Nesse sentido:
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- “o súdito estrangeiro, mesmo aquele sem domicílio no Brasil, tem direito a todas as
prerrogativas básicas que lhe assegurem a preservação do status libertatis e a observância,
pelo Poder Público, da cláusula constitucional do due process”5.
- “a condição de estrangeiro sem residência no País não afasta, por si só, o benefício da
substituição da pena”7.
Letra C - correta. O princípio da inafastabilidade de jurisdição, previsto no art. 5º, inciso XXXV, da CF/88, não
é afastado em caso de guerra, sendo válido a qualquer tempo.
Letra D - incorreta. A despeito de a literalidade do art. 5º, inciso LXVII, da CF/88, autorizar a prisão do
depositário infiel, atualmente não é possível tal tipo de prisão, em razão de o STF já ter pacificado
entendimento, inclusive por meio da Súmula Vinculante nº 25, no sentido de que:
Súmula Vinculante n.º 25: “É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a
modalidade do depósito”.
Letra E - correta. Reflete a combinação dos incisos X, XXXIII e LXXIX do art. 5º da CF.
Art. 5°, X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; (...)
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular,
ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e
do Estado; (...)
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos
meios digitais.
c) podem ser responsabilizados, caso as informações não sejam prestadas no prazo fixado em lei;
5
STF - HC 94.016
6 STF – RE 33.319/DF.
7 STF – HC
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d) não poderão prestar as informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado; e
e) não poderão prestar as informações que comprometam a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem de terceiros.
Caso ocorra violação na intimidade, na vida privada, na honra ou na imagem, ao titular do direito violado é
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
Gabarito: Letra D
17) Os direitos e garantias fundamentais são objeto de título específico na Constituição. Sobre o assunto,
marque a alternativa correta.
a) A Constituição prevê que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, nem mesmo quando tal convicção implicar o titular ter que se eximir de obrigação legal
a todos imposta.
b) Não são admitidas no processo as provas obtidas por meios ilícitos, garante o art. 50, inciso LVI, da
Constituição Federal, entendendo-as como aquelas colhidas em infringência às normas do direito processual.
As provas ilícitas também podem ser chamadas de provas ilegais ou ilegítimas.
c) É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de
internação coletiva. A expressão "nos termos da lei" indica que é a lei que vai outorgar o direito.
d) Entre os direitos garantidos pela Constituição, está que a casa é asilo inviolável do indivíduo. Para que haja
uma real proteção ao direito do indivíduo, a casa referida pelo legislador constituinte deve ser interpretada
da forma mais ampla possível. Por isso, o dispositivo aplica-se aos bares, cafés, restaurantes, lojas e
estabelecimentos durante o período em que estejam abertos ao público, mesmo os seus proprietários não
residindo neles.
e) Pessoas jurídicas são beneficiárias de direitos e garantias fundamentais, inclusive direitos e deveres
individuais.
Comentários
Letra A - incorreta. Se tais motivos forem invocados pelo titular para eximir-se de obrigação a todos imposta
e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei, ele poderá ser privado de direitos, conforme o
art. 5º, inciso VIII, da CF/88:
Art. 5°, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
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Letra B - incorreta. Prova ilegal é gênero que compreende duas espécies: a) prova ilícita (obtida com afronta
a direito material) e b) prova ilegítima (obtida com afronta a direito processual). Logo, as provas ilícitas não
podem ser chamadas de provas ilegítimas.
Art. 5°, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
Letra C- incorreta. A lei vai restringir o direito, que já foi outorgado pela própria CF.
Letra D - incorreta. Embora o STF entenda que o conceito normativo de “casa” seja bastante abrangente,
não se estende a compartimento privados abertos ao público.
Letra E - correta. Diversos direitos individuais são aplicáveis às pessoas jurídicas, como, por exemplo, o direito
de resposta, previsto no art. 5º, inciso V, da CF/88, ou o direito à assistência jurídica gratuita, previsto no art.
5º, inciso LXXIV, da CF/88.
Art. 5°, V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por
dano material, moral ou à imagem;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos;
Gabarito: Letra E.
a) A interceptação telefônica tem exceção criada pela Constituição para a violação das comunicações
telefônicas, quais sejam, ordem judicial, finalidade de investigação criminal e instrução processual penal ou
nas hipóteses e na forma que a lei complementar estabelecer.
d) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que não afronta o
princípio da isonomia a adoção de critérios distintos para a promoção de integrantes do corpo feminino e
masculino da Aeronáutica.
e) É lícita a exigência de depósito prévio de dinheiro para admissibilidade de recurso administrativo, desde
que se trate de pequeno valor, sob pena de afronta ao princípio da razoabilidade.
Comentários
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Letra A - incorreta. O sigilo das comunicações telefônicas pode ser afastado por ordem judicial para fins de
investigação criminal ou de instrução processual penal, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer, de
acordo com o art. 5º, inciso XII, da CF/88. De acordo com a redação da assertiva, dá a entender que poderiam
ser criadas novas finalidades para o afastamento do sigilo das comunicações telefônicas (por causa da palavra
“ou”). Além disso, o dispositivo constitucional exige apenas lei ordinária, e não lei complementar, como
afirma a assertiva.
Art. 5°, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e
das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma
que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
Letra C - incorreta. De acordo com o STF, esses dados podem sim ser utilizados em procedimento
administrativo, senão vejamos:
Letra D - correta. O STF entende que “não afronta o princípio da isonomia a adoção de critérios distintos para
a promoção de integrantes do corpo feminino e masculino da Aeronáutica” 10.
Letra E - incorreta. De acordo com a Súmula Vinculante nº 21, é inconstitucional a exigência de depósito
prévio de dinheiro para admissibilidade de recurso administrativo.
Gabarito: Letra D
8
STF – AI 705.630 AgR.
9 STF – Inq 2.424.
10 STF – RE 498.900-AgR
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a) O direito de reunião pacífica não contempla, sem prévia anuência expressa da autoridade pública de
trânsito, a realização de manifestação coletiva, com objetivo de protesto contra a carga tributária, em via
pública de circulação automobilística.
d) É considerada prova lícita a gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, sem
conhecimento do outro, quando há investida criminosa deste último.
Comentários
Letra A - incorreta. De acordo com o art. 5º, inciso XVI, da CF/88, não há que se falar em “anuência” (=
autorização) do poder público para o exercício do direito de reunião. Além disso, de acordo com o art. 5º,
inciso XV, da CF/88, tal direito não pode aniquilar o direito de locomoção daqueles que circulam nas vias
públicas automobilísticas.
Art. 5°, XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Sobre o requisito de prévio aviso à autoridade competente, o STF emitiu recentemente tese de repercussão
geral no seguinte sentido:
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Assim, não devemos confundir o “prévio aviso” (necessário, nos termos da CF/88, com ressalvas, conforme
entendimento do STF) com “autorização” (desnecessária)!
Letra C - correta: O aludido “espaço privado não aberto ao público” corresponde ao conceito de “casa” para
fins da inviolabilidade domiciliar prevista no art. 5º, inciso XI, da CF, que só pode ser afastada nos casos ali
apontados: “em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por
determinação judicial”. Destacamos que a assertiva reflete trecho de entendimento proferido pelo STF no
HC 82.788/RJ.
Letra D - correta. O entendimento do STF13 é no sentido de que “a gravação de conversa telefônica feita por
um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, quando ausente causa legal de sigilo ou de reserva da
conversação não é considerada prova ilícita”, bem como que “é lícita a gravação de conversa telefônica feita
por um dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, quando há investida criminosa
deste último”.
Gabarito: Letra A
11
STF – RE 806.339.
12
STF – MI 58
13 STF – HC 74.678.
14 STF – ADI 4.451 – MC – REF.
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20) No tocante aos remédios previstos na Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que
a) somente quem sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção,
por ilegalidade ou abuso de poder, pode impetrar habeas corpus.
b) Não é necessária a comprovação de prejuízo material aos cofres púb licos como condição para a
propositura de ação popular.
c) a medida judicial adequada para se suprir omissão regulamentadora que torne inviável o exercício de
liberdade constitucional é o mandado de segurança.
e) para ajuizamento do habeas data, é dispensada a negativa da obtenção dos dados pela via administrativa.
Comentários
Letra A - incorreta. Conforme o art. 5º, inciso LXVIII, o habeas corpus pode ser impetrado não só por quem
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade
ou abuso de poder, mas, também, por terceiro em favor de outrem, sendo dispensada até mesmo a
apresentação de procuração.
Art. 5°, LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Letra C - incorreta. Conforme art. 5º, inciso LXXI, da CF/88, quando for impossível exercer liberdade prevista
na Constituição Federal em virtude de inexistência de norma regulamentadora, a medida apta a sanar essa
omissão é o mandado de injunção, e não o mandado de segurança.
Art. 5°, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Letra D - incorreta. Conforme art. 5º, inciso LXXVII, da CF/88, somente o habeas corpus e o habeas data são
isentos de custas.
Art. 5°, LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.
Letra E - incorreta. O acesso ao habeas data pressupõe, dentre outras condições de admissibilidade, a
existência do interesse de agir, consubstanciado na resistência ao fornecimento das informações ou à
retificação dos dados pertinentes. O art. 5º, inciso LXXII, da CF/88, trata da concessão do habeas data:
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b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
Gabarito: Letra B
a) O habeas corpus visa a proteger o direito constitucional de ir e vir, enquanto o habeas data visa a assegurar
o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de
dados de entidades governamentais ou de caráter público, e à retificação de dados, quando não se prefira
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
c) O mandado de segurança impetrado contra ato ilegal praticado por autoridade pública é isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência.
d) Não se concederá mandado de segurança na hipótese de decisão judicial da qual caiba recurso suspensivo.
e) Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania
e à cidadania.
Comentários
Letra A - correta. Conforme o art. 5°, inciso LXVIII, da CF/88, o habeas corpus ampara o direito de ir e vir,
enquanto o habeas data visa ao conhecimento de informações e à retificação de dados, conforme o art. 5°,
inciso LXXII, da CF/88, transcrito abaixo:
Art. 5°, LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
(...)
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
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Letra B - correta. Apesar de sua natureza de norma definidora de direitos e garantias, o habeas data sofre
restrições, dentre as quais é possível citar a necessidade de que as informações de que se deseja obter
conhecimento devem ser relativas à pessoa do impetrante, e não de outrem.
Letra C - incorreta. O mandado de segurança não é, nos termos da CF, gratuito, mas sim o habeas corpus e o
habeas data (CF, art. 5°, LXXVII):
Art. 5°, LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.
Letra D - correta. Vejamos as hipóteses em que o mandado de segurança não será concedido, nos termos da
Lei nº 12.016/2009:
Art. 5°, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;
Gabarito: Letra C
a) Não é possível à pessoa jurídica figurar como paciente na impetração de habeas corpus.
b) Para que seja concedido o habeas data, é preciso demonstrar a existência de prévio pedido no âmbito
administrativo.
c) Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administrad ores de
concessionárias de serviço público.
d) O Supremo Tribunal Federal decidiu não são ser cabível medida liminar em mandado de injunção devido
ao entendimento de que essa ação não possui auto aplicabilidade.
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Comentários
Letra A - correta. O habeas corpus protege o direito de ir e vir, o que não seria cabível para pessoas jurídicas,
que não se locomovem. Portanto, pessoas jurídicas não podem ser pacientes no habeas corpus.
Letra B - incorreta. Para justificar o interesse de agir, a jurisprudência entende ser necessária prévia negativa
da via administrativa, não bastando apenas o pedido, para que seja concedido o habeas data.
Letra C - correta: Realmente não cabe o mandado de segurança na situação descrita na assertiva, conforme
o art. 1º, § 2°, da Lei 12.016/2009:
Art. 1º, § 2° Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos
administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de
serviço público.
Letra D - correta. Justamente por concluir que o mandado de injunção não possui auto aplicabilidade é que
o STF entende não ser cabível medida liminar nesse tipo de ação.
Letra E - correta. O STF vem adotando a posição concretista, ou seja, buscando concretizar a norma
constitucional pendente de regulamentação pelo legislador omisso.
Gabarito: Letra B
23) O artigo 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal de 1988 preconiza que “conceder-se-á mandado de
segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando
o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público”. A respeito desse remédio constitucional, assinale a alternativa
que está em consonância com o entendimento do STF.
a) É inconstitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de Mandado de Segurança.
b) A impetração de Mandado de Segurança Coletivo por entidade de classe em favor dos associados depende
de autorização destes.
c) Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.
e) A cobrança de dívida líquida e certa pode ser feita mediante impetração de mandado de segurança.
Comentários
Letra A - incorreta. Conforme a súmula nº 632 do STF, a lei que fixa prazo de decadência para a impetração
do mandado de segurança é constitucional.
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Súmula n.º 632 do STF: É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de
Mandado de Segurança.
Letra B - incorreta. Conforme a súmula nº 629 do STF, as entidades de classe podem impetrar mandado de
segurança coletivo em favor dos associados independente de autorização destes.
Súmula nº 629 do STF: A impetração de Mandado de Segurança coletivo por entidade de classe
em favor dos associados independe da autorização destes.
Letra C - correta. A súmula nº 267 do STF dispõe que, havendo recurso próprio ou reclamação correcional,
não há falar em mandado de segurança contra ato judicial:
Súmula n.º 267 do STF: Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso
ou correição.
Letra D - incorreta. Conforme a súmula nº 625 do STF, a existência de controvérsia sobre matéria de direito
não inviabiliza a concessão da segurança pleiteada em mandado de segurança.
Súmula nº 625 do STF: Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado
de segurança.
Letra E - incorreta. Conforme a súmula nº 269 do STF, o mandado de segurança não pode ser utilizado para
cobrança de dívida, que possui ação própria para tanto.
Gabarito: Letra C
IV – partido político que elegeu apenas governadores e prefeitos nas últimas eleições.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, em regra, são legítimas para impetrar mandado de segurança
coletivo apenas os que constam nos itens
(B) I, II e IV.
(C) I, II e III.
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(E) I e IV.
Comentários
Conforme o art. 5º, inciso LXX, da CF/88, possuem legitimidade para impetrar mandado de segurança
coletivo:
a) partido político com representação no Congresso Nacional (Câmara dos Deputados ou Sen ado Federal);
Destacamos que o prazo de 1 ano de funcionamento só é requisito para as associações, não se aplicando aos
sindicatos nem às entidades de classe. Por outro lado, os sindicatos, as entidades de classe e as associações
devem defender, no mandado de segurança coletivo, apenas os interesses de seus membros ou associ ados,
não possuindo legitimidade para defender interesse alheio à respectiva categoria.
Art. 5º, LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
Item I – legítimo para impetrar mandado de segurança coletivo, pois refere-se à partido político com
representação no Congresso Nacional, conforme o art. 5º, inciso LXX, alínea a, da CF/88.
Item II – legítimo para impetrar mandado de segurança coletivo, já que diz respeito a associação constituída
há pelo menos 1 ano, conforme o art. 5º, inciso LXX, alínea b, da CF/88.
Item III – legítimo para impetrar mandado de segurança coletivo, conforme o art. 5º, inciso LXX, alínea b, da
CF/88.
Item IV – não é legítimo para impetrar mandado de segurança coletivo, pois não há representação de partido
político no congresso nacional.
Logo, possuem legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo os que constam nos itens I, II e
III.
Gabarito: Letra C
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b) O mandado de injunção pode ser utilizado em caso de omissões legislativas totais ou parciais, sendo um
remédio constitucional de natureza civil.
c) O mandado de injunção pode ser impetrado por qualquer pessoa física ou jurídica, bastando que esta se
veja em situação de prejuízo ao gozo de seus direitos em virtude de ausência normativa.
e) O mandado de injunção não é gratuito e sua impetração depende de assistência de advogado pela parte.
Comentários
Letra A - correta. O mandado de injunção encontra previsão no art. 5º, inciso LXXI, da CF/88 e foi disciplinado
na lei 13.300/2016, sendo, de fato, um remédio constitucional que visa combater a omissão dos legisladores
em hipóteses em que esta gera prejuízo no exercício de direitos e garantias do cidadão .
Art. 5°, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania;
Conforme a alternativa menciona, o mandado de injunção também será aplicável nos casos relacionados à
nacionalidade, soberania e cidadania, sendo um remédio que busca garantir o direito à legislação nas normas
de eficácia limitada, vez que, segundo o STF, “o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se
evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de
exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público” 15.
Por este motivo, afirma-se que o direito à legislação protegido por mandado de injunção só se aplica a
normas de eficácia limitada de caráter impositivo.
Letra B - correta. Ao versar sobre o mandado de injunção, o texto constitucional não faz qualquer restrição
ao caráter das omissões ser total ou parcial, isso porque em ambos os casos ocorre a insuficiente
concretização de direitos constitucionais pelo Poder Público.
15
MI 3316 / DF, Rel. Min. Celso de Mello. Julg. 09.04.2014.
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Afirmar que uma omissão total deveria ser combatida e que as parciais não, acabaria gerando uma
contradição, pois seria o mesmo que afirmar que algumas situações de inércia estatal seriam aceitáveis em
detrimento de outras, o que não é verdade.
Sendo assim, a resposta está correta e a aplicação do mandado de injunção atingirá as omissões totais ou
parciais, vez que ambos os casos derivam de normas de eficácia limitada em que o legislador está obrigado
a exercer a atividade legiferante.
Para finalizar, veja a literalidade do art. 2º da lei 13.300/2016 que abordou o tema:
Art. 2º Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Letra C - correta. Conforme o art. 3º da lei 13.300/2016, uma das principais características do mandado de
injunção é justamente a sua legitimidade abrangente, onde qualquer pessoa poderá impetrá -lo.
Lei 13.300/2016. Art. 3º São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as
pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das
prerrogativas referidos no art. 2º e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com
atribuição para editar a norma regulamentadora.
Esta característica é um dos fatores que diferenciam o mandado de injunção da ação direta de
inconstitucionalidade por omissão ou do mandado de injunção coletivo, portanto vejamos os legitimados de
cada um:
Ação direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO): legitimados para iniciar ação do
controle concentrado. (= legitimados da ADI)
Deste modo, a assertiva está correta, pois relaciona corretamente o remédio constitucional aos seus
legitimados.
Letra D - incorreta. Tome muito cuidado com assertivas como esta, que afirmam a admissibilidade do
mandado de injunção por omissão legislativa na regulamentação de direito previsto em lei
infraconstitucional, este é um conceito incorreto de sua aplicabilidade.
O mandado de injunção é um remédio constitucional que visa proteger o cidadão de omissões legislativas
na regulamentação de normas previstas no texto constitucional, ou seja, aquelas em que o constituinte
determinou que o Estado deveria agir para regulamentar o exercício de direitos.
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Seu campo de abrangência pode ser extraído inclusive da literalidade do artigo 5º, inciso LXXI, da CF/88, que
é o responsável por tratar sobre este remédio constitucional, e dispõe que " conceder-se-á mandado de
injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais". Além disso, temos que o exercício das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania
e à cidadania são temas tipicamente constitucionais, o que reforça o caráter de efetivação d as intenções
constitucionais e a impossibilidade de aplicação na regulamentação de temas infraconstitucionais.
Letra E - correta. O mandado de injunção é um remédio constitucional que segue de forma subsidiária as
disposições do mandado de segurança. Uma vez que a lei nº 13.300/2016 não versou nada sobre sua
gratuidade ou sobre a dispensa de advogado, aplica-se, portanto, o disposto para o Mandado de Segurança,
que não é gratuito e demanda assistência por advogado.
Gabarito: Letra D.
26) Acerca das disposições constitucionais e do entendimento dos Tribunais Superiores quanto a ação
popular, analise os itens abaixo e assinale a alternativa que contêm a ordem correta:
I) O Ministério Público não poderá figurar no polo ativo da ação popular, sendo esta uma ação exclusiva dos
cidadãos.
II) A comprovação do efetivo dano material e pecuniário é condição necessária para admissão da ação
popular.
III) Não há foro por prerrogativa de função em ação popular, mas o mesmo não pode ser dito quanto ao
duplo grau de jurisdição obrigatório em caso de improcedência da ação.
IV) A improcedência da ação popular gera a obrigação do autor arcar com as custas judiciais e o ônus de
sucumbência da parte vencedora.
e) I-V,II-V,III-V,IV-V.
Comentários
Item I - incorreto. O Ministério Público poderá figurar no polo ativo da ação popular, sendo este o principal
equívoco do item.
Ainda que o Ministério Público não possua legitimidade para intentar uma ação popular, vez que esta é
prerrogativa dos cidadãos, isso não significa que ele não poderá ingressar ao polo ativo da ação por outras
formas. Na verdade, o Ministério Público poderá agir como substituto em casos de omissão do autor ou
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como sucessor do autor nas ocasiões em que o autor desistir da ação popular, o que, então, o colocará no
polo ativo da ação.
Tome cuidado com alternativas como esta, lembrando sempre que o MP não inici ará a ação popular, mas
poderá adentrar no polo ativo para dar continuidade a mesma.
Item II - incorreto. O item vai de encontro com o entendimento do STF, que entende ser desnecessária a
comprovação do efetivo dano material ou pecuniário ao patrimônio para a admissão da ação popular. Isso
porque, segundo a Corte, a lesividade decorre da simples ilegalidade, sendo esta suficiente para a
caracterização do dano.
Item III - correto. Talvez este item seja um dos mais abordados do assunto, a Constituição Federal não
concedeu foro por prerrogativa de função na ação popular. Assim, uma ação popular contra um parlamentar
federal realmente deverá ser julgada na primeira instância, e não perante o STF.
No tocante ao duplo grau de jurisdição, de fato há reexame necessário em caso de improcedência da ação
popular. Isso se deve ao fato de que ela visa proteger o patrimônio público, histórico e cultural, além da
moralidade administrativa e o meio ambiente, que são do interesse de todos. Assim, para garantir uma dupla
proteção a esses bens, foi garantido o duplo grau obrigatório como forma de evitar uma fragilidade do
instrumento de proteção à coisa pública, tal qual ocorre nas ações ordinárias contra o Estado.
Item IV - incorreto. O item vai de encontro com o previsto no artigo 5º, inciso LXXIII, da CF/88, uma vez que
a improcedência da ação popular, em regra, não gera a obrigação do autor arcar com as custas judiciais e o
ônus de sucumbência.
Na verdade, o autor só será obrigado a arcar com as custas e a sucumbência se for comprovado sua má-fé
ao propor a ação popular, conforme transcrito abaixo:
Art. 5°, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Gabarito: Letra B
27) Analise as alternativas abaixo à luz da Constituição Federal de 1988 e assinale a correta:
a) As normas constitucionais que definam direitos e garantias fundamentais possuem aplicação imediata,
que persistirá até mesmo nos casos de norma de eficácia limitada.
b) O rol de direitos e garantias fundamentais é taxativo, uma vez que só poderão ser considerados como
direitos fundamentais aqueles previstos no texto constitucional.
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c) Em virtude da vedação aos Tribunais de Exceção, o Brasil se submeterá à jurisdição do Tribunal Penal
Internacional e isso ocorrerá mediante edição de lei complementar que irá disciplinar de forma nacional
sobre o tema.
d) O princípio da celeridade processual é aplicável a todos no âmbito judicial, mas o mesmo não poderá ser
dito em relação ao âmbito administrativo vez que neste rege-se o princípio da eficiência.
e) A responsabilidade civil do estado abrange os atos administrativos, não sendo aplicável quanto aos atos
jurisdicionais.
Comentários
Letra A - correta. A aplicação imediata das normas constitucionais que definam direitos e garantias
fundamentais visa concretizar o ideal de que a Constituição deve ser interpretada de modo a ter a maior
eficácia possível, o que realmente é aplicável até mesmo nas normas de eficácia limitada, onde ainda se
aguarda a regulamentação pelo legislador ordinário.
No caso das normas de eficácia limitada, o que ocorre é uma preservação mínima do direito que se encontra
em estado de latência até que seja editada a lei pelo Poder Legislativo, havendo, portanto, uma
aplicabilidade imediata mínima que gera a obrigação de regulamentação do direito pelo Poder Legislativo e
outra aplicabilidade mediata que será exercida após a regulamentação do direito.
Art. 5º, § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação
imediata.
Letra B- Incorreta. O artigo 5º, § 2º, da CF/88 é bem claro ao afirmar que os direitos e garantias expressos
não excluem outros decorrentes, o que configura um rol exemplificativo ou aberto, que é o oposto do
taxativo afirmado pela questão.
Art. 5º, § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes
do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
Na verdade, a análise quanto ao fundamento do direito considerará a questão material abordada por este,
o que significa que a análise será realizada em razão da sua essência e de seu conteúdo, e não quanto a seu
aspecto formal, razão pela qual se torna possível a incorporação de direitos fundamentais mediante tratados
internacionais ou até normas infraconstitucionais.
Letra C - incorreta. A previsão de submissão do Brasil à jurisdição do Tribunal Penal Internacional realmente
está compatibilizada com a vedação aos Tribunais de Exceção, contido no artigo 5º, inciso XXXVII, da CF/88,
uma vez que o citado Tribunal trata-se do primeiro tribunal internacional de natureza permanente, sendo
destinado a apurar crimes contra os direitos humanos em âmbito internacional e evitar que se instaurem
cortes de exceção após conflitos.
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Contudo, a assertiva está incorreta ao afirmar sobre a necessidade de edição de lei complementar, vez que
o texto constitucional impõe apenas a adesão do Brasil na criação, não havendo qualquer menção a
regulamentação ou lei complementar sobre o tema.
(...)
Letra D - incorreta. O princípio da celeridade processual realmente será aplicado na esfera judicial e
igualmente correta é a afirmação de que, no âmbito administrativo, aplica-se a eficiência.
Embora ambos os princípios se adequem nos âmbitos mencionados, isso não significa que um exclui o outro,
como afirma a questão, o que torna a assertiva incorreta. Na verdade, a celeridade processual é uma das
formas de se efetivar a eficiência e será aplicável tanto na esfera administrativa como na judicial, tal como
expõe o artigo 5º, inciso LXXVIII, da CF/88.
Art. 5º, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração
do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação
Letra E- incorreta. A alternativa aborda a responsabilidade civil do Estado, que é naturalmente objetiva e visa
indenizar o lesado em virtude de algum dano causado pelos agentes públicos.
No caso, há um equívoco na assertiva, pois esta nega o direito de indenização por atos jurisdicionais, o que
é incorreto por força do artigo 5º, inciso LXXV, da CF/88, que prevê ao Poder Público o dever de indenizar,
inclusive nos casos relacionados a atos jurisdicionais praticados com erro judiciário ou nos casos em que
ocorra prisão por tempo maior que o fixado na condenação.
Art. 5º, LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso
além do tempo fixado na sentença;
Gabarito: Letra A.
28) Acerca das disposições constitucionais sobre tratados e convenções internacionais, analise os itens
abaixo e assinale a alternativa que contêm apenas itens incorretos.
I) A incorporação dos tratados internacionais ao ordenamento jurídico possuí como condição mínima a
aprovação em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos membros.
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II) Os tratados internacionais são celebrados pelo Poder Executivo e possuem status de lei ordinária, razão
pela qual independem de apreciação do Congresso Nacional para sua incorporação no ordenamento.
III) Os tratados internacionais sobre direitos humanos só serão equivalentes às emendas constitucionais
quando forem aprovados com o mesmo rito de votação destas.
IV) Os tratados internacionais sobre direitos humanos que venham a ser incorporados ao ordenamento
jurídico sem aprovação mediante rito qualificado, previsto no artigo 5º, § 3º, da CF, possuirão hierarquia de
norma supralegal.
a) I, II e IV
b) II e IV.
c) I, II e III.
d) I e II.
e) III e IV.
Comentários
Item I e II - incorretos. Incorporação dos tratados internacionais ao ordenamento jurídico não depende do
rito mencionado pelos itens. De fato, sempre será exigida a aprovação do Congresso Nacional mediante
decreto Legislativo sendo que, em seguida, será editado um decreto presidencial que o incorporará ao
ordenamento jurídico.
O primeiro item tentou confundir o aluno, colocando a hipótese em que os tratados internacionais sobre
direitos humanos serão incorporados com força de emenda constitucional. Contudo, é importante que você
note que este procedimento se restringe aos tratados sobre direitos humanos, sendo, portanto, inaplicável
aos tratados internacionais em geral.
Quanto ao segundo item, é importante esclarecer que os tratados internacionais em geral são incorporados
com status de lei ordinária. Contudo, há exceções como os tratados que versem sobre direitos humanos, que
serão incorporados com status de norma supralegal e também serão submetidos à aprovação do Congresso
para que possuam equivalência com as emendas constitucionais.
Item III - correto. De acordo com o artigo 5º, § 3º, da CF/88, os tratados internacionais sobre direitos
humanos poderão ser submetidos a um quórum qualificado de votação por dois turnos, em cada casa do
Congresso Nacional, com três quintos dos votos dos respectivos membros, ocasião em que serão
equivalentes às emendas constitucionais.
Art. 5°, § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais
Perceba que tal equivalência se deve ao fato que o quórum é justamente o utilizado no rito próprio das
emendas constitucionais, tal como apontado pelo item e previsto no artigo 60, § 2º da CF/88.
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Item IV - correto. A Os tratados internacionais poderão ser incorporados ao ordenamento com três status
diferentes, a depender do seu tipo e procedimento de aprovação. Veja o esquema abaixo:
Status supralegal
Sobre Direitos Humanos
Com aprovação no
quórum qualificado:
Status de Emenda
Constitucional
Uma vez que o item afirma que o tratado versa sobre direitos humanos, mas foi incorporado sem atender
ao rito qualificado das emendas constitucionais, mostra-se correta a sua classificação como normas de
hierarquia supralegal.
Gabarito: Letra D.
...
Forte abraço!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1
INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Princípios Fundamentais
Pronto para testar seu conhecimento?!
QUESTÕES INÉDITAS
a) O Brasil utiliza o presidencialismo como forma de governo e seu poder legislativo federal se organiza de
forma bicameral.
c) Em virtude de situação de grave comprometimento da ordem pública é possível que os entes federados,
que não estão envolvidos na situação, utilizem o direito de secessão.
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2. A Constituição Federal dispõe sobre os princípios fundamentais logo em seu primeiro título, abordando
fundamentos, objetivos, princípios das relações internacionais e outros temas. Assinale a alternativa
correta acerca dos fundamentos da República:
a) São fundamentos da República a autonomia, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa, e pluralismo político.
b) A cidadania é um dos fundamentos e visa garantir a participação popular nas decisões políticas do Estado,
sendo intimamente ligada a democracia.
d) O pluralismo político abrange a crítica jornalística e não deve ser objeto de repressão penal, ainda que
permeada de discursos de ódio.
e) O fundamento que versa sobre os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa visa proteger o trabalho
exercido, desde que contenha finalidade lucrativa.
a) A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos, dentre outros, a
independência nacional, a cidadania e a dignidade da pessoa humana.
b) A República Federativa do Brasil tem como um de seus fundamentos a promoção do bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
e) O pluralismo político é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil e o poder será exercido
pelo povo por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição.
I - O Brasil adota princípio de separação de Poderes que pode ser caracterizado como flexível, com
mecanismos de freios e contrapesos, que permitem a materialização da harmonia entre os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, como, por exemplo, a possibilidade do veto às leis pelo chefe do Poder
Executivo.
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II - A eletividade e a temporalidade do mandato do chefe do Poder Executivo, bem como seu dever de prestar
contas de seus atos, são características da forma de governo republicana adotada no Brasil.
III - O Poder Legislativo, além de legislar e fiscalizar, exerce funções atípicas, como a administração e
julgamento, podendo ser citado como exemplo desta última o julgamento do Presidente da República ou de
Ministros do STF por crimes de responsabilidade.
IV - O Brasil tem por forma de governo a república e adota como regime político a democracia, na sua forma
indireta.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV
d) I, II e III.
5. Não constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, conforme a Constituição Federal
de 1988:
d) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas
de discriminação.
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c) Constitui objetivo fundamental a erradicação das desigualdades sociais e regionais, bem como a redução
da pobreza e da marginalização.
d) A política brasileira no âmbito internacional deve buscar a integração econômica, política, social e cultural
dos povos da América do Sul, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
e) Alguns dos princípios fundamentais do Estado brasileiro são a dignidade da pessoa humana; garantir o
desenvolvimento nacional; concessão de asilo político; defesa da paz; prevalência dos direitos humanos; e
os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
7. Um dos aspectos que envolvem a noção de Estado diz respeito ao relacionamento entre as nações, que
é regido por princípios próprios. Nesse contexto, a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações
internacionais pelos seguintes princípios, exceto:
a) independência nacional.
c) soberania.
d) defesa da paz.
8. Sobre os princípios que regem a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais, assinale
a alternativa incorreta.
a) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da
América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
b) A Constituição Federal de 1988 estabelece que, nas suas relações internacionais, a República Federativa
do Brasil rege-se pelos princípios da soberania e da igualdade entre os Estados.
c) A autodeterminação dos povos, a prevalência dos direitos humanos e a cooperação entre os povos para o
progresso da humanidade devem ser princípios observados pelo Brasil nas suas relações internacionais.
d) A Constituição Federal de 1988 estabelece como princípios da República Federativa do Brasil, no que tange
às relações internacionais, a não-intervenção, a solução pacífica de conflitos e a defesa da paz.
e) A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos princípios do repúdio ao
terrorismo e ao racismo e da concessão de asilo político.
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GABARITO
1. B 2. B 3. E 4. D 5. A
6. E 7. C 8. B
QUESTÕES COMENTADAS
a) O Brasil utiliza o presidencialismo como forma de governo e seu poder legislativo federal se organiza de
forma bicameral.
c) Em virtude de situação de grave comprometimento da ordem pública é possível que os entes federados,
que não estão envolvidos na situação, utilizem o direito de secessão.
Comentários
O caput do artigo 1º da CF/88 versa que a “República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito”, sendo
possível extrair classificações muito importantes deste trecho.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
A forma de estado diz respeito ao modo de exercício do poder político de acordo com o território de um
determinado Estado. No caso do Brasil, a forma de estado é a federação.
A forma de governo diz respeito à maneira de instituição do poder na sociedade e de que forma governantes
e governados se relacionam. No caso brasileiro, a forma de governo é a república.
O regime de governo se relaciona com a participação ou não do povo na escolha dos governantes, na
elaboração das normas e políticas públicas, bem como no controle da execução destas últimas. No caso do
Brasil, o regime de governo é o democrático.
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O sistema de governo está relacionado à forma como se relacionam os Poderes Executivo e Legislativo no
exercício de suas funções governamentais. No caso brasileiro, o sistema de governo é o presidencialismo,
pois há uma maior independência entre os Poderes Executivo e Legislativo.
BRASIL
Forma de Forma de Governo Regime de Governo Sistema de Governo
Estado
Federação República Democrático Presidencialismo
Para facilitar, lembre-se sempre que as “formas” estão no nome: “República Federativa do Brasil”.
As questões sobre esse tema costumam inverter essas classificações, fique ligado!
Letra A – incorreta. O presidencialismo é o sistema de governo brasileiro, e não a forma de governo como
afirmado.
Quanto ao poder legislativo federal brasileiro, este realmente classifica-se como bicameral, vez que o
Congresso Nacional se subdivide em Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Letra B – correta. A forma de governo republicana tem como base a busca do bem comum, definindo como
elementos essenciais a temporariedade do mandato de seus governantes; a necessidade de transparência e
prestação de contas; e a necessidade de eleições periódicas dos representantes.
Letra C – incorreta. O direito de secessão trata da possibilidade de um ente da federação exercer o direito
de sair da mesma, tornando-se um novo país.
A forma federativa de Estado, adotada pelo Brasil, não admite o direito de secessão em virtude do princípio
da indissolubilidade do vínculo federativo, consagrado no caput do artigo 1º da CF.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Isso significa que, independentemente da situação no país, os entes federativos permanecerão como se
encontram, fato que é reforçado inclusive no artigo 60, §4º, I, da CF/88, transcrito abaixo, que elencou a
forma federativa como cláusula pétrea.
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
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A alternativa mencionou uma das hipóteses autorizadoras da intervenção federal para tentar induzir o
candidato ao erro, mas, quando se trata do direito de secessão, não há exceções à sua inadmissibilidade no
ordenamento, o que torna a assertiva incorreta.
Letra D – incorreta. O sistema de governo brasileiro classifica-se como presidencialista, e não como
democrático. A Democracia diz respeito ao regime de governo escolhido.
Letra E – incorreta. A assertiva possui dois erros. Inicialmente, está incorreta a classificação de que a
República é uma forma de estado, já que se trata de uma forma de governo.
O segundo erro diz respeito à afirmação de que a forma republicana é o modelo mais antigo vigente, vez que
na verdade a forma de governo mais antiga vigente é a monarquia, que ainda pode ser encontrada em alguns
países.
Gabarito: Letra B.
2. A Constituição Federal dispõe sobre os princípios fundamentais logo em seu primeiro título, abordando
fundamentos, objetivos, princípios das relações internacionais e outros temas. Assinale a alternativa
correta acerca dos fundamentos da República:
a) São fundamentos da República a autonomia, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa, e pluralismo político.
b) A cidadania é um dos fundamentos e visa garantir a participação popular nas decisões políticas do Estado,
sendo intimamente ligada a democracia.
d) O pluralismo político abrange a crítica jornalística e não deve ser objeto de repressão penal, ainda que
permeada de discursos de ódio.
e) O fundamento que versa sobre os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa visa proteger o trabalho
exercido, desde que contenha finalidade lucrativa.
Comentários
Letra A – incorreta. Os fundamentos da República estão dispostos nos incisos do artigo 1º da CF/88 e formam
o famoso mnemônico SO-CI-DI-VA-PLU. São eles: soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores
sociais do trabalho e da livre iniciativa e, o pluralismo político. Uma vez que a questão substituiu a soberania
pela autonomia, a alternativa está incorreta.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
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II - a cidadania;
V - o pluralismo político.
Letra B – correta. A cidadania extrapola o conceito de nacionalidade. Sua diferença primordial reside na
possibilidade de total exercício dos direitos políticos. Uma vez que estes direitos são necessários para que a
pessoa possa se manifestar nas decisões políticas do Estado, entende-se que a cidadania está diretamente
vinculada ao ideal democrático.
Vale lembrar que a cidadania é um dos fundamentos da República, conforme disposto no artigo 1º, inciso II,
da Constituição Federal.
Letra C – incorreta. A União detém apenas autonomia. Cabe destacar que nenhum ente federado possui
soberania, mas apenas autonomia. Vale relembrar o quadro abaixo:
SOBERANIA AUTONOMIA
República Federativa do Brasil União, Estados, Distrito Federal e Municípios
Letra D – incorreta. O STF já abordou a face do pluralismo político perante a crítica jornalística, ocasião em
que decidiu que não deveria haver repressão penal desta atividade, vez que representa legítimo exercício da
liberdade de expressão. 1
Ocorre que a liberdade de expressão não é absoluta, ela não comporta os discursos de ódio ou que busquem
inferiorizar uma raça, gênero, nacionalidade, religião ou orientação sexual. Deste modo, ainda que o
jornalista tenha se utilizado de sua liberdade de expressão, este poderá ser penalizado em virtude da
promoção de discursos de ódio, que acabam por deslegitimar seu exercício da crítica, o que torna a assertiva
incorreta.
Letra E – incorreta. O artigo 1º, inciso IV, da CF/88 versa sobre o fundamento dos valores sociais do trabalho
e da livre iniciativa, sem, contudo, fazer qualquer ressalva a necessidade de o trabalho possuir finalidade
lucrativa.
Gabarito: Letra B.
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a) A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos, dentre outros, a
independência nacional, a cidadania e a dignidade da pessoa humana.
b) A República Federativa do Brasil tem como um de seus fundamentos a promoção do bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
e) O pluralismo político é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil e o poder será exercido
pelo povo por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição.
Comentários
Letra A – incorreta. A independência nacional é um dos princípios que regem a República Federativa do Brasil
nas suas relações internacionais, de acordo com o disposto no art. 4º, inciso I, da CF, e não um fundamento
conforme apresenta a assertiva.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
Letra B – incorreta. A promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação é um objetivo (e não um fundamento) da República Federativa do
Brasil, conforme previsto no art. 3 º, inciso IV, da CF/88.
(...)
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
Letra C – incorreta. Os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil tratados no item são
erradicar (e não reduzir) a pobreza e a marginalização e reduzir (e não erradicar) as desigualdades sociais e
regionais, conforme art. 3º, inciso III, da CF/88.
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(...)
Letra D – incorreta. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são fundamentos (e não objetivos) da
República Federativa do Brasil, conforme disposto no art. 1º, inciso IV, da CF/88.
Letra E – correta. A assertiva está de acordo com o inciso V e com o parágrafo único do art. 1º da CF/88.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos
I - a soberania;
II - a cidadania;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Gabarito: E
I - O Brasil adota princípio de separação de Poderes que pode ser caracterizado como flexível, com
mecanismos de freios e contrapesos, que permitem a materialização da harmonia entre os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, como, por exemplo, a possibilidade do veto às leis pelo chefe do Poder
Executivo.
II - A eletividade e a temporalidade do mandato do chefe do Poder Executivo, bem como seu dever de prestar
contas de seus atos, são características da forma de governo republicana adotada no Brasil.
III - O Poder Legislativo, além de legislar e fiscalizar, exerce funções atípicas, como a administração e
julgamento, podendo ser citado como exemplo desta última o julgamento do Presidente da República ou de
Ministros do STF por crimes de responsabilidade.
IV - O Brasil tem por forma de governo a república e adota como regime político a democracia, na sua forma
indireta.
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a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV
d) I, II e III.
Comentários
ITEM I - o item I está correto, pois a independência entre os poderes não é absoluta, havendo um mecanismo
de freios e contrapesos, onde cada Poder controla e limita o outro (nas hipóteses previstas na Constituição).
A possibilidade de veto às leis pelo chefe do Poder Executivo é um exemplo da “intervenção legítima” de um
Poder em outro, característica dos mecanismos de freios e contrapesos.
ITEM II - o item II está correto, porque relata as principais características da forma republicana de governo.
ITEM III - o item III está correto, pois as funções típicas do Poder Legislativo realmente são legislar e fiscalizar.
Já a função de julgar algumas autoridades do país nos crimes de responsabilidade, como o Presidente da
República ou Ministros do STF, é uma função atípica do Poder Legislativo, desempenhada especificamente
pelo Senado Federal, conforme o art. 52, incisos I e II, da CF/88:
ITEM IV - o item IV está incorreto, pois o Brasil adota a república como forma de governo e a democracia
como regime político, em razão do disposto expressamente no art. 1º, caput, da CF.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos;
No entanto, a democracia brasileira é classificada como semidireta (ou participativa), já que exerce o poder
de modo:
b) direto, por meio de plebiscito, referendo, iniciativa popular das leis, ação popular.
Gabarito: D
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5. Não constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, conforme a Constituição Federal
de 1988:
d) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas
de discriminação.
Comentários
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
Gabarito: Letra A.
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c) Constitui objetivo fundamental a erradicação das desigualdades sociais e regionais, bem como a redução
da pobreza e da marginalização.
d) A política brasileira no âmbito internacional deve buscar a integração econômica, política, social e cultural
dos povos da América do Sul, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
e) Alguns dos princípios fundamentais do Estado brasileiro são a dignidade da pessoa humana; garantir o
desenvolvimento nacional; concessão de asilo político; defesa da paz; prevalência dos direitos humanos; e
os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
Comentários
Letra A – incorreta. Os princípios que regem as relações internacionais estão dispostos no artigo 4º, vejamos:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
IV - não-intervenção;
VI - defesa da paz;
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social
e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
O art. 4º, inciso IV, da CF/88, elenca a não-intervenção, ao contrário do que afirma esta assertiva, o que a
torna incorreta.
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Letra B – incorreta. O pluralismo político está relacionado com o fundamento disposto no artigo 1º, inciso V,
da CF/88 e não visa proteger uma uniformidade/unidade de ideias, como afirmado na alternativa, mas sim
visa proteger o direito a pluralidade dessas.
Para lembrar desse conceito, cabe lembrar da quantidade de partidos políticos que existem no Brasil, vez
que podemos encontrar diversas frentes político partidárias que levantam as mais variadas bandeiras, o que
caracteriza claramente o pluralismo.
É importante lembrar ainda que o pluralismo também abrange a liberdade de convicção filosófica, embora
não se admita sua utilização para realização de discursos de ódio.
Em questões como essa, atenha-se à literalidade dos objetivos. Portanto, vamos revê-los:
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
Letra D – incorreta. O que se visa é a integração da América Latina, que não se confunde com América do
Sul, conforme mencionado pela assertiva.
Art. 4º, parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade
latino-americana de nações.
Letra E – correta. O gênero princípios fundamentais da República Federativa do Brasil possuí como espécies
os fundamentos, os objetivos e os princípios que regem suas relações internacionais. De fato, todos os
elementos mencionados na alternativa podem ser encaixados nessas categorias, vamos relembrar:
A dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são fundamentos. Garantir
o desenvolvimento nacional trata-se de um dos objetivos; e a concessão de asilo político, defesa da paz, e
prevalência dos direitos humanos correspondem a princípios que regem as relações internacionais.
Gabarito: Letra E.
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7. Um dos aspectos que envolvem a noção de Estado diz respeito ao relacionamento entre as nações, que
é regido por princípios próprios. Nesse contexto, a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações
internacionais pelos seguintes princípios, exceto:
a) independência nacional.
c) soberania.
d) defesa da paz.
Comentários
O art. 4º da CF/1988 explicita os princípios que regem a República Federativa do Brasil nas suas relações
internacionais:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
IV – não-intervenção;
VI - defesa da paz;
Dentre as assertivas apresentadas, a única que não consta nesse rol é a soberania, prevista na alternativa C,
que é um fundamento da República Federativa do Brasil, previsto no art. 1º da CF/1988, e não um princípio
que rege as relações internacionais do país com as outras nações.
Gabarito: Letra C.
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8. Sobre os princípios que regem a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais, assinale
a alternativa incorreta.
a) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da
América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
b) A Constituição Federal de 1988 estabelece que, nas suas relações internacionais, a República Federativa
do Brasil rege-se pelos princípios da soberania e da igualdade entre os Estados.
c) A autodeterminação dos povos, a prevalência dos direitos humanos e a cooperação entre os povos para o
progresso da humanidade devem ser princípios observados pelo Brasil nas suas relações internacionais.
d) A Constituição Federal de 1988 estabelece como princípios da República Federativa do Brasil, no que tange
às relações internacionais, a não-intervenção, a solução pacífica de conflitos e a defesa da paz.
e) A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos princípios do repúdio ao
terrorismo e ao racismo e da concessão de asilo político.
Comentários
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
IV – não-intervenção;
VI - defesa da paz;
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social
e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
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Analisando as alternativas, nota-se que a única que não encontra correspondência é a Letra B.
Isso porque a soberania não é um princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações
internacionais, mas sim um fundamento previsto no inciso I do art. 1º, da CF.
Letra A – correta. A assertiva está em conformidade com a literalidade do parágrafo único do art. 4º, da CF.
Letra C – correta. A assertiva está em conformidade com a literalidade dos incisos II, III e IX, do art. 4º, da CF.
Letra D – correta. A assertiva está em conformidade com a literalidade dos incisos IV, VI e VII, do art. 4º, da
CF.
Letra E – correta. A assertiva está em conformidade com a literalidade dos incisos VIII e X, do art. 4º, da CF.
Gabarito: Letra B.
==5617c==
...
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1
INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Direitos Sociais
Pronto para testar seu conhecimento?!
QUESTÕES INÉDITAS
1) Sobre os direitos sociais previstos na Constituição Federal de 1988, podemos fazer as seguintes
afirmações, com exceção de:
a) Os direitos sociais são direitos fundamentais de 2ª geração, que impõem ao Estado uma obrigação de
fazer, ofertando prestações positivas consubstanciadas em ações que visam concretizar a igualdade material.
A Constituição Federal de 1988 prevê como direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, dentre
outros. Além disso, todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica
familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda.
b) Os direitos sociais possuem uma carga de eficácia menor que os direitos de primeira geração, dentre
outros motivos, por estarem sujeitos à reserva do possível, que consiste na ideia de que cabe ao Estado atuar
apenas na medida do financeiramente possível.
c) A teoria do mínimo existencial tem a função de atribuir ao indivíduo um direito subjetivo contra o Poder
Público, em casos de diminuição da prestação dos serviços sociais básicos que garantem a sua existência
digna.
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d) O princípio da vedação ao retrocesso, no que toca à realização dos direitos sociais constitucionalmente
garantidos, proíbe o retrocesso social nas políticas públicas executivas, mas não se impõe ao poder
legiferante, posto que não se pode ferir a liberdade do legislador.
2) A Constituição Federal de 1988 prevê como direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o
trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância e a assistência aos desamparados. No tocante ao direito ao trabalho, a Lei Maior e a jurisprudência
do STF estabelecem que
a) é assegurada a proteção do salário na forma da lei, constituindo infração administrativa sua retenção
dolosa.
e) as empregadas gestantes possuem direito a licença, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração
de cento e oitenta dias.
c) licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias.
d) aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei.
e) proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil.
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4) A Constituição Federal proíbe, em regra, o trabalho infantil, estabelecendo idades mínimas para o
exercício de certos tipos de atividade. Assim, as idades mínimas para trabalhar em horário noturno, em
atividade perigosa ou insalubre são, respectivamente:
a) Segundo o Supremo Tribunal Federal, o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para
praças prestadoras de serviço militar inicial viola direito social garantido pela Constituição.
c) O Supremo Tribunal Federal assentou o entendimento de que não é possível a fixação do piso salarial em
múltiplos do salário mínimo para servidores públicos, não se aplicando essa restrição aos empregados.
e) A Constituição Federal de 1988 prevê a proteção da mulher quanto ao mercado de trabalho, mediante
incentivos específicos, sendo também assegurada assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas.
a) A irredutibilidade salarial é constitucionalmente garantida, sendo nula qualquer previsão nesse sentido
estabelecida em convenção ou acordo coletivo.
c) O direito de greve não é absoluto, cabendo à lei definir os serviços ou atividades essenciais e dispor sobre
o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
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d) A Constituição Federal de 1988 autoriza o trabalho noturno, perigoso ou insalubre somente a maiores de
dezoito e o trabalho na condição de aprendiz a partir de quatorze anos.
e) O trabalhador faz jus a seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, o qual também será
obrigado a indenizar quando o dano causado pelo acidente for resultado de dolo ou culpa.
7) Sobre a associação profissional ou sindical prevista na Constituição Federal de 1988, é correto afirmar
que:
b) as contribuições confederativa e sindical possuem natureza de tributo, com valor fixado em lei e caráter
compulsório a todos os trabalhadores, inclusive os não filiados ao sindicato.
c) nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com
a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
d) é vedada a dispensa empregado sindicalizado eleito para cargo de representação sindical na condição de
suplente a partir da proclamação do resultado das eleições até seis meses após o final do mandato, salvo se
cometer falta grave nos termos da lei.
e) o aposentado filiado tem direito a votar, mas não a ser votado nas organizações sindicais.
8) Tendo como referência a Constituição Federal e o entendimento dos Tribunais Superiores, analise as
assertivas abaixo e assinale a correta:
a) Os trabalhadores possuem sua participação assegurada em colegiados dos órgãos públicos em que seus
interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão, proteção esta que não se estende aos
empregadores.
b) O direito de greve dos trabalhadores privados é norma de eficácia contida, enquanto o direito de greve
dos servidores público é norma de eficácia limitada.
c) Os trabalhadores que venham a aderir à greve poderão ser responsabilizados, sendo que a sua simples
adesão poderá ser considerada falta grave.
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GABARITO
1. D 2. C 3. A 4. E 5. E
6. A 7. C 8. B
QUESTÕES COMENTADAS
1) Sobre os direitos sociais previstos na Constituição Federal de 1988, podemos fazer as seguintes
afirmações, com exceção de:
a) Os direitos sociais são direitos fundamentais de 2ª geração, que impõem ao Estado uma obrigação de
fazer, ofertando prestações positivas consubstanciadas em ações que visam concretizar a igualdade material.
A Constituição Federal de 1988 prevê como direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, dentre
outros. Além disso, todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica
familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda.
b) Os direitos sociais possuem uma carga de eficácia menor que os direitos de primeira geração, dentre
outros motivos, por estarem sujeitos à reserva do possível, que consiste na ideia de que cabe ao Estado atuar
apenas na medida do financeiramente possível.
c) A teoria do mínimo existencial tem a função de atribuir ao indivíduo um direito subjetivo contra o Poder
Público, em casos de diminuição da prestação dos serviços sociais básicos que garantem a sua existência
digna.
d) O princípio da vedação ao retrocesso, no que toca à realização dos direitos sociais constitucionalmente
garantidos, proíbe o retrocesso social nas políticas públicas executivas, mas não se impõe ao poder
legiferante, posto que não se pode ferir a liberdade do legislador.
Comentários
Letra A - correta. Os direitos fundamentais de 2ª geração realmente impõem ao Estado uma obrigação de
fazer, uma obrigação de ofertar prestações positivas (ações) em favor dos mais necessitados, visando
concretizar a igualdade material (valor-fonte igualdade).
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Além disso, educação, saúde e alimentação são, de fato, direitos sociais previstos na CF/88, mais
precisamente em seu art. 6º, caput, em conjunto com o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.
Por fim, efetivamente, a CF/88 prevê que todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a
uma renda básica familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda
(art. 6º, parágrafo único).
Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda
básica familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de
renda, cujas normas e requisitos de acesso serão determinados em lei, observada a legislação
fiscal e orçamentária.
Letra B - correta. A teoria da reserva do possível consiste na ideia de que cabe ao Estado efetivar os direitos
sociais, mas apenas na medida do financeiramente possível determinando, assim, os limites em que o Estado
deixa de ser obrigado a dar efetividade aos direitos sociais. Por outro lado, não é lícito ao Poder Público
simplesmente alegar genericamente que não possui recursos orçamentários: são imprescindíveis a
demonstração objetiva da inexistência de recursos públicos, bem como a falta de previsão orçamentária da
respectiva despesa.
Letra C - correta. A teoria do mínimo existencial preconiza que o Estado, em seu dever de concretizar os
direitos sociais, deve garantir, pelo menos, as prestações essenciais ao ser humano que lhe assegurem uma
existência digna (o mínimo existencial) que emana do postulado da dignidade da pessoa humana.
Assim, o mínimo existencial atua de forma a limitar a cláusula da reserva do possível, na medida em que os
gastos públicos devem ser voltados, prioritariamente, a garantir o mínimo existencial e, somente após isso,
o Estado poderá realizar outros investimentos.
Diante do exposto, a reserva do possível somente pode ser invocada pelo Estado após ele ter garantido o
mínimo existencial.
Letra D - errada. O princípio da vedação ao retrocesso preconiza que seja evitada a desconstituição das
conquistas sociais já alcançadas pelos cidadãos. Tais conquistam passam a constituir tanto uma garantia
institucional quanto um direito subjetivo, limitando o legislador e exigindo a realização de uma política
condizente com tais direitos, sendo inconstitucionais quaisquer medidas estatais que, sem a criação de
outros esquemas alternativos ou compensatórios, anulem, revoguem ou aniquilem o seu núcleo essencial.
Portanto, a vedação ao retrocesso social é um princípio que deve ser observado também pelo legislador, e
não apenas pelas políticas públicas executivas, o que tornou a assertiva incorreta.
Letra E - correta. A concretização dos direitos sociais exige o dispêndio de recursos públicos, que são escassos
e não são capazes de atender a todas as demandas. Assim, ao atender a determinadas necessidades, o Estado
acabará invariavelmente deixando de atender a outras, ou seja, estará sempre diante de um estado de
tensão em que deverá realizar escolhas trágicas na concretização de direitos sociais.
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Gabarito: Letra D
2) A Constituição Federal de 1988 prevê como direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o
trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância e a assistência aos desamparados. No tocante ao direito ao trabalho, a Lei Maior e a jurisprudência
do STF estabelecem que
a) é assegurada a proteção do salário na forma da lei, constituindo infração administrativa sua retenção
dolosa.
e) as empregadas gestantes possuem direito a licença, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração
de cento e oitenta dias.
Comentários
Vejamos, primeiramente, o que dispõe o artigo 7º, incisos X, XI, XVIII e XXXIII, da CF/88:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
(...)
(...)
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias;
(...)
Letra A - incorreta. Conforme o art. 7º, inciso X, da CF/88, a retenção salarial dolosa é crime, não mera
infração administrativa.
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Letra B - incorreta. Conforme o art. 7º, inciso XI, da CF/88, a participação nos lucros ou resultados é
desvinculada da remuneração do trabalhador.
Letra C - correta. Assertiva de acordo com a súmula 316 do STF, transcrita abaixo:
Súmula 316 do STF: A simples adesão à greve não constitui falta grave
Letra D - incorreta. Conforme o art. 7º, inciso XXXIII, da CF/88, o trabalho na condição de aprendiz é permitido
apenas a partir de 14 anos de idade.
Letra E - incorreta. Conforme o art. 7º, inciso XVII, da CF/88, a licença à gestante possui duração de 120 dias.
Gabarito: Letra C
==5617c==
c) licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias.
d) aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei.
e) proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil.
Comentário
O art. 7º, parágrafo único, da CF/1988 estende à categoria dos domésticos alguns dos direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais, nos seguintes termos:
Art. 7º, Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI
e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do
cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de
trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a
sua integração à previdência social.
Por outro lado, os incisos V, VI, XVIII, XXI e XXX, do art. 7º, da CF/1988, referem-se aos seguintes direitos:
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(...)
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias;
(...)
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos
da lei;
(...)
Nesse contexto, o piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho não é direito
assegurado aos trabalhadores domésticos, pois o inciso V, do art. 7º, da CF/1988, não está relacionado no
rol do parágrafo único desse dispositivo.
Letra B - direito assegurado aos trabalhadores domésticos, conforme art. 7º, inciso VI, da CF/88.
Letra C - direito assegurado aos trabalhadores domésticos, conforme art. 7º, inciso XVIII, da CF/88.
Letra D - direito assegurado aos trabalhadores domésticos, conforme art. 7º, inciso XXI, da CF/88.
Letra E - direito assegurado aos trabalhadores domésticos, conforme art. 7º, inciso XXX, da CF/88.
Gabarito: Letra A
4) A Constituição Federal proíbe, em regra, o trabalho infantil, estabelecendo idades mínimas para o
exercício de certos tipos de atividade. Assim, as idades mínimas para trabalhar em horário noturno, em
atividade perigosa ou insalubre são, respectivamente:
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Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
Esse dispositivo da Constituição Federal estabelece, em síntese, que menores de 18 anos não podem
trabalhar em horário noturno nem em condições insalubres ou perigosas.
Outrossim, o trabalho somente é permitido, em regra, a partir dos 16 anos de idade, sendo exceção o
trabalho do menor aprendiz (14 anos de idade).
Portanto, o gabarito é a letra E, já que as idades mínimas para trabalhar em horário noturno, em atividade
perigosa ou insalubre são todas de 18 anos.
Gabarito: Letra E
a) Segundo o Supremo Tribunal Federal, o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para
praças prestadoras de serviço militar inicial viola direito social garantido pela Constituição.
c) O Supremo Tribunal Federal assentou o entendimento de que não é possível a fixação do piso salarial em
múltiplos do salário mínimo para servidores públicos, não se aplicando essa restrição aos empregados.
e) A Constituição Federal de 1988 prevê a proteção da mulher quanto ao mercado de trabalho, mediante
incentivos específicos, sendo também assegurada assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas.
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Letra B - incorreta. Conforme o art. 7º, inciso IX, da CF/88, a CF impõe apenas que a remuneração do trabalho
noturno seja maior que a do diurno. O incremento mínimo de 50% é estabelecido apenas para a
remuneração do serviço extraordinário em relação à do normal, conforme o art. 7º, inciso XVI, da CF/88.
Letra C - incorreta. Vinculação do salário mínimo é vedada pelo art. 7º, inciso IV, da CF/88. Além disso, a
súmula vinculante nº 4, do STF, estabelece que :
Súmula Vinculante nº 4: Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser
usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado,
nem ser substituído por decisão judicial
Art. 7° São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
(...)
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
Letra D - incorreta. De acordo com o parágrafo único, do art. 7º, da CF, o inciso V (piso salarial proporcional
à extensão e à complexidade do trabalho) não é assegurado à categoria dos trabalhadores domésticos.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos
nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e,
atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das
obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à
previdência social.
Letra E - correta. A proteção do mercado de trabalho da mulher está prevista no art. 7º, inciso XX, da CF/88.
Art. 7° - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
(...)
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Art. 7° - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
(...)
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade
em creches e pré-escolas
Gabarito: Letra E
a) A irredutibilidade salarial é constitucionalmente garantida, sendo nula qualquer previsão nesse sentido
estabelecida em convenção ou acordo coletivo.
c) O direito de greve não é absoluto, cabendo à lei definir os serviços ou atividades essenciais e dispor sobre
o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
d) A Constituição Federal de 1988 autoriza o trabalho noturno, perigoso ou insalubre somente a maiores de
dezoito e o trabalho na condição de aprendiz a partir de quatorze anos.
e) O trabalhador faz jus a seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, o qual também será
obrigado a indenizar quando o dano causado pelo acidente for resultado de dolo ou culpa.
Comentários
Letra A - incorreta. Conforme o art. 7º, inciso VI, da CF/88, é possível a redução salarial através de convenção
ou acordo coletivo. Portanto, a irredutibilidade salarial não é absoluta.
Letra B - correta. Conforme o art. 7º, inciso XII, da CF/88, o salário família somente é devido ao trabalhador
de baixa renda.
Art. 7°, XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos
termos da lei;
Letra C - correta. O art. 9º, § 1º, da CF/88, limita o direito de greve em relação aos serviços ou atividades
essenciais e ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. Além disso, os abusos cometidos
no exercício do direito de greve sujeitarão os responsáveis às penas da lei (CF, art. 9º, § 2º).
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Letra D - correta. Conforme o art. 7º, inciso XXXIII, da CF/88, a partir dos 16 anos, pode-se realizar qualquer
trabalho que não seja noturno, perigoso ou insalubre. A partir dos 14, mas antes dos 16 anos, admite-se o
trabalho somente na condição de aprendiz.
Art. 7°, XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos;
Letra E - correta. Conforme o art. 7º, inciso XXVIII, da CF/88, o encargo do seguro contra acidentes de
trabalho, por parte do empregador, não o exime de indenização ao empregado se configurado dolo ou culpa.
Art. 7°, XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a
indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
Gabarito: Letra A
7) Sobre a associação profissional ou sindical prevista na Constituição Federal de 1988, é correto afirmar
que:
b) as contribuições confederativa e sindical possuem natureza de tributo, com valor fixado em lei e caráter
compulsório a todos os trabalhadores, inclusive os não filiados ao sindicato.
c) nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com
a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
d) é vedada a dispensa empregado sindicalizado eleito para cargo de representação sindical na condição de
suplente a partir da proclamação do resultado das eleições até seis meses após o final do mandato, salvo se
cometer falta grave nos termos da lei.
e) o aposentado filiado tem direito a votar, mas não a ser votado nas organizações sindicais.
Comentário
Letra A - incorreta. Não há qualquer previsão constitucional nesse sentido. Na CF/88, vigora o princípio da
unicidade da organização sindical, previsto no art. 8º, inciso II, da CF:
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(...)
Letra B - incorreta. A contribuição confederativa é fundada no art. 8º, inciso IV, da CF/88, possuindo caráter
facultativo (só é devida pelos trabalhadores filiados ao sindicato) e valor fixado em assembleia geral,
conforme a seguir:
Art. 8°, IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional,
será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical
respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
Por sua vez, a contribuição sindical possui fundamento no final do mesmo art. 8º, inciso IV, da CF/88,
(independentemente da contribuição prevista em lei;) em conjunto com o art. 149 da CF/88, possuindo
natureza de tributo, com valor fixado em lei e caráter compulsório a todos os trabalhadores, inclusive não
filiados ao sindicato, conforme a seguir:
(...)
Assim, o empregado sindicalizado terá estabilidade desde o registro da candidatura a cargo de direção ou
representação sindical, ainda que se trate de suplente, não podendo ser demitido até 1 ano após o final do
mandato, se for eleito, exceto se o trabalhador cometer falta grave.
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Letra E - incorreta. Segundo o art. 8º, inciso VII, da CF/88, o aposentado filiado tem direito a votar e ser
votado nas organizações sindicais.
(...)
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
Gabarito: Letra C
8) Tendo como referência a Constituição Federal e o entendimento dos Tribunais Superiores, analise as
assertivas abaixo e assinale a correta:
a) Os trabalhadores possuem sua participação assegurada em colegiados dos órgãos públicos em que seus
interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão, proteção esta que não se estende aos
empregadores.
b) O direito de greve dos trabalhadores privados é norma de eficácia contida, enquanto o direito de greve
dos servidores público é norma de eficácia limitada.
c) Os trabalhadores que venham a aderir à greve poderão ser responsabilizados, sendo que a sua simples
adesão poderá ser considerada falta grave.
Comentários
Letra A - incorreta. Conforme o art. 10 da CF/88, a participação nos colegiados de órgãos públicos que
promovem discussão ou deliberação é garantia que assegura este direito tanto os trabalhadores como os
empregadores. Como a alternativa excluiu os empregadores, temos sua incorreção. Tome cuidado com essa
literalidade!
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos
órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão
e deliberação.
Letra B - correta. A assertiva faz a correlação correta entre os servidores e a eficácia das normas que
garantem seu direito de greve, uma vez que de fato a Constituição Federal realiza tal diferenciação. Veja a
literalidade:
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(...)
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites estabelecidos em lei
específica.
Letra C - incorreta. A Constituição realmente prevê uma possibilidade de responsabilização aos grevistas.
Contudo, esta se refere apenas aos abusos que eventualmente sejam cometidos, conforme o art. 9º, §2º, da
CF/88:
(...)
Além disso, fique atento ao final da assertiva, pois ela contraria diretamente o entendimento do STF de que
não é possível se imputar falta grave ao servidor pelo mero fato de aderir à greve. Tal enunciado pode ser
encontrado na Súmula 316 do STF:
Súmula 316 do STF: A simples adesão à greve não constitui falta grave.
Letra D - incorreta. A Constituição Federal não proíbe o direito de greve em serviços ou atividades essenciais
como afirma a alternativa. Na verdade, o art. 9º, §1º, da CF/88, faz restrição apenas a necessidade destas
atividades terem seu direito de greve regulado em lei.
Letra E - incorreta. O previsto no art. 142, inciso IV, da CF/88 é exatamente o oposto do afirmado na
alternativa. Segundo o artigo, os militares não poderão se sindicalizar ou exercer o direito de greve, sendo
regra que vale tanto para as forças armadas como para os militares nos outros entes federativos, como é o
caso da polícia militar.
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Além disso, é importante ressaltar que recentemente o STF firmou o entendimento1 de que todos os
servidores que atuam diretamente na área de segurança pública, como os policiais civis, não fazem jus ao
direito de greve, conforme trecho abaixo:
“(1) o exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais
civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. (2) É
obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das
carreiras de segurança pública, nos termos do artigo 165 do Código de Processo Civil, para
vocalização dos interesses da categoria”
Gabarito: Letra B.
...
Forte abraço!
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1
Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 654432.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1
INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Nacionalidade
Pronto para testar seu conhecimento?!
QUESTÕES INÉDITAS
1) Tainá, filha de japoneses, nasceu no Brasil quando seus pais estavam a serviço do governo japonês.
Carla, filha de pais brasileiros, nasceu na Austrália, quando sua mãe estava neste país a serviço do governo
brasileiro. Nestes casos,
(E) a Constituição Federal de 1988 não dispõe, de forma expressa, a respeito das regras de nacionalidade nas
hipóteses apresentadas.
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(A) São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
(B) São privativos de brasileiros natos os cargos de Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ministro do
Superior Tribunal de Justiça e Ministro de Estado da Defesa.
(C) Estrangeiros originários de países de língua portuguesa residentes no Brasil há pelo menos 1 (um) ano,
de forma ininterrupta, possuem direito subjetivo à nacionalidade brasileira.
(D) A aquisição de outra naturalização para permanecer em país estrangeiro com intuito de exercício
profissional acarreta a perda da nacionalidade brasileira.
(E) No sistema jurídico-constitucional pátrio, é cabível a aquisição da nacionalidade brasileira como efeito
direto e imediato resultante do casamento civil.
(A) Na aquisição de nacionalidade potestativa, a homologação da opção pela nacionalidade brasileira produz
efeitos ex nunc, fazendo com que o indivíduo seja considerado brasileiro nato somente após a opção pela
nacionalidade brasileira durante a maioridade.
(B) É vedado o estabelecimento de distinções entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos
previstos em lei complementar.
(C) Os estrangeiros oriundos de países de língua portuguesa que residam no Brasil por 1 ano ininterrupto e
possuam idoneidade moral poderão adquirir a nacionalidade brasileira por meio na naturalização
extraordinária, que produzirá efeitos constitutivos a partir da data de sua concessão.
(D) O português com residência permanente no Brasil adquire nacionalidade brasileira caso haja
reciprocidade de tratamento para os brasileiros em Portugal.
(E) Caso haja reciprocidade em Portugal, os portugueses que vivam com ânimo permanente no Brasil
receberão tratamento idêntico ao de um brasileiro naturalizado, salvo quanto as limitações previstas no
texto constitucional.
4) Alyson, estudante norte-americana nascida em Chicago, mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro em
2000 para morar com Inácio, com quem se casou. No início de 2017, Alyson adquiriu a nacionalidade
brasileira, por ter cumprido os requisitos para tanto. Nesse caso, tratando-se de naturalização derivada,
Alyson poderá ocupar o seguinte cargo público:
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(A) Diplomata.
Conforme a Constituição Federal de 1988, se estiverem presentes os demais requisitos legais, poderão
ocupar o cargo de Senador
I - Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros,
serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na legislação.
II - São privativos de brasileiro nato os cargos: da carreira diplomática, de oficial das Forças Armadas e
Ministro de Estado da Defesa
III - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacional.
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GABARITO
1. A 2. A 3. E 4. D 5. D
6. A
QUESTÕES COMENTADAS
1) Tainá, filha de japoneses, nasceu no Brasil quando seus pais estavam a serviço do governo japonês.
Carla, filha de pais brasileiros, nasceu na Austrália, quando sua mãe estava neste país a serviço do governo
brasileiro. Nestes casos,
(E) a Constituição Federal de 1988 não dispõe, de forma expressa, a respeito das regras de nacionalidade nas
hipóteses apresentadas.
Comentários
O art. 12, inciso I, da CF/88, estabelece as situações e condições para um brasileiro ser considerado nato:
I – natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja
a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
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No caso da questão, Tainá não é filha de brasileiros e nasceu no Brasil quando seus pais estavam a serviço
de outro país. Assim, não se trata de brasileira nata, pois não atende a nenhuma das condições do art. 12,
inciso I, da CF/88.
Por outro lado, Carla é filha de brasileiros e sua mãe estava no exterior a serviço do governo brasileiro.
Portanto, ela atende ao art. 12, inciso I, alínea b, da CF/88, sendo considerada brasileira nata.
Gabarito: Letra A
(A) São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
(B) São privativos de brasileiros natos os cargos de Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ministro do
Superior Tribunal de Justiça e Ministro de Estado da Defesa.
(C) Estrangeiros originários de países de língua portuguesa residentes no Brasil há pelo menos 1 (um) ano,
de forma ininterrupta, possuem direito subjetivo à nacionalidade brasileira.
(D) A aquisição de outra naturalização para permanecer em país estrangeiro com intuito de exercício
profissional acarreta a perda da nacionalidade brasileira.
(E) No sistema jurídico-constitucional pátrio, é cabível a aquisição da nacionalidade brasileira como efeito
direto e imediato resultante do casamento civil.
Comentários
Vejamos o que dispõe o art. 5º, inciso LI, art. 12, inciso I (alínea a), art. 12, inciso II (alíneas a e b) e art. 12,
§§ 1º e 3º, todos da CF/88:
Art. 5°, LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
(...)
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
não estejam a serviço de seu país;
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b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja
a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países
de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
(...)
V - da carreira diplomática;
Aqueles que nascerem no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer dos pais esteja
a serviço do Estado brasileiro, são considerados brasileiros natos.
Letra A - correta. Conforme o art. 12, inciso I, alínea c, da CF/88, se houver o registro na repartição brasileira
competente, o nascido no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira já será considerado brasileiro
nato.
Caso não haja tal registro, aí o nascido no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira poderá ser
considerado brasileiro nato se vier a residir no Brasil e optar, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira.
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Letra B - incorreta. Conforme o art. 12, § 3º, da CF/88, o cargo de Ministro do STJ não é privativo de brasileiro
nato.
Letra D - incorreta. A aquisição de outra nacionalidade para o exercício de direitos civis não acarreta a perda
da nacionalidade brasileira, conforme o art. 12, § 4, inciso II, alínea b, da CF/88:
(...)
(...)
Letra E - incorreta. Conforme o art. 12, incisos I e II, da CF/88, não há previsão de aplicação do critério do jus
matrimoniale, de modo que não se adquire a nacionalidade brasileira como efeito direto e imediato do
casamento civil. Com efeito, o STF já proferiu entendimento nesse sentido (extradição 1.121, rel. min. Celso
de Mello, j. 18-12-2009, P,DJE de 25/06/2010):
(A) Na aquisição de nacionalidade potestativa, a homologação da opção pela nacionalidade brasileira produz
efeitos ex nunc, fazendo com que o indivíduo seja considerado brasileiro nato somente após a opção pela
nacionalidade brasileira durante a maioridade.
(B) É vedado o estabelecimento de distinções entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos
previstos em lei complementar.
(C) Os estrangeiros oriundos de países de língua portuguesa que residam no Brasil por 1 ano ininterrupto e
possuam idoneidade moral poderão adquirir a nacionalidade brasileira por meio na naturalização
extraordinária, que produzirá efeitos constitutivos a partir da data de sua concessão.
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(D) O português com residência permanente no Brasil adquire nacionalidade brasileira caso haja
reciprocidade de tratamento para os brasileiros em Portugal.
(E) Caso haja reciprocidade em Portugal, os portugueses que vivam com ânimo permanente no Brasil
receberão tratamento idêntico ao de um brasileiro naturalizado, salvo quanto as limitações previstas no
texto constitucional.
Comentários
Letra A - incorreta. A doutrina denomina como nacionalidade potestativa a possibilidade prevista no artigo
12, inciso I, alínea c, da CF/88, que é aquela onde os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiros,
venham a residir no Brasil e optem pela nacionalidade brasileira após a maioridade.
I - natos:
(...)
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
Neste caso, o indivíduo deverá manifestar sua vontade em juízo, sendo que o processo se dará na Justiça
Federal e, ao final, se encerrará com a sentença de homologação da opção. Esta sentença produz efeitos ex
tunc (retroativos), e não ex nunc (a partir do presente), como afirmado pela alternativa, o que torna a
assertiva incorreta.
Segundo o STF, a homologação da opção pela nacionalidade brasileira produz efeitos ex tunc, retroagindo
para que o indivíduo seja considerado brasileiro nato desde o seu nascimento. 1
Letra B - incorreta. Cuidado com essas pegadinhas típicas. Apenas a Constituição Federal poderá estabelecer
distinções entre brasileiros natos e naturalizados.
É incorreto afirmar que distinções como essa poderão ser veiculadas por meios infraconstitucionais. Trata-
se, justamente, da cláusula de vedação a discriminação entre natos e naturalizados, prevista no art. 12, §2º,
da CF/88.
Art. 12, § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo
nos casos previstos nesta Constituição.
1
RE 916.043/RS. Rel. Min. Dias Toffoli. Julgamento: 31.03.2017.
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O processo ordinário corresponde ao rito dos estrangeiros oriundos de países de língua portuguesa que
residam no Brasil por 1 ano ininterrupto e possuam idoneidade moral, enquanto o extraordinário está aberto
para todos os estrangeiros desde que residam no Brasil por 15 anos ininterruptos, não possuam condenação
penal e requeiram a nacionalidade brasileira.
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países
de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
Diante da explicação, é possível perceber que a alternativa inverteu os conceitos e isso já bastaria para torná-
==5617c==
Existe um julgado do STF que aborda justamente essa questão dos efeitos gerados pela naturalização
extraordinária. Nele a Corte entendeu que a concessão da naturalização extraordinária tem meramente
efeitos declaratórios uma vez que constitui ato vinculado do presidente, caso verificado o cumprimento dos
requisitos.2
Deste modo, com a concessão teremos seus efeitos retroagindo à data de apresentação do pedido,
diferentemente do afirmado na alternativa.
Letra D - incorreta. Não há que se falar em aquisição de nacionalidade brasileira em virtude reciprocidade
em Portugal. O que existe no texto constitucional é apenas a equiparação dos portugueses, com residência
permanente, aos brasileiros naturalizados, tal como dispõe o art. 12, §1º, da CF/88.
Art. 12, § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos
nesta Constituição.
Letra E - correta. Já que, conforme o art. 12, §1º, da CF/88, quando os portugueses optarem por residir
permanentemente no Brasil, esses poderão gozar dos mesmos direitos dos brasileiros naturalizados.
Contudo, esse benefício dependerá da reciprocidade e poderá ser restringido nos casos previstos na CF/88.
Perceba que não ocorre naturalização, mas mera equiparação de direitos e estes ainda se limitam ao patamar
do naturalizado vez que portugueses equiparados não poderão ocupar cargos privativos de brasileiros natos,
por exemplo.
2
RE 264.848-5 / TO. Rel. Min. Carlos Ayres Britto. Julgamento em 29.06.2005.
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Art. 12, § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos
nesta Constituição.
Gabarito: Letra E.
4) Alyson, estudante norte-americana nascida em Chicago, mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro em
2000 para morar com Inácio, com quem se casou. No início de 2017, Alyson adquiriu a nacionalidade
brasileira, por ter cumprido os requisitos para tanto. Nesse caso, tratando-se de naturalização derivada,
Alyson poderá ocupar o seguinte cargo público:
(A) Diplomata.
Comentários
O § 3º, do art. 12, da Constituição Federal, estabelece os cargos que somente os brasileiros natos podem
ocupar:
V - da carreira diplomática;
Assim:
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Letra B - incorreta. O cargo de Presidente da Câmara dos Deputados é privativo de brasileiro nato.
Letra C - incorreta. O cargo de Oficial das Forças Armadas deve ser ocupado apenas por brasileiros natos.
Letra D - correta. O cargo de Ministro do Superior Tribunal de Justiça não é privativo de brasileiro nato,
podendo ser ocupado pelos brasileiros naturalizados, como no caso de Alyson.
Gabarito: Letra D
Conforme a Constituição Federal de 1988, se estiverem presentes os demais requisitos legais, poderão
ocupar o cargo de Senador
Comentários
As exigências a respeito da nacionalidade e da idade necessárias para ocupar uma vaga no Senado Federal
estão previstas no art. 12, § 3º e art. 14, § 3º, incisos I e VI, alínea "a", ambos da CF/88:
(...)
(…)
116
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I - a nacionalidade brasileira;
(...)
Assim, para ocupar o cargo de Senador, o candidato deve ser brasileiro, nato ou naturalizado, e ter, no
mínimo, 35 anos.
Portanto, apenas George e Roberto possuem nacionalidade brasileira e idade mínima de 35 anos, de modo
que apenas os itens I e IV cumprem os requisitos necessários para ocupar o cargo de Senador.
Gabarito: Letra D
I - Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros,
serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na legislação.
II - São privativos de brasileiro nato os cargos: da carreira diplomática, de oficial das Forças Armadas e
Ministro de Estado da Defesa
III - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacional.
Comentários
Item I – incorreto. Conforme o art. 12, § 1º, da CF, apenas o Texto Constitucional pode trazer ressalvas ao
dispositivo e não a legislação como, erroneamente, afirmou a assertiva.
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Art. 12, § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos
nesta Constituição.
V - da carreira diplomática;
Item III – correto. Conforme o art. 13, § 1º, da CF/88, disposto abaixo:
Gabarito: Letra A.
...
Forte abraço!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Autor:
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07 de Janeiro de 2023
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Índice
1) O que é mais cobrado no assunto - Direitos Políticos - Cebraspe - Nível Superior
..............................................................................................................................................................................................3
7) Referências Bibliográficas
..............................................................................................................................................................................................
53
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% de cobrança
Tópico
Cebraspe
Instrumentos de soberania popular (art. 14, caput e I a III da CF/88) 9,1%
Critérios de alistamento, elegibilidade e inelegibilidade (art. 14, §§
54,5%
1º a 9º da CF/88)
Impugnação de mandato (art. 14, §§ 10 e 11 da CF/88) 4,5%
Perda e suspensão dos direitos políticos (art. 15 da CF/88) 31,8%
Vigência da lei que altera o processo eleitoral - princípio da
0%
anterioridade eleitoral (art. 16 da CF/88)
3
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A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
Conceitos iniciais
Democracia representativa ou indireta: representantes são eleitos pelo povo para que, em seu
nome, governem o país;
Democracia semidireta ou participativa: o poder é exercido pelo povo tanto de forma direta (sem
intermediários ou representantes) quanto indireta (por meio de representantes), em um sistema
híbrido (com traços de democracias direta e indireta). Trata-se da forma adotada no Brasil
(plebiscito, referendo e iniciativa popular previstos na CF/88 são institutos típicos de democracia
semidireta).
Direitos políticos positivos: referem-se à participação ativa dos indivíduos na vida política do
Estado. Relacionam-se com o exercício do sufrágio.
Direitos políticos negativos: referem-se às normas que limitam o exercício da cidadania, que
impedem a participação dos indivíduos na vida política estatal. Relacionam-se com as
inelegibilidades e as hipóteses de perda e suspensão dos direitos políticos.
Capacidade eleitoral ativa: está relacionada com o direito de alistar-se como eleitor (alistabilidade)
e o direito de votar;
Capacidade eleitoral passiva: está relacionada com o direito de ser votado e de se eleger para um
cargo público (elegibilidade).
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Sufrágio e voto
Disposições constitucionais
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
Muito cuidado aqui: o voto obrigatório (§ 1º, I) não é cláusula pétrea (art. 60, § 4º).
Art. 14, § 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período
do serviço militar obrigatório, os conscritos.
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I - a nacionalidade brasileira;
V - a filiação partidária;
- Cuidado para não confundir o “domicílio eleitoral” (requisito de elegibilidade previsto no § 3º,
IV) com “domicílio civil”.
- Não é permitida a candidatura avulsa – o candidato é obrigado a filiar-se a partido político (§ 3º,
V).
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II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
- Os analfabetos podem votar (art. 14, II, "a"), mas não podem ser votados (§ 4º).
- É possível o exercício de três ou mais mandatos como Chefe do Poder Executivo, desde que não
sejam consecutivos. Mesmo a renúncia antes do término do segundo mandato eletivo por
reeleição não o torna apto à candidatura para um terceiro mandato consecutivo (§ 5º).
- Os Vices, reeleitos ou não, poderão se candidatar ao cargo do titular na eleição seguinte, mesmo
que o tenham substituído no curso do mandato (§ 5º).
- Também não pode se candidatar a Vice, na eleição seguinte, aquele que já foi Chefe do Poder
Executivo por dois mandatos consecutivos (§ 5º).
- Outros casos de inelegibilidade, além dos elencados nos §§4º a 7º, podem ser previstos em lei
complementar (§ 9º).
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As demais inexigibilidades são consideradas relativas, que decorrem de motivos funcionais (§§ 5º
e 6º), de motivos de casamento, parentesco ou afinidade (§ 7º), da condição de militar (§ 8º), e de
previsões em lei complementar (§ 9º).
Art. 14, § 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no
prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso
do poder econômico, corrupção ou fraude.
- As provas que devem instruir a ação de impugnação de mandato devem estar relacionadas
primordialmente ao abuso do poder econômico, à corrupção ou à fraude.
Consultas populares
- Requisitos para que as consultas populares sobre questões locais sejam realizadas
concomitantemente às eleições municipais = aprovação da Câmara Municipal + encaminhamento
à Justiça Eleitoral até 90 dias antes das eleições.
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Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
- A CF não explicita quais são os casos de perda e quais são os casos de suspensão dos direitos
políticos, mas a doutrina entende que a perda se dá nos casos previstos nos incisos I e IV. Já a
suspensão, nos casos dos incisos II, III e V.
- A incapacidade civil relativa não importa perda ou suspensão dos direitos políticos (a
incapacidade precisa ser absoluta – inciso II).
- Cuidado! As decisões judiciais apontadas nos incisos I e III devem ter transitado em julgado.
Anterioridade eleitoral
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação,
não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
- O dispositivo trata do princípio da anterioridade eleitoral, considerado cláusula pétrea1 pelo STF.
1
STF – ADI 3.685.
2
STF – Súmula Vinculante 18.
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3
STF – RE 758.461/PB.
4
STF – ADC 29/DF.
5
STF – ADI 4.650/DF.
6
STF – ADI 5394.
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APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em prova,
considerando o histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no
conteúdo, na legislação e nos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais1.
obrigatório maiores de 18
(inciso I) anos
1
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado
assunto, considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados a
partir de critérios objetivos ou minimamente razoáveis.
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Um único período
Reeleição
subsequente
Renúncia ao
Mandatos dos
respectivo
Chefes do Para concorrer
Desincompatibilização mandato 6
Poder Executivo a outros cargos
meses antes do
(§§ 5º, 6º e 7º)
pleito
Cônjuge e os
parentes
Território de jurisdição consanguíneos
==5617c==
Menos
de 10 Afastar-se da
anos de atividade
Militar serviço
alistável É elegível
(§8º) Mais de Agregado
10 anos pela Se eleito, na
Inatividade
de autoridade diplomação
serviço superior
Além disso, em função de ser(em) recente(s), a(s) seguinte(s) novidade(s) legislativa(s) possui(em)
grandes chances de ser(em) cobrada(s):
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas
questões.
a) Lei que altere o processo eleitoral poderá ser aplicada a pleito eletivo realizado no ano de sua
edição, desde que editada no prazo de cento e oitenta dias anteriores à eleição.
c) Nos termos da CF, o exercício da soberania popular poderá ser exercido diretamente pelo
povo, por meio de instrumentos como o referendo e o plebiscito.
Comentários
Assertiva “a” – errada. A lei que altere o processo eleitoral somente pode ser aplicada após 1
ano da entrada em vigor da nova legislação, consoante o princípio da anterioridade da lei
eleitoral - art. 16 da CF/1988:
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
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Art. 14 (...)
Assertiva “c” – correta. A CF/1988 prevê o exercício da soberania pelo povo, diretamente, pelo
uso de instrumentos como o plebiscito e o referendo:
==5617c==
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
b) A perda da nacionalidade brasileira pode ocorrer por ato voluntário de brasileiro que adquire
outra nacionalidade. Nessa situação, uma vez configurada a perda, a nacionalidade brasileira não
será passível de recuperação.
d) Consoante a doutrina, a perda dos direitos políticos tem caráter definitivo, como ocorre no
caso de incapacidade civil absoluta.
e) A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular.
Comentários
GABARITO: LETRA E
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Vamos às alternativas:
Alternativa A – Incorreta. Pois viola expressamente o art. 14, §2º, da Constituição Federal:
Alternativa B – Incorreta. A própria Lei 13.445/2017 no art. 30, II, C, prevê a possibilidade de
reaquisição da nacionalidade brasileira.
Art. 30 (...)
II. (...)
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
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3. (Cespe/2015/TRE GO/AJAA) Julgue o item que se segue, no que concerne aos direitos e
garantias fundamentais e à aplicabilidade das normas constitucionais.
Suponha que José, casado com Míriam e prefeito de um município brasileiro, venha a falecer
dois anos após ter sido eleito. Nessa situação, Míriam pode se candidatar e se eleger ao cargo
antes ocupado por seu marido nas eleições seguintes ao falecimento.
Comentários
GABARITO: CERTO.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
Como se sabe, apenas os cidadãos gozam de direitos políticos. Contudo, basta o candidato se
lembrar das inelegibilidades que perceberia que esses direitos não são “livremente exercidos
por todos os brasileiros.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
(...)
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Comentários
GABARITO: ERRADO
Não se trata de sessenta anos, mas de setenta, nos termos do art. 14, §1º, da Constituição
Federal:
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
Comentários
GABARITO: LETRA D
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Alternativa B – Incorreta. Aqui a questão não foi clara, pois ele pode ser elegível ou inelegível a
depender do cargo e do território de jurisdição da Amanda. Contudo, de qualquer forma, como
ele poderia ser inelegível tendo em vista ser parente em segundo grau por afinidade de Antônia,
a alternativa está incorreta, nos termos do art. 14, §7:
Art.14. (...)
Alternativa C – Incorreta. Sobrinho da esposa não é parente até o segundo grau. Portanto, se
enquadra na inelegibilidade prevista no art. 14, §7º.
Alternativa D – Correta. A exigência do art. 14, §6º, da Constituição Federal não se aplica a
membros do Poder Legislativo:
Art. 14 (...)
Alternativa E – Incorreta. Conforme demonstrado acima, não se trata da data da posse, mas do
pleito.
Comentários
Gabarito: “ERRADO”
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CF/88, art.14,
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GABARITO: ERRADO.
A própria Constituição Federal permite que lei complementar venha a dispor sobre outras
hipóteses de inelegibilidade ao teor do seu art. 14, §9º:
Art. 14 (...)
Assinale a opção correta a respeito da classificação da referida lei e de sua vigência e aplicação.
a) Tal lei deve ser complementar, e vigerá e se aplicará a partir da data da sua publicação.
c) Tal lei deve ser ordinária estadual e não se aplicará às referidas eleições.
d) Tal lei deve ser ordinária distrital, e vigerá e se aplicará a partir da data da sua publicação.
e) Tal lei deve ser ordinária federal, e se aplicará a partir da data de sua publicação.
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GABARITO: "B"
Art. 14 (...)
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
Pela leitura desses dispositivos é possível concluir que a lei que altera o processo eleitoral deve
ser uma lei complementar, sendo que os seus efeitos se aplicarão à eleição que ocorrer após 1
ano da data de sua vigência. No caso, a eleição realizar-se-á apenas 6 meses depois da
publicação da lei, não se aplicando a ela, portanto.
10. (Cespe/2009/TRE GO/AJAJ) Luis vinha disputando as prévias do seu partido para se lançar
candidato a senador da República. Contudo, uma semana antes de o partido escolher seu
candidato ao cargo, Luis foi condenado à pena privativa de liberdade por crime de lesão
corporal culposa. Seus advogados interpuseram o recurso cabível, do qual se aguarda
julgamento.
a) A condenação imposta a Luis não terá reflexos na sua pretensão política, visto que a sentença
foi omissa quanto a perda dos direitos políticos.
c) A condenação imposta a Luis não terá reflexos na sua pretensão política, já que a condenação
por crime culposo não acarreta a perda dos direitos políticos.
d) A condenação imposta a Luis somente terá efeitos se ele for condenado a cumprir a pena em
regime fechado, pois, se obtiver qualquer benefício processual que lhe possibilite cumprir a
pena em liberdade seus direitos políticos permanecerão intactos.
Comentários
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GABARITO: "B"
Vejamos o que dispõem os artigos 14, § 3º, inciso II, e 15, inciso III, da CF/1988:
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
(...)
Nesse contexto, para a perda ou suspensão dos direitos políticos (que gera inelegibilidade), no
caso de condenação criminal, é preciso o trânsito em julgado da decisão condenatória, o que
não ocorreu, no caso. Assim, a condenação criminal de Luis não terá reflexos na sua pretensão
política em razão da ausência de trânsito em julgado.
Quanto à assertiva "A", deve ser destacado que não há necessidade de manifestação, na
decisão judicial, a respeito da perda dos direitos políticos, pois os efeitos da condenação
transitada em julgado estão previstos na Lei Maior.
11. (Cespe/2010/TRT 21/AJAJ) O voto, que deve ser exercido de forma direta, apresenta os
caracteres constitucionais de personalidade, obrigatoriedade, liberdade, sigilosidade,
igualdade e periodicidade. A igualdade revela-se no fato de que todos os cidadãos têm o
mesmo valor no processo eleitoral.
Comentários
GABARITO: certo.
O art. 14, caput, da CF/1988 estabelece que o voto deve ser exercido de forma direta e secreta,
com valor igual para todos. Ademais, trata-se de procedimento a ser exercido pessoalmente
pelo cidadão, obrigatoriamente, em regra (art. 14, § 1º, inciso I, da CF/1988). O caráter de
liberdade está relacionado à possibilidade de o eleitor escolher em quem irá votar, não se
tratando de incompatibilidade com a obrigatoriedade do voto.
Por outro lado, a periodicidade do voto está prevista como cláusula pétrea no art. 60, § 4º, inciso
II, da CF/1988:
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Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
(...)
Art. 60 (...)
(...)
A alistabilidade, que se refere à capacidade do indivíduo de ser eleitor, com direito de participar
da escolha dos mandatários, é vedada aos estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, aos conscritos.
Comentários
GABARITO: CERTO
A questão exige que o candidato conheça o art. 14, §2º, da Constituição Federal:
Art. 14 (...)
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concorrer ao cargo de governador, no mesmo estado, nas eleições estaduais daquele ano, mas
não poderá concorrer à reeleição no pleito posterior.
Comentários
GABARITO: CERTO
Para gabaritar essa questão é fundamental que o candidato conheça o teor do art. 14, §5º:
Art. 14 (...)
14. (CESPE/2017/TCE-PE/Analista de Gestão - Julgamento) Com relação aos direitos sociais, aos
direitos de nacionalidade, aos direitos políticos e aos partidos políticos, julgue o item.
Comentários
GABARITO: ERRADO
O erro da questão reside no fato de que ela não poderá candidatar-se. Quanto ao tema, o STF
editou, inclusive, súmula vinculante nº 18:
Súmula Vinculante 18
a) a idade mínima de dezoito anos de idade para os cargos de senador, deputado e vereador, ou
de vinte e um anos de idade para os cargos de prefeito, governador e vice-governador,
presidente e vice-presidente da República.
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b) o alistamento militar.
Comentários
GABARITO: "E"
O art. 14, § 3º, da CF/1988 estabelece, além do pleno exercício dos direitos políticos, as
seguintes condições de elegibilidade:
Art. 14 (...)
I - a nacionalidade brasileira;
V - a filiação partidária;
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B: errada. O alistamento eleitoral que é exigido como condição de elegibilidade, não o militar,
até porque o ordenamento jurídico não exige alistamento militar das mulheres.
16. (Cespe/2013/TRE MT/AJAA) No que se refere aos direitos políticos, assinale a opção
correta.
a) A ação de impugnação de mandato eletivo deverá ser proposta na justiça eleitoral no prazo
de quinze dias da diplomação, independentemente de provas iniciais de abuso do poder
econômico, corrupção ou fraude cometida.
c) Uma das condições para concorrer em pleitos eleitorais é o prévio alistamento eleitoral.
e) É condição de elegibilidade a idade mínima de trinta e cinco anos para o cargo de governador
de estado.
Comentários
GABARITO: "C"
Para concorrer à eleição, o candidato deve se alistar previamente, conforme o art. 14, § 3º, inciso
III, da CF/1988:
Art. 14 (...)
(...)
A: errada. A ação de impugnação de mandado deve estar instruída com as provas referentes à
acusação, conforme o art. 14, § 10, da CF/1988:
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B: errada. O art. 14, § 3º, inciso V, da CF/1988 estabelece a filiação partidária como condição de
elegibilidade:
(...)
V - a filiação partidária;
D: errada. O plebiscito e o referendo são formas de exercício direto, não indireto, da soberania
popular. Ademais, no plebiscito a participação popular é prévia, não posterior, à promulgação
da lei.
E: errada. Para o cargo de governador de estado, a idade mínima é de 30 anos, nos termos do
art. 14, § 3º, inciso VI, alínea "b", da CF/1988:
Art. 14 (...)
(...)
(...)
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e) apenas ao voto.
Comentários
Letra B - correta. O artigo 14, II, "a" da CF/88 dispõe sobre o alistamento eleitoral e voto do
analfabeto:
(...)
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
Gabarito: Letra B.
d) suspensos, apenas.
e) cassados, apenas.
Comentários
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Letra D - correta. O artigo 15 da CF/88 versa sobre a cassação, perda ou suspensão dos direitos
políticos, sendo que o § 4º trata dos atos de improbidade administrativa. Vejamos.
As demais alternativas estão incorretas, tendo em vista que a cassação de direitos políticos é
absolutamente vedada.
Gabarito: Letra D.
b) apenas para o cargo de governador, ainda que o vínculo conjugal se dissolva no curso do
mandato.
c) em todo o território do respectivo estado, ainda que o vínculo conjugal se dissolva no curso
do mandato.
d) para qualquer cargo eletivo nos dois pleitos seguintes, ainda que o vínculo conjugal se
dissolva no curso do mandato.
e) apenas para os cargos de governador e prefeito, nos dois pleitos seguintes, salvo se
dissolvido o vínculo conjugal antes do término do mandato, o que afastará a inelegibilidade.
Comentários
Letra C - correta. A questão versa sobre direitos de elegibilidade. Dispõe o artigo 14, § 7º da
CF/88:
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Gabarito: Letra C.
Comentários
Letra B - correta. As condições de elegibilidade estão previstas no artigo 14, §3º, da CF/88:
I - a nacionalidade brasileira;
V - a filiação partidária;
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Atendendo aos requisitos da lei, os portugueses passam a gozar dos mesmos direitos do
brasileiro naturalizado, sem necessidade de obter a nacionalidade.
Ainda, o artigo 12, § 2º, da CF/88, veda a distinção entre brasileiros natos e naturalizados.
Art. 12, § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
Por fim, o cargo de Deputado Estadual não está entre os privativos de brasileiros natos,
conforme dispõe o artigo Art. 12, § 3º, da CF/88:
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V - da carreira diplomática;
Frise-se que no âmbito do Senado e da Câmara dos Deputados, apenas seus presidentes
necessitam ser brasileiros natos, os demais parlamentares podem ser brasileiros naturalizados,
conforme se depreende dos incisos I e II.
Gabarito: Letra B.
21. (Cespe/2017/TRE PE/AJAA) De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), a perda ou
a suspensão dos direitos políticos se dará em caso de
Comentários
GABARITO: "C"
Relembremos o que dispõe o art. 15 da CF/1988, que trata das hipóteses de perda ou
suspensão dos direitos políticos:
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
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Dentre as assertivas, a única que apresenta caso de perda ou suspensão dos direitos políticos é a
"c", que menciona o caso de improbidade administrativa - inciso V do art. 15 da CF/1988.
A: errada. Para a perda ou suspensão dos direitos políticos, a condenação criminal deve ter
transitado em julgado.
D e E: erradas. Para que ocorra perda ou suspensão dos direitos políticos por cancelamento da
naturalização ou condenação criminal, a respectiva ação deve ter transitado em julgado. Logo,
não necessariamente a decisão judicial de primeira instância terá o condão de produzir os
aludidos efeitos, em razão da possibilidade de interposição de recursos para as instâncias
superiores.
Comentários
GABARITO: certo.
Apenas a condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos, possui o
condão de mitigar os direitos políticos, conforme o art. 15, inciso III, da CF/1988:
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
(...)
A prisão provisória é anterior ao trânsito em julgado da decisão judicial, logo, o preso provisório
ainda não foi condenado por decisão transitada em julgado.
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Além disso, o fato de o maior de dezoito anos de idade ter sido internado quando adolescente
não o torna condenado.
Logo, ambos (preso provisório e menor preso por ato infracional) mantêm seus direitos políticos.
Comentários
GABARITO: ERRADA.
24. (Cespe/2012/TRE RJ/AJAA) A escusa de consciência permite a todo indivíduo, por motivos
de crenças religiosas, filosóficas ou políticas, eximir-se de cumprir alguma obrigação imposta
a todos, por exemplo, o serviço militar obrigatório; entretanto, o indivíduo será privado,
definitivamente, de seus direitos políticos, quando a sua oposição se manifestar, inclusive, a
respeito do cumprimento de uma obrigação alternativa.
Comentários
GABARITO: ERRADA.
A cassação (privação definitiva) de direitos políticos é vedada no Estado brasileiro, de modo que
a hipótese do enunciado permitiria apenas a perda ou suspensão dos direitos políticos. Nesse
sentido é o art. 15, caput, da CF/1988:
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de: (...)
25. (Cespe/2015/TRE GO/AJAA) Julgue o item que se segue, no que concerne aos direitos e
garantias fundamentais e à aplicabilidade das normas constitucionais.
A norma constitucional que consagra o princípio da anterioridade eleitoral não pode ser abolida
por tratar-se de uma garantia individual fundamental do cidadão-eleitor.
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Comentários
GABARITO: CERTO.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
O STF entendeu que esse dispositivo é cláusula pétrea implícita da CF/1988, por se tratar de um
direito individual do eleitor, uma vez que as regras de anterioridade estão relacionadas ao
princípio da segurança jurídica.
26. (Cespe/2016/TRE PI/AJAJ/Adaptada) Assinale a opção correta acerca dos direitos e das
garantias fundamentais.
a) Deverão ser cassados os direitos políticos de parlamentar condenado por crime de corrupção
em sentença criminal transitada em julgado.
b) Lei que altere o processo eleitoral editada no mesmo ano de um pleito eletivo, ainda que em
vigor, será aplicada no ano subsequente, conforme o princípio da anterioridade eleitoral.
c) Estrangeiro de qualquer nacionalidade pode se candidatar a cargos eletivos, com exceção dos
cargos para os quais se exige a condição de brasileiro nato.
Comentários
GABARITO: B.
Opção “a” – errada. A CF/1988 não permite a cassação de direitos políticos, nos termos do art.
15, caput:
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
(...)
Opção “b” – correta. É a aplicação literal do art. 16 da CF/1988, que consagra o princípio da
anterioridade eleitoral:
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
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Opção “c” – errada. O art. 14, § 3º, inciso I, da CF/1988 exige, como condição de elegibilidade,
a nacionalidade brasileira, de modo que estrangeiros não podem se candidatar a cargos eletivos:
Art. 14 (...)
I - a nacionalidade brasileira;
Caso seja publicada e passe a viger em fevereiro de 2018, lei que altere o processo eleitoral
poderá ser aplicada a pleito eletivo que ocorra em outubro desse mesmo ano.
Comentários
GABARITO: ERRADA.
A lei que alterar o processo eleitoral somente pode ser aplicada após 1 ano da entrada em vigor
da nova legislação, consoante o princípio da anterioridade da lei eleitoral - art. 16 da CF/1988:
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
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São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto.
Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados
do conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar
melhor os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o
exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo
a facilitar a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
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9.1.1.3. ____(e)____ e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de ____(f)____;
9.1.1.4. ____(g)____ anos para Vereador.
10. Os analfabetos podem votar? E serem votados?
11. Por quantos períodos podem s er reeleitos o s o cupantes de c argos el etivos do P oder
Legislativo?
12. Cláudia, esposa de Eduardo, deputado federal, deseja se candidatar ao cargo de v ereadora
de município integrante do território de j urisdição do c argo do marido. N esse c aso, o c asal
avaliou que, para ser possível a candidatura de Cláudia, basta que Eduardo se
desincompatibilize, nos termos previstos constitucionalmente. A avaliação está correta?
13. Complete as lacunas a seguir, a respeito das condições de elegibilidade do militar trazidas
pelo art. 13, § 8º da Constituição Federal:
13.1. O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
13.1.1. se contar menos de ____(a)____ anos de serviço, deverá ____(b)____ da atividade;
13.1.2. se contar mais de ____(c)____ anos de serviço, será ____(d)____ pela autoridade s uperior
e, se eleito, passará automaticamente, no ato da ____(e)____, para a inatividade.
14. Quais instrumentos normativos po dem es tabelecer o utras hipóteses de i nelegibilidade
relativa?
15. Complete as lacunas a seguir, a respeito das condições de impugnação do mandato trazidas
pelo art. 14, § 10 da Constituição Federal:
15.1. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça ____(a)____ no prazo de
____(b)____ dias contados da ____(c)____, i nstruída a aç ão c o m provas de abuso do po der
econômico, corrupção ou ____(d)____.
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16. Maria, buscando informações a respeito do atual candidato à reeleição para Governador em
seu estado, solicitou ao Tribunal de Justiça local cópia de ação de impugnação de mandato que
corre em desfavor do mandatário. Maria terá êxito em sua solicitação?
17. João, cidadão do Município X, encaminhou à Câmara Municipal c onsulta popular s obre
questão local. A Câmara aprovou a consulta realizada por João e a enc aminhou para a J ustiça
Eleitoral 65 dias antes das eleições municipais v indouras. T al c onsulta po pular poderá s er
realizada concomitantemente às eleições municipais?
18. Quando serão realizadas as manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas
às consultas populares sobre ques tões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e
encaminhadas à Justiça Eleitoral no prazo previsto constitucionalmente previsto?
19. De acordo com a doutrina, quais casos previstos no art. 15 da CF i mportam a perda dos
direitos políticos? E a suspensão?
20. Segundo o entendimento do STF, em que c asos de c ondenação c riminal transitada em
julgado se aplica a suspensão dos direitos políticos prevista no art. 15, inciso III, da CF/88?
21. Uma lei que altere o processo eleitoral das eleições presidenciais e s eja publicada em 5 de
dezembro de 2020 produzirá efeitos nas eleições de 2022?
Democracia indireta (ou representativa): o povo elege representantes que, em seu nome,
governam o país;
Democracia semidireta (ou participativa): é a forma adotada no Brasil, em que o povo exerce o
poder tanto diretamente, quanto por meio de representantes (sistema híbrido). Utiliza como
instrumentos, tipicamente, o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular de leis.
Os direitos políticos positivos dizem respeito à participação ativa dos indivíduos na vida política
do Estado, estando relacionados ao exercício do sufrágio.
Por sua vez, os direitos políticos negativos são as normas que impedem a participação dos
indivíduos na política estatal, limitando o exercício da cidadania, como as inelegibilidades e
hipóteses de perda e suspensão dos direitos políticos.
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Tanto o plebiscito quanto o referendo são formas de consulta ao povo sobre matéria de grande
relevância, porém, no plebiscito, a consulta se dá previamente à edição do ato legislativo ou
administrativo, enquanto no referendo a consulta popular ocorre posteriormente à edição do ato
legislativo ou administrativo, cabendo ao povo ratifica-lo ou rejeitá-lo.
(a) voto (b) dezoito (c) setenta (d) dezesseis (e) dezoito
Não, porque são inalistáveis (art. 14, § 2º), sendo que o alistamento eleitoral é condição de
elegibilidade (art. 14, § 3º, III).
9. Complete as lacunas a seguir, a respeito das condições de elegibilidade trazidas pelo art. 14,
§ 3º da Constituição Federal:
9.1. São condições de elegibilidade, na forma da lei:
9.1.1. a idade ____(a)____ de:
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Os analfabetos podem votar, de modo facultativo (art. 14, § 1º, II, “a”, da CF/88), mas não
podem ser votados (art. 14, § 4º, da CF/88).
11. Por quantos períodos podem s er reeleitos o s o cupantes de c argos el etivos do P oder
Legislativo?
Não há restrição para reeleição aos cargos eletivos do Poder Legislativo, e sim para os cargos
eletivos do Poder Executivo (Presidente da República, Governador e Prefeito) (art. 14, § 5º, da
CF/88).
12. Cláudia, esposa de Eduardo, deputado federal, deseja se candidatar ao cargo de v ereadora
de município integrante do território de j urisdição do c argo do marido. N esse c aso, o c asal
avaliou que, para ser possível a candidatura de Cláudia, basta que Eduardo se
desincompatibilize, nos termos previstos constitucionalmente. A avaliação está correta?
13. Complete as lacunas a seguir, a respeito das condições de elegibilidade do militar trazidas
pelo art. 13, § 8º da Constituição Federal:
13.1. O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
13.1.1. se contar menos de ____(a)____ anos de serviço, deverá ____(b)____ da atividade;
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13.1.2. se contar mais de ____(c)____ anos de serviço, será ____(d)____ pela autoridade s uperior
e, se eleito, passará automaticamente, no ato da ____(e)____, para a inatividade.
(a) dez (b) afastado (c) dez (d) agregado (e) diplomação
15. Complete as lacunas a seguir, a respeito das condições de impugnação do mandato trazidas
pelo art. 14, § 10 da Constituição Federal:
15.1. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça ____(a)____ no prazo de
____(b)____ dias contados da ____(c)____, i nstruída a aç ão c o m provas de abuso do po der
econômico, corrupção ou ____(d)____.
16. Maria, buscando informações a respeito do atual candidato à reeleição para Governador em
seu estado, solicitou ao Tribunal de Justiça local cópia de ação de impugnação de mandato que
corre em desfavor do mandatário. Maria terá êxito em sua solicitação?
Não, pois a ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça (art. 14, § 11, da
CF/88).
17. João, cidadão do Município X, encaminhou à Câmara Municipal c onsulta popular s obre
questão local. A Câmara aprovou a consulta realizada por João e a enc aminhou para a J ustiça
Eleitoral 65 dias antes das eleições municipais v indouras. T al c onsulta po pular poderá s er
realizada concomitantemente às eleições municipais?
Não, pois tais consultas devem ser aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à
Justiça Eleitoral até 90 (noventa) dias antes da data das eleições para serem realizadas
concomitantemente às eleições municipais (art. 14, § 12, da CF/88).
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19. De acordo com a doutrina, quais casos previstos no art. 15 da CF i mportam a perda dos
direitos políticos? E a suspensão?
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
A doutrina entende que os casos dos incisos I e IV importam a perda dos direitos políticos,
sendo, os demais, casos que resultam na suspensão dos direitos políticos.
Tanto nos casos de condenação criminal com pena privativa de liberdade como no caso de
condenação criminal com pena restritiva de direitos, conforme tese fixada pelo Tema 370 do STF
(“A suspensão de direitos políticos prevista no art. 15, inc. III, da Constituição Federal aplica-se
no caso de substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos").
21. Uma lei que altere o processo eleitoral das eleições presidenciais e s eja publicada em 5 de
dezembro de 2020 produzirá efeitos nas eleições de 2022?
Sim, já que, nos termos do art. 16 da CF, tal lei é aplicável às eleições que ocorram após um ano
de sua vigência:
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
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a) Lei que altere o processo eleitoral poderá ser aplicada a pleito eletivo realizado no ano de sua
edição, desde que editada no prazo de cento e oitenta dias anteriores à eleição.
c) Nos termos da CF, o exercício da soberania popular poderá ser exercido diretamente pelo
povo, por meio de instrumentos como o referendo e o plebiscito.
b) A perda da nacionalidade brasileira pode ocorrer por ato voluntário de brasileiro que adquire
outra nacionalidade. Nessa situação, uma vez configurada a perda, a nacionalidade brasileira não
será passível de recuperação.
d) Consoante a doutrina, a perda dos direitos políticos tem caráter definitivo, como ocorre no
caso de incapacidade civil absoluta.
e) A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular.
3. (Cespe/2015/TRE GO/AJAA) Julgue o item que se segue, no que concerne aos direitos e
garantias fundamentais e à aplicabilidade das normas constitucionais.
Suponha que José, casado com Míriam e prefeito de um município brasileiro, venha a falecer
dois anos após ter sido eleito. Nessa situação, Míriam pode se candidatar e se eleger ao cargo
antes ocupado por seu marido nas eleições seguintes ao falecimento.
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Assinale a opção correta a respeito da classificação da referida lei e de sua vigência e aplicação.
a) Tal lei deve ser complementar, e vigerá e se aplicará a partir da data da sua publicação.
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c) Tal lei deve ser ordinária estadual e não se aplicará às referidas eleições.
d) Tal lei deve ser ordinária distrital, e vigerá e se aplicará a partir da data da sua publicação.
e) Tal lei deve ser ordinária federal, e se aplicará a partir da data de sua publicação.
10. (Cespe/2009/TRE GO/AJAJ) Luis vinha disputando as prévias do seu partido para se lançar
candidato a senador da República. Contudo, uma semana antes de o partido escolher seu
candidato ao cargo, Luis foi condenado à pena privativa de liberdade por crime de lesão
corporal culposa. Seus advogados interpuseram o recurso cabível, do qual se aguarda
julgamento.
a) A condenação imposta a Luis não terá reflexos na sua pretensão política, visto que a sentença
foi omissa quanto a perda dos direitos políticos.
c) A condenação imposta a Luis não terá reflexos na sua pretensão política, já que a condenação
por crime culposo não acarreta a perda dos direitos políticos.
d) A condenação imposta a Luis somente terá efeitos se ele for condenado a cumprir a pena em
regime fechado, pois, se obtiver qualquer benefício processual que lhe possibilite cumprir a
pena em liberdade seus direitos políticos permanecerão intactos.
11. (Cespe/2010/TRT 21/AJAJ) O voto, que deve ser exercido de forma direta, apresenta os
caracteres constitucionais de personalidade, obrigatoriedade, liberdade, sigilosidade,
igualdade e periodicidade. A igualdade revela-se no fato de que todos os cidadãos têm o
mesmo valor no processo eleitoral.
A alistabilidade, que se refere à capacidade do indivíduo de ser eleitor, com direito de participar
da escolha dos mandatários, é vedada aos estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, aos conscritos.
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14. (CESPE/2017/TCE-PE/Analista de Gestão - Julgamento) Com relação aos direitos sociais, aos
direitos de nacionalidade, aos direitos políticos e aos partidos políticos, julgue o item.
a) a idade mínima de dezoito anos de idade para os cargos de senador, deputado e vereador, ou
de vinte e um anos de idade para os cargos de prefeito, governador e vice-governador,
presidente e vice-presidente da República.
b) o alistamento militar.
16. (Cespe/2013/TRE MT/AJAA) No que se refere aos direitos políticos, assinale a opção correta.
a) A ação de impugnação de mandato eletivo deverá ser proposta na justiça eleitoral no prazo
de quinze dias da diplomação, independentemente de provas iniciais de abuso do poder
econômico, corrupção ou fraude cometida.
c) Uma das condições para concorrer em pleitos eleitorais é o prévio alistamento eleitoral.
e) É condição de elegibilidade a idade mínima de trinta e cinco anos para o cargo de governador
de estado.
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e) apenas ao voto.
d) suspensos, apenas.
e) cassados, apenas.
b) apenas para o cargo de governador, ainda que o vínculo conjugal se dissolva no curso do
mandato.
c) em todo o território do respectivo estado, ainda que o vínculo conjugal se dissolva no curso
do mandato.
d) para qualquer cargo eletivo nos dois pleitos seguintes, ainda que o vínculo conjugal se
dissolva no curso do mandato.
e) apenas para os cargos de governador e prefeito, nos dois pleitos seguintes, salvo se
dissolvido o vínculo conjugal antes do término do mandato, o que afastará a inelegibilidade.
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21. (Cespe/2017/TRE PE/AJAA) De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), a perda ou
a suspensão dos direitos políticos se dará em caso de
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24. (Cespe/2012/TRE RJ/AJAA) A escusa de consciência permite a todo indivíduo, por motivos
de crenças religiosas, filosóficas ou políticas, eximir-se de cumprir alguma obrigação imposta
a todos, por exemplo, o serviço militar obrigatório; entretanto, o indivíduo será privado,
definitivamente, de seus direitos políticos, quando a sua oposição se manifestar, inclusive, a
respeito do cumprimento de uma obrigação alternativa.
25. (Cespe/2015/TRE GO/AJAA) Julgue o item que se segue, no que concerne aos direitos e
garantias fundamentais e à aplicabilidade das normas constitucionais.
A norma constitucional que consagra o princípio da anterioridade eleitoral não pode ser abolida
por tratar-se de uma garantia individual fundamental do cidadão-eleitor.
26. (Cespe/2016/TRE PI/AJAJ/Adaptada) Assinale a opção correta acerca dos direitos e das
==5617c==
garantias fundamentais.
a) Deverão ser cassados os direitos políticos de parlamentar condenado por crime de corrupção
em sentença criminal transitada em julgado.
b) Lei que altere o processo eleitoral editada no mesmo ano de um pleito eletivo, ainda que em
vigor, será aplicada no ano subsequente, conforme o princípio da anterioridade eleitoral.
c) Estrangeiro de qualquer nacionalidade pode se candidatar a cargos eletivos, com exceção dos
cargos para os quais se exige a condição de brasileiro nato.
Caso seja publicada e passe a viger em fevereiro de 2018, lei que altere o processo eleitoral
poderá ser aplicada a pleito eletivo que ocorra em outubro desse mesmo ano.
Gabarito
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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% de cobrança
Tópico
Cebraspe
Liberdade de criação, fusão, incorporação e extinção (art. 17, caput e
29,6%
incisos I a IV da CF)
Autonomia (art. 17, § 1º da CF) 18,5%
Registro (art. 17, § 2º da CF) 22,2%
Vedação de utilização de organização paramilitar (art. 17, § 4º da CF) 14,8%
Acesso e utilização dos recursos do fundo partidário (art. 17, §§ 3º e 5º da
14,8%
CF)
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A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
Para revisar e ficar bem-preparado no assunto, você precisa, basicamente, compreender bem o
art. 17 da CF/88, buscando a sua memorização paulatina, atentando-se especialmente para os
pontos e orientações a seguir:
I - caráter nacional;
- Só poderá ser reconhecido como partido político aquele que tiver repercussão em todo país –
“caráter nacional” (inciso I).
- A Justiça Eleitoral realiza a fiscalização das contas dos partidos políticos, devendo estes lhe
prestar contas (inciso III).
- Convém mencionar que os partidos políticos possuem imunidade tributária, nos termos do art.
150, inciso VI, alínea "c", da CF/88:
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c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
Autonomia partidária
Art. 17, § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura
interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos
permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os
critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a
sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre
as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus
==5617c==
- A autonomia partidária visa a impedir a ingerência do Poder Público sobre os partidos políticos.
Apesar da autonomia concedida, a CF/88 obriga os partidos a estabelecerem normas de
disciplina e fidelidade partidária.
- Os partidos devem registrar seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nada obstante,
são entidades de direito privado.
CUIDADO! Primeiro, o partido adquire personalidade jurídica (na forma prevista pela lei civil) e,
somente depois disso, ele registra seu estatuto no TSE.
1
STF – RE 164.458-AgR.
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Art. 17, § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao
rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou
- Instrumentos conferidos pela CF/88 para que os partidos políticos desempenhem suas
atividades: recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão (§ 3º).
Perceba que o § 3º prevê requisitos para que o partido político tenha direito a recursos do fundo
partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão (chamado de “direito de antena”), impondo
quantitativos mínimos de votos válidos nas eleições para a Câmara dos Deputados e de
Deputados Federais eleitos.
- Há regra de transição para a plena vigência dos requisitos restritivos previstos no art. 17, § 3º,
da CF/88, que só serão aplicáveis a partir das eleições de 2030, consoante art. 3º, parágrafo
único, da EC 97/2017.
Até lá, o acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão
será concedido aos partidos políticos que:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5% (um e
meio por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades
da Federação, com um mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos nove Deputados Federais distribuídos em pelo menos
um terço das unidades da Federação;
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% (dois por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou
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b) tiverem elegido pelo menos onze Deputados Federais distribuídos em pelo menos
um terço das unidades da Federação;
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2,5% (dois e
meio por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades
da Federação, com um mínimo de 1,5% (um e meio por cento) dos votos válidos em
cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos treze Deputados Federais distribuídos em pelo menos
um terço das unidades da Federação.
Resumindo:
- Trata-se de regra que guarda coerência com a prevista no art. 5º, XVII, da CF/88:
Art. 5º, XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter
paramilitar;
Janela partidária
Art. 17, § 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º
deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a
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outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de
distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio
e de televisão.
- Trata-se de janela partidária prevendo que o eleito por partido que não preencha os novos
requisitos restritivos para ter direito ao fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão
impostos no § 3º do mesmo artigo possui assegurado o mandato e facultada a filiação, sem
perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido.
Entretanto, essa filiação não será considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo
partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.
Fidelidade partidária
- Os eleitos pelo sistema proporcional (ou seja, para deputados federais, estaduais, distritais e
vereadores) que se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato,
via de regra.
Essa regra geral é excepcionada nos casos de anuência do partido ou de outras hipóteses de
justa causa estabelecidas em lei.
Em qualquer, não será computada a migração de partido para fins de distribuição de recursos do
fundo partidário ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão.
- Precedente(s) importante(s):
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Art. 17, § 7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por cento) dos
recursos do fundo partidário na criação e na manutenção de programas de promoção
e difusão da participação política das mulheres, de acordo com os interesses
intrapartidários.
A distribuição deverá ser realizada conforme critérios definidos pelos órgãos de direção dos
partidos e pelas normas estatutárias, considerados a autonomia e o interesse partidário.
2
STF – ADI 5081/DF.
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O STF3 entende que doações ocultas retiram a transparência do processo eleitoral e dificultam o
controle de contas pela Justiça Eleitoral e, com base nisso, declarou inconstitucional trecho da
Lei das Eleições (9.504/1997), introduzido pela Minirreforma Eleitoral (Lei 13.165/2015), que
permitia doações ocultas a candidatos.
3
STF – ADI 5394
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APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em prova,
considerando o histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no
conteúdo, na legislação e nos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais1.
Dentro do assunto "Partidos Políticos", "Liberdade de criação, fusão, incorporação e extinção (art.
17, caput e incisos I a IV da CF)" é/são o(s) ponto(s) que acreditamos que possui(em) mais chances
de ser(em) cobrado(s) pela banca.
1
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado assunto,
considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados a partir de
critérios objetivos ou minimamente razoáveis.
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Criação
Abrange Fusão
Incorporação
Extinção
==5617c==
Soberania nacional
Regime democrático
Liberdade Partidária Devem ser resguardados
Pluripartidarismo
Direitos fundamentais da
pessoa humana
Caráter nacional
Probição de recursos
financeiros de entidade ou
governo estrangeiros ou
Devem ser de subordinação a estes
observados
Prestação de contas à
Jusiça Eleitoral
Funcionamento
parlamentar de acordo
com a lei
Além disso, em função de ser(em) recente(s), a(s) seguinte(s) novidade(s) legislativa(s) possui(em)
grandes chances de ser(em) cobrada(s):
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas
questões.
a) pode receber recursos financeiros de entidade estrangeira, desde que esta não tenha fins
lucrativos.
Comentários
Alternativa E - correta. Só poderá ser reconhecido como partido político aquele que tiver
repercussão em todo país – “caráter nacional”. Dispõe o artigo 17, I, da CF/88:
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Art. 17. Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os
direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional;
Letra A – incorreta. Nos termos do artigo 17, II, da CF/88, é vedado aos partidos políticos o
recebimento de recursos financeiros de entidade estrangeira.
(...)
Letra B – incorreta. Nos termos do artigo 17, III, da CF/88, a prestação de contas é feita à Justiça
Eleitoral e não ao Ministério Público e ao TCU.
(...)
Letra C – incorreta. A autonomia partidária visa a impedir a ingerência do Poder Público sobre os
partidos políticos. Apesar da autonomia concedida, a CF/88 obriga os partidos a estabelecerem
normas de disciplina e fidelidade partidária.
Não há obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas. Dispõe o artigo 17, § 1º, da CF/88:
Art. 17, § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura
interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos
permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os
critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a
sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre
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Letra D – incorreta. Recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão são
instrumentos conferidos pela CF/88 para que os partidos políticos desempenhem suas
atividades.
O artigo 17, § 3º, da CF/88 prevê requisitos para que o partido político tenha direito a recursos
do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão (chamado de “direito de antena”),
impondo quantitativos mínimos de votos válidos nas eleições para a Câmara dos Deputados e
de Deputados Federais eleitos:
Art. 17, § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao
rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou
Observe, portanto, que a alternativa está errada ao firmar que são quinze parlamentares
incluindo Senadores e Deputados Federais, pois o inciso II do §3º do artigo 17 exige quinze
Deputados Federais.
Gabarito: E.
Não existe no Brasil nenhuma hipótese legal de acolhimento da chamada candidatura nata, ou
seja, o direito de o titular de mandato eletivo proporcional ser, obrigatoriamente, escolhido e
registrado pelo partido como candidato à reeleição.
Comentários
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Gabarito: Certo.
Comentários
GABARITO: ERRADO
Comentários
Gabarito: “ERRADO”
Os mais afoitos não leram a questão até o final e já marcaram certo direto no gabarito e ficaram
felizes até terça-feira quando saiu o gabarito.
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O sutil erro está na última palavra do enunciado de 20 linhas, todo o resto está perfeito, mas
partido político possui personalidade jurídica de direito privado.
É vedada a criação de partidos políticos cujo programa atente contra a soberania nacional, o
regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
Comentários
Gabarito: “CERTO”
A questão exige o conhecimento do “caput” do art.17, da CF/88, que determina que os partidos
respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos da
pessoa humana.
I - caráter nacional;
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GABARITO: CERTO
Perceba, uma vez que a Constituição Federal não exige a vinculação entre candidaturas das
diferentes esferas, ela faculta aos partidos políticos fazê-lo ou não. Para embasar a resposta, art.
17, §1º, da Constituição Federal:
Art. 17 (...)
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de
escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua
celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus
estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
A CF assegura personalidade jurídica aos partidos políticos, na forma da lei, além de estabelecer
as sanções cabíveis no caso de indisciplina partidária, que podem ser tanto a advertência quanto
a perda do mandato.
Comentários
GABARITO: errado.
As normas relativas à disciplina e à infidelidade partidária devem ser tratadas nos estatutos dos
partidos políticos, não sendo estabelecidos pela Lei Maior, conforme se extrai do art. 17, § 1º e
2º, da CF/1988:
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§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de
escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua
celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus
estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
O legislador ordinário não tem competência para estabelecer normas relativas aos critérios de
filiação e de escolha de candidatos dos partidos políticos, visto que, no texto constitucional, é
assegurada às agremiações partidárias a autonomia para estabelecer as normas relativas à sua
estrutura interna, organização, fidelidade e disciplina partidárias, bem como ao seu
funcionamento.
Comentários
Gabarito: “CERTO”
CF/88, art.17, § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua
estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus
órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para
adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias,
vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal,
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
Comentários
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Gabarito: “CERTO”
A vinculação de coligações nos diferentes âmbitos não é mais obrigatória. Além disso, o §1º, foi
mais uma vez alterado por meio da Emenda nº 97/17, proibindo a coligação nas eleições
proporcionais. Atentem-se a isso.
CF/88, art.17, § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua
estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus
órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para
adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias,
vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal,
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica na forma da lei eleitoral, devendo seus
estatutos ser registrados no Tribunal Superior Eleitoral e no tribunal regional eleitoral do estado
em que estiverem sediados.
Comentários
GABARITO: ERRADO
A Constituição Federal não exige que o partido registre seu estatuto em Tribunal Regional
Eleitoral, mas apenas no Tribunal Superior Eleitoral:
(...)
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Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica junto ao Tribunal Superior Eleitoral,
registrarão seus estatutos, na forma da lei civil.
Comentários
Art. 17 (...)
Comentários
GABARITO: errado.
O art. 17, § 2º, da CF/1988 estabelece que os estatutos dos partidos políticos serão registrados
no TSE, mas a aquisição da personalidade jurídica será na forma da lei civil, no caso, do Código
Civil de 2002:
Art. 17 (...)
Comentários
GABARITO: CERTO.
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A própria regra do art. 17, § 2º, da CF/1988, ao mencionar “lei civil”, induz ao raciocínio de que
os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, o que é confirmado com o disposto
no artigo 44, inciso V, do Código Civil, todos transcritos a seguir:
CF/88
Art. 17 (...)
(...)
V - os partidos políticos.
15. (CESPE/2013/TRF 2/Juiz) Com relação aos direitos de nacionalidade, aos direitos
políticos e aos partidos políticos, assinale a opção correta.
Comentários
GABARITO: errado.
O registro dos partidos políticos é feito no TSE, não no TRE do estado em que o partido político
estiver sediado - art. 17, § 2º, da CF/1988:
Art. 17 (...)
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A exigência de caráter nacional dos partidos políticos visa resguardar o princípio federativo da
unidade nacional.
Comentários
Correta. Como se sabe, o art. 17, I, da Constituição Federal estabeleceu, como preceito dos
partidos políticos, o caráter Nacional. Naturalmente, isso busca evitar tanto que existam partidos
com pretensões separatistas quanto movidos por interesses estrangeiros.
Além disso, tal requisito objetiva impedir a proliferação de agremiações sem expressão política,
que podem atuar como "legendas de aluguel", fraudando a representação, base do regime
democrático (STF, ADI 5.311 MC, rel. min. Cármen Lúcia, j. 30-9-2015, P, DJE de 4-2-2016).
I - caráter nacional;
b) autonomia para fixar o regime de suas coligações eleitorais, desde que haja vinculação entre
as candidaturas em âmbito nacional, estadual e municipal.
c) autonomia para estabelecer sua organização e seu funcionamento, sendo vedadas disposições
sobre fidelidade partidária.
Comentários
GABARITO: LETRA D
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Alternativa A – Incorreta. Pois, conforme já vimos, o texto constitucional ao teor art. 17, §4º,
veda a utilização de organização para militar pelo partido político.
Art. 17 (...)
Alternativa B – Incorreta. Tendo em vista que o art. 17, §1º, da Constituição Federal não exige
que o partido político tenha vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual,
distrital ou municipal:
Art. 17 (...)
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de
escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua
celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus
estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária
Art. 17 (...)
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
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Alternativa E – Incorreta. Pois a Constituição Federal, em seu art. 17, II, veda o recebimento de
recursos financeiros de entidades estrangeiras:
Art. 17 (...)
Comentários
GABARITO: CERTO
A maldade dessa questão está em empregar uma terminologia não expressa na Constituição
Federal. Contudo, o “direito de antena” nada mais é do que o direito que partido político possui
ao acesso gratuito de ao rádio e à televisão. Nesse sentido:
Art. 17 (...)
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou
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São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto. Assim,
ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados do
conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar melhor
os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o exigido
na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo a facilitar
a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
1. Complete as lacunas a seguir, a respeito dos preceitos a serem observados para a criação de
um partido (art. 17).
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2. Suponha que um grupo de pessoas de diversos estados da região nordeste, com o intuito de
defender sua ideologia, tenha planos de criar um partido político com abrangência apenas naquela
região. Como não dispõe de capital para bancar suas atividades, o grupo conseguiu com uma
empresa canadense, sediada em Montreal, sem qualquer representação no Brasil, o custeamento
de todas as despesas mensais, por apoiar as ideias a serem defendidas pelo futuro partido.
3. Os partidos políticos devem obedecer a uma organização pré-definida quanto a sua estrutura
interna e quanto à formação e duração de seus órgãos?
4. Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, deverão
registrar os seus estatutos perante qual órgão?
5. Complete as lacunas a seguir, a respeito da regra para os partidos políticos terem direito aos
recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão (art.17, § 3º):
5.1. De acordo com a CF/88, somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito
ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que ____(a)____:
5.1.1. obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, ____(b)____dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de
____(c)____dos votos válidos em cada uma delas; ou
5.1.2. tiverem elegido pelo menos ____(d)____Deputados Federais distribuídos em pelo menos
____(e)____das unidades da Federação.
7. Ao eleito por partido que não tenha atingido o número mínimo de Deputados Federais para ter
acesso aos recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, o que lhe é
facultado pela Constituição Federal?
8. Qual detentor de mandato eletivo perderá o cargo ao se desligar do partido pelo qual tenha
sido eleito?
1. Complete as lacunas a seguir, a respeito dos preceitos a serem observados para a criação de
um partido (art. 17).
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2. Suponha que um grupo de pessoas de diversos estados da região nordeste, com o intuito de
defender sua ideologia, tenha planos de criar um partido político com abrangência apenas naquela
região. Como não dispõe de capital para bancar suas atividades, o grupo conseguiu com uma
empresa canadense, sediada em Montreal, sem qualquer representação no Brasil, o custeamento
de todas as despesas mensais, por apoiar as ideias a serem defendidas pelo futuro partido.
Não, o plano para criar o partido político, nos moldes do enunciado, não seria constitucional, uma
vez que a CF estabelece que os partidos políticos:
a) devem possuir caráter nacional (art. 17, I) e, assim, o partido não poderia ter repercussão apenas
na região nordeste.
3. Os partidos políticos devem obedecer a uma organização pré-definida quanto a sua estrutura
interna e quanto à formação e duração de seus órgãos?
Não, pois os partidos políticos gozam de autonomia. Aprofundando o tema, a CF/88 assegura aos
partidos autonomia para definir sua estrutura interna, regras de escolha, formação e duração de
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4. Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, deverão
registrar os seus estatutos perante qual órgão?
5. Complete as lacunas a seguir, a respeito da regra para os partidos políticos terem direito aos
recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão (art.17, § 3º):
5.1. De acordo com a CF/88, somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito
ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que ____(a)____:
5.1.1. obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, ____(b)____dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de
____(c)____dos votos válidos em cada uma delas; ou
5.1.2. tiverem elegido pelo menos ____(d)____Deputados Federais distribuídos em pelo menos
____(e)____das unidades da Federação.
(a) alternativamente (b) 3% (três por cento) (c) 2% (dois por cento) (d) quinze (e) um terço
7. Ao eleito por partido que não tenha atingido o número mínimo de Deputados Federais para ter
acesso aos recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, o que lhe é
facultado pela Constituição Federal?
É facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido (art. 17, § 5º).
8. Qual detentor de mandato eletivo perderá o cargo ao se desligar do partido pelo qual tenha
sido eleito?
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a) pode receber recursos financeiros de entidade estrangeira, desde que esta não tenha fins
lucrativos.
Não existe no Brasil nenhuma hipótese legal de acolhimento da chamada candidatura nata, ou
seja, o direito de o titular de mandato eletivo proporcional ser, obrigatoriamente, escolhido e
registrado pelo partido como candidato à reeleição.
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É vedada a criação de partidos políticos cujo programa atente contra a soberania nacional, o
regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
A CF assegura personalidade jurídica aos partidos políticos, na forma da lei, além de estabelecer
as sanções cabíveis no caso de indisciplina partidária, que podem ser tanto a advertência quanto
a perda do mandato.
O legislador ordinário não tem competência para estabelecer normas relativas aos critérios de
filiação e de escolha de candidatos dos partidos políticos, visto que, no texto constitucional, é
assegurada às agremiações partidárias a autonomia para estabelecer as normas relativas à sua
estrutura interna, organização, fidelidade e disciplina partidárias, bem como ao seu
funcionamento.
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Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica na forma da lei eleitoral, devendo seus
estatutos ser registrados no Tribunal Superior Eleitoral e no tribunal regional eleitoral do estado
em que estiverem sediados.
Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica junto ao Tribunal Superior Eleitoral,
registrarão seus estatutos, na forma da lei civil. ==5617c==
15. (CESPE/2013/TRF 2/Juiz) Com relação aos direitos de nacionalidade, aos direitos políticos
e aos partidos políticos, assinale a opção correta.
A exigência de caráter nacional dos partidos políticos visa resguardar o princípio federativo da
unidade nacional.
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b) autonomia para fixar o regime de suas coligações eleitorais, desde que haja vinculação entre
as candidaturas em âmbito nacional, estadual e municipal.
c) autonomia para estabelecer sua organização e seu funcionamento, sendo vedadas disposições
sobre fidelidade partidária.
Gabarito
1. E 8. E 15. E
2. C 9. C 16. C
3. E 10. C 17. E
4. E 11. E 18. C
5. C 12. E
6. B 13. E
7. C 14. C
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
==5617c==
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Autor:
Tulio Lages
14 de Janeiro de 2023
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Índice
1) O que é mais cobrado no assunto - Organização do Estado - Cebraspe - Nível Superior
..............................................................................................................................................................................................3
7) Referências Bibliográficas
..............................................................................................................................................................................................
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% de cobrança
Tópico
Cebraspe
Organização político-administrativa,
Organização Político- Capital Federal e alterações territoriais 11,3%
Administrativa (arts. 18 e (art. 18 da CF)
19 da CF) Vedações aos entes federados (art. 19
1,4%
da CF)
Bens da União (art. 20 da CF)
==5617c==
8,5%
Competências da União (art. 21) 9,9%
Competência Legislativa Privativa da
16,9%
União (art. 22)
União (arts. 20 a 24 da Competência comum da União, dos
CF) Estados, do Distrito Federal e dos 4,2%
Municípios (art. 23)
Competência concorrente da União,
dos Estados e do Distrito Federal (art. 12,7%
24)
Organização dos Estados (art. 25 da CF) 4,2%
Bens dos Estados (art. 26 da CF) 4,2%
Número de Deputados à Assembleia
0,0%
Estados Federados (arts. Legislativa (art. 27 da CF)
25 a 28 da CF) Eleição e mandato do Governador e do
Vice-Governador. Fixação de seus
0,0%
subsídios e dos Secretários de Estado
(art. 28 da CF)
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A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
De forma prioritária, leia e releia os dispositivos constitucionais afetos ao tema (arts. 18 a 36),
tendo em mente os seguintes pontos:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado
de origem serão reguladas em lei complementar.
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada,
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do
período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e
publicados na forma da lei.
- Os Territórios não são mencionados no caput do art. 18, justamente porque não são entes
federativos, mas, sim, parte integrante da União (art. 18, § 2º);
- Os entes federados – perceba que foram todos mencionados no caput do art. 18 – possuem
“autonomia”, e não soberania: este é um atributo apenas da República Federativa do Brasil.
a) Território Federal (§ 2º) – notar que são possíveis 3 tipos de alterações (criação, transformação
em Estado ou reintegração ao Estado de origem), dependendo do atendimento de 1 requisito
(lei complementar regulando a matéria);
b) Estado-Membro (§ 3º) – notar que são possíveis 4 tipos de alterações (expostas a seguir),
dependendo do atendimento de 3 requisitos (1. consulta prévia, por plebiscito, às populações
diretamente interessadas – que deve ser toda a população do(s) Estado-Membro afetado(s), não
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somente a da área envolvida1 –; 2. oitiva das Assembleias Legislativas dos estados interessados
– conforme art. 48, VI, CF. Tal consulta possui função apenas opinativa, não vinculando a decisão
do Congresso Nacional –; e 3. Lei Complementar do Congresso Nacional):
c) Municípios (§ 4º) – notar que são possíveis 4 tipos de alterações (criação, incorporação, fusão
e desmembramento), dependendo do atendimento de 5 requisitos:
1) Lei complementar federal, fixando o período (até hoje não foi editada, impedindo alterações
territoriais nos Municípios);
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou
seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse
público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
- A regra do inciso I possui relação com o fato do Brasil ser um Estado laico.
1
STF – ADI 2.650.
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- A regra do inciso II busca intensificar o pacto federativo, na medida que impede a recusa de um
ente federativo recusar fé a documento públicos produzidos por outro, em virtude de sua
procedência.
- Princípio utilizado pelo constituinte para repartir as competências entre os entes federativos:
princípio da predominância do interesse (matérias de interesse predominantemente geral cabem
à União; interesse regional, aos Estados; interesse local, aos Municípios).
- Foram empregadas duas técnicas utilizadas pelo constituinte para repartir as competências entre
os entes federativos: repartição horizontal (cada ente da federação atua em matérias/áreas
específicas) e repartição vertical (os entes federados atuam em conjunto, de forma coordenada).
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XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito
Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio
de fundo próprio;
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as
inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de
seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes
urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a
pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus
derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do
Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para pesquisa e uso
agrícolas e industriais;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos para
pesquisa e uso médicos;
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.
XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados pessoais, nos termos da lei.
- Tais competências são indelegáveis (inclusive os demais entes não podem atuar mesmo se a
União for omissa).
- A exploração dos serviços de telecomunicações pode ser realizada diretamente pela União, ou
mediante autorização, concessão ou permissão (inciso XI). Observar que o dispositivo prevê a
criação de um órgão regulador por lei (que atualmente é a Anatel).
- A exploração dos serviços previstos no inciso XII pode ser realizada diretamente pela União, ou
mediante autorização, concessão ou permissão. Atentar que a alínea “d” fala em serviços que
transponham fronteiras “nacionais” (e não “estaduais” ou “municipais”), ou que transponham os
limites de “Estado” ou “Território” (e não “Município). Além disso, atentar que a alínea “e” fala
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- Os órgãos e serviços do DF organizados e mantidos pela União previstos no inciso XIII e XIV (o
DF tem autonomia parcialmente tutelada pela União). CUIDADO – a defensoria pública do DF é
organizada e mantida pelo próprio DF desde a EC 69/2012!
- A competência para a concessão de anistia para crimes é competência da União (inciso XVII), mas
concessão de anistia para infrações administrativas de servidores públicos estaduais é
competência dos Estados.
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- São competências delegáveis apenas aos Estados-membros (e DF), mediante Lei Complementar,
==5617c==
e apenas sobre questões específicas das matérias relacionadas no artigo (parágrafo único) . Além
disso, é importante destacar que eventual delegação legislativa deverá abranger todos os Estados-
membros e o DF, e que a União poderá retomar a competência delegada a qualquer momento
(não há renúncia de competência por parte da União).
- Cuidado para não confundir a competência privativa da União para legislar sobre direito
processual (inciso I) com a competência dos concorrente da União, Estados e DF para legislar
sobre procedimentos em matéria processual (art. 24, inciso XI).
- Cuidado para não confundir a competência privativa da União para legislar sobre trânsito e
transporte (inciso XI) com a competência dos comum da União, Estados, DF e Municípios para
estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito (art. 23, inciso XII).
- Cuidado para não confundir a competência privativa da União para legislar sobre seguridade
social (inciso XXIII) com a competência dos concorrente da União, Estados e DF para legislar sobre
previdência social (art. 24, inciso XII).
- Cuidado para não confundir a competência privativa da União para legislar sobre diretrizes e
bases da educação nacional (inciso XXIV) com a competência dos concorrente da União, Estados
e DF para legislar sobre educação (art. 24, inciso IX).
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“É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas
de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias” 2. [isso porque é competência privativa
da União legislar sobre sistemas de consórcios e sorteios – CF, art. 22, XX]
“Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias
civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal” 4.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as
paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico,
artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento
básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores
desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e
minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
2
STF – Súmula Vinculante 2.
3
STF – Súmula Vinculante 46.
4
STF – Súmula Vinculante 39.
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- Atentar para a possibilidade de que leis complementares fixem normas de cooperação entre os
entes federativos (parágrafo único).
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio
ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender
a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
- Trata-se de uma repartição vertical de competências e que há uma relação de subordinação entre
a atuação da União na edição de normas gerais e a dos estados e DF na complementação
mediante normas específicas, sendo que estas não podem contrariar aquelas (embora a atuação
dos estados-membros e DF não seja dependente da expedição das normas gerais pela União) 5.
- A União deve limitar-se a fixar normas gerais sobre as matérias listadas no artigo (§ 1º).
- Aos Estados e DF compete suplementar a legislação federal sobre normas gerais (§ 2º). É a
chamada “competência suplementar complementar” dos Estados-membros e do DF.
- Se a União for omissa em fixar as normas gerais, caberá aos Estados e DF a competência
legislativa plena (ou seja, poderá editar normas gerais também), para atender a suas
5
Paulo, 2017, p. 343.
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- Caso a União venha a editar a lei sobre normas gerais, haverá suspensão da eficácia (ou seja, a
lei permanece no ordenamento jurídico, só que não produz efeitos. Não se confunde, portanto,
com a revogação, em que a norma revogada é retirada do ordenamento jurídico) da lei estadual,
mas somente naquilo que lhe for contrária (§ 4º).
Art. 25, § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
- Em matéria de impostos, a competência residual é da União (e não dos Estados) – cabe a esta
instituir os impostos residuais, por meio de lei complementar (competência residual tributária –
CF, art. 154, I).
Art. 32, § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
6
STF – ADI 2.349.
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União (CF, art. 21, XII e XIV), cabendo a lei federal dispor sobrea utilização, pelo Governo do DF,
das polícias civil, penal e militar e do corpo de bombeiros militar (art. 32, § 4º).
- A competência legislativa dos Municípios pode ser dividida em exclusiva (inciso I – legislar sobre
assuntos de interesse local) e suplementar (inciso II).
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios
desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma
da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
7
STF – Súmula Vinculante 38.
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§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento
e a execução de funções públicas de interesse comum.
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da
lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União,
Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na
Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados
Federais acima de doze.
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre
sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e
incorporação às Forças Armadas.
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no
máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o
que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
§ 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de
sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4 (quatro) anos, realizar-se-á
no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver,
do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano
subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 desta Constituição.
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta,
ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa
da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
- Os deputados estaduais são eleitos para um mandato de quatro anos, pelo sistema proporcional
(art. 27, § 1º). Por outro lado, o Governador e Vice-Governador são também eleitos para um
mandato de quatro anos, mas pelo sistema majoritário (art. 28, caput).
- Atente-se para a regra do caput do art. 27, que define a quantidade de deputados estaduais que
comporão a Assembleia Legislativa: será o triplo do número de deputados federais do Estado que
compõem a Câmara dos Deputados. Entretanto, se o número de deputados federais do Estado
for maior que 12, a quantidade de deputados estaduais será 36 + n, onde “n” é o número de
deputados federais acima de 12.
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- A Assembleia Legislativa possui a iniciativa de lei para fixar tanto os subsídios dos Deputados
Estaduais (art. 27, § 2º) como os do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado
(art. 28, § 2º). Veja que há um teto para o subsídio dos Deputados Estaduais, que é de 75% daquele
estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais (art. 27, § 2º). Observe, por fim, que o
subsídio dos Vereadores também é submetido a um teto, só que não é fixo, variando em função
do tamanho da população do Município, sendo fixado em razão do subsídio do Deputado Estadual
(art. 29, VI).
- Cabe aos Estados, ainda, organizar sua Justiça (art. 125, caput), devendo a competência dos
tribunais ser definida na Constituição estadual, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa
do Tribunal de Justiça (art. 125, § 1º). Além disso, a lei estadual poderá criar, mediante proposta
do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar Estadual (art. 125, § 3º).
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos
com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos
os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais
coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da polícia civil, da polícia penal, da
polícia militar e do corpo de bombeiros militar.
- Requisitos de aprovação da Lei Orgânica do DF: aprovação por dois 2/3 da Câmara Legislativa,
votação em dois turnos com interstício mínimo de dez dias (caput). Veja que é o mesmo
procedimento para a aprovação da Lei Orgânica do Município (CF, art. 29, caput).
- O Governador e Vice-Governador do DF, assim como os dos Estados-membros, são eleitos para
mandato de 4 anos, pelo sistema majoritário (§ 2º).
- Os deputados distritais, assim como os estaduais, são eleitos para um mandato de quatro anos,
pelo sistema proporcional (§ 3º).
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Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e
aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e
simultâneo realizado em todo o País;
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do
mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil
eleitores;
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da eleição;
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de:
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes;
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil)
habitantes;
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil)
habitantes;
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil)
habitantes;
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e
vinte mil) habitantes;
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000
(cento sessenta mil) habitantes;
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000
(trezentos mil) habitantes;
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000
(quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de
até 600.000 (seiscentos mil) habitantes;
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000
(setecentos cinquenta mil) habitantes;
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até
900.000 (novecentos mil) habitantes;
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000
(um milhão e cinquenta mil) habitantes;
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de
até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes;
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de
até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e
de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes;
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de
até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes;
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e
de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes
e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até
4.000.000 (quatro milhões) de habitantes;
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até
5.000.000 (cinco milhões) de habitantes;
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u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até
6.000.000 (seis milhões) de habitantes;
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até
7.000.000 (sete milhões) de habitantes;
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até
8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara
Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a
subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei
Orgânica e os seguintes limites máximos:
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do
subsídio dos Deputados Estaduais;
b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a
trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a
quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a
cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta
e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento
da receita do Município;
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição
do Município;
IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta
Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da
Assembléia Legislativa;
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;
XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal;
XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal;
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de
manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único.
Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os
gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e
das transferências previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior:
I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes;
II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes;
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos
mil) habitantes;
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre 500.001 (quinhentos mil
e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes;
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito
milhões) de habitantes;
VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões
e um) habitantes.
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§ 1º A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o
gasto com o subsídio de seus Vereadores.
§ 2º Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal:
I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo;
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.
§ 3º Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao § 1 º deste artigo.
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse
local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de
ensino fundamental;
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da
população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal
e estadual.
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e
pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou
do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só
deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte,
para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.
- Requisitos de aprovação da Lei Orgânica do Município: aprovação por dois 2/3 da Câmara
Municipal, votação em dois turnos com interstício mínimo de dez dias (art. 29, caput). Veja que é
o mesmo procedimento para a aprovação da Lei Orgânica do DF (CF, art. 32, caput). Há, no
entanto, um detalhe: a Lei Orgânica do DF deverá ser promulgada atendidos os princípios
estabelecidos na CF. Por outro lado, a Lei Orgânica do Município, será promulgada, além de
atendidos os princípios da CF, os estabelecidos também na Constituição do respectivo Estado,
bem como os preceitos fixados no art. 29.
- O Prefeito e Vice-Prefeito são eleitos para um mandato de quatro anos (art. 29, I), pelo sistema
majoritário de 2 turnos para os Municípios com mais de 200.000 eleitores, e de 1 turno para
aqueles com menos de 200.000 eleitores (art. 29, II)
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- A Câmara Municipal possui a iniciativa de lei para fixar tanto os subsídios dos Vereadores (art.
29, VI) como os do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais (art. 29, V).
- O subsídio dos Vereadores é fixado em cada legislatura para a subsequente (art. 29, VI).
- Há, ainda, um teto geral para despesa com a remuneração dos Vereadores: 5% da receita do
Município (art. 29, VII)
- Há, ainda, um teto geral para a despesa do Poder Legislativo Municipal que varia em função do
tamanho da população do Município (art. 29-A, incisos I a VI).
- Há, ainda, um teto para os gastos da Câmara Municipal com folha de pagamento: 70% de sua
receita (art. 29-A, § 1º). Além disso, é importante destacar que se o Presidente da Câmara
Municipal desrespeitar essa regra, cometerá crime de responsabilidade (art. 29-A, § 3º).
- A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos (art. 29, X) se limita aos crimes
(infrações penais comuns) de competência da justiça comum estadual, cabendo ao respectivo
tribunal de segundo grau a competência originária dos demais casos 8, cumprindo destacar que
nas ações de natureza cível, a competência é da primeira instância (ações populares, ações civis
pública e demais ações de natureza cível, além do caso de improbidade administrativa).
- A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos (art. 29, X) abrange os crimes dolosos
contra a vida, afastando, assim, a competência do Tribunal do Júri.
- No que tange aos crimes de responsabilidade cometidos pelo Prefeito, compete à Câmara
Municipal julgá-los quando próprios e, ao Tribunal de Justiça, quando impróprios.
8
STF – Súmula 702.
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“Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba
sujeita a prestação de contas perante órgão federal”9.
“Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida
e incorporada ao patrimônio municipal”10.
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo
IV deste Título.
§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal
de Contas da União.
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta
Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores
públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
- Os Territórios não são entes federativos, mas podem ser divididos em Municípios (§ 1º).
- As contas do Governo do Território são submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio
do TCU (§ 2º).
- O Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública, nos Territórios, são organizados
e mantidos pela União (art. 21, XIII) e, no caso de o Territórios contar com mais de 100 mil
habitantes, haverá representações desses órgãos em tais Territórios (§ 3º).
9
STJ – Súmula 208.
10
STJ – Súmula 209.
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II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias
federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado,
sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os
terrenos marginais e as praias fluviais;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as
costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço
público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a participação no
resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e
de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica
exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como
faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão
reguladas em lei.
(...)
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da
lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União,
Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
- Os bens da União foram previstos de modo exemplificado, já que pertencerão também a tal ente
os bens que “lhe vierem a ser atribuídos” (art. 20, I).
- As terras devolutas que não forem indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações ou
construções militares, das vias federais de comunicação ou à preservação ambiental, definidas em
lei, serão bens do Estado (CF, arts. 20, II e 26, IV).
- O rio que banhe apenas um Estado e não sirva de limite com outro país, bem como não se
estenda a território estrangeiro ou dele provenha, será bem daquele Estado (e não da União), por
não entrar na regra do art. 20, III.
- As ilhas fluviais e lacustres que não estejam nas zonas limítrofes com outros país pertencerão aos
Estados (arts. 20, IV e 26, III).
- Os potenciais de energia hidráulica, mesmo contidos em rios que banhem apenas um Estado e
não se estenda a território estrangeiro ou dele provenha, será bem da União (art. 20, VIII).
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- Mesmo se recursos minerais forem encontrados em uma propriedade particular (ex: uma fazenda
privada), tais recursos pertencerão à União, por força do art. 20, IX.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos
em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal,
exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e
nas ações e serviços públicos de saúde;
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na
Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de
requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior
Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese
do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.
§ 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber,
nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado,
no prazo de vinte e quatro horas.
§ 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação
extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.
§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela
Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao
restabelecimento da normalidade.
§ 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo
impedimento legal.
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- A União pode intervir nos Estados, no DF, ou em Municípios situados em Territórios. Ou seja, a
União não realiza intervenção em Municípios de Estados.
- Nos casos do art. 34, I, II, III e V, o Presidente da República age de ofício (“intervenção federal
espontânea”).
- Nos casos do art. 34, IV, VI e VII, a decretação da intervenção depende de provocação
(“intervenção federal provocada”), conforme art. 36, incisos I, II e III.
- Cabe ao Procurador-Geral de Justiça efetuar a representação prevista no art. 35, IV. Além disso,
contra a decisão do TJ que negue provimento à referida representação não cabe recurso
extraordinário no STF, porque tal decisão não é essencialmente jurídica, mas sim político-
administrativa. Precedente importante:
“Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que defere
pedido de intervenção estadual em Município”11.
11
STF – Súmula 637.
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art. 36, §§ 1º e 2º. O Poder Legislativo poderá aprovar ou suspender (rejeitar) a intervenção (art.
49, IV).
- O controle político da intervenção está dispensado nos casos dos arts. 34 VI e VII e 35, IV, que
são justamente os casos em que há requisição feita por tribunal do Poder Judiciário. Nesses casos,
o decreto de intervenção, ao invés de conter o conteúdo previsto no § 1º do art. 36, limitar-se-á a
suspender a execução do ato impugnado, se isso for suficiente para restabelecer a normalidade
(art. 36, § 3º). Porém, se não for suficiente, o decreto deverá conter as providências necessárias e
ser submetido ao controle político do Poder Legislativo, segundo as regras do art. 36, § 1º.
- Poderá haver ou não a nomeação de interventor (art. 36, § 1º - “se couber”) o que pode implicar
o afastamento de autoridades envolvidas. Entretanto, assim que tenham cessados os motivos da
intervenção, as autoridades afastadas a estes voltarão, a não ser que sejam impedidos em virtude
de lei (art. 36, § 4º).
- Durante a intervenção federal a CF não pode ser emendada (art. 60, § 1º).
Conteúdos não tanto cobrados, mas que podem acabar aparecendo em sua prova:
Definição de Estado
"Associação humana (povo), radicada em base espacial (território), que vive sob o comando de
uma autoridade (poder) não sujeita a qualquer outra (soberana)" (Manoel Gonçalves Ferreira
Filho).
Forma de Estado
- É a maneira como se dá a repartição territorial do poder político, de modo que o Estado pode
ser unitário (poder territorialmente centralizado) ou federal (poder territorialmente
descentralizado).
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O Brasil adota a forma federativa de Estado: o poder político foi repartido constitucionalmente
entre os entes federativos (ou seja, houve uma descentralização política do poder), de forma a
dotar-lhes de autonomia e a permitir sua coexistência em um mesmo território, formando um todo
único, indissolúvel e distinto dos entes que o compõem. Esse todo é justamente a República
Federativa do Brasil.
Os entes federativos não possuem soberania, mas sim autonomia. Quem possui soberania é
somente a República Federativa do Brasil!
A soberania é caracterizada pela supremacia do Estado sobre os indivíduos que formam sua
população e pela independência em relação aos demais Estados (igualdade, no plano
internacional, entre os Estados).
Já a autonomia, conferida aos entes federados pelo caput do art. 18 (“todos autônomos”,
conforme transcrito mais acima) é caracterizada pela ausência de subordinação hierárquica entre
os entes federativos e pela sua tríplice capacidade de autogoverno, auto-organização e
autolegislação, e autoadministração.
A forma federativa de Estado é cláusula pétrea prevista no inciso I, § 4º do art. 60 da CF/88, não
sendo possível, assim, que seja deliberada uma PEC tendente a abolir essa forma de Estado.
Relembremos o teor do dispositivo:
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Art. 60, § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
- Federação x Confederação
Na federação, há uma união indissolúvel de entes autônomos, fundamentada em uma Constituição
que consagra um pacto federativo. A federação não pode ser suprimida, não há direito de
secessão.
A confederação é uma reunião de Estados soberanos (não é exatamente uma forma de estado).
O vínculo é estabelecido com base em um tratado internacional, o qual pode ser denunciado
(vínculo dissolúvel).
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APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em prova,
considerando o histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no
conteúdo, na legislação e nos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais1.
1
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado assunto,
considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados a partir de
critérios objetivos ou minimamente razoáveis.
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o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do
art. 173, § 1°, III;
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial.
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais.
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das
matérias relacionadas neste artigo.
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros
militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a
execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 104, de 2019)
Alteração legislativa introduzida pela EC 111/2021
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4 (quatro)
anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo
de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus
antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao
mais, o disposto no art. 77 desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
111, de 2021)
Alteração legislativa introduzida pela EC 115/2022
Art. 21. Compete à União: (...)
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XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados pessoais, nos termos da lei.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022)
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
115, de 2022)
Alteração legislativa introduzida pela EC 118/2022
Art. 21. Compete à União: (...)
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas
questões.
Comentários
GABARITO: CERTO
A assertiva está em total consonância com o disposto no art. 18, § 4º, da Constituição Federal:
Art. 18 (...)
A União, entre cujos fundamentos se inclui a soberania, é formada pelos estados, pelos
municípios e pelo Distrito Federal
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Comentários
Gabarito: errado
CF/88
Comentários
GABARITO: CERTO
A Constituição Federal prevê tal possibilidade, bem como apresenta seus requisitos, ao teor do
seu art. 18, § 3º:
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Comentários
Item I – incorreto. Quando diz que não há necessidade de divulgação prévia de estudos de
viabilidade municipal, o item contraria o disposto no artigo 18, § 4º, da CF/88:
(...)
Item II – correto. O item versa sobre o disposto no artigo 18, § 3º, da CF/88:
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(...)
Item III – incorreto. O item contraria o disposto no artigo 19, III, da CF/88:
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
Gabarito: Letra B.
Comentários
(...)
Gabarito: CERTO.
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b) trânsito e transporte.
c) jazidas e minas.
e) a seguridade social.
Comentários
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
(...)
Letra A - incorreta. Nos termos do artigo 22, XVI, da CF/88, a competência para legislar sobre
organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões é
privativa da União.
Letra B - incorreta. Nos termos do artigo 22, XI, da CF/88, compete privativamente à União
legislar sobre trânsito e transporte.
Letra C - incorreta. Nos termos do artigo 22, XII, CF/88, compete privativamente à União legislar
sobre jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia.
Letra E - incorreta. Nos termos do artigo 22, XXIII, CF/88, compete privativamente à União
legislar sobre seguridade social.
Gabarito: Letra D.
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Comentários
GABARITO: ERRADO
O erro da questão está em afirmar que a matéria combate à poluição é de competência privativa
da União, quando, na verdade, é de competência comum, na forma do art. 23, VI, da
Constituição Federal:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
(...)
Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os estados exercerão a competência legislativa
residual para atender às suas peculiaridades.
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os estados exercerão a competência legislativa
plena, não residual, para atender às suas peculiaridades - art. 24, § 3º, da CF/1988:
Compete privativamente à União zelar pela guarda da CF, das leis e das instituições
democráticas.
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
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A guarda da CF, das leis e das instituições democráticas é competência comum da União, dos
Estados, do DF e dos Municípios, de acordo com o art. 23, inciso I, da CF/1988:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
A competência da União para legislar sobre normas gerais afasta a competência suplementar
dos estados.
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
A competência da União para legislar sobre normas gerais não afasta a competência
suplementar dos estados, nos termos do art. 24, § 2º, da CF/1988:
Art. 24 (...)
Comentários
GABARITO: “CERTO”
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Comentários
Gabarito: certo
Sem problema algum. Se compete exclusivamente à União manter relação com outros Estados e
participar de organizações internacionais, só pode ser competência dela representar a República
Federativa do Brasil nas relações internacionais.
Comentários
Gabarito: certo
CF/88
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(...)
Comentários
Gabarito: certo
(...)
Comentários
GABARITO: CERTO
Tal competência da União consta expressamente do art. 21, I, da Constituição Federal. Contudo,
além do dispositivo constitucional, vale a pena observamos os ensinamentos de Alexandre de
Moraes:
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Considere que, prevista competência concorrente para legislar sobre determinada matéria de
interesse público e inexistindo lei federal que o fizesse, o estado de Goiás tenha editado lei
contendo normas gerais sobre tal matéria. Nessa situação, lei federal superveniente sobre a
matéria não revogará a lei estadual, cuja eficácia será suspensa apenas no que contrariar a lei
federal.
Comentários
GABARITO: certo.
Os Estados membros podem legislar sobre normas gerais referentes a matéria de competência
concorrente da União, dos Estados e do DF, se inexistir normas gerais da União sobre essas
matérias. Se posteriormente for editada lei federal sobre a matéria, a lei estadual será suspensa
nos pontos em que contrariar a lei federal, conforme o art. 24 da CF/1988, §§ 1º a 4º:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
(...)
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Comentários
GABARITO: ERRADO
Na verdade, a Constituição Federal, em seu art. 25, § 3º, exige apenas que a instituição de
regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões ocorra por meio de lei
complementar, mas não exige consulta à população:
Art. 25 (...)
Comentários
GABARITO: errado.
O princípio a que alude o enunciado não é o da supremacia das normas constitucionais, mas o
da simetria, que, segundo o STF, é "construção pretoriana tendente a garantir, quanto aos
aspectos reputados substanciais, homogeneidade na disciplina normativa da separação,
independência e harmonia dos poderes, nos três planos federativos" (ADI nº 4.298-MC -
julgamento em 07/10/2009), isso com fundamento nos arts. 25, caput, da CF/1988 e 11, caput,
do ADCT:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição.
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A eficácia de lei estadual vigente não será suspensa na hipótese de superveniência de lei federal
sobre normas gerais, mesmo que a lei federal traga disposições contrárias à lei estadual.
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
A eficácia de lei estadual vigente será suspensa na hipótese de superveniência de lei federal
sobre normas gerais, se a lei federal trouxer disposições contrárias à lei estadual, conforme o
seguinte dispositivo da CF/1988:
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São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto.
Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados
do conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar
melhor os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o
exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo
a facilitar a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
3. Quais são as quatro dimensões da autonomia dos entes que compõem o Estado Federado? O
que cada uma delas significa?
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7. O que a CF/88 prevê sobre a relação de dependência entre instituições religiosas e o Estado?
8. De acordo com a Constituição Federal de 1988, os rios e lagos que banhem mais de um
Estado pertencem a qual ente?
10. Complete as lacunas a seguir a respeito da área designada como faixa de fronteira prevista
no art. 20, § 2º, da CF/88:
A faixa de até (a) quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada
como faixa de fronteira, é considerada fundamental (b) , e sua ocupação e utilização serão
reguladas em (c) .
12. Segundo a CF/88, a competência para decretar o estado de sítio é atribuída a qual ente?
13. Qual competência dos Estados-membros que não foi atribuída ao Distrito Federal?
16. A qual ente compete a defesa territorial e marítima, de acordo com a CF/88?
17. Suponha que a União pretenda autorizar os entes federativos a legislarem sobre questões
específicas do assunto “propaganda comercial”, uma matéria de competência privativa daquele
ente. Isso seria possível? Qual instrumento que a União deverá se valer para atingir tal objetivo?
Quais entes poderiam ser autorizados? Seria possível que a delegação contemplasse apenas um
ente específico – por exemplo, apenas o Estado do Tocantins?
18. Qual o ente competente para tratar sobre o combate à pobreza e aos fatores de
marginalização, de acordo com a CF/88?
19. De acordo com a CF/88, qual ente federativo competente para tratar sobre as políticas de
educação e segurança no trânsito?
20. De acordo com a CF/88, a qual ente federativo compete tratar sobre direito econômico?
21. No âmbito da legislação concorrente, o que ocorre com a legislação estadual se houver a
superveniência de lei federal sobre normas gerais?
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22. Suponha que a União não tenha editado normas gerais sobre proteção à infância e à
juventude, uma matéria de competência concorrente, conforme a CF. Nessa situação: a) um
Município poderia editar normas sobre tal matéria, diante da omissão da União e dos Estados?
b) caso um Estado-membro tivesse exercido sua competência plena e, posteriormente, a União
editasse norma geral sobre a matéria, poderia ocorrer a revogação automática da legislação
estadual, no que fosse contrária à legislação federal?
23. Segundo a CF/88, a quem compete a exploração direta dos serviços locais de gás
canalizado?
24. Segundo a CF/88, a quem pertence as terras devolutas não compreendidas entre as da
União?
26. De acordo com a CF/88, qual é o tempo de mandato correspondente ao cargo de Deputado
Estadual?
28. Sobre o procedimento legislativo constitucional para aprovação das leis orgânicas que
regem o Município, de acordo com a CF/88, responda: Em quantos turnos é votada? Qual
interstício? Qual o quórum de aprovação?
29. De acordo com a CF/88, qual o limite máximo de vereadores para municípios de até 15.000
(quinze mil) habitantes?
30. Segundo a CF/88, qual o limite máximo de vereadores para municípios de mais de 8.000.000
(oito milhões) de habitantes?
31. Qual o limite da receita da Câmara Municipal pode ser gasta com folha de pagamento, de
acordo com a CF/88? Esse limite inclui o gasto com o subsídio de seus Vereadores? Caso o
Presidente da Câmara Municipal desrespeite esse limite, incorre em qual tipo de irregularidade?
32. Caso o prefeito cometa um crime de homicídio doloso, qual o órgão competente para julgá-
lo?
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33. De acordo com a CF/88, compete a qual ente federativo organizar e prestar, diretamente ou
sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, excluído o de
transporte coletivo?
34. A quem compete fiscalizar o Município, segundo a CF/88?
35. Segundo a CF/88, de qual órgão a Câmara Municipal receberá auxílio para a execução do
controle externo?
36. Por quanto tempo as contas de um Município devem ficar à disposição dos contribuintes
para exame e apreciação?
39. A CF/88 atribui ao Distrito Federal as competências legislativas reservadas aos Estados ou
aos Municípios?
40. De acordo com a CF/88, a quem são submetidas as contas do Governo do Território?
42. Complete as lacunas a seguir a respeito de casos que autorizam a União a intervir nos
Estados, previstos ao teor do art. 34 da CF/88:
42.1. manter a ____(a)_____ nacional;
43. Complete as lacunas a seguir a respeito dos casos que autorizam o Estado a intervir em seus
Municípios, bem como a União nos Municípios localizados em Território Federal, previstos ao
teor do art. 35 da CF/88:
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43.1. deixar de ser paga, sem motivo de força maior, _____(a)____, a dívida fundada;
45. Na intervenção, a partir de quando as autoridades afastadas devem retornar aos seus
cargos?
47. A população de um determinado Estado, não satisfeita com a política nacional, inicia
campanha com a finalidade de separação do restante da Federação brasileira. Um plebiscito foi
organizado e 86% dos votantes foram favoráveis à independência do Estado. De acordo com a
CF/88, é possível o direito de secessão por parte deste ente federado, através de um plebiscito
e com uma maioria favorável ao pleito?
48. É possível que um determinado Estado, de acordo com a CF/88, edite leis impedindo a
pesca de peixes regionais típicos ameaçados de extinção, limite a navegação marítima de
passageiros em seus rios e crie formas de desapropriação de bens imóveis?
49. Segundo a CF/88, é possível que um determinado Estado edite normas determinando a
gratuidade de pagamento em estacionamentos privados sob administração de entidades
empresariais?
50. Por conta do aumento da violência e das recentes ameaças aos servidores de um
determinado Estado, este edita lei ordinária concedendo porte de arma aos seus servidores,
independe de qualquer ato forma de licença ou autorização? É possível, de acordo com a CF/88,
que este Estado edite lei concedendo porte de arma a seus servidores?
51. De acordo com a CF/88, um município pode legislar sobre o Imposto de Renda Retido na
Fonte, especificamente para seus moradores, com o intuito de aumentar sua arrecadação?
52. Um município, de acordo com a CF/88, pode criar distritos e prestar, sob regime de
concessão, serviços públicos locais?
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3. Quais são as quatro dimensões da autonomia dos entes que compõem o Estado Federado? O
que cada uma delas significa?
Autolegislação: capacidade dos entes federativos de editarem suas próprias leis. Alguns autores
que a capacidade de autolegislação estaria englobada na de auto-organização.
A CF/88 dispõe que os Territórios Federais terão sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem reguladas por meio de lei complementar (art.18, § 2º).
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Não, a CF/88 impõe, além da aprovação da população diretamente interessada, por meio de
plebiscito, a aprovação do Congresso Nacional, por meio de lei complementar (art.18, § 3º).
7. O que a CF/88 prevê sobre a relação de dependência entre instituições religiosas e o Estado?
A Constituição veda expressamente à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o
estabelecimento de cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança,
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público (art. 19, inciso I).
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
8. De acordo com a Constituição Federal de 1988, os rios e lagos que banhem mais de um
Estado pertencem a qual ente?
Pertencem à União. Os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio,
ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a
1
STF – ADI 2.650/DF.
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território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais
pertencem à União (art. 20, inciso III).
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que
banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a
território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias
fluviais;
10. Complete as lacunas a seguir a respeito da área designada como faixa de fronteira prevista
no art. 20, § 2º, da CF/88:
A faixa de até (a) quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada
como faixa de fronteira, é considerada fundamental (b) , e sua ocupação e utilização serão
reguladas em (c) .
a) cento e cinquenta.
c) lei.
12. Segundo a CF/88, a competência para decretar o estado de sítio é atribuída a qual ente?
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É atribuída à União a competência para decretar não só o estado de sítio, mas também o estado
de defesa e a intervenção federal (art. 21, V).
13. Qual competência dos Estados-membros que não foi atribuída ao Distrito Federal?
A competência estadual para organizar e manter seu Poder Judiciário, Ministério Público, polícia
civil, polícia penal, polícia militar e corpo de bombeiros militar.
No DF, cabe à União organizar e manter tais instituições, conforme art. 21, incisos XIII e XIV, da
CF/88:
(...)
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao
Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
Cumpre destacar que, embora sejam organizadas e mantidas pela União, a polícia civil, a polícia
penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do DF são subordinados ao Governador
do DF (CF, art. 144, § 6º) e sua utilização pelo Governo do DF será disciplinada por lei federal
(CF, art. 32, § 4º).
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A CF/88 determina que compete privativamente à União legislar, dentre outros assuntos, sobre
política de crédito, câmbio, seguros e transferências de valores (art. 22, VII).
16. A qual ente compete a defesa territorial e marítima, de acordo com a CF/88?
De acordo com a CF/88, compete privativamente à União legislar sobre a defesa territorial,
defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional (art. 22, XXVIII).
17. Suponha que a União pretenda autorizar os entes federativos a legislarem sobre questões
específicas do assunto “propaganda comercial”, uma matéria de competência privativa daquele
ente. Isso seria possível? Qual instrumento que a União deverá se valer para atingir tal objetivo?
Quais entes poderiam ser autorizados? Seria possível que a delegação contemplasse apenas um
ente específico – por exemplo, apenas o Estado do Tocantins?
Inicialmente, vejamos o teor do art. 22, inciso XXIX e parágrafo único da CF:
(...)
Logo, seria possível a União autorizar os entes federativos a legislarem sobre questões
específicas do assunto “propaganda comercial”, devendo editar lei complementar para atingir
tal objetivo.
A autorização da União não poderia ser direcionada a determinado ente específico, ou seja,
somente um ou outro Estado-membro: tal autorização deve ser genérica, abrangendo todos os
Estados-membros e o DF.
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18. Qual o ente competente para tratar sobre o combate à pobreza e aos fatores de
marginalização, de acordo com a CF/88?
Trata-se de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
dentre outras, combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, devendo
promover a integração social dos setores desfavorecidos (art. 23, X).
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios: (...)
19. De acordo com a CF/88, qual ente federativo competente para tratar sobre as políticas de
educação e segurança no trânsito?
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios: (...)
20. De acordo com a CF/88, a qual ente federativo compete tratar sobre direito econômico?
Compete à União, aos Estado e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre os direitos
tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico (art. 24, I). Vale destacar, os
Municípios não estão incluídos.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
21. No âmbito da legislação concorrente, o que ocorre com a legislação estadual se houver a
superveniência de lei federal sobre normas gerais?
A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que
lhe for contrário (art. 24, § 4º, da CF/88). Ressalte-se: a suspensão atinge tão somente aquilo que
for contrário ao disposto na em legislação federal. Logo, se não houver contrariedade, não
haverá suspensão.
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Art. 24, § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia
da lei estadual, no que lhe for contrário.
22. Suponha que a União não tenha editado normas gerais sobre proteção à infância e à
juventude, uma matéria de competência concorrente, conforme a CF. Nessa situação: a) um
Município poderia editar normas sobre tal matéria, diante da omissão da União e dos Estados?
b) caso um Estado-membro tivesse exercido sua competência plena e, posteriormente, a União
editasse norma geral sobre a matéria, poderia ocorrer a revogação automática da legislação
estadual, no que fosse contrária à legislação federal?
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
(...)
(...)
Assim:
Não, o Município não poderia legislar sobre tal matéria, porquanto somente possuem
competência concorrente a União, os Estados e o DF, conforme art. 24, caput da CF.
Não poderia haver revogação automática nessa situação, mas sim suspensão da eficácia da lei
estadual no que for contrária à lei federal superveniente, conforme art. 24, § 4º da CF.
23. Segundo a CF/88, a quem compete a exploração direta dos serviços locais de gás
canalizado?
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Compete aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação
(art. 25, § 2º).
24. Segundo a CF/88, a quem pertence as terras devolutas não compreendidas entre as da
União?
Incluem-se entre os bens dos Estados as terras devolutas não compreendidas entre as da União
(art. 26, IV).
26. De acordo com a CF/88, qual é o tempo de mandato correspondente ao cargo de Deputado
Estadual?
É de quatro anos o tempo de mandato dos Deputados Estaduais. Aplica-se ainda aos Deputados
Estaduais as regras da CF/88 sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração,
perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas (art. 27, § 1º).
Art. 27, § 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-
lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades,
remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças
Armadas.
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(a) domingo;
(b) último;
(c) anterior;
(d) 6.
28. Sobre o procedimento legislativo constitucional para aprovação das leis orgânicas que
regem o Município, de acordo com a CF/88, responda: Em quantos turnos é votada? Qual
interstício? Qual o quórum de aprovação?
Para a aprovação de uma lei orgânica de um Município, esta deve ser votada em dois turnos,
com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara
Municipal (art. 29, caput, da CF/88).
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
29. De acordo com a CF/88, qual o limite máximo de vereadores para municípios de até 15.000
(quinze mil) habitantes?
Para Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes, a composição das Câmaras Municipais
observará o limite máximo de 9 vereadores (art. 29, IV, "a").
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Art. 29, IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite
máximo de:
30. Segundo a CF/88, qual o limite máximo de vereadores para municípios de mais de 8.000.000
(oito milhões) de habitantes?
De acordo com a CF/88, para municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes, a
composição das Câmaras Municipais observará o limite máximo de 55 vereadores (art. 29, IV,
"x").
Art. 29, IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite
máximo de: (...)
31. Qual o limite da receita da Câmara Municipal pode ser gasta com folha de pagamento, de
acordo com a CF/88? Esse limite inclui o gasto com o subsídio de seus Vereadores? Caso o
Presidente da Câmara Municipal desrespeite esse limite, incorre em qual tipo de irregularidade?
A Câmara Municipal não pode gastar mais de setenta por cento (70%) de sua receita com folha
de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores (art. 29-A, § 1º).
Art. 29-A, § 1° A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua
receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.
(...)
32. Caso o prefeito cometa um crime de homicídio doloso, qual o órgão competente para julgá-
lo?
Embora seja do Tribunal do Júri, como regra geral, a competência para julgar os crimes dolosos
contra vida (CF, art. 5º, XXXVIII, “d”), no caso de o prefeito cometer crime dessa natureza (ou
qualquer crime de competência da Justiça Comum) a competência para julgá-lo será do Tribunal
de Justiça, sendo afastada a competência do Júri em função do disposto no art. 29, X da CF:
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Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
(...)
33. De acordo com a CF/88, compete a qual ente federativo organizar e prestar, diretamente ou
sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, excluído o de
transporte coletivo?
Trata-se de uma das competências dos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob
regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de
transporte coletivo, que tem caráter essencial (art. 30, V).
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal,
mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo
Municipal, na forma da lei.
35. Segundo a CF/88, de qual órgão a Câmara Municipal receberá auxílio para a execução do
controle externo?
O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas
dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde
houver (art. 31, § 1º).
Art. 31, § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos
Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de
Contas dos Municípios, onde houver.
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36. Por quanto tempo as contas de um Município devem ficar à disposição dos contribuintes
para exame e apreciação?
As contas dos Municípios ficam, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, que pode questionar-lhes a legitimidade, nos termos da
lei (art. 31, § 3º).
Art. 31, § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à
disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
1º aspecto: não é possível haver Município no DF, em razão do previsto no art. 32, caput da CF:
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei
orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por
dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos nesta Constituição.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
(...)
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Essa hipótese de intervenção não ocorre em função de requisição do Poder Legislativo, mas sim
de provimento, pelo STF, de representação do Procurador-Geral da República, conforme art. 36,
III da CF:
(...)
39. A CF/88 atribui ao Distrito Federal as competências legislativas reservadas aos Estados ou
aos Municípios?
40. De acordo com a CF/88, a quem são submetidas as contas do Governo do Território?
Sim. Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes haverá órgãos judiciários de
primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais.
Além disto, a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência
deliberativa (art. 33, § 3º).
Art. 33, § 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do
Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de
primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos
federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência
deliberativa.
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42. Complete as lacunas a seguir a respeito de casos que autorizam a União a intervir nos
Estados, previstos ao teor do art. 34 da CF/88:
42.1. manter a ____(a)_____ nacional;
43. Complete as lacunas a seguir a respeito dos casos que autorizam o Estado a intervir em seus
Municípios, bem como a União nos Municípios localizados em Território Federal, previstos ao
teor do art. 35 da CF/88:
43.1. deixar de ser paga, sem motivo de força maior, _____(a)____, a dívida fundada;
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45. Na intervenção, a partir de quando as autoridades afastadas devem retornar aos seus
cargos?
Quando cessados os motivos da intervenção, salvo impedimento legal (art. 36, § 4º).
Não, pois a articulação cabe apenas aos Estados e não aos municípios. Desta forma, compete à
União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços e
instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em
articulação com o Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos (art. 21, XII, b).
47. A população de um determinado Estado, não satisfeita com a política nacional, inicia
campanha com a finalidade de separação do restante da Federação brasileira. Um plebiscito foi
organizado e 86% dos votantes foram favoráveis à independência do Estado. De acordo com a
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CF/88, é possível o direito de secessão por parte deste ente federado, através de um plebiscito
e com uma maioria favorável ao pleito?
Não, pois a forma federativa de estado adotada pelo Brasil é considerada uma cláusula pétrea
(art. 60, § 4º, I, da CF/88) e não é compatível com o exercício do direito de secessão. Assim,
mesmo com um quórum favorável à separação do Estado Z, não será possível dissolver este
vínculo federativo.
Cabe destacar que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos
Estados, Distrito Federal e Municípios e constitui-se em Estado Democrático de Direito (art. 1º,
caput, da CF/88).
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos: (...)
48. É possível que um determinado Estado, de acordo com a CF/88, edite leis impedindo a
pesca de peixes regionais típicos ameaçados de extinção, limite a navegação marítima de
passageiros em seus rios e crie formas de desapropriação de bens imóveis?
Não. A competência para legislar sobre pesca é concorrente entre a União, os Estados e o
Distrito Federal (art. 24, VI, da CF/88).
Já as competências para legislar sobre desapropriação (art. 22, II) e para legislar sobre
navegação marítima e transporte (art. 22, X e XI) são privativas da União.
II - desapropriação; (...)
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre: (...)
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49. Segundo a CF/88, é possível que um determinado Estado edite normas determinando a
gratuidade de pagamento em estacionamentos privados sob administração de entidades
empresariais?
Não, pois, de acordo com o STF (ADI 3.710-2/GO), é da União a competência para legislar sobre
a gratuidade dos estacionamentos em estabelecimentos privados.
50. Por conta do aumento da violência e das recentes ameaças aos servidores de um
determinado Estado, este edita lei ordinária concedendo porte de arma aos seus servidores,
independe de qualquer ato forma de licença ou autorização? É possível, de acordo com a CF/88,
que este Estado edite lei concedendo porte de arma a seus servidores?
51. De acordo com a CF/88, um município pode legislar sobre o Imposto de Renda Retido na
Fonte, especificamente para seus moradores, com o intuito de aumentar sua arrecadação?
Não, pois compete privativamente à União instituir impostos sobre renda e proventos de
qualquer natureza (art. 153, III).
52. Um município, de acordo com a CF/88, pode criar distritos e prestar, sob regime de
concessão, serviços públicos locais?
Sim, pois compete aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação
estadual (art. 30, IV), bem como organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão e
permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo (art. 30, V).
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A União, entre cujos fundamentos se inclui a soberania, é formada pelos estados, pelos
municípios e pelo Distrito Federal
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b) trânsito e transporte.
c) jazidas e minas.
e) a seguridade social.
Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os estados exercerão a competência legislativa
residual para atender às suas peculiaridades.
Compete privativamente à União zelar pela guarda da CF, das leis e das instituições
democráticas.
A competência da União para legislar sobre normas gerais afasta a competência suplementar
dos estados.
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Considere que, prevista competência concorrente para legislar sobre determinada matéria de
interesse público e inexistindo lei federal que o fizesse, o estado de Goiás tenha editado lei
contendo normas gerais sobre tal matéria. Nessa situação, lei federal superveniente sobre a
matéria não revogará a lei estadual, cuja eficácia será suspensa apenas no que contrariar a lei
federal.
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A eficácia de lei estadual vigente não será suspensa na hipótese de superveniência de lei federal
sobre normas gerais, mesmo que a lei federal traga disposições contrárias à lei estadual.
Gabarito
1. C 8. E 15. C
2. E 9. E 16. C
3. C 10. E 17. A
4. B 11. C 18. E
5. C 12. C 19. E
6. D 13. C 20. E
7. E 14. C
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Aula 05
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
==5617c==
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Autor:
Tulio Lages
21 de Janeiro de 2023
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Índice
1) O que é mais cobrado no assunto - Administração Pública - Cebraspe - Nível Superior
..............................................................................................................................................................................................3
7) Referências Bibliográficas
..............................................................................................................................................................................................
101
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% de cobrança
Tópico
Cebraspe
Princípios da Administração Pública e disposições gerais (art. 37 da CF) 75,0%
Disposições aplicáveis ao servidor público no exercício de mandato eletivo
10,0%
(art. 38 da CF)
Servidores Públicos - administração e remuneração de pessoal (art. 39 da
10,0%
CF)
Regime de Previdência dos Servidores (art. 40 da CF) 5,0%
Estabilidade dos servidores públicos (art. 41 da CF)
==5617c==
0,0%
Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (art. 42 da CF) 0,0%
Regiões (art. 43 da CF) 0,0%
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A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
São eles: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (art. 37, caput, da
CF/88).
L – Legalidade;
I – Impessoalidade;
M – Moralidade;
P – Publicidade;
E – Eficiência.
Importante observar que tais princípios são de observação obrigatória para TODA a Administração
Pública – Direta e Indireta – de TODOS os Poderes, de TODAS as esferas de governo – União,
Estados, DF e Municípios, consoante art. 37, caput, da CF/88:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
Aqui, é importante relevante relembrar que além dos princípios expressos na CF/88 existem
também os princípios implícitos, que são aqueles reconhecidos pela doutrina e jurisprudência, e
possuem a MESMA relevância que os princípios expressos.
Além disso, todos os princípios incidem de forma simultânea (ou seja, a aplicação de um não exclui
a de outro), podendo prevalecer um ou outro a depender do caso concreto, a partir da técnica da
ponderação.
Os princípios possuem um grau de abstração superior ao das regras. Entretanto, tanto aqueles
quanto estas são normas jurídicas dotadas de força cogente, de observância obrigatória por parte
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de seus destinatários, cujo descumprimento acarreta consequência jurídica concreta (como uma
sanção).
Legalidade
Art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei;
A legitimidade é mais abrangente que a legalidade, já que significa não somente agir conforme o
texto da lei, mas também obedecer aos demais princípios administrativos.
Impessoalidade
O princípio da impessoalidade impõe que a ação da Administração deve estar voltada para a
atingir o objetivo previsto (expressamente ou virtualmente) em lei, o qual visará atender sempre a
uma finalidade: o interesse público.
Assim, o administrador não pode atuar para atender a objetivo diverso do estabelecido em lei –
que, novamente, será sempre o interesse público –, ou de praticar o ato administrativo em
benefício próprio ou de terceiros.
Em algumas situações, o interesse público pode coincidir com o privado, então a atuação da
Administração pode, licitamente, acabar atendendo, além do interesse público, ao interesse
particular de certa pessoa ou grupo de pessoas. O que é vedado pelo princípio da impessoalidade
é que ação do administrador não atinja o interesse público previsto na lei como objetivo de tal
atuação, ou seja, que se busque atender a outra finalidade ou somente ao interesse próprio ou de
terceiros.
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a) Enfoque da imputação dos atos praticados pelos agentes públicos diretamente às pessoas
jurídicas que atuam: decorre de tal preceito que, como os atos não devem ser entendidos como
praticados pelo agente público A ou agente público B, mas sim pela Administração Pública, esse
viés do princípio da impessoalidade acaba por retirar dos agentes públicos a responsabilidade
pessoal, perante terceiros, pelos atos que praticam.
b) Enfoque da vedação à promoção pessoal de autoridade e servidores públicos: esse viés decorre
do disposto no art. 37, § 1º da CF/88:
Art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal
de autoridades ou servidores públicos.
Art. 5º, I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição;
(...)
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)
Moralidade
O princípio da moralidade preceitua que os agentes públicos atuem com ética, honestidade,
probidade, boa-fé, decoro, lealdade, fidelidade funcional.
A moralidade administrativa está ligada à ideia do “bom administrador” – aquele que atua não
somente com respeito aos preceitos vigentes, mas também à moral –, embora deva ser observada
tanto pelos agentes públicos quanto pelo particular ao se relacionar com a Administração.
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Além disso, a moralidade administrativa diz respeito a uma moral jurídica, consubstanciada em
regras de conduta extraídas da disciplina interior da Administração2. Ou seja, deve ser
compreendida de modo objetivo, independente da noção subjetiva do agente sobre o que é certo
ou errado em termos éticos – moral comum.
Embora tenha sido previsto na CF como um princípio autônomo, é possível entender a moralidade
administrativa como fator de legalidade. Nesse sentido, o TJSP já decidiu que “o controle
jurisdicional se restringe ao exame da legalidade do ato administrativo; mas por legalidade ou
legitimidade se entende não só a conformação do ato com a lei, como também com a moral
administrativa e com o interesse coletivo”3.
Outro exemplo importante é a Lei 8.429/1992, de aplicação nacional e conhecida como “Lei de
Improbidade Administrativa”, que “dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos
casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na
administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências”.
Vale esclarecer, entretanto, que a conduta do administrador deve estar pautada pela moralidade
mesmo que não haja norma positivada proibindo tal conduta, sob pena de anulação do ato imoral
por parte do Judiciário (caso provocado) ou pela própria Administração, em decorrência de seu
poder de autotutela.
1
Maurice Hauriou, Précis Elementaires de Droit Administratif, Paris, 1926, pp. 197 e ss apud Meirelles, 2014, p.
92.
2
Meirelles, 2014, p. 92.
3
TJSP, RDA 89/134 apud Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 30. ed. São Paulo, Malheiros
Editores: 2005, p. 91.
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Inclusive a súmula vinculante 13 foi editada a partir do entendimento do STF de que a vedação ao
nepotismo decorre da interpretação direta de diversos princípios constitucionais, dentre eles, o
da moralidade, embora não haja proibição específica e expressa de tal prática na Constituição.
Vejamos o teor da súmula:
É importante destacar que “ajuste mediante designações recíprocas” diz respeito ao nepotismo
transverso (ou nepotismo cruzado).
Além disso, cumpre esclarecer que ficaram de fora da proibição estabelecida na súmula as
nomeações de parente para a ocupação de cargos de natureza eminentemente política – como
os de Ministro ou Secretário Estadual ou Municipal –, ao contrário dos cargos e funções de
confiança em geral, que possuem natureza precipuamente administrativa.
Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;
Já o Ministério Público atua na defesa da moralidade administrativa mediante ação civil pública.
Embora a CF não fale expressamente em “moralidade administrativa” ao tratar de tal instrumento
(CF/88, art. 129, III – “São funções institucionais do Ministério Público: (...) promover o inquérito
civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivos”), a Lei Orgânica do Ministério Público dispõe que incube ao
Parquet “promover o inquérito civil e a ação civil pública, na forma da lei (...) para a anulação ou
declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio público ou à moralidade administrativa do
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Aqui é importante mencionar que o dispositivo fala em “suspensão” dos direitos políticos, e não
em “perda” ou “cassação” de tais direitos – são institutos diferentes!
A CF/88 só admite a perda ou suspensão dos direitos políticos, mas veda sua cassação, conforme
caput do art. 15:
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
Publicidade
O princípio da publicidade impõe que a Administração confira a mais ampla divulgação de seus
atos aos interessados diretos e ao povo em geral, possibilitando-lhes, assim, controlar a conduta
dos agentes administrativos.
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Art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da
lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
Também está alinhado ao princípio da publicidade o disposto na CF/88, art. 5º, inciso LX:
Art. 5º, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a
defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
Com base nesses dois dispositivos, verifica-se que a regra geral deve ser a transparência na
Administração Pública e, somente em situações excepcionais, a lei (necessariamente, não pode
ser ato infralegal) pode estabelecer situações em que o sigilo é justificável – quando imprescindível
à segurança da sociedade e do Estado (CF/88, art. 5º, inciso XXXIII - já) ou quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem (CF, art. 5º, inciso LX).
De acordo com Carvalho Filho4, o direito de petição, previsto na CF/88, art. 5º, inciso XXXIV, alínea
“a”, concretiza o princípio da publicidade na medida em que, por meio das petições, os indivíduos
podem dirigir-se aos órgãos administrativos para formular qualquer tipo de postulação.
Por sua vez, o autor esclarece que as certidões (CF/88, art. 5º, inciso XXXIV, alínea “b”), expedidas
pela Administração, registram a verdade dos fatos administrativos, cuja publicidade permite aos
administrados a defesa de seus direitos ou o esclarecimento de certas situações.
4
Carvalho Filho, 2016, p. 27.
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Não se confunde o princípio da publicidade com a simples publicação de atos. Enquanto aquele
exige uma atuação transparente por parte da Administração, esta é apenas uma forma de se dar
publicidade aos atos administrativos (por exemplo, publicação no diário oficial do ente federativo).
"A divulgação da remuneração bruta dos cargos e funções titularizados por servidores
públicos, com seu nome e lotação, consubstancia informação de interesse coletivo ou
geral, “sem que a intimidade deles, vida privada e segurança pessoal e familiar se
encaixem nas exceções de que trata a parte derradeira do mesmo dispositivo
constitucional (inciso XXXIII do art. 5º)”6.
Cumpre destacar que a Corte considerou lícita a divulgação do nome e da remuneração do agente
público, mas não de seu CPF, identidade e endereço residencial.
Eficiência
O princípio da eficiência impõe que a Administração exerça sua atividade com presteza, perfeição,
rendimento funcional, produtividade, qualidade, desburocratização, de forma a obter o melhor
resultado possível no atendimento do interesse público. Preceitua a adequação dos meios
empregados aos fins vislumbrados, a ponderação da relação custo/benefício da ação.
Também conhecido como princípio da qualidade dos serviços públicos, está relacionado ao
modelo de administração pública gerencial e alcança não somente os serviços públicos prestados
diretamente à coletividade, mas também os serviços administrativos internos da Administração.
5
STF, SS 3.902 AgR segundo, rel. min. Ayres Britto, j. 9/6/2011, P, DJE de 3/10/2011; = RE 586.424 ED, rel. min.
Gilmar Mendes, j. 24-2-2015, 2ª T, DJE de 12-3-2015.
6
STF – SS 3.902 AgR.
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c) a determinação aos entes federados que mantenham escolas de governo para a formação e o
aperfeiçoamento dos servidores públicos, bem como a exigência de que estes participem de
cursos de aperfeiçoamento com condição de promoção na carreira, consoante art. 39, § 2º:
Art. 37, § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para
a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação
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nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a
celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.
Art. 39, § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará
a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de
programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento,
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a
forma de adicional ou prêmio de produtividade.
a) controle externo – Poder Legislativo e tribunais de Contas (art. 70, caput e art. 71, caput);
b) sistema de controle interno (art. 70, caput e art. 74, inciso II);
c) controle judicial – José dos Santos Carvalho Filho entende que ocorrer desde que haja
comprovada ilegalidade.
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Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
(...)
Licitação
Improbidade Administrativa
A CF/8, ao tratar da Administração Pública (capítulo VII do Título III), abordou os atos de
improbidade administrativa nos seguintes termos:
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A CF/8, ao tratar da Administração Pública (capítulo VII do Título III), abordou a prescrição de
ilícitos que causem prejuízos ao erário nos seguintes termos:
Art. 37, § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por
qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as
respectivas ações de ressarcimento.
b) "é prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil” 8
(estão abrangidos, assim, os ilícitos que violem normas de direito privado, não alcançando,
portanto, ilícitos decorrentes de infrações de direito público, como os de natureza penal e as ações
de ressarcimento ao erário decorrentes de atos dolosos de improbidade administrativa, que, como
já asseverado, são imprescritíveis, segundo o mesmo STF).
A CF/8, ao tratar da Administração Pública (capítulo VII do Título III), abordou a responsabilidade
do Estado nos seguintes termos:
Com base nesse dispositivo, é possível verificar que a responsabilidade civil do Estado:
7
STF – RE 852.475.
8
STF – RE 669.069.
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- É do tipo objetiva: não depende de dolo ou culpa, nem da existência de relação contratual,
tampouco que o agente público cometa ato ilícito (contrário a lei) – basta que haja nexo causal
entre o dano e a atuação (conduta comissiva) do agente público (veja que o dispositivo
constitucional fala “responderão pelos danos... causados a terceiros”).
Perceba que, para o dispositivo constitucional mencionado, o que importa é que sejam pessoas
jurídicas “prestadoras de serviços públicos”. Assim, as empresas estatais exploradoras de
atividade econômica não estão abrangidas pela responsabilidade objetiva do art. 37, § 6º da
CF – sua responsabilidade é subjetiva, na modalidade culpa comum.
- Depende que o agente atue na condição de agente público (veja que o dispositivo fala “nessa
qualidade”).
- Não é afastada em caso de dolo ou culpa do responsável, mas, nesse caso, é assegurada à
Administração o direito de regresso contra ele.
- Na ação regressiva, cabe à Administração provar que o responsável agiu com dolo ou culpa
(a responsabilidade do agente é subjetiva, na modalidade culpa comum).
O Estado só será responsabilizado por omissão, em regra, quando o dano era evitável.
9
STF – RE 591.874/MS.
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Por outro lado, no caso de danos a pessoas sob a guarda/custódia do Poder Público (ex:
presidiários), a responsabilidade do Estado é objetiva, ainda que o dano não tenha sido
provocado por uma atuação direta de um agente público, ou ainda, mesmo em caso de omissão
do Estado, em razão de seu dever de custódia (ex: detento assassinado por colega de cela
dentro da penitenciária).
- Atos judiciais: é possível a responsabilização do Estado na hipótese prevista na CF, art. 5º,
LXXV – “o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso
além do tempo fixado na sentença”. Destaca-se que o “erro judiciário” mencionado pelo
dispositivo, restringe-se a erro na esfera penal.
Contrato de Gestão
A CF/8, ao tratar da Administração Pública (capítulo VII do Título III), aborda o contrato de gestão
nos seguintes termos:
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A CF/8, ao tratar da Administração Pública (capítulo VII do Título III), aborda a avaliação de políticas
públicas nos seguintes termos:
Não basta apenas avaliar as políticas públicas: é necessária a divulgação do objeto a ser avaliado
e dos resultados alcançados (na forma da lei).
Ao nosso entender, há nítido alinhamento do dispositivo aos princípios da publicidade e da
eficiência.
Agentes Públicos
- Princípio da ampla acessibilidade aos cargos públicos: a CF/88 garante tanto aos brasileiros
quanto aos estrangeiros o acesso aos cargos, empregos e funções públicas (art. 37, inciso I da
CF/88).
Entretanto, para os brasileiros, a CF/88 assevera que o acesso aos cargos, empregos e funções
públicas é garantido a todos "que preencham os requisitos estabelecidos em lei" e, para os
estrangeiros, que o referido acesso é garantido "na forma da lei".
Isso significa que, para os brasileiros, basta que atendam aos requisitos da lei para que possam
acessar os cargos, empregos e funções públicas. Já para os estrangeiros, o acesso deve ocorrer
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na forma da lei, ou seja, é necessária a edição para estabelecer a forma em que se dará o acesso
dos estrangeiros aos cargos, empregos e funções público.
Vale destacar que os requisitos de acesso devem estar previstos em lei, ou seja, o edital de um
concurso público não pode inovar e exigir determinados requisitos como, por exemplo, limite de
idade, sem previsão legal. Nesse sentido:
"O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art.
7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do
cargo a ser preenchido"10.
Além disso, a regra geral é que será no ato da posse, e não da inscrição do concurso público, a
exigência de habilitação para o exercício do cargo (entendimento do STF e STJ)12, tendo como
exceções as seguintes:
b) em concurso para policial militar, "a comprovação do requisito etário deve ocorrer no
momento da inscrição do certame"13.
- Um percentual dos cargos e empregos públicos deve ser reservado para as pessoas portadoras
de deficiência e definirá os critérios de sua admissão (art. 37, inciso VIII da CF/88).
Tal percentual deve ser reservado por lei e a reserva não dispensa a exigência de prévia aprovação
em concurso público.
No âmbito federal, é de até 20% o percentual reservado às pessoas portadoras de deficiência das
vagas oferecidas no concurso público (art. 5º da Lei 8.112/1990).
10
STF – Súmula 683.
11
STF – RE 528.684/MS.
12
STF – ARE-AgR 728.049/RJ. STJ – Súmula 266.
13
STF – ARE 685870 MG.
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Concurso público
- A aprovação prévia em concurso público é requisito para a investidura tanto em cargo quanto
em emprego público (art. 37, II da CF/88).
Nada obstante, não dependem de concurso público as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração (art. 37, II da CF/88).
- O concurso público pode ser composto apenas de provas ou de provas e títulos, a depender da
natureza e da complexidade do cargo ou emprego. Tais definições devem estar previstas em lei
(art. 37, II da CF/88).
- O concurso público terá validade de até dois anos, podendo ser prorrogado uma vez, pelo
mesmo período originalmente definido (art. 37, III da CF/88).
Além disso, candidato aprovado dentro do número de vagas previsto no edital do concurso
público possui direito subjetivo à nomeação (observado o prazo de validade do certame), mas a
administração pode se ver desobrigada de realizar tal nomeação em situações excepcionalíssimas,
decorrentes de fatos supervenientes à publicação do edital14.
Ainda, em certames para a formação de cadastros de reserva, os aprovados não possuem direito
subjetivo à nomeação, mas apenas expectativa15.
Por fim, “dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o direito à
nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação”16. Porém, é lícito
que candidato pior colocado seja nomeado em virtude de decisão judicial e, nessa situação, não
surge para os candidatos mais bem classificados que tenham sido “pulados” o direito subjetivo à
nomeação17.
- Implicam a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei (art. 37, §
2º da CF/88), a não observância das regras dos incisos II e III do art. 37 da CF/88, detalhadas
anteriormente.
14
STF – RE 598.099/MS.
15
STF – MS-AgR 31.790/DF.
16
STF – Súmula 15.
17
STF – AI 698.618/SP.
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- Em que pese o art. 37, inciso I da CF/88 prever que os cargos e empregos públicos serão
acessíveis aos brasileiros (que preencham os requisitos estabelecidos em lei) e aos estrangeiros
(na forma da lei), a própria Constituição estabelece que alguns cargos são privativos de brasileiro
nato (art. 12, § 3º da CF/88), quais sejam:
- Em que pese o art. 37, II da CF/88 estabelecer que o concurso público poderá ser de provas ou
de provas e títulos (a depender da natureza e da complexidade do cargo ou emprego, na forma
da lei), a própria Constituição estabelece alguns cargos em que o ingresso deve se dar,
necessariamente, mediante aprovação em concurso público de provas e títulos:
e) carreira da Defensoria Pública da União, do Distrito Federal e dos Territórios (art. 134, § 1º
da CF/88);
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“Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo
público”18.
“na hipótese de posse em cargo público determinada por decisão judicial, o servidor
não faz jus a indenização, sob fundamento de que deveria ter sido investido em
momento anterior, salvo situação de arbitrariedade flagrante”21 “é inconstitucional toda
modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação
em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira
na qual anteriormente investido”22.
- O servidor público civil possui direito à livre associação sindical (art. 37, inciso VI da CF/88).
- O servidor público possui, também, direito de greve, dependendo da edição de uma lei
específica para definir os termos e os limites em que se dará o exercício de tal direito (art. 37,
inciso VI da CF/88).
Assim, o STF decidiu que deve ser aplicada, de forma temporária à administração pública, no que
couber, a lei de greve vigente para o setor privado, até que a lei de greve do setor público seja
editada24.
18
STF – Súmula Vinculante 44.
19
STF – Súmula 683.
20
STF – Súmula 684.
21
STF – RE 724.347/DF.
22
STF – Súmula 685.
23
STF – Súmula 377.
24
STF – MI 670/ES e MI 708/DF.
22
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"1 - O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos
policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de
segurança pública.
- Ao contrário do previsto para os servidores públicos em geral, aos militares são vedadas a
sindicalização e a greve (art. 142, § 3º, IV da CF/88).
Direitos constitucionais dos trabalhadores urbanos e rurais estendidos aos servidores públicos
Foram estendidos aos servidores ocupantes de cargo público os seguintes direitos constitucionais
dos trabalhadores urbanos e rurais (art. 39, § 3º da CF/88):
a) percepção do salário nunca inferior ao mínimo fixado em lei (art. 7º, incisos IV e VII da CF/88);
d) salário família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda (art. 7º, inciso
XII da CF/88);
e) duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta horas semanais (art.
7º, inciso XIII da CF/88);
25
STF – RE 693.456/RJ.
26
STF – ARE 654.432.
23
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h) gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal
(art. 7º, inciso XVII da CF/88);
l) redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança
(art. 7º, inciso XXII da CF/88); e
- A remuneração (em sentido amplo) dos agentes públicos pode ocorrer, basicamente, das
seguintes formas:
b) subsídio: espécie remuneratória formada por uma parcela única, vedado o acréscimo de
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória (art. 39, § 4º da CF/88).
Por outro lado, é facultativa para os seguintes servidores públicos organizados em carreira (art.
39, § 8º da CF/88).
24
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- A fixação ou alteração da remuneração dos servidores públicos e dos agentes políticos (ou seja,
dos vencimentos e dos subsídios) deve ocorrer por lei específica, ou seja, será através de uma lei
ordinária que trate apenas desse assunto (art. 37, inciso X da CF/88).
A iniciativa das leis para fixar ou alterar a remuneração ou o subsídio ocorrerá da seguinte forma:
a) cargos do Poder Executivo: iniciativa é privativa do Presidente da República (art. 61, §1º, II,
a da CF/88);
b) cargos da Câmara dos Deputados (CD): iniciativa é privativa da CD (art. 51, inciso IV da
CF/88);
c) cargos do Senado Federal (SF): iniciativa é privativa do SF (art. 52, inciso XIII da CF/88);
Nada obstante, o subsídio dos seguintes agentes públicos não é fixado/alterado por lei, mas por
decreto legislativo do Congresso Nacional:
Além disso, também não se exige lei para a fixação ou alteração dos salários dos empregados
públicos (perceba que eles não são mencionados no art. 37, inciso X da CF/88). Nesse caso, o
instrumento cabível é o acordo coletivo de trabalho (art. 7º, XXVI da CF/88).
- Com vistas a recompor o poder aquisitivo da remuneração dos servidores públicos e do subsídio
dos agentes políticos, garante-se revisão geral anual, que deve ocorrer sempre na mesma data e
sem distinção de índices (art. 37, inciso X da CF/88).
Além disso, a concessão de tal revisão deve ocorrer mediante lei de iniciativa privativa do chefe
do Poder Executivo de cada ente federativo (entendimento do STF).
Cuidado!
25
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Em relação aos montantes dos limites remuneratórios, a CF/88 fixa o seguinte (art. 37, inciso XI da
CF/88, interpretado em conjunto com os arts. 27, § 2º, 29, VI, 37, §§ 2º e 12, bem como a
jurisprudência do STF):
27
Na ADI 3854, o STF deu interpretação conforme à Constituição ao art. 37, XI e § 12, da CF/88 para afastar a
submissão dos membros da magistratura estadual da regra do subteto remuneratório e declarou
inconstitucionais normas do CNJ que fixavam subteto para magistrados estaduais diferente do teto estabelecido
para a magistratura federal, por violarem o caráter nacional da estrutura judiciária brasileira previsto na
Constituição Federal.
28
Foi fixada a seguinte tese de repercussão geral: “A expressão ‘procuradores’ contida na parte final do inciso
XI do artigo 37 da Constituição da República compreende os procuradores municipais, uma vez que estes se
26
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Com relação ao alcance das regras de limite remuneratório (art. 37, XI da CF/88), temos o seguinte:
Por fim, ainda sobre limitação de remuneração, a Constituição estabelece que os vencimentos
dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo
Poder Executivo (art. 37, inciso XII da CF/88).
inserem nas funções essenciais à Justiça, estando, portanto, submetidos ao teto de 90,25% do subsídio mensal
em espécie dos ministros do Supremo Tribunal Federal".
29
STF - Súmula Vinculante 42.
27
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a) equiparação dos vencimentos e vantagens dos Ministros do TCU aos dos Ministros do STJ
(art. 73, § 3º da CF/88);
A ideia aqui é evitar o "efeito cascata" nas concessões de acréscimos pecuniários aos servidores.
- O subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis (art.
37, inciso XV da CF/88), mas tal proteção não alcança a redução em virtude:
c) da incidência de impostos (nesse sentido, o art. 37, inciso XIV aponta como ressalvas o art.
150, II, o art. 153, III, e o art. 153, § 2º, I, todos da CF/88).
a) ao montante final dos vencimentos, podendo ser alterada a fórmula de sua composição;
Entretanto, desde que haja compatibilidade de horários, é possível a acumulação remunerada nas
seguintes hipóteses (art. 37, inciso XVI da CF/88):
28
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CUIDADO!
O inciso XVI do art. 37 da CF/88 dispõe que o teto remuneratório constitucional (art. 37, XI da
CF/88) deve ser aplicado nos casos em que a Constituição admite a acumulação remunerada de
cargos públicos.
Entretanto, o STF entende que, nos casos em que a acumulação é permitida, o teto remuneratório
constitucional (art. 37, XI da CF/88) deve ser aplicado de forma isolada para cada cargo público
acumulado, ou seja, a soma das remunerações dos cargos pode ultrapassar o teto, mas a
remuneração individual de cada cargo, não:
b) juízes do Poder Judiciário e membros do Ministério Público: podem acumular com uma
função de magistério (art. 95, parágrafo único, inciso I da CF/88 e art. 128, § 5º, inciso II, alínea
“d” da CF/88);
c) militares dos Estados, do DF e dos Territórios: podem acumular nas hipóteses previstas no
art. 37, inciso XVI da CF/88, com prevalência da atividade militar (art. 42, § 3º da CF/88);
30
STF – RE 612975/MT e RE 602043/MT.
29
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d) profissionais de saúde das Forças Armadas: pode acumular no caso de previsto no art. 37,
inciso XVI, "c" da CF/88 (dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas), na forma da lei e com prevalência da atividade militar (art. 142, §
3º, incisos III e VIII da CF/88).
b) os cargos eletivos; e
“Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário-mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem
ser substituído por decisão judicial”31.
“Não cabe ao poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos
de servidores públicos sob o fundamento de isonomia”32.
31
STF – Súmula Vinculante 4.
32
STF – Súmula Vinculante 37.
33
STF – Súmula Vinculante 55.
34
STF – Súmula 682.
30
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A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção
coletiva38. O STF vem determinando, em sede de mandado de injunção, a aplicação
temporária ao setor público, no que couber, da lei de greve vigente no setor privado,
em razão da inexistência, até hoje, da lei regulamentadora do direito de greve dos
servidores públicos39.
Mandato eletivo
Ficará afastado de seu cargo, emprego ou função (e receberá a remuneração do
federal, estadual
cargo eletivo)
ou distrital
35
STF – ADI 4.900.
36
STF – REs 602043 e 612975.
37
STF – ARE 1.246.685/RJ.
38
STF – Súmula 679.
39
STF – MI 670/ES, dentre outros.
31
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Será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
Prefeito
remuneração
Havendo
Perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou
compatibilidade de
função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo
horários
Vereador
Não havendo
Será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-
compatibilidade de
lhe facultado optar pela sua remuneração
horários
a) em qualquer caso que exija o afastamento do servidor para o exercício de mandato eletivo, o tempo
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
b) a hipótese de o servidor ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado
a esse regime, no ente federativo de origem.
- A administração fazendária e seus servidores fiscais terão precedência sobre os demais setores
administrativos, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, na forma da lei (art. 37, inciso
XVIII da CF/88).
- As administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios terão
recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive
com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio (art.
37, inciso XXII da CF/88).
- O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas
atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a
32
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- A EC 19/1998 alterou o art. 39, caput, da CF/88, no sentido de extinguir o Regime Jurídico Único.
Porém, em 2007 o STF suspendeu a eficácia da nova redação, voltando a vigorar a redação original
que prevê o RJU, nos seguintes termos:
Não há obrigatoriedade de que seja um regime jurídico estatutário, mas sim, único, unificado.
Essa matéria deverá ser disciplinada por meio de lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios (art. 39, § 7º da CF/88).
40
STF – AI 598.229 AgR, MS 26.955, RE 599.618 ED, RE 563.965, RE 226.855, dentre outros.
33
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Aplicabilidade
- Aplicável apenas aos ocupantes de cargos públicos efetivos (art. 40, caput e § 18 da CF/88).
Nada obstante, no RPPS serão observados, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o
Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou seja, trata-se de uma aplicação subsidiária do RGPS
ao RPPS (art. 30, § 12 da CF/88).
- O RPPS terá caráter contributivo e solidário, contando com contribuição do respectivo ente
federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas (art. 40, caput da CF/88).
- Incidirá contribuição sobre proventos de aposentadoria e pensões concedidas pelo RPPS que
superem o limite máximo fixado para os benefícios do RGPS, com percentual (alíquota) igual ao
estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos (art. 40, § 18).
34
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e) CUIDADO! O § 11 do art. 40 da CF/88 dispõe que se aplica o teto geral constitucional (art.
37, XI da CF/88) "à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da
acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a
contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de
proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma da CF/88, cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo".
Entretanto, o STF entende que o mencionado teto remuneratório constitucional deve ser
aplicado de forma isolada para cada aposentadoria acumulada, ou seja, a soma dos proventos
de aposentadoria pode ultrapassar o teto, mas cada aposentadoria individualmente
considerada, não41.
a) a pensão por morte será concedida nos termos de lei do respectivo ente federativo (art. 40,
§ 7º da CF/88). Tal lei deverá tratar de forma diferenciada a hipótese de morte decorrente de
agressão sofrida no exercício ou em razão da função dos servidores ocupantes dos seguintes
cargos:
i) agente penitenciário;
iii) policial dos seguintes órgãos: Câmara dos Deputados, Senado Federal, Polícia Federal,
Polícia Rodoviária Federal e Polícias Civis.
b) quando se tratar da única fonte de renda formal auferida pelo dependente, a pensão por
morte não poderá ser inferior ao salário mínimo (art. 40, § 7º da CF/88).
41
STF – RE 612975/MT.
42
STF – RE 612975/MT.
43
STF – RE 602584/DF.
35
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Modalidades de aposentadoria
- São três modalidades de aposentadoria previstas (art. 40, § 1º, incisos I a III da CF/88):
Nesse caso, o servidor é aposentado no cargo em que estiver investido, quando insuscetível de
readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para
verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na
forma de lei do respectivo ente federativo.
b) compulsória;
A lei complementar que trata da matéria é a LC 152/2015, que prevê em seu art. 2º os seguintes
agentes públicos que serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição, aos 75 anos de idade:
c) voluntária.
Nesse caso, o servidor é aposentado, no âmbito da União, aos 62 anos de idade, se mulher, e
aos 65 anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do DF e dos Municípios, na idade
mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas,
observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar
do respectivo ente federativo.
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O servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria
voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de
permanência, observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo
(art. 40, § 19 da CF/88).
a) poderão ser estabelecidos idade e tempo de contribuição diferenciados, por meio de lei
complementar do respectivo ente federativo, para aposentadoria dos seguintes servidores:
iii) servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos,
físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a
caracterização por categoria profissional ou ocupação (art. 40, § 4º-C da CF/88).
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Contagem de tempo
- O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins de
aposentadoria (trata-se do princípio da reciprocidade do cômputo do tempo de contribuição, que
impede nova contagem para aposentadoria quando o servidor interrompe o vínculo com um ente
federativo e passa a estabelecer vínculo com outro47) – art. 40, § 9 da CF/88.
Na aplicação dessa regra, deve ser como serviço militar aquele exercido nas seguintes
atividades de que tratam os arts. 42, 142 e 143 da CF/88, quais sejam, aquelas desempenhadas:
I) pelos militares dos Estados, do DF e dos Territórios, compostos pelos membros das Polícias
Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares (art. 42 da CF/88);
44
STF – Súmula 726.
45
STF – ADI 3772.
46
STF – Súmula Vinculante 33.
47
Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 35ª edição. Editora Atlas.
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Portanto, o tempo de serviço, apenas, não é suficiente para que o servidor faça jus ao benefício,
sendo necessário que ele tenha efetuado as contribuições.
- A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício (art.
40, § 10 da CF/88).
Essa vedação abrange todos os poderes, órgãos e entidades autárquicas e fundacionais, que serão
responsáveis pelo seu financiamento, observados os critérios, os parâmetros e a natureza jurídica
definidos na lei complementar de que trata o § 22 do art. 40 da CF/88 (tratada logo a seguir).
- É vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social RPPS (art. 40, § 22 da CF
– incluído pela EC 103/2019).
Para os regimes próprios que já existem, lei complementar federal estabelecerá normas gerais de
organização, de funcionamento e de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros
aspectos, sobre:
e) condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata o art. 249 da
CF/88 e para vinculação a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e
ativos de qualquer natureza;
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Dessa forma, fica vedada a aplicação do Regime Próprio para os ocupantes de cargo em comissão,
de cargo temporário e empregados públicos.
- O regime de previdência complementar (RPC) deve ser instituído no âmbito de cada ente
federativo (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), por lei ordinária de iniciativa do
respectivo Poder Executivo, para servidores públicos ocupantes de cargo efetivo (art. 40, § 14 da
CF/88).
No âmbito federal, a Lei 12.618/2021 instituiu o regime de previdência para os servidores públicos
titulares de cargo efetivo da União, suas autarquias e fundações, inclusive para os membros do
Poder Judiciário, do Ministério Público da União e do Tribunal de Contas da União.
- Na instituição do RPC, deve ser observado o limite máximo dos benefícios do RGPS para o valor
das aposentadorias e das pensões em RPPS (art. 40, § 14 da CF/88), sendo vedada a
complementação de aposentadorias de servidores públicos e de pensões por morte a seus
dependentes que não seja decorrente do RPC ou que não seja prevista em lei que extinga regime
próprio de previdência social (art. 37, § 15 da CF/88 – cuidado! Esta restrição não se aplica às
aposentadorias e pensões concedidas antes da EC 103/2019).
- O RPC deverá oferecer plano de benefícios somente na modalidade contribuição definida (art.
40, § 15 da CF/88).
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- O RPC deverá ser efetivado por intermédio de entidade fechada de previdência complementar
ou de entidade aberta de previdência complementar (art. 40, § 15 da CF/88).
- O RPC deverá observar as regras constitucionais que tratam regime de previdência privada, de
caráter complementar, organizado de forma autônoma em relação ao RGPS, de caráter facultativo
(art. 202 da CF/88).
- Para servidores que tiverem ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de
instituição do correspondente RPC: somente mediante prévia e expressa opção do servidor estará
ele sujeito ao RPC (art. 40, § 16 da CF/88).
Portanto, os que tiverem ingressado após a vigência do ato instituidor do regime já ingressam
automaticamente no RPC.
- Requisitos para aquisição da estabilidade do servidor público (art. 41, caput e § 4º da CF/88):
Nada obstante, caso o servidor estável tenha invalidada a sua demissão por sentença judicial,
será reintegrado ao cargo que ocupava (art. 41, § 2º da CF/88). A invalidação opera efeitos
retroativos (ex tunc). O eventual ocupante da vaga, se estável, será reconduzido ao cargo de
origem, sem direito à indenização, ou aproveitado em outro cargo, recebendo a remuneração
do outro cargo, ou então posto em disponibilidade, hipótese em que a remuneração será
proporcional ao tempo de serviço (art. 41, § 2º da CF/88).
48
Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 35ª edição. Editora Atlas.
41
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b) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa (art. 41, § 1º da
CF/88);
d) caso as despesa com pessoal do ente federado exceda os limites estabelecidos em lei
complementar e a adoção das seguintes medidas não tenha sido suficiente para assegurar o
cumprimento daqueles limites: (i) a redução em pelo menos vinte por cento das despesas com
cargos em comissão e funções de confiança e (ii) a exoneração dos servidores não estáveis (art.
169, §§ 3º e 4º da CF/88).
O servidor que perder o cargo nessa situação fará jus a indenização correspondente a um mês
de remuneração por ano de serviço (art. 169, § 5º da CF/88) e o cargo objeto da redução de
despesa com pessoal será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função
com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos (art. 169, § 6º da CF/88).
- Caso ocorra a extinção do cargo ou a declaração de sua desnecessidade, o servidor estável ficará
em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo (art. 41, § 3º da CF/88).
“Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem
inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade”49.
Militares
(art. 42 da CF/88)
49
STF – Súmula 21.
50
STF – Súmula 22.
42
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art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças
e 3º, todos da CF/88, cabendo a Armadas;
lei estadual específica dispor
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil
sobre as matérias do art. 142, §
permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c" da
3º, inciso X da CF/88, sendo as
CF/88 será transferido para a reserva, nos termos da lei;
patentes dos oficiais conferidas
pelos respectivos governadores; III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego
ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração
II – aos pensionistas dos
indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c" da CF/88,
militares dos Estados, do
ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer
Distrito Federal e dos Territórios
nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de
aplica-se o que for fixado em lei
serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo
específica do respectivo ente
depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a
estatal;
reserva, nos termos da lei;
III – aplica-se aos militares dos
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
Estados, do Distrito Federal e
dos Territórios o disposto no art. V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos
37, inciso XVI da CF/88, com políticos;
prevalência da atividade militar; VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato
IV – Compete à União organizar ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente,
e manter a polícia militar e o em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra;
corpo de bombeiros militar do VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de
Distrito Federal (art. 21, XIV da liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será
CF/88); submetido ao julgamento previsto no inciso anterior;
V - "Compete privativamente à VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX
União legislar sobre e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com
vencimentos dos membros das prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea "c", todos da CF/88;
polícias civil e militar e do corpo
de bombeiros militar do Distrito IX - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a
Federal"51. estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os
direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais
dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive
aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra.
51
STF - Súmula Vinculante 39.
43
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APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em prova,
considerando o histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no
conteúdo, na legislação e nos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais1.
Legalidade
Impessoalidade
Princípios da Administração
Pública Moralidade
(art. 37, caput)
Publicidade
Eficiência
livre associação
assegura-se sindical
(inciso VI)
Servidor Público
direito de greve
lei específica
(inciso VII)
1
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado assunto,
considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados a partir de
critérios objetivos ou minimamente razoáveis.
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Fixação ou alteração
lei específica
(inciso IX)
Teto remuneratório
(inciso XI)
Teto dos Poderes
(inciso XII)
Irredutibilidade de
subsídios
(inciso XV)
Cria
Administração autarquia Empresa
Lei pública,
Pública Indireta
específica sociedade Lei
(inciso XIX) Autoriza a áreas de
de complementar
criação atuação
economia definirá
mista e
fundação
Além disso, em função de ser(em) recente(s), a(s) seguinte(s) alteração(ões) legislativa(s) possui(em)
grandes chances de ser(em) cobrada(s):
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas
questões.
Considere que Afonso seja servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Goiás e tenha
sido eleito como deputado estadual. Nessa situação, se houver compatibilidade de horário entre
suas atividades no tribunal e sua atuação como deputado, Afonso pode acumular os dois cargos
e receber as vantagens e as remunerações a eles referentes.
Comentários
GABARITO: errado.
Afonso pretende exercer mandato eletivo estadual, assim, ficará afastado de seu cargo público,
conforme o art. 38, inciso I, da CF/1988:
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do atraso dos pagamentos que lhe são devidos pelos serviços adequadamente prestados,
deu vantagem pecuniária aos servidores responsáveis pela liquidação e pagamento da
despesa orçamentária empenhada, com o objetivo de acelerar os trâmites administrativos
necessários ao efetivo pagamento. Nessa situação hipotética, os servidores responderão por
ato de improbidade administrativa enriquecido ilicitamente, sujeitando-se à suspensão dos
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento
ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Comentários
Gabarito: CERTO
A questão versa sobre improbidade administrativa, tema trazido pela CF/88, art.37, §4º:
Art.37
(...)
c) Agente público que cometer ato de improbidade administrativa estará sujeito à cassação de
direitos políticos, à perda da função pública, à indisponibilidade dos bens e ao ressarcimento ao
erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
d) A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira não pode ser fixada
exclusivamente por subsídio constituído de parcela única.
e) Os cargos em comissão, que devem ser ocupados exclusivamente por servidores de carreira,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
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Comentários
Gabarito: “B”
a) Cuidado com a leitura rápida na hora da prova. O que a CF/88 veda é a acumulação
remunerada de cargos, empregos e funções e não a não remunerada.
CF/88, art.37,
CF/88, art.37,
Só uma observação. A CF/88 diz “ressalvados os casos especificados na legislação”, isso é, nem
sempre a licitação é obrigatória. Existem casos de licitação dispensada, previstos no art. 17 da
Lei nº 8.666/93, de licitação dispensável, previstos no art.24 do mesmo diploma, e de licitação
inexigível, previstos no art.25 também da LLC.
c) Não existe cassação de direitos políticos. Eles podem ser ou perdidos, ou suspensos, mas
nunca cassados, por vedação expressa da CF/88. Além disso, improbidade administrativa é
causa de suspensão.
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Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
CF/88, art.37,
d) A CF/88 permite que os servidores organizados em carreira sejam remunerados por meio de
subsídio.
CF/88, art.37
(...)
e) A banca misturou tudo (rs). As atribuições de direção, assessoria ou chefia podem ser
exercidas por meio de cargos em comissão ou de funções de confiança.
Os cargos em comissão podem ser ocupados por servidores de carreira e por aqueles
denominados “exclusivamente comissionados”, que não ocupam cargo efetivo. E a banca disse:
“Os cargos em comissão, que devem ser ocupados exclusivamente por servidores de carreira” e
isso não é verdade.
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Já, as funções de confiança somente poderão ser ocupadas por servidores ocupantes de cargo
efetivo.
CF/88, art.37,
Comentários
Gabarito: ERRADO
Art.37
(...)
Comentários
Gabarito: ERRADO
Art.37
51
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(...)
Nos exatos termos do art.37, não é possível a acumulação de 2 cargos de médico e com 1 de
professor.
Veja a questão que caiu no TRE-TO, dada como correta pela Cespe: “a aposentadoria do
servidor não impede a percepção de vencimento de emprego público efetivo com proventos da
inatividade se os cargos forem acumuláveis na atividade”.
Comentários
Gabarito: ERRADO
É errada toda e qualquer questão afirmando que estrangeiro não possa assumir cargo público no
país - veja o que diz o art.37, I, da CF/88, os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis
aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros,
na forma da lei.
Em âmbito federal, a Lei nº 8.112/90, em seu art. 5º, §3 º, trouxe a possibilidade de estrangeiro
ocupar cargo público dispondo que as universidades e instituições de pesquisa científica e
tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas
estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos daquele diploma.
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Comentários
Gabarito: ERRADO
Embora a questão seja de Defensor, cargo privativo para bacharel em direito, a trouxe para que
pudéssemos tratar sobre o assunto de mandato eletivo no curso do serviço público.
O tema é tratado pelo art.38 da CF/88.
Comentários
GABARITO: correto.
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Art. 37 (...)
Comentários
GABARITO: errado.
Art. 37 (...)
10. (CESPE/2011/TRE ES) Com relação à administração pública, julgue o item seguinte.
Comentários
GABARITO: errado.
Art. 37 (...)
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Alguns dos princípios que regem a administração pública direta e indireta de qualquer dos
poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, como, por exemplo, o da
legalidade e o da impessoalidade, estão expressamente previstos na CF, ao passo que outros,
como o da moralidade, constituem princípios implícitos.
Comentários
GABARITO: errado.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
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Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando
houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso
XI:
Letra B – incorreta. Não há na CF/88 menção à vedação quanto ao regime dos vínculos, e sim,
quanto à compatibilidade de horários para profissionais de saúde.
Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando
houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso
XI:
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Letra D – incorreta. A previsão constitucional expressa é exceção, mas existe, e consta no art. 37,
XVI, alíneas “a” a “c”, da CF/88, conforme citada na alternativa A.
Letra E – correta. É o que consta no art. 37, XVI, “c”, da CF/88. Vejamos:
Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando
houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso
XI: (...)
Gabarito: letra E.
13. (Cespe/2015/TRE-RS) Com relação aos direitos e garantias fundamentais, aos direitos sociais
e aos direitos políticos, julgue os itens.
Comentários
GABARITO: errado.
Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos
de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.
Comentários
Gabarito: “CERTO”
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Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos
efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente
federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
Gabarito: “ERRADO”
Os empregados regidos pela CLT, quando se aposentam, não precisam mais contribuir com o
regime geral de previdência social, exceto na hipótese de voltarem a trabalhar. Existe verdadeira
imunidade tributária sobre a aposentadoria.
Já para o servidor efetivo, aquele “cheio de privilégios” (rs), quando se aposenta, desde que
receba acima do teto do INSS, e mesmo que a vida inteira tenha contribuído sobre a totalidade
de sua remuneração, continua contribuindo para o regime próprio, conforme art. 40, § 18 da CF:
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c) O servidor público tem direito ao recebimento do décimo terceiro salário com o acréscimo de
um terço à remuneração normal.
e) Durante todo o tempo em que durar o trabalho no serviço público, o órgão responsável pelos
pagamentos deverá efetuar o recolhimento de FGTS do servidor.
Comentários
Gabarito: “A”
CF/88
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
Art.39, §3º:
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII,
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
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XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene
e segurança;
b) Não! Claro que não! A isonomia permite distinções para que a verdadeira igualdade seja
alcançada.
CF/88
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
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Art.39, §3º:
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII,
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
(...)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;
Art.39, § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º,
IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei
estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o
exigir.
d) Os agentes políticos são remunerados por meio de subsídio, que é uma parcela única sem
qualquer acréscimo. Leve este conceito para a prova e não fique indignado com a realidade, ok?
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Comentários
Gabarito: “B”
a) Para a aquisição da estabilidade, é necessário que o servidor seja aprovado por comissão
especial que atestará o seu desempenho.
Não! (rs) Mesmo depois de atingida a estabilidade, o servidor continuará sendo avaliado, e caso
sua avaliação periódica de desempenho não seja satisfatória, ele poderá perder o cargo público
(CF, art. 41, § 1º, III).
CF/88
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
Também é possível que o servidor estável perca seu cargo por excesso de despesas.
CF/88
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios não pode exceder os limites estabelecidos em lei
complementar.
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§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o
prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências:
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança;
b) A sentença judicial transitada em julgado é uma das formas de se perder o cargo público (CF,
art. 41, § 1º, I)
c) Decisão de primeira instância que ainda caiba recurso não é transitada em julgado. Transitar
em julgado é a martelada final do juiz.
d) Decisão de segunda instância que ainda caiba recurso não é transitada em julgado. Transitar
em julgado é a martelada final do juiz.
e) O servidor também poderá perder o cargo mediante processo administrativo, com direito ao
contraditório e à ampla defesa (CF, art. 41, § 1º, II).
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Comentários
Gabarito: “CERTO”
Tanto a função de confiança como o cargo em comissão só se prestam para a função de direção,
assessoria e chefia.
O cargo de confiança é para o servidor de carreira nas condições e porcentagens mínimas que a
lei atribuir e também para qualquer pessoa que atenda os requisitos disciplinados na lei, ainda
que nunca tenha prestado um concurso na vida. Esses, são chamados de exclusivamente
comissionados e seu vínculo com a Administração Pública é precário, já que não possuem
estabilidade alguma.
Comentários
Gabarito: “CERTO”
Exigir que o candidato possua título para não ser eliminado do certame fere o princípio da
razoabilidade e da impessoalidade, por isso, títulos somente devem servir para fins de
classificação e não para eliminação no concurso público.
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Limite de idade fixado, exclusivamente, no edital do concurso público não supre a exigência
constitucional de que o requisito seja estabelecido em lei.
Comentários
Gabarito: “CERTO”
No mundo dos concursos, é muito comum ouvirmos a frase “o edital é a lei do concurso”, não é
mesmo? Só que uma previsão existente no edital somente possui validade se antes estiver
disciplinada também em lei, sob ofensa ao princípio da legalidade.
Então, requisitos de idade mínima ou máxima, bem como a exigência de testes físicos e
psicotécnicos, antes de estarem previstos no edital, devem também estar disciplinados em lei.
a) Um assessor da PGM/BH que, após ocupar exclusivamente cargo em comissão por toda a sua
carreira, alcançar os requisitos necessários para se aposentar voluntariamente terá direito a
aposentadoria estatutária.
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b) A paridade plena entre servidores ativos e inativos constitui garantia constitucional, de forma
que quaisquer vantagens pecuniárias concedidas àqueles se estendem a estes.
Comentários
Gabarito: “D”
b) A paridade foi extinta com a promulgação da Emenda nº41/03, contudo, ainda que você não
soubesse desta informação, era só se lembrar da Súmula Vinculante nº 55: o direito ao auxílio-
alimentação não se estende aos servidores inativos.
Veja assertiva parecida que caiu em 2013, também errada: “a paridade plena entre servidores
ativos e inativos constitui garantia constitucional, de forma que quaisquer vantagens
pecuniárias concedidas aos servidores ativos estendem-se aos inativos”.
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publicidade possível”.
De acordo com o STF, o rol de serviços essenciais indicados na lei de greve dos trabalhadores
celetistas é exemplificativo. Logo, o Poder Judiciário pode ampliar as restrições ao direito de
greve dos servidores públicos em hipóteses não expressamente previstas na lei.
Comentários
Gabarito: “CERTO”
O objeto da questão foi debatido em relação a greve dos policiais civis. Sabemos que os
militares não podem fazer greve, contudo, pairava dúvida em relação aos civis:
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prestados de forma contínua a todos os cidadãos (CF, art. 9o, §1o), de outro.
Evidentemente, não se outorgaria ao legislador qualquer poder discricionário quanto
à edição, ou não, da lei disciplinadora do direito de greve. O legislador poderia
adotar um modelo mais ou menos rígido, mais ou menos restritivo do direito de greve
no âmbito do serviço público, mas não poderia deixar de reconhecer direito
previamente definido pelo texto da Constituição. Considerada a evolução
jurisprudencial do tema perante o STF, em sede do mandado de injunção, não se
pode atribuir amplamente ao legislador a última palavra acerca da concessão, ou não,
do direito de greve dos servidores públicos civis, sob pena de se esvaziar direito
fundamental positivado. Tal premissa, contudo, não impede que, futuramente, o
legislador infraconstitucional confira novos contornos acerca da adequada
configuração da disciplina desse direito constitucional. 4.2 Considerada a omissão
legislativa alegada na espécie, seria o caso de se acolher a pretensão, tão-somente no
sentido de que se aplique a Lei no 7.783/1989 enquanto a omissão não for
devidamente regulamentada por lei específica para os servidores públicos civis (CF,
art. 37, VII). 4.3 Em razão dos imperativos da continuidade dos serviços públicos,
contudo, não se pode afastar que, de acordo com as peculiaridades de cada caso
concreto e mediante solicitação de entidade ou órgão legítimo, seja facultado ao
tribunal competente impor a observância a regime de greve mais severo em razão de
tratar-se de "serviços ou atividades essenciais", nos termos do regime fixado pelos
arts. 9o a 11 da Lei no 7.783/1989. Isso ocorre porque não se pode deixar de cogitar
dos riscos decorrentes das possibilidades de que a regulação dos serviços públicos
que tenham características afins a esses "serviços ou atividades essenciais" seja menos
severa que a disciplina dispensada aos serviços privados ditos "essenciais". 4.4. O
sistema de judicialização do direito de greve dos servidores públicos civis está aberto
para que outras atividades sejam submetidas a idêntico regime. Pela complexidade e
variedade dos serviços públicos e atividades estratégicas típicas do Estado, há outros
serviços públicos, cuja essencialidade não está contemplada pelo rol dos arts. 9o a 11
da Lei no 7.783/1989. Para os fins desta decisão, a enunciação do regime fixado pelos
arts. 9o a 11 da Lei no 7.783/1989 é apenas exemplificativa (numerus apertus). (MI
670, Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR
MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 25/10/2007, DJe-206 DIVULG 30-10-2008
PUBLIC 31-10-2008 EMENT VOL-02339-01 PP-00001 RTJ VOL-00207-01 PP-00011)
a) da publicidade.
b) da legalidade.
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c) da boa-fé.
d) da segurança jurídica.
e) do interesse público.
Comentários
Letra C - correta. O princípio da boa-fé está diretamente ligado à moralidade e preceitua que os
agentes públicos atuem com ética, honestidade, probidade, boa-fé, decoro, lealdade, fidelidade
funcional.
A moralidade administrativa está ligada à ideia do “bom administrador” – aquele que atua não
somente com respeito aos preceitos vigentes, mas também à moral. É aplicável tanto aos
agentes públicos quanto aos particulares. Quando aplicado aos agentes públicos, significa que
eles devem exercer suas funções de forma ética e responsável, com o objetivo de atender ao
interesse público e não a interesses pessoais ou de terceiros. No âmbito dos particulares, o
princípio da boa-fé exige que eles ajam de forma honesta e transparente em todas as suas
relações comerciais e sociais.
Alternativa D – incorreta. O princípio da segurança jurídica visa garantir que os atos praticados
pelo poder público não violarão o direito adquirido, negócio jurídico perfeito ou a coisa julgada.
Gabarito: Letra C.
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b) princípio da legalidade
c) princípio da impessoalidade
d) princípio da moralidade
e) princípio da eficiência
Comentários
Letra E - correta. O princípio da eficiência impõe que a Administração exerça sua atividade com
presteza, perfeição, rendimento funcional, produtividade, qualidade, desburocratização, de
forma a obter o melhor resultado possível no atendimento do interesse público. Preceitua a
adequação dos meios empregados aos fins vislumbrados, a ponderação da relação
custo/benefício da ação.
A moralidade administrativa está ligada à ideia do “bom administrador” – aquele que atua não
somente com respeito aos preceitos vigentes, mas também à moral –, embora deva ser
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observada tanto pelos agentes públicos quanto pelo particular ao se relacionar com a
Administração.
Gabarito: Letra E.
25. (CEBRASPE/2022/PC-RO) A administração pode anular seus próprios atos quando eivados
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial. O princípio da administração pública apresentado
anteriormente, referente à Súmula n.º 473 do Supremo Tribunal Federal (STF), é o da
c) autotutela.
d) moralidade.
e) precaução.
Comentários
Letra C - correta. O princípio trazido pela Súmula nº 473 do STF, transcrita no enunciado, é o
princípio da autotutela, o qual permite que a administração pública reveja seus atos, anulando-os
ou revogando-os, independentemente da atuação do Poder Judiciário.
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Gabarito: Letra C.
Comentários
Gabarito: Letra A.
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São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto.
Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados
do conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar
melhor os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o
exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo
a facilitar a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
1. Nas licitações, conforme a CF, qual mecanismo a lei poderá permitir para que haja garantia
do cumprimento das obrigações?
2. Que consequências a CF prevê caso constatado ato de improbidade administrativa?
3. A responsabilidade civil do Estado alcança que pessoas?
4. Segundo a CF, quais órgãos e entidades podem ter sua autonomia ampliada mediante
contrato a ser firmado entre seus administradores e o poder público?
5. Quais são os princípios da Administração Pública expressamente previstos na CF?
6. Quais entes devem observam os princípios expressos da Administração Pública? Quais
Poderes?
7. O que dispõe o princípio da legalidade?
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1. Nas licitações, conforme a CF, qual mecanismo a lei poderá permitir para que haja garantia
do cumprimento das obrigações?
A lei poderá permitir exigências de qualificação técnica e econômica, desde que indispensáveis à
garantia do cumprimento das obrigações (CF, art. 37, XXI).
Suspensão dos direitos políticos, perda da função pública, indisponibilidade dos bens e
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal
cabível (CF, art. 37, § 4º).
4. Segundo a CF, quais órgãos e entidades podem ter sua autonomia ampliada mediante
contrato a ser firmado entre seus administradores e o poder público?
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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
Art. 5º (...)
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei;
Não, a legitimidade é mais abrangente que a legalidade, já que significa não somente agir
conforme o texto da lei, mas também obedecer aos demais princípios administrativos.
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O princípio da impessoalidade impõe que a ação da Administração deve estar voltada para a
atingir o objetivo previsto (expressamente ou virtualmente) em lei, o qual visará atender sempre
a uma finalidade: o interesse público.
Assim, o administrador não pode atuar para atender a objetivo diverso do estabelecido em lei –
que será sempre o interesse público –, ou de praticá-lo em benefício próprio ou de terceiros.
Sim, o princípio da impessoalidade pode ser compreendido sob o viés da vedação à promoção
pessoal de autoridade e servidores públicos conforme CF/88, art. 37, § 1º dispõe:
Art. 5º (...)
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Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
O princípio da moralidade preceitua que os agentes públicos atuem com ética, honestidade,
probidade, boa-fé, decoro, lealdade, fidelidade funcional.
A moralidade administrativa está ligada à ideia do “bom administrador” – aquele que atua não
somente com respeito aos preceitos vigentes, mas também à moral – e não se confunde com a
moralidade comum. Esta “é imposta ao homem para sua conduta externa;” aquela “é imposta
ao agente público para sua conduta interna, seguindo as exigências da instituição a que serve e
a finalidade de sua ação: o bem comum”1.
Além disso, a moralidade administrativa diz respeito a uma moral jurídica, consubstanciada em
regras de conduta extraídas da disciplina interior da Administração2. Ou seja, deve ser
compreendida de modo objetivo, independente da noção subjetiva do agente sobre o que é
certo ou errado em termos éticos – moral comum.
Embora tenha sido previsto na CF como um princípio autônomo, é possível entender a
moralidade administrativa como fator de legalidade. Nesse sentido, o TJSP já decidiu que “o
controle jurisdicional se restringe ao exame da legalidade do ato administrativo; mas por
legalidade ou legitimidade se entende não só a conformação do ato com a lei, como também
com a moral administrativa e com o interesse coletivo ”.3
A moralidade administrativa deve ser observada tanto pelos agentes públicos quanto pelo
particular ao se relacionar com a Administração.
16. É possível o controle da moralidade administrativa pelos cidadãos? Se sim, por meio de qual
instrumento?
1
Maurice Hauriou, Précis Elementaires de Droit Administratif, Paris, 1926, pp. 197 e ss apud Meirelles, 2014,
p. 92.
2
Meirelles, 2014, p. 92.
3
TJSP, RDA 89/134 apud Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 30. ed. São Paulo, Malheiros
Editores: 2005, p. 91.
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Sim, mediante o instrumento da ação popular, para que qualquer cidadão busque a anulação de
ato lesivo à moralidade administrativa – CF, art. 5º, inciso LXXIII:
Art. 5º (...)
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
O Ministério Público atua na defesa da moralidade administrativa mediante ação civil pública.
Embora a CF não fale expressamente em “moralidade administrativa” ao tratar de tal
instrumento (CF/88, art. 129, III – “São funções institucionais do Ministério Público: (...) promover
o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos”), a Lei Orgânica do Ministério Público
dispõe que incube ao Parquet “promover o inquérito civil e a ação civil pública, na forma da lei
(...) para a anulação ou declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio público ou à
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Impõe que a Administração confira a mais ampla divulgação de seus atos aos interessados
diretos e ao povo em geral, possibilitando-lhes, assim, controlar a conduta dos agentes
administrativos.
20. A transparência deve ser vista como regra ou exceção na Administração Pública? O sigilo da
informação ou restrição da publicidade são possíveis?
Art. 5º (...)
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
Também se alinha ao princípio da publicidade o disposto na CF, art. 5º, inciso LX:
Art. 5º (...)
Com base nesses dois dispositivos, verifica-se que a regra geral deve ser a transparência na
Administração Pública e, somente em situações excepcionais, a lei (necessariamente, não pode
ser ato infralegal) pode estabelecer situações em que o sigilo é justificável – quando
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado (CF/88, art. 5º, inciso XXXIII - já) ou
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem (CF, art. 5º, inciso LX).
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De acordo com Carvalho Filho4, o direito de petição, previsto na CF, art. 5º, inciso XXXIV, alínea
“a”, concretiza o mencionado princípio na medida em que, por meio das petições, os indivíduos
podem dirigir-se aos órgãos administrativos para formular qualquer tipo de postulação.
Por sua vez, o autor esclarece que as certidões (CF, art. 5º, inciso XXXIV, alínea “b”), expedidas
pela Administração, registram a verdade dos fatos administrativos, cuja publicidade permite aos
administrados a defesa de seus direitos ou o esclarecimento de certas situações.
Para fins de fixação, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:
Art. 5º (...)
Impõe que a Administração exerça sua atividade com presteza, perfeição, rendimento funcional,
produtividade, qualidade, desburocratização, de forma a obter o melhor resultado possível no
atendimento do interesse público. Preceitua a adequação dos meios empregados aos fins
vislumbrados, a ponderação da relação custo/benefício da ação.
O princípio da eficiência está relacionado ao modelo de administração pública gerencial e
alcança não somente os serviços públicos prestados diretamente à coletividade, mas também os
serviços administrativos internos da Administração.
4
Carvalho Filho, 2016, p. 27.
5
STF, SS 3.902 AgR segundo, rel. min. Ayres Britto, j. 9/6/2011, P, DJE de 3/10/2011; = RE 586.424 ED, rel.
min. Gilmar Mendes, j. 24-2-2015, 2ª T, DJE de 12-3-2015.
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Art. 37 (...)
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c) a determinação aos entes federados que mantenham escolas de governo para a formação e o
aperfeiçoamento dos servidores públicos, bem como a exigência de que estes participem de
cursos de aperfeiçoamento com condição de promoção na carreira, consoante art. 39, § 2º:
Art. 39 (...)
Art. 39 (...)
Art. 41 (...)
(...)
Art. 41 (...)
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a) controle externo – Poder Legislativo e tribunais de Contas (art. 70, caput e art. 71, caput);
b) sistema de controle interno (art. 70, caput e art. 74, inciso II);
c) controle judicial – José dos Santos Carvalho Filho entende que pode ocorrer desde que haja
comprovada ilegalidade6.
Para fins de fixação, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: (...)
27. O que são os princípios implícitos da Administração Pública? Eles possuem menos
relevância que os expressos no caput do art. 37 da CF?
6
Carvalho Filho, 2016, p. 33.
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Preceitua que o interesse público deve prevalecer sobre o privado sempre que houver conflito
entre eles nas relações verticais (relação entre Administração e administrado), com vistas ao
benefício da coletividade, respeitando-se sempre, por óbvio, os direitos e garantias individuais.
Como se manifesta precipuamente nas relações verticais, não incide diretamente quando a
Administração atua internamente (porque não há relação com administrado criando obrigações
ou restrições) ou na condição de agente econômico – porque nesse caso tal atuação é regida
eminentemente pelo direito privado, consoante CF, art. 173, § 1º, inciso II:
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
II - É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (...) recusar fé
aos documentos públicos.
Impõe que a Administração Pública tem o poder-dever de controlar seus próprios atos, inclusive
de ofício, e abrange o poder de anular, convalidar e revogar seus atos administrativos, podendo
envolver, portanto, aspectos tanto de legalidade quanto de mérito ato.
A autotutela está consagrada nas súmulas 473 e 346 do STF:
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Súmula 473:
A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
Súmula 346:
Não. O poder de tutela é caracterizado pela supervisão (controle de natureza finalística, também
chamado de “supervisão ministerial”) realizada pela administração direta sobre as entidades da
administração indireta. Já a autotutela preceitua que a Administração Pública tem o poder-dever
de controlar seus próprios atos.
Impõe que a prestação de serviços públicos (tanto a realizada diretamente pela Administração,
quanto a delegada a particulares) não deve ser interrompida ou paralisada, já que consubstancia
atividades essenciais à coletividade.
Desse princípio decorrem consequências importantes7:
a) a proibição relativa de greve nos serviços públicos, já que o art. 37, inciso VII da CF/88
determina que tal direito será exercido “nos termos e nos limites definidos em lei específica”.
Vejamos o teor do dispositivo, pra fins de fixação:
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica;
Inclusive, sobre o direito de greve dos servidores, convém destacar que o STF proferiu recente
entendimento no sentido de que os dias parados por greve de servidor devem ser descontados,
exceto se houver acordo de compensação8.
b) necessidade de institutos como a suplência, a delegação e a substituição para preencher
as funções públicas temporariamente vagas;
7
Di Pietro, 2016, p. 102.
8
STF, RE 693.456.
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Razoabilidade: impõe que haja compatibilidade entre os meios empregados e os fins visados na
atuação da Administração, a fim de evitar excessos, abusos, arbitrariedades.
Proporcionalidade: impõe que os agentes públicos não ultrapassem os limites adequados ao fim
pretendido, de maneira a evitar o excesso de poder. É fundamentado em três aspectos:
a) Adequação: compatibilidade entre o meio empregado e o fim vislumbrado;
b) Exigibilidade ou necessidade: a conduta deve ser necessária e a que cause menos prejuízo
aos indivíduos;
c) Proporcionalidade em sentido estrito: as vantagens a serem alcançadas devem superar as
desvantagens.
É importante destacar que razoabilidade e proporcionalidade são conceitos muito parecidos, de
modo que alguns autores entendem que esta seria uma das vertentes daquela.
Esses princípios são muito utilizados no controle da discricionariedade da Administração. Trata-
se de controle de legalidade ou legitimidade, não de mérito (o ato desarrazoado ou
desproporcional deve ser anulado, e não revogado).
O princípio da motivação preceitua que, como regra, todos os atos da Administração devem ser
justificados (tanto os vinculados como os discricionários), devendo ser expressamente indicados
os pressupostos de fato e de direito que o motivam, permitindo, assim, o controle da legalidade
e da moralidade de tais atos, bem como o exercício do contraditório e da ampla defesa por
parte do administrado.
Há casos em que a motivação do ato é dispensada. Ex: Exoneração de servidor ocupante de
cargo em comissão de livre nomeação e exoneração.
Embora não expressamente prevista no art. 37 da Carta Magna, a motivação é mencionada na
CF, art. 93, inciso X, que prescreve que
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Tal regra também é aplicável ao Ministério Público por força do art. 129, § 4º da CF:
O postulado da segurança jurídica impõe que a Administração deve buscar respeitar situações
consolidadas no tempo, as relações jurídicas constituídas, amparadas pela boa-fé do cidadão.
Exemplos de concretização do princípio da segurança jurídica:
a) Institutos da prescrição e decadência;
b) Súmula vinculante (CF, art. 103-A);
c) Proteção ao ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada (art. 5º, inciso XXXVI).
Para fins de fixação, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:
Art. 5º (...)
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada;
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A relação entre o agente investido em cargo público e o Estado é regida por um regime jurídico
estatutário definido em lei. Já no caso do agente ocupante de emprego público, tal relação é
estabelecida em contrato e regida pela CLT.
Além disso, cargos públicos integram a estrutura de órgãos e entidades de direito público,
enquanto os empregos públicos são mais comuns nas entidades administrativas de direito
privado.
37. Considerando que o empregado público possui vínculo contratual com a entidade,
regido pela CLT, pode-se dizer que o regime jurídico dos empregados públicos é
integralmente privado?
Não, o regime jurídico dos empregados públicos é híbrido, em razão de se submeterem a certas
normas de direito público, como, por exemplo, a exigência de aprovação prévia em concurso
público para que ocorra a investidura no emprego público, nos termos do inciso II do art. 37 da
CF/88:
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Por sua vez, as funções temporárias são aquelas exercidas por servidores contratados por tempo
determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público,
consoante inciso IX do art. 37 da CF:
São cargos públicos cujo ingresso/saída do agente se dá pela livre nomeação/exoneração por
parte do superior (ato discricionário), não sendo necessário que haja prévia aprovação em
concurso público para que ocorra o ingresso, ou que sejam observados o contraditório e a ampla
defesa para a saída.
Assim como nas funções de confiança, os cargos em comissão são destinados ao desempenho
de atribuições de direção, chefia e assessoramento, nos termos do inciso V do art. 37 da CF/88
(já transcrito na resposta da questão anterior).
Por outro lado, em contraposição às funções de confiança, que só podem ser exercidas por
servidores ocupantes de cargo efetivo, os cargos em comissão podem ser exercidos por
qualquer pessoa, embora o próprio inciso V do art. 37 da CF/88 estabeleça que tais cargos
deverão ser exercidos por servidores de carreira em casos, condições e percentuais mínimos
estabelecidos em lei.
Por fim, convém destacar que o exercício de cargo em comissão, unicamente, não confere
estabilidade ou regime especial de previdência ao seu ocupante, ao contrário dos agentes que
exercem cargos de provimento efetivo, nos termos da CF, arts. 40, caput e 41, caput:
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos
efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente
federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
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Como regra, não, a não ser que reste demonstrado que a nomeação ocorreu exclusivamente em
razão do parentesco, não possuindo, o nomeado, a devida qualificação para o exercício do
cargo.
Para fins de memorização, vejamos o teor da súmula:
41. Qual o instrumento por meio do qual são criados (e extintos) os cargos, empregos e
funções públicas?
Regra geral, por meio de lei, não valendo tal regra para os seguintes casos:
a) criação de funções temporárias;
b) cargos pertencentes aos serviços da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal – nesses
casos, a criação/extinção de cargos é realizada por resolução do respectivo órgão (CF, arts. 51,
inciso IV e 52, inciso XIII), conforme a seguir:
(...)
(...)
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c) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos – nesse caso, a extinção pode ocorrer
mediante decreto, de competência do Presidente da República, delegável aos Ministros de
Estado e ao Advogado-Geral da União (CF, art. 84, inciso VI, “b” e parágrafo único):
(...)
(...)
(...)
(...)
II - disponham sobre:
b) do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e dos Tribunais de Justiça, conforme
alínea “b” do inciso II do art. 96 da CF:
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(...)
(...)
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no
Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional,
exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.
...
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Considere que Afonso seja servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Goiás e tenha
sido eleito como deputado estadual. Nessa situação, se houver compatibilidade de horário entre
suas atividades no tribunal e sua atuação como deputado, Afonso pode acumular os dois cargos
e receber as vantagens e as remunerações a eles referentes.
c) Agente público que cometer ato de improbidade administrativa estará sujeito à cassação de
direitos políticos, à perda da função pública, à indisponibilidade dos bens e ao ressarcimento ao
erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
d) A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira não pode ser fixada
exclusivamente por subsídio constituído de parcela única.
e) Os cargos em comissão, que devem ser ocupados exclusivamente por servidores de carreira,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
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10. (CESPE/2011/TRE ES) Com relação à administração pública, julgue o item seguinte.
Alguns dos princípios que regem a administração pública direta e indireta de qualquer dos
poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, como, por exemplo, o da
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13. (Cespe/2015/TRE-RS) Com relação aos direitos e garantias fundamentais, aos direitos sociais
e aos direitos políticos, julgue os itens.
servidores.
c) O servidor público tem direito ao recebimento do décimo terceiro salário com o acréscimo de
um terço à remuneração normal.
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e) Durante todo o tempo em que durar o trabalho no serviço público, o órgão responsável pelos
pagamentos deverá efetuar o recolhimento de FGTS do servidor.
Limite de idade fixado, exclusivamente, no edital do concurso público não supre a exigência
constitucional de que o requisito seja estabelecido em lei.
a) Um assessor da PGM/BH que, após ocupar exclusivamente cargo em comissão por toda a sua
carreira, alcançar os requisitos necessários para se aposentar voluntariamente terá direito a
aposentadoria estatutária.
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b) A paridade plena entre servidores ativos e inativos constitui garantia constitucional, de forma
que quaisquer vantagens pecuniárias concedidas àqueles se estendem a estes.
De acordo com o STF, o rol de serviços essenciais indicados na lei de greve dos trabalhadores
celetistas é exemplificativo. Logo, o Poder Judiciário pode ampliar as restrições ao direito de
greve dos servidores públicos em hipóteses não expressamente previstas na lei.
a) da publicidade.
b) da legalidade.
c) da boa-fé.
d) da segurança jurídica.
e) do interesse público.
b) princípio da legalidade
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c) princípio da impessoalidade
d) princípio da moralidade
e) princípio da eficiência
25. (CEBRASPE/2022/PC-RO) A administração pode anular seus próprios atos quando eivados
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial. O princípio da administração pública apresentado
anteriormente, referente à Súmula n.º 473 do Supremo Tribunal Federal (STF), é o da
c) autotutela.
d) moralidade.
e) precaução.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Autor:
Tulio Lages
28 de Janeiro de 2023
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Índice
1) Simulado - Administração Pública - CE
..............................................................................................................................................................................................3
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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1
INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Administração Pública
Pronto para testar seu conhecimento?!
QUESTÕES INÉDITAS
2) A possibilidade da perda do cargo, por parte do servidor público, na hipótese de avaliação periódica
insatisfatória de desempenho e a previsão da remuneração de determinadas categorias de servidores
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória são exemplos da
aplicação do princípio da eficiência na Administração Pública.
3) O princípio da impessoalidade deve ser respeitado pela Administração Pública, a qual deve guiar seus
atos sempre com a finalidade de atender o interesse público, rechaçando a promoção pessoal dos seus
gestores.
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4) Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe. Tal instrumento, no entanto, não pode ser utilizado para
efetuar o controle da moralidade administrativa.
5) O princípio da publicidade na Administração Pública pode ser excepcionado mediante ato do Poder
executivo na hipótese em que o sigilo for imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
6) Não é possível proibir o nepotismo na Administração Pública devido à omissão do legislador em editar
lei em sentido formal para coibir a prática.
7) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública,
de sociedade de economia mista e de fundação, bem como, neste último caso, a definição das áreas de
sua atuação.
8) Lei deverá estabelecer os prazos prescricionais para ações de ressarcimento relativas a ilícitos que
causem prejuízo ao erário, praticados ou não por servidores públicos.
9) Nos concursos públicos, caso haja previsão legal, é válida a previsão editalícia de realização de exame
psicotécnico.
10) Nas relações dentre o empregado público com vínculo contratual regido pela CLT e a respectiva
entidade pública contratante, aplica-se exclusivamente o regime jurídico privado.
11) O servidor público civil que acumule licitamente o exercício de dois cargos públicos não poderá receber
remuneração total superior ao subsídio dos ministros do STF.
12) O servidor público civil não poderá ter a base de cálculo de suas vantagens indexada pelo salário-
mínimo, salvo casos expressos na Carta Magna.
13) O servidor público civil não poderá receber verbas indenizatórias que extrapolem o valor do subsídio
de Ministro do Supremo Tribunal Federal.
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14) O servidor público civil investido no cargo de prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,
recebendo a remuneração do cargo político ocupado.
15) O servidor público civil possui direito à greve, que será exercido nos termos e nos limites definidos na
Lei Maior.
16) A Constituição Federal de 1988 não autoriza a concessão de reajustes aos servidores públicos
ocupantes de cargo efetivo por meio de negociação coletiva.
17) A Constituição Federal de 1988 veda o acesso a cargos públicos efetivos por estrangeiros.
18) A Constituição Federal de 1988 veda a contratação de pessoal por tempo determinado.
19) A Constituição Federal de 1988 não autoriza a criação de autarquia por lei específica.
20) A Constituição Federal de 1988 não autoriza a precedência da administração fazendária e dos seus
servidores fiscais sobre os demais setores administrativos.
21) A investidura em cargo público efetivo ou em comissão depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos.
22) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por mais dois
anos.
23) Não é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
24) O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
25) Para aquisição da estabilidade, é indispensável a avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade.
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27) O servidor público civil terá sua remuneração fixada ou alterada apenas por lei específica.
28) O servidor público civil não poderá receber verbas indenizatórias que extrapolem o valor do subsídio
de Ministro do Supremo Tribunal Federal.
29) O servidor público civil investido no cargo de prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,
recebendo a remuneração do cargo político ocupado.
30) O servidor público civil possui direito à greve, que será exercido nos termos e nos limites definidos na
Lei Maior.
32) As funções de confiança na administração pública deverão ser ocupadas por servidor público
de cargo efetivo e destinam-se a cargos de direção, chefia e assessoramento.
33) Em virtude da separação dos Poderes, os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder
Judiciário poderão ser fixados em valores superiores ou inferiores aos pagos pelo Poder Executivo.
34) Os critérios de admissão de pessoas portadores de deficiência não são definidos de forma discricionária
pelo administrador público, uma vez que tais critérios deverão ser definidos por lei.
36) O subsídio e os vencimentos dos cargos e empregos públicos são irredutíveis contudo, a forma de
cálculo dos vencimentos poderá ser modificada.
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37) A proibição de acumulação de cargos, empregos e funções públicas abrange toda a Administração
Pública, todas as esferas de governo e todos os Poderes.
38) É plenamente possível que uma pessoa acumule os proventos de aposentadoria do RPPS com a
remuneração de cargo em comissão.
39) A aplicação do teto constitucional à soma das remunerações dos cargos acumulados representa
violação à irredutibilidade de vencimentos, ao princípio da estabilidade e ao princípio da igualdade.
40) O texto constitucional prevê outras hipóteses de acumulação de cargos além das dispostas em seu
artigo 37.
41) É vedada a cumulação remunerada de cargos públicos e atividades privadas, salvo nas hipóteses de
acumulação de cargos dispostas no texto constitucional.
42) O servidor público titular de cargo efetivo será readaptado em cargo cujas atribuições e
responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido, percebendo a remuneração do
cargo de destino.
43) Os Estados e o Distrito Federal poderão optar por um teto facultativo, sendo este o subsídio dos
desembargadores do Tribunal de Justiça, sendo fixado como limite a quantia de até 90,25% do subsídio
dos Ministros do STF.
44) A aposentadoria será concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo,
emprego ou função pública e acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de
contribuição, sendo que para o computo do período deve-se excluir o período de tempo em Regime Geral
de Previdência Social.
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47) Maria Joaquina é servidora pública efetiva e nas últimas eleições foi eleita para o mandato de
Deputada Estadual no Mato Grosso do Sul. Uma vez que deseja assumir o mandato legislativo, Maria
deverá se afastar de seu cargo público efetivo.
48) Ana Maria é titular de cargo efetivo na Administração Indireta fundacional e foi eleita vereadora do
Município de Belford Roxo. Ana Maria não possui compatibilidade de horários, razão pela qual deverá se
==5617c==
afastar de seu cargo público efetivo caso deseje exercer seu mandato legislativo.
49) Lucas é titular de cargo comissionado de livre provimento e exoneração na Administração Direta
Federal e foi eleito Prefeito do Município de Goianira. Neste caso, Lucas poderá acumular seus cargos se
existir compatibilidade de horários.
50) São garantidos ao servidor público investido em cargo público o direito a salário, nunca inferior ao
mínimo, para os que percebem remuneração variável, a duração do trabalho normal não superior a oito
horas diárias e quarenta e quatro semanais e a licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário,
com a duração de cento e vinte dias.
51) Segundo o Supremo Tribunal Federal, enquanto não for editada lei específica para disciplinar o direito
de greve do servidor público, deve ser aplicado ao setor público, no que couber, da lei de greve vigente no
setor privado.
52) Depende de lei específica a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço público.
53) Ao servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão, aplica-se o regime geral de previdência
social.
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54) São condições para a estabilidade do servidor público três anos de efetivo exercício em cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público e a aprovação em avaliação especial de desempenho
realizada por comissão instituída para essa finalidade.
55) É assegurado aos servidores públicos titulares de cargos efetivos regime de previdência de caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição oriunda de três fontes, quais sejam, do respectivo ente
público, dos servidores ativos e dos pensionistas.
56) A Constituição Federal veda a possibilidade de percepção de mais de uma aposentadoria à conta do
regime de previdência dos servidores públicos.
57) O regime de previdência complementar dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios será instituído por lei de iniciativa do respectivo poder legislativo de
cada ente estatal.
58) A aposentadoria compulsória dos servidores públicos, inclusive dos magistrados e membros do
Ministério Público, ocorre aos setenta anos de idade.
59) Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre
aposentadoria especial, até a edição de lei complementar específica.
60) Os ocupantes de empregos públicos estão sujeitos ao Regime Geral de Previdência Social.
61) Os ocupantes exclusivamente de cargos em comissão estão sujeitos ao Regime Geral de Previdência
Social.
62) Os ocupantes de cargos efetivos estão sujeitos ao Regime Próprio de Previdência Social.
63) Os ocupantes de funções temporárias estão sujeitos ao Regime Geral de Previdência Social.
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64) Os ocupantes de mandatos eletivos, assim como os ocupantes de cargos efetivos, estão sujeitos ao
Regime Próprio de Previdência Social.
65) As regras de idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com
deficiência poderão ser estabelecidas por lei ordinária do respectivo ente federativo.
66) Os agentes penitenciários, agentes socioeducativos ou policiais poderão ter suas regras de idade e
tempo de contribuição diferenciados por meio de lei ordinária do respectivo ente federativo.
67) As regras de idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas
atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à
saúde, ou associação desses agentes, possuem vedação à caracterização por categoria profissional ou
ocupação.
68) Os ocupantes de cargo de professor terão idade mínima reduzida em 10 (dez) anos em relação às idades
decorrentes da aplicação da regra geral prevista para a esfera federal.
69) É vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime próprio de previdência social,
ainda que se trate de cargos acumuláveis previstos na Constituição Federal.
70) É vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social pelos entes federados.
71) Nos casos em que o ente federado já possua Regime Próprio de Previdência Social anterior à Reforma
da Previdência, ficará a cargo do respectivo ente estabelecer, por meio de Lei complementar própria, as
normas gerais de organização, funcionamento e responsabilidade de seus regimes previdenciários.
72) É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social por poder do ente federativo,
o que abrangerá seus respectivos órgãos e entidades autárquicas e fundacionais.
73) Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime próprio
de todos os servidores, independentemente do valor do benefício.
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74) O regime de previdência complementar para servidores ocupantes de cargo efetivo deverá ser
instituído pelos entes federados e possuí como limite máximo o valor dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.
75) João é servidor público estadual de cargo efetivo, completou as exigências para a aposentadoria
voluntária e pretende continuar trabalhando, por isso pretende solicitar o abono de permanência.
Preocupado com as implicações da Reforma da Previdência no abono de permanência, João procurou o
advogado Matheus e este respondeu corretamente que o abono de permanência poderá ser concedido à
João, mas terá como teto o valor da contribuição previdenciária do servidor.
76) A idade mínima para aposentadoria no âmbito federal é de 62 anos para as mulheres e 65 anos para
os homens.
77) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios já não seguem mais a idade mínima estabelecida pelo
âmbito da União, uma vez que atualmente possuem autonomia para estabelecerem a idade mínima para
aposentadoria mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas.
78) Embora não exista mais limite mínimo aos proventos de aposentadoria do Regime Próprio de
Previdência Social, o mesmo não pode ser dito sobre o limite máximo, que, atualmente, encontra teto nos
valores máximos estabelecidos para o Regime Geral de Previdência Social.
79) As regras de cálculo dos proventos de aposentadoria do servidor público em cargo efetivo serão
disciplinadas em lei do seu respectivo ente federativo.
80) A Constituição Federal veda a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de
benefícios do regime próprio de previdência social, excetuando-se apenas os casos dispostos no texto
constitucional como sujeitos a lei complementar do ente federado.
81) Será considerado estável o servidor público que após três anos de efetivo exercício em cargo de
provimento efetivo via concurso público, venha a ser aprovado na avaliação especial de desempenho.
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82) Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, tendo sido extinto o cargo que ele
ocupava ou declarada a sua desnecessidade, referido servidor ficará em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
83) A data da nomeação ou da posse do servidor é irrelevante para contagem do prazo de aquisição de
estabilidade, uma vez que o termo inicial de contagem se dá com a entrada em exercício.
84) A simples circunstância de o servidor público estar em estágio probatório não é justificativa para
demissão com fundamento na sua participação em movimento grevista.
85) O servidor público poderá perder seu cargo mediante processo administrativo que lhe seja assegurada
ampla defesa, contudo tal punição não poderá ocorrer durante o período em que o servidor se encontre
em gozo de licença especial.
86) A vedação absoluta ao direito de greve dos integrantes das carreiras da segurança pública é compatível
com o princípio da isonomia.
88) É expressamente vedado aos militares da ativa tomar posse em cargo público civil permanente ou
temporário.
89) As normas constitucionais pertinentes às vantagens concedidas aos militares das Forças Armadas não
se aplicam aos militares dos estados, do Distrito Federal e dos territórios.
90) As condições para transferência dos militares nos Estados para a inatividade serão reguladas mediante
lei nacional.
91) A União poderá conceder, como incentivo regional, isenções, reduções ou diferimento temporário de
tributos federais, estaduais e municipais devidos por pessoas físicas.
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92) Nas áreas dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas
a secas periódicas, a União incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com todos os
proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de irrigação.
93) Para efeitos legislativos, os Estados poderão articular suas ações em um mesmo complexo
geoeconômico e social.
94) Lei ordinária disporá sobre as condições para integração de regiões em desenvolvimento e sobre a
composição dos organismos regionais que executarão os planos regionais, integrantes dos planos
nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes.
95) A composição dos organismos regionais que executarão os planos regionais, integrantes dos planos
nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes, será fixada em lei
complementar.
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GABARITO
1. E 2. E 3. C 4. E 5. E
6. E 7. E 8. E 9. C 10. E
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QUESTÕES COMENTADAS
Comentários
De acordo com o art. 37, § 6°, da CF/88, a responsabilidade objetiva independe da comprovação de dolo ou
culpa do agente. Tais requisitos só são necessários para possibilitar o direito de regresso do Estado contra o
agente responsável pelo dano.
Art. 37, § 6° As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Gabarito: Errado.
2) A possibilidade da perda do cargo, por parte do servidor público, na hipótese de avaliação periódica
insatisfatória de desempenho e a previsão da remuneração de determinadas categorias de servidores
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória são exemplos da
aplicação do princípio da eficiência na Administração Pública.
Comentários
De acordo com o art. 41, § 1º, inciso III, da CF/88, o princípio da eficiência dá guarida à possibilidade de perda
do cargo do servidor estável por insuficiência de desempenho aferido em avaliação periódica.
(...)
Entretanto, o estabelecimento de remuneração por subsídio não guarda relação direta com o princípio da
eficiência, pois garante remuneração fixa ao servidor, desvinculada da sua produtividade, o que torna a
assertiva incorreta.
Gabarito: Errado.
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3) O princípio da impessoalidade deve ser respeitado pela Administração Pública, a qual deve guiar seus
atos sempre com a finalidade de atender o interesse público, rechaçando a promoção pessoal dos seus
gestores.
Comentários
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
§ 1° A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Gabarito: Certo.
4) Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe. Tal instrumento, no entanto, não pode ser utilizado para
efetuar o controle da moralidade administrativa.
Comentários
De acordo com o art. 5º, inciso LXXIII, da CF/88, é possível o controle da moralidade administrativa mediante
o instrumento da ação popular.
Art. 5°, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus de sucumbência;
Gabarito: Errado.
5) O princípio da publicidade na Administração Pública pode ser excepcionado mediante ato do Poder
executivo na hipótese em que o sigilo for imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
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Inicialmente, cumpre esclarecer que se alinha ao princípio da publicidade o direito fundamental à informação
previsto no art. 5º, inciso XXXIII, da CF/88:
Art. 5°, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e
do Estado;
Também se alinha ao princípio da publicidade, disposto no art. 5º, inciso LX, da CF/88:
Art. 5°, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem;
Com base nesses dois dispositivos, verifica-se que a regra geral deve ser a transparência na Administração
Pública e, somente em situações excepcionais, a lei (necessariamente, não pode ser ato infralegal) pode
estabelecer situações em que o sigilo é justificável, quando imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado, de acordo com o art. 5º, inciso XXXIII, da CF/88, ou quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem, conforme o art. 5º, inciso LX, da CF/88.
Gabarito: Errado.
6) Não é possível proibir o nepotismo na Administração Pública devido à omissão do legislador em editar
lei em sentido formal para coibir a prática.
Comentários
De acordo com a Súmula Vinculante nº 13 do STF, a vedação ao nepotismo decorre diretamente de princípios
constitucionais, não sendo necessária a edição de lei formal para coibir tal prática.
Súmula Vinculante n.º 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor
da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola
a Constituição Federal;
Gabarito: Errado.
7) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública,
de sociedade de economia mista e de fundação, bem como, neste último caso, a definição das áreas de
sua atuação.
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De acordo com o art. 37, inciso XIX, da CF/88, a definição das áreas de atuação das fundações deve ser
editada lei complementar.
Art. 37, XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
Gabarito: Errado.
8) Lei deverá estabelecer os prazos prescricionais para ações de ressarcimento relativas a ilícitos que
causem prejuízo ao erário, praticados ou não por servidores públicos.
Comentários
De acordo com o art. 37, § 5°, da CF/88, as ações de ressarcimento não estão inclusas no objeto da lei que
estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não.
Art. 37, § 5° A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer
agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.
Gabarito: Errado.
9) Nos concursos públicos, caso haja previsão legal, é válida a previsão editalícia de realização de exame
psicotécnico.
Comentários
De acordo com a Súmula Vinculante nº 44, é necessário que haja previsão em lei, não bastando apenas
previsão em edital.
Súmula Vinculante n.º 44: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de
candidato a cargo público.
Gabarito: Certo.
10) Nas relações dentre o empregado público com vínculo contratual regido pela CLT e a respectiva
entidade pública contratante, aplica-se exclusivamente o regime jurídico privado.
Comentários
De acordo com o art. 37, inciso II, da CF/88, o regime jurídico dos empregados públicos é híbrido, em razão
de se submeterem a certas normas de direito público, como, por exemplo, a exigência de aprovação prévia
em concurso público para que ocorra a investidura no emprego público.
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Art. 37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração;
Gabarito: Errado.
11) O servidor público civil que acumule licitamente o exercício de dois cargos públicos não poderá receber
remuneração total superior ao subsídio dos ministros do STF.
Comentários
De acordo com recente entendimento do STF, o teto remuneratório deve ser considerado para cada um dos
vínculos:
Gabarito: Errado.
12) O servidor público civil não poderá ter a base de cálculo de suas vantagens indexada pelo salário-
mínimo, salvo casos expressos na Carta Magna.
Comentários
Súmula Vinculante n.º 4: Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário-mínimo não pode
ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado,
nem ser substituído por decisão judicial.
Gabarito: Certo.
13) O servidor público civil não poderá receber verbas indenizatórias que extrapolem o valor do subsídio
de Ministro do Supremo Tribunal Federal.
Comentários
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STF – REs 602043 e 612975.
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De acordo com o art. 37, § 11, da CF/88, as verbas indenizatórias não são computadas para efeitos de
observação do teto constitucional.
Art. 37, § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso
XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
Gabarito: Errado.
14) O servidor público civil investido no cargo de prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,
recebendo a remuneração do cargo político ocupado.
Comentários
De acordo com o art. 38, inciso II, da CF/88, os servidores públicos civis investidos no mandato de prefeito
serão afastados do cargo, mas poderão optar por qual remuneração receberão.
Gabarito: Errado.
15) O servidor público civil possui direito à greve, que será exercido nos termos e nos limites definidos na
Lei Maior.
Comentários
De acordo com o art. 37, inciso VII, da CF/88, os termos e os limites no direito de greve serão definidos em
lei específica, ou seja, não são definidos pela CF/88.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
Gabarito: Errado.
16) A Constituição Federal de 1988 não autoriza a concessão de reajustes aos servidores públicos
ocupantes de cargo efetivo por meio de negociação coletiva.
Comentários
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De acordo com o art. 37, inciso X, da CF/88, a concessão de reajustes para os servidores públicos ocupantes
de cargo efetivo depende de previsão em lei específica, não se admitindo a fixação de remuneração ou
subsídio por negociação coletiva.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
Gabarito: Certo.
17) A Constituição Federal de 1988 veda o acesso a cargos públicos efetivos por estrangeiros.
Comentários
Conforme o art. 37, inciso I, da CF/88, o acesso a cargos públicos efetivos, bem como a empregos e funções
públicas são acessíveis não só a brasileiros, como aos estrangeiros, na forma da lei.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
Gabarito: Errado.
18) A Constituição Federal de 1988 veda a contratação de pessoal por tempo determinado.
Comentários
A CF/88, no art. 37, inciso IX, autoriza o estabelecimento, por lei, de hipóteses de contratação de pessoal por
tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Uma dessas
hipóteses é a contratação temporária de agentes para realização do censo.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
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Gabarito: Errado.
19) A Constituição Federal de 1988 não autoriza a criação de autarquia por lei específica.
Comentários
Conforme o art. 37, inciso XIX, da CF/88, a criação de autarquia é feita por lei específica.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação;
Gabarito: Errado.
20) A Constituição Federal de 1988 não autoriza a precedência da administração fazendária e dos seus
servidores fiscais sobre os demais setores administrativos.
Comentários
A CF/88, no art. 37, inciso XVIII, preconiza que a administração fazendária e os seus servidores fiscais terão
precedência sobre os demais setores administrativos, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, na
forma da lei.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
Gabarito: Errado.
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21) A investidura em cargo público efetivo ou em comissão depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos.
Comentários
De acordo com o art. 37, inciso II, da CF/88, o ingresso em cargo em comissão não exige a prévia aprovação
em concurso público de provas ou provas e títulos.
Art. 37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração;
Gabarito: Errado.
22) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por mais dois
anos.
Comentários
De acordo com o art. 37, inciso III, da CF/88, a renovação do prazo de validade do concurso público será pelo
mesmo prazo previsto inicialmente, isto é, não será, necessariamente, de 2 anos.
Art. 37, III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período;
Gabarito: Errado.
23) Não é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
Comentários
A CF/88, em seu art. 37, inciso VI, garante ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
Art. 37, VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
Gabarito: Errado.
24) O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
Comentários
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Conforme o art. 41, §1º, da CF/88, além de sentença judicial transitada em julgado, o servidor estável pode
perder o cargo mediante processo administrativo em que seja observado o direito à ampla defesa e mediante
procedimento de avaliação periódica de desempenho, também assegurada a ampla defesa.
Gabarito: Errado.
25) Para aquisição da estabilidade, é indispensável a avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade.
Comentários
Conforme o art. 41, §4º, da CF/88, a aquisição de estabilidade no serviço público realmente exige a realização
de avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Art. 41, § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial
de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Gabarito: Certo.
Comentários
A rigor, o que a CF/88 veda é a acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções públicas. Por outro
lado, a própria CF/88, no art. 37, inciso XVI, prevê hipótese de exceção à proibição de acumulação
remunerada de cargos públicos, o que torna a assertiva incorreta.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
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Gabarito: Errado.
27) O servidor público civil terá sua remuneração fixada ou alterada apenas por lei específica.
Comentários
A CF/88, no art. 37, inciso X, exige que a remuneração dos servidores públicos civis seja fixada ou alterada
por lei específica.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
Gabarito: Certo.
28) O servidor público civil não poderá receber verbas indenizatórias que extrapolem o valor do subsídio
de Ministro do Supremo Tribunal Federal.
Comentários
As verbas indenizatórias não são computadas, para efeitos de observação do teto constitucional, que é o
valor do subsídio de Ministro do STF. Isso porque a natureza indenizatória da parcela faz com que não exista
acréscimo patrimonial, mas mera restituição de uma situação que já existia, como no caso de pagamento de
despesas que o servidor teve com combustível particular utilizado na prestação de serviço público.
Gabarito: Errado.
29) O servidor público civil investido no cargo de prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,
recebendo a remuneração do cargo político ocupado.
Comentários
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De acordo com o art. 38, inciso II, da CF/88, os servidores públicos civis investidos no mandato de prefeito
serão afastados do cargo, mas poderão optar por qual remuneração receberão.
Gabarito: Errado.
30) O servidor público civil possui direito à greve, que será exercido nos termos e nos limites definidos na
Lei Maior.
Comentários
A Constituição Federal de 1988 não estabelece os termos e os limites do direito de greve dos servidores
públicos, pois essa definição deve ser feita por lei específica, conforme o art. 37, inciso VII, da CF/88.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
Gabarito: Errado.
Comentários
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Logo, os princípios expressos no art. 37, caput, da CF/1988, o famoso LIMPE (LEGALIDADE,
IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E EFICIÊNCIA), são aplicáveis a todas as entidades estatais,
sejam elas pessoas jurídicas de direito público ou privado, integrantes da Administração Pública Direta ou
Indireta, não importando o Poder ao qual o ente público está vinculado (Executivo, Legislativo ou Judiciário)
ou a qual esfera (federal, estadual, distrital ou municipal).
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Registramos que esses princípios são aplicáveis, também, ao Ministério Público, que não integra nenhum
dos Poderes da República.
Gabarito: Errado.
32) As funções de confiança na administração pública deverão ser ocupadas por servidor público
de cargo efetivo e destinam-se a cargos de direção, chefia e assessoramento.
Comentários
A assertiva está de acordo com o art. 37, inciso V, da CF/88, uma vez que as funções de confiança realmente
são privativas de servidores ocupantes de cargo efetivo.
Vale lembrar que tanto os cargos em comissão quanto as funções de confiança serão destinados apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento, tal como afirma a assertiva.
Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção,
chefia e assessoramento;
Funções de confiança
•Exclusiva de servidores ocupantes de cargo efetivo.
•Apenas atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Cargos em comissão
•Pode ser preenchidos sem concurso público.
•Lei estabelece % mínimo a ser preenchido por servidores de
carreira.
•Apenas atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Gabarito: Certo.
33) Em virtude da separação dos Poderes, os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder
Judiciário poderão ser fixados em valores superiores ou inferiores aos pagos pelo Poder Executivo.
Comentários
O texto constitucional estipula o vencimento pago aos servidores do Poder Executivo como limite aos valores
pagos pelos outros Poderes a seus servidores em cargos com atribuições semelhantes.
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Art. 37, XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão
ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
Gabarito: Errado.
34) Os critérios de admissão de pessoas portadores de deficiência não são definidos de forma discricionária
pelo administrador público, uma vez que tais critérios deverão ser definidos por lei.
Comentários
A assertiva está de acordo com o art. 37, inciso VIII, da CF/88, uma vez que foi reservada à lei a definição de
critérios para contratação de pessoas portadoras de deficiência.
Não cabe ao Administrador Público qualquer margem de discricionariedade quanto aos critérios.
Art. 37, VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
Gabarito: Certo.
Comentários
Art. 37, XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;
Gabarito: Certo.
36) O subsídio e os vencimentos dos cargos e empregos públicos são irredutíveis contudo, a forma de
cálculo dos vencimentos poderá ser modificada.
Comentários
O art. 37, inciso XV, da CF/88, é claro ao prever a irredutibilidade de subsídios e vencimentos. Contudo, esta
garantia realmente não atinge a forma de cálculo desses valores posto que, segundo o STF, não existe direito
adquirido à regimes jurídicos.
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Art. 37, XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são
irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I;
Segundo a Corte, as alterações na forma de cálculo poderão ser realizadas desde que não reduzam a
remuneração, veja:
É compatível com a Constituição lei específica que altera o cálculo da Gratificação por
Produção Suplementar (GPS), desde que não haja redução da remuneração na sua
totalidade. 2
Gabarito: Certo.
37) A proibição de acumulação de cargos, empregos e funções públicas abrange toda a Administração
Pública, todas as esferas de governo e todos os Poderes.
Comentários
A regra que veda a acumulação remunerada de cargos públicos realmente é bem abrangente, sendo que de
fato atinge toda a Administração (direta ou indireta), todas as esferas (Federal, Estadual, Distrital e
Municipal) e todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Art. 37, XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
Gabarito: Certo.
38) É plenamente possível que uma pessoa acumule os proventos de aposentadoria do RPPS com a
remuneração de cargo em comissão.
Comentários
A regra prevista no art. 37, § 10º, da CF/88 dispõe que é vedada a percepção simultânea de proventos de
aposentadoria com a remuneração de cargos, empregos ou funções públicas. Contudo, admite-se como
exceção a possibilidade de cumulação quando se tratar de cargos acumuláveis, cargos eletivos e cargos
comissionados de livre nomeação e exoneração.
Perceba que a assertiva aborda justamente uma das exceções à regra, já que os cargos em comissão
realmente poderão ser acumulados com proventos de aposentadoria.
2
RE 596.542 RG, rel. min. Cezar Peluso, j. 16-6-2011, P, DJE de 16-9-2011, Tema 434.
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Gabarito: Certo.
39) A aplicação do teto constitucional à soma das remunerações dos cargos acumulados representa
violação à irredutibilidade de vencimentos, ao princípio da estabilidade e ao princípio da igualdade.
Comentários
A assertiva traz um entendimento do STF que foi pacificado em 2017. Segundo a Corte, a aplicação do teto
constitucional deve incidir sobre a remuneração isolada de cada cargo, e não sobre o todo, sob pena de violar
a irredutibilidade de vencimentos.
Gabarito: Certo.
40) O texto constitucional prevê outras hipóteses de acumulação de cargos além das dispostas em seu
artigo 37.
Comentários
A Constituição dispõe sobre as hipóteses de acumulação no artigo 37, mas estabelece, ainda, outras
possibilidades de acumulação de cargos, conforme a tabela abaixo:
ARTIGO DA CF PERMISSÃO
Acúmulo do cargo de vereador e outro cargo, emprego ou
Art. 38, III função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo.
Art. 95, parágrafo único, I Permissão para que juízes exerçam o magistério.
Permissão para que membros do Ministério Público exerçam
Art. 125, § 5º, II, “d”
o magistério.
Militares das Forças Armadas podem exercer outro cargo ou
emprego privativo de profissional de saúde, com profissões
Art. 142, § 3º
regulamentadas. Nessa situação, deverá haver prevalência da
atividade militar.
3
RE 602.043 e RE 612.975. Rel. Min. Marco Aurélio. 27.04.2017.
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Gabarito: Certo.
41) É vedada a cumulação remunerada de cargos públicos e atividades privadas, salvo nas hipóteses de
acumulação de cargos dispostas no texto constitucional.
Comentários
A vedação à acumulação remunerada de cargos diz respeito apenas a atribuições públicas, não possuindo
relação com as atividades privadas. Até mesmo as exceções em que a acumulação de cargos é prevista, há
menção apenas a cargos de atribuições públicas.
Lembre-se que a vedação não alcança as atividades privadas e o servidor público poderá exercê-las desde
que não sejam incompatíveis com o regime jurídico próprio do cargo.
Gabarito: Errado.
42) O servidor público titular de cargo efetivo será readaptado em cargo cujas atribuições e
responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido, percebendo a remuneração do
cargo de destino.
Comentários
Incialmente é preciso ponderar que a readaptação é uma possibilidade que dependerá do caso concreto, e
não um dever da Administração. O segundo erro é que o servidor readaptado perceberá a remuneração do
cargo de origem e não do destino, tal como dispõe o art. 37, §13 da CF/88:
Art.37, § 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de
cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido
em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a
habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração
do cargo de origem.
Gabarito: Errado.
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43) Os Estados e o Distrito Federal poderão optar por um teto facultativo, sendo este o subsídio dos
desembargadores do Tribunal de Justiça, sendo fixado como limite a quantia de até 90,25% do subsídio
dos Ministros do STF.
Comentários
O texto constitucional estipula diversas regras obrigatórias de teto remuneratório, sendo apenas uma
facultativa. Segundo o art. 37, § 12, da CF/88, os Estados e o DF poderão emendar suas Constituições e Leis
Orgânica para fixar um limite único de teto remuneratório, que está relacionado com o subsídio dos
desembargadores do Tribunal de Justiça, sendo limitado a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF.
Art. 37, § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados
e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei
Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios
dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
Gabarito: Certo.
44) A aposentadoria será concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo,
emprego ou função pública e acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de
contribuição, sendo que para o computo do período deve-se excluir o período de tempo em Regime Geral
de Previdência Social.
Comentários
Segundo o art. 37, §14º, da CF/88, computar-se-á como tempo de contribuição inclusive o período
acumulado pelo servidor em Regime Geral de Previdência Social. Cabe destacar que o dispositivo objeto da
assertiva foi incluído com a Emenda Constitucional n.º 103/2019.
Art. 37, § 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente
de cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará
o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição.
Gabarito: Errado.
Comentários
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O texto constitucional dispõe, no art. 37, §15º, que a complementação de aposentadorias e de pensões por
morte que não sejam oriundas dos §§ 14 ao 16, do artigo 40, da CF/88, só poderão ser realizadas mediante
lei que extinga o RPPS aplicável.
Perceba que a assertiva tentou confundir, tratando de uma lei que cria o RPPS. Mas não é isso! Fique de olho
na literalidade:
Gabarito: Errado.
O compartilhamento de cadastros e de informações fiscais não é vedado pelo texto constitucional. É possível,
de acordo com o art. 37, inciso XXII, da CF/88, a previsão em lei ou convênio sobre a forma de efetivar tais
compartilhamentos e demais atividades integradas entre as administrações tributárias de cada ente
federativo.
Art. 37, XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de
carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e
atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
Gabarito: Errado.
47) Maria Joaquina é servidora pública efetiva e nas últimas eleições foi eleita para o mandato de
Deputada Estadual no Mato Grosso do Sul. Uma vez que deseja assumir o mandato legislativo, Maria
deverá se afastar de seu cargo público efetivo.
Comentários
A assertiva está correta, vez que não é possível a manutenção do exercício do cargo, emprego ou função
pública durante o mandato dos cargos do Executivo ou do Legislativo Federal, Estadual ou Distrital, bem
como o de Prefeito, vez que todos esses geram afastamento automático do servidor.
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I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
Gabarito: Certo.
48) Ana Maria é titular de cargo efetivo na Administração Indireta fundacional e foi eleita vereadora do
Município de Belford Roxo. Ana Maria não possui compatibilidade de horários, razão pela qual deverá se
afastar de seu cargo público efetivo caso deseje exercer seu mandato legislativo.
Comentários
A hipótese da assertiva traz uma situação interessante, é a "exceção da exceção"! É necessário lembrar que
os Vereadores poderão acumular o cargo público e o mandato eletivo se existir compatibilidade de horários.
Como a questão informa que não há esta compatibilidade de horários, o servidor deverá ser afastado do
cargo e poderá apenas optar pela remuneração, tal como ocorre com os Prefeitos.
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Gabarito: Certo.
49) Lucas é titular de cargo comissionado de livre provimento e exoneração na Administração Direta
Federal e foi eleito Prefeito do Município de Goianira. Neste caso, Lucas poderá acumular seus cargos se
existir compatibilidade de horários.
Comentários
Na situação da assertiva, não há que se falar em manutenção do exercício do cargo, emprego ou função
pública durante o mandato, pois os cargos do Executivo ou do Legislativo Federal, Estadual ou Distrital, bem
como o de Prefeito, geram afastamento automático do servidor.
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;
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IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
Gabarito: Errado.
50) São garantidos ao servidor público investido em cargo público o direito a salário, nunca inferior ao
mínimo, para os que percebem remuneração variável, a duração do trabalho normal não superior a oito
horas diárias e quarenta e quatro semanais e a licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário,
com a duração de cento e vinte dias.
Comentários
O art. 39, § 3º, da CF/88, estendeu aos servidores alguns dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais. São
eles:
Art. 39, § 3° Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7°, IV, VII, VIII,
IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
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Art. 7°, IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o
poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
(...)
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
(...)
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da
lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho;
(...)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias;
(...)
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
(...)
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Gabarito: Certo.
51) Segundo o Supremo Tribunal Federal, enquanto não for editada lei específica para disciplinar o direito
de greve do servidor público, deve ser aplicado ao setor público, no que couber, da lei de greve vigente no
setor privado.
Comentários
O direito de greve do servidor público, previsto no art. 37, inciso VII, da CF/88, é uma norma constitucional
de eficácia limitada. Como tal lei ainda não foi editada, o STF, no julgamento de três mandados de injunção,
adotando a posição concretista geral, determinou a aplicação ao setor público, no que couber, da lei de greve
vigente no setor privado (Lei nº 7.783/1989) até a edição da lei regulamentadora.
Gabarito: Certo.
52) Depende de lei específica a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço público.
Comentários
Art. 37, XIII- É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço público.
Gabarito: Errado.
53) Ao servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão, aplica-se o regime geral de previdência
social.
Comentários
De acordo com o art. 40, § 13, da CF/88, para tais servidores, aplica-se o regime geral de previdência social.
Art. 40, § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato
eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.
Gabarito: Certo.
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54) São condições para a estabilidade do servidor público três anos de efetivo exercício em cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público e a aprovação em avaliação especial de desempenho
realizada por comissão instituída para essa finalidade.
Comentários
Os requisitos para que o servidor adquira a estabilidade estão previstos no caput do art. 41, da CF/88, e no
§ 4º deste mesmo artigo, que devem ser interpretados em conjunto:
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
(...)
Gabarito: Certo.
55) É assegurado aos servidores públicos titulares de cargos efetivos regime de previdência de caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição oriunda de três fontes, quais sejam, do respectivo ente
público, dos servidores ativos e dos pensionistas.
Comentários
O regime de previdência dos servidores públicos é financiado mediante a contribuição do respectivo ente
público, dos servidores ativos, dos pensionistas e, também, dos servidores inativos.
Gabarito: Errado.
56) A Constituição Federal veda a possibilidade de percepção de mais de uma aposentadoria à conta do
regime de previdência dos servidores públicos.
Comentários
Em regra, é vedada a acumulação de aposentadorias por servidores públicos. Contudo, a própria Constituição
Federal admite a possibilidade de acumulação de aposentadorias, nos casos em que for possível a
acumulação dos respectivos cargos públicos, conforme § 6º, do art. 40:
Art. 40, § 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de
previdência previsto neste artigo.
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Gabarito: Errado.
57) O regime de previdência complementar dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios será instituído por lei de iniciativa do respectivo poder legislativo de
cada ente estatal.
Comentários
De acordo com o art. 40, §§ 14 e 15, da CF/88, é do respectivo Poder Executivo, e não do Poder Legislativo,
a iniciativa para instituição, mediante lei, do regime de previdência complementar dos servidores públicos.
Art. 40, § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa
do respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos
ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social para o valor das aposentadorias e das pensões em regime próprio de
previdência social, ressalvado o disposto no § 16.
Gabarito: Errado.
58) A aposentadoria compulsória dos servidores públicos, inclusive dos magistrados e membros do
Ministério Público, ocorre aos setenta anos de idade.
Comentários
A Emenda Constitucional nº 88/2015 (conhecida como "PEC da bengala") alterou a redação do art. 40, §1º,
inciso II, da CF/88, possibilitando que Lei Complementar aumente para 75 anos a idade da aposentadoria
compulsória.
Outrossim, a aludida Emenda Constitucional aumentou, automaticamente, para 75 anos, a idade para
aposentadoria compulsória dos Ministros do STF, dos Tribunais Superiores (TST, TSE, STJ e STM) e do Tribunal
de Contas da União, conforme o art. 100 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
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ADCT - Art. 100. Até que entre em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do § 1º do
art. 40 da Constituição Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais
Superiores e do Tribunal de Contas da União aposentar-se-ão, compulsoriamente, aos 75 (setenta
e cinco) anos de idade, nas condições do art. 52 da Constituição Federal.
Gabarito: Errado.
59) Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre
aposentadoria especial, até a edição de lei complementar específica.
Comentários
Súmula Vinculante nº 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime
geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, §4º, inciso III
da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica.
Gabarito: Certo.
60) Os ocupantes de empregos públicos estão sujeitos ao Regime Geral de Previdência Social.
Comentários:
Súmula Vinculante nº 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime
geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, §4º, inciso III
da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica.
Lembre-se que estes servidores são regidos pela CLT e não por um estatuto.
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de
servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial.
(...)
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Gabarito: Certo.
61) Os ocupantes exclusivamente de cargos em comissão estão sujeitos ao Regime Geral de Previdência
Social.
Comentários:
Súmula Vinculante nº 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime
geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, §4º, inciso III
da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica.
A regra dos ocupantes exclusivamente de cargos em comissão também não mudou, aplica-se normalmente
o RGPS.
Gabarito: Certo.
62) Os ocupantes de cargos efetivos estão sujeitos ao Regime Próprio de Previdência Social.
Comentários:
Embora o art. 40 da CF/88 tenha sido alterado pela EC nº 103/2019, a regra de aplicação do RPPS continua
a mesma.
Aplica-se o regime próprio apenas aos servidores titulares de cargos efetivos, sendo este um regime de
caráter contributivo e solidário. (art. 40, caput, CF/88).
Gabarito: Certo.
63) Os ocupantes de funções temporárias estão sujeitos ao Regime Geral de Previdência Social.
Comentários:
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Não houve alteração da regra para os ocupantes de funções públicas, assim como os outros. Antes da
Reforma da Previdência, o RGPS já era aplicável a eles e foi mantido desta forma, conforme o art. 40, §13,
da CF/88.
Art. 40, § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato
eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Gabarito: Certo.
64) Os ocupantes de mandatos eletivos, assim como os ocupantes de cargos efetivos, estão sujeitos ao
Regime Próprio de Previdência Social.
Comentários:
Ainda que os servidores efetivos gozem da aplicação do Regime Próprio por força do caput do artigo 40, o
mesmo não pode ser dito acerca dos ocupantes de mandato eletivo.
Atualmente, a redação do § 13º, do art. 40, incluiu os cargos de mandato eletivo no rol de aplicação do
Regime Geral da Previdência Social.
Essa alteração é uma das novidades instituídas pela Reforma da Previdência instituída pela PEC 103/19.
Portanto, fique atento!
EMPREGO PÚBLICO
OCUPANTES
EXCLUSIVAMENTE DE
CARGOS EM COMISSÃO
RGPS
FUNÇÕES TEMPORÁRIAS
MANDATO
ELETIVO
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Gabarito: Errado.
65) As regras de idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com
deficiência poderão ser estabelecidas por lei ordinária do respectivo ente federativo.
Comentários
Cada ente, de fato, poderá estabelecer suas regras de idade e tempo de contribuição diferenciados para
aposentadoria de servidores com deficiência. Todavia o instrumento legal correto será a lei complementar,
de acordo com o art. 40, §4º-A, da CF/88.
Art. 40, §4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo
idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência
previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar.
Vale pontuar que em quase todos os casos de estipulação de idade e tempo de contribuição diferenciados
previstos no art. 40, o ente federativo deverá utilizar a lei complementar. O único que não utiliza esse
instrumento normativo é o cargo de professor.
Gabarito: Errado.
66) Os agentes penitenciários, agentes socioeducativos ou policiais poderão ter suas regras de idade e
tempo de contribuição diferenciados por meio de lei ordinária do respectivo ente federativo.
Comentários
Os agentes penitenciários, agentes socioeducativos ou policiais poderão ter suas regras criadas pelo por meio
de lei complementar do respectivo ente federativo, e não lei ordinária, de acordo com o art. 40, §4º-B, da
CF/88.
Art. 40, §4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo
idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de
agente penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso
IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144.
Gabarito: Errado.
67) As regras de idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas
atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à
saúde, ou associação desses agentes, possuem vedação à caracterização por categoria profissional ou
ocupação.
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Comentários
As atividades que sejam exercidas por servidores com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e
biológicos prejudiciais à saúde ou associação desses agentes, poderão ser estabelecidas por lei
complementar do ente federativo. Entretanto, esta regra possui uma peculiaridade que você precisa ficar
atento.
A Reforma da Previdência buscou aprimorar a situação peculiar desses servidores e, para tanto, criou
vedação à caracterização por categoria profissional ou ocupação.
Isso significa que o ente federado poderá enquadrar nesta aposentadoria qualquer profissional que exerça
efetivamente as atividades enquadradas como prejudiciais à saúde, e não apenas prever a aplicação do
regime diferenciado para uma categoria profissional ou ocupação, de forma a excluir a aplicação sobre
aquelas que não se encaixem no rol disposto.
Art. 40, § 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo
idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades
sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à
saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou
ocupação.
Gabarito: Certo.
68) Os ocupantes de cargo de professor terão idade mínima reduzida em 10 (dez) anos em relação às idades
decorrentes da aplicação da regra geral prevista para a esfera federal.
Comentários
De acordo com o art. 40, § 5º, da CF/88, os ocupantes de cargo de professor terão idade mínima reduzida
em 5 (cinco) anos, e não em 10 (dez), como afirma a alternativa.
Essa redução incide sobre o tempo previsto para a esfera federal, uma vez que não foi concedido aos demais
entes federados a capacidade de dispor sobre a idade mínima de aposentadoria destes servidores,
diferentemente do que vimos nas alternativas sobre aposentadorias especiais.
Talvez você esteja se perguntando: “Então o ente federativo poderá dispor sobre o quê?”
Para os professores, cada ente federativo só poderá dispor, por meio de lei complementar, sobre o tempo
de contribuição destes profissionais no magistério.
Art. 40, §5º. Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos
em relação às idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III, do §1º, desde que
comprovem tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino
fundamental e médio fixado em lei complementar do respectivo ente federativo.
Gabarito: Errado.
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69) É vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime próprio de previdência social,
ainda que se trate de cargos acumuláveis previstos na Constituição Federal.
Comentários
A Reforma da Previdência não alterou a CF/88 no que diz respeito a possibilidade de acumulação de
aposentadorias do RPPS em cargos acumuláveis.
Art. 40, § 6º. Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de
previdência social, aplicando-se outras vedações, regras e condições para a acumulação de
benefícios previdenciários estabelecidas no Regime Geral de Previdência Social.
Gabarito: Errado.
70) É vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social pelos entes federados.
Comentários
A assertiva está de acordo com o art. 40, § 22, da CF/88. A Reforma da Previdência centralizou as normas
gerais do Regime Próprio da Previdência Social nas mãos da União e vedou a criação de regimes próprios
pelos demais entes federados.
Art. 40, § 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei
complementar federal estabelecera, para os que já existam, normas gerais de organização, de
funcionamento e de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre:
I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de Previdência
Social;
V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e
para vinculação a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de
qualquer natureza;
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Gabarito: Certo.
71) Nos casos em que o ente federado já possua Regime Próprio de Previdência Social anterior à Reforma
da Previdência, ficará a cargo do respectivo ente estabelecer, por meio de Lei complementar própria, as
normas gerais de organização, funcionamento e responsabilidade de seus regimes previdenciários.
Comentários
De acordo com o art. 40, § 22, da CF/88, a União é que ficará responsável pelas normas gerais de organização,
de funcionamento e de responsabilidade na gestão dos regimes próprios já existentes nos entes federados,
o que será realizado por meio de lei complementar federal.
Art. 40, § 22 Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei
complementar federal estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de organização, de
funcionamento e de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre:
Gabarito: Errado.
72) É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social por poder do ente federativo,
o que abrangerá seus respectivos órgãos e entidades autárquicas e fundacionais.
Comentários
É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social por ente federativo, e não por
poder do ente federativo. Na prática, isso significa que atualmente existirá apenas um regime próprio para
todo o ente federado, e esse será aplicável para todos os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Gabarito: Errado.
73) Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime próprio
de todos os servidores, independentemente do valor do benefício.
Comentários
De acordo com o art. 40, § 18, da CF/88, a contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões
concedidas pelo regime próprio não será aplicável a todos os servidores. Isso porque o §18 limitou a sua
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incidência para alcançar apenas aqueles proventos de aposentadoria que superem o limite máximo
estabelecido para os benefícios do RGPS. Neste ponto, a reforma da previdência não realizou qualquer
alteração.
Art. 40, §18 Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas
pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao
estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.
Gabarito: Errado.
74) O regime de previdência complementar para servidores ocupantes de cargo efetivo deverá ser
instituído pelos entes federados e possuí como limite máximo o valor dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.
Comentários
O regime de previdência complementar realmente deverá ser instituído pelos entes federados, sendo esta
uma das novidades criadas pela Reforma da Previdência, uma vez que anteriormente a instituição era
meramente facultativa.
A assertiva está incorreta ao afirmar que a previdência complementar possui limite máximo.
Na verdade, foi o RPPS quem sofreu essa limitação ao valor dos benefícios do RGPS, e não a previdência
complementar, uma vez que esta se tornou de instituição obrigatória justamente para permitir que o
servidor possa complementar sua aposentadoria e receba, já aposentado, algo próximo do que recebia em
sua última remuneração como ativo.
Art. 40, § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa
do respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos
ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social para o valor das aposentadorias e das pensões em regime próprio de
previdência social, ressalvado o disposto no § 16.
Gabarito: Errado.
75) João é servidor público estadual de cargo efetivo, completou as exigências para a aposentadoria
voluntária e pretende continuar trabalhando, por isso pretende solicitar o abono de permanência.
Preocupado com as implicações da Reforma da Previdência no abono de permanência, João procurou o
advogado Matheus e este respondeu corretamente que o abono de permanência poderá ser concedido à
João, mas terá como teto o valor da contribuição previdenciária do servidor.
Comentários
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De acordo com o art. 40, §19, da CF/88, João fará jus ao abono de permanência e deverá ser observado como
teto o valor da sua contribuição previdência, sendo esta o único limite sobre o valor mencionado nas
disposições da Constituição federal sobre o tema.
Art.40, §19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o
servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria
voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência
equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para
aposentadoria compulsória.
Gabarito: Certo.
76) A idade mínima para aposentadoria no âmbito federal é de 62 anos para as mulheres e 65 anos para
os homens.
Comentários
A EC 103/2019 alterou as regras de idade mínima para concessão da aposentadoria voluntária. Atualmente,
aplica-se o que foi mencionado pela alternativa: 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens.
Vale lembrar que a idade mínima não é o único requisito para concessão da aposentadoria, pois atualmente
também se faz necessário avaliar o tempo de contribuição.
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de
servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial.
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando
insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações
periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da
aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo;
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas,
observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar
do respectivo ente federativo.
Gabarito: Certo.
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77) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios já não seguem mais a idade mínima estabelecida pelo
âmbito da União, uma vez que atualmente possuem autonomia para estabelecerem a idade mínima para
aposentadoria mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas.
Comentários
Uma das principais alterações da Reforma da Previdência foi a concessão de autonomia para que os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios decidam sobre a idade mínima para aposentadoria voluntária de seus
servidores efetivos.
Isso é muito importante, lembre-se bem: Estados, Distrito Federal e Municípios não estão mais vinculados à
idade mínima da União, de acordo com o art. 40, § 1º, inciso III, da CF/88.
Gabarito: Certo.
78) Embora não exista mais limite mínimo aos proventos de aposentadoria do Regime Próprio de
Previdência Social, o mesmo não pode ser dito sobre o limite máximo, que, atualmente, encontra teto nos
valores máximos estabelecidos para o Regime Geral de Previdência Social.
Comentários
O limite mínimo para os proventos é o valor do salário-mínimo, assim fica garantido que nenhum servidor
público efetivo se aposente recebendo menos que o mínimo.
Quanto ao limite máximo, a Reforma da Previdência definiu como teto do RPPS o valor do limite máximo
vigente para o RGPS, sendo inclusive vedada qualquer complementação às aposentadorias ou pensões por
morte do regime próprio.
Além disto, a proibição de complementação não significa que o servidor está proibido de aderir aos regimes
de previdência complementar, uma vez que atualmente a instituição deles tornou-se obrigatória.
Art. 40, § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa
do respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos
ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social para o valor das aposentadorias e das pensões em regime próprio de
previdência social, ressalvado o disposto no § 16.
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§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser
aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de
instituição do correspondente regime de previdência complementar.
Gabarito: Errado.
79) As regras de cálculo dos proventos de aposentadoria do servidor público em cargo efetivo serão
disciplinadas em lei do seu respectivo ente federativo.
Comentários
A assertiva trata de uma das novidades da EC 103/2019. Atualmente, toda a forma de cálculo será
normatizada por meio de legislação infraconstitucional.
Art. 40, § 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei do
respectivo ente federativo.
Gabarito: Certo.
80) A Constituição Federal veda a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de
benefícios do regime próprio de previdência social, excetuando-se apenas os casos dispostos no texto
constitucional como sujeitos a lei complementar do ente federado.
Comentários
Em regra, é vedada a adoção de critérios ou requisitos diferenciados, mas a própria Constituição Federal já
apresenta suas exceções, que deverão ser disciplinadas por lei complementar do respectivo ente federado.
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§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e
tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência,
previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar.
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e
tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente
penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do
caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144.
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e
tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam
exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou
associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.
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SERVIDORES COM
DEFICIÊNCIA
CARGOS RELACIONADOS À
IDADE E TEMPO ATIVIDADE POLICIAL E
PENITENCIÁRIA
TEMPO DE EFETIVO
PROFESSORES
EXERCÍCIO
Gabarito: Certo.
81) Será considerado estável o servidor público que após três anos de efetivo exercício em cargo de
provimento efetivo via concurso público, venha a ser aprovado na avaliação especial de desempenho.
Comentários.
De acordo com a literalidade do art. 41, caput e do §4º, da CF/88, uma vez que, de fato, a estabilidade
depende de quatro requisitos:
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Art. 41 São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
Gabarito: Certo.
82) Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, tendo sido extinto o cargo que ele
ocupava ou declarada a sua desnecessidade, referido servidor ficará em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
Comentários.
A assertiva combinou uma das hipóteses de perda de cargo do art. 41, § 2º, da CF/88, com o disposto no §
3º do mesmo artigo:
Art. 41, § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
Caso seja invalidada a demissão do servidor estável, por sentença judicial, ele será reintegrado. Entretanto,
caso seu cargo tenha sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
Gabarito: Certo.
83) A data da nomeação ou da posse do servidor é irrelevante para contagem do prazo de aquisição de
estabilidade, uma vez que o termo inicial de contagem se dá com a entrada em exercício.
Comentários.
O caput do artigo 41, da CF/88, expõe exatamente o que afirma a assertiva: a estabilidade se dará após "três
anos de efetivo exercício", razão pela qual entende-se que a entrada em exercício será o marco inicial de
contagem e a data da posse ou da nomeação não influenciará na aquisição da estabilidade.
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Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
Gabarito: Certo.
84) A simples circunstância de o servidor público estar em estágio probatório não é justificativa para
demissão com fundamento na sua participação em movimento grevista.
Comentários.
A assertiva traz a literalidade de um julgado acerca do direito de greve dos servidores públicos que se
encontrem em estágio probatório.
Segundo o STF, é possível que servidores em estágio probatório participem de movimentos grevistas:
Gabarito: Certo.
85) O servidor público poderá perder seu cargo mediante processo administrativo que lhe seja assegurada
ampla defesa, contudo tal punição não poderá ocorrer durante o período em que o servidor se encontre
em gozo de licença especial.
Comentários.
Vejamos as hipóteses de perda do cargo por parte do servidor estável previstas no art. 41, § 1º, da CF/88:
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
4
RE 226.966, rel. p/ o ac. min. Cármen Lúcia, j. 11-11-2008, 1ª T, DJE de 21-8-2009.] Vide ADI 3.235, rel. p/ o ac. min. Gilmar
Mendes, j. 4-2-2010, P, DJE de 12-3-2010
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A assertiva acerta na possibilidade de perda do cargo em virtude de processo administrativo, entretanto erra
ao afirmar que os servidores em gozo de licença especial não poderão ser demitidos, tendo em vista que não
há no texto constitucional qualquer disposição do gênero e o entendimento do STF é exatamente o oposto:
Súmula n.º 20, STF: É necessário processo administrativo com ampla defesa, para demissão de
funcionário admitido por concurso.
Gabarito: Errado.
86) A vedação absoluta ao direito de greve dos integrantes das carreiras da segurança pública é compatível
com o princípio da isonomia.
Comentários
A assertiva aborda o tema do julgamento da ARE 654.432/GO, situação que o STF firmou o entendimento de
que o exercício do direito de greve é vedado a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área
de segurança pública.
Segundo a Corte, não há qualquer incompatibilidade dessa vedação com o princípio da isonomia, uma vez
que a greve não é um direito absoluto, devendo prevalecer o interesse público e o interesse social sobre o
interesse individual de uma categoria.
Gabarito: Certo.
Comentários
As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade máxima do
5
MS 23.034, rel. min. Octavio Gallotti, j. 29-3-1999, P, DJ de 18-6-1999.] Vide MS 23.187, rel. min. Eros Grau, j. 27-5-2010,
P, DJE de 6-8-2010
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Presidente da República, que é o responsável por conceder as suas patentes, com prerrogativas, direitos e
deveres inerentes.
Perceba que o conceito de Forças Armadas não engloba os Militares nos Estados, DF e Territórios, uma vez
que estes subordinam-se aos respectivos governadores, tal como previsto no art. 42, caput e §1º, da CF/88:
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier
a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º,
cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as
patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores
Deste modo, é incorreto afirmar que o Corpo de Bombeiros Militar faz parte das Forças Armadas.
Gabarito: Errado.
88) É expressamente vedado aos militares da ativa tomar posse em cargo público civil permanente ou
temporário.
Comentários
A assertiva aborda um tema que foi alterado pela EC 101/2019: trata da possibilidade de acumulação de
cargos públicos civis com cargos militares.
Diferentemente do alegado na assertiva, temos que o artigo 42, §3º, da CF/88, prevê a possibilidade de
acumulação de cargos nas hipóteses do art. 37, inciso XVI, da CF/88, desde que a atividade militar prevaleça
sobre as civis. Veja:
Art. 42. Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições
organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e
dos Territórios.
(...)
§ 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no art. 37,
inciso XVI, com prevalência da atividade militar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 101, de
2019)
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
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(...)
Gabarito: Errado.
89) As normas constitucionais pertinentes às vantagens concedidas aos militares das Forças Armadas não
se aplicam aos militares dos estados, do Distrito Federal e dos territórios.
Comentários
A alternativa afirma exatamente o oposto da literalidade do art. 42, §1º, da CF/88, posto que aos militares
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplicam-se todas as disposições do art. 142, §§ 2º e 3º, que
trata dos militares das Forças Armadas (constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica), além
das demais que venham a ser fixadas em lei.
Art. 42, § 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do
que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e
3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as
patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores.
Gabarito: Errado.
90) As condições para transferência dos militares nos Estados para a inatividade serão reguladas mediante
lei nacional.
Comentários
As condições para transferência dos militares nos Estados para a inatividade serão reguladas mediante lei
estadual ou distrital, conforme expõe o julgado do STF abaixo:
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Cabe à lei estadual, nos termos da norma constitucional do art. 142, § 3º, X, regular as
disposições do art. 42, § 1º, da CF e estabelecer as condições de transferência do militar
para a inatividade.6
Gabarito: Errado.
91) A União poderá conceder, como incentivo regional, isenções, reduções ou diferimento temporário de
tributos federais, estaduais e municipais devidos por pessoas físicas.
Comentários
De acordo com o art. 43, § 2º, inciso III, da CF/88, para fins de incentivo regional, a União só poderá conceder
isenções, reduções ou diferimento temporário, de tributos federais. Não há qualquer previsão do gênero
para os tributos estaduais ou municipais, veja:
(...)
III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas
ou jurídicas;
Gabarito: Errado.
92) Nas áreas dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas
a secas periódicas, a União incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com todos os
proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de irrigação.
Comentários
De acordo com o art. 43, § 3º, da CF/88, a União incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com
os pequenos e médios proprietários rurais, e não com todos os proprietários como afirma a assertiva.
(...)
IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água
represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.
6
RE 495.341 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 14-9-2010, 2ª T, DJE de 1º-10-2010.
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(...)
§ 3º Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação de terras áridas e
cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas
glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.
Gabarito: Errado.
93) Para efeitos legislativos, os Estados poderão articular suas ações em um mesmo complexo
geoeconômico e social.
Comentários
De acordo com o art. 43, caput, da CF/88, as regiões serão criadas sempre para efeitos administrativos e sua
iniciativa pertence à União, e não aos Estados, DF e Municípios.
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo
geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.
Gabarito: Errado.
94) Lei ordinária disporá sobre as condições para integração de regiões em desenvolvimento e sobre a
composição dos organismos regionais que executarão os planos regionais, integrantes dos planos
nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes.
Comentários
De acordo com o art. 43, § 1º, da CF/88, a disposição sobre as condições de integração de regiões em
desenvolvimento deve ser realizada mediante Lei Complementar, e não lei ordinária.
Gabarito: Errado.
95) A composição dos organismos regionais que executarão os planos regionais, integrantes dos planos
nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes, será fixada em lei
complementar.
Comentários
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De acordo com o art. 43, § 1º, inciso II, da CF/88, e apresenta uma das matérias sobre Regiões que deverá
ser tratada por lei complementar, tal como dispõe a literalidade do art. 43, §1º, II, da CF:
(...)
II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais,
integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente
com estes.
Gabarito: Certo.
...
Forte abraço!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1
INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Direitos Políticos
Pronto para testar seu conhecimento?!
QUESTÕES INÉDITAS
1) Lei complementar estabelecerá casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa.
3) A ex-esposa do Chefe do Poder Executivo é elegível para qualquer cargo no território de jurisdição do
titular quando o divórcio ocorre durante o exercício do mandato.
4) O militar alistável é elegível, sendo que, se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
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5) De acordo com a CF/88, ocorrerá a perda ou suspensão dos direitos políticos no caso de recusa a cumprir
obrigação a todos imposta e, cumulativamente, a prestação alternativa, fixada em lei.
6) A capacidade eleitoral ativa é adquirida por inscrição junto à Justiça Eleitoral e é a responsável por
conceder ao indivíduo a aptidão para exercício do direito à voto nas eleições, plebiscitos e referendos.
7) O alistamento eleitoral não concede ao indivíduo a capacidade para exercício de todos os seus direitos
políticos.
8) A capacidade eleitoral passiva somente será possível se um cidadão cumprir cumulativamente todas as
suas condições de elegibilidade, e ainda não se enquadrar em uma das hipóteses de inelegibilidade.
9) Ainda que os portugueses recebam tratamento equiparado ao brasileiro naturalizado, estes não perdem
a sua condição como estrangeiros e, portanto, não poderão se alistar como eleitores.
10) Os direitos políticos positivos são aqueles relacionados à participação ativa dos cidadãos na vida
política, enquanto os direitos políticos negativos figuram como normas limitadoras do exercício da
cidadania.
Considerando os exemplos citados pelo professor, julgue as assertivas abaixo como certo ou errado.
11) Leonardo é estrangeiro, portanto, não poderá votar nas eleições brasileiras.
12) Lucas está obrigado a votar, uma vez que o voto é obrigatório a partir dos dezesseis anos de idade.
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13) Pedro poderá escolher se irá votar ou não, uma vez que o voto é facultativo para aqueles que possuem
acima de sessenta anos de idade.
14) André está obrigado a votar, uma vez que possuí mais de dezoito anos de idade.
15) No âmbito dos direitos políticos, a equiparação dos portugueses aos brasileiros naturalizados limita-
se à concessão da capacidade eleitoral ativa, sendo vedado o exercício da capacidade eleitoral passiva.
18) A desfiliação e a infidelidade partidária resultam em perda do mandato para os candidatos eleitos pelo
sistema majoritário.
19) Um candidato poderá concorrer às eleições no Estado de seu domicílio civil, ainda que seu título de
eleitor seja de outro Estado.
Acássio foi eleito para vereador em Atibaia e o advogado Pedro decidiu promover ação para impugnar o
mandato eletivo de Acássio, afirmando que este teria agido de forma corrupta durante as eleições ao
utilizar o dinheiro do fundo eleitoral para adquirir uma frota de fuscas de um amigo colecionador.
20) O prazo que Pedro terá para promover a ação de impugnação do mandato eletivo será de 10 dias após
a posse de Acássio.
21) Pedro deverá apresentar a ação de impugnação de mandato eletivo na Justiça Comum Estadual, uma
vez que Acássio é vereador e não há Poder Judiciário na esfera municipal.
22) A ação de impugnação de mandato proposta contra Acássio deverá tramitar publicamente, por se
tratar de assunto relacionado ao exercício da cidadania e interesse da coletividade.
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23) No caso em questão não caberá ação de impugnação de mandato eletivo, uma vez que nos casos de
corrupção a ação aplicável será a de improbidade administrativa.
24) Se Acássio conseguir comprovar que Pedro agiu com manifesta má-fé ao propor a ação de impugnação,
caberá ao autor responsabilização por seus atos contra a imagem de Acássio.
Vigência da lei que altera o processo eleitoral - princípio da anterioridade eleitoral (art. 16
da CF/88)
26) O Supremo Tribunal Federal entende que o princípio da anterioridade eleitoral não se enquadra como
cláusula pétrea do texto constitucional.
27) O governador que tenha exercido dois mandatos consecutivos não poderá, em seguida, exercer um
mandato de vice-governador.
28) Segundo o princípio da anterioridade eleitoral, a lei eleitoral possuí vigência imediata na data de sua
publicação, embora produza efeitos apenas em momento futuro.
29) Durante o pleito eleitoral ou após o seu encerramento, as decisões do TSE que impliquem modificação
na jurisprudência só terão eficácia sobre os casos de pleitos eleitorais posteriores.
30) O cidadão que exerce dois mandatos consecutivos como prefeito de determinado Município fica
inelegível para o cargo da mesma natureza em qualquer outro Município da Federação.
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GABARITO
1. C 2. C 3. E 4. C 5. C
6. C 7. C 8. C 9. E 10. C
QUESTÕES COMENTADAS
1) Lei complementar estabelecerá casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa.
Comentários
Conforme o art. 14, § 9º, da CF/88, outros casos de inelegibilidade poderão ser estabelecidos por lei
complementar:
Art. 14, § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato
considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a
influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta.
Gabarito: Certo.
Comentários
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Art. 14, § 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze
dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,
corrupção ou fraude.
Gabarito: Certo.
3) A ex-esposa do Chefe do Poder Executivo é elegível para qualquer cargo no território de jurisdição do
titular quando o divórcio ocorre durante o exercício do mandato.
Comentários
Assim, a ex-esposa do chefe do Poder Executivo só poderia se candidatar à reeleição (e não a qualquer cargo),
caso já fosse titular de mandato eletivo, o que torna a assertiva incorreta.
Gabarito: Errado.
4) O militar alistável é elegível, sendo que, se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
Comentários
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
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Gabarito: Certo.
5) De acordo com a CF/88, ocorrerá a perda ou suspensão dos direitos políticos no caso de recusa a cumprir
obrigação a todos imposta e, cumulativamente, a prestação alternativa, fixada em lei.
Comentários
Conforme o art. 5º, VIII e o art. 15, caput e inciso IV, ambos da CF/88:
Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
(...)
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos
de:
(...)
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º,
VIII;
Gabarito: Certo.
6) A capacidade eleitoral ativa é adquirida por inscrição junto à Justiça Eleitoral e é a responsável por
conceder ao indivíduo a aptidão para exercício do direito à voto nas eleições, plebiscitos e referendos.
Comentários
A capacidade eleitoral ativa é aquela prevista no artigo 14, §1º, da CF/88, que trata do alistamento eleitoral
e da aptidão do cidadão ao exercício do direito à voto.
a) os analfabetos;
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Para adquirir essa capacidade, é realmente necessário que o indivíduo realize seu alistamento eleitoral junto
à Justiça Eleitoral. Conforme a doutrina, tal registro é responsável por conceder ao nacional a qualidade de
cidadão, tornando-o apto ao voto, nos casos citados pela assertiva, e ao exercício de demais direitos como
legitimidade para ação popular ou participação em iniciativa popular de leis.
Gabarito: Certo.
7) O alistamento eleitoral não concede ao indivíduo a capacidade para exercício de todos os seus direitos
políticos.
Comentários
O exercício dos direitos políticos pode ser realizado ao adquirirmos a capacidade eleitoral ativa. De fato,
conforme dispõe a assertiva, isso não significa que poderemos exercer todos eles com o mero alistamento.
Ao realizar o alistamento eleitoral, o indivíduo se qualifica como cidadão e garante seu direito de votar, mas
não o de ser votado, uma vez que o alistamento é apenas uma das condições exigidas pelo texto
constitucional ao versar sobre a elegibilidade.
Para usufruir de todos os direitos políticos, é necessário que um cidadão possua a capacidade eleitoral ativa
e a capacidade eleitoral passiva, sendo que esta última demanda adequação ao disposto no art. 14, §§ 3º ao
8º, da CF/88.
Gabarito: Certo.
8) A capacidade eleitoral passiva somente será possível se um cidadão cumprir cumulativamente todas as
suas condições de elegibilidade, e ainda não se enquadrar em uma das hipóteses de inelegibilidade.
Comentários
A capacidade eleitoral passiva traduz-se como o direito de ser votado, de ser eleito.
Tal qual afirmado pela alternativa, faz-se necessário o cumprimento cumulativo de todas as condições de
elegibilidade, conforme o art. 14, §3º, da CF/88, bem como o não enquadramento em uma das causas de
inelegibilidade, de acordo com o art. 14, §§4º ao 8º, ambos da CF/88.
I - a nacionalidade brasileira;
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V - a filiação partidária;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito
e juiz de paz;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
Gabarito: Certo.
9) Ainda que os portugueses recebam tratamento equiparado ao brasileiro naturalizado, estes não perdem
a sua condição como estrangeiros e, portanto, não poderão se alistar como eleitores.
Comentários
Esta é uma alternativa traiçoeira que merece a sua atenção, pois dela podem ser retirados três pontos
conceituais importantes. Veja:
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Os portugueses que recebem equiparação aos nacionais realmente são igualados aos
brasileiros naturalizados.
Perceba que a assertiva faz algumas afirmações verdadeiras sobre os portugueses equiparados, mas erra no
final ao considerar que estes não poderão se alistar e exercer o direito ao voto, razão pela qual a assertiva
está incorreta.
Gabarito: Errado.
10) Os direitos políticos positivos são aqueles relacionados à participação ativa dos cidadãos na vida
política, enquanto os direitos políticos negativos figuram como normas limitadoras do exercício da
cidadania.
Comentários
Gabarito: Certo.
Considerando os exemplos citados pelo professor, julgue as assertivas abaixo como certo ou errado.
11) Leonardo é estrangeiro, portanto, não poderá votar nas eleições brasileiras.
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Comentários
Por Leonardo ser estrangeiro, este realmente não poderá votar uma vez que sequer possuí direito ao
alistamento eleitoral.
O art. 14, §§1º e 2º, da CF/88, dispõe sobre o alistamento eleitoral e elenca as pessoas ao qual este será
obrigatório, facultativo ou vedado, a depender das características que está possua. Trata-se de dispositivos
com uma literalidade importante para sua prova, veja:
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
Alistamento e voto
OBRIGATÓRIOS
•Maiores de 18 anos.
Alistamento e voto
FACULTATIVOS
•Analfabetos;
•Maiores de 70 anos;
•Maiores de 16 e menores de 18 anos.
Alistamento e voto
VEDADOS
•Estrangeiros;
•Conscritos, durante o serviço militar obrigatório.
Gabarito: Certo.
12) Lucas está obrigado a votar, uma vez que o voto é obrigatório a partir dos dezesseis anos de idade.
Comentários
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Lucas é brasileiro, mas possui dezessete anos, razão pela qual se enquadra na facultatividade do alistamento
e do voto. Lembre-se que o voto só se torna obrigatório quando o cidadão se torna maior de dezoito anos!
O art. 14, §§1º e 2º, da CF/88, dispõe sobre o alistamento eleitoral e elenca as pessoas ao qual este será
obrigatório, facultativo ou vedado, a depender das características que está possua. Trata-se de dispositivos
com uma literalidade importante para sua prova, veja:
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
Alistamento e voto
OBRIGATÓRIOS
•Maiores de 18 anos.
Alistamento e voto
FACULTATIVOS
•Analfabetos;
•Maiores de 70 anos;
•Maiores de 16 e menores de 18 anos.
Alistamento e voto
VEDADOS
•Estrangeiros;
•Conscritos, durante o serviço militar obrigatório.
Gabarito: Errado.
13) Pedro poderá escolher se irá votar ou não, uma vez que o voto é facultativo para aqueles que possuem
acima de sessenta anos de idade.
Comentários
Pedro é brasileiro naturalizado, alfabetizado e possui sessenta e três anos, o que o enquadra no voto
obrigatório vez que a facultatividade se aplica aos maiores de setenta anos.
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O art. 14, §§ 1º e 2º, da CF/88, dispõe sobre o alistamento eleitoral e elenca as pessoas para as quais ele será
obrigatório, facultativo ou vedado:
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
Alistamento e voto
OBRIGATÓRIOS
•Maiores de 18 anos.
Alistamento e voto
FACULTATIVOS
•Analfabetos;
•Maiores de 70 anos;
•Maiores de 16 e menores de 18 anos.
Alistamento e voto
VEDADOS
•Estrangeiros;
•Conscritos, durante o serviço militar obrigatório.
Gabarito: Errado.
14) André está obrigado a votar, uma vez que possuí mais de dezoito anos de idade.
Comentários
André é brasileiro, maior de dezoito, mas é analfabeto, o que o enquadra na facultatividade do alistamento
e do voto.
O art. 14, §§ 1º e 2º, da CF/88, dispõe sobre o alistamento eleitoral e elenca as pessoas ao qual este será
obrigatório, facultativo ou vedado, a depender das características que está possua. Trata-se de dispositivos
com uma literalidade importante para sua prova, veja:
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II - facultativos para:
a) os analfabetos;
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
Alistamento e voto
OBRIGATÓRIOS
•Maiores de 18 anos.
Alistamento e voto
FACULTATIVOS
•Analfabetos;
•Maiores de 70 anos;
•Maiores de 16 e menores de 18 anos.
Alistamento e voto
VEDADOS
•Estrangeiros;
•Conscritos, durante o serviço militar obrigatório.
Gabarito: Errado.
15) No âmbito dos direitos políticos, a equiparação dos portugueses aos brasileiros naturalizados limita-
se à concessão da capacidade eleitoral ativa, sendo vedado o exercício da capacidade eleitoral passiva.
Comentários
O art. 14, §3º, inciso I, da CF/88 dispõe que uma das condições de elegibilidade é a nacionalidade brasileira,
assim entende-se que os estrangeiros não poderão ser eleitos e tal interpretação se compatibiliza com a
vedação ao alistamento eleitoral destes.
I - a nacionalidade brasileira;
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V - a filiação partidária;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito
e juiz de paz;
Vale lembrar que essa é a regra geral e os portugueses equiparados figuram como exceção, sendo
exatamente este ponto abordado pela alternativa. Sobre esses portugueses, você precisa lembrar que:
Os portugueses que recebem equiparação aos nacionais realmente são igualados aos
brasileiros naturalizados.
Uma vez que os portugueses equiparados possuem capacidade eleitoral ativa e o art. 12 da CF/88 concede
a estes todos os direitos dos brasileiros naturalizados, não há que se falar em limitação à capacidade eleitoral
passiva ou qualquer distinção do tipo.
Vale lembrar
que os
Nacionalidade brasileira
Alistamento eleitoral
Condições de
Elegibilidade
Domicílio eleitoral na circunscrição de candidatura
Filiação Partidária
Idade Mínima
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portugueses e aos brasileiros naturalizados não poderão exercer determinados cargos políticos, conforme o
art. 12, §3º, da CF/88, vez que alguns deles são privativos de brasileiros natos.
V - da carreira diplomática;
Gabarito: Errado.
Comentários
O art. 14, §3º, inciso V, da CF/88, acima transcrito, prevê a filiação partidária como condição para
elegibilidade, sendo este dispositivo o principal responsável pela vedação da citada modalidade de
candidatura.
Gabarito: Certo.
Comentários
A condição de elegibilidade referente à idade mínima dispõe que certos cargos só poderão ser exercidos por
pessoas com determinada idade, tal qual prevê o art. 14, §3º, inciso VI, da CF/88.
Tal requisito deverá ser cumprido no momento da posse, e não da diplomação, sendo este o erro da
assertiva.
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(...)
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito
e juiz de paz;
Nacionalidade brasileira
Alistamento eleitoral
Condições de
Elegibilidade
Domicílio eleitoral na circunscrição de candidatura
Filiação Partidária
Idade Mínima
Gabarito: Errado.
18) A desfiliação e a infidelidade partidária resultam em perda do mandato para os candidatos eleitos pelo
sistema majoritário.
Comentários
A filiação partidária é uma condição de elegibilidade e deverá ser mantida durante o mandato. Contudo
admite-se em alguns casos a mudança de partido por parlamentares sem que isso configure desfiliação ou
infidelidade partidária.
Em virtude da diferença de sistemas para eleição de certos mandatos (proporcional ou majoritário), o STF
foi questionado se haveria aplicabilidade da perda do mandato por infidelidade partidária em casos de
eleição por sistema majoritário, tendo o Supremo decidido:
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Deste modo, a assertiva está incorreta, pois apenas os parlamentares eleitos pelo sistema proporcional
estarão sujeitos à perda do mandato, e não o majoritário como afirmado erroneamente.
==5617c==
Gabarito: Errado.
19) Um candidato poderá concorrer às eleições no Estado de seu domicílio civil, ainda que seu título de
eleitor seja de outro Estado.
Comentários
O art. 14, § 3º, inciso IV, da CF/88 impõe como condição de elegibilidade a necessidade de o candidato ter
domicílio eleitoral no local que deseja concorrer às eleições.
É importante frisar que o domicílio civil (local onde reside) não se confunde com o domicílio eleitoral (local
do seu alistamento eleitoral), posto que para se candidatar basta cumprir a regra do domicílio eleitoral,
podendo o candidato residir em qualquer local do país.
Assim, diferentemente do apresentado pela assertiva, o candidato não poderá concorrer às eleições do
Estado de seu domicílio civil enquanto não alterar seu domicílio eleitoral para o citado Estado.
Gabarito: Errado.
Acássio foi eleito para vereador em Atibaia e o advogado Pedro decidiu promover ação para impugnar o
mandato eletivo de Acássio, afirmando que este teria agido de forma corrupta durante as eleições ao
utilizar o dinheiro do fundo eleitoral para adquirir uma frota de fuscas de um amigo colecionador.
1
ADI 5.081, rel. min. Roberto Barroso, j. 27-5-2015, P, DJE de 19-8-2015.
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20) O prazo que Pedro terá para promover a ação de impugnação do mandato eletivo será de 10 dias após
a posse de Acássio.
Comentários
Conforme o art. 14, § 10, da CF/88, a ação de impugnação de mandato eletivo será proposta perante a Justiça
Eleitoral no prazo de 15 dia contados da diplomação, e não 10 dias contados da posse como afirma a
alternativa.
Art. 14, §10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze
dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,
corrupção ou fraude
Perceba que temos aqui um erro quanto ao prazo e quanto ao momento de início da contagem. Fique atento
a esses dois elementos, pois são altamente concursáveis.
Gabarito: Errado.
21) Pedro deverá apresentar a ação de impugnação de mandato eletivo na Justiça Comum Estadual, uma
vez que Acássio é vereador e não há Poder Judiciário na esfera municipal.
Comentários
A esfera municipal realmente não conta com Poder Judiciário e geralmente suas demandas são direcionadas
à Justiça Comum Estadual. No entanto, a assertiva está incorreta, pois não indica a Justiça Eleitoral como a
responsável pela ação de impugnação de mandato eletivo, uma vez que o art. 14, § 10, da CF/88, acima
transcrito, concede expressamente a ela esta competência.
Gabarito: Errado.
22) A ação de impugnação de mandato proposta contra Acássio deverá tramitar publicamente, por se
tratar de assunto relacionado ao exercício da cidadania e interesse da coletividade.
Comentários
O texto constitucional é claro ao afirmar que a ação de impugnação de mandato eletivo tramitará em segredo
de justiça. Portanto, o erro da assertiva está em afirmar que esta será pública, em desacordo com o art. 14,
§11 da CF/88. Veja a literalidade do texto constitucional:
Gabarito: Errado.
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23) No caso em questão não caberá ação de impugnação de mandato eletivo, uma vez que nos casos de
corrupção a ação aplicável será a de improbidade administrativa.
Comentários
A ação de impugnação de mandato eletivo será, sim, cabível contra Acássio. Isso porque o art. 14, §10, da
CF/88, prevê as causas para a citada ação, sendo elas: o abuso do poder econômico, a corrupção e a fraude.
Como Pedro indicou a corrupção no uso das verbas do fundo eleitoral como causa ensejadora, tem-se por
cabível a ação utilizada no caso.
Art. 14, § 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze
dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,
corrupção ou fraude.
Gabarito: Errado.
24) Se Acássio conseguir comprovar que Pedro agiu com manifesta má-fé ao propor a ação de impugnação,
caberá ao autor responsabilização por seus atos contra a imagem de Acássio.
Comentários
Caso Acássio consiga comprovar sua inocência na ação, poderá sim haver uma responsabilização de Pedro
em virtude de eventual má-fé na propositura.
O art. 14, §11, da CF/88 prevê a possibilidade de o autor da ação de impugnação de mandato eletivo
responder em virtude de manifesta má-fé ou de acusação temerária, o que torna a assertiva correta.
Vale lembrar que a responsabilização do autor é norma de eficácia limitada, uma vez que tal
responsabilização ocorrerá "na forma da lei".
Gabarito: Certo.
Comentários
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A Constituição Federal dispõe sobre a perda e suspensão dos direitos políticos em seu art.15 e, tal como
afirma o enunciado, realmente não esclarece quais os casos de cada sanção (perda ou suspensão), sendo
esta atribuição da doutrina que dispõe da forma elencada no esquema abaixo:
DIREITOS POLÍTICOS
SUSPENSÃO
DIREITOS POLÍTICOS
PERDA
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos
de:
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º,
VIII;
Gabarito: Certo.
Vigência da lei que altera o processo eleitoral - princípio da anterioridade eleitoral (art. 16
da CF/88)
26) O Supremo Tribunal Federal entende que o princípio da anterioridade eleitoral não se enquadra como
cláusula pétrea do texto constitucional.
Comentários
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"(...) a utilização da nova regra às eleições gerais que se realizarão a menos de sete meses colide
com o princípio da anterioridade eleitoral, disposto no art. 16 da CF, que busca evitar a utilização
abusiva ou casuística do processo legislativo como instrumento de manipulação e de deformação
do processo eleitoral (ADI 354, rel. min. Octavio Gallotti, DJ de 12-2-1993). Enquanto o art. 150,
III, b, da CF encerra garantia individual do contribuinte (ADI 939, rel. min. Sydney Sanches, DJ de
18-3-1994), o art. 16 representa garantia individual do cidadão-eleitor, detentor originário do
poder exercido pelos representantes eleitos e "a quem assiste o direito de receber, do Estado, o
necessário grau de segurança e de certeza jurídicas contra alterações abruptas das regras
inerentes à disputa eleitoral" (ADI 3.345, rel. min. Celso de Mello). Além de o referido princípio
conter, em si mesmo, elementos que o caracterizam como uma garantia fundamental oponível
até mesmo à atividade do legislador constituinte derivado, nos termos dos arts. 5º, § 2º, e 60,
§ 4º, IV, a burla ao que contido no art. 16 ainda afronta os direitos individuais da segurança
jurídica (CF, art. 5º, caput) e do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV).2
O trecho destaca que o princípio da anterioridade eleitoral, embora não se encontre no art. 5º da CF/88,
ainda assim, faz parte do rol de direitos e garantias fundamentais, em virtude do art. 5º, §2º, da CF/88,
transcrito abaixo, razão pela qual suas disposições devem ser observadas até mesmo pelo legislador ao
elaborar emendas constitucionais, vez que este se insere dentre uma das cláusulas pétreas previstas no art.
60, §4º, da CF/88.
Art. 5°, § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes
do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
Gabarito: Errado.
27) O governador que tenha exercido dois mandatos consecutivos não poderá, em seguida, exercer um
mandato de vice-governador.
Comentários
A assertiva aborda uma das inelegibilidades por motivos funcionais, estando prevista no art. 14, §5º, da
CF/88. Tal dispositivo versa que a vedação à reeleição para mais de um período subsequente é regra que se
aplica apenas aos mandatos de Chefe do Poder Executivo, tal como para o governador mencionado na
assertiva.
2
ADI 3.685, rel. min. Ellen Gracie, j. 22-3-2006, P, DJ de 10-8-2006.
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No caso apresentado pela assertiva, temos um governador que já exerceu dois mandatos consecutivos e
deseja se candidatar ao cargo de vice-governador, o que é vedado segundo a jurisprudência do STF.
Vale lembrar que caso fosse o contrário, um vice-governador que exerceu dois mandatos consecutivos e
deseja se candidatar ao cargo de governador, este terá a possibilidade de exercê-lo caso não tenha sucedido
o titular ao longo dos mandatos.
Vice-governador eleito duas vezes para o cargo de vice-governador. No segundo mandato de vice,
sucedeu o titular. Certo que, no seu primeiro mandato de vice, teria substituído o governador.
Possibilidade de reeleger-se ao cargo de governador, porque o exercício da titularidade do cargo
dá-se mediante eleição ou por sucessão. Somente quando sucedeu o titular é que passou a
exercer o seu primeiro mandato como titular do cargo. Inteligência do disposto no § 5º do art.
14 da CF.3
Gabarito: Certo.
28) Segundo o princípio da anterioridade eleitoral, a lei eleitoral possuí vigência imediata na data de sua
publicação, embora produza efeitos apenas em momento futuro.
Comentários
A assertiva apresenta corretamente o conceito do princípio da anterioridade eleitoral, que está previsto no
art. 16 da CF/88, transcrito abaixo, sendo importante destacar que a produção de efeitos ocorrerá em
momento futuro, pois ela só será aplicável à eleição que ocorra após um ano da sua data de vigência.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
Gabarito: Certo.
29) Durante o pleito eleitoral ou após o seu encerramento, as decisões do TSE que impliquem modificação
na jurisprudência só terão eficácia sobre os casos de pleitos eleitorais posteriores.
Comentários
3
RE 366.488, rel. min. Carlos Velloso, j. 4-10-2005, 2ª T, DJ de 28-10-2005.
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A assertiva apresenta corretamente o trecho do julgado RE 637.485 com repercussão geral, onde o STF
entendeu que a jurisprudência do TSE também deverá obedecer à segurança jurídica garantida pelo princípio
da anterioridade eleitoral, conforme trecho destacado abaixo:
(...) as decisões do TSE que, no curso do pleito eleitoral (ou logo após o seu encerramento),
impliquem mudança de jurisprudência (e dessa forma repercutam sobre a segurança jurídica),
não têm aplicabilidade imediata ao caso concreto e somente terão eficácia sobre outros casos no
pleito eleitoral posterior.4
Gabarito: Certo.
30) O cidadão que exerce dois mandatos consecutivos como prefeito de determinado Município fica
inelegível para o cargo da mesma natureza em qualquer outro Município da Federação.
Comentários
A assertiva apresenta a literalidade de um importante julgado do STF onde se abordou a figura do "prefeito
itinerante" ou "prefeito profissional", onde cidadão troca de Município a cada dois mandatos consecutivos
como prefeito numa tentativa de burlar a inelegibilidade em virtude do cargo.
Segundo o entendimento da corte, a reeleição é permitida por apenas uma única vez para o tipo do cargo,
independentemente do ente federativo. Portanto, uma pessoa poderá ser Prefeito por dois mandatos e, em
seguida, se candidatar à Governador, mas não poderá ser Prefeito de uma cidade por dois mandatos e tentar
um terceiro mandato em outro Município. Veja o julgado:
Gabarito: Certo.
4
RE 637.485, rel. min. Gilmar Mendes, j. 1º-8-2012, P, DJE de 21-5-2013, Tema 564.
5
RE 637.485, rel. min. Gilmar Mendes, j. 1º-8-2012, P, DJE de 21-5-2013, Tema 564.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1
INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Organização do Estado
Pronto para testar seu conhecimento?!
QUESTÕES INÉDITAS
2) Os municípios podem ser incorporados por meio de lei estadual dentro do período determinado por Lei
Complementar Federal.
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5) A fusão de Municípios far-se-á por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar
Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos,
sendo prescindível a realização de Estudo de Viabilidade Municipal.
6) Federação é uma forma de Estado caracterização pela descentralização territorial do poder político em
entes dotados de soberania, unidos de forma indissolúvel com fundamento em uma Constituição.
7) Auto-organização é a capacidade dos entes federativos de se auto organizarem por meio da elaboração
das respectivas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas.
8) Auto legislação é a capacidade dos entes federativos de editarem suas próprias leis.
10) Autogoverno é a capacidade dos entes federativos de elegerem seus próprios representantes.
11) Um ente federado só não poderá recusar fé quanto aos documentos públicos de sua emissão.
12) Apenas a União poderá criar distinções entre brasileiros, como se verifica na impossibilidade de
brasileiro naturalizado exercer cargo de Presidência do Senado Federal.
13) Permite-se à União, aos estados e aos municípios colaborar com as igrejas quando demonstrado o
interesse público, na forma da lei.
14) As subvenções a cultos religiosos e igrejas só é admitida no caso de religiões oficialmente adotadas
pelo Estado brasileiro.
15) É constitucional a lei estadual que estabeleça como condição de acesso a licitação pública, para
aquisição de bens ou serviços, que a empresa licitante tenha a fábrica ou sede no Estado-membro.
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16) A ilha costeira que seja sede de Município não se insere como bem da União.
18) Os recursos minerais, inclusive os do subsolo não se inserem como bens da União.
19) A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada
como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e
utilização serão reguladas por lei complementar.
20) Os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva pertencem à União,
sendo-lhe assegurada a participação integral no resultado da exploração de petróleo, gás natural e outros
recursos minerais e de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica.
21) Os recursos minerais do subsolo e as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União.
22) Pertencem aos Estados as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos
localizados dentro de sua respectiva área territorial.
23) A exploração de recursos minerais de qualquer espécie será objeto de autorização conjunta da União
e do Estado quando os recursos estiverem localizados em área territorial do Estado.
24) Compete a União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços
de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham
os limites de Estados.
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26) Compete a União planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas,
especialmente as secas e as inundações.
27) Compete a União instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico e transportes urbanos.
28) Compete a União estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
29) Lei estadual é competente para autorizar que a polícia civil e militar faça uso de armas de fogo
aprendidas.
30) É inconstitucional lei estadual que obriga empresas de telefonia móvel a instalarem equipamentos de
bloqueio do serviço de celular em presídio.
31) É incompatível com a Constituição Federal a lei estadual que estipule, para determinadas categorias
profissionais, jornada de trabalho diferente da disposta na legislação federal.
32) Os Estados-Membros não possuem competência para legislar sobre horário de verão.
33) Legislar sobre direito processual, direito econômico e procedimentos em matéria processual é
competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal; privativa da União; e privativa dos
Estados, respectivamente.
34) Rones integra um grupo de estudos que analisa a Constituição Federal de 1988 aprofundadamente. Ao
se deparar com o capítulo que dispõe a respeito da Organização Político- Administrativa do Estado, Rones
foi questionado pelos seus colegas de estudos sobre a competência para legislar sobre trânsito e
transporte, tendo respondido corretamente que essa competência é privativa da União.
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36) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros,
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente
interessada, através de referendo, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
38) É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios tratar sobre juntas
comerciais.
42) Compete à União planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas,
especialmente as secas e as inundações e compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre educação, cultura, ensino e desporto.
43) Compete privativamente à União legislar sobre organização judiciária, do Ministério Público e da
Defensoria Pública.
44) Compete privativamente à União legislar sobre comércio exterior e interestadual e sobre o regime dos
portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial.
45) Compete privativamente à União legislar sobre águas, energia, informática, telecomunicações e
radiodifusão.
46) É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios legislar sobre
diretrizes e bases da educação nacional.
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47) Lei Complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias que
são de competência privativa da União.
48) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito tributário,
financeiro e econômico.
49) Compete privativamente à União legislar sobre organização do sistema nacional de emprego,
condições para o exercício de profissões e seguridade social.
Competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (art. 23)
50) Emitir moeda; decretar intervenção federal; e impedir a destruição de obras de arte e de outros bens
de valor histórico, artístico ou cultural são exemplos de competências exclusivas da União.
51) Planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas; executar os serviços de
polícia marítima; e estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpo, em forma
associativa, são exemplos de competências exclusivas da União.
52) A iniciativa legislativa em matéria de proteção ao patrimônio turístico é concorrente entre a União, os
Estados e o Distrito Federal, sendo vedado aos Municípios dispor sobre a matéria.
53) O Governador de determinada unidade da federação brasileira pretende elaborar regras a respeito de
procedimentos em matéria processual. Consultando a Constituição Federal de 1988, ele verificou que se
trata de competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal.
54) Compete aos estados e ao Distrito Federal organizar e manter seu Poder Judiciário, Ministério Público,
polícia civil, polícia militar e corpo de bombeiros militar.
55) Compete ao Tribunal de Justiça julgar o Prefeito que tenha cometido crime comum, exceto no caso de
crime doloso contra a vida, hipótese em que a competência passa a ser do Tribunal do Júri.
56) A competência privativa da União de legislar sobre propaganda comercial poderá ser atribuída aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, mediante lei complementar.
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57) Inexistindo lei federal sobre normas gerais de trânsito e transporte, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
58) Caso um Estado-membro exerça sua competência plena e, posteriormente, a União edite norma geral
sobre a matéria, ocorrerá a suspensão da eficácia da lei estadual, no que lhe for contrária a lei federal
superveniente.
60) Incluem-se entre os bens dos estados as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
61) A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e
julgamento são da competência legislativa privativa da União.
62) Compete à União e aos estados elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do
território e de desenvolvimento econômico e social.
63) Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado,
vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
64) São bens dos Estados o mar territorial e os potenciais de energia hidráulica.
65) São bens estaduais as ilhas oceânicas e costeiras, ainda que nelas se encontre a sede de algum
Município.
66) São bens dos Estados as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União.
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67) São bens estaduais as águas superficiais ou subterrâneas, independentemente se decorrerem de obras
municipais ou federais.
69) Na hipótese de determinado Estado brasileiro possuir trinta representantes na Câmara dos Deputados,
a respectiva Assembleia Legislativa deverá eleger 54 Deputados Estaduais.
70) O poder legislativo estadual apresenta estrutura bicameral decorrente da obrigatoriedade de simetria
entre os poderes legislativos de cada esfera federativa.
71) A iniciativa popular no processo legislativo é vedada no âmbito estadual e municipal, sendo possível
apenas perante o Poder Legislativo Federal.
72) O mandato dos Governadores será de quatro anos, sendo admitida a compatibilização de horários caso
o governador assuma outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta.
74) Aos Deputados Estaduais não se aplicam as regras sobre imunidades, perda de mandato, licença e
impedimentos aplicáveis aos Deputados Federais.
75) Em cada legislatura, a Câmara Municipal fixará o subsídio dos vereadores da legislatura subsequente.
76) É vedado que o total da despesa com a remuneração dos vereadores ultrapasse o montante de cinco
por cento da receita do município.
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77) É possível a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, contudo esta
dependerá de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado.
79) O julgamento do prefeito por crime comum será realizado perante o Tribunal de Justiça.
80) Se no ano de 2019 a Câmara dos Vereadores do Município X gastar 75% de sua receita com o custeio
da folha de pagamento, neste caso, o Presidente da Câmara terá praticado crime de responsabilidade.
81) Se o prefeito do Município X encaminhar o repasse das verbas ao Poder Legislativo em valor superior
ao total da despesa do Poder Legislativo Municipal, este terá praticando crime de responsabilidade.
83) O Município não é competente para legislar sobre meio ambiente, posto que não possuí competência
concorrente.
84) O Município é competente para impor a estabelecimentos bancários a obrigação de instalarem portas
eletrônicas, com detector de metais, travamento e retorno automático e vidros à prova de balas.
85) O Município é competente para fixar o horário de funcionamento das agências bancárias que se
encontrem em seu território.
86) Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que fixe distanciamento mínimo entre postos de
combustíveis.
87) A competência da União e dos Estados é expressa, sendo a competência dos Municípios remanescente
ou residual.
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89) A competência para criar, organizar e suprimir distritos pertence aos Municípios, devendo ser
observada a legislação estadual.
90) Compete aos municípios legislar sobre questões específicas em matéria eleitoral.
91) Os municípios têm competência legislativa para suplementar a legislação estadual, mas não a
legislação federal.
92) O controle externo do município será exercido pela Câmara Municipal com o auxílio dos Tribunais de
Contas.
94) É constitucional a extinção de Tribunais de Contas dos Municípios mediante emenda à Constituição
Estadual.
95) As contas dos Municípios devem ficar disponíveis a todos os contribuintes, durante sessenta dias,
anualmente, podendo ser examinadas, apreciadas e questionadas.
96) O parecer prévio emitido pelo órgão competente para apreciar as contas do Prefeito só deixará de
prevalecer por decisão de 3/5 dos membros da Câmara Municipal.
97) O Distrito Federal possui competência para explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços
locais de gás canalizado, bem como, organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, os serviços públicos de transporte coletivo.
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100) O Distrito Federal não possuí eleições para Prefeito, Vice Prefeito e Vereadores, uma vez que não
pode ser dividido em Municípios.
103) O governo dos Territórios Federais submete suas contas ao Congresso Nacional, cabendo a emissão
de parecer prévio ao Tribunal de Contas da União.
Gabarito: Certo.
104) Os Territórios possuirão órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério
Público e defensores públicos federais, caso possua mais de cinquenta mil habitantes.
106) A população dos Territórios Federais elegerá seu Governador, um Senador e quatro Deputados
Federais.
107) O Poder Executivo não poderá decretar de ofício a intervenção federal para manter a integridade
nacional e por termo a grave comprometimento da ordem pública.
108) O Poder Executivo não poderá decretar de ofício a intervenção federal para garantir o livre exercício
de qualquer dos poderes da federação e repelir invasão de uma Unidade Federativa em outra.
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109. O Poder Executivo não poderá decretar de ofício a intervenção federal para dar provimento de lei
federal e assegurar a observância dos princípios sensíveis.
110) O Poder Executivo não poderá decretar de ofício a intervenção federal para reorganizar as finanças
de unidade da federação que deixar de entregar aos Municípios a sua parcela constitucional de receita
tributária e prover a execução de ordem ou decisão judicial.
111) O Poder Executivo não poderá decretar de ofício a intervenção federal para repelir invasão
estrangeira e reorganizar as finanças de unidade da federação que tenha suspendido o pagamento de sua
dívida fundada por mais de dois anos consecutivos.
112) No ano de 20XX diversas ordens judiciais da Justiça Estadual começaram a ser desrespeitadas pelo
Estado do WW. Com o passar dos meses, agressões aos membros do Judiciário tornaram-se constantes e
atuação deste poder tornou-se completamente impedida pelo chefe do executivo estadual. Diante da
situação de violação no exercício do Poder Judiciário, o Tribunal competente para efetuar a requisição de
intervenção federal no estado será o Supremo Tribunal Federal.
113) Em caso de violação aos princípios sensíveis, caberá ao Procurador Geral da República promover a
ação direta de inconstitucionalidade interventiva, que será processado perante o STF e terá efeitos
políticos e jurídicos.
115) O Estado que não possui recursos para pagamento de dívidas judiciárias (precatórios) possui vícios
na execução orçamentária e poderá ter intervenção federal decretada, independentemente de dolo do
chefe do executivo.
116) A intervenção federal só terá vigor após o decreto interventivo ser submetido ao controle político
pelo Congresso Nacional no prazo de 24 horas.
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118) Não prestar as contas devidas, na forma da lei, e não aplicar o mínimo exigido da receita municipal
na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde, são exemplos de
hipóteses que autorizam a decretação de Intervenção Estadual nos Municípios.
119) Deixar de pagar, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida flutuante não figura
dentre as hipóteses que autorizam a decretação de Intervenção Estadual nos Municípios.
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GABARITO
1. E 2. C 3. E 4. E 5. E
6. E 7. C 8. C 9. C 10. C
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QUESTÕES COMENTADAS
Comentários
Contraria a literalidade do art. 18, § 2º, da CF/88. A reintegração de território será regulada por lei
complementar, e não por lei ordinária.
Art. 18, § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado
ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
Gabarito: Errado.
2) Os municípios podem ser incorporados por meio de lei estadual dentro do período determinado por Lei
Complementar Federal.
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As alterações federativas envolvendo Municípios irão se efetivar mediante lei ordinária estadual, dentro do
período determinado por lei complementar federal.
Gabarito: Certo.
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Não há que se falar em referendo para o desmembramento de estado. A consulta prévia à população se dará
mediante plebiscito, conforme o art. 18, §3º, da CF/88:
Art. 18, § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da
população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei
complementar.
Gabarito: Errado.
Comentários
Os Territórios federais integram a União, mas possuem natureza de mera autarquia, conforme o art. 18, §2º,
da CF/88. Não são entes federativos e, por isso, não são dotados de autonomia política, o que torna incorreta
a assertiva.
Art. 18, § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado
ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
Gabarito: Errado.
5) A fusão de Municípios far-se-á por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar
Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos,
sendo prescindível a realização de Estudo de Viabilidade Municipal.
Comentários
A divulgação de estudos de viabilidade municipal é uma das condições para que ocorra alteração federativa
envolvendo Municípios. Atenção para a palavra prescindível, que significa dispensável.
Gabarito: Errado.
6) Federação é uma forma de Estado caracterização pela descentralização territorial do poder político em
entes dotados de soberania, unidos de forma indissolúvel com fundamento em uma Constituição.
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Os entes de uma federação são dotados de autonomia, e não de soberania. A soberania é característica da
República Federativa do Brasil.
Gabarito: Errado.
7) Auto-organização é a capacidade dos entes federativos de se auto organizarem por meio da elaboração
das respectivas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas.
Comentários
De fato, o conceito de auto-organização concede aos entes federativos a competência para se auto-
organizarem por meio da elaboração das Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas, a depender do ente
federativo considerado.
Gabarito: Certo.
8) Auto legislação é a capacidade dos entes federativos de editarem suas próprias leis.
Comentários
Gabarito: Certo.
Comentários
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O conceito de autoadministração citado pela assertiva está correto, de fato, trata-se do poder que os entes
federativos têm para exercer suas atribuições de natureza administrativa, tributária e orçamentária, o que
os permite, inclusive, elaborarem seus próprios orçamentos, arrecadarem seus próprios tributos e
executarem políticas públicas.
Gabarito: Certo.
10) Autogoverno é a capacidade dos entes federativos de elegerem seus próprios representantes.
Comentários
A capacidade dos entes federativos poderem eleger seus próprios representantes é o que define a aptidão
para autogoverno. Tendo em vista que esse é o conceito apresentado na assertiva, ela está correta.
Gabarito: Certo.
11) Um ente federado só não poderá recusar fé quanto aos documentos públicos de sua emissão.
Comentários
A Constituição Federal veda que os entes federativos recusem fé aos documentos públicos em geral, não
interessando qual o ente público emissor, o que torna a assertiva incorreta. Sendo um documento público,
este terá fé pública, seja perante a União, Estados, DF ou Municípios.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
Gabarito: Errado.
12) Apenas a União poderá criar distinções entre brasileiros, como se verifica na impossibilidade de
brasileiro naturalizado exercer cargo de Presidência do Senado Federal.
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Comentários
Nenhum ente federado poderá criar distinções entre brasileiros. O exemplo citado deriva diretamente do
art. 19, inciso III, da CF/88, transcrito abaixo.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
Gabarito: Errado.
13) Permite-se à União, aos estados e aos municípios colaborar com as igrejas quando demonstrado o
interesse público, na forma da lei.
Comentários
O texto constitucional vedou à União, aos estados e aos municípios o estabelecimento de cultos ou
subvenção de religiões. Contudo, optou por possibilitar a colaboração de interesse público entre os entes e
entidades religiosas, o que, tal como afirmado pela alternativa, ocorrerá na forma da lei.
Para finalizar, lembre-se que o trecho pertinente às colaborações trata de norma de eficácia limitada, uma
vez que tais parcerias só poderão ser realizadas "na forma da lei."
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
Gabarito: Certo.
14) As subvenções a cultos religiosos e igrejas só é admitida no caso de religiões oficialmente adotadas
pelo Estado brasileiro.
Comentários
O texto constitucional é claro ao vedar que os entes federativos estabeleçam cultos religiosos ou igrejas
como oficiais, entendimento que se compatibiliza com o fato do Brasil ser um Estado laico.
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Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
Gabarito: Errado.
15) É constitucional a lei estadual que estabeleça como condição de acesso a licitação pública, para
aquisição de bens ou serviços, que a empresa licitante tenha a fábrica ou sede no Estado-membro.
Comentários
A alternativa afirma exatamente o oposto da literalidade de um julgado do STF. Neste julgado, foi firmada a
tese de que "é inconstitucional a lei estadual que estabeleça como condição de acesso a licitação pública,
para aquisição de bens ou serviços, que a empresa licitante tenha a fábrica ou sede no Estado-membro"2.
Gabarito: Errado.
16) A ilha costeira que seja sede de Município não se insere como bem da União.
Comentários
Os bens da União estão previstos no art. 20 da CF/88, cujos incisos pertinentes à questão estão transcritos a
seguir:
(...)
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as
ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art.
26, II;
1
ADI 5.257, rel. min. Dias Toffoli, j. 20-9-2018, P, DJE de 3-12-2018.
2
ADI 3.583, rel. min. Cezar Peluso, j. 21-2-2008, P, DJE de 14-3-2008.
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(...)
VI - o mar territorial;
Dentre os bens da União, realmente não estão incluídas as ilhas costeiras que sejam sede de Município, a
não ser que essas ilhas sejam áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal.
Gabarito: Certo.
Comentários
Os bens da União estão previstos, em regra, no art. 20 da CF/88, cujos incisos pertinentes à questão estão
transcritos a seguir:
(...)
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as
ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art.
26, II;
(...)
VI - o mar territorial;
Note que os terrenos de marinha e seus acrescidos estão no rol de bens da União, portanto a assertiva está
incorreta, vez que se equivoca ao excluí-los.
Gabarito: Errado.
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18) Os recursos minerais, inclusive os do subsolo não se inserem como bens da União.
Comentários
Os bens da União estão previstos, em regra, no art. 20 da CF/88, cujos incisos pertinentes à questão estão
transcritos a seguir:
(...)
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as
ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art.
26, II;
(...)
VI - o mar territorial;
Note que os recursos minerais, inclusive os do subsolo, estão no rol de bens da União, portanto a assertiva
está incorreta, vez que se equivoca ao excluí-los.
Gabarito: Errado.
19) A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada
como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e
utilização serão reguladas por lei complementar.
Comentários
Não é necessária lei complementar, mas sim lei ordinária, consoante art. 20, § 2º, da CF/88:
Art. 20, § 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras
terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do
território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
Gabarito: Errado.
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20) Os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva pertencem à União,
sendo-lhe assegurada a participação integral no resultado da exploração de petróleo, gás natural e outros
recursos minerais e de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica.
Comentários
É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, participação no resultado
da exploração de petróleo ou gás natural e outros recursos minerais e de recursos hídricos para fins de
geração de energia elétrica, conforme art. 20, V, § 1º, da CF/88:
(...)
(...)
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como
a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo
ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos
minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica
exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
Gabarito: Errado.
21) Os recursos minerais do subsolo e as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União.
Comentários
Os recursos minerais do subsolo e as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União,
conforme art. 20, IX e XI, da CF/88.
(...)
(...)
Gabarito: Certo.
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22) Pertencem aos Estados as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos
localizados dentro de sua respectiva área territorial.
Comentários
(...)
Gabarito: Errado.
23) A exploração de recursos minerais de qualquer espécie será objeto de autorização conjunta da União
e do Estado quando os recursos estiverem localizados em área territorial do Estado.
Comentários
Não será de autorização conjunta. Cabe à União a exploração e o aproveitamento de tais recursos minerais,
bem como efetuar autorização ou concessão da exploração por particulares, conforme art. 176, caput e §
1º, da CF/88:
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia
hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou
aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da
lavra.
Gabarito: Errado.
24) Compete a União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços
de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham
os limites de Estados.
Comentários:
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(...)
Gabarito: Certo.
Comentários:
(...)
Gabarito: Certo.
26) Compete a União planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas,
especialmente as secas e as inundações.
Comentários:
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(...)
Gabarito: Certo.
27) Compete a União instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico e transportes urbanos.
Comentários:
(...)
Gabarito: Certo.
28) Compete a União estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Comentários:
A política de educação para segurança do trânsito é competência comum da União, dos Estados, Distrito
Federal e Municípios, conforme o art. 23, inciso XII, da CF/88:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
(...)
Por fim, gostaria que você revisasse a diferença básica entre a competência para legislar sobre trânsito e a
competência para segurança do trânsito, uma vez que esta alternativa é constantemente objeto de
pegadinhas:
Gabarito: Errado.
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29) Lei estadual é competente para autorizar que a polícia civil e militar faça uso de armas de fogo
aprendidas.
Comentários
A jurisprudência do STF é firme no sentido de que a competência exclusiva da União para legislar sobre
material bélico abrange a destinação de armas apreendidas e em situação irregular, razão pela qual não
poderia o governo estadual tratar sobre o tema.
Deste modo, a assertiva está incorreta, pois contraria diretamente o julgado em STF, ADIN 3258, veja:
A competência exclusiva da União para legislar sobre material bélico, complementada pela
competência para autorizar e fiscalizar a produção de material bélico, abrange a disciplina
sobre a destinação de armas apreendidas e em situação irregular.3
Gabarito: Errado.
30) É inconstitucional lei estadual que obriga empresas de telefonia móvel a instalarem equipamentos de
bloqueio do serviço de celular em presídio.
Comentários
De fato, o entendimento do STF é de que leis estaduais não poderão tratar sobre o tema uma vez que
pertence à União a competência para legislar sobre telecomunicações, veja:
Lei estadual que disponha sobre bloqueadores de sinal de celular em presídio invade a
competência da União para legislar sobre telecomunicações. Com base nesse
entendimento, o Plenário, em apreciação conjunta e por maioria, declarou a
inconstitucionalidade da Lei 3.153/2005 do Estado do Mato Grosso do Sul e da Lei
15.829/2012 do Estado de Santa Catarina. (...) 4
Gabarito: Certo.
31) É incompatível com a Constituição Federal a lei estadual que estipule, para determinadas categorias
profissionais, jornada de trabalho diferente da disposta na legislação federal.
Comentários
3
STF, ADIN 3258. Rel. Min. Joaquim Barbosa. 06.04.2005
4
ADI 5356/MS. Rel. Min. Edson Fachin. rel. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio. Julgamento: 03.08.2016.
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A assertiva trata de um entendimento recente do STF sobre a competência exclusiva da União para
organização, manutenção e execução da inspeção do trabalho, veja:
Gabarito: Certo.
32) Os Estados-Membros não possuem competência para legislar sobre horário de verão.
Comentários
O tema apresentado na questão foi recentemente abordado pela jurisprudência do STF, que decidiu pela
incompetência dos Estados, DF e Municípios legislarem sobre o horário de verão, uma vez que para a corte
tal competência para definição do horário oficial compete de forma exclusiva à União. Veja:
Gabarito: Certo.
33) Legislar sobre direito processual, direito econômico e procedimentos em matéria processual é
competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal; privativa da União; e privativa dos
Estados, respectivamente.
Comentários
Vejamos o teor dos artigos 22, inciso I, e 24, incisos I e XI, da CF/88:
5
ADI 6.149, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 29-11-2019, P, DJE de 18-12-2019.
6
ADI 158, rel. min. Celso de Mello, j. 1º-8-2018, P, DJE de 28-8-2018.
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I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e
do trabalho;
(...)
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
(...)
A partir desses dispositivos, concluímos que a competência para legislar sobre direito processual é privativa
da União, que pode autorizar, por Lei Complementar, os Estados a legislar sobre questões específicas.
Por outro lado, cabe à União, aos Estados e ao DF legislar, concorrentemente, sobre direito econômico e
procedimentos em matéria processual, ressaltando-se que a União se limita a estabelecer normas gerais,
nos termos do § 1º, do art. 24, da CF/88, transcrito a seguir. Desta forma, a assertiva está incorreta
Gabarito: Errado.
34) Rones integra um grupo de estudos que analisa a Constituição Federal de 1988 aprofundadamente. Ao
se deparar com o capítulo que dispõe a respeito da Organização Político- Administrativa do Estado, Rones
foi questionado pelos seus colegas de estudos sobre a competência para legislar sobre trânsito e
transporte, tendo respondido corretamente que essa competência é privativa da União.
Comentário
A CF/88 dispõe expressamente que a competência para legislar sobre trânsito e transporte é privativa da
União, nos termos do art. 22, inciso XI, transcrito abaixo. Desta forma, a assertiva está correta.
XI - trânsito e transporte;
Vale ser ressaltado que as competências privativas podem ser delegadas aos Estados-membros mediante a
edição de Lei Complementar, conforme o art. 22, parágrafo único, da CF/88:
Art. 22, Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste artigo.
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Gabarito: Certo.
Comentário
Gabarito: Errado.
36) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros,
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente
interessada, através de referendo, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
Comentário
A consulta à população diretamente interessada não é feita por referendo, mas por plebiscito, conforme o
art. 18, § 3º, da CF/88.
Art. 18, § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da
população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei
complementar.
Gabarito: Errado.
Comentário
(...)
Gabarito: Certo.
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38) É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios tratar sobre juntas
comerciais.
Comentário
A assertiva trata de competência concorrente entre a União, Estados e o Distrito Federal, conforme o art.
24, inciso III, da CF/88.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
(...)
Gabarito: Errado.
Comentário
A CF/88 permite que haja iniciativa popular no processo legislativo estadual, conforme o seu art. 27, § 4º,
transcrito abaixo:
Art. 27, § 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
Gabarito: Errado.
Comentários
Gabarito: Certo.
Comentários
De fato, compete privativamente à União legislar sobre registros públicos e populações indígenas, consoante
art. 22, XIV e XXV, da CF/88:
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(...)
(...)
Gabarito: Certo.
42) Compete à União planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas,
especialmente as secas e as inundações e compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre educação, cultura, ensino e desporto.
Comentários
Conforme o art. 21, inciso XVIII e art. 24, inciso IX, ambos da CF/88:
(...)
(...)
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
(...)
Gabarito: Certo.
43) Compete privativamente à União legislar sobre organização judiciária, do Ministério Público e da
Defensoria Pública.
Comentários
Compete privativamente à União legislar sobre organização judiciária, do Ministério Público do Distrito
Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios:
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(...)
Gabarito: Errado.
44) Compete privativamente à União legislar sobre comércio exterior e interestadual e sobre o regime dos
portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial.
Comentários
A assertiva está correta, pois é competência privativa prevista no art. 22, VIII e X, da CF/88:
(...)
(...)
Gabarito: Certo.
45) Compete privativamente à União legislar sobre águas, energia, informática, telecomunicações e
radiodifusão.
Comentários
Conforme art. 22, inciso IV, da CF/88, compete privativamente à União legislar sobre águas, energia,
informática, telecomunicações e radiodifusão.
(...)
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Gabarito: Certo.
46) É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios legislar sobre
diretrizes e bases da educação nacional.
Comentários
Conforme o art. 22, inciso XXIV, da CF/88, compete privativamente à União legislar sobre diretrizes e bases
da educação nacional.
(...)
Gabarito: Errado.
47) Lei Complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias que
são de competência privativa da União.
Comentários
(...)
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste artigo.
Gabarito: Certo.
48) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito tributário,
financeiro e econômico.
Comentários
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
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Gabarito: Certo.
49) Compete privativamente à União legislar sobre organização do sistema nacional de emprego,
condições para o exercício de profissões e seguridade social.
Comentários
(...)
(...)
Gabarito: Certo.
Competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (art. 23)
50) Emitir moeda; decretar intervenção federal; e impedir a destruição de obras de arte e de outros bens
de valor histórico, artístico ou cultural são exemplos de competências exclusivas da União.
Comentários
Todas as competências narradas podem ser exercidas pela União, contudo a assertiva erra pois não se limita
a elencar as competências exclusivas (art. 21, CF/88) como menciona, em seu enunciado também é possível
encontrar competências comuns entre União, Estados, DF e Municípios (Art. 23, CF/88).
Como a questão solicita apenas a competência exclusiva da União, vejamos a correspondência das com os
incisos:
(...)
(...)
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Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
Gabarito: Errado.
51) Planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas; executar os serviços de
polícia marítima; e estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpo, em forma
associativa, são exemplos de competências exclusivas da União.
Comentários
Todas as competências narradas podem ser exercidas pela União de forma exclusiva, tal qual dispõe o artigo
21 da CF/88, sendo a assertiva correta.
(...)
(...)
(...)
Gabarito: Certo.
52) A iniciativa legislativa em matéria de proteção ao patrimônio turístico é concorrente entre a União, os
Estados e o Distrito Federal, sendo vedado aos Municípios dispor sobre a matéria.
Comentários
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
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Podemos concluir que a competência para legislar sobre matéria de proteção ao patrimônio turístico é
concorrente entre a União, os Estados e o Distrito Federal.
A assertiva está incorreta, pois, caso haja interesse local no assunto, os Municípios podem dispor sobre
proteção ao patrimônio turístico, nos termos do supramencionado art. 30, inciso I, da CF/1988.
Todavia, os Municípios possuem autonomia para legislar sobre assuntos de interesse local, nos termos do
art. 30, inciso I, da CF/88:
Assim, caracterizado o interesse local do tema “proteção ao patrimônio turístico”, o Município poderá
legislar sobre o assunto.
Gabarito: Errado.
53) O Governador de determinada unidade da federação brasileira pretende elaborar regras a respeito de
procedimentos em matéria processual. Consultando a Constituição Federal de 1988, ele verificou que se
trata de competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal.
Comentários
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
(...)
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no
que lhe for contrário.
A CF/88 dispõe que a competência para legislar sobre procedimentos em matéria processual é concorrente
da União, dos Estados e do DF. Desta forma, a assertiva está correta.
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Vale ressaltar que a competência da União é limitada a estabelecer normas gerais, cabendo aos Estados e ao
DF o estabelecimento de normas específicas (competência suplementar), a não ser que a União não tenha
legislado sobre as normas gerais, hipótese em que os Estados e o DF podem exercer a competência legislativa
plena, ou seja, legislar sobre aspectos gerais e específicos, no caso, dos procedimentos em matéria
processual.
Por outro lado, após a edição de lei federal sobre as normas gerais supramencionadas, a eficácia da lei
estadual ou distrital que dispuser sobre normas gerais será suspensa no que lhe for contrário.
Gabarito: Certo.
54) Compete aos estados e ao Distrito Federal organizar e manter seu Poder Judiciário, Ministério Público,
polícia civil, polícia militar e corpo de bombeiros militar.
Comentários
A assertiva está incorreta, pois, em relação ao DF, cabe à União organizar e manter tais instituições, conforme
art. 21, incisos XIII e XIV, da CF/88:
(...)
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito
Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços
públicos, por meio de fundo próprio;
Cumpre destacar que, embora sejam organizadas e mantidas pela União, a polícia civil, a polícia militar e o
corpo de bombeiros militar do DF são subordinados ao Governador do DF (art. 144, § 6º, da CF/88) e sua
utilização pelo Governo do DF será disciplinada por lei federal (art. 32, § 4º, da CF/88).
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada
em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara
Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
(...)
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da polícia civil, da
polícia penal, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar.
(...)
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Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através
dos seguintes órgãos:
(...)
Gabarito: Errado.
55) Compete ao Tribunal de Justiça julgar o Prefeito que tenha cometido crime comum, exceto no caso de
crime doloso contra a vida, hipótese em que a competência passa a ser do Tribunal do Júri.
Comentários
Embora seja do Tribunal do Júri, como regra geral, a competência para julgar os crimes dolosos contra vida
(art. 5º, XXXVIII, “d”, CF/88), no caso de o prefeito cometer crime dessa natureza (ou qualquer crime de
competência da Justiça Comum) a competência para julgá-lo será do Tribunal de Justiça, sendo afastada a
competência do Júri em função do disposto no art. 29, X, da CF:
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e
os seguintes preceitos:
(...)
Gabarito: Errado.
56) A competência privativa da União de legislar sobre propaganda comercial poderá ser atribuída aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, mediante lei complementar.
Comentários
Inicialmente, vejamos o teor do art. 22, inciso XXIX e parágrafo único, da CF/88:
(...)
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(...)
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste artigo.
Logo, seria possível a União autorizar os entes federativos a legislarem sobre questões específicas do assunto
“propaganda comercial”, devendo editar lei complementar para atingir tal objetivo.
Porém, somente os Estados e o DF poderiam ser autorizados, conforme o teor do parágrafo único. Ou seja,
os Municípios não poderiam ser autorizados, nos termos da CF/88.
Além disso, a autorização da União não poderia ser direcionada a determinado ente específico, ou seja,
somente um ou outro Estado-membro. Tal autorização deve ser genérica, abrangendo todos os Estados-
membros e o DF.
Gabarito: Errado.
57) Inexistindo lei federal sobre normas gerais de trânsito e transporte, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
Comentários
A competência para legislar sobre trânsito e transporte é privativa da União, conforme o art. 22, inciso XI, da
CF/88.
(...)
XI - trânsito e transporte;
A competência legislativa plena dos estados só pode ser exercida em relação às matérias em que compete à
União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente, conforme o art. 24, §3° da CF/88:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
(...)
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.
Gabarito: Errado.
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58) Caso um Estado-membro exerça sua competência plena e, posteriormente, a União edite norma geral
sobre a matéria, ocorrerá a suspensão da eficácia da lei estadual, no que lhe for contrária a lei federal
superveniente.
Comentários
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
(...)
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no
que lhe for contrário.
Repare que não se trata de revogação automática, mas sim de suspensão da eficácia da lei estadual no que
for contrária à lei federal superveniente.
Gabarito: Certo.
Comentários
Conforme o art. 25, § 3º, da CF/88, os Estados, mediante lei complementar, poderão instituir regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse
comum.
Art. 25, § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes,
para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse
comum.
Gabarito: Certo.
60) Incluem-se entre os bens dos estados as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
Comentários
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(...)
Gabarito: Certo.
61) A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e
julgamento são da competência legislativa privativa da União.
Comentários
Gabarito: Certo.
62) Compete à União e aos estados elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do
território e de desenvolvimento econômico e social.
Comentários
Tal competência é atribuída pela CF/88 à União, conforme o art. 21, inciso IX, transcrito abaixo:
(...)
Gabarito: Errado.
63) Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado,
vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
Comentários
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Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
(...)
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
Gabarito: Certo.
64) São bens dos Estados o mar territorial e os potenciais de energia hidráulica.
Comentários
O mar territorial e os potenciais de energia hidráulica são bens da União previstos no art. 20, incisos VI e VIII,
da CF/88, e não dos Estados como afirma a alternativa.
(...)
VI — o mar territorial;
(...)
Gabarito: Errado.
65) São bens estaduais as ilhas oceânicas e costeiras, ainda que nelas se encontre a sede de algum
Município.
Comentários
As áreas de ilhas oceânicas e costeiras onde se encontrem em sede de Município fazem parte do domínio
deste ente federativo, sendo, portanto, bens municipais.
➢ Município: quando for sede do Município, salvo se afetada por serviço público ou unidade ambiental.
➢ Estado: quando estiverem em seu domínio, excluídas as que se encontrem sob domínio da União,
Municípios ou terceiros.
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➢ União: demais casos, bem como quando afetar ilha municipal por razão de serviço público ou unidade
ambiental.
Gabarito: Errado.
66) São bens dos Estados as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União.
Comentários
(...)
Gabarito: Certo.
67) São bens estaduais as águas superficiais ou subterrâneas, independentemente se decorrerem de obras
municipais ou federais.
Comentários
A assertiva inclui as águas superficiais ou subterrâneas decorrentes de obras federais ao rol de bens dos
Estados. No tocante a estas águas, a regra é que pertençam aos Estados. Contudo, admite-se
excepcionalmente que em virtude de obras federais estas sejam incorporadas aos bens da União.
Veja a literalidade:
Gabarito: Errado.
Comentários
Via de regra, as terras devolutas realmente pertencem aos Estados. Todavia a assertiva vai ao detalhe e traz
uma das exceções que incorporam as terras devolutas ao patrimônio federal: trata-se dos casos em que estas
sejam consideradas indispensáveis à preservação ambiental.
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(...)
(...)
Gabarito: Errado.
69) Na hipótese de determinado Estado brasileiro possuir trinta representantes na Câmara dos Deputados,
a respectiva Assembleia Legislativa deverá eleger 54 Deputados Estaduais.
Comentários
Há uma regra simples para que se obtenha o número de Deputados Estaduais dos estados brasileiros:
quando o número de Deputados Federais for superior a 12, basta adicionar 24 a esse número para que se
tenha o número total de Deputados Estaduais que compõem a respectiva Assembleia Legislativa.
Por outro lado, se o número de Deputados Federais não exceder a 12, o número de Deputados Estaduais
será equivalente ao triplo do número de Deputados Federais.
No caso, o Estado possui 30 Deputados Federais, sendo necessário acrescentar 24 a esse número, totalizando
54 Deputados Estaduais.
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Gabarito: Certo.
70) O poder legislativo estadual apresenta estrutura bicameral decorrente da obrigatoriedade de simetria
entre os poderes legislativos de cada esfera federativa.
Comentários
O único poder legislativo bicameral é o federal. A Constituição Federal não obriga qualquer simetria entre o
Congresso Nacional (composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal) e a Assembleia Legislativa
no Estados.
Desta forma, a Assembleia Legislativa nos Estados e as Câmaras dos Vereadores nos Municípios classificam-
se como unicamerais.
Gabarito: Errado.
71) A iniciativa popular no processo legislativo é vedada no âmbito estadual e municipal, sendo possível
apenas perante o Poder Legislativo Federal.
Comentários
A assertiva contraria o texto constitucional, já que a iniciativa popular é cabível em todas as esferas da
federação e dependerá apenas de uma lei que disponha sobre a mesma. Trata-se, inclusive, de uma
disposição constitucional expressa no artigo 27, §4º, da CF/88:
(...)
Gabarito: Errado.
72) O mandato dos Governadores será de quatro anos, sendo admitida a compatibilização de horários caso
o governador assuma outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta.
Comentários
O mandato dos governadores realmente será de quatro anos. Contudo, o erro da assertiva está em afirmar
que seria possível assumiu outro cargo ou função caso haja compatibilidade de horários.
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Na verdade, o texto constitucional veda expressamente a cumulação de cargos e funções com o exercício do
mandato dos Governadores, facultando-se apenas a posse em cargo público, que deverá observar o disposto
no art. 28, §1° e art. 38, incisos I, IV e V, da CF/88. Veja a literalidade:
Art. 28, § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na
administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e
observado o disposto no art. 38, I, IV e V.
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;
(...)
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
Gabarito: Errado.
Comentários
Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre sua polícia legislativa, servidores administrativos,
regimento interno. Além disso, também compete a ela dar provimento aos cargos de sua estrutura, tal como
disposto no §3º, do art. 27, da CF/88.
(...)
§ 3º Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços
administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
Gabarito: Certo.
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74) Aos Deputados Estaduais não se aplicam as regras sobre imunidades, perda de mandato, licença e
impedimentos aplicáveis aos Deputados Federais.
Comentários
O texto constitucional é expresso ao conceder aos Deputados Estaduais e Federais a sujeição às mesmas
regras de sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença,
impedimentos e incorporação às Forças Armadas. Portanto, a alternativa está incorreta por contrariar a
literalidade constitucional.
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta
Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de
mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
Gabarito: Errado.
75) Em cada legislatura, a Câmara Municipal fixará o subsídio dos vereadores da legislatura subsequente.
Comentários
Segundo o art. 29, inciso VI, da CF/88, a Câmara Municipal deverá votar em cada legislatura o valor do
subsídio dos vereadores que será aplicado na legislatura subsequente.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e
os seguintes preceitos:
(...)
VI — o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada
legislatura para a subsequente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios
estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos:
Gabarito: Certo.
76) É vedado que o total da despesa com a remuneração dos vereadores ultrapasse o montante de cinco
por cento da receita do município.
Comentários
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Além dos limites estabelecidos pelo artigo 29-A, §1º, da CF/88, o texto constitucional realmente prevê ainda
que a despesa com a remuneração dos vereadores não poderá ultrapassar o montante de 5% da receita
municipal.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e
os seguintes preceitos:
(...)
VII — o total da despesa com a remuneração dos vereadores não poderá ultrapassar o montante
de cinco por cento da receita do município;
Vale lembrar, o limite geral de 70% do gasto da Câmara com despesas com pessoal inclui o subsídio dos
vereadores na análise de seu cumprimento. Contudo, tomará como base a receita do Legislativo Municipal
e não do Município como um todo. Portanto, são duas regras:
✓ RG que limita gastos com pessoal a 70% da receita da Câmara dos Vereadores.
✓ Regra específica que limita gasto específico do subsídio dos vereadores a 5% da receita do Município.
Gabarito: Certo.
77) É possível a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, contudo esta
dependerá de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado.
Comentários
O procedimento ocorrerá exatamente nos moldes da alternativa. A iniciativa popular de projetos de lei é
aceita no âmbito municipal e realmente dependerá de manifestação de, no mínimo, 5% do eleitorado. Veja
a literalidade:
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e
os seguintes preceitos:
(...)
Gabarito: Certo.
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Comentários
Não há que se falar em imunidade formal no âmbito parlamentar municipal. Na verdade, a alternativa
confundi o candidato englobando a imunidade formal na mesma condição exigida pela imunidade material:
a necessidade do vereador se encontrar na circunscrição do Município.
Quanto a imunidade parlamentar, lembre-se que a Carta Magna se limitou a conceder-lhes inviolabilidade
por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município (art. 29, inciso
VIII, CF/88), a chamada imunidade material.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e
os seguintes preceitos:
(...)
VIII — inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato
e na circunscrição do Município;
Gabarito: Errado.
79) O julgamento do prefeito por crime comum será realizado perante o Tribunal de Justiça.
Comentários
O art. 29, inciso X, da CF/88 determina que julgamento do Prefeito ocorrerá perante o Tribunal de Justiça.
Vale lembrar que o STF entende que a competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos se limita aos
crimes de competência da justiça comum estadual. Isso porque, nos demais casos, a competência originária
dos outros tribunais prevalecerá, tal como ocorre nos crimes federais de competência do TRF ou nos crimes
eleitorais do TSE.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e
os seguintes preceitos:
(...)
Gabarito: Certo.
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80) Se no ano de 2019 a Câmara dos Vereadores do Município X gastar 75% de sua receita com o custeio
da folha de pagamento, neste caso, o Presidente da Câmara terá praticado crime de responsabilidade.
Comentários
No caso apresentado a Câmara dos Vereadores extrapolou o limite com custeio de sua folha de pagamento,
uma vez que mais de 70% de receita foi comprometida.
Portanto, é necessário compatibilizar o § 1º e o § 3º, ambos do art. 29 da CF/88, uma vez que estes imputam
ao Presidente da Câmara Municipal o crime de responsabilidade decorrente da violação da regra
mencionada.
Art. 29, § 1º A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha
de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.
(...)
Gabarito: Certo.
81) Se o prefeito do Município X encaminhar o repasse das verbas ao Poder Legislativo em valor superior
ao total da despesa do Poder Legislativo Municipal, este terá praticando crime de responsabilidade.
Nesta assertiva, temos um crime de responsabilidade praticado pelo Prefeito uma vez que o repasse das
verbas ao Poder Legislativo deve seguir os limites com despesa total do Poder Legislativo.
Assim, o fato do chefe do Executivo Municipal ter enviado repassasse superiores importa em crime de
responsabilidade previsto no §2º do art. 29 da CF/88.
Gabarito: Certo.
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Gabarito: Errado.
83) O Município não é competente para legislar sobre meio ambiente, posto que não possuí competência
concorrente.
Comentários
O entendimento do STF é exatamente oposto ao afirmado pela assertiva. Segundo o Supremo, os Municípios
poderão legislar sobre meio ambiente se tal regramento se limitar ao interesse local do ente federado,
conforme o julgado parcialmente transcrito abaixo:
O Município é competente para legislar sobre meio ambiente com União e Estado, no limite
de seu interesse local e desde que tal regramento seja e harmônico com a disciplina
estabelecida pelos demais entes federados (art. 24, VI, c/c 30, I e II, da CRFB).7
Gabarito: Errado.
84) O Município é competente para impor a estabelecimentos bancários a obrigação de instalarem portas
eletrônicas, com detector de metais, travamento e retorno automático e vidros à prova de balas.
Comentários
De acordo com o entendimento do STF sobre o tema. Segundo a Corte, o município possui competência para
dispor sobre a segurança de sua população, razão pela qual poderá impor a estabelecimentos bancários a
obrigação de instalarem portas eletrônicas, com detector de metais, travamento e retorno automático e
vidros à prova de balas.
Perceba que esta exigência não se relaciona com o horário de funcionamento das agências bancárias, mas
apenas remete a requisitos de segurança considerados necessários pelo Município para manutenção da
segurança pública.
Gabarito: Certo.
7
RE 586.224, rel. min. Luiz Fux, j. 5-3-2015, P, DJE de 8-5-2015, Tema 145.
8
ARE 784.981 AgR, rel. min. Rosa Weber, j. 17-3-2015, 1ª T, DJE de 7-4-2015.
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85) O Município é competente para fixar o horário de funcionamento das agências bancárias que se
encontrem em seu território.
Comentários
A fixação de horário de funcionamento das agências bancárias relaciona-se com o sistema financeiro
nacional, razão pela qual extrapola interesse local e deverá ser regulado pela União.
Gabarito: Errado.
86) Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que fixe distanciamento mínimo entre postos de
combustíveis.
Comentários
A súmula vinculante nº 49 dispõe que a lei municipal que impedir a instalação de estabelecimentos
comerciais do mesmo ramo em determinada área agride o princípio da livre concorrência. Contudo, esta
regra geral possui uma exceção: trata-se justamente dos postos de combustíveis que foram objeto da
alternativa.
Súmula Vinculante nº 49: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a
instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
Segundo o STF, é possível que o Município legisle sobre distância mínima entre postos de combustíveis, pois,
neste caso, se fundamenta em questões de segurança pública, uma vez que trata-se de atividade com
potencial para causar grandes danos em caso de acidentes. Veja o julgado:
(...) o acórdão recorrido está em harmonia com a pacífica jurisprudência do STF firmada no
sentido de que o Município tem competência para legislar sobre a distância mínima entre
postos de revenda de combustíveis. 9
Gabarito: Errado.
87) A competência da União e dos Estados é expressa, sendo a competência dos Municípios remanescente
ou residual.
Comentários
9
[RE 566.836 ED, voto da rel. min. Cármen Lúcia, j. 30-6-2009, 1ª T, DJE de 14-8-2009.] Vide RE 235.736, rel. min. Ilmar
Galvão, j. 21-3-2000, 1ª T, DJ de 26-5-2000
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Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
Gabarito: Errado.
Comentários
A criação de novos Municípios pertence à competência dos Estados e será realizada via lei ordinária estadual,
e não pela União. Tal entendimento consta na literalidade do art. 18, § 4º, da CF/88, transcrito abaixo:
Gabarito: Errado.
89) A competência para criar, organizar e suprimir distritos pertence aos Municípios, devendo ser
observada a legislação estadual.
Comentários
A criação, organização e supressão de distritos compete aos Municípios e, de fato, deverá observar a
legislação estadual que trate sobre o tema.
Cuidado com alternativas que troque a legislação estadual por municipal. É um ponto que o examinador
pode alterar para tentar te enganar.
(...)
Gabarito: Certo.
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90) Compete aos municípios legislar sobre questões específicas em matéria eleitoral.
Comentários
Conforme o art. 22, inciso I, da CF/88, é competência privativa da União legislar sobre direito eleitoral.
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e
do trabalho;
Gabarito: Errado.
91) Os municípios têm competência legislativa para suplementar a legislação estadual, mas não a
legislação federal.
Comentários
Conforme o art. 30, inciso II, da CF/88, os Municípios possuem competência para suplementar tanto a
legislação estadual como a federal.
Gabarito: Errado.
92) O controle externo do município será exercido pela Câmara Municipal com o auxílio dos Tribunais de
Contas.
Comentários
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da
lei.
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§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas
dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde
houver.
Gabarito: Certo.
Comentários
No âmbito municipal a análise das contas públicas pode ser efetuada pelo Tribunal de Contas do Estado,
Tribunal de Contas dos Municípios (órgão estadual responsável exclusivamente pela análise municipal) ou
Tribunal de Contas Municipal.
Se o Município contar com Tribunal de Contas Municipal, este será o responsável pela análise das contas.
Caso não haja, temos a possibilidade do Tribunal de Contas Estadual analisá-las (regra geral) ou ainda que
estas sejam submetidas ao Tribunal de Contas dos Municípios, que é órgão estadual criado para análise
específica das contas municipais.
Atualmente, a criação de Tribunais de Contas Municipais (órgão municipal) realmente é proibida como
afirmado na assertiva, sendo tal vedação oriunda do art. 31, §4º, da CF/88, transcrito abaixo:
Por fim, ressalto que não há vedação à criação de novos Tribunais de Contas dos Municípios (órgão estadual
que analisa contas municipais), havendo inclusive julgado sobre o tema:
Gabarito: Certo.
10
ADI 687, rel. min. Celso de Mello, j. 2-2-1995, P, DJ de 10-2-2006.
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94) É constitucional a extinção de Tribunais de Contas dos Municípios mediante emenda à Constituição
Estadual.
Comentários
A assertiva traz o entendimento recente do STF, que afirma a possibilidade de se extinguir um Tribunal de
Contas dos Municípios (Órgão Estadual) por meio de Emenda à Constituição, uma vez que não há qualquer
norma limitativa no texto da CF/88. Veja a emenda:
Gabarito: Certo.
95) As contas dos Municípios devem ficar disponíveis a todos os contribuintes, durante sessenta dias,
anualmente, podendo ser examinadas, apreciadas e questionadas.
Comentários
A assertiva traz uma literalidade do texto constitucional, já que menciona sobre o direito ao acesso dos
contribuintes às contas dos Municípios, que realmente deverão ficar disponíveis, durante sessenta dias,
anualmente, para exame, apreciação e eventuais questionamentos.
Art. 31, § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição
de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade,
nos termos da lei.
Gabarito: Certo.
96) O parecer prévio emitido pelo órgão competente para apreciar as contas do Prefeito só deixará de
prevalecer por decisão de 3/5 dos membros da Câmara Municipal.
Comentários
11
ADI 5.763, rel. min. Marco Aurélio, j. 26-10-2017, P, DJE de 23-10-2019.
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De fato, haverá parecer prévio emitido por um órgão de contas competente para apreciar as contas
municipais. Contudo, a assertiva está errada por conta da quantidade de votos necessários para que este
seja derrubado. O parecer só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros, e não 3/5
como afirmado pela assertiva.
Art. 31, § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve
anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara
Municipal.
Este é o disposto no texto constitucional e nos julgados do STF sobre o tema, veja:
Para fins do art. 1º, inciso I, alínea g, da Lei Complementar 64, de 18 de maio de 1990,
alterado pela Lei Complementar 135, de 4 de junho de 2010, a apreciação das contas de
prefeito, tanto as de governo quanto as de gestão, será exercida pelas Câmaras Municipais,
com o auxílio dos Tribunais de Contas competentes, cujo parecer prévio somente deixará
de prevalecer por decisão de 2/3 dos vereadores.12
Gabarito: Errado.
97) O Distrito Federal possui competência para explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços
locais de gás canalizado, bem como, organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, os serviços públicos de transporte coletivo.
Comentários:
O Distrito Federal possui todas as competências atribuídas aos Estados e aos Municípios por força do artigo
32, §1º, da CF/88. No caso em tela, ambos os serviços se enquadram nas competências do DF, estando a
assertiva correta, uma vez que o gás canalizado é competência estadual e o transporte coletivo compete aos
Municípios.
Art. 25, § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais
de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua
regulamentação.
(...)
(...)
12
RE 848.826, rel. p/ o ac. min. Ricardo Lewandowski, j. 10-8-2016, P, DJE de 24-8-2017, Tema 835.
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(...)
Art. 32, § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos
Estados e Municípios.
Gabarito: Certo.
Comentários:
A autonomia e a organização político-administrativa do Distrito Federal possuem limitações, uma vez que o
texto constitucional dispõe que caberá à União a tutela de alguns aspectos relacionados ao DF.
(...)
XIII — organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
(...)
XIV — organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros
militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a
execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio seja, apresenta limitações previstas na
CF/88.
(...)
Art. 32, § 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da polícia
civil, da polícia penal, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar.
Gabarito: Certo.
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Comentários:
O Distrito Federal segue as disposições estaduais quanto aos seus Deputados Distritais e a CLDF, sendo esta
uma determinação de simetria prevista no artigo 27, §3º, da CF/88:
Art. 32, § 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.
Art. 27, § 3º Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e
serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
Gabarito: Certo.
100) O Distrito Federal não possuí eleições para Prefeito, Vice Prefeito e Vereadores, uma vez que não
pode ser dividido em Municípios.
Comentários:
O Distrito Federal não possui Prefeitos, Vice-Prefeitos ou Vereadores. A sua organização impõe como
autoridades políticas os Governadores, Vice-Governadores e Deputados Distritais, sendo vedada a divisão
deste ente federativo em Municípios.
(...)
Gabarito: Certo.
No Brasil, só existem as Constituições Estaduais e a Federal. No âmbito do Distrito Federal e dos Municípios,
a auto-organização será realizada mediante Lei Orgânica, que será votada nos moldes do “DDD”: Em Dois
turnos, com interstício mínimo de Dez dias, e aprovada por Dois terços (2/3) da CLDF, conforme o art. 32
da CF/88:
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada
em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara
Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
Gabarito: Errado.
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Comentários
Embora os Territórios não gozem de autonomia, foi resguardado pela Constituição Federal a possibilidade
de estes serem divididos em Municípios, conforme o art. 33, § 1º, da CF/88. Atualmente, apenas o Distrito
Federal não poderá ser dividido em Municípios.
Art. 33, § 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que
couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.
Gabarito: Errado.
103) O governo dos Territórios Federais submete suas contas ao Congresso Nacional, cabendo a emissão
de parecer prévio ao Tribunal de Contas da União.
Comentários
Em conformidade com o art. 33, §2º, da CF/88, transcrito abaixo. Os Territórios Federais pertencem à União
e não gozam de autonomia. Portanto, terão suas contas julgadas pelo Legislativo Federal com auxílio do TCU,
sendo este último responsável pelo parecer prévio.
Art. 33, § 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com
parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
Gabarito: Certo.
104) Os Territórios possuirão órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério
Público e defensores públicos federais, caso possua mais de cinquenta mil habitantes.
Comentários
Ao informar um quantitativo de habitantes em desacordo com o art. 33, § 3º, da CF/88. Na verdade, os
territórios possuirão além do Governador, órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do
Ministério Público e defensores públicos federais, caso possuam mais de cem mil habitantes, e não
cinquenta mil.
Perceba ainda, que o critério utilizado foi o número de habitantes, e não o número de cidadãos ou de
eleitores.
Art. 33, § 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador
nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância,
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membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para
a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
Gabarito: Errado.
Comentários
Atualmente o Brasil não conta com Territórios Federais. Contudo, o texto constitucional prevê a possibilidade
de criá-los através de Lei Complementar.
Deste modo, a assertiva está incorreta por imputar matéria de lei complementar a uma lei ordinária.
Art. 18, § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado
ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
Gabarito: Errado.
106) A população dos Territórios Federais elegerá seu Governador, um Senador e quatro Deputados
Federais.
Comentários
O primeiro erro relaciona-se ao Governador. O Poder Executivo nos Territórios Federais será chefiado pelo
Governador, contudo este não será eleito pela população. Isso porque o Governador do Território será
nomeado pelo Presidente da República, após aprovação do nome mediante voto secreto em arguição pública
do Senado Federal, conforme os artigos 33, 52 e 84 da CF/88, parcialmente transcritos abaixo:
Art. 33, § 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador
nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância,
membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para
a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
(...)
III — aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
c) Governador de Território;
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(...)
XIV — nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e
dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o
presidente e os diretores do Banco Central e outros servidores, quando determinado em lei;
Quanto ao acerto da alternativa, de fato o Território Federal poderá eleger 4 deputados federais, trata-se de
determinação expressa do art. 45, § 2º, da CF/88. Isso decorre da competência da Câmara dos Deputados
em representar os interesses do povo.
Gabarito: Errado.
107) O Poder Executivo não poderá decretar de ofício a intervenção federal para manter a integridade
nacional e por termo a grave comprometimento da ordem pública.
Comentários
A assertiva está incorreta, pois, em ambos os casos apresentados, temos hipóteses de intervenção federal
espontânea, que será decretada de ofício pelo Presidente da República.
Os casos em que se autoriza a intervenção federal da União nos estados são previstos de forma taxativa no
art. 34 da CF/88, transcrito abaixo:
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
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c) autonomia municipal;
O Presidente da República sempre será o responsável por decretar a intervenção federal. Contudo, há casos
em que este poderá decretá-la de ofício e casos em que esta dependerá de requisição ou solicitação de
outros poderes. Veja o esquema abaixo que separa a iniciativa de cada hipótese:
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Gabarito: Errado.
108) O Poder Executivo não poderá decretar de ofício a intervenção federal para garantir o livre exercício
de qualquer dos poderes da federação e repelir invasão de uma Unidade Federativa em outra.
Comentários
Os casos em que se autoriza a intervenção federal da União nos estados são previstos de forma taxativa no
art. 34 da CF/88, transcrito abaixo:
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
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c) autonomia municipal;
No caso em tela, a assertiva apresenta um caso de intervenção federal espontânea e outro de intervenção
federal provocada. Desta forma, caberia a decretação de ofício em relação a hipótese de intervenção para
repelir invasão de uma Unidade Federativa em outra.
Uma vez que o enunciado afirma que não seria possível a decretação de ofício para ambos os casos, essa
assertiva deve ser considerada incorreta.
O Presidente da República sempre será o responsável por decretar a intervenção federal. Contudo, há casos
em que este poderá decretá-la de ofício e casos em que esta dependerá de requisição ou solicitação de
outros poderes. Veja o esquema abaixo que separa a iniciativa de cada hipótese:
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Vale lembrar que a intervenção federal provocada pela hipótese de decretação para garantir o livre exercício
de qualquer dos poderes da federação terá pedido será formulado da seguinte forma:
I — no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou
impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder
Judiciário;
Gabarito: Errado.
109. O Poder Executivo não poderá decretar de ofício a intervenção federal para dar provimento de lei
federal e assegurar a observância dos princípios sensíveis.
Comentários
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Os casos em que se autoriza a intervenção federal da União nos estados são previstos de forma taxativa no
art. 34 da CF/88, transcrito abaixo:
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
c) autonomia municipal;
O Presidente da República sempre será o responsável por decretar a intervenção federal. Contudo, há casos
em que este poderá decretá-la de ofício e casos em que esta dependerá de requisição ou solicitação de
outros poderes. Veja o esquema abaixo que separa a iniciativa de cada hipótese:
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Gabarito: Certo.
110) O Poder Executivo não poderá decretar de ofício a intervenção federal para reorganizar as finanças
de unidade da federação que deixar de entregar aos Municípios a sua parcela constitucional de receita
tributária e prover a execução de ordem ou decisão judicial.
Comentários
A assertiva apresenta um caso de intervenção federal espontânea e outro de intervenção federal provocada.
A intervenção federal provocada se apresenta na hipótese de decretação da intervenção para garantir o
provimento de ordem/decisão judicial, ocasião em que o Tribunal competente decidirá sobre o tema e
enviará a requisição ao Presidente da República, que estará obrigado a decretar a medida em virtude da
vinculação gerada pela requisição.
Vale lembrar que a competência para proceder à requisição dependerá de onde emanou a decisão judicial
que está sendo descumprida. Assim, a requisição será feita:
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c) Pelo STF, no caso de descumprimento de ordem ou decisão do próprio STF, da Justiça do Trabalho ou
da Justiça Militar.
Os casos em que se autoriza a intervenção federal da União nos estados são previstos de forma taxativa no
art. 34 da CF/88, transcrito abaixo:
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
c) autonomia municipal;
O Presidente da República sempre será o responsável por decretar a intervenção federal. Contudo, há casos
em que este poderá decretá-la de ofício e casos em que esta dependerá de requisição ou solicitação de
outros poderes. Veja o esquema abaixo que separa a iniciativa de cada hipótese:
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Gabarito: Errado.
111) O Poder Executivo não poderá decretar de ofício a intervenção federal para repelir invasão
estrangeira e reorganizar as finanças de unidade da federação que tenha suspendido o pagamento de sua
dívida fundada por mais de dois anos consecutivos.
Comentários
Em ambos os casos, temos hipótese de intervenção federal espontânea, que será decretada de ofício pelo
Presidente da República.
Os casos em que se autoriza a intervenção federal da União nos estados são previstos de forma taxativa no
art. 34 da CF/88, transcrito abaixo:
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
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c) autonomia municipal;
O Presidente da República sempre será o responsável por decretar a intervenção federal. Contudo, há casos
em que este poderá decretá-la de ofício e casos em que esta dependerá de requisição ou solicitação de
outros poderes. Veja o esquema abaixo que separa a iniciativa de cada hipótese:
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Gabarito: Errado.
112) No ano de 20XX diversas ordens judiciais da Justiça Estadual começaram a ser desrespeitadas pelo
Estado do WW. Com o passar dos meses, agressões aos membros do Judiciário tornaram-se constantes e
atuação deste poder tornou-se completamente impedida pelo chefe do executivo estadual. Diante da
situação de violação no exercício do Poder Judiciário, o Tribunal competente para efetuar a requisição de
intervenção federal no estado será o Supremo Tribunal Federal.
Comentários
A questão incialmente discorre sobre desobediência no cumprimento de ordens judiciais e, com isso, já seria
possível a decretação da intervenção federal por provocação do STJ, uma vez que as decisões foram
emanadas pela justiça estadual. Contudo, o enunciado continua e nos dá uma informação crucial de que
outras agressões foram ocorrendo a ponto de o Poder Executivo Estadual impedir a atuação do Poder
Judiciário.
Uma vez que os atos escalaram ao ponto de impedir/coagir o livre exercício do Poder Judiciário na unidade
da federação, caberá ao Supremo Tribunal Federal a requisição de intervenção federal, ficando o Presidente
da República obrigado a decretá-la, uma vez que a decretação da medida perde sua discricionariedade e
torna-se ato vinculado após a requisição, conforme o art. 34, inciso IV e art. 36, inciso I, ambos da CF/88.
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Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
(...)
(...)
I — no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou
impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder
Judiciário;
Gabarito: Certo.
113) Em caso de violação aos princípios sensíveis, caberá ao Procurador Geral da República promover a
ação direta de inconstitucionalidade interventiva, que será processado perante o STF e terá efeitos
políticos e jurídicos.
Comentários
Os princípios sensíveis são aqueles encontrados nas alíneas do art. 34, inciso VII, da CF/88, transcrito abaixo.
Uma vez violados, nasce a possibilidade de decretação de intervenção federal no Estado-Membro.
c) autonomia municipal;
No caso dos princípios sensíveis, temos hipótese de interdição federal provocada pela representação do PGR
perante o STF, sendo esta, realmente conhecida como ação direta de inconstitucionalidade interventiva
(ADIN Interventiva).
No tocante aos efeitos produzidos, a assertiva acerta novamente quanto ao seu duplo efeito, que será
jurídico, por invalidar o ato violador do princípio, e político, por abrir caminho para decretação da
intervenção pelo Presidente da República.
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Gabarito: Certo.
Comentários
Não há que se falar em autorização do Presidente da República na intervenção federal, uma vez que ao
Presidente compete decretar a medida, o que, a depender da hipótese, poderá ser um ato discricionário ou
vinculado.
Gabarito: Errado.
115) O Estado que não possui recursos para pagamento de dívidas judiciárias (precatórios) possui vícios
na execução orçamentária e poderá ter intervenção federal decretada, independentemente de dolo do
chefe do executivo.
Comentários
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
(...)
Quanto a tema, o entendimento do STF é de que se faz necessária análise da proporcionalidade e da cláusula
da reserva do possível, uma vez que os recursos do Estado são limitados e existem outras obrigações
relevantes para serem cumpridas pelo Poder Público.
Assim, entende-se que, nos casos como o afirmado pela alternativa, não é autorizada a intervenção federal
quando o não pagamento de precatórios decorrer de ausência de recursos justificada. 13
Gabarito: Errado.
116) A intervenção federal só terá vigor após o decreto interventivo ser submetido ao controle político
pelo Congresso Nacional no prazo de 24 horas.
13
IF nº 164 / SP. Rel. Min. Gilmar Mendes. DJe: 13.12.2003.
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Comentários
A intervenção federal entra em vigor desde o momento em que foi decretada pelo Presidente da República.
O controle político do Congresso Nacional mencionado pela alternativa até existe, entretanto, não será
marco de vigência da medida posto que limita-se à análise quanto a manutenção da intervenção ou
necessidade de cessá-la imediatamente.
Para facilitar na hora de memorizar os casos em que o Congresso Nacional deverá apreciar o decreto
interventivo, recomendo que você siga o caminho inverso e lembre-se apenas dos dois casos em que não
será necessária a análise do Poder Legislativo, mencionados no artigo 36, §3º, da CF/88. São eles:
➢ Intervenção federal para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; e
➢ Intervenção federal em caso de violação aos princípios sensíveis da Constituição.
§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso
Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato
impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
Gabarito: Errado.
Comentários
A assertiva pode gerar confusão, mas saiba que ela está incorreta!
A regra geral da Constituição Federal realmente dispõe que a União realiza a intervenção nos Estados,
enquanto a competência para intervenção nos Munícipios resta aos Estados. Esta é a regra geral, mas ela
não é absoluta posto que o art. 35 da CF/88 concedeu a União a competência para realizar intervenção nos
municípios que se encontrem em territórios federais.
A ideia por trás disso é simples: a intervenção nos Municípios de territórios deve ser realizada pela União,
pois, nesse caso, não há Estado-membro para realizá-la, restando à União promover a medida interventiva
em sua unidade descentralizada territorialmente.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em
Território Federal, exceto quando:
Gabarito: Errado.
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118) Não prestar as contas devidas, na forma da lei, e não aplicar o mínimo exigido da receita municipal
na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde, são exemplos de
hipóteses que autorizam a decretação de Intervenção Estadual nos Municípios.
Comentários
As hipóteses de intervenção estadual nos Municípios constam no art. 35, incisos I a IV, da CF/88:
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em
Território Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
Analisando a assertiva, percebe-se que ambos os casos estão em consonância com o disposto no artigo 35,
incisos II e III, da CF/88, razão pela qual a questão está correta.
Gabarito: Certo.
119) Deixar de pagar, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida flutuante não figura
dentre as hipóteses que autorizam a decretação de Intervenção Estadual nos Municípios.
Comentários
As hipóteses de intervenção estadual nos Municípios constam no art. 35, incisos I a IV, da CF/88:
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em
Território Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
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A possibilidade veiculada pela assertiva não figura como hipótese de intervenção federal ou estadual, uma
vez que a alternativa troca o termo dívida fundada por dívida flutuante, que são conceitos distintos.
Segundo o art. 34, inciso V e art. 35, inciso I, ambos da CF/88, apenas a suspensão do pagamento da dívida
fundada por mais de 2 anos é que ensejará a possibilidade de decretação de intervenção, seja ela federal ou
estadual:
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
(...)
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo
de força maior;
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em
Território Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
Gabarito: Errado.
...
Forte abraço!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1
INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Partidos Políticos
Pronto para testar seu conhecimento?!
QUESTÕES INÉDITAS
Liberdade de criação, fusão, incorporação e extinção (art. 17, caput e incisos I a IV da CF)
1) A garantia do progresso nacional não é um preceito a ser seguido pelos partidos políticos em sua criação
e manutenção.
2) Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com o registro de seus estatutos no Tribunal
Superior Eleitoral.
3) Atualmente é vedada a realização de coligações nas eleições proporcionais, sendo restritas aos casos de
eleição majoritária.
4) Os partidos políticos têm autonomia para definir o regime de suas coligações eleitorais, não sendo
obrigatória a vinculação entre as candidaturas nacionais, estaduais e municipais.
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5) A regra de perda do mandato por infidelidade partidária é inaplicável aos cargos eleitos via sistema
eleitoral majoritária.
6) Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado e possuem autonomia para elaboração de
sua estrutura interna e demais regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos, além do
estabelecimento de normas quanto à fidelidade partidária.
7) Os partidos políticos poderão se organizar de forma paramilitar, desde que possuam no mínimo 50% de
seus filiados oriundos de carreiras da segurança pública.
8) Os partidos políticos que não cumprirem a cláusula de barreira serão automaticamente extintos.
9) A cláusula de desempenho para partidos políticos objetiva que partidos com pouca representação
política deixem de ter direito aos recursos do fundo eleitoral e ao acesso gratuito ao rádio e televisão.
10) O parlamentar eleito via partido que não satisfaça a cláusula de barreira poderá se filiar a outro
partido, devendo sua filiação ser considerada para distribuição dos recursos do fundo partidário e do
acesso gratuito ao rádio e à televisão.
11) Os parlamentares eleitos por partidos políticos que não cumpram a cláusula de barreira estão sujeitos
à perda de mandato.
GABARITO
1. 2. 3. 4. 5.
6. 7. 8. 9. 10.
11.
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QUESTÕES COMENTADAS
Liberdade de criação, fusão, incorporação e extinção (art. 17, caput e incisos I a IV da CF)
1) A garantia do progresso nacional não é um preceito a ser seguido pelos partidos políticos em sua criação
e manutenção.
Comentários
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da
pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional;
A assertiva está incorreta, vez que a garantia do progresso nacional não consta no art. 17 da CF/88 como um
dos preceitos a serem observados pelos partidos políticos.
Gabarito: Errado.
2) Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com o registro de seus estatutos no Tribunal
Superior Eleitoral.
Comentários
Um dos pontos mais cobrados em prova sobre os partidos políticos é justamente o momento em que estes
adquirem a personalidade, o que, segundo o art. 17, §2º, da CF/88, transcrito abaixo, deverá ser regulado
pela lei civil.
Art. 17, § 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil,
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
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A lei civil responsável pelo assunto é justamente o Código Civil, que, em seu art. 45, versa sobre a aquisição
de personalidade jurídica pelas pessoas jurídicas de direito privado, veja:
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação
do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato
constitutivo.
Deste modo, os partidos políticos adquirem sua personalidade com o registro no cartório
competente. Posteriormente, buscarão o registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), visando com este segundo ato adquirir capacidade política.
Uma vez que a assertiva afirma que a personalidade jurídica advém do registro no TSE, temos sua incorreção
vez que tal ato visa, na verdade, a aquisição da capacidade política e só será realizado após a personalidade
jurídica ser criada.
Gabarito: Errado.
3) Atualmente é vedada a realização de coligações nas eleições proporcionais, sendo restritas aos casos de
eleição majoritária.
Comentários
As coligações eleitorais no sistema proporcional foram vedadas com a alteração promovida pela emenda
constitucional 97/2017, que passou a admitir apenas as coligações em eleições via sistema majoritário.
Gabarito: Certo.
4) Os partidos políticos têm autonomia para definir o regime de suas coligações eleitorais, não sendo
obrigatória a vinculação entre as candidaturas nacionais, estaduais e municipais.
Comentários
Os partidos políticos realmente gozam de autonomia para definição do regime de suas coligações eleitorais,
não havendo, de fato, qualquer obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas nacionais, estaduais e
municipais.
Perceba que a vinculação não foi proibida, ela apenas trata-se de uma faculdade, conforme o art. 17, §1º, da
CF/88:
Art. 17, § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios
e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem
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Gabarito: Certo.
5) A regra de perda do mandato por infidelidade partidária é inaplicável aos cargos eleitos via sistema
eleitoral majoritária.
Comentários
A filiação partidária é uma condição de elegibilidade que deverá ser mantida durante o mandato. Ao ser
eleito, a regra será a fidelidade à legenda partidária, contudo, em alguns casos, a mudança de partido por
parlamentares pode ocorrer sem que isso configure desfiliação ou infidelidade partidária.
Deste modo, a alternativa está correta posto que em consonância com o entendimento do STF:
Gabarito: Certo.
6) Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado e possuem autonomia para elaboração de
sua estrutura interna e demais regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos, além do
estabelecimento de normas quanto à fidelidade partidária.
Comentários
Além da autonomia para definição de coligações eleitorais, normas disciplinares e de filiação partidária, o
texto constitucional também concede poderes para os partidos políticos definirem sua estrutura interna e
demais regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos, tal como dispõe o artigo 17, §1º, da CF/88:
1
ADI 5.081, rel. min. Roberto Barroso, j. 27-5-2015, P, DJE de 19-8-2015.
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Art. 17, § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios
e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
Quanto a natureza dos partidos políticos, a assertiva acerta novamente e tal previsão pode ser encontrada
no Código Civil, em seu art. 44:
(...)
V - os partidos políticos.
Gabarito: Certo.
7) Os partidos políticos poderão se organizar de forma paramilitar, desde que possuam no mínimo 50% de
seus filiados oriundos de carreiras da segurança pública.
Comentários
Nos termos do art. 17, § 4º, da CF/88, fica vedada a utilização de organização paramilitar em partidos
políticos, regra esta, que não comporta qualquer exceção.
Desta forma, não há que se falar em composição especial ou qualquer coisa do gênero porque o texto
constitucional é claro ao dizer:
Gabarito: Errado.
8) Os partidos políticos que não cumprirem a cláusula de barreira serão automaticamente extintos.
Comentários
A cláusula de barreira ou cláusula de desempenho foi criada para tentar solucionar a crise de
representatividade brasileira, utilizando-se de critérios para restringir o acesso ao fundo eleitoral e ao acesso
gratuito à televisão e ao rádio.
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Perceba que o texto constitucional não fala nada sobre extinção de partidos, a única consequência gerada
pelo não atendimento da cláusula será a impossibilidade de acesso a esses recursos, o que acarretará apenas
uma redução no dinheiro disponível ao partido para realização da campanha eleitoral, e a dissolução deste.
Veja a literalidade:
Art. 17, § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo
de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação. ==5617c==
Gabarito: Errado.
9) A cláusula de desempenho para partidos políticos objetiva que partidos com pouca representação
política deixem de ter direito aos recursos do fundo eleitoral e ao acesso gratuito ao rádio e televisão.
Comentários
A cláusula de desempenho ou cláusula de barreira para partidos políticos foi criada para tentar solucionar a
crise de representatividade brasileira, utilizando-se de critérios para restringir o acesso ao fundo eleitoral e
ao acesso gratuito à televisão e ao rádio.
A cláusula de barreira é a principal inovação da EC 97/2017 contudo, seus critérios serão aplicados
gradualmente em um período de transição que irá até 2030, quanto as condições passarão a ser
integralmente aplicadas.
Os critérios para satisfação da cláusula de barreira exigem, no mínimo, um dos requisitos abaixo:
✓ Eleger no mínimo 15 Deputados Federais, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação;
ou
✓ Obter, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo
menos 1/3 das unidades da Federação e com mínimo de 2% dos votos em cada uma delas.
Art. 17, § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo
de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
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II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação.
Gabarito: Certo.
10) O parlamentar eleito via partido que não satisfaça a cláusula de barreira poderá se filiar a outro
partido, devendo sua filiação ser considerada para distribuição dos recursos do fundo partidário e do
acesso gratuito ao rádio e à televisão.
Comentários
Afirma exatamente o oposto do previsto no texto constitucional, segundo a redação do art. 17, §5º, da CF/88.
Conforme este parágrafo, o parlamentar eleito por um partido que não satisfaça a cláusula de barreira
realmente poderá se filiar a outro partido. Porém, esta filiação não poderá ser considerada para fins de
distribuição dos recursos do fundo partidário ou do acesso gratuito ao rádio e à televisão.
Veja a literalidade:
Art. 17, § 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo
é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os
tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do
fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.
Gabarito: Errado.
11) Os parlamentares eleitos por partidos políticos que não cumpram a cláusula de barreira estão sujeitos
à perda de mandato.
Comentários
Como regra a desfiliação e a infidelidade partidárias resultam em perda do mandato dos parlamentares
eleitos pelo sistema proporcional, salvo justa causa (por exemplo, desvio de orientação ideológica do
partido). Entretanto, a alternativa aborda justamente uma exceção à regra da perda por infidelidade
partidária.
Segundo o art. 17, §5º da CF/88, o parlamentar que for eleito via partido que não atingiu a cláusula de
barreira terá seu mandato assegurado e lhe será facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro
partido político que tenha atingido a cláusula de barreira.
Art. 17, § 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo
é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os
tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do
fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.
Gabarito: Errado.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Autor:
Tulio Lages
04 de Fevereiro de 2023
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Índice
1) O que é mais cobrado no assunto - Poder Executivo - Cebraspe - Nível Superior
..............................................................................................................................................................................................3
7) Referências Bibliográficas
..............................................................................................................................................................................................
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% de cobrança
Tópico
Cebraspe
Poder Executivo: exercício e auxílio (art. 76 da CF/88) 0,0%
Eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República (art. 77 da CF/88) 4,2%
Posse do Presidente e do Vice-Presidente da República (art. 78 da CF/88) 0,0%
Cargos de Presidente e Vice-Presidente da República: substituição,
4,2%
impedimento e vacância (arts. 70 a 81 da CF/88)
Duração do mandato do Presidente da República (art. 82 da CF/88) 0,0%
Ausência do País pelo Presidente e Vice-Presidente da República (art. 83
4,2%
da CF/88)
Atribuições do Presidente da República (art. 84 da CF/88) 58,3%
Responsabilidade do Presidente da República (art. 85 e 86 da CF/88) 16,7%
Ministros de Estado (arts. 87 a 88 da CF/88) 0,0%
Conselho da República e Conselho da Defesa Nacional (arts. 89 a 91 da
12,5%
CF/88)
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A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.
b) demais requisitos da CF, art. 14, §§ 3º a 9º, com destaque para a idade mínima de 35 anos
(CF, art. 14, § 3º, VI, “a”).
- A eleição do Presidente e de seu Vice ocorre pelo sistema majoritário de dois turnos (caput e §
3º) – mesmo sistema utilizado para a eleição dos Governadores e seus Vices (art. 28, caput, da
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CF/88), bem como dos Prefeitos e seus Vices em municípios com mais de 200.000 eleitores (art.
29, II, da CF/88).
- Ao eleger o Presidente, a população elege automaticamente também o Vice com ele registrado
(§ 1º).
- No cômputo dos votos para Presidente, não são computados os em branco e os nulos (§ 2º).
Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional,
prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral
do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo
motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
- O Presidente e seu Vice tomam posse em sessão do Congresso Nacional (CUIDADO – não é do
Senado nem da Câmara!), ocasião em que devem prestar seu compromisso (caput).
- Hipóteses de vacância do cargo de Presidente (e Vice): i) não assumir o cargo decorridos dez
dias da data fixada para a posse, salvo motivo de força maior (art. 78, parágrafo único); ii) morte,
renúncia, perda ou suspensão dos direitos políticos e perda da nacionalidade brasileira (art. 14, §
3º); iii) condenação por crime de responsabilidade decidida pelo Senado (art. 52, I) ou por crime
comum decidida pelo STF (art. 102, I, “b”); iv) ausentar-se do pais por mais de 15 dias sem
autorização do Congresso Nacional (Cuidado: Com autorização, a ausência pode ser até maior
que 15 dias!) – art. 83.
- O Vice-Presidente deve auxiliar Presidente sempre que por este convocado para missões
especiais. Além disso, deverá desempenhar as atribuições conferidas por lei complementar
(parágrafo único). Ainda, exerce participação nos Conselhos da República (art. 89, I) e de Defesa
Nacional (art. 91, I).
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Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão
sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado
Federal e o do Supremo Tribunal Federal.
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de
aberta a última vaga.
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita
trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.
- Aqueles que assumem a Presidência pela linha sucessória do art. 80 o fazem, sempre, em caráter
interino, porque mesmo que ocorra vacância dos cargos de Presidente e Vice, de forma
==5617c==
simultânea, deverá ser realização eleição para ambos os cargos, que será direta caso a vacância
ocorra nos dois primeiros anos do mandato presidencial (caput) ou indireta, caso a vacância ocorra
nos últimos dois anos do período presidencial (§ 1º).
- Tanto no caso de eleição direta previsto no caput, quanto no caso de eleição indireta previsto no
§ 1º, os eleitos ocuparão os cargos para completar o período de seus antecessores (§ 2º), ou seja,
não exercerão um mandato completo de quatro anos.
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de 4 (quatro) anos e terá início em 5 de janeiro do ano seguinte
ao de sua eleição.
- Até 2021, o início do mandato ocorria em primeiro de janeiro. Com a Emenda Constitucional
111/2021, o início do mandato passou a se dar em 5 de janeiro.
Portanto, cuidado com uma possível pegadinha da banca em prever na questão a data anterior
de início do mandato.
- É possível apenas a reeleição para um único período subsequente (art. 14, § 5º, da CF/88).
Ausência do país
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-
se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
- O Presidente (ou o Vice) pode ausentar-se do país por período superior a quinze dias, só que,
para isso, depende de licença do Congresso Nacional.
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São previstas tanto atribuições inerentes à função de chefe de Estado, quanto à de chefe de
Governo.
- As atribuições previstas nos incisos I, II, IV, VI, XII, XV, XVII, XVIII e XXV dizem respeito à
competência do Presidente da República de exercer a direção da Administração Federal (como
chefe de Governo).
- As atribuições previstas nos incisos III, IV, V, XI, XXIV, XXIII e XXVI dizem respeito à competência
do Presidente da República de manter relação com o Congresso Nacional e atuar no processo
legislativo (como chefe de Governo).
- As atribuições previstas nos incisos VII, VIII, XIX, XX, XXI e XXII dizem respeito à competência do
Presidente da República, como Chefe de Estado, de representar o Brasil em suas relações
internacionais.
- As atribuições previstas nos incisos IX, X, XIII e XXVIII dizem respeito à competência do Presidente
da República relacionadas à segurança interna, preservação da ordem institucional e da harmonia
das relações federativas (como chefe de Governo).
- As atribuições previstas nos incisos XIV e XVI dizem respeito à competência do Presidente da
República de nomear importantes autoridades da República, como os ministros do STF e dos
Tribunais Superiores (como chefe de Governo).
- Dispositivo muito cobrado – art. 84, inciso VI: competência do Presidente da República para
dispor sobre decreto sobre organização e funcionamento da administração federal, bem como
sobre extinção de funções ou cargos públicos.
O decreto previsto nesses casos é do tipo "autônomo", não regulamenta lei (como os decretos
regulamentares, que são atos normativos secundários), mas trata diretamente das matérias
previstas nas alíneas "a" e "b" (são atos normativos primários, porque derivam diretamente da
Constituição), sendo uma competência privativa do chefe do Poder Executivo, passível de
delegação às autoridades previstas no parágrafo único do mesmo art. 84 da CF/88.
É que a criação e extinção de órgãos públicos ocorrem, via de regra, por meio de lei em sentido
formal.
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No âmbito do Poder Executivo, a iniciativa de lei cabe ao chefe desse Poder (art. 61, § 1º, inciso
II, alínea “e”, da CF/88).
É que a criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, via de regra,
depende de lei (art. 48, inciso X da CF/88).
Os decretos de execução ou regulamentares são editados com fulcro em outro dispositivo (inciso
IV do art. 84 da CF/88), para possibilitar a execução fiel de leis que envolvam a Administração
Pública – ou seja, i) não podem inovar no ordenamento jurídico e ii) não podem regulamentar leis
que não envolvam a Adm. Pública –, sendo uma competência privativa do chefe do Poder
Executivo e não passível de delegação, conforme parágrafo único do mesmo art. 84 da CF/88.
Memorize quais são as competências delegáveis (as previstas nos incisos VI, XII e XXV, primeira
parte – as matérias dos demais incisos são indelegáveis) e a quem elas podem ser delegadas
(Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou Advogado-Geral da União)
Cuidado com a competência delegável prevista no inciso XXV: só é delegável o provimento (ou
desprovimento) de cargos públicos federais, mas a extinção não é possível – veja que o parágrafo
único fala em “primeira parte” do inciso XXV.
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Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição
Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais
das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e
julgamento.
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será
ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o
Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do
Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará
sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos
ao exercício de suas funções.
- O rol do art. 85, que elenca atos que serão considerados crimes de responsabilidade, é
exemplificativo – veja que o caput fala em “especialmente”, dando margem que outros crimes
sejam previstos, desde que se trate de atos que atentem contra a Constituição, conforme exige o
próprio caput.
- O Presidente não possui imunidade material (ou seja, pode ser responsabilizado por suas palavras
e opiniões), mas possui imunidades formais (prerrogativas processuais), quais sejam: a) não pode
ser responsabilizado penalmente (civil e administrativamente, pode!) por atos estranhos ao
exercício da função, na vigência do mandato (art. 86, § 4º); b) não pode ser preso cautelarmente
(art. 86, § 3º); e c) só pode ser processado e julgado caso haja autorização da Câmara dos
Deputados (art. 86, caput) – esta última era a única das três imunidades que podia ser estendida
aos Governadores, pela Constituição Estadual. Entretanto, recentemente, o STF mudou esse
entendimento, passando a considerar inconstitucionais normas estabelecidas nas Constituições
estaduais que exijam a autorização prévia da Assembleia Legislativa como requisito à admissão de
acusação contra o Governador por crime comum ou de responsabilidade. Vejamos a tese firmada:
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- Uma lei especial realizará a definição dos crimes de responsabilidade, bem como estabelecerá
as normas de processos e julgamento (parágrafo único). A edição dessa lei especial, prevendo os
crimes de responsabilidade (inclusive para as esferas estadual, distrital e municipal), é de
competência da União, que possui a competência para legislar sobre direito penal (CF, art. 22, I).
Inclusive, sobre o assunto, o STF editou a súmula vinculante 46:
1
STF – ADI 5.540/2017.
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2º - se a Câmara admitir a acusação, o Senado fará o juízo quanto à instauração do processo (art.
86, § 1º, II). O processo será instaurado caso haja voto da maioria simples da Casa 2.
4º - o Senado efetua o julgamento. A condenação só ocorre caso haja voto de 2/3 dos membros
da Casa. Se houver condenação, o presidente perde o cargo e fica inabilitado, por oito anos, para
o exercício de (qualquer) função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis (art.
52, parágrafo único).
Ministros de Estado
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos
direitos políticos.
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e
na lei:
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua
competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República;
II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da
República.
- Para ser Ministro de Estado, é necessário que o escolhido seja brasileiro (nato ou naturalizado,
com exceção do Ministro da Defesa, que deve ser necessariamente brasileiro nato – art. 12, § 3º,
VII) e possua mais de 21 anos de idade (caput).
2
STF – ADPF 378.
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A atribuição do Ministro de Estado para a expedição de instruções para a execução das leis,
decretos e regulamentos, (art. 87, II da CF/88) reflete o exercício do poder normativo.
a) pelo Senado nos crimes de responsabilidade conexos com os do Presidente da República (art.
52, I).
b) pelo STF nos crimes comuns e nos de responsabilidade “autônomos” – ou seja, não conexos
com os do Presidente da República – (art. 102, I, “b”).
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.
- Perceba que o dispositivo encontra-se alinhado ao apontado mais acima sobre criação e extinção
de órgãos públicos ocorrerem, via de regra, mediante lei em sentido formal.
Vale lembrar que a iniciativa de leis que disponham sobre criação e extinção de Ministérios e
órgãos da administração pública é do Presidente da República (art. 61, § 1º, II, "e", da CF/88.
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam:
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI - o Ministro da Justiça;
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente
da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de
três anos, vedada a recondução.
Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
§ 1º O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião do Conselho,
quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério.
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República.
Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados
com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos:
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - o Ministro da Justiça;
V - o Ministro de Estado da Defesa;
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Nada obstante, conforme arts. 136, caput e 137, caput da CF, ambos os Conselhos se manifestam
sobre estado de defesa e estado de sítio. Com efeito, eles são ouvidos na decretação de estado
de defesa por parte do Presidente da República e na solicitação ao Congresso Nacional de
autorização para a decretação de estado de sítio por parte do chefe do Poder Executivo Federal.
Conteúdos não tanto cobrados, mas que podem acabar aparecendo em sua prova:
O Poder Executivo exerce sua função típica (função administrativa), por exemplo, ao planejar e
executar as políticas públicas, bem como ao desempenhar atividades de intervenção e fomento.
Exerce sua função atípica legislativa ao editar medidas provisórias e sua função atípica de
julgamento ao decidir, sem jurisdição (sem definitividade, já que tais decisões não fazem coisa
julgada material nem formal, podendo, assim, serem apreciadas pelo Poder Judiciário), o
contencioso administrativo (litígios de natureza administrativa – por exemplo, litígios de natureza
tributária entre os contribuintes e o órgãos de administração fazendária).
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Administrar
Função Típica (governo + mera função
administrativa)
Poder Executivo
Legislar
Funções Atípicas
Julgar
(s em jurisdição)
Presidencialismo x Parlamentarismo
Além disso, no presidencialismo inexiste vínculo entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo,
havendo maior independência entre os poderes se comparado ao parlamentarismo, em que o
Primeiro-Ministro é integrante do Parlamento e é por ele indicado.
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APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em prova,
considerando o histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no
conteúdo, na legislação e nos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais1.
Ministros de
E exonerar Estado
(inciso I)
==5617c==
Ministros do STF e
Tribunais
Superiores;
Governadores de
Após aprovação do
Territórios; PGR;
Competências Senado
Presidente do
Privativas do BACEN e outros
Ministros do TCU
Presidente da Nomear servidores (inciso
(inciso XV)
República XIV)
(Art. 84, CF/88) Magistrados e AGU
(inciso XVI)
Membros do
Conselho da
República (inciso
XVII)
1
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado assunto,
considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados a partir de
critérios objetivos ou minimamente razoáveis.
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Iniciar o Processo
Legislativo (inciso III)
Sancionar, promulgar e
fazer publicar as Leis,
Competências Privativas Leis bem como decretos e
do Presidente da regulamentos para sua
República fiel execução (inciso IV)
Editar MP com força
(art. 84, CF)
de Lei (inciso XXVI) Vetar PL, total ou
parcialmente (inciso V)
Aumento de
Organização e despesa
funcionamento da Não
Administração Federal implicar Criação ou
Dispor, mediante (alínea "a") extinção de
decreto órgãos
(inciso VI) Extinção de funções ou
cargos públicos,
quando vagos
(alínea "b")
Além disso, em função de ser(em) recente(s), a(s) seguinte(s) alteração(ões) legislativa(s) possui(em)
grandes chances de ser(em) cobrada(s):
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar para a sua
prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões, mas que você
faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas questões.
1. (Cespe/2015/TRE MT) Acerca dos Poderes Executivo e Legislativo, julgue o item a seguir.
Comentários
GABARITO: errado.
Somente se a vacância ocorrer nos 2 últimos anos do mandato é que a eleição dos cargos de Presidente e
Vice-Presidente da República será feita pelo Congresso Nacional, conforme o art. 81, § 1°, da CF/1988:
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos
os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
Ausentando-se do Brasil por período superior a quinze dias sem autorização do Congresso Nacional, o
presidente da República poderá sofrer, como reprimenda mais gravosa, censura pelo Poder Legislativo.
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Comentários
Gabarito: ERRADO
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso
Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
3. (Cespe/2015/TRE RS) Acerca do Poder Legislativo e do Poder Executivo, julgue o item a seguir.
O Brasil adota o sistema parlamentarista, sendo as funções de chefe de Estado e de governo exercidas
unicamente pelo presidente da República, que é eleito pelo povo e tem ampla liberdade para escolher os
ministros de Estado.
Comentários
GABARITO: errado.
O Brasil adota o sistema presidencialista, não o parlamentarista, e nesse sistema (presidencialista), de fato,
as funções de chefe de Estado e de governo são desempenhadas pelo Presidente da República,
unicamente.
A competência do presidente da República para declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, e para
celebrar a paz é classificada como típica de chefe de governo, cabendo, nessas hipóteses, autorização ou
referendo do Congresso Nacional.
Comentários
GABARITO: errada.
A competência do Presidente da República para declarar guerra ou celebrar paz é classificada como típica
de chefe de Estado, não de governo.
Comentários
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GABARITO: certo.
Comentários
GABARITO: certo.
O Presidente da República pode editar medidas provisórias com força de lei, e no rol das matérias que não
podem ser disciplinadas por medida provisória não está o direito do trabalho. Nesse sentido é o art. 62,
incisos I a IV, da CF/1988:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
I – relativa a:
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7. (Cespe/2015/TRE RS) Acerca do Poder Legislativo e do Poder Executivo, julgue o item a seguir.
Comentários
GABARITO: errado.
O chefe máximo do Poder Executivo do Brasil é o presidente da República, que também é chefe de Estado
e chefe de governo, já que o Brasil adota o regime presidencialista.
Comentários
GABARITO: errada.
Essa questão tinha sido considerada correta no gabarito preliminar, mas posteriormente o gabarito foi
modificado, pois o presidencialismo é um sistema de governo, não um regime.
O vice-presidente da República pode ausentar-se do país por período superior a quinze dias sem licença do
Congresso Nacional, desde que o presidente da República permaneça no país.
Comentários
GABARITO: errada.
(...)
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D) Em qualquer hipótese, poderá o presidente da República extinguir cargos públicos por meio de decreto.
Comentários:
Letra B – incorreta. Sobre a vacância de ambos os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-
se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do
período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo
Congresso Nacional, na forma da lei. (art. 81, § 1º, da CF/88). Ainda, em qualquer dos casos, os eleitos
deverão completar o período de seus antecessores (art. 81, § 2º, da CF/88).
Letra C – correta. Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços de seus
membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros
de Estado (art. 51, I, da CF/88).
Letra D – incorreta. Compete privativamente ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre
extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos (art. 84, VI, “b”, da CF/88).
Letra E – incorreta. O parágrafo único do art. 84 dispõe ser permitido ao Presidente da República delegar
algumas atribuições. Vejamos:
Art. 84, Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas
nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da
República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas
delegações.
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Gabarito: letra C.
Comentários
GABARITO: ERRADO
Trata-se de competência delegável, nos termos do art. 84, parágrafo único, da Constituição Federal:
(...)
(...)
Comentários
Gabarito: CERTO
O inciso XXV, primeira parte, permite delegação do Presidente da República aos Ministros de Estado, ao
Procurador Geral da República ou ao Advogado Geral da União.
(...)
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(...)
Cuidado com o inciso XXV, pois o Presidente somente poderá delegar o provimento e não a extinção dos
cargos públicos federais.
Comentários
GABARITO: ERRADO
(...)
14. (Cespe/2015/TRE MT) Acerca dos Poderes Executivo e Legislativo, julgue o item a seguir.
Segundo a CF, as competências privativas do presidente da República não poderão ser objeto de
delegação.
Comentários
GABARITO: errado.
O art. 84, parágrafo único, da CF/1988 prevê a possibilidade de delegação de algumas competências
privativas do Presidente da República:
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(...)
15. (Cespe/2016/TCE-PA) No que diz respeito aos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, julgue o
item subsequente.
Comentários
GABARITO: Errado.
Podem ser delegadas sim, conforme art. 84, XII e parágrafo único da CF:
(...)
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em
lei;
(...)
16. (Cespe/2016/DPU) Com base nas disposições da Constituição Federal de 1988, julgue o item
subsequente.
Cargos públicos vagos podem ser extintos por meio de decreto presidencial, sendo dispensável a edição de
lei em sentido estrito.
Comentários
GABARITO: Certo.
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A extinção de cargos públicos vagos pode ser feita pelo presidente da República através de decreto
autônomo - art. 84, VI, alínea b, da CF/88:
(...)
17. (Cespe/2014/CAM DEPU) Acerca da organização dos poderes da República, julgue o próximo
item.
A CF autoriza o presidente da República a criar cargos e extinguir órgãos públicos por meio de decreto.
Comentários
GABARITO: Errado.
Consoante art. 84, VI, da CF/88, o Presidente da República não pode criar cargos públicos (pode extingui-
los, quando vagos – vide alínea “b”) e nem extinguir órgãos públicos (vide alínea “a”):
(...)
18. (Cespe/2014/ANTAQ) Com relação aos poderes da República, julgue o item subsequente.
Comentários
GABARITO: Certo.
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A) remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão
legislativa; fixar e modificar o efetivo das Forças Armadas
B) conceder indulto e comutar penas; dispor sobre planos e programas nacionais, regionais e setoriais de
desenvolvimento
C) vetar projetos de lei, total ou parcialmente; expedir instruções para a execução de leis, decretos e
regulamentos
D) expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; avaliar periodicamente a funcionalidade do
Sistema Tributário Nacional
E) exercer o comando supremo das Forças Armadas; autorizar, em terras indígenas, a exploração e o
aproveitamento de recursos hídricos
Comentários:
Letra B – incorreta. Compete privativamente ao Presidente da República conceder indulto e comutar penas
(art. 84, XII, da CF/88). Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República dispor
planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento (art. 48, IV, da CF/88).
Letra E – incorreta. Compete privativamente ao Presidente da República: XIII - exercer o comando supremo
das Forças Armadas (art. 84, XIII, da CF/88). É da competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar,
em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos (art. 49, XVI, da CF/88).
Gabarito: letra C.
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Compete ao presidente da República, mediante decreto, extinguir funções ou cargos públicos que estejam
vagos.
Comentários
A questão versa sobre a atuação do Presidente da República como chefe de governo. Dispõe artigo 84, VI,
"b", da CF/88:
(...)
(...)
Gabarito: Certo.
Comentários
GABARITO: ERRADO
Não se trata de abuso de poder, mas de crime de responsabilidade, nos moldes do art. 85, III, da
Constituição Federal:
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra
a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação;
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Aula 08
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
Qualquer pessoa residente no país pode oferecer acusação contra presidente da República — pela prática
de crime de responsabilidade — à Câmara dos Deputados, que procederá ao juízo de admissibilidade.
Comentários
GABARITO: errada.
Não é qualquer pessoa, mas qualquer cidadão, que pode oferecer acusação contra o Presidente da
República, pela prática de crime de responsabilidade.
Por outro lado, essa acusação, se admitida, tramitará na Câmara dos Deputados, consoante o caput do art.
86 da CF/1988:
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Caso a Câmara dos Deputados admita acusação contra o presidente da República por crime de homicídio
simples, o julgamento será realizado perante o Senado Federal.
Comentários
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas
infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
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Nesse sentido, o julgamento será feito perante o STF e não Senado Federal.
Gabarito: Errado.
É crime de responsabilidade ato do presidente da República que atente contra o cumprimento de decisão
judicial.
Comentários
O rol do art. 85 da CF/88 elenca atos que serão considerados crimes de responsabilidade.
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra
a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de
processo e julgamento.
No mais, lei especial realizará a definição dos crimes de responsabilidade, bem como estabelecerá as
normas de processos e julgamento. A edição dessa lei especial, prevendo os crimes de responsabilidade, é
de competência da União, que possui a competência para legislar sobre direito penal. Inclusive, sobre o
assunto, o STF editou a súmula vinculante 46:
Gabarito: Certo.
Outras
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Em caso de necessidade, por comoção grave de repercussão nacional, o presidente da República pode,
desde que ouvido o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Senado Federal autorização para decretar o
estado de sítio no país.
Comentários
A questão está incorreta pois o Presidente da República deverá pedir autorização ao Congresso Nacional e
deverão ser ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional.
Gabarito: Errado.
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São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto. Assim,
ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados do
conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar melhor
os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o exigido
na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo a facilitar
a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
6. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, quem será convocado dentre os remanescentes?
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14.2. exercer, com o ____(b)____ dos Ministros de Estado, a ____(c)____ superior da administração
____(d)____;
14.4. sancionar, ____(g)____ e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e ____(h)____ para
sua fiel execução;
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14.11. remeter ____(x)____ e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da ____(y)____
da sessão ____(z)____, expondo a situação do ____(a1)____ e solicitando as providências que julgar
necessárias;
14.12. conceder ____(b1)____ e comutar ____(c1)____, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;
14.14. ____(h1)____, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais ____(i1)____, os ____(j1)____ de Territórios, o Procurador-Geral da
República, o presidente e os ____(k1)____ do banco central e outros servidores, quando
determinado em lei;
14.17. nomear ____(n1)____ do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII, da CF/88;
14.22. permitir, nos casos previstos em lei ____(y1)____, que forças estrangeiras ____(z1)____ pelo
território nacional ou nele permaneçam ____(a2)____;
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14.24. prestar, ____(e2)____, ao Congresso Nacional, dentro de ____(f2)____ dias após a abertura
da sessão legislativa, as contas referentes ao ____(g2)____ anterior;
14.26. editar medidas ____(i2)____ com força de lei, nos termos do art. 62 da CF/88;
18. Complete as lacunas a seguir, a respeito dos crimes de responsabilidade (art. 85 da CF):
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20. Em quais situações o presidente ficará suspenso de suas funções (art. 86, § 1º, da CF)?
21. Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento do Presidente da República não
estiver concluído, o que ocorrerá com o afastamento do Presidente?
22. Suponha que em determinada operação, a polícia federal tenha descoberto, acidentalmente,
que o Presidente da República participa ativamente de um esquema criminoso, inclusive
ordenando a prática de ilícitos penais (crimes comuns). Com base no exposto, responda:
a) seria possível a prisão cautelar do Presidente da República, considerando que tais atividades
não guardam relação com o exercício do mandato presidencial? Como seria o eventual
procedimento de julgamento?
b) seria possível a prisão cautelar do Presidente da República, considerando que tais atividades
guardam relação com o exercício do mandato presidencial? Como seria o eventual procedimento
de julgamento?
23. Qual o papel constitucional dos Ministros de Estado?
24.1.7. ____(h)____ cidadãos brasileiros ____(i)____, com mais de trinta e cinco anos de idade,
sendo ____(j)____ nomeados pelo Presidente da República, ____(k)____ eleitos pelo____(l)____
Federal e ____(m)____ eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de ____(n)____
anos, vedada a ____(o)____.
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27. Complete as lacunas a seguir, a respeito das competências do Conselho de Defesa Nacional
(art. 91, § 1º, CF/88):
27.1. ____(a)____ nas hipóteses de declaração de guerra e de ____(b)____ da paz, nos termos da
Constituição;
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Além disso, no presidencialismo inexiste vínculo entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo,
havendo maior independência entre os poderes se comparado ao parlamentarismo, em que o
Primeiro-Ministro é integrante do Parlamento e é por ele indicado.
O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado
(art. 76, da CF/88).
Não, a eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado (art.
77, § 1º).
O candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não
computados os em branco e os nulos (art. 77, § 2º, da CF).
6. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, quem será convocado dentre os remanescentes?
O candidato remanescente de maior votação (art. 77, § 4º, da CF). Contudo, se remanescer, em
segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso (art. 77,
§ 5º, da CF).
Sessão do Congresso Nacional (art. 78, caput, da CF). O prazo para que assumam o cargo é de
dez dias da data fixada para a posse. Se dentro desse prazo, o Presidente ou o Vice-Presidente,
salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago (art. 78,
parágrafo único, da CF).
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Auxiliar o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais, além de outras
atribuições conferidas por lei complementar (art. 79, parágrafo único, da CF/88).
a) nos primeiros dois anos do período presidencial, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta
a última vaga (art. 81, caput, da CF);
b) nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta
dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei (art. 81, § 1º, da CF/88).
Em qualquer os casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores (art. 81, § 2º,
da CF/88).
Por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo (art. 83 da CF).
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14.2. exercer, com o ____(b)____ dos Ministros de Estado, a ____(c)____ superior da administração
____(d)____;
14.4. sancionar, ____(g)____ e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e ____(h)____ para
sua fiel execução;
14.11. remeter ____(x)____ e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da ____(y)____
da sessão ____(z)____, expondo a situação do ____(a1)____ e solicitando as providências que julgar
necessárias;
14.12. conceder ____(b1)____ e comutar ____(c1)____, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;
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14.14. ____(h1)____, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais ____(i1)____, os ____(j1)____ de Territórios, o Procurador-Geral da
República, o presidente e os ____(k1)____ do banco central e outros servidores, quando
determinado em lei;
14.17. nomear ____(n1)____ do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII, da CF/88;
14.22. permitir, nos casos previstos em lei ____(y1)____, que forças estrangeiras ____(z1)____ pelo
território nacional ou nele permaneçam ____(a2)____;
14.24. prestar, ____(e2)____, ao Congresso Nacional, dentro de ____(f2)____ dias após a abertura
da sessão legislativa, as contas referentes ao ____(g2)____ anterior;
14.26. editar medidas ____(i2)____ com força de lei, nos termos do art. 62 da CF/88;
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Por sua vez, os decretos autônomos são atos normativos primários (porque derivam diretamente
da Constituição) que se prestam a normatizar as matérias expressamente elencadas nas alíneas
“a” e “b” do inciso VI do art. 84 da CF, sendo uma competência privativa do chefe do Poder
Executivo, passível de delegação às autoridades previstas no parágrafo único do mesmo art. 84
da CF. Vejamos as matérias que podem ser tratadas por decretos autônomos:
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16. Suponha que o Presidente tenha editado decreto para disciplinar a organização do Ministério
da Justiça, tendo aproveitado o expediente para extinguir o Ministério da Pesca. Considerando
que o instrumento não implicou aumento de despesas, houve alguma afronta à Constituição no
caso?
Sim, houve afronta à Constituição porque, mediante decreto, o Presidente da República não
poderia extinguir órgão público, conforme CF, art. 84, VI, “a”:
Art. 61, § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (...)
17. Quais são as competências delegáveis do Presidente da República? A quem tais competências
podem ser delegadas?
ii) conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei
(art. 84, XII).
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iii) prover cargos públicos federais, na forma da lei (art. 84, XXV, primeira parte).
18. Complete as lacunas a seguir, a respeito dos crimes de responsabilidade (art. 85 da CF):
Em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento (art. 85, parágrafo único,
da CF).
20. Em quais situações o presidente ficará suspenso de suas funções (art. 86, § 1º, da CF)?
Nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal
Federal. Nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
21. Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento do Presidente da República não
estiver concluído, o que ocorrerá com o afastamento do Presidente?
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22. Suponha que em determinada operação, a polícia federal tenha descoberto, acidentalmente,
que o Presidente da República participa ativamente de um esquema criminoso, inclusive
ordenando a prática de ilícitos penais (crimes comuns). Com base no exposto, responda:
a) seria possível a prisão cautelar do Presidente da República, considerando que tais atividades
não guardam relação com o exercício do mandato presidencial? Como seria o eventual
procedimento de julgamento?
b) seria possível a prisão cautelar do Presidente da República, considerando que tais atividades
guardam relação com o exercício do mandato presidencial? Como seria o eventual procedimento
de julgamento?
Por outro lado, o fato de o crime guardar ou não relação com o exercício do mandato muda a
forma de como haverá a responsabilização do Presidente da República, em razão do previsto na
CF, art. 86, § 4º:
Art. 86, § 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
Assim, na situação “a”, como os atos do Presidente são estranhos ao exercício de suas funções,
ele não será responsabilizado por tais atos na vigência do seu mandato, mas somente ao término
deste.
Já na situação “b”, como os atos do Presidente guardam relação com o exercício de suas funções,
ele poderá ser responsabilizado, devendo:
a) a acusação ser admitida pela Câmara dos Deputados por 2/3 de seus membros (art. 86, caput).
b) a denúncia ou queixa-crime ser recebida pelo STF, considerando que se trata de crimes comuns
(art. 86, § 1º, I).
Art. 87, parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições
estabelecidas nesta Constituição e na lei:
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Além disso, os Ministros de Estado podem exercer as atribuições eventualmente delegadas pelo
Presidente da República, conforme parágrafo único do art. 84 da CF.
24.1.7. ____(h)____ cidadãos brasileiros ____(i)____, com mais de trinta e cinco anos de idade,
sendo ____(j)____ nomeados pelo Presidente da República, ____(k)____ eleitos pelo____(l)____
Federal e ____(m)____ eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de ____(n)____
anos, vedada a ____(o)____.
(a) superior (b) República (c) Presidente (d) Senado (e) líderes
(f) Senado (g) Justiça (h) seis (i) natos (j) dois
(k) dois (l) Senado (m) dois (n) três (o) recondução
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26. Complete as lacunas a seguir, a respeito do Conselho da Defesa Nacional (art. 91 da CF):
(a) consulta (b) soberania (c) defesa (d) natos (e) República
(f) Presidente (g) Senado (h) Justiça (i) Defesa (j) Relações
(k) Planejamento (l) Comandantes
27. Complete as lacunas a seguir, a respeito das competências do Conselho de Defesa Nacional
(art. 91, § 1º, CF/88):
27.1. ____(a)____ nas hipóteses de declaração de guerra e de ____(b)____ da paz, nos termos da
Constituição;
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1. (Cespe/2015/TRE MT) Acerca dos Poderes Executivo e Legislativo, julgue o item a seguir.
Ausentando-se do Brasil por período superior a quinze dias sem autorização do Congresso Nacional, o
presidente da República poderá sofrer, como reprimenda mais gravosa, censura pelo Poder Legislativo.
3. (Cespe/2015/TRE RS) Acerca do Poder Legislativo e do Poder Executivo, julgue o item a seguir.
O Brasil adota o sistema parlamentarista, sendo as funções de chefe de Estado e de governo exercidas
unicamente pelo presidente da República, que é eleito pelo povo e tem ampla liberdade para escolher os
ministros de Estado.
A competência do presidente da República para declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, e para
celebrar a paz é classificada como típica de chefe de governo, cabendo, nessas hipóteses, autorização ou
referendo do Congresso Nacional.
7. (Cespe/2015/TRE RS) Acerca do Poder Legislativo e do Poder Executivo, julgue o item a seguir.
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O chefe máximo do Poder Executivo do Brasil é o presidente da República, que também é chefe de Estado
e chefe de governo, já que o Brasil adota o regime presidencialista.
O vice-presidente da República pode ausentar-se do país por período superior a quinze dias sem licença do
Congresso Nacional, desde que o presidente da República permaneça no país.
D) Em qualquer hipótese, poderá o presidente da República extinguir cargos públicos por meio de decreto.
14. (Cespe/2015/TRE MT) Acerca dos Poderes Executivo e Legislativo, julgue o item a seguir.
Segundo a CF, as competências privativas do presidente da República não poderão ser objeto de
delegação.
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15. (Cespe/2016/TCE-PA) No que diz respeito aos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, julgue o
item subsequente.
16. (Cespe/2016/DPU) Com base nas disposições da Constituição Federal de 1988, julgue o item
subsequente.
Cargos públicos vagos podem ser extintos por meio de decreto presidencial, sendo dispensável a edição de
lei em sentido estrito.
17. (Cespe/2014/CAM DEPU) Acerca da organização dos poderes da República, julgue o próximo
item.
A CF autoriza o presidente da República a criar cargos e extinguir órgãos públicos por meio de decreto.
18. (Cespe/2014/ANTAQ) Com relação aos poderes da República, julgue o item subsequente.
A) remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão
legislativa; fixar e modificar o efetivo das Forças Armadas
B) conceder indulto e comutar penas; dispor sobre planos e programas nacionais, regionais e setoriais de
desenvolvimento
C) vetar projetos de lei, total ou parcialmente; expedir instruções para a execução de leis, decretos e
regulamentos
D) expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; avaliar periodicamente a funcionalidade do
Sistema Tributário Nacional
E) exercer o comando supremo das Forças Armadas; autorizar, em terras indígenas, a exploração e o
aproveitamento de recursos hídricos
Compete ao presidente da República, mediante decreto, extinguir funções ou cargos públicos que estejam
vagos.
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Qualquer pessoa residente no país pode oferecer acusação contra presidente da República — pela prática
de crime de responsabilidade — à Câmara dos Deputados, que procederá ao juízo de admissibilidade.
Caso a Câmara dos Deputados admita acusação contra o presidente da República por crime de homicídio
simples, o julgamento será realizado perante o Senado Federal.
É crime de responsabilidade ato do presidente da República que atente contra o cumprimento de decisão
judicial.
Em caso de necessidade, por comoção grave de repercussão nacional, o presidente da República pode,
desde que ouvido o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Senado Federal autorização para decretar o
estado de sítio no país.
Gabarito
1. E 8. E 15. E
2. E 9. E 16. C
3. E 10. C 17. E
4. E 11. E 18. C
5. C 12. C 19. C
6. C 13. E 20. C
7. E 14. E 21. E
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22. E 24. C
23. E 25. E
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
==5617c==
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Autor:
Tulio Lages
11 de Fevereiro de 2023
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Índice
1) O que é mais cobrado no assunto - Poder Legislativo - Cebraspe - Nível Superior
..............................................................................................................................................................................................3
7) Referências Bibliográficas
..............................................................................................................................................................................................
57
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% de cobrança
Tópico
Cebraspe
Congresso Nacional (arts. 44 a 47 da CF/88) 0,0%
Competência do Congresso Nacional para dispor de determinadas
0,0%
matérias, com a sanção do Presidente da República (art. 48 da CF/88)
Competência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49 da CF/88) 13,3%
Interação com autoridades do Poder Executivo: convocação, pedidos
escritos de informações e comparecimento de Ministros de Estado (art. 50 0,0%
da CF/88) ==5617c==
3
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Aula 09
A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
- Poder Legislativo Federal: bicameral – Câmara dos Deputados e Senado Federal, que
compõem o Congresso Nacional (CF, art. 44, caput).
- que a Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo (art. 45, caput),
enquanto, o Senado, por representantes dos Estados e do DF (art. 46, caput).
- que os deputados são eleitos pelo sistema proporcional (art. 45, caput), enquanto, os
senadores, princípio majoritário (art. 46, caput).
- que o mandato dos deputados federais é de quatro anos, enquanto que o dos senadores é
de oito anos (art. 46, § 1º).
4
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Aula 09
- que não há representantes dos municípios na Câmara dos Deputados, mas somente dos
Estados, DF e Territórios (art. 45, caput).
• CF, art. 47 – as deliberações, em regra, são tomadas por maioria relativa, ou seja, maioria dos
votos, estando presente a maioria absoluta dos membros. Essa regra só não se aplica aos casos
dispostos de forma contrária na CF. Além disso, é válida tanto para as deliberações de cada
Casa, como também para as de suas Comissões.
• CF, art 48 – observar:
- que o artigo trata das atribuições do Congresso Nacional que dependem de sanção do
Presidente da República (caput), ou seja, se manifestam pela edição de leis.
- que a criação, transformação e extinção de cargos públicos depende de lei (inciso X), mas a
extinção de cargos públicos vagos pode ser feita mediante decreto autônomo (art. 84, VI,
“b”).
- que a iniciativa de lei que fixa o subsídio dos Ministros do STF (inciso XV) é do próprio STF
(art . 96, II, “b”).
- que o artigo trata das atribuições do Congresso Nacional que dispensam a sanção do
Presidente da República, se manifestando pela edição de decreto legislativo.
- que o Congresso fixa, de forma exclusiva, o subsídio dos deputados federais e senadores,
que deve ser idêntico, bem como os subsídios do Presidente da República, Vice-Presidente da
República e dos Ministros de Estado (incisos VII e VIII).
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- que o artigo trata das atribuições da Câmara dos Deputados que dispensam a sanção do
Presidente da República, se manifestando pela edição de resolução (exceto a iniciativa de lei
para fixar a remuneração de seus servidores, que não é exercida por resolução – inciso IV).
Com efeito, são atribuições exclusivas, indelegáveis.
- que o artigo trata das atribuições do Senado que dispensam a sanção do Presidente da
República, se manifestando pela edição de resolução (exceto a iniciativa de lei para fixar a
remuneração de seus servidores, que não é exercida por resolução – inciso XIII). Com efeito,
são atribuições exclusivas, indelegáveis.
- que os Ministros de Estado são julgados pelo Senado apenas nos crimes de
responsabilidade conexos com os do Presidente da República (inciso I). Nos demais crimes, é
julgado pelo STF (art. 102, I, “c”).
- que a aprovação da escolha das autoridades elencadas no inciso III se dá por voto secreto,
após arguição pública, enquanto a das autoridades apontadas no inciso IV se dá também por
voto secreto, mas após arguição em sessão secreta.
- que o Senado atua bastante em matérias relativas a finanças públicas (incisos V, VI, VII, VIII,
IX e XV).
• CF, art. 50, § 1º - observar que o Ministro de Estado pode comparecer ao Legislativo (Senado,
Câmara ou Comissões), por sua própria iniciativa (ou seja, mesmo sem ser convocado), para
expor assunto de relevância de seu Ministério.
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• CF, art. 50, § 2º - observar que, além de ser convocado para apresentar pessoalmente
informações (caput), o Ministro de Estado (ou quaisquer titulares de órgãos diretamente
subordinados à Presidência da República) pode receber pedidos escritos de informações por
parte das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, importando em crime de
responsabilidade a) a recursa em prestar as informações, b) o não atendimento no prazo de 30
dias ou c) a prestação de informações falsas.
• CF, arts. 53 a 56 (Estatuto dos Congressistas) – observar:
- que as imunidades e vedações previstas nesses dispositivos deve ser enxergadas como
prerrogativas para o exercício livre e independente do mandato parlamentar, e não como
privilégios.
- que a imunidade material diz respeito às opiniões, palavras e votos dos congressistas (art.
53, caput), enquanto que a imunidades formais dizem respeito à i) impossibilidade de o
congressista, como regra, ser preso ou de permanecer preso (art. 53, § 2º) e ii) possiblidade
de sustação do andamento da ação penal do congressista (art. 53, §§ 3º a 5º).
- que a imunidade material, prevista no art. 53, caput, é aplicável quando o parlamentar
estiver no exercício da função (deve haver uma conexão entre a manifestação oral do
parlamentar e o exercício da função).
- que a imunidade formal prevista no art. 53, § 2º, passa a valer desde a expedição do
diploma (ou seja, não é da data da posse – a diplomação é anterior, ocorrendo quando a
Justiça Eleitoral atesta a eleição do candidato). Essa imunidade vale somente para prisões
cautelares, ou seja, o congressista pode ser preso em virtude de sentença judicial transitada
em julgado1. Além disso, pode ser preso em caso de flagrante delito de crime inafiançável
(não é qualquer crime!). Mesmo nesse último caso, a Casa do parlamentar preso em flagrante
pode decidir se este deverá permanecer preso ou não, conforme parte final do dispositivo.
- que a imunidade formal prevista no art. 53, § 3º é válida para crime ocorrido após a
diplomação (ou seja, não é após a posse), não englobando crimes cometidos antes da
diplomação (estes, assim, não poderão ter seu andamento sustado). Além disso, o pedido de
sustação deve ser feito até a decisão final do STF. Caso haja sustação do processo, ocorre
suspensão (e não interrupção) da prescrição, enquanto durar o mandato (ou seja, até o início
da próxima legislatura) – art. 53, § 5º.
- que a prerrogativa de Foro prevista no art. 53, § 1º, inicia-se a partir da expedição do
diploma e abrange somente crimes comuns (e não ações civis), cometidos tanto antes como
depois da diplomação (note que somente estes últimos podem ter o andamento do processo
1
STF – Inq 510-DF.
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suspenso pela Casa do parlamentar, nos termos do art. 53, § 3º). Quando acabar o mandato,
o processo é enviado à Justiça Comum.
- que somente no estado de sítio as imunidades dos congressistas poderão ser suspensas,
dependendo, mesmo assim, do voto de dois terços dos membros da Casa respectiva e
abrangendo, apenas, os atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional e que sejam
incompatíveis com a execução da medida (art. 53, § 8º).
- que há vedações aplicadas aos Congressistas a partir da expedição do diploma (art. 54, I) e
outras a partir da posse (art. 54, II). Se restar constatada infração a qualquer das vedações, o
Congressista perderá o mandato (art. 55, I).
- que o Congressista afastado para ocupar cargo no Poder Executivo (art. 56, I) tem suspensa
suas imunidades parlamentares (material e formal), mas mantém o foro por prerrogativa de
função2 e continua sujeito a procedimento disciplinar perante a Casa respectiva em virtude de
quebra de decoro parlamentar3.
- que se houver reunião marcada para o dia 2/fev, 17/jul, 1/ago ou 22/dez e a data recair em
sábado, domingo ou feriado, a reunião será transferida para o primeiro dia útil subsequente (§
1º).
- que se o projeto de lei de diretrizes orçamentárias não for aprovado até 17/7, a sessão
legislativa não será interrompida – o recesso parlamentar somente será iniciado quando a
LDO for aprovada (§ 2º).
- que, em regra, o Congresso Nacional atua por meio da manifestação autônoma e separada
de Câmara dos Deputados e Senado Federal. Por outro lado, em algumas situações, o
Congresso se reúne em sessão conjunta (bicameral) da Câmara e Senado, com deliberação
em separado das duas Casas (art. 57, § 3º + art. 166, caput + art. 68, caput). Há ainda, uma
(única) hipótese de sessão unicameral do Congresso – processo de revisão constitucional
(emendas de revisão), consoante art. 3º do ADCT.
- que no primeiro ano da legislatura (que dura quatro anos, conforme art. 44, parágrafo
único), as Casas fazem sessões preparatórias, a partir de 1/fev, para a posse de seus membros
e eleição das respectivas Mesas (§ 4º). Como o mandato dos membros das Mesas é de dois
anos (§ 4º), antes do início da terceira sessão legislativa ordinária (que ocorre no dia 2/fev do
terceiro ano da legislatura), as Casas deverão realizar novamente sessões preparatórias, para
eleger a nova Mesa (embora a CF não mencione expressamente essa situação).
2
STF – Inq 105-DF.
3
STF, MS 25.579/DF.
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- que as Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal são eleitas pelos respectivos
membros, para mandato de 2 anos, sendo vedada a recondução para o mesmo cargo na
eleição imediatamente subsequente (§ 4º). Ou seja, é possível a candidatura, na eleição
imediatamente subsequente, de membro da Mesa para cargo diverso do que ocupa
atualmente. Além disso, também é possível a candidatura de membro da Mesa, para o
mesmo cargo, em eleição ulterior, desde que não seja a imediatamente subsequente.
- que a Mesa do Congresso Nacional não é eleita: é presidida pelo Presidente do Senado
Federal, e os demais cargos são exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos
equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal (§ 5º). Ou seja, como o
Presidente do Senado é o Presidente da Mesa do Congresso Nacional, o próximo cargo na
hierarquia, que é o de 1º Vice-Presidente da Mesa do Congresso Nacional, será ocupado pelo
1º Vice-Presidente da Mesa da Câmara dos Deputados. O próximo cargo na hierarquia, que é
o de 2º Vice-Presidente da Mesa do Congresso Nacional, será ocupado pelo 2º Vice-
==5617c==
• CF, art. 58, caput, §§ 1º, 2º e 4º (Comissões – exceto Comissões Parlamentares de Inquérito) –
observar:
- que no caso previsto no § 2º, I, o regimento interno da Casa, pode prever casos em que a
Comissão pode aprovar diretamente um projeto de lei, sem que haja necessidade de que este
seja apreciado pelo Plenário (procedimento legislativo abreviado), salvo se houver recurso de
1/10 dos membros da Casa.
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- que o caso previsto no inciso III do § 2º guarda relação com o previsto no art. 50, caput.
- que se busca uma representação proporcional dos partidos na constituição das Comissões
(1º), inclusive na da Comissão Representativa do Congresso Nacional (§ 4º).
- que as CPIs exercem a típica função de fiscalização por parte do Poder Legislativo.
- que as CPIs não julgam, não acusam e não promovem responsabilidade de ninguém, mas
sim investigam fatos e, se for o caso, encaminham suas conclusões para o Ministério Público
para que este promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
- que pode haver CPI da Câmara dos Deputados (formada somente por deputados federais),
CPI do Senado (formada somente por senadores) e CPI mista (formada por deputados e
senadores).
b) indicação de fato determinado a ser investigado (não se admite a criação de CPIs para
investigações genéricas); e
c) fixação de prazo certo para os trabalhos da CPI (o que não impede sucessivas
prorrogações de seu prazo na mesma legislatura – ou seja, o final da legislatura encerra
todas as CPIs vigentes).
- que os poderes de investigação das CPIs são próprios das autoridades judiciais, mas há
certas competências que são próprias e exclusivas do Poder Judiciário. Assim, as CPIs têm
competência para:
- membros do Judiciário, todavia, não estão obrigados a se apresentar perante a CPI para
prestar depoimento sobre sua função jurisdicional.
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- a convocação deve ser feita pessoalmente (não pode ser por via postal ou comunicação
telefônica)4.
- caso o depoente se utilize da assistência de um advogado, este, nas reuniões da CPI, poderá
“comunicar-se, pessoal e diretamente, com o seu cliente (sem, no entanto, poder substituí-lo,
como é óbvio, no depoimento, que constitui ato personalíssimo), para adverti-lo de que lhe
assiste o direito de permanecer em silêncio, fundado no privilégio jurídico contra a auto-
incriminação, ou o de opor-se a qualquer ato arbitrário ou abusivo cometido, contra o seu
cliente”. Poderá ainda “reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer (...)
autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento”6.
- qualquer medida restritiva de direitos determinada pela CPI (como as quebras de sigilo
mencionadas) deve ser fundamentada e determinada pela maioria de seus membros (ou seja,
não pode o Presidente da CPI, sozinho, determinar tais medidas restritivas de direitos) 8.
- as CPIs estaduais também podem determinar a quebra de sigilo bancário, o mesmo não
valendo para as CPIs municipais9.
4
STF – HC 71.421.
5
STF – HC 94.082-MC/RS.
6
STF – MS 23.576/DF.
7
STF – HC 71.039/RJ.
8
STF – MS 23.669-MC.
9
STF – ACO 730/RJ.
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i) convocar o Chefe do Poder Executivo (veja que o art. 50 da CF não insere tal autoridade
dentre aquelas que poderão ser convocadas).
10
STF – HC 71279 RS.
11
STF – MS 27483 DF.
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APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em prova, considerando o
histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no conteúdo, na legislação e nos
entendimentos doutrinários e jurisprudenciais1.
Dentro do assunto “Poder Legislativo (arts. 44 a 58 da CF/1988), “Comissões Parlamentares (art. 58) é/são
o(s) ponto(s) que acreditamos que possui(em) mais chances de ser(em) cobrado(s) pela banca.
Permanentes e
temporárias
Atribuições
Comissões definidas no
(caput e § 1º) regimento
comum Representação
proporcional de
Quando possível
partidos ou blocos
(§1º)
1
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado assunto,
considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados a partir de critérios objetivos
ou minimamente razoáveis.
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Poderes de
Autoridades judiciais
investigação
em conjunto ou
separadamente
Criadas pela CD ou SF
requisição de 1/3 de
CPI seus membros
(§ 3º) Apuração de fato
determinado
==5617c==
Prazo certo
Comissão
representativa do
Congresso Nacional
Recesso (§ 4º)
Atribuições definidas no
regimento comum
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas
questões.
Comentários
GABARITO: errado.
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Comentários
GABARITO: ERRADO
De acordo com o art. 46, caput, da CF/1988, os senadores são eleitos pelo princípio majoritário,
não proporcional. Por outro lado, o mandato dos ocupantes desse cargo é mesmo de 8 anos:
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito
anos.
Outrossim, não há previsão de eleição de Senadores no âmbito dos Territórios, apenas nos
Estados e no DF.
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Gabarito: letra E.
A) leis ordinárias.
B) medidas provisórias.
C) leis complementares.
D) emendas constitucionais.
E) decretos.
Comentários:
Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais (art. 5º, § 3º, da CF/88).
Gabarito: letra D.
Comentários
GABARITO: errado.
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Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não
exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias
de competência da União, especialmente sobre:
(...)
Comentários
GABARITO: ERRADO
Vejamos o teor dos artigos 48, inciso XIV, e 164, caput, da CF/1988:
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não
exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias
de competência da União, especialmente sobre:
(...)
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente
pelo banco central.
A competência para dispor sobre moedas e seus limites de emissão é do Congresso Nacional,
mas essa regulamentação será feita por lei ordinária, não por lei complementar, pois os artigos
supratranscritos não fazem essa especificação.
Comentários
GABARITO: certo.
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Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não
exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias
de competência da União, especialmente sobre:
(...) ==5617c==
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Letra E – correta. A sustação dos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa é competência exclusiva do Congresso
Nacional (art. 49, V, da CF/88).
Gabarito: letra E.
Comentários
(...)
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Gabarito: Certo.
Comentários
GABARITO: ERRADO
O exercício de tal competência independe de sanção presidencial, na forma do art. 49, XII, da
Constituição Federal:
(...)
Comentários
GABARITO: errado.
(...)
21
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Comentários
GABARITO: certo.
(...)
Comentários
GABARITO: errada.
A competência para aprovação dos tratados firmados pelo Poder Executivo é do Congresso
Nacional, não apenas do Senado Federal, de acordo com o art. 49, inciso I, da CF/1988:
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Comentários
GABARITO: ERRADO
A primeira parte da assertiva está correta, nos moldes do art. 49, XIII, da Constituição Federal:
(...)
Contudo a aprovação dos nomes indicados pelo Presidente da República compete ao Senado
Federal:
(...)
III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
(...)
Comentários
GABARITO: ERRADO
23
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(...)
Nesse sentido, pela simetria constitucional, tal competência, no âmbito estadual e municipal,
caberá à Casa Legislativa respectiva. Vale dizer, Assembleia Legislativa e Câmara Municipal.
16. (CESPE/2008/TRT 5ª) Julgue o item que se segue, acerca do Poder Legislativo.
Compete ao Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República, aprovar o estado
de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio ou suspender qualquer uma dessas
medidas.
Comentários
GABARITO: ERRADO
Consoante o art. 49, inciso IV, da CF/1988, essas atribuições são de competência exclusiva do
Congresso Nacional, sendo dispensada, assim, sanção presidencial para a sua adoção:
(...)
24
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Distrito Federal cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República (art. 48,
IX, da CF/88).
Letra E – correta. A sustação dos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa é competência exclusiva do Congresso
Nacional (art. 49, V, da CF/88).
Gabarito: letra E.
18. (CESPE/1998/TCU) A Câmara dos Deputados, o Senado Federal, bem como qualquer de
suas comissões, poderão convocar ministro de Estado para prestar informações acerca de
assuntos previamente determinados.
Comentários
GABARITO: CERTO
19. (CESPE/2008/TRT 5ª) Julgue o item que se segue, acerca do Poder Legislativo.
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Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços de seus membros, a
instauração de processo contra o presidente e o vice-presidente da República e contra os
ministros de Estado.
Comentários
GABARITO: CERTO
Comentários
GABARITO: correta.
Essa competência está prevista no art. 52, inciso III, alínea “e”, da CF/1988:
(...)
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:
(...)
e) Procurador-Geral da República;
No Estado brasileiro, o Poder Legislativo, além da função normativa que lhe é típica, tem
atribuição julgadora em situações taxativamente expressas na Constituição Federal.
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Comentários
São funções típicas Poder Legislativo legislar e fiscalizar e funções atípicas administrar a julgar.
Portanto, o Poder Legislativo tem tanto a atribuição de legislar quanto a de julgar, nos casos
expressos na Constituição.
Gabarito: Certo.
22. (Cespe/2015/TRE MT) Acerca dos Poderes Executivo e Legislativo, julgue o item a seguir.
Ao contrário do que ocorre quando da assunção do cargo de ministro de Estado, o deputado
federal que se investir no cargo de secretário de Estado perderá o seu mandato.
Comentários
GABARITO: errado.
O deputado federal que se investir no cargo de secretário de Estado não perderá o seu
mandato, conforme previsto no art. 56, inciso I, da CF/1988:
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23. (Cespe/2015/TRE MT) Acerca dos Poderes Executivo e Legislativo, julgue o item a seguir.
Nos termos da CF, as comissões parlamentares de inquérito, comissões temporárias destinadas a
investigar fato certo e determinado, possuem poderes de investigação próprios das autoridades
judiciais.
Comentários
GABARITO: certo.
Comentários
GABARITO: errado.
As CPIs são criadas para apuração de fato determinado e por prazo certo, não são permanentes
e organizadas por matéria, conforme o art. 58, § 3º, da CF/1988:
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Comentários
(...)
Conclui-se, portanto, que pode haver CPI da Câmara dos Deputados (formada somente por
deputados federais), CPI do Senado (formada somente por senadores) e CPI mista (formada por
deputados e senadores).
Gabarito: Errado.
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a) I e IV.
b) II e III.
c) I, IV e V.
d) I, II, III e V.
e) II, III, IV e V.
Comentários.
Item I - correto. As CPIs não julgam, não acusam e não promovem responsabilidade de ninguém,
mas sim investigam fatos e, se for o caso, encaminham suas conclusões para o Ministério Público
para que este promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Item II - correto. A CPI pode determinar a quebra de sigilo bancário, porém, qualquer medida
restritiva de direitos determinada pela CPI (como as quebras de sigilo) deve ser fundamentada e
determinada pela maioria de seus membros (ou seja, não pode o Presidente da CPI, sozinho,
determinar tais medidas restritivas de direitos).
Item III - correto. As CPIs não têm competência para decretar prisões, exceto em flagrante
delito.
Item IV - incorreto. As CPIs podem decretar prisão em flagrante, inclusive de seus investigados.
Gabarito: Letra D.
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São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto. Assim,
ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados do
conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar melhor
os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o exigido
na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo a facilitar
a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
3. Quantos deputados federais são eleitos em cada Estado e no DF? E nos Territórios?
6. Considerando que a Câmara dos Deputados é composta por 513 deputados, qual o número de
votos para que determinada deliberação seja tomada pelo seu Plenário, conforme reza a regra
geral prevista na Constituição Federal?
31
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7. Complete as lacunas a seguir, a respeito das matérias sobre as quais compete ao Congresso
Nacional dispor com a sanção do Presidente da República (art. 48 da CF):
7.5. limites do ____(j)____ nacional, espaço aéreo e marítimo e ____(k)____ do domínio da União;
7.10. criação, ____(q)____ e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que
estabelece o art. 84, VI, "b", da CF/88;
7.15. fixação do ____(y)____ dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que
dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I, da CF/88.
8.1. resolver ____(a)____ sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos
ou compromissos ____(b)____ ao patrimônio nacional;
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8.2. ____(c)____ o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças
____(d)____ transitem pelo território nacional ou nele permaneçam ____(e)____, ressalvados os
casos previstos em lei complementar;
8.5. ____(i)____ os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder ____(j)____ ou dos
limites de delegação legislativa;
8.7. fixar ____(l)____ subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que
dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da CF/88.
8.9. julgar ____(n)____ as contas prestadas pelo Presidente da República e ____(o)____ os relatórios
sobre a execução dos planos de governo;
8.10. fiscalizar e controlar, ____(p)____, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da administração ____(q)____;
8.11. ____(r)____ pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição ____(s)____
dos outros Poderes;
8.17. aprovar, ____(a1)____, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a
____(b1)____ mil e quinhentos hectares.
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8.18. decretar o estado de ____(c1)____ pública de âmbito ____(d1)____ previsto nos arts. 167-B,
167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G da CF/88.
9. Considere que o Ministro da Fazenda entenda relevante prestar informações aos parlamentares
da Câmara acerca de um anteprojeto de reforma tributária. Qual expediente constitucional ele
poderia adotar para atingir seu objetivo?
11. Qual o prazo constitucional previsto para que o Presidente da República apresente suas contas
ao Congresso Nacional? Qual o papel constitucional da Câmara dos Deputados caso o Chefe do
Poder Executivo Federal deixe de apresentá-las em tal prazo?
12. Complete as lacunas a seguir, a respeito da competência privativa da Câmara dos Deputados
(art. 51 da CF):
12.1. ____(a)____, por dois terços de seus membros, a instauração de ____(b)____ contra o
Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
12.5. eleger membros do Conselho da ____(k)____, nos termos do art. 89, VII, da CF/88.
13. Considere que, após a autorização por 2/3 dos membros da Câmara dos Deputados, o
Presidente da República tenha sido submetido a julgamento no Congresso Nacional por crime de
responsabilidade, tendo o Presidente do Senado declarado a perda do cargo do chefe do Poder
Executivo Federal após presidir a sessão que decidiu pela condenação por 2/3 dos votos dos
membros da Casa.
Essa situação estaria compatível com a Constituição Federal? Justifique.
14. Complete as lacunas a seguir, a respeito da competência privativa do Senado Federal (art. 52
da CF):
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14.3. aprovar previamente, por voto ____(h)____, após arguição ____(i)____, a escolha de:
14.4. aprovar previamente, por voto ____(p)____, após arguição em sessão ____(q)____, a escolha
dos chefes de missão ____(r)____ de caráter permanente;
14.5. autorizar operações ____(s)____ de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados,
do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
14.6. fixar, por ____(t)____ do Presidente da República, limites ____(u)____ para o montante da
dívida ____(v)____ da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
14.7. dispor sobre limites ____(w)____ e condições para as operações de crédito externo e interno
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas ____(x)____ e demais
entidades ____(y)____ pelo Poder Público federal;
14.8. dispor sobre limites e condições para a concessão de ____(z)____ da União em operações de
crédito externo e interno;
14.9. estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida ____(a1)____ dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios;
14.10. ____(b1)____ a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão
____(c1)____ do Supremo Tribunal Federal;
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14.11. aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a ____(d1)____, de ofício, do Procurador-
Geral da República antes do ____(e1)____ de seu mandato;
14.14. eleger membros do Conselho da ____(k1)____, nos termos do art. 89, VII, da CF/88;
14.15. avaliar ____(l1)____ a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus
componentes, e o desempenho das administrações ____(m1)____ da União, dos Estados e do
Distrito Federal e dos Municípios.
15. Além de seus votos, o que mais está abrangido pela inviolabilidade material dos Congressistas?
Quais esferas a inviolabilidade material alcança?
17. Considere que Pedro Paulo, eleito para o cargo de deputado federal conforme diploma
expedido pela Justiça Eleitoral, tenha sido flagrado e preso pela polícia praticando incêndio, um
crime afiançável. Suponha que Pedro Paulo ainda não tenha tomado posse no cargo de deputado,
embora o prazo para a posse ainda não tenha expirado.
Essa situação estaria compatível com a Constituição Federal? Justifique.
18. Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação,
o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político
nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá sustar o andamento da ação
até quando?
19. O pedido de sustação da ação será apreciado pela Casa respectiva em qual prazo? A sustação
do processo produz alguma repercussão no prazo prescricional?
20. A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que
em tempo de guerra, dependerá de qual condição?
21. Complete as lacunas a seguir, a respeito das proibições impostas aos Deputados e Senadores
pela Constituição Federal (art. 54 da CF):
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21.1.1. firmar ou manter ____(b)____ com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o ____(c)____ obedecer a cláusulas ____(d)____;
21.1.2. ____(e)____ ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam
demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes do item anterior;
21.2.1. ser proprietários, ____(g)____ ou diretores de empresa que goze de ____(h)____ decorrente
de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função ____(i)____;
21.2.2. ocupar cargo ou função de que sejam ____(j)____ "ad nutum", nas entidades referidas no
inciso I, "a", da CF/88;
21.2.3. ____(k)____ causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o art.
54, inciso I, "a", da CF/88;
22. Complete as lacunas a seguir, a respeito das hipóteses de perda do mandato do Deputado ou
Senador (art. 55 da CF):
22.1.3. que deixar de ____(c)____, em cada sessão legislativa, à ____(d)____ parte das sessões
ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta ____(e)____;
23. Quais os cargos que o Deputado ou Senador pode ocupar sem perder o mandato?
24. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador licenciado pela respectiva Casa por motivo
de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o
afastamento não ultrapasse quantos dias?
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26. Caso haja vacância de cargo de Deputado ou Senador e não haja suplente para assumir, o que
ocorrerá?
27. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, durante qual período? Se
as reuniões marcadas para essas datas recaírem em sábados, domingos ou feriados, o que
acontece?
28. Complete as lacunas a seguir, a respeito das hipóteses de reunião da Câmara dos Deputados
e do Senado Federal em sessão conjunta (art. 57, § 3º, da CF/88):
28.1. Além de outros casos previstos na Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
reunir-se-ão em sessão conjunta para:
28.1.2. elaborar o regimento ____(b)____ e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;
30. Considere que as Casas do Congresso Nacional não tenham aprovado convocação
extraordinária efetuada pelo Presidente da República em função de decretação de estado de
defesa.
Essa situação estaria compatível com a Constituição Federal? Justifique.
31. O que ocorre se houver medidas provisória em vigor na data de convocação extraordinária do
Congresso Nacional?
32. Complete as lacunas a seguir a respeito das comissões que, em razão da matéria de sua
competência, cabe (art. 58, § 2º, da CF):
32.1. discutir e votar projeto de ____(a)____ que dispensar, na forma do ____(b)____, a competência
do Plenário, salvo se houver recurso de um ____(c)____ dos membros da Casa;
32.3. ____(f)____ Ministros de Estado para prestar ____(g)____ sobre assuntos inerentes a suas
atribuições;
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33. Qual o quórum de iniciativa para se dar início a uma Comissão Parlamentar de Inquérito?
34. Considere que uma Comissão Parlamentar de Inquérito tenha determinado a prisão cautelar
de um cidadão, em razão de crime por ele praticado, descoberto pela Comissão em decorrência
de informações obtidas por interceptação telefônica por ela determinada.
Essa situação estaria compatível com a Constituição Federal? Justifique.
3. Quantos deputados federais são eleitos em cada Estado e no DF? E nos Territórios?
Esse número de deputados federais por Estado/DF, bem como o número total de deputados
federais, é estabelecido por lei complementar (CF, art. 45, § 1º).
Por sua vez, os Territórios elegem 4 deputados federais (CF, art. 45, § 2º).
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6. Considerando que a Câmara dos Deputados é composta por 513 deputados, qual o número de
votos para que determinada deliberação seja tomada pelo seu Plenário, conforme reza a regra
geral prevista na Constituição Federal?
A regra geral de tomada de deliberações por qualquer das Casas do Congresso Nacional ou de
suas Comissões é a prevista no art. 47 da CF, que reza o seguinte:
Assim, a maioria absoluta dos membros da Câmara dos Deputados corresponde ao primeiro
número inteiro que sucede a metade do número total de membros. Logo, como a metade de 513
= 513/2 = 256,5, o primeiro número inteiro que sucede tal valor é 257, que é o número que
corresponde à maioria absoluta de membros.
Por sua vez, considerando a presença da maioria absoluta dos membros, ou seja, de 257
deputados, a maioria desses membros corresponde ao primeiro número inteiro que sucede a
metade de tal número. Logo, como a metade de 257 = 257/2 = 128,5, o primeiro número inteiro
que sucede tal valor é 129, que é o número que corresponde à quantidade de votos mínimos para
que uma deliberação seja tomada.
7. Complete as lacunas a seguir, a respeito das matérias sobre as quais compete ao Congresso
Nacional dispor com a sanção do Presidente da República (art. 48 da CF):
7.5. limites do ____(j)____ nacional, espaço aéreo e marítimo e ____(k)____ do domínio da União;
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7.10. criação, ____(q)____ e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que
estabelece o art. 84, VI, "b", da CF/88;
7.15. fixação do ____(y)____ dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que
dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I, da CF/88.
(a) tributário (b) distribuição (c) crédito (d) dívida (e) forçado
(f) fixação (g) efetivo (h) programas (i) setoriais (j) território
(k) bens (l) subdivisão (m) ouvidas (n) transferência (o) concessão
(p) judiciária (q) transformação (r) criação (s) radiofusão (t) cambial
(u) operações (v) emissão (x) mobiliária (y) subsídio
8.1. resolver ____(a)____ sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos
ou compromissos ____(b)____ ao patrimônio nacional;
8.2. ____(c)____ o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças
____(d)____ transitem pelo território nacional ou nele permaneçam ____(e)____, ressalvados os
casos previstos em lei complementar;
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8.5. ____(i)____ os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder ____(j)____ ou dos
limites de delegação legislativa;
8.7. fixar ____(l)____ subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que
dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da CF/88.
8.9. julgar ____(n)____ as contas prestadas pelo Presidente da República e ____(o)____ os relatórios
sobre a execução dos planos de governo;
8.10. fiscalizar e controlar, ____(p)____, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da administração ____(q)____;
8.11. ____(r)____ pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição ____(s)____
dos outros Poderes;
8.17. aprovar, ____(a1)____, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a
____(b1)____ mil e quinhentos hectares.
8.18. decretar o estado de ____(c1)____ pública de âmbito ____(d1)____ previsto nos arts. 167-B,
167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G da CF/88.
(a) definitivamente (b) gravosos (c) autorizar (d) estrangeiras (e) temporariamente
(f) quinze (g) autorizar (h) suspender (i) sustar (j) regulamentar
(k) temporariamente (l) idêntico (m) Ministros (n) anualmente (o) apreciar
(p) diretamente (q) indireta (r) zelar (s) normativa (t) apreciar
(u) televisão (v) terços (w) nucleares (x) plebiscito (y) indígenas
(z) lavra (a1) previamente (b1) dois (c1) calamidade (d1) nacional
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9. Considere que o Ministro da Fazenda entenda relevante prestar informações aos parlamentares
da Câmara acerca de um anteprojeto de reforma tributária. Qual expediente constitucional ele
poderia adotar para atingir seu objetivo?
Ele poderia comparecer ao Parlamento por sua própria iniciativa, mediante entendimentos com a
Mesa da Câmara, conforme art. 50, § 1º da CF:
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões,
poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente
subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações
sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a
ausência sem justificação adequada. (...)
Assim:
A) Depende! Conforme o disposto na CF, o pedido escrito de informações pode ser encaminhado
somente a Ministros de Estado ou a titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência
da República. Logo, se a Secretaria de Direitos Humanos for diretamente subordinada à
Presidência da República, é possível o encaminhamento do pedido escrito de informações ao seu
titular. Caso contrário, não será possível.
11. Qual o prazo constitucional previsto para que o Presidente da República apresente suas contas
ao Congresso Nacional? Qual o papel constitucional da Câmara dos Deputados caso o Chefe do
Poder Executivo Federal deixe de apresentá-las em tal prazo?
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O Presidente da República possui o prazo de 60 dias após a abertura da sessão legislativa para
apresentar suas contas. Caso tais contas não sejam apresentadas, a Câmara dos Deputados deverá
proceder a tomada de tais contas, conforme art. 51, inciso II da CF:
12. Complete as lacunas a seguir, a respeito da competência privativa da Câmara dos Deputados
(art. 51 da CF):
12.1. ____(a)____, por dois terços de seus membros, a instauração de ____(b)____ contra o
Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
12.5. eleger membros do Conselho da ____(k)____, nos termos do art. 89, VII, da CF/88.
(a) autorizar (b) processo (c) tomada (d) sessenta (e) abertura
(f) regimento (g) dispor (h) polícia (i) serviços (j) remuneração
(k) República
13. Considere que, após a autorização por 2/3 dos membros da Câmara dos Deputados, o
Presidente da República tenha sido submetido a julgamento no Congresso Nacional por crime de
responsabilidade, tendo o Presidente do Senado declarado a perda do cargo do chefe do Poder
Executivo Federal após presidir a sessão que decidiu pela condenação por 2/3 dos votos dos
membros da Casa.
Essa situação estaria compatível com a Constituição Federal? Justifique.
Não estaria compatível com a CF, porque quem julga o Presidente da República nos crimes de
responsabilidade é o Senado Federal, não o Congresso Nacional, conforme art. 52, I da CF:
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Além disso, nesse caso, quem preside o processo e julgamento é o Presidente do STF (e não o
Presidente do Senado/Congresso Nacional), conforme art. 52, parágrafo único.
Art. 52, parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como
Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente
será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com
inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais
sanções judiciais cabíveis.
14. Complete as lacunas a seguir, a respeito da competência privativa do Senado Federal (art. 52
da CF):
14.3. aprovar previamente, por voto ____(h)____, após arguição ____(i)____, a escolha de:
14.4. aprovar previamente, por voto ____(p)____, após arguição em sessão ____(q)____, a escolha
dos chefes de missão ____(r)____ de caráter permanente;
14.5. autorizar operações ____(s)____ de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados,
do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
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14.6. fixar, por ____(t)____ do Presidente da República, limites ____(u)____ para o montante da
dívida ____(v)____ da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
14.7. dispor sobre limites ____(w)____ e condições para as operações de crédito externo e interno
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas ____(x)____ e demais
entidades ____(y)____ pelo Poder Público federal;
14.8. dispor sobre limites e condições para a concessão de ____(z)____ da União em operações de
crédito externo e interno;
14.9. estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida ____(a1)____ dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios;
14.10. ____(b1)____ a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão
____(c1)____ do Supremo Tribunal Federal;
14.11. aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a ____(d1)____, de ofício, do Procurador-
Geral da República antes do ____(e1)____ de seu mandato;
14.14. eleger membros do Conselho da ____(k1)____, nos termos do art. 89, VII, da CF/88;
14.15. avaliar ____(l1)____ a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus
componentes, e o desempenho das administrações ____(m1)____ da União, dos Estados e do
Distrito Federal e dos Municípios.
(a) julgar (b) responsabilidade (c) conexos (d) julgar (e) Justiça
(f) Ministério (g) responsabilidade (h) secreto (i) pública (j) Magistrados
(k) Contas (l) Território (m) diretores (n) República (o) lei
(p) secreto (q) secreta (r) diplomática (s) externas (t) proposta
(u) globais (v) consolidada (w) globais (x) autarquias (y) controladas
(z) garantia (a1) mobiliária (b1) suspender (c1) definitiva (d1) exoneração
(e1) término (f1) regimento (g1) organização (h1) criação (i1) serviços
(j1) lei (k1) República (l1) periodicamente (m1) tributárias
15. Além de seus votos, o que mais está abrangido pela inviolabilidade material dos Congressistas?
Quais esferas a inviolabilidade material alcança?
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Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer
de suas opiniões, palavras e votos.
17. Considere que Pedro Paulo, eleito para o cargo de deputado federal conforme diploma
expedido pela Justiça Eleitoral, tenha sido flagrado e preso pela polícia praticando incêndio, um
crime afiançável. Suponha que Pedro Paulo ainda não tenha tomado posse no cargo de deputado,
embora o prazo para a posse ainda não tenha expirado.
Essa situação estaria compatível com a Constituição Federal? Justifique.
Não seria compatível com a Constituição, porquanto desde a expedição do diploma, os membros
do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável,
consoante art. 53, § 2º.
Logo, Pedro Paulo não poderia ser preso, porque já havia sido diplomado e o crime praticado era
afiançável.
18. Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação,
o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político
nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá sustar o andamento da ação
até quando?
19. O pedido de sustação da ação será apreciado pela Casa respectiva em qual prazo? A sustação
do processo produz alguma repercussão no prazo prescricional?
No prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora (art. 53,
§ 4º, da CF). A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato (art. 53, §
5º, da CF).
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20. A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que
em tempo de guerra, dependerá de qual condição?
21. Complete as lacunas a seguir, a respeito das proibições impostas aos Deputados e Senadores
pela Constituição Federal (art. 54 da CF):
21.1.1. firmar ou manter ____(b)____ com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o ____(c)____ obedecer a cláusulas ____(d)____;
21.1.2. ____(e)____ ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam
demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes do item anterior;
21.2.1. ser proprietários, ____(g)____ ou diretores de empresa que goze de ____(h)____ decorrente
de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função ____(i)____;
21.2.2. ocupar cargo ou função de que sejam ____(j)____ "ad nutum", nas entidades referidas no
inciso I, "a", da CF/88;
21.2.3. ____(k)____ causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o art.
54, inciso I, "a", da CF/88;
(a) diploma (b) contrato (c) contrato (d) uniformes (e) aceitar
(f) posse (g) controladores (h) favor (i) remunerada (j) demissíveis
(k) patrocinar (l) titulares
22. Complete as lacunas a seguir, a respeito das hipóteses de perda do mandato do Deputado ou
Senador (art. 55 da CF):
22.1.3. que deixar de ____(c)____, em cada sessão legislativa, à ____(d)____ parte das sessões
ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta ____(e)____;
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(a) proibições (b) decoro (c) comparecer (d) terça (e) autorizada
(f) perder (g) Eleitoral (h) criminal
23. Quais os cargos que o Deputado ou Senador pode ocupar sem perder o mandato?
24. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador licenciado pela respectiva Casa por motivo
de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o
afastamento não ultrapasse quantos dias?
Cento e vinte dias por sessão legislativa (art. 56, II, da CF).
O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas no art. 56,
inciso I, da CF/88 (vide questão 24) ou de licença superior a cento e vinte dias (art. 56, § 1º, da CF).
26. Caso haja vacância de cargo de Deputado ou Senador e não haja suplente para assumir, o que
ocorrerá?
Far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.
(art. 56, § 2º, da CF).
27. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, durante qual período? Se
as reuniões marcadas para essas datas recaírem em sábados, domingos ou feriados, o que
acontece?
As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente,
quando recaírem em sábados, domingos ou feriados (art. 57, § 1º, da CF).
28. Complete as lacunas a seguir, a respeito das hipóteses de reunião da Câmara dos Deputados
e do Senado Federal em sessão conjunta (art. 57, § 3º, da CF/88):
28.1. Além de outros casos previstos na Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
reunir-se-ão em sessão conjunta para:
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28.1.2. elaborar o regimento ____(b)____ e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;
Além dessas situações, o Congresso se reúne em sessão conjunta (bicameral) da Câmara e Senado,
com deliberação em separado das duas Casas nos casos do art. 166, caput (projetos de lei relativos
ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais) e
art. 68 (leis delegadas) da CF/88.
30. Considere que as Casas do Congresso Nacional não tenham aprovado convocação
extraordinária efetuada pelo Presidente da República em função de decretação de estado de
defesa.
Essa situação estaria compatível com a Constituição Federal? Justifique.
31. O que ocorre se houver medidas provisória em vigor na data de convocação extraordinária do
Congresso Nacional?
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Serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação (art. 57, § 8º, da CF).
32. Complete as lacunas a seguir a respeito das comissões que, em razão da matéria de sua
competência, cabe (art. 58, § 2º, da CF):
32.1. discutir e votar projeto de ____(a)____ que dispensar, na forma do ____(b)____, a competência
do Plenário, salvo se houver recurso de um ____(c)____ dos membros da Casa;
32.3. ____(f)____ Ministros de Estado para prestar ____(g)____ sobre assuntos inerentes a suas
atribuições;
(a) lei (b) regimento (c) décimo (d) realizar (e) entidades
(f) convocar (g) informações (h) receber (i) queixas (j) omissões
(k) cidadão (l) apreciar (m) regionais (n) parecer
33. Qual o quórum de iniciativa para se dar início a uma Comissão Parlamentar de Inquérito?
34. Considere que uma Comissão Parlamentar de Inquérito tenha determinado a prisão cautelar
de um cidadão, em razão de crime por ele praticado, descoberto pela Comissão em decorrência
de informações obtidas por interceptação telefônica por ela determinada.
Essa situação estaria compatível com a Constituição Federal? Justifique.
Não, porque a CPI não tem competência para decretar prisões, exceto em flagrante delito,
tampouco para determinar a interceptação telefônica. Tais medidas (prisão cautelar e
interceptação telefônica) somente podem ser determinadas pelo Poder Judiciário.
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A) leis ordinárias.
B) medidas provisórias.
C) leis complementares.
D) emendas constitucionais.
E) decretos.
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16. (CESPE/2008/TRT 5ª) Julgue o item que se segue, acerca do Poder Legislativo.
==5617c==
18. (CESPE/1998/TCU) A Câmara dos Deputados, o Senado Federal, bem como qualquer de
suas comissões, poderão convocar ministro de Estado para prestar informações acerca de
assuntos previamente determinados.
19. (CESPE/2008/TRT 5ª) Julgue o item que se segue, acerca do Poder Legislativo.
Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços de seus membros, a
instauração de processo contra o presidente e o vice-presidente da República e contra os
ministros de Estado.
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No Estado brasileiro, o Poder Legislativo, além da função normativa que lhe é típica, tem
atribuição julgadora em situações taxativamente expressas na Constituição Federal.
22. (Cespe/2015/TRE MT) Acerca dos Poderes Executivo e Legislativo, julgue o item a seguir.
Ao contrário do que ocorre quando da assunção do cargo de ministro de Estado, o deputado
federal que se investir no cargo de secretário de Estado perderá o seu mandato.
23. (Cespe/2015/TRE MT) Acerca dos Poderes Executivo e Legislativo, julgue o item a seguir.
Nos termos da CF, as comissões parlamentares de inquérito, comissões temporárias destinadas a
investigar fato certo e determinado, possuem poderes de investigação próprios das autoridades
judiciais.
III não podem decretar a prisão preventiva de pessoas por elas investigadas.
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a) I e IV.
b) II e III.
c) I, IV e V.
d) I, II, III e V.
e) II, III, IV e V.
Gabarito
1. E 11. E 21. C
2. E 12. C 22. E
3. E 13. E 23. C
4. D 14. E 24. E
5. E 15. E 25. E
6. E 16. E 26. D
7. C 17. E
8. E 18. C
9. C 19. C
10. E 20. C
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
==5617c==
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Autor:
Tulio Lages
18 de Fevereiro de 2023
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Índice
1) O que é mais cobrado no assunto - Processo Legislativo - Cebraspe - Nível Superior
..............................................................................................................................................................................................3
7) Referências Bibliográficas
..............................................................................................................................................................................................
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% de cobrança
Tópico
Cebraspe
Disposição geral (art. 59 da CF) 0,0%
Emenda à Constituição (art. 60 da CF) (não entra mutação nem revisão
40,0%
constitucional)
Medidas provisórias (art. 62 da CF) 26,7%
Lei delegada (art. 68 da CF) 6,7%
Processo legislativo sumário (art. 64, §§ 1º a 4º da CF) 0,0%
Processo legislativo abreviado (art. 58, § 2º, I da CF)
==5617c==
0,0%
Processo legislativo - iniciativa, discussão, votação, emendas, veto,
sanção, promulgação e publicação (arts. 61, 63, 64, caput, 65, 66 e 67 da 26,7%
CF)
Leis complementares – quórum de aprovação (art. 69) 0,0%
Processo Legislativo nos Estados-membros e Municípios 0,0%
Controle judicial do processo legislativo 0,0%
Revisão Constitucional (ADCT, art. 3º) 0,0%
Mutação constitucional 0,0%
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A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
Ler os arts. 59 a 69 da CF, observando os pontos a seguir, aos quais deve ser dada ênfase em
seu estudo:
- O processo legislativo não envolve somente a elaboração de leis em sentido estrito (leis
ordinárias e complementares), mas também emendas à Constituição, medidas provisórias,
decretos legislativos e resoluções.
- Embora sejam normas primárias como as apontadas no rol do art. 59, não integram o
processo legislativo a elaboração de decretos autônomos e os regimentos dos tribunais.
- O rol previsto no caput não é exaustivo, já que não menciona o TCU e a Defensoria Pública,
por exemplo.
- Por simetria, as matérias previstas no § 1º, que são de iniciativa privativa do Presidente da
República, serão de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo também nos Estados e
Municípios. Precedente(s) importante(s):
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uma vez que cabe somente ao governador a iniciativa de propor leis que disponham
sobre servidores públicos1.
- O Presidente da República possui iniciativa privativa de lei para tratar de matéria tributária
nos Territórios (§ 1º, II, “b”), mas essa reserva de iniciativa não se aplica a outros projetos
sobre matéria tributária, que possuem iniciativa comum.
- A iniciativa privativa do Presidente da República para as leis orçamentárias (§ 1º, II, “b”) é,
por simetria, privativa do chefe do Poder Executivo nos Estados e Municípios2.
- Os outros Poderes não podem obrigar o Chefe do Poder Executivo a exercer a iniciativa
privativa de lei: em matéria orçamentária, ele é constitucionalmente obrigado a exercê-la
(ADCT, art. 35, § 2º, I a III) e, nos demais casos, possui a conveniência e a oportunidade para
decidir quanto ao seu exercício. Precedente(s) importante(s):
- A Defensoria Pública possui iniciativa privativa nas matérias previstas no art. 134, § 4º c/c art.
96, II – alteração do número dos seus membros; criação e extinção de cargos e remuneração
dos seus serviços auxiliares, bem como fixação do subsídio de seus membros; criação ou
extinção dos seus órgãos; e alteração de sua organização e divisão.
- O TCU (e por simetria, os TCEs, nos Estados) possui iniciativa privativa de lei que trata de
sua organização administrativa, criação de cargos e remuneração de seus servidores, a fixação
de subsídios dos membros da Corte, bem como sobre a organização do Ministério Público
que atua junto ao Tribunal (art. 73, caput c/c art. 96, II).
1
STF – ADI 5786
2
STF – ADI 1.759-1.
3
STF – ADI 2811
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- A Câmara dos Deputados possui iniciativa privativa de lei para fixar a remuneração de seus
servidores (art. 51, IV). O mesmo vale para o Senado Federal (art. 52, XIII). Vale lembrar que a
criação e extinção de cargos públicos nesses órgãos se dá por resolução (e não por lei).
- Podem apresentar projeto de lei sobre qualquer matéria que não possua iniciativa reservada:
i) Presidente da República; ii) deputados e senadores; iii) comissões da Câmara, do Senado e
do Congresso Nacional; e iv) cidadãos (§ 2º).
- Iniciativa popular:
- É do tipo geral, ou seja, pode versar sobre qualquer matéria que não possua iniciativa
reservada, observadas as regras constitucionais.
- no processo legislativo estatual, a iniciativa popular deverá ser disposta pela lei (CF, art.
27, § 4º).
- Precedente(s) importante(s):
"É comum aos poderes Executivo (decreto) e Legislativo (lei formal) a competência
destinada a denominação de próprios, vias e logradouros públicos e suas alterações,
cada qual no âmbito de suas atribuições"4.
• CF, arts. 64, caput, 65, 66, caput e 67, caput – discussão e votação dos projetos de lei
4
STF – RE 1151237
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- Os projetos de lei apresentados por comissão mista são apreciados inicialmente pela
Câmara ou pelo Senado, de forma alternada.
- Como a maior parte das vezes a Câmara atuará como Casa iniciadora, diz-se que ela
possui certa primazia no processo legislativo em relação ao Senado.
- Os projetos são discutidos e votados, em cada Casa, em um único turno (art. 65, caput).
- se o rejeitar, deverá arquivá-lo (CF, art. 65, caput). Neste caso, aplica-se, ainda, o princípio
da irrepetibilidade (CF, art. 67).
- se o aprovar com emendas, deverá remetê-lo de volta à Casa iniciadora apenas para que
as emendas sejam apreciadas por esta, ou seja, a Casa iniciadora não pode subemendar o
projeto (CF, art. 65, parágrafo único). Por sua vez, se a Casa iniciadora:
- não aprovar as emendas apresentadas pela Casa revisora, deverá encaminhar o projeto
(sem as emendas) para sanção/veto ou promulgação pelo Presidente da República (CF,
art. 65, caput).
Obs1: Veja que a prerrogativa de aprovar ou rejeitar as emendas apresentadas pela Casa
revisora faz com que a Casa iniciadora goze de certa primazia no processo legislativo.
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- O poder de emenda não é absoluto: além de deverem guardar pertinência temática com a
matéria da proposição, as emendas apresentadas pelos parlamentares não podem acarretar
aumento de despesa aos projetos de iniciativa exclusiva do presidente da república (exceto
nos projetos de lei orçamentária anual e lei de diretrizes orçamentárias), nem aos que versem
sobre a organização dos serviços administrativos (ou seja, não é a organização da função
finalística) da câmara dos deputados, do senado federal, dos tribunais federais e do ministério
público (cf, art. 63, i e ii). Precedente importante:
- A sanção pode ser expressa (ato escrito) ou tácita (silêncio, omissão). O Presidente da
República possui o prazo de 15 dias úteis, contados do recebimento, para sancionar
expressamente ou vetar o projeto de lei. Se for omisso, implicará a sanção tácita do projeto
(CF, art. 66, caput e § 3º), tendo o chefe do Poder Executivo o prazo de 48 (quarenta e oito)
horas para promulgar a lei e, caso se omita, caberá ao Presidente do Senado em igual prazo
fazê-lo e, se este também não o fizer, caberá ao Vice-Presidente do Senado realizar a
promulgação da lei, sem prazo constitucional fixado (CF, art. 66, § 7º).
5
STF – ADI 2.666-6/DF.
6
STF – ADI 1.201-1/RO.
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- O veto parcial não pode suprimir somente sobre palavras ou expressões: deve abranger
texto integral do dispositivo (artigo, parágrafo, inciso ou alínea) - CF, art. 66, § 2º.
- O veto pode ser “derrubado” (rejeitado, superado) pelo voto da maioria absoluta dos
deputados e senadores: o Congresso Nacional deve apreciar o veto dentro de 30 (trinta) dias
a contar de seu recebimento, em sessão conjunta (CF, art. 66, § 4º). Se não for apreciado
nesse prazo, deverá ser colocado na ordem do dia da sessão imediata, trancando, assim, a
pauta da sessão conjunta do Congresso Nacional – e não da Câmara ou do Senado,
isoladamente –, ou seja, retardando as demais deliberações (CF, art. 66, § 6º).
- Se o veto não for mantido (ou seja, a maioria absoluta dos deputados e senadores votou
pela rejeição do veto), o projeto é enviado para a promulgação do Presidente da República
(ou seja, o projeto não passa por nova fase de sanção/veto presidencial, devendo ser
diretamente promulgado). Se o chefe do Poder Executivo não promulgar a lei em 48
(quarenta e oito) horas, caberá ao Presidente do Senado fazê-lo e, se este também não o
fizer, caberá ao Vice-Presidente do Senado realizar a promulgação da lei, sem prazo
constitucional fixado (CF, art. 66, § 7º).
- Perceba que é possível o surgimento de uma lei sem que haja sanção presidencial, no caso
de o veto integral do Presidente da República ser derrubado pelo Congresso Nacional – a
sanção não é ato imprescindível ao surgimento das leis.
- Enquanto o veto não é apreciado, a parte não vetada do projeto é promulgada e publicada,
produzindo efeitos.
- Promulgação é o ato solene que atesta a existência da lei, e sempre precede a publicação,
que é a divulgação oficial da lei, sendo condição de sua eficácia.
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- A CF não estabelece prazo para a publicação da lei, tampouco a competência para fazê-lo,
mas trata-se de competência do Presidente da República.
- No rito sumário, fixa-se um prazo para que a proposição seja apreciada em cada Casa: 45
dias para a Câmara, depois 45 dias para o Senado e, por fim, 10 dias para a Câmara apreciar
as emendas do Senado, caso existam (§ 2º). Se a Casa não se manifestar no prazo fixado, nela
serão sobrestadas todas as demais deliberações legislativas, com exceção das que tenham
prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação (§ 3º).
- Esses prazos do processo legislativo sumário não correm nos períodos de recesso do
Congresso (§ 4º).
- O processo legislativo sumário não pode ser aplicado a projetos de código (§ 4º).
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- O Regimento Interno da Casa é que estabelece quais projetos de lei poderão seguir esse
procedimento abreviado.
- Se houver recurso de 1/10 dos membros da Casa, o projeto de lei que estava seguindo o rito
abreviado deverá ir à Plenário.
- O poder de emenda integra o chamado “poder de reforma”, junto com o poder de revisão.
- Iniciativa: rol previsto nos incisos I a III. Sobre este ponto, é importante destacar que:
- Os Municípios não têm a prerrogativa de apresentar PEC, inclusive não estão elencados
no rol dos legitimados previsto nos incisos I a III do art. 60 da CF;
- Se comparado aos legitimados a apresentar projetos de lei (art. 61, caput, da CF), o rol de
legitimados a apresentar PEC é mais restrito.
- os cidadãos não têm a prerrogativa expressa de apresentar PEC, já que não estão
elencados no rol dos legitimados previsto nos incisos I a III do art. 60 da CF. Entretanto, os
cidadãos possuem a competência de iniciativa de lei, conforme art. 61, caput da CF: com
efeito, a forma como se dará a iniciativa popular está prevista no § 2º do art. 61 da CF.
- limitações materiais: são aquelas que restringem o poder de reforma quanto ao conteúdo,
sendo subdividas em explícitas e implícitas.
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- Implícitas: são aquelas apontadas pela doutrina, embora não estejam previstas de
forma expressa na CF. São elas: 1) titularidade do Poder Constituinte Originário (o povo);
2) titularidade do Poder Constituinte Derivado (o exercício do poder constituinte
derivado reformador cabe ao Congresso Nacional – CF, art. 60, § 2º –, e o do poder
constituinte derivado decorrente, às Assembleias Legislativas – ADCT, art. 2º); e 3)
procedimento de reforma constitucional previsto na CF (tanto o de revisão constitucional
previsto no ADCT, art. 3º, quanto o procedimento de emenda constitucional previsto no
art. 60) – ou seja, não é possível alterar as limitações expressas, é dizer, realizar a dupla
revisão da Constituição.
- limitações formais (ou processuais): são aquelas que restringem o processo legislativo de
aprovação da PEC, diferenciando-o do processo legislativo para a aprovação das leis em
geral. São elas:
- Iniciativa: como já foi dito, a legitimidade para apresentar uma PEC, prevista nos incisos
I a III do art. 60 da CF, é bem mais restrita que a para apresentar uma lei. Cabendo frisar
novamente sobre a iniciativa de PEC, a participação dos Estados e do DF, a ausência de
participação dos municípios, ausência de iniciativa popular, a ausência de iniciativa
privativa expressa, a ausência de previsão pela CF de Casa iniciadora obrigatória e a
ausência de Casa revisora.
- Deliberação: a PEC deve ser discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional
em dois turnos, só sendo considerada aprovada mediante o voto de três quintos dos
respectivos membros. Esse rito é bastante rígido se comparado àquele para aprovação
das leis ordinárias, que dependem apenas de um único turno de discussão e votação,
sendo aprovada por maioria simples.
Ainda, a numeração das emendas constitucionais segue ordem própria, distinta daquela
estabelecida para as leis.
Observe que, no caso das leis, desde que haja proposta da maioria absoluta dos
membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional, é possível que a matéria
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constante de projeto de lei rejeitado constitua objeto de novo projeto na mesma sessão
legislativa, consoante art. 67 da CF.
OBS: não há previsão de limitações temporais para a reforma da CF/88, que consiste em
fixar-se um prazo durante o qual fica vedada a alteração da Constituição.
- as PECs podem ter sua tramitação iniciada em qualquer uma das Casas Legislativas, ao
contrário das leis, que possuem previsão de Casa Iniciadora específica, a depender de quem
detenha a iniciativa do projeto de lei;
- não há previsão de que uma das Casas funcione como revisora no procedimento constitucional
de emenda à CF: no processo legislativo para elaboração das leis, após a aprovação do projeto
de lei na Casa iniciadora, seguirá para a Casa Revisora, que poderá aprová-lo, rejeitá-lo ou
emendá-lo. Na primeira hipótese, o projeto é enviado para sanção ou veto do Chefe do
Executivo. Na segunda hipótese, é arquivado. Na última hipótese, a emenda (somente o que foi
alterado do projeto inicial), deve ser enviada para apreciação da Casa iniciadora que, se aceitá-
la, enviará projeto para deliberação executiva. Por outro lado, se a Casa iniciadora rejeitar a
emenda aprovada pela Casa revisora, o projeto, em sua versão original – que foi aprovada por
aquela Casa – segue para a sanção ou veto do Chefe do Poder Executivo (essa é a leitura dos
arts. 65 e 66, caput e § 1º da CF).
Inclusive, como já foi dito, em razão de a Casa iniciadora ter a prerrogativa de rejeitar a emenda
aprovada pela Casa revisora, enviando o projeto de lei originalmente aprovado por ela mesma à
deliberação executiva, é que se diz que há preponderância da Casa iniciadora sobre a revisora
no processo legislativo para a elaboração das leis.
Entretanto, no caso das PECs, o processo legislativo é diferente em função da regra insculpida
no art. 60, § 2º, que obriga que, o texto da proposta seja necessariamente aprovado pelas duas
Casas do Congresso Nacional por 3/5 dos membros e em dois turnos. Assim, caso a segunda
Casa altere a redação aprovada pela primeira, o texto da PEC terá que retornar a esta, para nova
votação (3/5 dos membros + 2 turnos de votação) – exceto se trate de mera alteração de
redação, que não interfira substancialmente na matéria. O STF entende que só é necessário o
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retorno do texto da PEC à Casa de origem caso seja realizada uma alteração substancial na
redação7.
- Formal: o quórum de aprovação das LCs é de maioria absoluta (CF, art. 69), ao contrário
do das leis ordinárias, que é de maioria simples.
- Pressupostos para a adoção de MPs: relevância e urgência (caput) – tais pressupostos são
conceitos jurídicos indeterminados, estando inseridos na esfera de discricionariedade
administrativa, somente sendo possível o controle jurisdicional em casos excepcionais em que
esteja evidente a ausência de tais requisitos8.
- As MPs possuem força de lei (caput), já produzindo efeitos assim que adotadas pelo
Presidente da República, antes da sua apreciação pelo Congresso Nacional.
- Matérias que não podem ser tratadas por MP: § 1º, incisos I a IV (MUITA ATENÇÃO à
exceção prevista na alínea “d” do inciso I).
7
ADI 2.666/DF.
8
STF – ADI 4029.
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- aprovação da MP: com a sua consequente conversão integral em lei, que será promulgada
pelo Presidente do Senado (aqui não há sanção ou veto do Presidente da República).
- Além disso, no caso de rejeição, fica vedada a reedição da MP, na mesma sessão
legislativa (§ 10).
- perda de eficácia da MP por decurso de prazo: essa situação ocorre quando o Congresso
Nacional não aprecia a MP no prazo de 60 (sessenta) dias contados da sua publicação (§§
3º e 4º), prorrogáveis por igual período (§ 7º). Tais prazos não correm durante o recesso do
Congresso (§ 4º) e, mencionada prorrogação é única e automática, não necessitando de
qualquer ato adicional do Presidente da República.
Além disso, no caso de perda de eficácia por decurso de prazo, fica vedada a reedição da
MP, na mesma sessão legislativa (§ 10).
- Se a MP não for apreciada em até 45 (quarenta e cinco) dias contados de sua publicação,
entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso,
trancando a pauta da Casa em que estiver tramitando (§ 6º).
9
STF – ADI 5127.
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- Efeito repristinatório: a MP suspende a eficácia da norma anterior que lhe seja for contrária,
sendo que a sua eventual não conversão em lei ou perda de eficácia por decurso de prazo
implica a restauração da norma suspensa.
- Precedente(s) importante(s):
- O Presidente da República solicita delegação para que possa legislar sobre determinado
assunto ao Congresso Nacional (caput) que, se aprovar (é ato discricionário, revogável a
qualquer momento), editará resolução especificando o conteúdo e os termos para o exercício
da delegação concedida (§ 2º), que não pode ser genérica, vaga, conferindo poderes
ilimitados ao Presidente da República no exercício da atividade legislativa delegada, sob pena
de inconstitucionalidade.
10
STF – ADI 2391.
11
STF - ADIs 5709, 5716, 5717 e 5727
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Delegação atípica (imprópria): o Congresso confere a delegação ao Presidente que, por sua
vez, deverá submeter o projeto de lei delegada à apreciação do Parlamento, que deverá
ocorrer em votação única, vedada qualquer emenda (§ 3º). Se for aprovado, o projeto de lei
delegada vai à promulgação e publicação por parte do Presidente da República. Se rejeitado,
será arquivado e fica sujeito ao princípio da irrepetibilidade (art. 67).
- são espécies normativas primárias não sujeitas à sanção ou veto do Presidente da República.
- edição de resoluções: competência do Congresso Nacional (art. 68, § 2º), do Senado (art. 52,
principalmente) ou da Câmara dos Deputados (art. 51).
- os demais entes federados poderão adotar as mesmas espécies legislativas previstas no art.
59 da CF, mas devem obedecer ao modelo de processo legislativo nela estabelecido
(iniciativa, quórum, fases, vedações etc.)12.
- É controle do tipo preventivo, já que incide sobre a espécie normativa ainda não pronta e
acabada (proposta de emenda constitucional, projeto de lei etc.).
12
Paulo, 2017, p. 561.
13
STF – MS 32.033/DF.
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(controle material) para que seja avaliado o do processo legislativo (controle formal), já que a
CF, art. 60, § 4º assevera que “não será objeto de deliberação a proposta tendente a
abolir...”14.
- Deve ser exercido por meio de mandado de segurança (não é possível via Ação Direta de
Inconstitucionalidade), impetrado por congressista da Casa Legislativa em que estiver
tramitando o projeto de lei (o direito líquido e certo é o de o congressista impetrante não
participar de uma deliberação que afronte o devido processo legislativo). Caso se trate de
processo legislativo federal, cabe exclusivamente ao STF processar e julgar o referido
mandado de segurança.
- Procedimento único (não pode mais ser realizado) de modificação formal da CF, previsto
pelo Poder Constituinte Originário para ocorrer 5 anos após a promulgação da CF.
- Procedimento mais simples que o da reforma constitucional por emenda, exigindo apenas
votação em turno único e maioria absoluta dos votos dos membros do Congresso Nacional,
reunidos em sessão unicameral, para aprovação das emendas constitucionais de revisão, que
eram promulgadas pela Mesa do Congresso Nacional.
- Não possível que um novo procedimento de revisão constitucional seja introduzido por
emenda constitucional (doutrina majoritária) – trata-se de um limite implícito ao poder de
reforma.
• Mutação Constitucional
14
Paulo, 2017, p. 598-599.
15
STF – MS 23.920/DF.
16
STF – ADI-MC 1.722.
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- Processo informal de modificação da CF, sem que haja alteração em seu texto. Trata-se de
manifestação do Poder Constituinte (Derivado) Difuso.
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APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em prova, considerando o
histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no conteúdo, na legislação e nos
entendimentos doutrinários e jurisprudenciais1.
1
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado assunto,
considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados a partir de critérios objetivos
ou minimamente razoáveis.
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1/3 membros
CD ou SF
Presidente da
Inciativa
República
mais da
metade das cada
maioria relativa
Assembleias uma
Legislativas
Intervenção
Federal
==5617c==
cada Casa do CN
Emenda à
Constituição Aprovação 2 turnos
(art. 60, CF)
3/5 dos votos
Mesas CD e
Promulgação Forma federativa
SF
voto direto,
secreto, universal,
Não será objeto tendente a periódico
de EC abolir
separação dos
Poderes
direitos e
garantias
individuais
Não poderá ser
PEC
proposta na
rejeitada ou
mesma sessão
prejudicada
legislativa
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas
questões.
Comentários
GABARITO: ERRADO
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Comentários
GABARITO: LETRA C
A questão busca verificar se o candidato conhece o rol de cláusulas pétreas. Vale dizer, aquelas
matérias que a Constituição não admite que sejam alteradas por meio do poder derivado
reformador:
Vamos às assertivas:
Alternativa A e B – Incorretas. O correto seria forma federativa de Estado, nos moldes do art. 60,
§ 4º, I, da Constituição Federal.
Alternativa D e E – Não se tratam de cláusulas pétreas. Quanto à cláusula pétrea implícita, essa
consiste na impossibilidade de alteração do próprio art. 60. Nesse sentido, Marcelo Alexandrino
e Vicente Paulo:
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Comentários
Gabarito: “ERRADO”
Comentários
Gabarito: “ERRADO”
II - do Presidente da República;
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Comentários
Gabarito: “ERRADO”
A questão é tão errada que fica até difícil que comentar (rs).
Quando o projeto de lei é elaborado, ele é mandado para o Presidente da República a fim de
que ele sancione ou vete.
O veto é um poder-dever irretratável do Chefe do Executivo, já que ele poderá discordar quanto
à constitucionalidade, veto jurídico, ou achar que o projeto é contrário ao interesse público, veto
político.
Em relação ao veto jurídico, é claro que qualquer chefe do Executivo poderá vetar projeto de lei
por incompatibilidade com a CF/88.
Comentários
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GABARITO: CERTO
II - do Presidente da República;
Comentários
GABARITO: CERTO
(...)
Comentários
GABARITO: ERRADO
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No âmbito do Senado Federal, apenas 1/3 de seus membros poderão apresentar proposta de
emenda constitucional:
II - do Presidente da República;
(...)
Comentários
GABARITO: CERTO
Essa questão poderia ser resolvida usando até mesmo o bom senso. Vamos imaginar, por
exemplo, que o Congresso Nacional aprovasse uma lei dizendo que o presidente da república
não poderia gastar mais do que o valor X em diárias mensalmente. Inconformado, o presidente
veta apenas a palavra “não”, o que faz com que a lei diga que ele pode gastar mais do que o
valor X em diárias mensalmente. Percebe como seria uma situação esdrúxula e, até mesmo,
cômica? Em razão disso, apenas é possível vetar a integralidade dos dispositivos. Nesse sentido,
o art. 66, § 2º, da Constituição Federal:
Art. 66 (...)
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Comentários
GABARITO: LETRA E
Art. 59 (...)
Alternativa B – Incorreta. Na verdade, o projeto de lei deve ser subscrito por, no mínimo, 1% do
eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos
por cento dos eleitores de cada um deles, conforme art. 61, § 2º da CF/88:
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nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos
por cento dos eleitores de cada um deles.
Art. 62 (...)
Alternativa D – Incorreta. A Constituição Federal não permite que a medida provisória que tenha
sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo seja reeditada:
Art. 62 (...)
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional,
ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores,
ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos
nesta Constituição.
Comentários
GABARITO: ERRADO
É possível que exista apreciação dos requisitos de relevância e urgência por parte do Poder
Judiciário sem que isso afronte ao princípio constitucional da separação de Poderes. Nesse
sentido, a própria jurisprudência do STF:
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Comentários
GABARITO: CERTO
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir
objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria
absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Comentários
GABARITO: CERTO
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processo legislativo federal. (STF ADI 691, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 19.06.92 e
ADI 812-MC, rel. Min. Moreira Alves, DJ 14.05.93)
Comentários
GABARITO: ERRADO
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao
Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
(...)
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu
recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados
e Senadores.
Comentários
Gabarito: “CERTO”
A CF/88 traz hipóteses em que a iniciativa de projeto de lei é do Presidente da República, não
podendo outra autoridade usurpar sua função.
Imagine que um Deputado tenha iniciado projeto de lei fixando os efetivos das Forças Armadas,
matéria reservada ao Presidente. Ainda que o Presidente concorde com o projeto de lei e que
sancione a lei, ela será inconstitucional por vício de iniciativa.
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II - disponham sobre:
[ADI 2.867, rel. min. Celso de Mello, j. 3-12-2003, P, DJ de 9-2-2007.] = ADI 2.305, rel.
min. Cezar Peluso, j. 30-6-2011, P, DJE de 5-8-2011
Comentários
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Gabarito: “CERTO”
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir
objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria
absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Comentários
Gabarito: “ERRADO”
O art. 61, §2º, da CF/88, determina que a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação
à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento
dos eleitores de cada um deles.
O projeto de lei a que se refere a CF/88 tanto pode ser lei ordinária como lei complementar.
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Comentários
GABARITO: ERRADO
Na verdade, o prazo de vigência das medidas provisórias não é improrrogável. Fora isso, a
votação de medida provisória não ocorre em sessão conjunta. Nesse sentido, a própria
Constituição Federal:
Art. 62 (...)
(...)
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§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória
que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação
encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.
Matéria reservada a lei complementar não pode ser tratada por meio de medida provisória nem
pode ser objeto de lei delegada elaborada pelo presidente da República.
Comentários
Gabarito: “CERTO”
(...)
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá
solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
Comentários
Gabarito: “ERRADO”
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Aula 10
Art. 62, § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória
que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
Comentários
O artigo 62, § 1º, III, da CF/88 versa sobre os limites materiais à edição de medidas provisórias.
Dentre essas vedações encontra-se o que é matéria reservada às leis complementares.
==5617c==
(...)
Gabarito: Certo.
b) partidos políticos.
Comentários
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I - relativa a:
Gabarito: E
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Comentários
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir
objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria
absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Gabarito: Letra C.
Comentários.
Gabarito: Errado.
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São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto. Assim,
ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados do
conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar melhor
os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o exigido
na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo a facilitar
a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
2. Qual espécie legislativa é apta a dispor sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação
das leis?
3. Complete as lacunas a seguir, a respeito dos legitimados para propor emenda à Constituição
Federal (art. 60):
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3.1.3. de mais da metade das ____(c)____ das unidades da Federação que se manifestem, cada
uma delas, pela maioria ____(d)____ de seus membros.
6. Complete as lacunas a seguir, a respeito das chamadas "cláusulas pétreas" (art. 60, § 4º):
6.1. Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma ____(a)____
de Estado, o voto direto, secreto, universal e ____(b)____, a ____(c)____ dos Poderes, os direitos e
garantias ____(d)____.
7. Uma vez rejeitada a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por
prejudicada, a Constituição federal veda que ela seja objeto de nova proposta durante qual
período?
8. Complete as lacunas a seguir, a respeito das matérias sobre as quais é vedada a edição de
medida provisória (art. 62, § 1º):
8.1. relativa à nacionalidade, ____(a)____, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
8.5. que vise a detenção ou de bens, ____(e)____ de poupança popular ou qualquer outro ativo
financeiro;
9. A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas
provisórias dependerá de juízo prévio sobre qual aspecto?
10. O que acontece caso a medida provisória não seja apreciada em até quarenta e cinco dias
contados de sua publicação?
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11. O que acontece com a vigência da medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado
de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional?
12. Em qual Casa do Congresso Nacional será iniciada a votação de uma medida provisória?
13. Além da medida provisória rejeitada, qual outra espécie de medida provisória não pode ser
reeditada na mesma sessão legislativa?
14. Após a aprovação do projeto de lei de conversão alterando o texto da original da medida
provisória, o que ocorrerá com a vigência desta?
16. Complete as lacunas a seguir, a respeito das matérias que não podem ser objeto de delegação,
no âmbito das leis delegadas (art. 68, § 1º):
17. Onde serão iniciadas as votações de projetos de lei de iniciativa do Presidente da República,
do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores?
18. Quem poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa?
20. Complete as lacunas a seguir, a respeito dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da
República (art. 61, § 1º):
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20.2.3. servidores públicos da ____(f)____ e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria;
20.2.6. ____(f)____ das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a ____(k)____.
21. Complete as lacunas a seguir, a respeito da iniciativa popular de projeto de Lei (art. 61, § 2º):
21.1. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à ____(a)____ de projeto de lei
subscrito por, no mínimo, ____(b)____ do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por
____(c)____ Estados, com não menos de ____(d)____ décimos por cento dos ____(e)____ de cada
um deles.
22. Complete as lacunas a seguir, a respeito dos projetos de leis nos quais não se admite aumento
de despesas (art. 63):
22.1. nos projetos de iniciativa exclusiva do ____(a)____, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e
§ 4º;
22.2. nos projetos sobre organização dos serviços ____(b)____ da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal, dos Tribunais ____(c)____ e do Ministério Público.
23. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra em quantos turnos de discussão
e votação?
24. A quem deve enviar o projeto de lei a Casa na qual tenha sido concluída a votação?
42 4
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25.2. O veto parcial somente abrangerá texto ____(f)____ de artigo, de parágrafo, de ____(g)____
ou de alínea.
25.4. O veto será apreciado em sessão ____(j)____, dentro de ____(k)____ dias a contar de seu
recebimento, só podendo ser ____(l)____ pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e
Senadores.
25.5. Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para ____(m)____, ao Presidente da
República.
25.6. Esgotado sem deliberação o prazo de ____(n)____ dias, o veto será colocado na ordem do
dia da sessão imediata, ____(o)____ as demais proposições, até sua votação final.
25.7. Se a lei não for promulgada dentro de ____(p)____ horas pelo Presidente da República, nos
casos dos § 3º e § 5º do art. 66 da CF, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer
em ____(q)____ prazo, caberá ao ____(r)____ do Senado fazê-lo.
26. Qual o requisito constitucional previsto para que a matéria constante de projeto de lei rejeitado
possa constituir objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa?
28. Suponha que o STF tenha encaminhado projeto de lei sobre a organização judiciária de
Território e, após ter sido aprovado pela Casa iniciadora, foi aprovado com emendas pela Casa
revisora e encaminhado ao Presidente da República, que o vetou parcialmente, suprimindo
algumas palavras de determinada alínea.
Após quarenta dias de seu recebimento, não tendo a Câmara dos Deputados apreciado o veto,
houve trancamento da pauta na referida Casa Legislativa. Dez dias depois, a Câmara dos
Deputados rejeitou o veto, por voto da maioria dos deputados federais, tendo o projeto sido
enviado para promulgação do Presidente da República.
Em razão de o projeto não ter sido promulgado pelo Chefe do Poder Executivo em vinte e quatro
horas, o Presidente do Senado o promulgou nas vinte e quatro horas seguintes.
A situação narrada estaria compatível com as regras sobre processo legislativo previstas pela
Constituição Federal? Justifique.
29. Suponha que o Presidente da República tenha encaminhado ao Senado projeto de lei sobre
alterações no Código Civil e tenha solicitado urgência em sua apreciação. Entretanto, aquela Casa
Legislativa não tramitou o projeto segundo o rito sumário, alegando que o Chefe do Poder
Executivo só poderia pedir urgência em projetos de lei de sua iniciativa reservada.
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Após sua aprovação pela Casa iniciadora, o projeto seguiu para a Câmara dos Deputados, onde
passou a ser tramitado segundo o rito abreviado até a interposição de recurso por um duodécimo
dos deputados.
A situação narrada estaria compatível com as regras sobre processo legislativo previstas pela
Constituição Federal? Justifique.
30. Suponha que o Presidente da República tenha adotado medida provisória versando sobre
filiação a partidos políticos, sob a justificativa de que desejava que as novas regras vigorassem
pelo menos alguns dias sem alterações em seu texto, que poderiam ocorrer por emenda
parlamentar, caso o Chefe do Poder Executivo houvesse utilizado o projeto de lei ordinária como
instrumento para formalizar aquelas regras.
A medida provisória adotada foi submetida de imediato à Câmara dos Deputados, que a aprovou
no âmbito de suas comissões e a encaminhou ao Senado.
A situação narrada estaria compatível com as regras sobre processo legislativo previstas pela
Constituição Federal? Justifique.
31. Suponha que um quinto dos membros do Senado Federal apresentaram proposta de emenda
constitucional que retira a possibilidade, em ano eleitoral, de manifestações de cunho ideológico
em áreas públicas, quando a reunião contar com mais de trinta participantes, sob a justificativa de
que, estando em vigor o estado de defesa era preciso assegurar a ordem nas eleições para
prestigiar o princípio democrático.
Após a aprovação da proposta por dois terços dos membros do Senado, em dois turnos de
discussão e votação, a proposta seguiu para Câmara dos Deputados, onde também foi aprovada
por dois terços de seus membros, após duplo turno de discussão e votação, sendo submetida, em
seguida, à sanção do Presidente da República.
A situação narrada estaria compatível com as regras previstas pela Constituição Federal?
Justifique.
Emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias,
decretos legislativos e resoluções (art. 59).
2. Qual espécie legislativa é apta a dispor sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação
das leis?
3. Complete as lacunas a seguir, a respeito dos legitimados para propor emenda à Constituição
Federal (art. 60):
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3.1.3. de mais da metade das ____(c)____ das unidades da Federação que se manifestem, cada
uma delas, pela maioria ____(d)____ de seus membros.
Na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio (art. 60, § 1º).
A proposta deverá ser discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
sendo considerada aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos
membros (art. 60, § 2º).
6. Complete as lacunas a seguir, a respeito das chamadas "cláusulas pétreas" (art. 60, § 4º):
6.1. Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma ____(a)____
de Estado, o voto direto, secreto, universal e ____(b)____, a ____(c)____ dos Poderes, os direitos e
garantias ____(d)____.
7. Uma vez rejeitada a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por
prejudicada, a Constituição federal veda que ela seja objeto de nova proposta durante qual
período?
8. Complete as lacunas a seguir, a respeito das matérias sobre as quais é vedada a edição de
medida provisória (art. 62, § 1º):
8.1. relativa à nacionalidade, ____(a)____, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
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8.5. que vise a detenção ou de bens, ____(e)____ de poupança popular ou qualquer outro ativo
financeiro;
(a) cidadania (b) civil (c) membros (d) diretrizes (e) sequestro (f) complementar (g) lei
9. A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas
provisórias dependerá de juízo prévio sobre qual aspecto?
Sobre o atendimento dos pressupostos constitucionais da medida provisória (art. 62, § 5º).
10. O que acontece caso a medida provisória não seja apreciada em até quarenta e cinco dias
contados de sua publicação?
11. O que acontece com a vigência da medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado
de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional?
Terá sua vigência prorrogada uma única vez por igual período (art. 62, § 7º).
12. Em qual Casa do Congresso Nacional será iniciada a votação de uma medida provisória?
13. Além da medida provisória rejeitada, qual outra espécie de medida provisória não pode ser
reeditada na mesma sessão legislativa?
Medida provisória que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo (art. 62, § 10).
14. Após a aprovação do projeto de lei de conversão alterando o texto da original da medida
provisória, o que ocorrerá com a vigência desta?
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A medida provisória manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o
projeto (art. 62, § 12).
Ao Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional (art. 68,
caput).
16. Complete as lacunas a seguir, a respeito das matérias que não podem ser objeto de delegação,
no âmbito das leis delegadas (art. 68, § 1º):
(a) Congresso Nacional (b) complementar (c) Judiciário (d) individuais (e) plurianuais
(f) orçamentárias
17. Onde serão iniciadas as votações de projetos de lei de iniciativa do Presidente da República,
do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores?
18. Quem poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa?
Sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das
que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação (art. 64, § 2º).
Vale destacar que tais prazos não correm nos períodos de recesso do Congresso Nacional, nem se
aplicam aos projetos de código (art. 62, § 4º).
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20. Complete as lacunas a seguir, a respeito dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da
República (art. 61, § 1º):
20.2.3. servidores públicos da ____(f)____ e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria;
20.2.6. ____(f)____ das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a ____(k)____.
(a) efetivos (b) criação (c) autárquica (d) tributária (e) Territórios
(f) União (g) Ministério Público (h) gerais (i) Ministérios (j) militares
(k) reserva
21. Complete as lacunas a seguir, a respeito da iniciativa popular de projeto de Lei (art. 61, § 2º):
21.1. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à ____(a)____ de projeto de lei
subscrito por, no mínimo, ____(b)____ do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por
____(c)____ Estados, com não menos de ____(d)____ décimos por cento dos ____(e)____ de cada
um deles.
(a) Câmara dos Deputados (b) um por cento (c) cinco (d) três (e) eleitores
22. Complete as lacunas a seguir, a respeito dos projetos de leis nos quais não se admite aumento
de despesas (art. 63):
22.1. nos projetos de iniciativa exclusiva do ____(a)____, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e
§ 4º;
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22.2. nos projetos sobre organização dos serviços ____(b)____ da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal, dos Tribunais ____(c)____ e do Ministério Público.
23. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra em quantos turnos de discussão
e votação?
24. A quem deve enviar o projeto de lei a Casa na qual tenha sido concluída a votação?
A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República,
que, aquiescendo, o sancionará (art. 66, caput).
25.2. O veto parcial somente abrangerá texto ____(f)____ de artigo, de parágrafo, de ____(g)____
ou de alínea.
25.4. O veto será apreciado em sessão ____(j)____, dentro de ____(k)____ dias a contar de seu
recebimento, só podendo ser ____(l)____ pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e
Senadores.
25.5. Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para ____(m)____, ao Presidente da
República.
25.6. Esgotado sem deliberação o prazo de ____(n)____ dias, o veto será colocado na ordem do
dia da sessão imediata, ____(o)____ as demais proposições, até sua votação final.
25.7. Se a lei não for promulgada dentro de ____(p)____ horas pelo Presidente da República, nos
casos dos § 3º e § 5º do art. 66 da CF, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer
em ____(q)____ prazo, caberá ao ____(r)____ do Senado fazê-lo.
(a) inconstitucional (b) parcialmente (c) quinze dias úteis (d) quarenta e oito
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26. Qual o requisito constitucional previsto para que a matéria constante de projeto de lei rejeitado
possa constituir objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa?
Proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional nesse
sentido (art. 67).
28. Suponha que o STF tenha encaminhado projeto de lei sobre a organização judiciária de
Território e, após ter sido aprovado pela Casa iniciadora, foi aprovado com emendas pela Casa
revisora e encaminhado ao Presidente da República, que o vetou parcialmente, suprimindo
algumas palavras de determinada alínea.
Após quarenta dias de seu recebimento, não tendo a Câmara dos Deputados apreciado o veto,
houve trancamento da pauta na referida Casa Legislativa. Dez dias depois, a Câmara dos
Deputados rejeitou o veto, por voto da maioria dos deputados federais, tendo o projeto sido
enviado para promulgação do Presidente da República.
Em razão de o projeto não ter sido promulgado pelo Chefe do Poder Executivo em vinte e quatro
horas, o Presidente do Senado o promulgou nas vinte e quatro horas seguintes.
A situação narrada estaria compatível com as regras sobre processo legislativo previstas pela
Constituição Federal? Justifique.
Não.
Em primeiro lugar, “organização judiciária dos Territórios” é matéria de iniciativa de lei privativa
do Presidente da República, conforme art. 61, § 1º, II, “b” da CF, razão pela qual não poderia ter
sido encaminhado o projeto de lei pelo STF.
Em segundo lugar, como o projeto foi emendado pela Casa revisora, deveria ter retornado à Casa
iniciadora para que as emendas fossem por elas apreciadas (CF, art. 65, parágrafo único) e, só
após tal apreciação é que o projeto deveria ter seguido à sanção/veto do Presidente da República
(CF, art. 65, caput).
Em terceiro lugar, o veto do Presidente da República não poderia ter suprimido somente algumas
palavras da alínea: deve abranger texto integral do dispositivo (artigo, parágrafo, inciso ou alínea)
- CF, art. 66, § 2º.
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Em quarto lugar, o veto é apreciado em sessão conjunta do Congresso Nacional (CF, art. 66, § 4º)
e, além disso, tranca a pauta do Congresso após 30 dias de seu recebimento (CF, art. 66, § 6º).
Ainda, o quórum para rejeitar o veto é de maioria absoluta dos deputados e senadores. Portanto,
não há de se falar em apreciação do veto pela Câmara dos Deputados isoladamente, nem de
trancamento de pauta em 40 dias, tampouco de rejeição de veto por quórum de maioria simples.
Em quinto lugar, após a rejeição do veto, o prazo para o Presidente da República promulgar o
projeto de lei é de 48 horas e, se este não o fizer, caberá ao Presidente do Senado realizar a
promulgação em igual prazo (CF, art. 66, § 7º). Assim, não há de se falar em prazo de 24 horas.
29. Suponha que o Presidente da República tenha encaminhado ao Senado projeto de lei sobre
alterações no Código Civil e tenha solicitado urgência em sua apreciação. Entretanto, aquela Casa
Legislativa não tramitou o projeto segundo o rito sumário, alegando que o Chefe do Poder
Executivo só poderia pedir urgência em projetos de lei de sua iniciativa reservada.
Após sua aprovação pela Casa iniciadora, o projeto seguiu para a Câmara dos Deputados, onde
passou a ser tramitado segundo o rito abreviado até a interposição de recurso por um duodécimo
dos deputados.
A situação narrada estaria compatível com as regras sobre processo legislativo previstas pela
Constituição Federal? Justifique.
Não.
Em segundo lugar, o rito de urgência constitucional não é aplicável a projetos de código (CF, art.
64, § 4º).
Em terceiro lugar, o Presidente da República pode solicitar urgência a qualquer projeto que
apresente ao Poder Legislativo, mesmo que não seja de iniciativa reservada.
Em quarto lugar, o recurso para que o Plenário aprecie projetos de lei que estavam tramitando no
rito sumário (ou seja, no âmbito das Comissões, quando o regimento dispensa a competência do
Plenário) é de um décimo (e não um duodécimo) dos membros da Casa (CF, art. 58, § 2º, I).
30. Suponha que o Presidente da República tenha adotado medida provisória versando sobre
filiação a partidos políticos, sob a justificativa de que desejava que as novas regras vigorassem
pelo menos alguns dias sem alterações em seu texto, que poderiam ocorrer por emenda
parlamentar, caso o Chefe do Poder Executivo houvesse utilizado o projeto de lei ordinária como
instrumento para formalizar aquelas regras.
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A medida provisória adotada foi submetida de imediato à Câmara dos Deputados, que a aprovou
no âmbito de suas comissões e a encaminhou ao Senado.
A situação narrada estaria compatível com as regras sobre processo legislativo previstas pela
Constituição Federal? Justifique.
Não.
Em primeiro lugar, não é possível que medida provisória verse sobre matéria relativa a partidos
políticos (CF, art. 62, § 1º, I, “a”).
Em segundo lugar, as medidas provisórias (MPs) só podem ser adotadas em caso de relevância e
urgência (CF, art. 62, caput), sendo discricionário ao Presidente da República reputar qual situação
é relevante e urgente. Entretanto, a justificativa trazida pelo enunciado não faz qualquer menção
à relevância e urgência necessárias para a adoção da MP, mas tão somente a um critério arbitrário
do Presidente da República para adotar o expediente provisório.
Em terceiro lugar, as MPs devem ser submetidas de imediato ao Congresso Nacional (e não à
Câmara dos Deputados, inicialmente), onde uma Comissão Mista examinará a MP e sobre ela
emitirá parecer, antes de serem apreciadas em cada Casa do Congresso (CF, art. 62, caput e § 9º).
Em quarto lugar, as MPs devem ser apreciadas pelo Plenário das duas Casas do Congresso
Nacional (CF, art. 62, § 9º). Assim, não há de se falar em aprovar a MP somente no âmbito das
comissões.
31. Suponha que um quinto dos membros do Senado Federal apresentaram proposta de emenda
constitucional que retira a possibilidade, em ano eleitoral, de manifestações de cunho ideológico
em áreas públicas, quando a reunião contar com mais de trinta participantes, sob a justificativa de
que, estando em vigor o estado de defesa era preciso assegurar a ordem nas eleições para
prestigiar o princípio democrático.
Após a aprovação da proposta por dois terços dos membros do Senado, em dois turnos de
discussão e votação, a proposta seguiu para Câmara dos Deputados, onde também foi aprovada
por dois terços de seus membros, após duplo turno de discussão e votação, sendo submetida, em
seguida, à sanção do Presidente da República.
A situação narrada estaria compatível com as regras previstas pela Constituição Federal?
Justifique.
Não.
Em primeiro lugar, a proposta de emenda à CF deveria ter sido apresentada por, pelo menos, um
terço dos membros do Senado (CF, art. 60, I) – apenas um quinto é inviável.
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Em terceiro lugar, a Constituição não pode ser emendada na vigência de estado de defesa (CF,
art. 60, § 1º).
Cumpre destacar que a proposta de emenda deve ser “discutida e votada em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos
dos votos dos respectivos membros” (CF, art. 60, § 2º). Logo, foi correta a aprovação por dois
terços (que é um quórum maior que o exigido de três quintos!) dos membros de cada Casa
Legislativa, em duplo turno de discussão e votação.
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d) A reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou
que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo será permitida apenas uma vez, por igual
período.
e) O procurador-geral da República tem competência para propor projeto de lei ordinária ou
complementar.
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II. As medidas provisórias perderão eficácia se não forem convertidas em lei no prazo de 45 dias,
prorrogável uma vez por igual período.
III. O veto parcial do presidente da República pode alcançar, além do texto integral de cada
artigo, parágrafo, inciso ou alínea, palavras ou expressões contidas nessas unidades normativas.
Assinale a opção correta.
A) Apenas o item I está certo.
B) Apenas o item II está certo.
C) Apenas os itens I e III estão certos.
D) Apenas os itens II e III estão certos.
E) Todos os itens estão certos.
Matéria reservada a lei complementar não pode ser tratada por meio de medida provisória nem
pode ser objeto de lei delegada elaborada pelo presidente da República.
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b) partidos políticos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Autor:
Tulio Lages
25 de Fevereiro de 2023
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Índice
1) Simulado - Poder Executivo - ME
..............................................................................................................................................................................................3
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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1
INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Poder Executivo
Pronto para testar seu conhecimento?!
QUESTÕES INÉDITAS
1) Acerca das disposições constitucionais, doutrinárias e jurisprudenciais sobre o Poder Executivo e seu
Chefe, analise as assertivas abaixo e assinale a incorreta.
b) O cargo de chefe de Estado brasileiro é exercido pelo Presidente da República, que terá o auxílio dos
Ministros de Estado que atuarão como chefes de Governo.
d) No Brasil, as eleições presidenciais são realizadas segundo o sistema majoritário de dois turnos.
e) No Brasil é vedada a eleição de Presidente e Vice-Presidente que estejam registrados em chapas eleitorais
distintas.
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2) Analise os itens abaixo a luz da Constituição Federal e do entendimento dos Tribunais Superiores:
I. Se o Presidente da República não comparecer dentro de 10 dias da data fixada para sua posse, sem
apresentar motivo de força maior, o Vice-Presidente assumirá o cargo de Presidente e o exercerá durante
todo o mandato.
II. Se o Presidente da República comparecer para sua posse dentro de 10 dias da data fixada, mas o Vice-
Presidente não comparecer tendo apresentado motivo de força maior, o Presidente exercerá todo o
mandato sem ter um Vice-Presidente.
III. Se o Presidente da República e Vice-Presidente não comparecem dentro de 10 dias da data fixada para
posse por motivo de força maior, ela será adiada para que, após cessado o motivo de força maior, eles
possam assumir o cargo.
IV. Se o Presidente da República não comparece dentro de 10 dias da data fixada para a posse por motivo de
força maior, o Vice-Presidente tomará posse e assumirá interinamente o cargo de Presidente, até que cesse
o motivo de força maior.
Considerando as hipóteses apresentadas, assinale a alternativa que contém apenas itens corretos.
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I e II.
d) I, II e IV.
e) III e IV.
a) o Presidente da Câmara dos Deputados será chamado ao exercício interino da Presidência da República,
sendo realizadas eleições indiretas pelo Congresso Nacional no prazo de 30 dias após a abertura da última
vaga.
b) o Presidente do Senado Federal será chamado ao exercício interino da Presidência da República, sendo
realizadas eleições indiretas pelo Congresso Nacional no prazo de 90 dias após a abertura da última vaga.
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c) o Presidente do Senado Federal será chamado ao exercício interino da Presidência da República, sendo
realizadas eleições indiretas pelo Congresso Nacional no prazo de 30 dias após a abertura da última vaga.
d) o Presidente da Câmara dos Deputados será chamado ao exercício interino da Presidência da República,
sendo realizadas eleições indiretas pelo Congresso Nacional no prazo de 90 dias após a abertura da última
vaga.
e) o Presidente do Supremo Tribunal será chamado ao exercício interino da Presidência da República, sendo
realizadas eleições indiretas pelo Congresso Nacional no prazo de 30 dias após a abertura da última vaga.
a) Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será
feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
b) Compete privativamente ao Presidente da República iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos
previstos nesta Constituição;
e) São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição
Federal e, especialmente, contra a probidade na administração;
I- O Vice-Presidente da República que se ausentar do País por período superior a quinze dias, sem licença
do Congresso Nacional, poderá perder o seu cargo.
II- o mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em quinze de janeiro do ano
seguinte ao da sua eleição.
III- Apenas o Presidente da República não poderá, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País
por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
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Considerando as hipóteses apresentadas, assinale a alternativa que contém apenas itens incorretos.
a) I, II e IV.
b) III e IV.
c) I e II.
d) I, III e IV.
e) II e III.
a) anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as
contas referentes ao exercício anterior.
c) anualmente, ao Tribunal de Contas da União, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa,
as contas referentes ao exercício anterior.
d) anualmente, ao Senado Federal, dentro de noventa dias após a abertura da sessão legislativa, as contas
referentes ao exercício anterior.
e) a cada dois anos, ao Senado Federal, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as
contas referentes ao exercício anterior.
7) Algumas das atribuições privativas do Presidente da República podem ser delegadas aos Ministros de
Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, observados os limites traçados
nas respectivas delegações. Nesse contexto, entre as atribuições privativas do Presidente da República
que podem ser delegadas a essas autoridades está
c) a concessão de indulto e a comutação de penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em
lei.
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c) São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a lei orçamentária
e comuns os que violem o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
d) Admitida a acusação contra o Presidente da República, será ele submetido a julgamento perante o Senado
Federal, nas infrações penais comuns.
e) Na vigência do mandato do Presidente da República, será ele responsabilizado por atos estranhos ao
exercício de suas funções apenas se admitida a acusação, por dois terços da Câmara dos Deputados.
a) pelo Supremo Tribunal Federal, após a acusação ser admitida por dois terços da Câmara dos Deputados,
ficando o chefe do Poder Executivo federal suspenso de suas funções, pelo prazo máximo de cento e oitenta
dias, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
b) pelo Congresso Nacional, após a acusação ser admitida pela maioria absoluta do Senado Federal, ficando
o chefe do Poder Executivo federal suspenso de suas funções, pelo prazo máximo de cento e oitenta dias,
após a instauração do processo pelo Senado Federal.
c) pelo Supremo Tribunal Federal, após a acusação ser admitida por dois terços do Congresso Nacional,
ficando o chefe do Poder Executivo federal suspenso de suas funções, pelo prazo máximo de cento e vinte
dias, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
d) pelo Senado Federal, após a acusação ser admitida por dois terços da Câmara dos Deputados, ficando o
chefe do Poder Executivo federal suspenso de suas funções, pelo prazo máximo de cento e oitenta dias, após
a instauração do processo pelo Senado Federal.
e) pelo Senado Federal, após a acusação ser admitida por dois terços da Câmara dos Deputados, ficando o
chefe do Poder Executivo federal suspenso de suas funções, pelo prazo máximo de cento e vinte dias, após
a instauração do processo pelo Senado Federal.
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I. O Presidente da República será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, quanto aos crimes comuns, e
pela Câmara dos Deputados, quanto aos crimes de responsabilidade.
II. No caso de suposto cometimento de crime comum pelo Presidente da República, a acusação deve ser
admitida por 2/3 dos integrantes da Câmara dos Deputados.
III. Na hipótese de admissão da acusação feita ao Presidente da República pelo cometimento de crime de
responsabilidade, haverá suspensão automática do exercício das funções do chefe do Poder Executivo
federal.
a) I.
b) I e II.
c) III.
d) II.
e) II e III.
11) De acordo com as regras previstas na Constituição Federal de 1988, o Presidente da República
Federativa do Brasil que praticar ato que configura crime de responsabilidade, em sendo admitida a
acusação por 2/3
e) da Câmara dos Deputados, será submetido a julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça.
12) Conforme previsão expressa na Constituição Federal, são crimes de responsabilidade do Presidente da
República os atos que atentem contra:
I – a existência da União.
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a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I e IV.
(E) II e IV.
a) Caso um Presidente da República cometa crime comum, será competente para julgá-lo o Senado Federal.
c) Compete ao Presidente da República permitir, nos casos previstos na Constituição Federal, que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.
d) Compete ao Ministro de Estado expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos.
e) Lei Complementar disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.
14) Sobre o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, assinale a alternativa incorreta.
a) Participam do Conselho da República, dentre outros, seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e
cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e
dois eleitos pela Câmara dos Deputados.
b) Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre intervenção federal, estado de defesa e estado
de sítio.
d) O Conselho de Defesa Nacional tem entre seus participantes, dentre outros, os Presidentes da Câmara
dos Deputados e do Senado federal e o Ministro do Planejamento.
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e) Compete ao Conselho de Defesa Nacional opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração
da paz, nos termos da Constituição Federal.
GABARITO
1. C 2. A 3. A 4. C 5. E
6. A 7. C 8. B 9. D 10. D
QUESTÕES COMENTADAS
1) Acerca das disposições constitucionais, doutrinárias e jurisprudenciais sobre o Poder Executivo e seu
Chefe, analise as assertivas abaixo e assinale a incorreta.
b) O cargo de chefe de Estado brasileiro é exercido pelo Presidente da República, que terá o auxílio dos
Ministros de Estado que atuarão como chefes de Governo.
d) No Brasil, as eleições presidenciais são realizadas segundo o sistema majoritário de dois turnos.
e) No Brasil é vedada a eleição de Presidente e Vice-Presidente que estejam registrados em chapas eleitorais
distintas.
Comentários
Letra A - correta. O sistema de governo é a classificação que visa explicar o modo pelo qual se dá a relação
entre os Poderes Executivo e Legislativo, havendo dois modelos muito utilizados, que são: presidencialismo
e parlamentarismo.
PRESIDENCIALISMO PARLAMENTARISMO
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No caso brasileiro, a escolha do sistema de governo adotado pela Constituição Federal pode ser notada no
art. 76 da CF/88, que versa expressamente sobre a chefia do Poder Executivo ser exercida pelo Presidente
da República.
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de
Estado
Letra B - incorreta. O Presidente da República é o chefe do Poder Executivo. Porém, este atua como Chefe
de Estado e de Governo, diferentemente do afirmado pela alternativa, o que a torna incorreta.
Os Ministros de Estado figuram como cargos de livre nomeação e exoneração que atuarão em auxílio ao
Presidente atuando na Administração Direta desconcentrada, chefiando os Ministérios existentes naquele
Governo.
Deste modo, não há que se falar em Ministros como chefes de governo, uma vez que esta atribuição cabe
ao Presidente da República que exercerá a chefia unipessoal em virtude do sistema de governo
presidencialista.
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de
Estado.
(...)
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
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Letra C - correta. De acordo com o art. 84, incisos I, da CF/88, os Ministros de Estado serão nomeados pelo
Presidente da República e seu cargo figura dentre os classificados como de livre nomeação e exoneração,
ficando a critério do chefe do Executivo a escolha dos Ministros que o auxiliarão.
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
Letra D – correta. No Brasil, temos o sistema majoritário dualista na eleição presidencial. Nesse sistema,
considera-se eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos válidos. Caso não se obtenha essa
maioria na primeira votação, será realizado um novo turno de votações.
Art. 77, § 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político,
obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição
em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados
e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
Letra E – correta. O ordenamento jurídico brasileiro não permite que haja uma votação para escolha do
Presidente e outra do Vice-Presidente. Segundo o texto constitucional, o Chefe do Executivo e seu vice terão
sua eleição simultânea e a eleição do Presidente importará a do Vice-Presidente com ele registrado na chapa
eleitoral.
Deste modo, a assertiva está correta e guarda consonância com o art. 77, caput e §1º, da CF/88:
Gabarito: Letra C.
2) Analise os itens abaixo a luz da Constituição Federal e do entendimento dos Tribunais Superiores:
I. Se o Presidente da República não comparecer dentro de 10 dias da data fixada para sua posse, sem
apresentar motivo de força maior, o Vice-Presidente assumirá o cargo de Presidente e o exercerá durante
todo o mandato.
II. Se o Presidente da República comparecer para sua posse dentro de 10 dias da data fixada, mas o Vice-
Presidente não comparecer tendo apresentado motivo de força maior, o Presidente exercerá todo o
mandato sem ter um Vice-Presidente.
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III. Se o Presidente da República e Vice-Presidente não comparecem dentro de 10 dias da data fixada para
posse por motivo de força maior, ela será adiada para que, após cessado o motivo de força maior, eles
possam assumir o cargo.
IV. Se o Presidente da República não comparece dentro de 10 dias da data fixada para a posse por motivo de
força maior, o Vice-Presidente tomará posse e assumirá interinamente o cargo de Presidente, até que cesse
o motivo de força maior.
Considerando as hipóteses apresentadas, assinale a alternativa que contém apenas itens corretos.
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I e II.
d) I, II e IV.
e) III e IV.
Comentários
Parágrafo único - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-
Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
Nos itens da questão, diversas situações envolvendo a vacância do Presidente e/ou de seu Vice foram
narradas. Entre elas, a única incorreta foi a situação apresentada no item II. Se o Presidente da República
comparecer para sua posse dentro de 10 dias da data fixada, mas o Vice-Presidente não comparecer, o
Presidente exercerá todo o mandato sem ter um Vice-Presidente, caso este último não tenha apresentado
motivo de força maior que o impediu de tomar posse.
Caso o Vice-Presidente apresente motivo de força maior, o que ocorrerá será uma situação semelhante ao
item IV: o Presidente exercerá normalmente seu cargo, ficando sem a figura do Vice-Presidente, até que
cesse o motivo de força maior que impediu a posse deste.
Diante do exposto, tem-se como alternativa correta a que consta os itens I, III e IV.
Gabarito: Letra A.
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a) o Presidente da Câmara dos Deputados será chamado ao exercício interino da Presidência da República,
sendo realizadas eleições indiretas pelo Congresso Nacional no prazo de 30 dias após a abertura da última
vaga.
b) o Presidente do Senado Federal será chamado ao exercício interino da Presidência da República, sendo
realizadas eleições indiretas pelo Congresso Nacional no prazo de 90 dias após a abertura da última vaga.
c) o Presidente do Senado Federal será chamado ao exercício interino da Presidência da República, sendo
realizadas eleições indiretas pelo Congresso Nacional no prazo de 30 dias após a abertura da última vaga.
d) o Presidente da Câmara dos Deputados será chamado ao exercício interino da Presidência da República,
sendo realizadas eleições indiretas pelo Congresso Nacional no prazo de 90 dias após a abertura da última
vaga.
e) o Presidente do Supremo Tribunal será chamado ao exercício interino da Presidência da República, sendo
realizadas eleições indiretas pelo Congresso Nacional no prazo de 30 dias após a abertura da última vaga.
Comentários
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa
dias depois de aberta a última vaga.
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos
os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
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Por outro lado, como a vacância ocorreu no ano de 2017, ou seja, nos últimos 2 anos do mandato
presidencial, a eleição para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República seria feita 30 dias depois
da abertura da última vaga, pelo Congresso Nacional, conforme o disposto no art. 81, § 1º, da CF/88.
Letra B - incorreta. Conforme o art. 80 da CF/88, o Presidente da Câmara dos Deputados, não do Senado
Federal, é que será chamado, inicialmente, para o exercício temporário do cargo de Presidente da República
sendo realizadas, no prazo de 30 dias, não 90 dias, depois da abertura da última vaga, eleições indiretas pelo
Congresso Nacional, pois a vacância dos cargos deu-se nos últimos 2 anos do mandato presidencial.
Letra C - incorreta. Conforme o art. 80 da CF/88, o Presidente da Câmara dos Deputados, não do Senado
Federal, é que será chamado, inicialmente, para o exercício temporário do cargo de Presidente da República.
Letra D - incorreta. De acordo com o art. 81, § 1º, da CF/88, a eleição indireta para os cargos de Presidente
e Vice-Presidente da República será realiza no prazo de 30 dias, não 90 dias, depois da abertura da última
vaga, pelo Congresso Nacional, pois a vacância dos cargos deu-se nos últimos 2 anos do mandato
presidencial.
Letra E - incorreta. Não é o Presidente do STF, mas o da Câmara dos Deputados, quem será chamado ao
exercício interino da Presidência da República.
Gabarito: Letra A.
a) Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será
feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
b) Compete privativamente ao Presidente da República iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos
previstos nesta Constituição;
e) São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição
Federal e, especialmente, contra a probidade na administração;
Comentários
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Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa
dias depois de aberta a última vaga.
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos
os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
Letra B - correta. Assertiva de acordo com o art. 84, inciso III, da CF/88:
(...)
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
Letra C – incorreta. De acordo com o art. 78 da CF/88, o presidente não presta compromisso de sustentar a
democracia e a república, mas a União, a integridade e a independência do Brasil.
Letra D – correta. Assertiva de acordo com o art. 84, inciso XXI, da CF/88:
(...)
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação;
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V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
Gabarito: Letra C.
I- O Vice-Presidente da República que se ausentar do País por período superior a quinze dias, sem licença
do Congresso Nacional, poderá perder o seu cargo.
II- o mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em quinze de janeiro do ano
seguinte ao da sua eleição.
III- Apenas o Presidente da República não poderá, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País
por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
Considerando as hipóteses apresentadas, assinale a alternativa que contém apenas itens incorretos.
a) I, II e IV.
b) III e IV.
c) I e II.
d) I, III e IV.
e) II e III.
Comentários
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso
Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
Item II - incorreto. De acordo com o art. 82 da CF/88, o mandato terá início em 5 de janeiro do ano seguinte
ao da eleição, e não em 15 de janeiro.
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Art. 82. O mandato do Presidente da República é de 4 (quatro) anos e terá início em 5 de janeiro
do ano seguinte ao de sua eleição.
Item III - incorreto. De acordo com o art. 83 da CF/88, a vacância por ausência superior a 15 dias, sem a
licença prévia do Poder Legislativo, aplica-se ao Presidente e ao Vice-Presidente.
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso
Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
Item IV- correto. Traz o entendimento da jurisprudência do STF sobre a possibilidade de licença prévia para
ausência dos governadores e vice-governadores. Segundo a Corte, a exigência de licença prévia da
Assembleia Legislativa somente se justifica quando o afastamento for superior a quinze dias razão pela qual,
de fato, é vedada a exigência de licença prévia para ausências de qualquer prazo.
Diante do exposto, tem-se como alternativa a ser marcada a que constam os itens II e III, uma vez que o
comando da questão solicitou apenas os itens incorretos.
Gabarito: Letra E.
a) anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as
contas referentes ao exercício anterior.
c) anualmente, ao Tribunal de Contas da União, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa,
as contas referentes ao exercício anterior.
d) anualmente, ao Senado Federal, dentro de noventa dias após a abertura da sessão legislativa, as contas
referentes ao exercício anterior.
e) a cada dois anos, ao Senado Federal, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as
contas referentes ao exercício anterior.
Comentários
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(...)
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
Assim, de acordo com o inciso da Constituição Federal acima transcrito, incumbe ao Presidente da República
prestar contas ao Congresso Nacional anualmente, referentes ao exercício anterior, dentro de 60 dias após
a abertura da sessão legislativa.
Gabarito: Letra A.
7) Algumas das atribuições privativas do Presidente da República podem ser delegadas aos Ministros de
Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, observados os limites traçados
nas respectivas delegações. Nesse contexto, entre as atribuições privativas do Presidente da República
que podem ser delegadas a essas autoridades está
c) a concessão de indulto e a comutação de penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em
lei.
Comentários
O art. 84, incisos I, VI, VIII, IX, XII, XXI e XXV e parágrafo único, da CF/88 dispõe o seguinte:
(...)
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(...)
(...)
(...)
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em
lei;
(...)
(...)
Extrai-se desses dispositivos que podem ser delegadas aos Ministros de Estado, ao PGR e ao AGU as seguintes
atribuições privativas do Presidente da República:
Entre as assertivas apresentadas, a letra C (a concessão de indulto e a comutação de penas, com audiência,
se necessário, dos órgãos instituídos em lei) é a única que indica uma dessas atribuições delegáveis, prevista
no art. 84, inciso XII, da CF/88, sendo, portanto, a resposta da questão.
Gabarito: Letra C.
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c) São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a lei orçamentária
e comuns os que violem o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
d) Admitida a acusação contra o Presidente da República, será ele submetido a julgamento perante o Senado
Federal, nas infrações penais comuns.
e) Na vigência do mandato do Presidente da República, será ele responsabilizado por atos estranhos ao
exercício de suas funções apenas se admitida a acusação, por dois terços da Câmara dos Deputados.
Comentários
Letra A – incorreta. De acordo com o art. 80 da CF/88, o primeiro da linha sucessória, em caso de
impedimento do Presidente, é o Vice-Presidente.
Letra B – correta. A assertiva trata de uma das atribuições privativas do Presidente da República que podem
ser delegadas, nos termos do art. 84, parágrafo único, da CF/88:
(...)
(...)
(...)
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Letra C – incorreta. De acordo com o art. 85 da CF/88, os atos do Presidente da República que atentem contra
o cumprimento das leis e das decisões judiciais também são crimes de responsabilidade.
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de
processo e julgamento.
Letra D – incorreta. Nos termos do art. 86 da CF/88, no caso de infrações penais comuns, se admitida a
acusação, o Presidente da República será julgado pelo STF e não pelo Senado Federal como afirma a
assertiva.
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Art. 86, § 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
Gabarito: Letra B.
a) pelo Supremo Tribunal Federal, após a acusação ser admitida por dois terços da Câmara dos Deputados,
ficando o chefe do Poder Executivo federal suspenso de suas funções, pelo prazo máximo de cento e oitenta
dias, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
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b) pelo Congresso Nacional, após a acusação ser admitida pela maioria absoluta do Senado Federal, ficando
o chefe do Poder Executivo federal suspenso de suas funções, pelo prazo máximo de cento e oitenta dias,
após a instauração do processo pelo Senado Federal.
c) pelo Supremo Tribunal Federal, após a acusação ser admitida por dois terços do Congresso Nacional,
ficando o chefe do Poder Executivo federal suspenso de suas funções, pelo prazo máximo de cento e vinte
dias, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
d) pelo Senado Federal, após a acusação ser admitida por dois terços da Câmara dos Deputados, ficando o
chefe do Poder Executivo federal suspenso de suas funções, pelo prazo máximo de cento e oitenta dias, após
a instauração do processo pelo Senado Federal.
e) pelo Senado Federal, após a acusação ser admitida por dois terços da Câmara dos Deputados, ficando o
chefe do Poder Executivo federal suspenso de suas funções, pelo prazo máximo de cento e vinte dias, após
a instauração do processo pelo Senado Federal.
Comentários
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal
Federal;
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
De acordo com o artigo da Constituição Federal acima transcrito, no caso de crime de responsabilidade, a
acusação contra o Presidente da República deve ser admitida por 2/3 da Câmara dos Deputados, cabendo o
julgamento ao Senado Federal.
Por outro lado, o chefe do Poder Executivo federal será suspenso do exercício das suas funções, pelo período
máximo de 180 dias, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
Letra A - incorreta. Nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República é julgado pelo Senado Federal,
não pelo STF.
Letra B - incorreta. Nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República é julgado pelo Senado Federal,
não pelo Congresso Nacional. Outrossim, a acusação deve ser admitida por 2/3 da Câmara dos Deputados,
não pela maioria absoluta do Senado Federal.
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Letra C - incorreta. Nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República é julgado pelo Senado Federal,
não pelo STF. Ademais, a acusação deve ser admitida por 2/3 da Câmara dos Deputados, não pela maioria
absoluta do Congresso Nacional. Por fim, o afastamento do Presidente da República dura no máximo 180
dias, não 120 dias.
Letra E - incorreta. O afastamento do Presidente da República, após a instauração do processo pelo Senado
Federal dura no máximo 180 dias, não 120 dias.
Gabarito: Letra D.
I. O Presidente da República será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, quanto aos crimes comuns, e
pela Câmara dos Deputados, quanto aos crimes de responsabilidade.
II. No caso de suposto cometimento de crime comum pelo Presidente da República, a acusação deve ser
admitida por 2/3 dos integrantes da Câmara dos Deputados.
III. Na hipótese de admissão da acusação feita ao Presidente da República pelo cometimento de crime de
responsabilidade, haverá suspensão automática do exercício das funções do chefe do Poder Executivo
federal.
a) I.
b) I e II.
c) III.
d) II.
e) II e III.
Comentários
Vejamos o que dispõe o art. 86, caput e § 1º, inciso II, da CF/88:
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
(...)
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Item I – incorreto. Nos crimes comuns, o Presidente da República é julgado pelo Supremo Tribunal Federal,
não pelo Superior Tribunal de Justiça, e nos crimes de responsabilidade, pelo Senado Federal, não pela
Câmara dos Deputados.
Item II – correto. De acordo com o art. 86, caput, da CF/88, a admissão da acusação pelo cometimento de
crime comum pelo Presidente da República depende da aprovação de 2/3 dos Deputados Federais.
Item III – incorreto. De acordo com o art. 86, § 1º, inciso II, da CF/88, sendo admitida a acusação do
Presidente da República pelo cometimento de crime de responsabilidade, a suspensão do exercício das suas
funções dar-se-á após a instauração do processo de impeachment pelo Senado Federal, e não
automaticamente.
Gabarito: Letra D.
11) De acordo com as regras previstas na Constituição Federal de 1988, o Presidente da República
Federativa do Brasil que praticar ato que configura crime de responsabilidade, em sendo admitida a
acusação por 2/3
e) da Câmara dos Deputados, será submetido a julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça.
Comentários
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
De acordo com o dispositivo acima transcrito, no caso de cometimento de crime de responsabilidade pelo
Presidente da República, a acusação deve ser admitida por 2/3 da Câmara dos Deputados e o julgamento
será feito pelo Senado Federal, hipótese da assertiva A da questão.
Gabarito: Letra A.
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12) Conforme previsão expressa na Constituição Federal, são crimes de responsabilidade do Presidente da
República os atos que atentem contra:
I – a existência da União.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I e IV.
(E) II e IV.
Comentários
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
Item I – correto. Os atos que atentem contra a existência da União estão previstos como crime de
responsabilidade no art. 85, inciso I, da CF/88.
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Item II – incorreto. Os atos que atentem contra a segurança externa do País não estão previstos
expressamente na CF/88 como crime de responsabilidade. Cabe destacar que estão previstos na CF/88
apenas aqueles que atentem contra a segurança interna.
Item III – incorreto. De acordo com o art. 85, inciso V, da CF/88, são crimes de responsabilidade os atos do
Presidente da República que atentem contra a probidade, não contra a improbidade, na administração.
Item IV – correto. Os atos que atentem contra o livre exercício do Poder Legislativo são atos previstos como
crime de responsabilidade no art. 85, inciso II, da CF/88.
Gabarito: Letra D.
a) Caso um Presidente da República cometa crime comum, será competente para julgá-lo o Senado Federal.
c) Compete ao Presidente da República permitir, nos casos previstos na Constituição Federal, que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.
d) Compete ao Ministro de Estado expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos.
e) Lei Complementar disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.
Comentários
Letra A – incorreta. Conforme o art. 86, caput, da CF/88, quem julga o Presidente da República nos crimes
comuns é o STF, e não o Senado Federal como afirma a assertiva.
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Letra B – incorreta. Nos termos do art. 84, inciso VI, alínea a, da CF/88, a referida competência é exercida
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.
(...)
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Letra C – incorreta. De acordo com o art. 84, inciso XXII, da CF/88, a permissão refere-se aos casos previstos
em Lei Complementar, e não na Constituição Federal.
(...)
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
Letra D – correta. De acordo com a atribuição prevista no art. 87, parágrafo único, inciso II, da CF/88. Vejamos
as demais atribuições previstas no mesmo artigo:
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e
no exercício dos direitos políticos.
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta
Constituição e na lei:
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Presidente da República.
Letra E – incorreta. De acordo com o art. 88 da CF/88, basta lei ordinária, e não lei complementar como
afirma a assertiva.
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.
Gabarito: Letra D.
14) Sobre o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, assinale a alternativa incorreta.
a) Participam do Conselho da República, dentre outros, seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e
cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e
dois eleitos pela Câmara dos Deputados.
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b) Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre intervenção federal, estado de defesa e estado
de sítio.
d) O Conselho de Defesa Nacional tem entre seus participantes, dentre outros, os Presidentes da Câmara
dos Deputados e do Senado federal e o Ministro do Planejamento.
e) Compete ao Conselho de Defesa Nacional opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração
da paz, nos termos da Constituição Federal.
Comentários
Letra A – correta. De acordo com art. 89 da CF/88, que define a composição do Conselho da República:
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele
participam:
I - o Vice-Presidente da República;
VI - o Ministro da Justiça;
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois
nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela
Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
Letra B – correta. Trata-se de uma atribuição prevista no art. 90, inciso I, da CF/88:
Letra C – incorreta. Nos termos do art. 91, caput, da CF/88, o Conselho de Defesa Nacional é o órgão de
consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a defesa do Estado democrático.
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Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos
assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele
participam como membros natos:
Letra D – correta. Assertiva de acordo com o art. 91 da CF/88, que trata da composição do Conselho de
Defesa Nacional.
IV - o Ministro da Justiça;
==5617c==
Letra E – correta. Trata-se de uma das competências do Conselho de Defesa Nacional, prevista no art. 91,
§1º, inciso I, da CF/88:
I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta
Constituição;
Gabarito: Letra C.
...
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Forte abraço!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1
INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Poder Legislativo
Pronto para testar seu conhecimento?!
QUESTÕES INÉDITAS
a) A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, sendo
que o número total de Deputados, bem como a representação por Estado, por Território e pelo Distrito
Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos
ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha
menos de oito ou mais de setenta Deputados.
b) O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o
princípio majoritário, sendo que cada uma dessas unidades elegerá três Senadores, cada um com dois
suplentes, e possuirá sua representação renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois
terços.
c) Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre plano plurianual,
diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado,
não sendo exigida a participação do Chefe do Poder Executivo Federal para que aquela Casa resolva
definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos
gravosos ao patrimônio nacional.
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d) Um Ministro de Estado, por sua iniciativa, poderá comparecer a uma Comissão Parlamentar de Inquérito
instalada no Senado Federal para expor assunto de relevância de seu Ministério.
e) Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços de seus membros, a
instauração de processo contra os Ministros de Estado e, ao Senado Federal, processá-los e julgá-los nos
crimes de responsabilidade conexos com os do Presidente da República.
a) Legislar é a função típica do Poder Legislativo, enquanto fiscalizar, administrar e julgar são funções atípicas.
b) Os Poderes Legislativos Federal e Estadual são bicamerais, ao passo que o Poder Legislativo Municipal é
unicameral.
c) A Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo, eleitos para mandatos de 4 (quatro)
anos, e o Senado Federal por representantes dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, eleitos para
mandatos de 8 (oito) anos.
d) Os deputados são eleitos pelo sistema proporcional, relativamente ao número de eleitores dos respectivos
estados e do Distrito Federal, não podendo ser menos que 8 ou mais que 70 para cada uma das unidades
federativas. Já os senadores são eleitos pelo princípio majoritário, sendo seu número fixado em 3 (três)
representantes para cada Estado e para o Distrito Federal.
3) Analise as assertivas abaixo e assinale a correta de acordo com o disposto no texto constitucional e o
entendimento jurisprudencial sobre o tema:
a) Tanto em caso de infrações penais comuns quanto de crimes de responsabilidade, compete à Câmara dos
Deputados o juízo de admissibilidade da acusação apresentada contra o presidente da República.
d) Compete privativamente a Câmara dos Deputados permitir, nos casos previstos em lei complementar, que
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.
e) Compete ao Congresso Nacional a escolha de dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União.
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4) As assertivas abaixo versam sobre o tema competências do Poder Legislativo, tendo em vista sua base
constitucional assinale a alternativa correta:
a) Cabe ao Congresso Nacional o exercício do controle externo dos atos administrativos de concessões e
permissões de emissoras de rádio e televisão.
b) Cabe ao Congresso Nacional aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do
Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato.
d) É da competência exclusiva do Congresso Nacional dispor sobre moeda, seus limites de emissão, e
montante da dívida mobiliária federal.
a) Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre todas as matérias de
competência da União, especialmente sobre sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas e
planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento, dentre outras atribuições.
b) São da competência exclusiva do Congresso Nacional, manifestada por meio da edição de decreto
legislativo, resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos
ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional e aprovar o estado de defesa, a intervenção federal e o
estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas.
c) A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro
de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para
prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de
responsabilidade a ausência sem justificação adequada.
d) Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços de seus membros, a
instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado.
e) Compete privativamente ao Senado Federal estabelecer limites globais e condições para o montante da
dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e suspender a execução, no todo ou em
parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal.
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6) Em virtude de polêmicas envolvendo suas declarações, um Ministro de Estado foi convocado por uma
Comissão da Câmara dos Deputados para prestar declarações sobre o assunto objeto das citadas
declarações, nesse caso, é correto afirmar que:
a) A convocação está em desconformidade com a Constituição Federal, uma vez que as comissões não
possuem competência para convocar os Ministros de Estado, sendo esta uma competência da Mesa da
Câmara dos Deputados.
b) A convocação está em desconformidade com a Constituição Federal, uma vez que a Câmara dos
Deputados não possui competência para convocar os Ministros de Estado, sendo esta uma competência da
Mesa do Senado Federal.
c) A convocação está em conformidade com a Constituição Federal, devendo o Ministro comparecer sob
pena de responder por crime de responsabilidade em caso de ausência sem justificação adequada.
d) A convocação está em conformidade com a Constituição Federal, uma vez que apenas a Câmara dos
Deputados possui competência para convocar Ministros de Estados, seja mediante Comissões, maioria
absoluta dos Deputados Federais ou pela Mesa Diretora.
e) A convocação está em desconformidade com a Constituição Federal, uma vez que a Câmara dos
Deputados não possui competência para convocar os Ministros de Estado, sendo esta uma competência do
Congresso Nacional.
7) Assinale a alternativa que não contém competência privativa da Câmara dos Deputados:
a) dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos,
empregos e funções.
c) proceder a tomada de contas do Presidente da República, caso estas não sejam apresentadas ao Congresso
Nacional no prazo de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa.
d) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra Ministros de Estados.
8) O Governador do Estado do Amapá cometeu no ano 20XX diversos crimes por se envolver em um
esquema de corrupção na aquisição de produtos educacionais. Ainda em seu mandato, foi oferecida
denúncia por tais crimes e o STJ deu recebimento a mesma, iniciando a instrução processual do caso. Em
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sua resposta à acusação, o Governador argumentou que o STJ não possuía competência para o julgar o
caso e que tal recebimento foi realizado em desconformidade com a Constituição Estadual do Amapá, uma
vez que esta deveria ter sido previamente submetida ao juízo de admissibilidade da Assembleia Legislativa
do Amapá para que esta autorizasse a instauração do processo. Considerando as disposições da
Constituição Federal sobre o tema, bem como o entendimento jurisprudencial correlato, assinale a
alternativa correta.
a) As teses do Governador devem prosperar integralmente, vez realmente deveria ter sido feito o
procedimento de admissibilidade na Assembleia Legislativa e a Constituição Federal concede aos Tribunais
de Justiça dos Estados a competência para julgamento dos crimes cometidos por seus respectivos
Governadores.
d) Ambas as teses do Governador não devem prosperar, uma vez que a Constituição Federal concede ao
Superior Tribunal de Justiça a competência para julgamento dos crimes cometidos pelos Governadores e o
Supremo Tribunal Federal considera inconstitucional a previsão em Constituição Estadual que impõe juízo
de admissibilidade do Legislativo estadual quanto a instauração de processo judicial de crime comum
cometido por Governador.
e) A tese do Governador sobre a incompetência do Superior Tribunal de Justiça deve prosperar, uma vez que
Constituição Federal concede aos Tribunais de Justiça dos Estados a competência para julgamento dos crimes
cometidos por seus respectivos Governadores, contudo o mesmo não pode ser dito sobre a tese de
obrigatoriedade do procedimento de admissibilidade na Assembleia Legislativa, uma vez que o Supremo
Tribunal Federal considera inconstitucional a previsão em Constituição Estadual que impõe juízo de
admissibilidade para instauração de processo judicial de crime comum cometido por Governador.
9) O Senado Federal é a Casa Legislativa responsável por realizar a arguição pública e aprovação prévia,
por voto secreto, de diversos cargos. Tendo este procedimento em mente, analise as assertivas abaixo e
assinale a que contém um cargo submetido a procedimento diverso do apresentado:
c) Procurador-Geral da República.
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a) Desde a posse, os membros do Congresso Nacional não podem ser presos e serão submetidos a
julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.
b) Recebida a denúncia contra Deputado Federal, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal
Federal dará ciência à Câmara dos Deputados que, por iniciativa de qualquer cidadão e pelo voto da maioria
absoluta dos membros da Casa, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação que, se assim restar
decidido, suspenderá a prescrição do crime, enquanto durar a duração do mandato do réu.
c) Exceto para fins de defesa nacional contra agressão estrangeira, os Senadores não serão obrigados a
testemunhar sobre informações recebidas em razão do exercício do mandato.
e) No estado de defesa, as imunidades dos Senadores podem ser suspensas, para atos praticados fora do
recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
11) Quanto às disposições constitucionais sobre o Poder Legislativo, podemos afirmar que:
c) Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por um terço de seus membros, a instauração
de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado
d) A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo
de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva
e) Perderá o mandato o Deputado ou Senador que perder ou tiver cassados os direitos políticos;
a) A imunidade material de Deputados e Senadores diz respeito às opiniões, palavras e votos dos
congressistas no exercício de suas respectivas funções, ao passo que a imunidade formal diz respeito à
impossibilidade de o congressista, em regra, ser preso ou de permanecer preso, bem como à possiblidade
de sustação do andamento de eventual ação penal.
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b) Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em
flagrante de crime inafiançável, hipótese em que os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à
respectiva Casa, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
c) Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido até o momento da diplomação, o
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da
ação.
e) Não perderá o mandato, mas terá suspensa suas imunidades parlamentares, o Deputado ou Senador
investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal,
de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária.
13) O texto constitucional prevê diversas incompatibilidades aos parlamentares, algumas desde a
diplomação e outras somente após a posse no mandado eletivo. Considerando o que dispõe o artigo 54
da CF/88, bem como o entendimento jurisprudencial correlato, assinale a alternativa que contêm uma
hipótese de incompatibilidade desde a expedição do diploma do parlamentar eleito.
a) Patrocínio de causa de pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de
economia mista ou empresa concessionária de serviço público.
b) Ocupar cargo ou função demissível "ad nutum" em pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público.
c) Ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
d) Firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade
de economia mista ou empresa concessionária de serviço público sem que o contrato obedeça a cláusulas
uniformes.
14) Considerando as disposições sobre perda de mandato político dos parlamentares, assinale a
alternativa que se encontra de acordo com o texto constitucional e a jurisprudência correlata:
a) O membro do Congresso Nacional que se investir no cargo de ministro de Estado fica desvinculado das
vedações e incompatibilidades inerentes ao estatuto constitucional do congressista.
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b) O deputado ou senador perderá o mandato se faltar a quarta parte das sessões ordinárias realizadas pela
respectiva Casa Legislativa
c) Senador que tiver suspensos os direitos políticos perderá o mandato por ato declaratório da Mesa do
Senado Federal, de ofício ou mediante provocação de membro ou partido político com assento no Congresso
Nacional, assegurada a ampla defesa.
e) A perda do mandato de deputado ou de senador que tenha agido de maneira incompatível com o decoro
parlamentar será decidida de ofício pela presidência da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.
a) Ministro de Estado.
b) Governador de Território.
c) Secretário de Estado.
16) Considerando o disposto na Constituição Federal quanto as Reuniões do Poder Legislativo Federal,
assinale a assertiva correta:
b) Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual
foi convocado, sendo devida parcela indenizatória em razão da convocação extraordinária do parlamentar.
c) A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente da Câmara dos Deputados, e os demais
cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes no Senado Federal e na
Câmara dos Deputados.
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e) Os membros das Mesas de cada Casa Legislativa são eleitos para mandato de 2 (dois) anos, sendo aceita
apenas uma recondução para o mesmo cargo.
b) Na constituição das Comissões, deverá ser assegurada, tanto quanto possível, a representação
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares da respectiva Casa, regra que não se aplica à
constituição das respectivas Mesas, cujos cargos serão preenchidos por eleição dentre os parlamentares
integrantes da respectiva Comissão.
c) O desempenho das atividades das Comissões guarda consonância com a matéria de sua competência.
d) Qualquer autoridade, exceto Ministros de Estado e cargos de mesmo status, pode prestar depoimento
por solicitação de Comissão.
e) O regimento interno da respectiva Casa não poderá conferir às Comissões Parlamentares de Inquérito
outros poderes além daqueles de investigação próprios das autoridades judiciais.
a) As Comissões Parlamentares de Inquérito constituem função de fiscalização por parte do Poder Legislativo
e podem julgar, acusar e promover responsabilidade dos investigados.
b) São requisitos para constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito o requerimento de um terço
dos membros da Casa Legislativa, a aprovação em plenário, a indicação de fato determinado a ser investigado
e a fixação de prazo certo para os trabalhos.
c) Os poderes de investigação das Comissões Parlamentares de Inquérito são próprios das autoridades
judiciais, porém há certas competências que são próprias e exclusivas do Poder Judiciário.
e) As Comissões Parlamentares de Inquérito podem determinar a quebra dos sigilos bancário e fiscal e a
interceptação telefônica do investigado.
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GABARITO
1. A 2. E 3. D 4. A 5. B
6. C 7. E 8. D 9. B 10. D
QUESTÕES COMENTADAS
a) A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, sendo
que o número total de Deputados, bem como a representação por Estado, por Território e pelo Distrito
Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos
ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha
menos de oito ou mais de setenta Deputados.
b) O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o
princípio majoritário, sendo que cada uma dessas unidades elegerá três Senadores, cada um com dois
suplentes, e possuirá sua representação renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois
terços.
c) Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre plano plurianual,
diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado,
não sendo exigida a participação do Chefe do Poder Executivo Federal para que aquela Casa resolva
definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos
gravosos ao patrimônio nacional.
d) Um Ministro de Estado, por sua iniciativa, poderá comparecer a uma Comissão Parlamentar de Inquérito
instalada no Senado Federal para expor assunto de relevância de seu Ministério.
e) Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços de seus membros, a
instauração de processo contra os Ministros de Estado e, ao Senado Federal, processá-los e julgá-los nos
crimes de responsabilidade conexos com os do Presidente da República.
Comentários
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Letra A - incorreta. De acordo com o art. 45, caput e §§ 1º e 2º, da CF/88, cada Território elegerá um número
fixo de 4 Deputados Federais, não um número proporcional à sua população. Além disso, Território não é
unidade da Federação (é parte integrante da União). O restante da assertiva está correto.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal,
será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos
ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da
Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.
Letra B - correta. A assertiva está de acordo com o art. 46, caput e §§ 1º a 3º, da CF/88:
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
Letra C - correta. De acordo com o art. 48, inciso II, da CF/88, dispor sobre plano plurianual, diretrizes
orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado é uma
competência do Congresso Nacional que exige a sanção do Presidente da República. Já resolver
definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos
gravosos ao patrimônio nacional é uma competência exclusiva do Congresso Nacional, conforme o art. 49,
inciso I, da CF/88.
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre:
(...)
(...)
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Letra D - correta. Conforme o art. 50, § 1º, da CF/88, ele pode comparecer ao Senado, à Câmara, ou a
qualquer de suas Comissões, e isso engloba as CPIs que, embora sejam temporárias e possuam algumas
características peculiares, não deixam de ser “Comissões”.
Art. 50, § 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos
Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com
a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério.
Letra E - correta. De acordo com o art. 52, inciso I, da CF/88, os Ministros de Estado são processados e
julgados pelo Senado nos crimes de responsabilidade conexos com os do Presidente da República e, pelo
STF, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade que não sejam conexos com os do Chefe
do Poder Executivo Federal, conforme o art. 102, inciso I, c, da CF/88.
Em qualquer caso, deverá haver prévia autorização da Câmara dos Deputados, por dois terços de seus
membros, para a instauração do processo, de acordo com o art. 51, inciso I, da CF/88.
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o
Vice- Presidente da República e os Ministros de Estado;
(...)
(...)
(...)
Gabarito: Letra A.
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a) Legislar é a função típica do Poder Legislativo, enquanto fiscalizar, administrar e julgar são funções atípicas.
b) Os Poderes Legislativos Federal e Estadual são bicamerais, ao passo que o Poder Legislativo Municipal é
unicameral.
c) A Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo, eleitos para mandatos de 4 (quatro)
anos, e o Senado Federal por representantes dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, eleitos para
mandatos de 8 (oito) anos.
d) Os deputados são eleitos pelo sistema proporcional, relativamente ao número de eleitores dos respectivos
estados e do Distrito Federal, não podendo ser menos que 8 ou mais que 70 para cada uma das unidades
federativas. Já os senadores são eleitos pelo princípio majoritário, sendo seu número fixado em 3 (três)
representantes para cada Estado e para o Distrito Federal.
Comentários
Letra A - incorreta. Além de legislar, fiscalizar também é função típica do Poder Legislativo. As funções
atípicas são administrar a julgar.
Letra B - incorreta. De acordo com o art. 44 da CF/88, apenas o Poder Legislativo Federal é bicameral, sendo
formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, que compõem o Congresso Nacional.
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal.
Os Poderes Legislativos estadual e distrital são unicamerais sendo formados, respectivamente, pela
Assembleia Legislativa e pela Câmara Legislativa do DF, assim como o Poder Legislativo municipal, formado
pela Câmara Municipal.
Letra C - incorreta. De acordo com o art. 45 e art. 46, caput e § 1º, ambos da CF/88, a Câmara dos Deputados
é composta por representantes do povo, ao passo que o Senado por representantes dos Estados e do DF,
mas não dos Municípios. O mandato dos deputados federais é de quatro anos, enquanto o dos senadores é
de oito anos.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
(...)
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
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Letra D - incorreta. De fato, os deputados são eleitos pelo sistema proporcional, conforme o art. 45, caput,
da CF/88, enquanto os senadores pelo princípio majoritário, conforme o art. 46, caput, da CF/88. No entanto,
o número de deputados federais é proporcional à população (e não ao número de eleitores) do Estados e do
DF, segundo estabelecido em Lei Complementar. Esse número não poderá ser menor que 8 ou maior que 70
para cada uma das unidades federativas, de acordo com o art. 45, § 1, da CF/88.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal,
será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos
ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da
Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.
Por outro lado, o número de deputados federais eleitos pelos Territórios é fixo e igual a 4, conforme o art.
45, § 2º, da CF/88. O número de senadores também é fixo e igual a 3 para cada Estado ou DF, de acordo com
o art. 46, § 1º, da CF/88.
(...)
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
Letra E - correta. Conforme o art. 47 da CF/88, as deliberações, em regra, são tomadas por maioria relativa,
ou seja, maioria dos votos, estando presente a maioria absoluta dos membros. Essa regra só não se aplica
aos casos dispostos de forma contrária na CF. Além disso, é válida tanto para as deliberações de cada Casa,
como também para as de suas Comissões.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas
Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
Gabarito: Letra E.
3) Analise as assertivas abaixo e assinale a correta de acordo com o disposto no texto constitucional e o
entendimento jurisprudencial sobre o tema:
a) Tanto em caso de infrações penais comuns quanto de crimes de responsabilidade, compete à Câmara dos
Deputados o juízo de admissibilidade da acusação apresentada contra o presidente da República.
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d) Compete privativamente a Câmara dos Deputados permitir, nos casos previstos em lei complementar, que
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.
e) Compete ao Congresso Nacional a escolha de dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União.
Comentários
Para que ocorra o processamento do presidente da República pelo Senado Federal, pela prática de crime de
responsabilidade, ou pelo STF, pela prática de crime comum, faz-se necessário um juízo prévio de
admissibilidade que realmente deverá ser realizado pela Câmara dos Deputados, conforme dispõe o art. 51,
inciso I, da CF/88:
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o
Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
Assim, o exame prévio de admissibilidade da acusação deverá ser realizado pela Câmara dos Deputados em
ambos os casos, seja crime de responsabilidade ou de crime comum.
Letra B - correta. Conforme o art. 52, inciso XV, da CF/88, uma vez que o Senado Federal é o responsável pela
representação dos Estados e do Distrito Federal, restou a ele a competência para avaliação das
funcionalidades do Sistema Tributário Nacional e demais relacionadas ao Direito Tributário.
(...)
Letra C - correta. O poder regulamentar é o poder concedido ao chefe do Poder executivo para editar atos
normativos complementares à lei, sendo uma das manifestações deste poder os decretos do Poder Executivo
previstos no art. 84, IV e VI, da Constituição Federal:
(...)
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IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos
para sua fiel execução;
(...)
Uma vez que o poder regulamentar deve complementar as leis, este encontra limites na própria legislação e
cabe ao Poder Legislativo, em sua função fiscalizatória, analisar tais atos normativos quanto a inovações e
excessos do Poder Executivo.
Assim, caso haja violação do uso do poder regulamentar, caberá ao Congresso Nacional a atribuição de sustar
os atos normativos que estejam ultrapassando os limites de sua função.
(...)
V – sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa;
Por fim, o art. 49, inciso V, da CF/88 também menciona que cabe ao Congresso Nacional sustar as leis
delegadas que exorbitem os limites da delegação legislativa prevista no art. 68 da CF/88.
Art. 49, V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar
ou dos limites de delegação legislativa;
Letra D - incorreta. O rol de competências da Câmara dos Deputados não faz qualquer menção a tal
possibilidade, sendo, na verdade, uma competência exclusiva do Congresso Nacional.
Vale lembrar que quem permite que forças estrangeiras permaneçam ou transite pelo território nacional é
o Presidente da República, cabendo ao Congresso Nacional a autorização para que o Presidente realize tal
permissão, veja:
(...)
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
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(...)
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente,
ressalvados os casos previstos em lei complementar;
Letra E - correta. De acordo com o art. 49, inciso XIII, da CF/88, o Tribunal de Contas da União possui 9
membros, sendo que desse total o Congresso Nacional escolherá 2/3 e o Presidente da República o 1/3
restante.
(... )
Uma vez escolhidos os nomes, caberá ao Senado Federal a responsabilidade para APROVAR os ministros
indicados pelo Presidente da República:
(... )
III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
(...)
MINISTROS DO TCU:
Gabarito: Letra D.
4) As assertivas abaixo versam sobre o tema competências do Poder Legislativo, tendo em vista sua base
constitucional assinale a alternativa correta:
a) Cabe ao Congresso Nacional o exercício do controle externo dos atos administrativos de concessões e
permissões de emissoras de rádio e televisão.
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b) Cabe ao Congresso Nacional aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do
Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato.
d) É da competência exclusiva do Congresso Nacional dispor sobre moeda, seus limites de emissão, e
montante da dívida mobiliária federal.
Comentários
Letra A - correta. De acordo com o art. 49 da CF/88, que traz o rol de competências exclusivas do Congresso
Nacional, em seu inciso XII, é competência exclusiva do Congresso Nacional apreciar os atos de concessão e
renovação de emissoras de rádio e de televisão.
(...)
Letra B - incorreta. Conforme o art. 52, inciso XI, da CF/88, trata-se de competência privativa do Senado
Federal.
(...)
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-
Geral da República antes do término de seu mandato;
Letra C - incorreta. Conforme o art. 52, inciso V, da CF/88, trata-se de competência privativa do Senado
Federal.
(...)
Letra D - incorreta. Conforme o art. 48, inciso XIV, da CF/88, a competência mencionada pertence ao
Congresso Nacional. Contudo, não será exercida exclusivamente por ele como afirmado na alternativa, uma
vez que trata-se de competência privativa exercida com sanção do Presidente da República.
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Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre:
(...)
Letra E - incorreta. Conforme o art. 49, inciso I, da CF/88, a competência mencionada pertence ao Congresso
Nacional, contudo não será sujeitada à sanção do Presidente da República, posto que se classifica como
competência exclusiva do Congresso Nacional.
Gabarito: Letra A.
a) Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre todas as matérias de
competência da União, especialmente sobre sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas e
planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento, dentre outras atribuições.
b) São da competência exclusiva do Congresso Nacional, manifestada por meio da edição de decreto
legislativo, resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos
ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional e aprovar o estado de defesa, a intervenção federal e o
estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas.
c) A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro
de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para
prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de
responsabilidade a ausência sem justificação adequada.
d) Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços de seus membros, a
instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado.
e) Compete privativamente ao Senado Federal estabelecer limites globais e condições para o montante da
dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e suspender a execução, no todo ou em
parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal.
Comentários
Letra A - correta. A artigo 48 da CF/88 trata das atribuições do Congresso Nacional que dependem de sanção
do Presidente da República, ou seja, se manifestam pela edição de leis.
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Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre:
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os
arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I.
a) que a criação, transformação e extinção de cargos públicos depende de lei (inciso X), mas a extinção
de cargos públicos vagos pode ser feita mediante decreto autônomo (art. 84, inciso VI, b, da CF/88).
b) que a iniciativa de lei que fixa o subsídio dos Ministros do STF (inciso XV) é do próprio STF (art. 96,
inciso II, b, da CF/88).
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Letra B - incorreta. O art. 49 da CF/88 trata das competências exclusivas do Congresso Nacional, e que,
portanto, dispensam a sanção do Presidente da República, manifestando-se pela edição de decreto
legislativo.
De fato, os tratados e convenções internacionais são celebrados pelo Presidente da República, conforme o
art. 84, inciso VIII, da CF/88, cabendo ao Congresso Nacional posteriormente referendá-los e aprová-los,
conforme o art. 49, inciso I, da CF/88.
(...)
No entanto, no estado de defesa e na intervenção, o papel do Congresso é deliberar quanto a sua aprovação,
ou seja, é uma atuação posterior à implementação da medida, conforme o art. 36, § 1º e art. 136, § 4º,
ambos da CF/88. Por outro lado, no estado de sítio, o papel do Congresso é deliberar quanto a sua
autorização, ou seja, é uma atuação prévia à implementação da medida, de acordo com o art. 137, caput, da
CF/88.
(...)
(...)
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais
restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente
instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
(...)
(...)
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Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos
de:
Letra C - correta. Em relação ao art. 50, caput da CF/88, que dispõe sobre a convocação de Ministro de
Estado, é preciso ficar atento aos seguintes pontos:
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o
Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
Vale destacar que a autorização para a instauração de processo contra Ministro de Estado somente se aplica
no caso de crime conexo com o do Presidente da República.
(...)
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades
controladas pelo Poder Público federal;
Além das atribuições trazidas na assertiva, é importante ficar atento aos seguintes pontos:
a) os Ministros de Estado são julgados pelo Senado apenas nos crimes de responsabilidade conexos
com os do Presidente da República, conforme o art. 52, inciso I, da CF/88. Nos demais crimes, são
julgados pelo STF, conforme o art. 102, inciso I, c, da CF/88.
b) que a aprovação da escolha das autoridades elencadas no art. 52, inciso III, da CF/88 se dá por voto
secreto, após arguição pública, enquanto as autoridades apontadas no art. 52, inciso IV, da CF/88 se
dá também por voto secreto, mas após arguição em sessão secreta.
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c) que o Senado atua bastante em matérias relativas a finanças públicas, conforme o art. 52, incisos
V, VI, VII, VIII, IX e XV, da CF/88.
Gabarito: Letra B.
6) Em virtude de polêmicas envolvendo suas declarações, um Ministro de Estado foi convocado por uma
Comissão da Câmara dos Deputados para prestar declarações sobre o assunto objeto das citadas
declarações, nesse caso, é correto afirmar que:
a) A convocação está em desconformidade com a Constituição Federal, uma vez que as comissões não
possuem competência para convocar os Ministros de Estado, sendo esta uma competência da Mesa da
Câmara dos Deputados.
b) A convocação está em desconformidade com a Constituição Federal, uma vez que a Câmara dos
Deputados não possui competência para convocar os Ministros de Estado, sendo esta uma competência da
Mesa do Senado Federal.
c) A convocação está em conformidade com a Constituição Federal, devendo o Ministro comparecer sob
pena de responder por crime de responsabilidade em caso de ausência sem justificação adequada.
d) A convocação está em conformidade com a Constituição Federal, uma vez que apenas a Câmara dos
Deputados possui competência para convocar Ministros de Estados, seja mediante Comissões, maioria
absoluta dos Deputados Federais ou pela Mesa Diretora.
e) A convocação está em desconformidade com a Constituição Federal, uma vez que a Câmara dos
Deputados não possui competência para convocar os Ministros de Estado, sendo esta uma competência do
Congresso Nacional.
Comentários
Sabendo que ambas as Casas e suas Comissões são competentes para tal ato, já seria possível eliminarmos
todas as alternativas incorretas para encontrar o gabarito na letra C, mas iremos além por fins didáticos.
Além da competência já mencionada, o art. 50 da CF/88 dispõe que a autoridade convocada deverá prestar
informações pessoalmente, sendo estas acerca de algum assunto previamente determinado pela Casa
Legislativa. O comparecimento do Ministro ou autoridade será obrigatório, sob pena de crime de
responsabilidade. Veja:
Art. 50 A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão
convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à
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Por fim, vale lembrar que além da convocação obrigatória realizada pela Casa Legislativa é possível que as
Mesas da Câmara e do Senado encaminhem pedidos de informação por escrito aos Ministros de Estado, que
deverão ser respondidos no prazo de 30 dias, configurando crime de responsabilidade a recusa ou o seu não
atendimento, conforme o art. 50, § 2º, da CF/88.
Art. 50, § 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar
pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no
caput deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não atendimento,
no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas.
Gabarito: Letra C.
7) Assinale a alternativa que não contém competência privativa da Câmara dos Deputados:
a) dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos,
empregos e funções.
c) proceder a tomada de contas do Presidente da República, caso estas não sejam apresentadas ao Congresso
Nacional no prazo de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa.
d) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra Ministros de Estados.
Comentários
A questão exige o conhecimento da literalidade do art. 51 da CF/88, que trata das competências da Câmara
dos Deputados:
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Letra A - correta. De acordo com o art. 51, inciso IV, da CF/88, a Câmara dos Deputados possui competência
para dispor sobre sua própria organização, funcionamento, pessoal e remuneração.
Vale lembrar que o Senado Federal possui competência idêntica para reger sua casa.
Letra B - correta. Assim como as disposições sobre organização, funcionamento, pessoal e remuneração,
cabe a cada casa legislativa a atribuição de elaborar seu próprio regimento interno, sendo, portanto,
competência da Câmara dos Deputados prevista no art. 51, inciso III, da CF/88.
Letra C - correta. A assertiva está de acordo com o art. 51, inciso II, da CF/88. Cabe destacar que somente
será competência desta Casa proceder a tomada de contas do Presidente da República se este não a
apresentar. Além disso, a tomada de contas não se confunde com o julgamento destas, sendo o julgamento
de competência do Congresso Nacional.
Letra D - correta. A Câmara dos Deputados é competente para autorizar a instauração do processo de
apuração de crimes comuns ou de responsabilidade cometidos pelo Presidente e Vice-Presidente, o tão
famoso juízo de admissibilidade. Contudo, importante destacar que, além dessas duas autoridades, temos
os Ministros de Estado igualmente elencados no rol do art. 51, inciso I, da CF/88, sendo aplicável a estes o
juízo de admissibilidade para instauração de processos por crimes comuns ou de responsabilidade conexos
ao Presidente ou ao Vice-Presidente.
Não há que se falar em competência para processar ou julgar na Câmara dos Deputados, posto que esta
realiza mero juízo de admissibilidade da denúncia, ficando o processo e seu julgamento a cargo do Senado
Federal ou do Supremo Tribunal Federal.
Letra E - incorreta. A única casa legislativa que realiza processamento e julgamento de crimes é o Senado
Federal. Portanto, não cabe a Câmara dos Deputados processar ou julgar o Presidente, o Vice Presidente ou
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os Ministros de Estado, sendo sua competência restrita ao juízo de admissibilidade, que é de natureza
política.
Vale lembrar que compete ao Senado Federal processar e julgar apenas crimes de responsabilidade, ficando
os crimes comuns a cargo do Supremo Tribunal Federal.
Gabarito: Letra E.
8) O Governador do Estado do Amapá cometeu no ano 20XX diversos crimes por se envolver em um
esquema de corrupção na aquisição de produtos educacionais. Ainda em seu mandato, foi oferecida
denúncia por tais crimes e o STJ deu recebimento a mesma, iniciando a instrução processual do caso. Em
sua resposta à acusação, o Governador argumentou que o STJ não possuía competência para o julgar o
caso e que tal recebimento foi realizado em desconformidade com a Constituição Estadual do Amapá, uma
vez que esta deveria ter sido previamente submetida ao juízo de admissibilidade da Assembleia Legislativa
do Amapá para que esta autorizasse a instauração do processo. Considerando as disposições da
Constituição Federal sobre o tema, bem como o entendimento jurisprudencial correlato, assinale a
alternativa correta.
a) As teses do Governador devem prosperar integralmente, vez realmente deveria ter sido feito o
procedimento de admissibilidade na Assembleia Legislativa e a Constituição Federal concede aos Tribunais
de Justiça dos Estados a competência para julgamento dos crimes cometidos por seus respectivos
Governadores.
d) Ambas as teses do Governador não devem prosperar, uma vez que a Constituição Federal concede ao
Superior Tribunal de Justiça a competência para julgamento dos crimes cometidos pelos Governadores e o
Supremo Tribunal Federal considera inconstitucional a previsão em Constituição Estadual que impõe juízo
de admissibilidade do Legislativo estadual quanto a instauração de processo judicial de crime comum
cometido por Governador.
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e) A tese do Governador sobre a incompetência do Superior Tribunal de Justiça deve prosperar, uma vez que
Constituição Federal concede aos Tribunais de Justiça dos Estados a competência para julgamento dos crimes
cometidos por seus respectivos Governadores, contudo o mesmo não pode ser dito sobre a tese de
obrigatoriedade do procedimento de admissibilidade na Assembleia Legislativa, uma vez que o Supremo
Tribunal Federal considera inconstitucional a previsão em Constituição Estadual que impõe juízo de
admissibilidade para instauração de processo judicial de crime comum cometido por Governador.
Comentários
A questão apresenta um caso concreto em que você precisa de apenas dois conhecimentos sobre os
Governadores: trata-se da competência para julgá-los e a jurisprudência do STJ e do STF sobre o juízo de
admissibilidade e licença prévia das Assembleias Legislativas.
Com relação à competência, o art. 105, inciso I, alínea a, da CF/88 define que caberá ao Superior Tribunal
de Justiça julgar os Governadores que praticarem crime comum. Portanto, a primeira tese mostra-se
incorreta por contrariar a literalidade do texto constitucional, veja:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de
responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal,
os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou
Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante
tribunais; (...)
Quanto a jurisprudência sobre o juízo de admissibilidade e licença prévia das Assembleias Legislativas para
autorizarem a instauração de processo contra o Governador pela prática de crime comum, o Supremo
Tribunal Federal entendeu recentemente que tal procedimento viola a Constituição Federal e não reconhece
a possibilidade de Constituições Estaduais disporem sobre tal licença.
Tal prática era constantemente utilizada por diversas Constituições Estaduais e gerava situações de
impunidade aos governadores, razão pela qual entendeu-se igualmente inconstitucional a previsão em
Constituições Estaduais, veja:
A Constituição estadual não pode condicionar a instauração de processo judicial por crime
comum contra governador à licença prévia da assembleia legislativa. A república, que inclui a
ideia de responsabilidade dos governantes, é prevista como um princípio constitucional sensível
1
ADI 5.540, rel. min. Edson Fachin, j. 3-5-2017, P, DJE de 28-3-2019.
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(CRFB/1988, art. 34, VII, a), e, portanto, de observância obrigatória, sendo norma de reprodução
proibida pelos Estados-membros a exceção prevista no art. 51, I, da Constituição da República.
Tendo em vista que as Constituições estaduais não podem estabelecer a chamada "licença
prévia", também não podem elas autorizar o afastamento automático do governador de suas
funções quando recebida a denúncia ou a queixa-crime pelo STJ. 2
Deste modo, temos que ambas as teses apresentadas pelo Governador não encontram respaldo.
Gabarito: Letra D.
9) O Senado Federal é a Casa Legislativa responsável por realizar a arguição pública e aprovação prévia,
por voto secreto, de diversos cargos. Tendo este procedimento em mente, analise as assertivas abaixo e
assinale a que contém um cargo submetido a procedimento diverso do apresentado:
c) Procurador-Geral da República.
Comentários
Conforme explica o enunciado, o texto constitucional realmente reservou ao Senado Federal a atribuição de
realizar a "sabatina" de aprovação em determinados cargos, veja o no artigo 52, incisos III e IV, da CF/88:
(...)
III — aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
c) Governador de Território;
2
ADI 4.362, rel. p/ o ac. min. Roberto Barroso, j. 9-8-2017, P, DJE de 6-2-2018.
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e) Procurador-Geral da República;
IV — aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos
chefes de missão diplomática de caráter permanente; (...)
Como você pode notar todos os cargos terão sua aprovação por voto secreto, mas o mesmo não pode ser
dito quanto a sessão da arguição, vez que no procedimento de escolha dos Chefes de missão diplomática de
caráter permanente deve o Senado Federal realizar toda a sabatina em sessão secreta, conforme previsto
no inciso IV, do artigo 52, da CF/88.
Assim, como o enunciado nos pede para assinalar o cargo que não está sujeito ao voto secreto e arguição
pública, procedimento que consta no inciso III, do artigo 52, da CF/88, temos nosso gabarito na Letra B por
ser a única que não contém cargo do referido dispositivo.==5617c==
Gabarito: Letra B.
a) Desde a posse, os membros do Congresso Nacional não podem ser presos e serão submetidos a
julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.
b) Recebida a denúncia contra Deputado Federal, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal
Federal dará ciência à Câmara dos Deputados que, por iniciativa de qualquer cidadão e pelo voto da maioria
absoluta dos membros da Casa, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação que, se assim restar
decidido, suspenderá a prescrição do crime, enquanto durar a duração do mandato do réu.
c) Exceto para fins de defesa nacional contra agressão estrangeira, os Senadores não serão obrigados a
testemunhar sobre informações recebidas em razão do exercício do mandato.
e) No estado de defesa, as imunidades dos Senadores podem ser suspensas, para atos praticados fora do
recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
Comentários
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos.
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§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos,
salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e
quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre
a prisão.
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação,
o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político
nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o
andamento da ação.
Assim:
Letra A - incorreta. De acordo com o art. 53, §§ 1º e 2º, da CF/88, essa imunidade se inicia “desde a expedição
do diploma”, não "desde a posse". Além disso, conforme o art. 53, § 2º, da CF/88, é possível a prisão do
parlamentar no caso de flagrante de crime inafiançável.
Letra B - incorreta. De acordo com o art. 53, § 5º, da CF/88, a sustação do processo suspende, de fato, a
prescrição, enquanto durar o mandato. Porém o cidadão, nesse caso, não possui legitimidade para iniciar a
apreciação da sustação do processo, mas tão somente partido político com representação na Casa que, no
caso, será a Câmara dos Deputados, conforme o art. 53, § 3º, da CF/88.
Letra C - incorreta. Conforme o art. 53, § 6º, da CF/88, trata-se de uma vedação absoluta, válida em qualquer
situação, sem exceções.
Letra D - correta. De acordo com o art. 53, § 7º, da CF/88, mesmo que seja militar e o país esteja em guerra,
o Parlamentar depende de prévia licença para que seja incorporado às Forças Armadas.
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Letra E - incorreta. Conforme o art. 53, § 8º, da CF/88, a suspensão da imunidade pode ocorrer no estado de
sítio, mas não no estado de defesa. Para que sejam suspensas, faz-se necessário o voto de 2/3 dos membros
da Casa respectiva e, mesmo assim, só será válida para os casos de atos praticados fora do recinto do
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
Gabarito: Letra D.
11) Quanto às disposições constitucionais sobre o Poder Legislativo, podemos afirmar que:
c) Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por um terço de seus membros, a instauração
de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado
d) A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo
de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva
e) Perderá o mandato o Deputado ou Senador que perder ou tiver cassados os direitos políticos;
Comentários
Letra A – incorreta. De acordo com o art. 46, § 3º, da CF/88, cada senador será eleito com dois suplentes:
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
(...)
Letra B – incorreta. De acordo com o art. 45, § 2º, da CF/88, cada território elegerá quatro deputados.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
(...)
Letra C – incorreta. De acordo com o art. 51, inciso I, da CF/88, o quórum de aprovação é de 2/3 e não um
1/3 como erroneamente afirmado pela questão.
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I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o
Vice- Presidente da República e os Ministros de Estado;
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos.
(...)
Letra E – incorreta. De acordo com o art. 55, inciso IV, da CF/88, o parlamentar perde o mandato em caso de
perda ou de suspensão de seus direitos políticos. Sendo válido destacar que a cassação de direitos políticos
é vedada pelo art. 15 da CF/88:
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da
Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
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Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos
de:
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º,
VIII;
Gabarito: Letra D.
a) A imunidade material de Deputados e Senadores diz respeito às opiniões, palavras e votos dos
congressistas no exercício de suas respectivas funções, ao passo que a imunidade formal diz respeito à
impossibilidade de o congressista, em regra, ser preso ou de permanecer preso, bem como à possiblidade
de sustação do andamento de eventual ação penal.
b) Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em
flagrante de crime inafiançável, hipótese em que os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à
respectiva Casa, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
c) Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido até o momento da diplomação, o
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da
ação.
e) Não perderá o mandato, mas terá suspensa suas imunidades parlamentares, o Deputado ou Senador
investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal,
de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária.
Comentários
Letra A - correta. As imunidades e vedações relativas aos congressistas devem ser enxergadas como
prerrogativas para o exercício livre e independente do mandato parlamentar, e não como privilégios.
A imunidade material diz respeito às opiniões, palavras e votos dos congressistas, conforme o art. 53, caput,
da CF/88, enquanto as imunidades formais dizem respeito à i) impossibilidade de o congressista, como regra,
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ser preso ou de permanecer preso (art. 53, § 2º, CF/88) e ii) possiblidade de sustação do andamento da ação
penal do congressista (CF, art. 53, §§ 3º a 5º, CF/88).
Art 53, § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser
presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de
vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva
sobre a prisão.
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação,
o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político
nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o
andamento da ação.
Além disso, a imunidade material, prevista no art. 53, caput da CF/88, é aplicável quando o parlamentar
estiver no exercício da função (deve haver uma conexão entre a manifestação oral do parlamentar e o
exercício da função).
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos.
Letra B - correta. A imunidade formal prevista no art. 53, § 2º, da CF/88 passa a valer desde a expedição do
diploma. Não é da data da posse, pois a diplomação é anterior, ocorrendo quando a Justiça Eleitoral atesta
a eleição do candidato. Essa imunidade vale somente para prisões cautelares, ou seja, o congressista pode
ser preso em virtude de sentença judicial transitada em julgado (STF – Inq. 510-DF). Além disso, pode ser
preso em caso de flagrante delito de crime inafiançável (não é qualquer crime!). Mesmo nesse último caso,
a Casa do parlamentar preso em flagrante pode decidir se este deverá permanecer preso ou não, conforme
parte final do dispositivo.
Letra C - incorreta. A imunidade formal prevista no art. 53, § 3º, da CF/88 é válida para crime ocorrido após
a diplomação, não englobando crimes cometidos antes da diplomação (estes não poderão ter seu
andamento sustado). Além disso, o pedido de sustação deve ser feito até a decisão final do STF. Caso haja
sustação do processo, ocorre a suspensão (e não interrupção) da prescrição, enquanto durar o mandato (ou
seja, até o início da próxima legislatura), de acordo com o art. 53, § 5º, da CF/88.
Letra D - correta. A prerrogativa de foro prevista no art. 53, § 1º, da CF/88 inicia-se a partir da expedição do
diploma e abrange somente crimes comuns (e não ações civis), cometidos tanto antes como depois da
diplomação. Cabe destacar que somente estes últimos podem ter o andamento do processo suspenso pela
Casa do parlamentar, nos termos do art. 53, § 3º, da CF/88. Quando terminar o mandato, o processo é
enviado à Justiça Comum.
Letra E - correta. De acordo com o art. 56, inciso I, da CF/88, o Congressista afastado para ocupar cargo no
Poder Executivo tem suspensas suas imunidades parlamentares (material e formal), mas mantém o foro por
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prerrogativa de função e continua sujeito a procedimento disciplinar perante a Casa respectiva em virtude
de quebra de decoro parlamentar.
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de
interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por
sessão legislativa.
Gabarito: Letra C.
13) O texto constitucional prevê diversas incompatibilidades aos parlamentares, algumas desde a
diplomação e outras somente após a posse no mandado eletivo. Considerando o que dispõe o artigo 54
da CF/88, bem como o entendimento jurisprudencial correlato, assinale a alternativa que contêm uma
hipótese de incompatibilidade desde a expedição do diploma do parlamentar eleito.
a) Patrocínio de causa de pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de
economia mista ou empresa concessionária de serviço público.
b) Ocupar cargo ou função demissível "ad nutum" em pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público.
c) Ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
d) Firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade
de economia mista ou empresa concessionária de serviço público sem que o contrato obedeça a cláusulas
uniformes.
Comentários
Letra A - incorreta. Conforme dispõe o art. 54, inciso II, alínea c, da CF/88, apresenta uma hipótese de
incompatibilidade do mandato parlamentar que se inicia com a posse.
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a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o
contrato obedecer a cláusulas uniformes;
(...)
II — desde a posse:
(...)
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a;
Letra B - incorreta. A assertiva trata de uma hipótese de incompatibilidade do mandato parlamentar que se
inicia com a posse e não desde a expedição do diploma como afirma a assertiva. Vale destacar que o cargo
ou função deve ser demissível "ad nutum" e o parlamentar já deve estar ocupando-o para gerar a
incompatibilidade desde a posse, tal como dispõe o art. 54, inciso II, alínea b, da CF/88.
(...)
II — desde a posse:
(...)
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no inciso
I, a;
Caso o parlamentar não se encontre ocupando o cargo, a incompatibilidade surge desde a diplomação,
operando essa quanto ao aceite ou início do exercício do cargo ou função.
Letra C - incorreta. Conforme o art. 54, inciso II, alínea a, da CF/88, trata-se de hipótese de incompatibilidade
do mandato parlamentar que se inicia com a posse.
(...)
II — desde a posse:
Letra D - correta. De acordo com o art. 54, inciso I, alínea a, da CF/88, já que os parlamentares não poderão
firmar ou manter contrato com diversas pessoas jurídicas enquanto se encontrarem no exercício do
mandato. Ao final da alínea faz uma ressalva importante sobre a possibilidade de contratação das citadas
pessoas jurídicas quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes.
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Assim, temos que a vedação à contratação entre o parlamentar e a Administração Direta, Indireta e
concessionárias de serviço público não é absoluta, cabendo a possibilidade de se contratar quando o
instrumento contratual não conceda qualquer diferença em relação aos contratos firmados com o público
em geral.
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o
contrato obedecer a cláusulas uniformes;
Letra E - incorreta. De acordo com o art. 54, inciso I, alínea d, da CF/99, a vedação a titulação de um ou mais
cargos ou mandatos públicos eletivos opera efeitos desde a posse. Portanto é possível que, após a expedição
do diploma alguém continue exercendo seu cargo público eletivo, devendo, contudo, desvincular-se de um
deles caso deseje tomar posse no novo cargo ao qual foi eleito.
(...)
II — desde a posse:
(...)
Gabarito: Letra D.
14) Considerando as disposições sobre perda de mandato político dos parlamentares, assinale a
alternativa que se encontra de acordo com o texto constitucional e a jurisprudência correlata:
a) O membro do Congresso Nacional que se investir no cargo de ministro de Estado fica desvinculado das
vedações e incompatibilidades inerentes ao estatuto constitucional do congressista.
b) O deputado ou senador perderá o mandato se faltar a quarta parte das sessões ordinárias realizadas pela
respectiva Casa Legislativa
c) Senador que tiver suspensos os direitos políticos perderá o mandato por ato declaratório da Mesa do
Senado Federal, de ofício ou mediante provocação de membro ou partido político com assento no Congresso
Nacional, assegurada a ampla defesa.
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e) A perda do mandato de deputado ou de senador que tenha agido de maneira incompatível com o decoro
parlamentar será decidida de ofício pela presidência da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.
Comentários
Letra A - incorreta. A assertiva contraria o entendimento do STF sobre o tema. Segundo a Corte, os
parlamentares devem observar o Estatuto dos Congressistas mesmo durante seu licenciamento do cargo.
Letra B- Incorreta. A assertiva está incorreta, pois, conforme o art. 55, III, da CF/88, o parlamentar só perderá
seu mandato quando deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte (1/3) das sessões
ordinárias da Casa a que pertencer.
(...)
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da
Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
Vale lembrar que, nesse caso, a perda é automática, sendo apenas declarada pela Mesa da Casa respectiva,
de ofício ou mediante provocação, de acordo com o art. 55, § 3º, da CF/88.
Art. 55, § 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa
respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político
representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
Letra C - correta. A perda do mandato será declarada exclusivamente pela Mesa da Casa respectiva,
dispensando o voto da maioria absoluta, nas hipóteses em que o Deputado ou Senador deixa de comparecer
em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou
missão por esta autorizada (art. 55, inciso III, CF/88); quando ocorrer a perda ou suspensão dos direitos
políticos (art. 55, inciso IV, CF/88); e quando decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na CF (art. 55,
inciso V, CF/88).
Deste modo, a alternativa reproduz corretamente a literalidade do art. 55, IV e § 3º, da CF/88:
3
. MS 25.579 MC, rel. p/ o ac. min. Joaquim Barbosa, j. 19-10-2005, P, DJ de 24-8-2007
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(...)
(...)
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva,
de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político
representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa."
Letra D - incorreta. A mera tramitação do processo é insuficiente para acarretar a perda do mandato
parlamentar, uma vez que no Brasil vigora a presunção de inocência, fazendo-se necessário o trânsito em
julgado para que o parlamentar seja considerado definitivamente culpado.
Assim, segundo estabelece o art. 55, inciso VI, da CF/88, a perda de mandato por processo criminal
dependerá do trânsito em julgado.
(...)
Letra E - incorreta. A perda do mandato parlamentar pode ocorrer de duas formas: cassação ou extinção.
A perda do mandato por cassação ocorre quando o parlamentar infringir qualquer das proibições
estabelecidas no art. 54 da CF/88 (incompatibilidades), agir com procedimento declarado incompatível com
o decoro parlamentar ou sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado, conforme o art.
55, incisos I, II e VI, da CF/88. Na perda do mandato por cassação, faz-se necessária a decisão da Casa
respectiva (Câmara dos Deputados ou Senado Federal) pela maioria absoluta dos votos.
Quanto a perda do mandato do parlamentar por meio da extinção, esta não dependerá da deliberação ou
decisão da casa que integra, mas de ato meramente declaratório da Mesa diretora, que será feito de ofício
ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso
Nacional, assegurada, ampla defesa.
As hipóteses de perda por extinção ocorrem quando o Deputado ou Senador deixa de comparecer em cada
sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por
esta autorizada, quando ocorrer a perda ou suspensão dos direitos políticos e quando decretar a Justiça
Eleitoral, nos casos previstos na CF, conforme o art. 55, incisos III a V, da CF/88.
Uma vez que o caso aborda a violação ao decoro parlamentar, temos que o voto da maioria absoluta da
Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal torna-se obrigatório, o que vai contra o afirmado na assertiva
e a torna incorreta.
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III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da
Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno,
o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de
vantagens indevidas.
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados
ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de
partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva,
de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político
representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
Gabarito: Letra C.
a) Ministro de Estado.
b) Governador de Território.
c) Secretário de Estado.
Comentários
O art. 56, inciso I, da CF/88 traz uma série de cargos que poderão ser exercidos concomitantemente ao
mandato parlamentar. São eles:
✔ Ministro de Estado.
✔ Governador de Território.
✔ Secretário de Estado, DF e Territórios
✔ Secretário de Prefeitura de Capital.
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Perceba que apenas o Governador do Território é que poderá manter seu cargo parlamentar. Em virtude da
ausência de autonomia dos Territórios, seus governadores serão indicados pelo Presidente da República e
serão sabatinados pelo Senado Federal, que é o responsável por aprová-los ao cargo.
Além do Governador de Território, é comum que as provas façam pegadinhas com as Prefeituras. O
parlamentar só poderá manter seu cargo caso seja investido como secretário de Prefeitura de Capital. Se
não for uma capital, o parlamentar ficará incompatível.
Para resolver a questão, é necessário saber que a manutenção do mandato parlamentar se dá em casos de
investidura como chefe de missão diplomática de caráter temporário, e não permanente como afirmado
pela assertiva E.
Gabarito: Letra D.
16) Considerando o disposto na Constituição Federal quanto as Reuniões do Poder Legislativo Federal,
assinale a assertiva correta:
b) Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual
foi convocado, sendo devida parcela indenizatória em razão da convocação extraordinária do parlamentar.
c) A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente da Câmara dos Deputados, e os demais
cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes no Senado Federal e na
Câmara dos Deputados.
e) Os membros das Mesas de cada Casa Legislativa são eleitos para mandato de 2 (dois) anos, sendo aceita
apenas uma recondução para o mesmo cargo.
Comentários
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Letra A - correta. A forma de pela qual ocorre a convocação para sessões extraordinárias do Congresso
Nacional se dá nos moldes do art. 57, §6º, da CF/88, existindo dois procedimentos: convocação com
aprovação da maioria absoluta de cada Casa Legislativa ou convocação realizada exclusivamente pelo
Presidente do Senado Federal.
Os casos de convocação com aprovação da maioria absoluta referem-se às situações de urgência ou interesse
público relevante, sendo legitimados para convocar a referida sessão o Presidente da República, o Presidente
do Senado Federal e o Presidente da Câmara dos Deputados em conjunto, e a maioria dos membros de
ambas as Casas Legislativa.
Vale lembrar que, em todos os casos citados, a aprovação da maioria absoluta de cada uma das casas será
necessária, ainda que a convocação venha da maioria dos membros de ambas as Casas.
Na alternativa em questão temos corretamente o procedimento do art. 57, §6º, inciso II, da CF/88, razão
pela qual esta assertiva é o gabarito. Veja:
(...)
Letra B - incorreta. Como regra geral, as sessões extraordinárias se limitam a matéria que foram convocadas,
sendo a exceção encontrada na inclusão automática das medidas provisórias em vigor na pauta.
A assertiva erra ao prever o pagamento de parcela indenizatória, uma vez que o art. 57, §7º, da CF/88 o veda
expressamente.
Art. 57, § 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre
a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o
pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.
Letra C - incorreta. Inverteu as autoridades. Conforme o art. 57, § 5º, da CF/88, a Mesa do Congresso Nacional
será presidida pelo Presidente do Senado Federal, sendo os demais cargos exercidos, alternadamente, por
ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Isso significa que se o Presidente do Congresso é o Presidente do Senado, o Vice Presidente será o vice da
Câmara dos Deputados e assim por diante.
Art. 57, § 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e
os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na
Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Letra D - incorreta. A forma pela qual se dá a convocação para sessões extraordinárias do Congresso Nacional
ocorrerá nos moldes do art. 57, § 6º, da CF/88, existindo dois procedimentos: convocação com aprovação
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da maioria absoluta de cada Casa Legislativa ou convocação realizada exclusivamente pelo Presidente do
Senado Federal.
A alternativa aborda a convocação realizada exclusivamente pelo Presidente do Senado Federal, que
ocorrerá nos casos de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização
para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da
República.
Uma vez que a alternativa afirma que se trata de um dos casos do art. 57, §6º, inciso I, da CF/88, a
convocação não dependerá de aprovação da maioria absoluta das Casas Legislativas, como afirmado, sendo,
na verdade, competência exclusiva do Presidente do Senado Federal.
Letra E - incorreta. A assertiva está incorreta, pois não se admite a recondução para o mesmo cargo como
afirmado. Por outro lado, está correto em afirmar que a eleição dos membros de cada Casa Legislativa será
para um mandato de dois anos.
O texto constitucional afirma no art. 57, § 4º, da CF/88, que a recondução não poderá ocorrer para o mesmo
cargo na eleição imediatamente subsequente. Sendo assim temos que, dentro de uma mesma legislatura (4
anos), um parlamentar não poderá ser eleito duas vezes para ser Presidente da sua Casa Legislativa, por
exemplo.
Art. 57, § 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro,
no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas,
para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição
imediatamente subsequente.
Gabarito: Letra A.
b) Na constituição das Comissões, deverá ser assegurada, tanto quanto possível, a representação
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares da respectiva Casa, regra que não se aplica à
constituição das respectivas Mesas, cujos cargos serão preenchidos por eleição dentre os parlamentares
integrantes da respectiva Comissão.
c) O desempenho das atividades das Comissões guarda consonância com a matéria de sua competência.
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d) Qualquer autoridade, exceto Ministros de Estado e cargos de mesmo status, pode prestar depoimento
por solicitação de Comissão.
e) O regimento interno da respectiva Casa não poderá conferir às Comissões Parlamentares de Inquérito
outros poderes além daqueles de investigação próprios das autoridades judiciais.
Comentários
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias,
constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que
resultar sua criação.
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário,
salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas
atribuições;
§ 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por
suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no
regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da
representação partidária.
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Assim:
Letra A - incorreta. Conforme o art. 58, caput, da CF/88, as atribuições das comissões permanentes e
temporárias estão previstas no regimento interno da respectiva Casa ou no ato de que resultar sua criação.
Letra B - incorreta. Conforme o art. 58, § 1º, da CF/88, a proporcionalidade de representação se aplica
também à constituição das Mesas, não somente das Comissões.
Letra C - correta. A assertiva está de acordo com o art. 58, § 2º, da CF/88.
Letra D - incorreta. O art. 58, inciso V, da CF/88 fala em “qualquer autoridade ou cidadão”, ou seja, Ministros
de Estado também podem.
Letra E - incorreta. De acordo com o art. 58, § 3º, da CF/88, o regimento interno pode prever outros poderes
além daqueles de investigação próprios das autoridades judiciais.
Gabarito: Letra C.
a) As Comissões Parlamentares de Inquérito constituem função de fiscalização por parte do Poder Legislativo
e podem julgar, acusar e promover responsabilidade dos investigados.
b) São requisitos para constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito o requerimento de um terço
dos membros da Casa Legislativa, a aprovação em plenário, a indicação de fato determinado a ser investigado
e a fixação de prazo certo para os trabalhos.
c) Os poderes de investigação das Comissões Parlamentares de Inquérito são próprios das autoridades
judiciais, porém há certas competências que são próprias e exclusivas do Poder Judiciário.
e) As Comissões Parlamentares de Inquérito podem determinar a quebra dos sigilos bancário e fiscal e a
interceptação telefônica do investigado.
Comentários
Letra A - incorreta. A assertiva acerta ao dizer que as CPIs exercem a típica função de fiscalização por parte
do Poder Legislativo. No entanto, as CPIs não julgam, não acusam e não promovem responsabilidade de
ninguém, o que torna a assertiva incorreta, mas sim, investigam fatos e, se for o caso, encaminham suas
conclusões para o Ministério Público para que este promova a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores.
Letra B - incorreta. Os requisitos para constituição de uma CPI estão previstos no art. 58, §3º, da CF/88 e são
os seguintes:
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a) requerimento de 1/3 dos membros da Casa Legislativa. A assertiva erra ao afirmar que um dos
requisitos para a constituição de uma CPI é a aprovação em plenário já que, na ADI 3619/SP, o STF
decidiu ser inconstitucional que se estabeleça o requerimento de criação de CPI à deliberação pelo
Plenário, sendo suficiente para a instauração da CPI o requerimento por 1/3 dos membros da Casa
Legislativa;
b) indicação de fato determinado a ser investigado: não se admite a criação de CPIs para investigações
genéricas; e
c) fixação de prazo certo para os trabalhos da CPI: o que não impede sucessivas prorrogações de seu
prazo na mesma legislatura, ou seja, o final da legislatura encerra todas as CPIs vigentes.
Letra C - correta. Apesar de a Constituição ter mencionado que as CPIs têm poderes de investigação, esses
realmente são limitados. O princípio da separação de poderes e o respeito aos direitos fundamentais obriga
que certas competências fiquem sujeitas à reserva de jurisdição, ou seja, exclusivas do Poder Judiciário, de
acordo como art. 58, § 3º, da CF/88:
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias,
constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que
resultar sua criação.
(...)
Para facilitar a revisão do tema, veja o resumo sobre o que as CPI's podem e o que não podem fazer:
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Letra D - incorreta. As CPIs possuem competência para convocar particulares e autoridades públicas para
depor. No entanto, membros do Poder Judiciário não estão obrigados a se apresentar perante a CPI para
prestar depoimento sobre sua função jurisdicional, a convocação deve ser feita pessoalmente (não pode ser
por via postal ou comunicação telefônica) e, uma vez convocadas, as testemunhas são obrigadas a
comparecer podendo inclusive, se cabível, ser requisitada força policial para realizar condução coercitiva. Já
os investigados não podem ser conduzidos coercitivamente.
Letra E - incorreta. As CPIs podem determinar a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do investigado,
mas não determinar a interceptação telefônica, o que torna a assertiva incorreta.
Gabarito: Letra C.
...
Forte abraço!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1
INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Processo Legislativo
Pronto para testar seu conhecimento?!
QUESTÕES INÉDITAS
1) A função típica de legislar foi concedida ao Poder Legislativo e por meio dela são produzidos os atos
normativos primários, tendo em vista essas normas e a disposições gerais acerca de seu processo
legislativo, assinale a assertiva correta a luz do texto constitucional e da jurisprudência relacionada:
c) Se uma lei que não se encontra dentre os casos de reserva de lei complementar vier a ser
aprovada como uma, tal escolha do legislador afetará o posterior processo legislativo de alteração
ou revogação das suas disposições, uma vez que esses deverão guardar simetria e serem realizados
mediante lei complementar.
d) Apenas os atos legislativos sujeitos a sanção presidencial são considerados como espécies com
elaboração condicionada ao processo legislativo.
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e) O processo legislativo não é uma cláusula pétrea do texto constitucional, podendo as suas regras
serem alteradas via emenda constitucional.
2) Dentre as opções abaixo, assinale aquela que tem o dever de obediência ao processo legislativo
do artigo 59 da CF/88 em sua elaboração:
a) decreto-lei.
b) regulamentos.
c) instrução normativa.
d) portarias.
e) resoluções.
d) os direitos sociais.
e) a soberania popular.
a) O presidente da República pretende extinguir o voto obrigatório para os cidadãos com idade
entre dezoito e setenta anos nas eleições, substituindo-o com a figura do o voto facultativo. Para
que isso seja possível, a implementação deverá ocorrer mediante emenda constitucional.
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que determinar o processamento de projeto de lei que viole manifestamente uma das cláusulas
pétreas da Constituição Federal.
c) O Presidente da República pode propor tanto projetos de lei ordinária quanto propostas de
emenda constitucional.
e) A forma federativa de Estado é uma cláusula pétrea, mas o mesmo não pode ser dito quanto à
forma de governo, que constitui princípio sensível da ordem federativa, sendo autorizada
intervenção federal no ente federado que a desrespeitar.
a) A iniciativa dos legitimados para iniciar o processo de reforma do poder constituinte derivado
não possui reserva temática.
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a) A medida provisória vigorará pelo prazo de 50 dias prorrogável por igual período, contados da
sua publicação, prazo este que não será suspenso durante o recesso parlamentar.
c) Projeto de lei complementar que visa a autorizar os Estados da Federação a legislarem sobre
questões específicas relativas à desapropriação de imóveis urbanos e rurais é apreciado pelas
Casas do Congresso Nacional, obtendo voto favorável à aprovação por 256 membros da Câmara
dos Deputados (que, atualmente, é formada por 513 deputados federais) e, depois seguiu para o
Senado, obtendo 42 votos favoráveis à sua aprovação. Nessa hipótese, o projeto de lei
complementar foi rejeitado pela Câmara dos Deputados, de maneira que sequer poderia ter sido
submetido à votação do Senado Federal.
d) A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas
provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais
de urgência e interesse público.
a) Nos casos de relevância e urgência, o chefe do Poder Executivo pode adotar medidas
provisórias, somente sendo possível o controle jurisdicional em casos excepcionais em que esteja
evidente a ausência de tais requisitos.
b) É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a planos plurianuais, diretrizes
orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvada a abertura de crédito
extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra,
comoção interna ou calamidade pública.
c) A deliberação sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o
atendimento de seus pressupostos constitucionais, cabendo à comissão mista de Deputados e
Senadores sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário
de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
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d) A aprovação da medida provisória pelo Congresso resulta em sua conversão integral em lei, que
será encaminhada para sanção do Presidente da República.
e) A medida provisória suspende a eficácia da norma anterior que lhe seja contrária, implicando
em restauração da norma suspensa a sua eventual não conversão em lei ou perda de eficácia por
decurso de prazo.
10) Considerando as disposições sobre o procedimento legislativo sumário, analise os itens abaixo:
II. A Câmara dos Deputados ou o Senado Federal não se manifestarem no prazo de 45 dias,
sucessivamente, trancar-se-á a pauta das deliberações legislativas da respectiva Casa, sendo
excetuado apenas os casos com prazo constitucional determinado.
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III. Os prazos de manifestação das Casas Legislativas não são interrompidos durante o recesso e
são igualmente válidos caso se trate de projeto de elaboração de código.
IV. Ao se manifestarem as Casas Legislativas poderão apresentar emendas, cabendo a Câmara dos
Deputados a apreciação das emendas do Senado Federal no prazo de dez dias.
a) II e III.
b) I, III e IV.
c) I, II e IV.
d) I e III.
e) II e IV.
II. Os órgãos responsáveis por realizar o procedimento legislativo abreviado são as comissões das
Casas Legislativas, seja da Câmara ou do Senado.
III. Para que uma Comissão não possa apreciar ou votar um projeto de lei mediante procedimento
abreviado, é necessário que um décimo dos membros das duas Casas Legislativas Federais decida
que este deve ser submetido ao plenário da Casa a qual a Comissão está vinculada.
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I, II e IV.
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d) II e IV.
e) I e III.
a) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta de mais da metade das Assembleias
Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de
seus membros, ou ainda de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do
Senado Federal.
b) Embora não esteja prevista de forma expressa, constitui limitação material ao poder de reforma
o próprio procedimento de reforma previsto na Constituição Federal.
I. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto
de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por
cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
II. São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que fixem ou modifiquem os
efetivos das Forças Armadas.
III. É vedada a reedição, na mesma legislatura, de medida provisória que tenha perdido sua eficácia
por decurso de prazo.
IV. Se, caso o Presidente da República tenha solicitado urgência para a apreciação de projeto de
lei de sua iniciativa, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre a
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proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as
demais deliberações legislativas da respectiva Casa, sem exceção, até que se ultime a votação.
(A) II.
(B) II e IV.
(C) I e II.
(D) IV.
(E) I e IV.
b) A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe, dentre outros, a qualquer membro ou
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente
da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da
República e aos cidadãos.
d) São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham sobre matéria
tributária e orçamentária.
a) Pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por,
no mínimo, um por cento da população nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com
não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
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b) Pode versar sobre qualquer matéria que não possua iniciativa reservada, observadas as regras
constitucionais.
a) Os projetos de lei apresentados por deputado federal, comissão da Câmara dos Deputados,
Presidente da República, STF, Tribunais Superiores, Procurador Geral da República ou cidadãos
são apreciados inicialmente pela Câmara dos Deputados.
c) O projeto de lei aprovado na Casa iniciadora é encaminhado à Casa revisora, que, se o aprovar
sem emendas, deverá encaminhá-lo para sanção ou veto e promulgação pelo Presidente da
República.
d) A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de
qualquer das Casas do Congresso Nacional.
a) As emendas só podem ser apresentadas nos casos em que não se trate de projetos de iniciativa
reservada ou privativa.
c) A sanção do Presidente da República sobre o projeto de lei é ato unilateral, porém revogável, e
aplica-se a projetos de lei ordinária e de lei complementar, mas não a emendas constitucionais.
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d) O Presidente da República possui o prazo de quinze dias úteis, contados do recebimento, para
sancionar expressamente ou vetar o projeto de lei. A omissão implicará na rejeição tácita do
projeto.
e) O veto pode ser político, se o Presidente da República considerar o projeto contrário ao interesse
público, ou jurídico, caso o Presidente da República considere o projeto inconstitucional, hipótese
em que caberá o controle judicial sobre seu mérito.
I - Um dispositivo do Código Penal sobre inquérito policial não pode ser alterado por medida
provisória.
II - A edição de lei complementar é realizada mediante processo legislativo ordinário, contudo essa
espécie normativa detém quórum especial para aprovação, devendo ser aprovada mediante
maioria absoluta.
III - Se um projeto de lei complementar for rejeitado, a sua matéria somente poderá ser objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta de 2/3 dos membros de ambas as
Casas do Congresso Nacional.
IV - Leis complementares não são consideradas inconstitucionais pelo fato de veicularem matéria
reservada a leis ordinárias.
19) Considerando as regras de processo legislativo tidas como de reprodução obrigatória pelos
Estados e Municípios, analise os itens abaixo:
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Item III - Em função do princípio da simetria, a iniciativa legislativa para deflagrar o processo de
reforma da Constituição estadual deve seguir o modelo previsto na Constituição Federal de 1988.
Por essa razão, a Constituição estadual não pode prever a iniciativa popular para apresentação de
proposta de emenda constitucional.
Item IV - Um estado federado pode, no texto de sua constituição estadual, atribuir ao Poder
Legislativo estadual a competência para dar início ao processo legislativo das leis que disciplinem
a carreira das diversas categorias de servidores públicos do referido estado.
Assinale a alternativa que contém apenas itens incorretos a luz do que foi estabelecido pela
Constituição Federal e sua jurisprudência correlata:
a) II e III.
b) I e IV
d) I e II.
e) I, III e IV.
e) Qualquer cidadão.
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Mutação constitucional
a) mutação constitucional.
c) reforma constitucional.
e) revisão constitucional.
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GABARITO
1. E 2. E 3. A 4. E 5. A
6. A 7. C 8. D 9. B 10. E
21. D 22. A
QUESTÕES COMENTADAS
1) A função típica de legislar foi concedida ao Poder Legislativo e por meio dela são produzidos os atos
normativos primários, tendo em vista essas normas e a disposições gerais acerca de seu processo
legislativo, assinale a assertiva correta a luz do texto constitucional e da jurisprudência relacionada:
c) Se uma lei que não se encontra dentre os casos de reserva de lei complementar vier a ser
aprovada como uma, tal escolha do legislador afetará o posterior processo legislativo de alteração
ou revogação das suas disposições, uma vez que esses deverão guardar simetria e serem realizados
mediante lei complementar.
d) Apenas os atos legislativos sujeitos a sanção presidencial são considerados como espécies com
elaboração condicionada ao processo legislativo.
e) O processo legislativo não é uma cláusula pétrea do texto constitucional, podendo as suas regras
serem alteradas via emenda constitucional.
Comentários
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Letra A – incorreta. O processo legislativo, disposto no artigo 59 da CF/88, prevê diversas normas
primárias e não faz menção a sua utilização para elaboração de normas secundárias, razão pela
qual as resoluções administrativas dos tribunais e os decretos regulamentares do Executivo não se
sujeitam a este processo de elaboração previsto pela CF/88, o que torna a assertiva incorreta.
Tal fato decorre exatamente da natureza administrativas que tais normas secundárias detêm, uma
vez que buscam a mera regulamentação/complementação das normas primárias previstas no artigo
supracitado. Relembre as hipóteses de normas primárias previstas pela CF:
I — emendas à Constituição;
II — leis complementares;
IV — leis delegadas;
V — medidas provisórias;
VI — decretos legislativos;
VII — resoluções.
Letra B – incorreta. O processo legislativo ordinário pode ser dividido em três fases: fase
introdutória, fase constitutiva e fase complementar.
Após a iniciativa, temos o início da segunda etapa que é conhecida como fase constitutiva. Aqui,
temos as atividades de deliberação sobre o projeto de lei, votação do projeto e manifestação do
Chefe do Executivo através da sanção ou veto. Vale lembrar que ainda é possível uma quarta etapa
desta fase com a apreciação do veto presidencial pelo Poder Legislativo, a fim de discutir sobre a
sua manutenção ou derrubada.
Por fim, a fase complementar abrange a etapa promulgação e a publicação da lei, inserindo-a no
ordenamento jurídico.
Uma vez analisada as etapas, nota-se que a sanção é o ato que encerra a fase constitutiva. Portanto,
ela figura como etapa indispensável ao processo legislativo, sendo incorreto afirmar que a ausência
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Uma vez aprovada nesses moldes, a lei complementar só poderá ser alterada ou revogada por
outra lei complementar, devendo ser resguardada a simetria entre o seu processo de elaboração
e de extinção.
Por outro aspecto, temos ainda uma segunda possibilidade onde a matéria não se encontra dentre
as reservadas pela Constituição como tema objeto de lei complementar, mas vem a ser aprovada
pelo quórum de maioria absoluta, fazendo nascer a possibilidade de uma lei formalmente
complementar e materialmente ordinária.
Nesse caso, que foi justamente o abordado pela assertiva, a sua alteração ou revogação poderá
ser realizado tanto por de lei ordinária como por lei complementar, uma vez que a lei em questão
não depende do procedimento qualificado de maioria absoluta para sua promulgação. Dito isso,
a assertiva está incorreta, pois a citada lei não ficaria limitada aos moldes das leis complementares.
Resumidamente, temos o seguinte:
Letra D - incorreta. O fato de uma norma depender ou não de sanção presidencial não figura como
requisito indispensável para compor o rol de espécies normativas sujeitas ao processo legislativo,
fato que pode ser constatado ao verificarmos que a sanção não é uma etapa essencial de todas as
espécies sujeitas do processo legislativo.
I — emendas à Constituição;
Letra E – correta. O processo legislativo é um dos núcleos do regime constitucional. O art. 64, §4º,
da CF/88 não o elegeu como cláusula pétrea da Constituição e, por isso, suas regras realmente
poderão ser alteradas por meio de emenda constitucional, sendo um exemplo a alteração ocorrida
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no regime jurídico das medidas provisórias, que foi alterado pela emenda constitucional nº
32/2001.
Vale lembrar que, embora o processo legislativo tenha seu regramento sujeito a alterações, estas
não poderão ocorrer quanto ao processo de elaboração das emendas constitucionais, posto que
seu procedimento se enquadra em uma das limitações materiais implícitas ao poder constituinte
derivado.
Gabarito: Letra E
2) Dentre as opções abaixo, assinale aquela que tem o dever de obediência ao processo legislativo
do artigo 59 da CF/88 em sua elaboração:
a) decreto-lei.
b) regulamentos.
c) instrução normativa.
d) portarias.
e) resoluções.
Comentários
I — emendas à Constituição;
II — leis complementares;
IV — leis delegadas;
V — medidas provisórias;
VI — decretos legislativos;
VII — resoluções
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Dentre as assertivas, a única que encontra correspondência com o rol de normas sujeitas ao
processo legislativo do art. 59 da CF/88 é a resolução, prevista no inciso VII do dispositivo citado.
Perceba que a assertiva A menciona o Decreto-Lei. Contudo, essa espécie normativa já não
encontra mais previsão na atual Constituição, tendo sido substituído pelas Medidas Provisórias.
Vale lembrar que ainda temos Decretos-Lei vigentes em nosso ordenamento, sendo que a vedação
à espécie reside apenas na possibilidade de criação de novos dispositivos em seus moldes.
Quanto as assertivas B, C e D, temos em todos os casos normas secundárias, que são aquelas que
visam apenas complementar as disposições das normas primárias, sem inovar no ordenamento
jurídico.
Gabarito: Letra E.
d) os direitos sociais.
e) a soberania popular.
Comentários
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
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Letra A - correta. Trata da separação dos Poderes, é a única que apresenta hipótese de cláusula
pétrea prevista expressamente na CF/88.
Gabarito: Letra A.
a) O presidente da República pretende extinguir o voto obrigatório para os cidadãos com idade
entre dezoito e setenta anos nas eleições, substituindo-o com a figura do o voto facultativo. Para
que isso seja possível, a implementação deverá ocorrer mediante emenda constitucional.
c) O Presidente da República pode propor tanto projetos de lei ordinária quanto propostas de
emenda constitucional.
e) A forma federativa de Estado é uma cláusula pétrea, mas o mesmo não pode ser dito quanto à
forma de governo, que constitui princípio sensível da ordem federativa, sendo autorizada
intervenção federal no ente federado que a desrespeitar.
Comentários
Letra A – correta. O texto constitucional prevê em seu art. 60, §4º, inciso II, da CF/88 as cláusulas
pétreas sobre o voto. Segundo o dispositivo, não será admitida emenda tendente a abolir o voto
direto, secreto, universal e periódico. Cabe destacar que em momento algum o artigo supracitado
menciona a obrigatoriedade, sendo que tal característica do voto só foi mencionada no art. 14, §
1º, inciso I, da CF/88.
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Deste modo, a assertiva está correta ao veicular a possibilidade de substituição do voto obrigatório
pelo voto facultativo vez que, por não se encontrar tal característica sob a proteção das cláusulas
pétreas, torna-se realmente possível a sua alteração mediante emenda constitucional, sendo o
Presidente da República legitimado para sua iniciativa.
(...)
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
(...)
O citado controle é realizado pela via judicial e visa proteger o direito líquido e certo do
parlamentar de não se ver constrangido a atuar em desacordo com o devido processo legislativo,
tendo que se manifestar e votar projetos evidentemente vedados pelo ordenamento. Veja o
julgado do STF que versa sobre esta possibilidade:
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compatíveis com o texto constitucional [...] (MS 32.033/DF, red. p/ o acórdão Min. Teori
Zavascki, 20.06.2013)”
Ainda segundo o STF, tal controle torna-se possível nas hipóteses de violação de normas
constitucionais em seus aspectos formais e procedimentais, sendo verificada a possibilidade de
impetração do mandado de segurança parlamentar em dois casos:
No tocante a proposta de emenda constitucional, lembre-se que a vedação das cláusulas pétreas
atinge diretamente a tramitação da emenda, sendo este o fundamento que garante o controle
preventivo das PEC's que violam cláusulas pétreas.
Art. 60, §4º. Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
(...)
II - do Presidente da República;
(...)
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional,
ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao
Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
Vale lembrar que o Presidente pode apresentar Proposta de Emenda à Constituição sobre qualquer
tema, mas, no tocante aos projetos de lei, deverá observar as normas de competência acerca do
legitimado para dar iniciativa a cada projeto. Por exemplo, o projeto de lei sobre organização do
Congresso Nacional compete ao Congresso Nacional e não ao Presidente da República.
Letra D - incorreta. Contrariou diretamente a literalidade do art. 60, §3º, da CF/88. Isso porque as
emendas à Constituição não são promulgadas pelo Presidente da República, mas sim pelas Mesas
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, de acordo com o art. 60, § 3º, da CF/88:
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Art. 60, § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
Letra E – correta. Antes de explicar a alternativa, vamos recapitular conceitos importantes acerca
da República Federativa do Brasil:
A forma federativa de Estado, de fato, foi elencada pelo art. 60, §4º, inciso I, da CF/88 como
cláusula pétrea constituindo, portanto, um limite material explícito ao poder de reforma
constitucional.
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
Por outro lado, temos que a forma republicana de governo realmente não se encontra no rol do
art. 60, § 4º, da CF/88, figurando apenas dentre os princípios constitucionais sensíveis do art. 34,
inciso VII, alínea a, da CF/88, os quais, de fato, autorizam a intervenção federal da União em caso
de descumprimento.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
(...)
Dito isso, a alternativa está correta vez que a Forma de Estado constitui uma cláusula pétrea,
enquanto a Forma de Governo é um princípio sensível.
Gabarito: Letra E.
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Comentários
Letra A - correta. A alteração do texto constitucional está sujeita a uma série de limitações,
podendo ser circunstanciais, temporais, formais e materiais.
O caso mencionado pela alternativa trata das limitações circunstanciais, que se verificam quando
a Constituição estabelece que em certos momentos de instabilidade política do Estado seu texto
não poderá ser modificado. São circunstâncias extraordinárias previstas no art. 60, §1º, da CF/88,
que impedem a modificação da Constituição, sendo elas: estado de sítio, estado de defesa e
intervenção federal.
Durante a ocorrência de qualquer das três situações, têm-se a vedação à promulgação das
emendas constitucionais. Portanto, lembre-se que as propostas, discussões e votações de emenda
à Constituição continuam sendo admitidas.
Letra B - incorreta. Como já dito na assertiva anterior, a alteração do texto constitucional está sujeita
a uma série de limitações, podendo ser circunstanciais, temporais, formais e materiais.
As limitações temporais, caso mencionado pela alternativa, ocorrem quando o Poder Constituinte
Originário estabelece um prazo durante o qual a Constituição será imutável, sendo vedada
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qualquer tipo de modificação em seu texto. Essa limitação reside apenas na teoria, uma vez que
no ordenamento brasileiro não há hipóteses de limitação temporal, podendo a CF/88 ser alterada
desde a sua vigência.
Uma vez que não há previsão sobre as limitações temporais, podemos considerar a assertiva como
incorreta. Contudo, destaco as hipóteses do Estado de Defesa e Estado de Sítio, uma vez que a
questão tenta confundir os conceitos.
Lembre-se que a Intervenção Federal, Estado de Defesa e Estado de Sítio são hipóteses de
limitação circunstancial ao poder constituinte derivado, tal qual previsto no art. 60, §1º, da CF/88.
Letra C - incorreta. O art. 60, § 5º, da CF/88, traz uma regra conhecida como irrepetibilidade
absoluta: trata-se da vedação à reapresentação, na mesma sessão legislativa, de matéria constante
de uma proposta de emenda que foi rejeitada/prejudicada.
A alternativa em questão pode gerar confusão, pois o artigo fala em "matéria" e a alternativa
menciona as limitações materiais, o que certamente é uma "pegadinha" e torna a assertiva
incorreta. Na verdade, a irrepetibilidade absoluta figura como limitação formal ao processo de
reforma constitucional, vez que detém natureza processual e decorre da rigidez constitucional,
sendo notadamente uma regra que visa dificultar a modificação do texto constitucional.
As limitações formais são aquelas previstas no artigo 60, incisos I ao III, e §§ 2º, 3º e 5º, da CF/88,
veja:
II — do Presidente da República;
(...)
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(...)
Letra D - incorreta. Dentre as diversas limitações ao poder constituinte derivado, temos no art. 60,
§4º, da CF/88 as chamadas cláusulas pétreas, que são um núcleo essencial da Constituição que foi
protegido pelo poder constituinte originário contra qualquer supressão por parte do poder
constituinte derivado. Veja a redação:
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
Note que o § 4º estabelece quais matérias não poderão ser abolidas por meio de emenda,
característica que torna evidente a sua classificação como limitação material ao poder constituinte
derivado, e não como mera limitação formal como afirma a alternativa.
Além disso, temos que as limitações materiais são divididas em expressas e implícitas, sendo as
cláusulas pétreas o exemplo de limitação material expressa da CF/88.
Letra E - incorreta. Não há no texto constitucional uma previsão expressa sobre a titularidade do
Poder Constituinte Originário ou Derivado. Na realidade, entende-se que seu titular é o povo e
somente a ele cabe decidir sobre a conveniência e oportunidade de uma nova Constituição, razão
pela qual qualquer disposição do gênero torna-se descabida.
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Por não haver disposição expressa, embora figure como limitação material, entende-se que a
titularidade do poder constituinte é uma das limitações implícitas ao poder de reforma da
Constituição Federal, e não uma limitação expressa como afirmado pela assertiva.
Para finalizar a análise das limitações, deixo o esquema abaixo como forma de resumi-las:
•Intervenção Federal
Limitação circunstancial •Estado de Defesa
•Estado de Sítio
Gabarito: Letra A.
a) A iniciativa dos legitimados para iniciar o processo de reforma do poder constituinte derivado
não possui reserva temática.
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Letra A - correta. O art. 60, da CF/88, prevê em seus incisos quais são os legitimados para
propositura de projeto de emenda constitucional. Contudo, as emendas constitucionais possuem
importante diferença em relação às leis em sua etapa de propositura/iniciativa: as emendas não
possuem iniciativa reservada, o que torna a assertiva correta.
O fato de as emendas não possuírem iniciativa reservada significa que todos os seus legitimados
podem apresentar PEC's sobre qualquer matéria não vedada pela CF/88, não havendo que se falar
em competência privativa do Presidente ou outro legitimado para propor uma PEC sobre
determinado tema.
Tal situação é diferente da que ocorre com os projetos de lei, que possuem diversos legitimados
com iniciativa reservada, que nada mais é do que a atribuição, pela Constituição Federal, de certas
competências para certos órgãos ou autoridades versarem de forma privativa sobre um
determinado tema. É o que ocorre, por exemplo, com a organização das Casas Legislativas, onde
cada uma ficará responsável por elaborar o projeto para dispor sobre sua própria organização,
sendo vedada a tentativa de uma Casa apresentar propostas de competência da outra.
II — do Presidente da República;
Perceba que a mutação constitucional não tem nada a ver com poder constituinte derivado
reformador, que é o poder de modificar o texto atual das constituições através de um
procedimento específico definido na própria Constituição, o que torna a assertiva incorreta.
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José Afonso da Silva: "consiste num processo não formal de mudanças das
Constituições rígidas, por via da tradição, dos costumes, de alterações empíricas e
sociológicas, pela intepretação judicial (...)”1.
Trata-se de uma teoria não aceita no ordenamento brasileiro, uma vez que aqui o advento de uma
nova Constituição promove a revogação de todas as normas da Constituição anterior, não havendo
qualquer rebaixamento ou recepção delas. Desta forma, a assertiva está incorreta.
Vale lembrar que a recepção é um instituto admitido unicamente com normas infraconstitucionais,
bastando que essas sejam apenas materialmente compatíveis com a nova Constituição.
Letra D - incorreta. Dentre as várias características do poder constituinte originário, temos o caráter
permanente como o responsável por manter a expressão da vontade suprema do povo, social e
juridicamente organizado, razão pela qual se entende que o poder constituinte originário não se
esgota, ele apenas permanece em baixa latência até o momento em que precise ser novamente
utilizado.
Deste modo, a assertiva está incorreta, pois contraria o caráter permanente do poder constituinte
originário.
Uma vez que o poder originário classifica-se como ilimitado, é incorreto afirmar que esse deve
qualquer obediência à normas procedimentais anteriores a ele sendo, inclusive, importante lembrar
que a CF/88 sequer faz menção ao poder constituinte originário em seu texto, fato que decorre
justamente da característica ilimitada que este possui. Para finalizar, veja o resumo abaixo:
1
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo, 33. ed. atual. São Paulo: Malheiros, 2010, p. 61-62.
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✔ Autônomo: Tem liberdade para definir seus conteúdos, não está vinculado.
Gabarito: Letra A.
a) A medida provisória vigorará pelo prazo de 50 dias prorrogável por igual período, contados da
sua publicação, prazo este que não será suspenso durante o recesso parlamentar.
c) Projeto de lei complementar que visa a autorizar os Estados da Federação a legislarem sobre
questões específicas relativas à desapropriação de imóveis urbanos e rurais é apreciado pelas
Casas do Congresso Nacional, obtendo voto favorável à aprovação por 256 membros da Câmara
dos Deputados (que, atualmente, é formada por 513 deputados federais) e, depois seguiu para o
Senado, obtendo 42 votos favoráveis à sua aprovação. Nessa hipótese, o projeto de lei
complementar foi rejeitado pela Câmara dos Deputados, de maneira que sequer poderia ter sido
submetido à votação do Senado Federal.
d) A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas
provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais
de urgência e interesse público.
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Letra A - incorreta. Conforme art. 62, §§ 3º, 4º e 7º, da CF/88, o prazo é de 60 dias, prorrogáveis
por igual período e, além disso, é suspenso no recesso do Congresso Nacional.
(...)
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória
que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação
encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.
Letra B - incorreta. Conforme art. 62, § 1º, I, “a”, da CF/88, “cidadania” está no rol de matérias
vedadas de serem tratadas por medida provisória.
I – relativa a:
Letra C - correta. De acordo com o art. 69 da CF/88, as leis complementares exigem maioria
absoluta dos votos dos membros de cada Casa do Congresso Nacional para serem aprovadas.
Como a Câmara dos Deputados é formada por 513 deputados federais, são necessários 257 votos
para atingir o quórum de votação capaz de aprovar uma Lei Complementar na Câmara dos
Deputados. Logo, como só foram atingidos 256 votos na Câmara o projeto foi, na verdade,
rejeitado e deveria ter sido arquivado, não enviado ao Senado Federal.
Letra D - incorreta. Conforme o art. 62, § 5º, da CF/88, cada Casa deve realizar um juízo prévio
acerca dos pressupostos constitucionais da MP, mas pressupostos são “urgência” e “relevância”,
não “interesse público”, consoante art. 62, caput, da CF/88, o que torna a assertiva incorreta.
(...)
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§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das
medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus
pressupostos constitucionais.
Letra E - incorreta. Conforme o art. 60, § 3º, da CF/88, as emendas constitucionais aprovadas são
promulgadas pelas Mesas do Senado Federa E da Câmara dos Deputados.
Art. 60, § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
Gabarito: Letra C.
a) Nos casos de relevância e urgência, o chefe do Poder Executivo pode adotar medidas
provisórias, somente sendo possível o controle jurisdicional em casos excepcionais em que esteja
evidente a ausência de tais requisitos.
b) É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a planos plurianuais, diretrizes
orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvada a abertura de crédito
extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra,
comoção interna ou calamidade pública.
c) A deliberação sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o
atendimento de seus pressupostos constitucionais, cabendo à comissão mista de Deputados e
Senadores sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário
de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
d) A aprovação da medida provisória pelo Congresso resulta em sua conversão integral em lei, que
será encaminhada para sanção do Presidente da República.
e) A medida provisória suspende a eficácia da norma anterior que lhe seja contrária, implicando
em restauração da norma suspensa a sua eventual não conversão em lei ou perda de eficácia por
decurso de prazo.
Comentários
Letra A - correta. Somente o chefe do Poder Executivo pode adotar medidas provisórias. Os
pressupostos para a adoção de MPs são a relevância e a urgência, de acordo com o art. 62, caput,
da CF/88. Tais pressupostos, no entanto, são conceitos jurídicos indeterminados, estando inseridos
na esfera de discricionariedade administrativa, somente sendo possível o controle jurisdicional em
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casos excepcionais em que esteja evidente a ausência de tais requisitos, conforme decidido pelo
STF na ADI 4029.
Letra B - correta. As matérias que não podem ser tratadas por MP constam do art. 62, § 1º, incisos
I a IV, da CF/88. MUITA ATENÇÃO à exceção prevista na alínea “d”, do inciso I.
I – relativa a:
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender
a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna
ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
Letra C - correta. De acordo com o art. 62, caput, da CF/88, ao ser adotada, a MP deverá ser
submetida imediatamente ao Congresso Nacional. No Congresso, uma Comissão Mista examinará
a MP e sobre ela emitirá parecer, antes de serem apreciadas em cada Casa do Congresso. Após o
parecer da Comissão Mista, a MP é apreciada em sessão separada pelo plenário de cada Casa do
Congresso, começando pela Câmara dos Deputados. Cada Casa, antes de deliberar sobre o mérito
da MP, deve fazer juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais,
conforme o art.62, §§ 5º, 8º e 9º, da CF/88:
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Art. 62, § 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o
mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus
pressupostos constitucionais.
(...)
Letra D - incorreta. A apreciação das MPs pelo Congresso pode resultar em:
i) aprovação da MP, com a sua consequente conversão integral em lei, que será promulgada
pelo Presidente do Senado. Neste caso, não há sanção ou veto do Presidente da República.
Art. 62, § 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida
provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado
o projeto.
iii) rejeição da MP: o Congresso deverá disciplinar, por decreto legislativo, as relações
jurídicas decorrentes da MP, conforme o art. 62, § 3º, da CF/88. Se assim não o fizer, no
prazo de 60 (sessenta) dias da rejeição da MP, as relações jurídicas constituídas e
decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas,
conforme o art. 62, § 11, da CF/88. Além disso, no caso de rejeição, fica vedada a reedição
da MP, na mesma sessão legislativa, de acordo com o art. 62, § 10, da CF/88.
(...)
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§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha
sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a
rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e
decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
iv) perda de eficácia da MP por decurso de prazo: essa situação ocorre quando o Congresso
Nacional não aprecia a MP no prazo de 60 (sessenta) dias contados da sua publicação,
prorrogáveis por igual período, de acordo com o art. 62, §§ 3º, 4º e 7º, da CF/88. Tais prazos
não correm durante o recesso do Congresso (CF, art. 62, § 4º) e, mencionada prorrogação
é única e automática, não necessitando de qualquer ato adicional do Presidente da
República.
(...)
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória
que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação
encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.
A perda de eficácia se dá desde a edição da MP (ex tunc), devendo o Congresso disciplinar por
decreto legislativo, as relações jurídicas decorrentes da MP, de acordo com o art. 62, § 3º, da
CF/88. Se assim não o fizer, no prazo de 60 (sessenta) dias da perda de eficácia da MP, as relações
jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por
ela regidas, conforme o art. 62, § 11, da CF/88.
Além disso, no caso de perda de eficácia por decurso de prazo, fica vedada a reedição da MP, na
mesma sessão legislativa, de acordo com o art. 62, § 10, da CF/88.
Letra E - Correta. A assertiva trata corretamente do efeito repristinatório oriundo da não conversão
em lei ou da perda de eficácia por decurso de prazo por parte da medida provisória. Vamos
aproveitar para relembrar alguns pontos:
a) Se a MP não for apreciada em até 45 (quarenta e cinco) dias contados de sua publicação,
entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso,
trancando a pauta da Casa em que estiver tramitando, conforme o art. 62, § 6º, da CF/88.
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Gabarito: Letra D.
Comentários.
As leis delegadas são normas primárias elaboradas pelo Presidente da República no exercício da
função atípica legislativa, sendo seu procedimento composto pelas seguintes etapas:
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Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá
solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
(...)
Por ser a delegação um ato discricionário do Congresso Nacional, esta poderá ser revogada a
qualquer tempo. Além disso, é igualmente correto afirmar que o Presidente da República tem a
faculdade de editar ou não a lei delegada, ele pode mudar de ideia e não editar a lei, pois é uma
decisão discricionária.
Quanto aos temas da delegação, a Constituição Federal optou por afirmar o que não poderá ser
delegado, concedendo o caráter residual às matérias objeto de lei delegada. Veja o esquema
abaixo que apresenta as matérias que não serão objeto de lei delegada:
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Letra A - incorreta. A assertiva acerta quanto ao uso da resolução do Congresso Nacional como
instrumento de delegação. Contudo, o tema objeto de delegação encontra-se vedado pelo artigo
68, § 1º c/c art. 68, § 1º, inciso III, da CF/88.
Art. 68 As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá
solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
O texto do art. 68, § 1º, veda a delegação de atos de competência privativa do Senado Federal, o
que já torna a assertiva incorreta, vez que, segundo o art. 52, inciso VIII, da CF/88, a disposição
sobre os limites para concessão de garantia da União em operações de crédito é de competência
do Senado.
Além disso, é possível constatar um segundo erro na assertiva envolvendo a delegação para
elaboração de legislação sobre diretrizes orçamentárias, fato que é terminantemente vedado pelo
art. 68, §1º, inciso III, da CF/88.
(...)
Letra B - correta. A assertiva acerta quanto ao uso da resolução do Congresso Nacional como
instrumento de delegação e elenca dois objetos de delegação que não foram vedados pelo texto
constitucional, sendo temas que não estão sujeitos a lei complementar e nem figuram como
privativos ou exclusivos das Casas Legislativas:
(...)
V — serviço postal;
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(...)
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá
solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
(...)
Letra D - incorreta. A assertiva acerta quanto ao uso da resolução do Congresso Nacional como
instrumento de delegação. Contudo, a assertiva está incorreta ao versar sobre tema que já foi
objeto de vedação pela jurisprudência do STF. Segundo a Corte, a delegação legislativa não pode
ocorrer em casos de concessão de benefícios fiscais, posto que tais instrumentos de benesse em
matéria tributária só podem ser deferidos mediante lei específica. Abaixo, segue o julgado sobre
o tema:
2
ADI 1.296/PE, rel. min. Celso de Mello. [ADI 1.247 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 17-8-1995, P, DJ de 8-9-1995.] = ADI
2.688, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 1º-6-2011, P, DJE de 26-8-2011
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Segundo o art. 49, inciso XVI, da CF/88, a autorização para a exploração de recursos hídricos e
minerais é classificada como ato de competência exclusiva do Congresso Nacional, razão pela qual
a alternativa se equivoca ao delegá-lo ao Presidente da República, posto que tal possibilidade é
vedada.
(...)
(...)
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá
solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
Gabarito: Letra B.
10) Considerando as disposições sobre o procedimento legislativo sumário, analise os itens abaixo:
II. A Câmara dos Deputados ou o Senado Federal não se manifestarem no prazo de 45 dias,
sucessivamente, trancar-se-á a pauta das deliberações legislativas da respectiva Casa, sendo
excetuado apenas os casos com prazo constitucional determinado.
III. Os prazos de manifestação das Casas Legislativas não são interrompidos durante o recesso e
são igualmente válidos caso se trate de projeto de elaboração de código.
IV. Ao se manifestarem as Casas Legislativas poderão apresentar emendas, cabendo a Câmara dos
Deputados a apreciação das emendas do Senado Federal no prazo de dez dias.
a) II e III.
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b) I, III e IV.
c) I, II e IV.
d) I e III.
e) II e IV.
Comentários
O procedimento legislativo sumário é aquele em que há uma tramitação mais célere de um projeto
de lei nas Casas Legislativas, rito este que pode ser realizado nos projetos de lei propostos do
Presidente da República e dependerá da solicitação de urgência de sua parte.
A previsão constitucional desse procedimento se encontra no art. 64, §§ 1º, 2º, 3º e 4º, da CF/88,
do qual podemos extrair a seguinte ordem cronológica:
1. Presidente solicita urgência na apreciação de projetos que ele apresentou. (o projeto pode
ser de iniciativa privativa ou não);
2. A Câmara dos Deputados tem 45 dias para se manifestar e apresentar suas emendas. Após
o prazo, envia para o Senado Federal;
3. O Senado Federal tem 45 dias para se manifestar sobre o projeto e as emendas da Câmara
dos Deputados, bem como para apresentar suas emendas. Após o prazo, devolve para a
Câmara ou envia para sanção/veto presidencial (caso não possua emendas dos senadores);
4. Se o Senado apresentou emendas, a Câmara dos Deputados terá 10 dias para apreciá-las e
em seguida enviará para sanção/veto presidencial; e
5. O Presidente analisa quanto à sanção ou veto, promulga e publica a lei.
Além da ordem acima, há de se ressaltar que o § 4º do artigo supracitado possui duas vedações
importantes: o prazo de 45 dias para apreciação de cada Casa Legislativa não corre durante o
recesso e a vedação à utilização do procedimento legislativo sumário na apreciação de projetos
de código.
Por fim, vale ressaltar que o art. 64, § 2º, da CF/88, prevê uma consequência para a Casa Legislativa
que não realize a apreciação no prazo de 45 dias: o descumprimento da citada regra paralisará a
pauta legislativa, impedindo a deliberação de outros projetos enquanto não encaminhado o
processo de lei em rito sumário à próxima etapa do processo legislativo.
Quanto a essa regra do sobrestamento das deliberações, peço a sua atenção para a exceção do
final do parágrafo: os projetos que estejam tramitando na Casa Legislativa com prazo constitucional
determinado não serão paralisados.
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Item II - correto. O prazo para a Câmara dos Deputados e o Senado Federal se manifestarem é de
45 dias, que correrá de forma sucessiva. Sua desobediência trancará a pauta das deliberações
legislativas da respectiva Casa, sendo excetuado apenas os casos com prazo constitucional
determinado, de acordo com o art. 64, §2º, da CF/88:
Art. 64, § 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se
manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco
dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com
exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação.
Item III - incorreto. Contraria a previsão do art. 64, §4º, da CF/88. Segundo este parágrafo, o prazo
não correrá durante o recesso e os projetos de código não poderão ser aprovados utilizando o
procedimento sumário.
Art. 64, § 3º A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados
far-se-á no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo
anterior.
Gabarito: Letra E.
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II. Os órgãos responsáveis por realizar o procedimento legislativo abreviado são as comissões das
Casas Legislativas, seja da Câmara ou do Senado.
III. Para que uma Comissão não possa apreciar ou votar um projeto de lei mediante procedimento
abreviado, é necessário que um décimo dos membros das duas Casas Legislativas Federais decida
que este deve ser submetido ao plenário da Casa a qual a Comissão está vinculada.
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) II e IV.
e) I e III.
Comentários
O procedimento legislativo abreviado, previsto no art. 58, §2º, inciso I, da CF/88, é aquele em que
ocorre a dispensa da discussão e da votação de um projeto de lei em Plenário, sendo ele discutido
e votado diretamente pelas comissões das Casas respectivas.
Diante do exposto, nota-se que os itens I, II e IV estão corretos. Quanto ao erro do item III, perceba
que a assertiva impõe a necessidade de 1/10 (um décimo) dos membros das duas Casas
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Legislativas para que um projeto de lei seja remetido ao Plenário o que é incorreto, uma vez que
basta 1/10 (um décimo) dos membros da Casa a qual a Comissão é vinculada. Ou seja:
Gabarito: Letra C.
a) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta de mais da metade das Assembleias
Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de
seus membros, ou ainda de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do
Senado Federal.
b) Embora não esteja prevista de forma expressa, constitui limitação material ao poder de reforma
o próprio procedimento de reforma previsto na Constituição Federal.
Comentários
Letra A - correta. Se comparado aos legitimados a apresentar projetos de lei, previsto no art. 61,
caput, da CF/88, o rol de legitimados a apresentar PEC é mais restrito. Os Estados, por exemplo,
têm a prerrogativa de apresentar PEC, por meio de suas Assembleias Legislativas, conforme art.
60, inciso III, da CF, o que não ocorre com os Municípios.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional,
ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao
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Ao passo que um deputado federal ou senador, sozinho, possui o poder de apresentar um projeto
de lei, mas não de apresentar uma PEC: na verdade, uma proposta de emenda constitucional de
iniciativa do Parlamento Federal necessita de assinatura de pelo menos 1/3 dos membros da
Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, conforme o art. 60, inciso I, da CF/88.
II - do Presidente da República;
Os cidadãos não têm a prerrogativa expressa de apresentar PEC, já que não estão elencados no
rol dos legitimados previsto nos incisos I a III, do art. 60, da CF. Entretanto, os cidadãos possuem
a competência de iniciativa de lei, conforme art. 61, caput, da CF. Conforme já vimos, a forma
como se dará a iniciativa popular está prevista no § 2º, do art. 61, da CF:
Art. 61, § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos
por cento dos eleitores de cada um deles.
Letra B - correta. As limitações materiais são aquelas que restringem o poder de reforma quanto
ao conteúdo, sendo subdividas em explícitas e implícitas.
Explícitas são as expressamente previstas no art. 60, § 4º, incisos I a IV, da CF/88, que estabelece
o rol de matérias em que a PEC não poderá tender a abolir, não podendo sequer ser objeto de
deliberação. Essas são as famosas cláusulas pétreas expressas.
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
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Implícitas são aquelas apontadas pela doutrina e não estejam previstas de forma expressa na CF.
São elas:
Letra C - incorreta. As limitações formais (ou processuais) são aquelas que restringem o processo
legislativo de aprovação da PEC, diferenciando-o do processo legislativo para a aprovação das leis
em geral. São elas:
Observe que, no caso das leis, desde que haja proposta da maioria absoluta dos membros de
qualquer das Casas do Congresso Nacional, é possível que a matéria constante de projeto de lei
rejeitado constitua objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa, consoante art. 67 da
CF/88.
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto
de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta
dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
b) Iniciativa: como já foi dito, a legitimidade para apresentar uma PEC, prevista no art. 60, incisos I
a III, da CF/88, é bem mais restrita que a legitimidade para apresentar uma lei. Cabendo destacar
sobre a iniciativa de PEC, a participação dos Estados e do DF, a ausência de participação dos
municípios, ausência de iniciativa popular, a ausência de iniciativa privativa expressa, a ausência de
previsão pela CF de Casa iniciadora obrigatória e a ausência de Casa revisora.
c) Deliberação: a PEC deve ser discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional em dois
turnos, só sendo considerada aprovada mediante o voto de três quintos dos respectivos membros.
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Esse rito é bastante rígido se comparado àquele para aprovação das leis ordinárias, que dependem
apenas de um único turno de discussão e votação, sendo aprovada por maioria simples.
Art. 60, § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
Letra D - correta. Limitações circunstanciais são aquelas que impedem que a Constituição seja
reformada em situação de instabilidade política do Estado, sendo três as circunstâncias
impeditivas, previstas no art. 60, § 1º, da CF/88: estado de sítio, estado de defesa e intervenção
federal.
Cabe destacar que não há previsão de limitações temporais para a reforma da CF/88, que consiste
em fixar-se um prazo durante o qual fica vedada a alteração da Constituição.
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno
de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o
aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao
Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
Entretanto, no caso das PEC’s, o processo legislativo é diferente em função da regra insculpida no
art. 60, § 2º, da CF/88, que obriga que o texto da proposta seja necessariamente aprovado pelas
duas Casas do Congresso Nacional por 3/5 dos membros e em dois turnos, não existindo a
possibilidade de sanção ou veto presidencial.
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Art. 60, § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional,
em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos
dos respectivos membros.
Assim, caso a segunda Casa altere a redação aprovada pela primeira, o texto da PEC terá que
retornar a esta, para nova votação (3/5 dos membros + 2 turnos de votação), exceto se tratar de
mera alteração de redação, que não interfira substancialmente na matéria. O STF entende que só
é necessário o retorno do texto da PEC à Casa de origem caso seja realizada uma alteração
substancial na redação (ADI 2.666/DF).
Gabarito: Letra C.
I. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto
de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por
cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
II. São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que fixem ou modifiquem os
efetivos das Forças Armadas.
III. É vedada a reedição, na mesma legislatura, de medida provisória que tenha perdido sua eficácia
por decurso de prazo.
IV. Se, caso o Presidente da República tenha solicitado urgência para a apreciação de projeto de
lei de sua iniciativa, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre a
proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as
demais deliberações legislativas da respectiva Casa, sem exceção, até que se ultime a votação.
(A) II.
(B) II e IV.
(C) I e II.
(D) IV.
(E) I e IV.
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Item I – correto. A assertiva está de acordo com o art. 61, § 2º, da CF/88.
Art. 61, § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos
por cento dos eleitores de cada um deles.
Item II – correto. A assertiva está de acordo com o art. 61, § 1º, inciso I, da CF/88.
Item III – incorreto. De acordo com o art. 62, § 10, da CF/88, é na mesma “sessão legislativa”, não
na mesma “legislatura”.
Art. 62, § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória
que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
Item IV – incorreto. De acordo com o art. 64, §§ 1º e 2º, da CF/88, há exceção: as deliberações
legislativas que tenham prazo constitucional determinado.
Gabarito: Letra C.
b) A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe, dentre outros, a qualquer membro ou
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente
da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da
República e aos cidadãos.
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d) São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham sobre matéria
tributária e orçamentária.
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Letra A - correta. O processo legislativo não envolve somente a elaboração de leis em sentido
estrito (leis ordinárias e complementares), mas também emendas à Constituição, medidas
provisórias, decretos legislativos e resoluções.
Embora sejam normas primárias como as apontadas no rol do art. 59, da CF/88, não integram o
processo legislativo a elaboração de decretos autônomos e os regimentos dos tribunais.
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Letra B - correta. A assertiva está de acordo com o art. 61, caput, a CF/88:
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional,
ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao
Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
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Letra C - correta. Por simetria, as matérias previstas no art. 61, § 1º, da CF, que são de iniciativa
privativa do Presidente da República, serão de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo
também nos Estados e Municípios.
A iniciativa privativa do Presidente da República para as leis orçamentárias, disposto no art. 61, §
1º, inciso II, alínea b, da CF/88 é, por simetria, privativa do chefe do Poder Executivo nos Estados
e Municípios, conforme disposto na ADI 1.759-1 do STF.
Letra D - incorreta. O Presidente da República possui iniciativa privativa de lei para tratar de matéria
tributária nos Territórios, conforme o art. 61, § 1º, inciso II, alínea b, da CF/88. Mas essa reserva de
iniciativa não se aplica a outros projetos sobre matéria tributária, que possuem iniciativa comum.
(...)
II — disponham sobre:
(...)
(...)
II — disponham sobre:
(...)
Art. 128, § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada
aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o
estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
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Gabarito: Letra D.
a) Pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por,
no mínimo, um por cento da população nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com
não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
b) Pode versar sobre qualquer matéria que não possua iniciativa reservada, observadas as regras
constitucionais.
Comentários
Letra A - incorreta. No processo legislativo federal, os projetos de lei de iniciativa popular deverão
ser apresentados à Câmara dos Deputados, exigindo a subscrição de, no mínimo, 1% (um por
cento) do eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, 5 (cinco) estados brasileiros, com não
menos de 0,3% (três décimos por cento) dos eleitores de cada um deles, conforme disposto no
art. 61, § 2º, da CF/88. Ou seja, somente os cidadãos, pessoas que gozam de capacidade eleitoral
ativa, podem apresentar projeto de lei.
Art. 61, § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos
por cento dos eleitores de cada um deles.
Letra B - correta. A iniciativa popular é do tipo geral, ou seja, pode versar sobre qualquer matéria
que não possua iniciativa reservada, observadas as regras constitucionais.
Letra D - incorreta. A iniciativa popular é aplicável tanto a leis ordinárias, quanto a complementares.
No entanto, não é aplicável a propostas de emenda à Constituição, o que torna a assertiva
incorreta.
Letra E - incorreta. A iniciativa popular também é prevista nos âmbitos estadual e municipal. No
processo legislativo estatual, a iniciativa popular deverá ser disposta pela lei, conforme o art. 27, §
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4º, da CF/88. No municipal, a iniciativa popular depende da manifestação de, pelo menos, 5% do
eleitorado, conforme o art. 29, inciso XIII, da CF/88:
Art. 27, § 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
(...)
Art. 29, XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município,
da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do
eleitorado;
Gabarito: Letra B.
a) Os projetos de lei apresentados por deputado federal, comissão da Câmara dos Deputados,
Presidente da República, STF, Tribunais Superiores, Procurador Geral da República ou cidadãos
são apreciados inicialmente pela Câmara dos Deputados.
c) O projeto de lei aprovado na Casa iniciadora é encaminhado à Casa revisora, que, se o aprovar
sem emendas, deverá encaminhá-lo para sanção ou veto e promulgação pelo Presidente da
República.
d) A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de
qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Comentários
Letra A - correta. A assertiva está de acordo com o art. 64, caput, da CF/88.
Letra B - incorreta. Os projetos de lei apresentados por comissão mista são apreciados inicialmente
pela Câmara ou pelo Senado, de forma alternada.
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Letra C - correta. A assertiva está de acordo com o art. 65, caput, da CF/88.
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno
de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o
aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto
de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta
dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Letra E - correta. A assertiva está de acordo com o entendimento do STF, previsto na ADI 2.666-
6/DF.
Gabarito: Letra B.
a) As emendas só podem ser apresentadas nos casos em que não se trate de projetos de iniciativa
reservada ou privativa.
c) A sanção do Presidente da República sobre o projeto de lei é ato unilateral, porém revogável, e
aplica-se a projetos de lei ordinária e de lei complementar, mas não a emendas constitucionais.
d) O Presidente da República possui o prazo de quinze dias úteis, contados do recebimento, para
sancionar expressamente ou vetar o projeto de lei. A omissão implicará na rejeição tácita do
projeto.
e) O veto pode ser político, se o Presidente da República considerar o projeto contrário ao interesse
público, ou jurídico, caso o Presidente da República considere o projeto inconstitucional, hipótese
em que caberá o controle judicial sobre seu mérito.
Comentários
Letra A - incorreta. As emendas aos projetos de lei só podem ser apresentadas por parlamentares,
embora exista a possibilidade prevista no art. 166, § 5º, da CF/88, que não é considerado caso de
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Letra B - correta. O poder de emenda não é absoluto: além de guardar pertinência temática com
a matéria da proposição, as emendas apresentadas pelos parlamentares não podem acarretar
aumento de despesa aos projetos de iniciativa exclusiva do presidente da república, exceto nos
projetos de lei orçamentária anual e lei de diretrizes orçamentárias, nem aos que versem sobre a
organização dos serviços administrativos, da câmara dos deputados, do senado federal, dos
tribunais federais e do ministério público, conforme disposto no art. 63, inciso I e II, da CF/88.
Letra C - incorreta. A sanção do Presidente da República incide sobre o projeto de lei. É um ato
unilateral e irretratável, não é possível desfazer ou revogar a sanção, o que torna a assertiva
incorreta. A sanção é aplicável a projetos de lei ordinária (incluindo projetos de lei de conversão,
resultantes de medida provisória) e de lei complementar. Ou seja, a sanção não se aplica a leis
delegadas, emendas constitucionais e medidas provisórias.
Letra D - incorreta. A sanção pode ser expressa (ato escrito) ou tácita (silêncio, omissão). O
Presidente da República possui o prazo de 15 dias úteis, contados do recebimento, para sancionar
expressamente ou vetar o projeto de lei. Se for omisso, implicará a sanção tácita do projeto,
conforme o art. 66, caput e § 3º, da CF/88, tendo o chefe do Poder Executivo o prazo de 48
(quarenta e oito) horas para promulgar a lei e, caso se omita, caberá ao Presidente do Senado em
igual prazo fazê-lo e, se este também não o fizer, caberá ao Vice-Presidente do Senado realizar a
promulgação da lei, sem prazo constitucional fixado, conforme disposto no art. 66, § 7º, da CF/88.
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao
Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
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(...)
(...)
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da
República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este
não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
(...)
Letra E - incorreta. O veto pode ser jurídico, caso o Presidente da República considere o projeto
inconstitucional, ou político, se o Presidente considerar o projeto contrário ao interesse público,
total ou parcial, conforme o art. 66, § 1º, da CF/88. Em ambos os casos, é um ato político, não
cabendo controle judicial sobre suas razões, mas tão apenas sobre sua inoportunidade, se o veto
ocorrer após o prazo constitucional de 15 dias úteis, o que torna a assertiva incorreta.
Gabarito: Letra B.
I - Um dispositivo do Código Penal sobre inquérito policial não pode ser alterado por medida
provisória.
II - A edição de lei complementar é realizada mediante processo legislativo ordinário, contudo essa
espécie normativa detém quórum especial para aprovação, devendo ser aprovada mediante
maioria absoluta.
III - Se um projeto de lei complementar for rejeitado, a sua matéria somente poderá ser objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta de 2/3 dos membros de ambas as
Casas do Congresso Nacional.
IV - Leis complementares não são consideradas inconstitucionais pelo fato de veicularem matéria
reservada a leis ordinárias.
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Comentários
Item I - correta. O texto constitucional veda que certos temas sejam abordados via Medida
Provisória. Dentre os diversos temas temos o direito penal, razão pela qual é inviável a utilização
da citada norma primária para fins de alteração do Código Penal.
Para relembrar as vedações à edição de medidas provisórias, veja o que diz o art. 62, § 1º, da
CF/88:
I — relativa a:
Assim, dispositivo do Código Penal não pode ser alterado por medida provisória, por expressa
vedação constitucional de medida provisória sobre o tema.
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Via de regra, o quórum para aprovação do processo legislativo ordinário é de maioria relativa,
presente a maioria absoluta dos seus membros, tal como dispõe o art. 47 da CF/88:
Note que o art. 47 ressalva a possibilidade de o texto constitucional dispor o contrário, sendo um
exemplo dessa disposição o texto do art. 69 da CF/88 que condicionou a aprovação das leis
complementares ao quórum de aprovação especial por maioria absoluta.
Deste modo, o item está correto, vez que há compatibilidade entre o processo legislativo ordinário
e o quórum especial de aprovação das leis complementares.
Item III – incorreta. O item aborda o princípio da irrepetibilidade. Segundo este princípio, um
projeto de lei rejeitado, seja ordinária ou complementar, será arquivado e sua a matéria somente
poderá ser objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa caso haja proposta da maioria
absoluta dos membros de qualquer das Casas.
O citado princípio pode ser considerado em seu aspecto relativo quanto aos projetos de lei e em
aspecto absoluto quanto aos projetos de emenda constitucional ou medidas provisórias, uma vez
que, neste segundo caso, não há sequer a possibilidade dos membros de qualquer das Casas
reapresentarem uma proposta sobre o tema na mesma sessão legislativa.
Para finalizar, veja o art. 67 da CF/88, que é o responsável por dispor sobre a regra geral do tema
e os artigos 60, § e 62, § 10, ambos da CF/88, que o diferenciam para emendas constitucionais e
medidas provisórias:
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto
de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta
dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
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Por outro aspecto temos ainda uma segunda possibilidade onde a matéria não se encontra dentre
as reservadas pela Constituição como tema objeto de lei complementar, mas vem a ser aprovada
pelo quórum de maioria absoluta, fazendo nascer a possibilidade de uma lei formalmente
complementar e materialmente ordinária.
Ambos os casos retratados são constitucionais segundo o STF, uma vez que não se verifica
qualquer prejuízo caso a matéria objeto de lei ordinária seja aprovada pelo procedimento mais
rigoroso das leis complementares. Aqui aplica-se a lógica do "quem pode mais, também pode
menos".
Para finalizar, lembre-se que, nos casos em que uma lei complementar não versar sobre temas
reservados a essa espécie normativa, esta poderá ter suas disposições alteradas por lei ordinária,
complementar e demais instrumentos legais aplicáveis.
Gabarito: Letra E.
19) Considerando as regras de processo legislativo tidas como de reprodução obrigatória pelos
Estados e Municípios, analise os itens abaixo:
Item III - Em função do princípio da simetria, a iniciativa legislativa para deflagrar o processo de
reforma da Constituição estadual deve seguir o modelo previsto na Constituição Federal de 1988.
Por essa razão, a Constituição estadual não pode prever a iniciativa popular para apresentação de
proposta de emenda constitucional.
Item IV - Um estado federado pode, no texto de sua constituição estadual, atribuir ao Poder
Legislativo estadual a competência para dar início ao processo legislativo das leis que disciplinem
a carreira das diversas categorias de servidores públicos do referido estado.
Assinale a alternativa que contém apenas itens incorretos a luz do que foi estabelecido pela
Constituição Federal e sua jurisprudência correlata:
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a) II e III.
b) I e IV
d) I e II.
e) I, III e IV.
Comentários
Dito isso, o STF firmou o entendimento de que as Constituições Estaduais não podem ampliar as
hipóteses de reserva de lei complementar, ou seja, não podem criar outras hipóteses de lei
complementar além daquelas já previstas na Constituição Federal.
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governarem e legislarem. Tendo em vista que cada ente tem sua autonomia concedida pela
Constituição Federal, há nela alguns paradigmas que serão aplicáveis de forma simétrica por todos
os entes, de forma a garantir uma maior sintonia entre as esferas federativas.
Segundo a doutrina, o princípio da simetria e o princípio da separação dos poderes são exemplos
destes paradigmas, razão pela qual se faz necessária a intepretação das competências de cada
Poder no âmbito Federal a fim de adequá-las à realidade dos Estados e Municípios, sendo um
exemplo disso as hipóteses de iniciativa reservada ao presidente da república, disposto no art. 84
da CF/88, que podem ser estendidas aos governadores.
Dito isso, a assertiva está incorreta, vez que há o dever de simetria entre as esferas federativas e
poderá o Governador praticar certos atos privativos do Presidente da República quando
interpretados dentro da realidade do seu Estado Federado, como ocorre no caso da competência
para elaboração de decretos regulamentares.
Item III – incorreta. Embora a Constituição Federal não autorize proposta de iniciativa popular para
emendas ao próprio texto, mas apenas para normas infraconstitucionais, não há impedimento para
que as Constituições Estaduais prevejam a possibilidade, ampliando a competência constante da
Carta Federal.
Tal possibilidade já foi objeto de decisão do STF, sendo incorreta a vedação afirmada pela
alternativa. Veja:
Assim, o entendimento que você deve guardar é de que: a Constituição Estadual pode prever a
iniciativa popular para apresentação de proposta de emenda constitucional.
Segundo a doutrina, o princípio da simetria e o princípio da separação dos poderes são exemplos
destes paradigmas, razão pela qual se faz necessária a intepretação das competências de cada
Poder no âmbito Federal a fim de adequá-las à realidade dos Estados e Municípios, sendo um
exemplo disso as hipóteses de iniciativa reservada ao presidente da república, disposto no art. 84
da CF/88, que podem ser estendidas aos governadores.
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Dito isso, a assertiva está incorreta, posto que as Constituições Estaduais devem respeitar a
repartição de poderes realizada pela CF/88, sendo vedada a possibilidade de o Poder Legislativo
versar sobre a carreira de servidores públicos, vez que esse tema compete aos Governadores no
âmbito estadual e ao Presidente da República na esfera federal, como dispõe o art. 61, §1°, da
CF/88.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao
Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao
Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
II - disponham sobre:
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.
Gabarito: Letra C.
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vista, assinale a assertiva que traz corretamente o legitimado para impetrar o Mandado de
Segurança hábil a encerrar a violação ao direito constitucional ao devido processo legislativo.
e) Qualquer cidadão.
Comentários
Como bem afirmado pelo enunciado, o STF julgou pela viabilidade do controle preventivo judicial
do processo legislativo, dispondo que o mandado de segurança parlamentar é instrumento hábil
para garantir o devido processo legislativo. Veja:
O citado controle é realizado pela via judicial e visa proteger o direito líquido e certo do
parlamentar de não se ver constrangido a atuar em desacordo com o devido processo legislativo,
tendo que se manifestar e votar projetos evidentemente vedados pelo o ordenamento.
Ainda segundo o STF, tal controle torna-se possível nas hipóteses de violação de normas
constitucionais em seus aspectos formais e procedimentais, sendo verificada a possibilidade de
impetração do mandado de segurança parlamentar em dois casos:
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b) Contra projeto de lei ou proposta de emenda cuja tramitação ocorra com violação às
regras de processo legislativo do art. 59 ao 69 da CF/88.
Dito isso, perceba que o legitimado é efetivamente o parlamentar, sendo reforçado no julgado
que "apenas ele" possui legitimidade para tanto. Tendo esse conceito em mente ficamos entre as
alternativas B e D, o que nos leva a pergunta: Qualquer parlamentar tem legitimidade para esse
Mandado de Segurança?
Gabarito: Letra B.
Comentários
De acordo com o ADCT, a revisão constitucional deveria ser realizada no prazo de 5 anos da
promulgação da CF/88, possibilitando que esta realizasse uma alteração global e geral do texto
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constitucional por meio de um procedimento mais simples que o previsto para a Reforma
Constitucional.
Realizando uma contextualização histórica, entende-se que a revisão buscava operacionalizar uma
eventual alteração constitucional em virtude do plebiscito que ocorreria, no mesmo ano, para
escolha da forma de governo e do sistema de governo que seriam adotados no Brasil. O resultado
deste plebiscito foi pela manutenção da República presidencialista, o que acabou retirando o
aspecto de maior relevância da revisão constitucional.
Por fim, lembre-se que a revisão constitucional é o único caso de sessão conjunta unicameral
previsto pela CF/88, sendo que tal modalidade acarreta uma discussão e deliberação conjunta de
ambas as Casas, que se unem como se fossem apenas uma. É diferente da sessão bicameral, onde
as duas Casas deliberam e depois reúnem os resultados.
Gabarito: Letra D.
Mutação constitucional
a) mutação constitucional.
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c) reforma constitucional.
e) revisão constitucional.
Comentários
O art. 52, inciso X, da CF/88 determina que cabe ao Senado Federal "suspender a execução, no
todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal
Federal". Por muito tempo, a interpretação dada a este dispositivo foi de que o Senado deveria,
obrigatoriamente, suspender a execução de todas as leis declaradas inconstitucionais. Com a
Reclamação 4.335-5/AC, o STF alterou seu entendimento e passou a entender que tal
procedimento do Senado seria dispensável.
Note que, no caso apresentado, o sentido do inciso foi alterado, mas o texto da Constituição
permaneceu intacto e completamente constitucional. Esse é o principal indicador de que, na
verdade, ocorre um processo informal de alteração constitucional conhecido como Mutação
Constitucional ou Poder Constituinte Difuso.
A mutação constitucional pode ser conceituada como "um processo informal de alteração de
sentidos, significados e alcance dos enunciados normativos contidos no texto constitucional
através de uma interpretação constitucional que se destina a adaptar, atualizar e manter a
Constituição em contínua interação com a sua realidade social”.3
Nela o que se objetiva é a substituição de uma interpretação antiga por uma nova sendo que, para
o STF, existem 3 situações que a legitimam: a mudança na percepção do direito, as modificações
na realidade fática e as consequências práticas negativas de determinada linha de entendimento.
Para finalizar, veja o quadro abaixo onde está esquematizado os principais conceitos de Mutação
Constitucional, Reforma Constitucional, Revisão Constitucional e Interpretação conforme a
Constituição.
3
CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional, 6ª edição. Ed. Juspodium. Salvador: 2012, p. 263-264.
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Gabarito: Letra A.
...
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Autor:
Tulio Lages
04 de Março de 2023
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Índice
1) O que é mais cobrado no assunto - Poder Judiciário - Cebraspe - Nível Superior
..............................................................................................................................................................................................3
7) Referências Bibliográficas
..............................................................................................................................................................................................
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% de cobrança
Tópico
Cebraspe
Composição do Poder Judiciário (art. 92 da CF/88) 4,2%
Estatuto da Magistratura (art. 93 da CF/88) 8,3%
Quinto constitucional (art. 94 da CF/88) 8,3%
Garantias dos juízes (arts. 95 da CF/88) 0,0%
Autonomia constitucional e administrativa do Poder Judiciário (art. 96, I e
0,0%
II da CF/88)
Cláusula da reserva de Plenário (art. 97 da CF/88) 12,5%
Juizados especiais e justiça de paz (art. 98 da CF/88) 4,2%
Autonomia financeira do Poder Judiciário (art. 99 da CF/88) 20,8%
Supremo Tribunal Federal (arts. 101 a 103 da CF/88) 12,5%
Súmulas Vinculantes (art. 103-A da CF/88) 8,3%
Conselho Nacional de Justiça (art. 103-B da CF/88) 0,0%
Superior Tribunal de Justiça (arts. 104 e 105 da CF/88) 12,5%
Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais (arts. 106 a 110 da CF/88) 0,0%
Tribunais e Juízes do Trabalho (arts. 111 a 117 da CF/88) 8,3%
Tribunais e Juízes Eleitorais (arts. 118 a 121 da CF/88) 0,0%
Tribunais e Juízes Militares (arts. 122 a 124 da CF/88) 0,0%
Tribunais e Juízes dos Estados (arts. 93, III, 125 e 126 da CF/88) 0,0%
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A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
Para revisar e ficar bem preparado no assunto, você precisa, basicamente, compreender bem os
arts. 92 a 126 da CF, buscando a sua memorização paulatina, atentando-se especialmente para os
pontos e orientações a seguir:
- para a lista dos órgãos que compõem o Poder Judiciário (incisos I a VII);
- que as decisões do STF e dos tribunais superiores alcançam pessoas e bens localizados em
qualquer lugar do Brasil, já que possuem jurisdição em todo o território nacional (§ 2º);
- que apesar da existência das justiças federal, estadual eleitoral, militar, trabalhista etc., a
estrutura do Poder Judiciário é considerada una, indivisível 1;
- que o Estatuto da Magistratura deve ser previsto em lei complementar, de iniciativa do STF
(caput);
- que a OAB deve participar de todas as fases do concurso público para ingresso na carreira de
magistrado (inciso I);
- que a promoção de entrância para entrância, bem como o acesso aos tribunais de segundo
grau, ocorrem por antiguidade e merecimento, alternadamente (incisos II e III);
- que para adquirir vitaliciedade o magistrado deve participar de curso oficial ou reconhecido
por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados (inciso IV);
1
STF – ADI 3367/DF.
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- que o limite de 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do STF não se aplica aos membros
da magistratura estadual2 (inciso V c/c art. 37, XI);
- que o magistrado é remunerado por subsídio (inciso V c/c art. 39, § 4º);
- que as regras de aposentadoria e pensão aplicáveis aos magistrados são as mesmas previstas
no regime próprio de previdência social dos servidores públicos (inciso VI);
- que o juiz titular (não o substituto) deve residir na respectiva comarca, exceto se houver
autorização do tribunal (inciso VII);
- que a remoção e a disponibilidade do magistrado, por interesse público, exigem decisão por
voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ (inciso VIII);
- que uma decisão judicial não motivada está sujeita à nulidade (inciso IX);
- que embora, em regra, os julgamentos sejam públicos, a lei (somente ela) pode limitar a
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes,
em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não
prejudique o interesse público à informação (inciso IX);
- que o órgão especial só pode ser constituído nos tribunais com mais de 25 julgadores e que
tal órgão pode exercer tanto atribuições administrativas quanto jurisdicionais por delegação de
competência do tribunal pleno (inciso XI);
- que o princípio da ininterruptabilidade de jurisdição previsto no inciso XII não afastou o direito
de férias, mas tão somente proibiu que as férias sejam coletivas. Além disso, a vedação de férias
coletivas não alcança o STF ou os tribunais superiores;
- que os servidores não podem receber delegação para a prática atos de caráter decisório, mas
tão somente de atos de administração e de mero expediente (inciso XIV).
2
STF – ADI 3.854/DF.
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- que a regra do quinto constitucional prevista no art. 94 NÃO se aplica a tribunais superiores.
Por outro lado, há previsão quinto constitucional aplicável à composição do TST e dos TRTs,
em outros dispositivos – art. 111-A, inciso I e art. 115, inciso I. Assim, há quinto constitucional
na composição dos seguintes tribunais: TRFs, TJs, TST e TRTs.
- que no caso de o cálculo do quinto não resultar em um número inteiro, deve-se fazer o
arredondamento para cima, para evitar a sub-representação da Advocacia e do Ministério
Público;
- que o tribunal pode recusar (um ou até mesmo todos) os nomes indicados na lista sêxtupla
recebida, mas não pode, ele próprio, substituir os nomes por outros 3.
- que antes de adquirir a vitaliciedade, o juiz pode perder o cargo por decisão administrativa
do tribunal a que estiver vinculado. Por outro lado, o juiz vitalício não pode perder o cargo por
decisão administrativa, ou por uma decisão judicial qualquer: é necessária sentença judicial
transitada em julgado (inciso I). Entretanto, em caso de condenação por crime de
responsabilidade cometido por Ministro do STF, a perda do cargo se dá por decisão do Senado
(art. 52, inciso II), ou seja, não se dá por decisão judicial;
- que os membros de tribunais se tornam vitalícios desde a posse, mesmo se não eram
magistrados antes disso – como aqueles nomeados em decorrência do quinto constitucional;
- que o STF entende que, embora o inciso I do parágrafo único fale em “uma de magistério”, é
permitido o exercício da magistratura em conjunto com mais de uma função de magistério,
desde que não prejudique a atividade judicante4.
3
STF – MS 25.624-SP.
4
STF – 3.126/DF.
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- que o inciso II confere ao STF, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça a iniciativa
de lei (“propor ao Poder Legislativo”) destinada a tratar dos assuntos indicados nas alíneas “a”
a “d”, observados, quando for o caso, os limites e requisitos de despesa com pessoal previsto
no art. 169.
- que a criação de juizados especiais e da justiça de paz é uma competência da União somente
no DF e nos Territórios, e dos Estados em seus respectivos limites territoriais (caput);
- que os juizados especiais são providos por juízes togados, ou togados e leigos (inciso I);
- que a justiça de paz é composta de cidadãos eleitos (voto direito, universal e secreto), para
mandato de quatro anos (inciso II);
- que a CF prevê a existência de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal, nos termos
em que dispuser lei federal (§ 1º);
- que não é possível aplicar a receita das custas e emolumentos em atividades não afetas às
específicas da Justiça (§ 2º).
• CF, art. 99 (autonomia financeira do Poder Judiciário) – atentar que, como o Poder Executivo
detém a iniciativa das leis orçamentárias (art. 84, inciso XXIII), a proposta orçamentária do Poder
Judiciário deve ser encaminhada àquele Poder. É também por isso que cabe ao Poder Executivo
realizar as medidas e ajustes referentes ao orçamento do Poder Judiciário nas hipóteses previstas
no § 3º (caso em que o Judiciário não encaminha a proposta no prazo estabelecido na lei de
diretrizes orçamentárias) e § 4º (caso em que o Judiciário encaminha proposta em desacordo com
os limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias). Cumpre destacar que, encaminhando o
Judiciário sua proposta orçamentária ao Executivo obedecendo os limites da LDO e demais
requisitos previstos no art. 99, § 2º, o chefe do Poder Executivo não pode reduzir unilateralmente
5
STF – ADI 170
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- para os requisitos a serem preenchidos pela pessoa a ser nomeada ao cargo de ministro do
STF previstos no caput: notável saber jurídico e reputação ilibada, com mais de 35 e menos de
70 anos de idade, em pleno gozo dos direitos políticos (“cidadão”), aprovada a escolha pela
maioria absoluta do Senado Federal. Além disso, o cidadão deve ser brasileiro nato (art. 12, §
3º, IV).
- para a seguinte frase para ajudar a memorizar a quantidade de ministros que compõem o STF:
“Somos um Time de Futebol” (um time de futebol é composto por 11 jogadores, mesmo
número de ministros que compõe o Supremo);
- que, na alínea “a”, a ação direta de inconstitucionalidade pode ser de lei ou ato normativo
federal ou estadual, mas a ação declaratória (não é direta!) de constitucionalidade pode ser
somente de lei ou ato normativo federal (não entra estadual);
- que o STF julga as autoridades elencadas na alínea “b” nos crimes comuns, mas nos crimes de
responsabilidade, o julgamento de tais autoridades cabe ao Senado Federal (art. 52, I e II), com
exceção dos membros do Congresso Nacional, que não respondem, a rigor, por crime de
responsabilidade, embora possam perder seu mandato por quebra de decoro parlamentar (art.
55, II), a partir de decisão da respectiva Casa (art. 55, § 2º);
- que embora o STF julgue os Ministros de Estado e os Comandantes das Forças Armadas tanto
por crime comum, como por crime de responsabilidade (alínea “c”), case se trate de crime de
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STF – ADI 5287.
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- que o Advogado-Geral da União possui status de Ministro de Estado, assim, é julgado pelo
STF nos crimes comuns (alínea “c”), porém, nos crimes de responsabilidade, é julgado pelo
Senado mesmo se o crime não for conexo com o do Presidente da República, por disposição
constitucional expressa (art. 52, II), ao contrário dos Ministros de Estado em geral;
- para não confundir “chefes de missão diplomática de caráter permanente” (alínea “c”) com
“chefes de missão diplomática de caráter temporário” – existe essa função também, conforme
art. 56, inciso II
- que na alínea “d”, o STF julga o habeas corpus quando as autoridades ali apontadas forem
pacientes e julga o mandado de segurança e o habeas data quando as autoridades mencionadas
(que não são exatamente as mesmas do caso do habeas corpus) forem agentes;
- que não há referência à ação popular na alínea “d”: tal ação não está sujeita a foro especial;
- que a prerrogativa de foro no STF: i) não alcança ações de natureza cível; e ii) só é aplicável às
autoridades mencionadas na CF enquanto estiverem no exercício das respectivas funções (o
foro é da função, não da pessoa).
- para não confundir a competência do STF prevista na alínea “e” com a competência dos juízes
federais estabelecida no art. 109, II;
- que na alínea “f” não há menção a conflitos entre Municípios. Embora não expresso na CF,
cabe à Justiça Federal o julgamento, e não ao STF;
- que embora o STF julgue a extradição passiva (alínea “g”), cabe ao Presidente da República a
decisão definitiva, não estando vinculada à decisão do Supremo;
- que não cabe reclamação (alínea “l”) contra atos dos Ministros ou das Turmas do STF 7;
- que a reclamação não é uma espécie de recurso, mas sim de petição constitucional nos termos
do art. 5º, XXXIV8;
7
STF – Rcl. 3916-1, AgR.
8
STF – Rcl 5.470/PA.
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- para não confundir os conflitos previstos na alínea “o” com os previstos no art. 105, I, “d”,
que são de competência do STJ;
- que o rol de competências originárias do STF previsto no art. 102, I é exaustivo, não podendo
ser ampliado por lei, mas tão somente por emenda constitucional 9.
- que o crime político é julgado originalmente pelos juízes federais (art. 109, IV), mas o recurso
da decisão é direcionado diretamente ao STF (alínea “b”), “pulando” todas as instâncias
intermediárias.
- que só cabe recurso extraordinário contra decisão de única ou última instância (inciso III) – não
precisa ser proveniente de tribunal, pode ser de juiz de primeiro, inclusive;
- que todas as hipóteses previstas nas alíneas “a” a “d” do inciso III envolvem controvérsia
constitucional, daí a importância do STF em atuar;
- que o recorrente deve demonstrar a existência de repercussão geral, que só poderá ser
recusada pelo STF por decisão com quórum de 2/3 dos membros (§ 3º) - guarde este quórum!
9
STF – Pet. 1.738-AgR.
10
STF – ACO/924.
11
STF – ACO 889/RJ.
12
STF – MS 23.619/DF.
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“É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas
causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal 13.
- que três pressupostos devem ser atendidos para que seja editada súmula vinculante (caput e
§ 1º): i) reiteradas decisões sobre matéria constitucional; ii) controvérsia atual que acarrete grave
insegurança jurídica e multiplicação de processos sobre questão idêntica; iii) aprovação de 2/3
dos membros do STF.
- para os efeitos da súmula vinculante (§ 1º): efeito vinculante em relação aos demais órgãos do
Poder Judiciário e à toda Administração Pública (direta e indireta), de todas as esferas de
governo (federal, estadual e municipal).
- que a súmula vinculante não vincula o STF, a atividade legislativa (função típica) do Poder
Legislativo e a função atípica de legislar do Poder Executivo (ex: medida provisória).
- que a súmula vinculante possui validade a partir de sua publicação na imprensa oficial (caput).
- que a edição de súmula vinculante pode ser iniciada de ofício pelo STF ou por provocação dos
legitimados constitucionais para propor a ação direta de inconstitucionalidade (§ 3º), que estão
arrolados no art. 103, incisos I a IX da CF. Além disso, esses mesmos legitimados constitucionais
(a lei pode prever outros), além do próprio STF, podem propor a revisão ou o cancelamento de
súmula (caput e § 3º).
- para o instrumento jurídico próprio para impugnar ato administrativo ou decisão judicial que
contrarie o enunciado de súmula vinculante ou a aplique de maneira indevida: reclamação ao
STF (§ 3º).
13
STF – Súmula 640.
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- para a seguinte frase para ajudar a memorizar a quantidade de membros do CNJ: “Coroa Na
Jovem” (lembrar que em suas festas de 15 anos, muitas jovens usam uma coroa – 15 é a
quantidade de membros do CNJ);
- que o Vice-Presidente do STF não é membro do CNJ – só preside o Conselho nas ausências e
impedimentos do Presidente do STF (§ 1º);
- que não há limites mínimo e máximo de idade fixados pela CF especificamente para o
nomeado a membro do CNJ;
- que o CNJ é um órgão nacional, não da União14 (inclusive conta com representantes da
magistratura estadual);
- que o CNJ exerce o órgão de controle interno (e não externo) do Poder Judiciário (§ 4º), de
natureza administrativa, financeira e disciplinar (não exerce jurisdição, embora seja órgão do
Poder Judiciário – art. 92, I-A), mas esse controle não alcança o STF e seus ministros;
- que o CNJ pode apreciar a legalidade (não pode apreciar a constitucionalidade) de atos
administrativos (inciso II do § 4º), mas não de atos de conteúdo jurisdicional. Além disso, essa
competência não afasta a possibilidade de fiscalização por parte do TCU;
14
STF – ADI 3.367/DF.
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- que os membros do Conselho Nacional de Justiça são julgados pelo Senado Federal nos
crimes de responsabilidade (CF, art. 52, II), mas não possuem foro especial em razão do
desempenho dessa função nos crimes comuns (ou seja, serão julgados pelo foro especial
decorrente do seu cargo de origem, e não de membro do CNJ);
- que os estados-membros não podem criar conselho que funcione como órgão de controle
interno ou externo do seu Poder Judiciário (entendimento do STF);
• CF, art. 104 (disposições gerais sobre o Superior Tribunal de Justiça) – atentar:
15
STF – MS 33565/DF.
16
STF – Súmula 649.
17
STF – MS 28.611 MC-AgR/DF.
18
STF – ADI 3.367.
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- para os requisitos a serem preenchidos pela pessoa a ser nomeada para o cargo de ministro
do STJ previstos no parágrafo único – veja que não é necessário que o indicado seja brasileiro
nato, pode ser naturalizado!
- para a seguinte frase para ajudar a memorizar a quantidade mínima de ministros que compõem
o STJ: “Somos Todos Jesus” (lembrar que Jesus Cristo morreu aos 33 anos);
- que não são destinadas vagas no STJ a magistrados da Justiça Eleitoral, Militar ou do Trabalho,
tampouco a membros do Ministério Público do Trabalho ou do Ministério Público Militar (incisos
I e II);
- para a diferença entre o processo de escolha do Ministro do STJ quando a vaga é destinada
a membros da magistratura (inciso I), ou a membros da Advocacia e do Ministério Público (inciso
II).
- na alínea “a”, que o STJ não julga os Governadores nos crimes de responsabilidade (esse
julgamento também não cabe à Assembleia Legislativa, como ocorre na esfera da União, em
que o Senado julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade. Com efeito,
cabe à um Tribunal Especial, composto de 5 membros do Poder Legislativo Estadual e de 5
desembargadores de Justiça realizar tal julgamento, conforme Lei 1.079/1950);
- que no que toca aos Ministros de Estado e Comandantes das Forças Armadas, quando
figurarem como autoridades coatoras, a competência para julga o habeas corpus é o STJ (alínea
“c”). Quando forem pacientes, quem julga é o STF (art. 102, I, “d”);
- mais uma vez, para não confundir os conflitos previstos na alínea “d” com os previstos no art.
102, I, “o”, que são de competência do STF. Observar que não há de se falar em conflito de
competência entre um tribunal e juiz a ele vinculado, já que este se submete jurisdicionalmente
àquele;
- que assim como o STF (art. 102, I, “j”), o STJ possui competência para julgar as revisões
criminais e as ações rescisórias de seus julgados (alínea “e”);
- que o STJ também é competente para julgar a reclamação constitucional para a preservação
de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões (alínea “f”), assim como o STF
(art. 102, I, “l”);
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- que as alíneas “a” e “b” dizem respeito a recurso contra decisões denegatórias de habeas
corpus ou mandado de segurança;
- para não confundir a competência do STJ prevista na alínea “c” com a do STF disposta no art.
102, I, “e”, ou com a dos juízes federais, prevista no art. 109, II.
- que só cabe recurso especial contra decisão de única ou última instância, por algum TRF ou
TJ (inciso III) – veja que no recurso extraordinário, cujo julgamento compete ao STF, a decisão
recorrida não precisa ter sido proferida por TRF ou TJ (art. 102, III);
- que todas as hipóteses previstas nas alíneas “a” a “c” do inciso III envolvem controvérsia
envolvendo a lei federal, ao contrário do que acontece no recurso extraordinário, em que a
controvérsia é de ordem constitucional (art. 102, III, alíneas “a” a “d”);
- que ao contrário do que acontece no recurso extraordinário perante o STF, no recurso especial
perante o STJ não há necessidade de o recorrente demonstrar a existência de repercussão
geral.
Nada obstante, no recurso especial, o recorrente deve demonstrar a relevância das questões
de direito federal infraconstitucional discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que a
admissão do recurso seja examinada pelo Tribunal, o qual somente pode dele não conhecer
com base nesse motivo pela manifestação de 2/3 (dois terços) dos membros do órgão
competente para o julgamento (art. 105, § 2º).
A CF/88 estabelece que essa relevância haverá nos seguintes casos (art. 105, § 3º):
a) ações penais;
• CF, art. 109, § 5º (incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal) – atentar:
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- que o exercício dessa competência por parte do PGR pode ocorrer em qualquer fase do
inquérito ou processo;
- que a idade mínima para o nomeado a juiz de TRF é 30 anos (art. 107, caput), diferente,
portanto, da idade mínima para os nomeados a Ministro do STF ou do STJ, que é de 35 anos
(art. 101, caput e art. 104, parágrafo único);
- que cada TRF será composto por, no mínimo, 7 sete juízes – ou seja, esse número pode ser
maior (art. 107, caput);
- que assim como o STF (art. 102, I, “j”), e o STJ (art. 105, I, “e”), os TRFs possuem competência
para julgar, originalmente, as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados (art. 108,
I, “b”). Além disso, os TRFs julgam as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados de
juízes federais da região;
- que as causas em que figure sociedade de economia mista federal não são julgadas pela
Justiça Federal – note que o art. 109, I, não menciona essa espécie de entidade;
- que nos Territórios Federais, os juízes da justiça local é que ficam incumbidos da jurisdição e
das atribuições cometidas aos juízes federais (art. 110, parágrafo único).
“Compete à Justiça Federal comum processar e julgar civil denunciado pelos crimes de
falsificação e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação da Caderneta
de Inscrição e Registro (CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador (CHA), ainda que
expedidas pela Marinha do Brasil”19.
19
STF – Súmula Vinculante 36.
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- para a seguinte frase para ajudar a memorizar a quantidade de ministros que compõem o TST:
“Trinta Sem Três” (30 – 3 = 27);
- para os requisitos a serem preenchidos pela pessoa a ser nomeada para o cargo de ministro
do TST previstos no art. 111-A, caput – veja que não é necessário que o indicado seja brasileiro
nato, pode ser naturalizado!
- que a aprovação do indicado a Ministro no Senado se dá por maioria absoluta, mediante voto
secreto, após arguição pública (art. 52, inciso III, “a”);
- para a diferença entre o processo de escolha de Ministro do TST quando a vaga é destinada
a membros da magistratura (art. 111-A, inciso II), ou a membros da Advocacia e do Ministério
Público (art. 111-A, inciso I).
- que não são destinadas vagas no TST a magistrados da Justiça Eleitoral, Militar, Federal ou
Estadual/do DF, tampouco a membros do Ministério Público Federal, Militar, do DF e Territórios
ou dos Estados (art. 111-A, incisos I e II);
- que o TST também é competente para julgar a reclamação constitucional para a preservação
de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões (art. 111-A, § 3º), assim como o
STF (art. 102, I, “l”) e o STJ (art. 105, I, “f”);
- que os TRTs, assim como os TRFs, são compostos por, no mínimo, 7 juízes (art. 107, caput e
art. 115, caput);
- que a idade mínima para o nomeado a juiz de TRT é 30 anos (art. 115, caput), assim como
ocorre nos TRFs (art. 107, caput), e diferente, portanto, da idade mínima para os nomeados a
Ministro do STF, do STJ, ou do TST, e a Ministro civil do STM, que é de 35 anos (art. 101, caput,
art. 104, parágrafo único, art. 111-A, caput e art. 123, parágrafo único, da CF/88);
- para não confundir os conflitos previstos no art. 114, V, que são de competência da Justiça do
Trabalho, com os do art. 105, I, “d”, ou com os previstos no art. 102, I, “o”, que são de
competência do STF.
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- para a seguinte palavra para ajudar a memorizar a quantidade mínima de ministros que
compõem o TSE: “SET” (trocando as letras “T”, “S” e “E” chegamos à palavra “SET”, muito
parecida com “SETE”, ou seja, 7, que é o número mínimo de membros do TSE);
- que diferente do que ocorre na nomeação de Ministros para compor o STF, o STJ e o TST,
que sempre é realizada pelo Presidente da República, no TSE o chefe do Poder Executivo
Federal só nomeia dois membros: os demais são oriundos do STF e do STJ, escolhidos mediante
eleição pelo respectivo tribunal;
- que não são expressamente previstos na CF os requisitos de idade aos nomeados a ocupar o
cargo de membro do TSE;
- que os Ministros do TSE servem por prazo mínimo e máximo determinado – no mínimo dois
anos e, no máximo, dois biênios consecutivos (art. 121, § 2º);
20
STF – Súmula Vinculante 22.
21
STF – Súmula Vinculante 23.
22
STF – Súmula Vinculante 53.
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- para a seguinte frase para ajudar a memorizar a quantidade de ministros que compõem o
STM: “Somos Todas Moças” (lembrar que 15 anos é uma idade especial para muitas moças –
15 é a quantidade de Ministros que compõem o STM);
- que o STM não examina matéria proveniente da Justiça Militar estadual ou do DF;
- que a Justiça Militar da União possui competência exclusivamente penal (art. 124, caput);
- a Justiça Militar da União pode julgar também civis, caso cometam ilícito definido em lei como
crime militar.
- que cabe à Constituição Estadual definir a competência dos Tribunais de Justiça (art. 125, §
1º). Lembrar que o DF não possui competência para organizar e manter a Justiça do DF,
tampouco sobre ela legislar, cabendo à União realizar tais atribuições (arts. 21, XIII e 22, XVII);
- que a competência da Justiça Estadual é residual, abrangendo tudo que não seja atribuição
dos demais órgãos do Poder Judiciário;
- para a possibilidade de lei estadual criar a Justiça Militar estadual (art. 125, § 3º). Prestar
atenção nas atribuições de tal Justiça (art. 125, §§ 4º e 5º). Observar que a Justiça Militar
estadual não julga civis em nenhuma hipótese, somente militares dos estados-membros (art.
125, § 4º) – ou seja, policiais militares e bombeiros militares – em determinadas matérias (crimes
limitares definidos em lei e ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a
competência do júri quando a vítima for civil – art. 125, § 4º).
É constitucional lei estadual iniciada pelo Poder Judiciário que cria novos registros de
títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas, uma vez que os Tribunais de Justiça
têm competência privativa para propor leis que disponham sobre serventias judiciais e
extrajudiciais23.
23
STF - ADI 2127
19
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- que os pagamentos de obrigações definidas em lei como de pequeno valor não estão
submetidas ao regime de precatórios (§ 3º);
• Dica importante 2: caberá sempre à instância imediatamente acima julgar o habeas corpus
contra ato praticado por tribunal;
• Dica importante 3: O Poder Judiciário não atua de ofício (por iniciativa própria), mas somente
quando é provocado, em razão do princípio da inércia.
• Para saber, dentre os tribunais superiores e o STF, quais possuem quantitativo mínimo ou
quantitativo exato de membros em sua composição, guarde o número 40. Isso porque se
somarmos a quantidade (mínima ou exata) dos membros desses tribunais, a única combinação que
chegará ao número 40 é somando-se o número (mínimo) de membros do STJ (33) com o número
(mínimo) de membros do TSE (7) – são justamente esses dois tribunais que possuem quantidade
mínima de membros estipulada pela CF; os demais (STF, TST e STM) possuem quantidade exata
estipulada na Constituição.
• Para cada tribunal, prestar atenção: ao processo de escolha, aos requisitos a serem atendidos
para os nomeados, composição, quantidade de membros, competências. Dê prioridade a
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STF – ADPF 250
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compreender bem os principais pontos sobre o STF, depois STJ, em seguida os demais Tribunais
Superiores e, por fim, os demais órgãos.
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APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em prova,
considerando o histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no
conteúdo, na legislação e nos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais1.
Dentro do assunto “Poder Judiciário (arts. 92 a 126 da CF/88)", “Autonomia financeira do Poder
Judiciário (art. 99 da CF/88)" é/são o(s) ponto(s) que acreditamos que possui(em) mais chances de
ser(em) cobrado(s) pela banca.
1
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado assunto,
considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados a partir de
critérios objetivos ou minimamente razoáveis.
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Art. 105, § 2º No recurso especial, o recorrente deve demonstrar a relevância das questões de
direito federal infraconstitucional discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que a admissão
do recurso seja examinada pelo Tribunal, o qual somente pode dele não conhecer com base
nesse motivo pela manifestação de 2/3 (dois terços) dos membros do órgão competente para o
julgamento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 125, de 2022)
§ 3º Haverá a relevância de que trata o § 2º deste artigo nos seguintes casos: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 125, de 2022)
III - ações cujo valor da causa ultrapasse 500 (quinhentos) salários mínimos;
==5617c==
(Incluído pela
Emenda Constitucional nº 125, de 2022)
IV - ações que possam gerar inelegibilidade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 125, de
2022)
VI - outras hipóteses previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 125, de 2022)
Alteração legislativa introduzida pela EC 122/2022
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos
com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber jurídico e
reputação ilibada. (...)
Art. 104, parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo
Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos
de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela
maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (...)
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre
brasileiros com mais de trinta e menos de setenta anos de idade, sendo: (...)
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compõe-se de vinte e sete Ministros, escolhidos
dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber
jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela
maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (...)
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Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República
dentre brasileiros com mais de trinta e menos de setenta anos de idade, sendo: (...)
Art. 123, parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República
dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, sendo:
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas
questões.
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República não está vinculado a escolher o nome que figurar em lista tríplice por três vezes
consecutivas ou cinco alternadas.
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o
Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
(...)
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco
alternadas em lista de merecimento;
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da
República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de setenta anos, sendo:
(...)
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
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Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o
Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso
público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil
em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de
atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;
A CF confere aos tribunais com número superior a trinta e cinco julgadores a discricionariedade
quanto à constituição de órgão especial, para o exercício das atribuições administrativas e
jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno.
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
Essa possibilidade é prevista para os tribunais com número superior a 25 julgadores, não
superiores a 35 julgadores, conforme o art. 93, inciso XI, da CF/1988:
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o
Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
(...)
XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser
constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco
membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas
da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a
outra metade por eleição pelo tribunal pleno;
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Exige-se dos advogados que integrarão os tribunais regionais eleitorais o exercício efetivo de,
no mínimo, dez anos de atividade profissional, não estando prevista na Constituição Federal a
participação do órgão de representação da classe dos advogados nesse processo de escolha.
Comentários
GABARITO: “CERTO”
O STF, no julgamento do RMS 24334/PB, concluiu que os advogados que integram o TSE devem
ter 10 anos de experiência na advocacia, conforme a regra prevista no art. 94, caput, da
CF/1988:
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos
Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério
Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e
de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional,
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
A inamovibilidade constitui garantia que é deferida apenas aos juízes titulares, não alcançando
os substitutos.
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
O art. 95, inciso II, da CF/1988 não restringe a garantia da inamovibilidade aos juízes titulares:
(...)
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
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Comentários
GABARITO: “ERRADO”
O art. 95, parágrafo único, inciso II, da CF/1988 veda o recebimento de custas processuais:
(...)
(...)
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
O art. 95, parágrafo único, inciso II, da CF/1988 veda a participação, a qualquer título ou
pretexto, em processo:
(...)
(...)
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A) presidente da República.
B) presidente do STF.
C) presidente do STJ.
D) presidente do respectivo tribunal de justiça.
E) ministro da Justiça.
Comentários:
A criação de cargos públicos no âmbito dos tribunais de justiça pode ser esclarecida através da
análise do art. 96, II, “b”, da CF/88. Vejamos:
Gabarito: letra D.
Comentários
GABARITO: “CERTO”
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário
de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
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inconstitucionalidade para o Tribunal Pleno, pois esse envio é dever de ofício do órgão
fracionário.
11. (CESPE/2017/TRF 1/AJOJ) Acerca do Poder Judiciário, julgue o item que se segue.
Comentários
GABARITO: “CERTO”
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário
de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
Órgão fracionário de tribunal que afaste a incidência, no todo ou em parte, de lei ou ato
normativo, ainda que não declare expressamente a sua inconstitucionalidade, violará a cláusula
de reserva de plenário.
Comentários
GABARITO: “CERTO”
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário
de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
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Comentários
GABARITO: “CERTO”
O Poder Judiciário goza de autonomia administrativa, razão por que auto-organiza seus serviços,
mas não detém autonomia financeira.
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
O art. 99, caput, da CF/1988 preconiza que o Poder Judiciário também possui autonomia
financeira:
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Comentários:
Letra A – incorreta. Lei ou ato normativo estadual não é objeto de ação declaratória de
constitucionalidade por parte do STF. Vejamos:
Letra C – incorreta. Compete ao STF processar e julgar, nas infrações penais comuns, o
Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios
Ministros e o Procurador-Geral da República (art. 102, I, “b”, da CF/88).
Letra E – incorreta. Em se tratando de HC, compete ao STF processar e julgar o habeas corpus,
sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança
e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e
do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do
próprio Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, “d”, da CF/88).
Gabarito: letra D.
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Comentários
GABARITO: “ERRADO”
As Súmulas Vinculantes do STF possuem efeito vinculante em relação aos demais órgão do
Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta em todas as esferas, conforme
disposto no art. 103-A da CF/1988:
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
O STJ, não o STF, é competente para julgar conflitos entre Tribunais Regionais, nos termos do
art. 105, inciso I, alínea “d”, da CF/1988:
(...)
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Comentários
GABARITO: anulada. Havia duas possibilidades de resposta: “A” e “D”, conforme explicado a
seguir:
A: certo. O STF indica um desembargador de TJ para compor o CNJ, conforme o art. 103-B,
inciso IV, da CF/1988:
(...)
B: errado. O vice-presidente do STF até pode compor o CNJ, mas apenas nas ausências do
Presidente, de acordo com o § 1º do art. 103-B da CF/1988:
Art. 103-B
(...)
C: errado. Um dos cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada que compõem o CNJ é
indicado pela Câmara dos Deputados, o outro é indicado pelo Senado Federal, conforme
previsto no art. 103-B, inciso XIII, da CF/1988:
(...)
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XIII dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela
Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
D: certo. Na verdade o CNJ é composto por 2 advogados indicados pelo Conselho Federal da
OAB. Apesar de constar na assertiva que o CNJ é composto por 1 advogado (e não 2), não
podemos deixar de considerar que a alternativa está correta, uma vez que “um” faz parte de
“dois”. Note que a assertiva não restringiu a composição do CNJ a “apenas um advogado
indicado pelo Conselho Federal da OAB”, por exemplo. Assim, a assertiva está “incompleta”,
mas não incorreta. De todo modo, a banca preferiu anular a questão, em razão da dúvida gerada
ao candidato em relação à mencionada restrição. Segue o teor do art. 103-B, inciso XII, da
CF/1988:
(...)
XII dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil;
E: errado. O juiz estadual que compõe o CNJ é indicado pelo STF, não pelo STJ, conforme o art.
103-B, inciso, da CF/1988:
(...)
a) Cabe recurso contra decisão proferida por tribunal regional eleitoral que conceda mandado
de segurança, o qual deve ser dirigido ao Tribunal Superior Eleitoral.
b) Cabe ao presidente da República nomear dois juízes, entre seis advogados indicados pela
Ordem dos Advogados do Brasil, para a composição dos Tribunais Regionais Eleitorais.
c) O presidente de determinado tribunal que praticar ato comissivo ou omissivo que retarde a
liquidação regular de precatório, incorrerá em infração funcional, a qual não poderá ser apurada
pelo Conselho Nacional de Justiça, por ser a apuração de competência privativa da corregedoria
do tribunal.
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Comentários
GABARITO: “E”
(...)
(...)
A: errada. Cabe recurso da decisão de TRE que denegar, não que determinar, a concessão de
mandado de segurança - art. 121, § 4º, inciso V, da CF/1988:
Art. 121.
(...)
§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
(...)
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B: errada. A OAB não participa da escolha dos advogados para composição dos TREs; esses
advogados são indicados pelo Tribunal de Justiça, nos termos do art. 120, § 1º, inciso III, da
CF/1988:
(...)
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
C: errada. O art. 100, § 7º, da CF/1988 prevê que o CNJ também apura os crimes de
responsabilidade decorrentes de retardamento ou tentativa de frustração de liquidação regular
de precatórios, em relação aos Presidentes de Tribunais:
D: errada. Na verdade, não chega a haver conflito de competência entre TSE e TRE, por se tratar
de questão hierárquica: vale a lógica de que “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
De fato, tanto o CNJ quanto o CJF não possuem competência jurisdicional, uma vez que são
órgãos administrativos. Vejamos o que dispõe o art. 105, parágrafo único, I e II, da CF/88, sobre
o tema. Vejamos:
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Gabarito: certo.
Gabarito: certo.
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Comentários
GABARITO: “ERRADO”
§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
(...)
Comentários
GABARITO: “CERTO”
Essa possibilidade está implícita no art. 121, § 4º, inciso IV, da CF/1988:
Art. 121.
(...)
§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
(...)
Comentários
GABARITO: “ERRADO”
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A CF/1988, no art. 121, § 3º, e o STF (MS 20891-DF) admitem a interposição de recurso em face
de decisão do TSE quando contrariada a Lei Maior:
Art. 121.
(...)
23. (CESPE/2016/TRE PE/AJAA) Caberá recurso das decisões dos tribunais regionais eleitorais
somente quando estas
a) divergirem da interpretação de lei de um tribunal eleitoral e de um tribunal regional federal.
b) versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais, estaduais ou
municipais.
c) versarem sobre inelegibilidade nas eleições federais ou estaduais.
d) determinarem a concessão de habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou
mandado de injunção.
e) determinarem a anulação de diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais,
estaduais ou municipais.
Comentários
GABARITO: “C”
Trata-se de hipótese prevista no art. 121, § 4º, inciso II, da CF/1988, transcrito a seguir, junto
com os demais dispositivos pertinentes:
Art. 121.
(...)
§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
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A: errada. No caso de divergência da interpretação de lei, cabe recurso das decisões dos TREs
apenas quando o conflito ocorrer entre 2 ou mais TREs - art. 121, § 4º, inciso II, da CF/1988.
B: errada. Não cabe recurso das decisões dos TREs que versarem sobre inelegibilidade ou
expedição de diplomas nas eleições municipais - apenas em relação às eleições federais ou
estaduais, nos termos do art. 121, § 4º, inciso III, da CF/1988.
D: errada. Cabe recurso das decisões dos TREs que denegarem, não que determinarem, a
concessão de habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção -
art. 121, § 4º, inciso V, da CF/1988.
E: errada. Cabe recurso das decisões dos TREs apenas quando for determinada a anulação de
diplomas ou decretação de perda de mandatos eletivos federais ou estaduais, não municipais -
art. 121, § 4º, inciso IV, da CF/1988.
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São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto.
Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados
do conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar
melhor os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o
exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo
a facilitar a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
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Justiça Comum = Justiça Estadual (TJs + Juízes de Direito) + Justiça Federal (TRFs + Juízes
Federais).
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Ao tribunal que tal juiz seja imediatamente vinculado, conforme art. 96, I, “f” da CF:
O Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual, consoante § 4º do art. 99 da CF:
Art. 99, § 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
(...)
5. Qual o prazo para que o magistrado de primeiro grau adquira vitaliciedade? Durante seu
estágio probatório, como ele pode perder o cargo?
Após 2 anos de exercício. No estágio probatório, o juiz poderá perder o cargo por deliberação
do Tribunal a que esteja vinculado (art. 95, I, CF).
6. Qual o prazo para que o magistrado de primeiro grau faça jus à garantia da
inamovibilidade? Essa garantia é absoluta?
Não há prazo para aquisição da inamovibilidade – o magistrado já possui tal garantia desde sua
posse.
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A inamovibilidade não é uma garantia absoluta: o juiz poderá ser removido por motivo de
interesse público, por decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ, conforme
art. 93, VIII, CF/88:
Art. 93, VIII o ato de remoção ou de disponibilidade, por interesse público, fundar-se-
á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho
Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
Não, o juiz só pode acumular seu cargo com cargo ou função de magistério, conforme art. 95,
parágrafo único, I da CF:
8. Qual o prazo da quarentena ao qual está submetido o juiz que se aposenta? Ele pode
exercer a advocacia antes desse período?
Antes disso o juiz aposentado pode exercer a advocacia, desde que não seja no juízo ou tribunal
do qual se afastou.
Sim, mas somente pelo fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento
próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação, conforme
CF, art. 93, II, “d”:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco
alternadas em lista de merecimento;
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e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além
do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou
decisão;
10. O órgão especial, que pode ser constituído nos tribunais com número superior a vinte e
cinco julgadores, deve possuir quantos membros? Esse órgão poderá exercer atribuições
administrativas ou jurisdicionais?
Art. 93, XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser
constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco
membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas
da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a
outra metade por eleição pelo tribunal pleno.
11. Qual a quantidade de integrantes que deverá conter a lista enviada pelo TRF ao Poder
Executivo para ocupar vaga nesse tribunal pertencente ao quinto constitucional?
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos
Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros do Ministério
Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e
de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional,
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
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b) que o STJ e o TST indicarão 1 membro proveniente do respectivo tribunal: são mais 2
membros – total de 3 membros;
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c) que 1 juiz de primeira instância e 1 juiz de tribunal de segunda instância serão indicados pelo
STF, STJ e TST, sendo que:
e) que 2 membros serão indicados dentre advogados, pela OAB (+ 2 membros) – total de 13
membros;
f) que 2 membros serão indicados dentre cidadãos, um pela Câmara e o outro pelo Senado (+ 2
membros) – total de 15 membros.
(...)
14. Caso um magistrado pratique conduta que necessite exame por meio de processo
disciplinar, o CNJ, se desejar examinar o caso, precisa esperar a atuação do tribunal ao qual o
referido magistrado está vinculado?
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15. A quem compete o julgamento dos membros do Congresso Nacional por crime comum? E
por crime de responsabilidade?
Nos crimes comum, a competência originária para julgamento é do STF (art. 102, I, “b”).
Por outro lado, a rigor, os membros do Congresso Nacional não praticam crimes de
responsabilidade (portanto não existe órgão que os julgue por tais crimes), embora possam
perder seu mandato por quebra de decoro parlamentar (art. 55, II), a partir de decisão da
respectiva Casa (art. 55, § 2º).
16. A quem compete o julgamento do habeas corpus quando o sujeito ativo ocupar o cargo
Ministro de Estado? E quando o Ministro de Estado figurar como sujeito passivo?
a) pelo STJ, quando forem autoridades coatoras (CF, art. 105, I, “c”);
b) pelo STF, quando forem pacientes, a competência será do STF (CF, art. 102, I, “d”).
17. A quem compete o julgamento do mandado de segurança contra ato do Tribunal de Contas
da União? E do STJ?
O STF julga o mandado de segurança contra atos do Tribunal de Contas da União (CF, art. 102,
I, “d”), porém é o STJ que julga o mandado de segurança contra atos do próprio STJ (CF, art.
105, I, “b”).
Regra importante: o mandado de segurança e o habeas data contra o ato de um Tribunal será
sempre julgado no próprio Tribunal. Entretanto, tal regra não vale para os tribunais de contas,
somente para aqueles integrantes do Poder Judiciário.
18. A quem compete o julgamento da ação popular contra ato do Presidente da República?
Não há foro especial em ação popular, de modo que se for ajuizada ação popular contra o
Presidente da República, esta será processada e julgada, via de regra, pelo juízo competente de
primeiro grau.
19. Qual seria o órgão competente para julgar, originalmente, um eventual litígio entre a
Organização Mundial do Comércio (OMC) e o município do Rio de Janeiro?
1
STF – MS 28.620.
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Cumpre destacar que, em caso de recurso ordinário contra a decisão do juiz federal, caberá
recurso direto para o STJ (não passa pelo TRF!), conforme CF, art. 105, II, “c”:
Aí a competência para julgar o litígio seria do STF, conforme CF, art. 102, I, “e”:
20. Qual o órgão competente para julgar o habeas corpus quando o coator for o Superior
Tribunal Militar?
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Regra importante: quando o coator for tribunal, será sempre competente para julgar o habeas
corpus a instância imediatamente acima!
21. A quem compete julgar o recurso ordinário contra decisão proferida por juiz federal em sede
de crime político?
b) o crime político;
É importante destacar que a competência originária para processar e julgar os crimes políticos é
dos juízes federais (art. 109, IV).
Assim, eventual recurso ordinário contra uma decisão proferida por juiz federal em sede de
crime político deve ser interposto diretamente no STF, “pulando” todas as instâncias
intermediárias.
22. Qual o instrumento mais adequado para contestar o julgamento, em última instância, que
decide pela validez de uma lei do município de São Paulo em face de uma lei federal: recurso
extraordinário ou recurso especial?
Muito cuidado para não confundir essa hipótese de cabimento de recurso extraordinário perante
o STF, com as hipóteses em que é possível o recurso especial perante o STJ, previstas na CF, art.
105, III:
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c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
Perceba que em todos os casos em que é cabível recurso especial, há menção à “lei federal”,
então é preciso estar atento para não confundir esses casos com o caso em que é cabível
recurso extraordinário previsto na alínea “d” do inciso II do art. 102, que também menciona “lei
federal” em sua redação!
23. Qual o órgão competente para julgar o chefe do Poder Executivo do Rio Grande do Sul nos
crimes comuns? E nos de responsabilidade?
Nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal serão processados e
julgados pelo STJ (CF, art. 105, I, “a”).
O recurso extraordinário perante o STF depende sim da existência de repercussão geral, que só
poderá ser recusada (não é “aceita”, é “recusada”!) mediante voto de 2/3 dos membros do
Tribunal, conforme disposto na CF, art. 102, § 3º:
Por outro lado, não é necessária a existência de repercussão geral para o cabimento de recurso
especial perante o STJ.
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Nada obstante, no recurso especial, o recorrente deve demonstrar a relevância das questões de
direito federal infraconstitucional discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que a admissão
do recurso seja examinada pelo Tribunal, o qual somente pode dele não conhecer com base
nesse motivo pela manifestação de 2/3 (dois terços) dos membros do órgão competente para o
julgamento (art. 105, § 2º).
A CF/88 estabelece que essa relevância haverá nos seguintes casos (art. 105, § 3º):
a) ações penais;
25. Qual o órgão competente para julgar mandado de segurança contra ato de juiz federal?
26. Sabe-se que os índios gozam de proteção constitucional especial. Nesse sentido, a CF
estabelece que “são reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças
e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam”. Pergunta-se:
qual o órgão competente para julgar a disputa sobre direitos indígenas?
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27. A fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo,
a CF conferiu determinada prerrogativa a certos tribunais. Qual seria essa prerrogativa? Quais
tribunais a possuem, nos termos da Constituição Federal?
28. Qual o foro competente para julgar as causas entre a União e os servidores federais que
trabalham no Ministério da Saúde?
29. Suponha que o sindicato dos bancários tenha problemas com a conta corrente que possui
em determinado banco privado, empregador de centenas de seus sindicalizados. Suponha que o
referido banco ingresse no Poder Judiciário com pedido de indenização em desfavor de tal
banco, em razão de prejuízos causados pelos problemas na conta corrente. Qual seria o foro
competente para julgar tal litígio?
Seria a Justiça Comum, uma vez que a competência da Justiça do Trabalho para processar e
julgar as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e
entre sindicatos e empregadores (CF, art. 114, III), só serão processadas e julgadas pela Justiça
do Trabalho quando decorrerem de relação de trabalho (CF, art. 114, I).
Por meio de eleição realizada pelo próprio TSE (CF, art. 119, parágrafo único), sendo que:
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a) seu Presidente e Vice deverão ser eleitos dentre os Ministros do STF (que também compõem
o TSE!);
b) o Corregedor Eleitoral deverá ser eleito dentre os Ministros do STJ (que também compõem o
TSE!).
Art. 121, § 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso
quando:
32. Qual das três Forças possui mais assentos no Superior Tribunal Militar: Marinha, Exército ou
Aeronáutica?
Exército, que possui 4 assentos no STM. Marinha e Aeronáutica possuem 3 assentos cada, nos
termos do art. 123, caput, da CF:
I - três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional;
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II - dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público
da Justiça Militar.
33. Qual a diferença entre as competências constitucionais da Justiça Militar da União e a dos
Estados?
Veja que a Justiça Militar dos estados só julga causas envolvendo militares dos estados (policiais
militares e bombeiros militares – não julga civis) e, mesmo assim, em determinadas matérias:
crimes militares definidos em lei e ações judiciais contra atos disciplinares militares.
Competência residual, compreendendo tudo aquilo que não é de atribuição da Justiça Federal,
do Trabalho ou Eleitoral.
A Constituição Estadual deve definir a competência dos Tribunais de Justiça, sendo a lei de
organização judiciária de iniciativa de tal órgão (§ 1º do art. 125 da CF).
É importante lembrar que o DF não possui competência para organizar e manter a Justiça do
DF, tampouco sobre ela legislar, cabendo à União realizar tais atribuições – CF, arts. 21, XIII e 22,
XVII:
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35. De qual prerrogativa prevista na CF os Tribunais de Justiça podem se valer para dirimir
conflitos fundiários?
Poderá propor a criação de varas especializadas, com competência exclusiva para questões
agrárias, conforme art. 126, caput, da CF:
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de
varas especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias.
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-
se-á presente no local do litígio.
Interessante observar, ainda, que nesses conflitos agrários, o juiz poderá fazer-se presente no
local do litígio, se assim for necessário à eficiente prestação jurisdicional (parágrafo único supra).
...
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A CF confere aos tribunais com número superior a trinta e cinco julgadores a discricionariedade quanto à
constituição de órgão especial, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas
da competência do tribunal pleno.
Exige-se dos advogados que integrarão os tribunais regionais eleitorais o exercício efetivo de, no mínimo,
dez anos de atividade profissional, não estando prevista na Constituição Federal a participação do órgão de
representação da classe dos advogados nesse processo de escolha.
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a) Os juízes não podem se dedicar à atividade político-partidária, ainda que estejam de férias ou licença.
b) A vitaliciedade dos juízes é adquirida após três anos de efetivo exercício do cargo.
d) A atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedadas as férias coletivas em todo o Poder Judiciário.
7. (CESPE/2013/CNJ/AJAJ) Acerca do contorno constitucional do Poder Judiciário e dos seus órgãos, julgue
o item a seguir.
A inamovibilidade constitui garantia que é deferida apenas aos juízes titulares, não alcançando os
substitutos.
12. (CESPE/2017/TRF 1/AJOJ) Acerca do Poder Judiciário, julgue o item que se segue.
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Órgão fracionário de tribunal que afaste a incidência, no todo ou em parte, de lei ou ato normativo, ainda
que não declare expressamente a sua inconstitucionalidade, violará a cláusula de reserva de plenário.
O STF, mitigando norma constitucional, entende que é dispensável a submissão da demanda judicial à
==5617c==
15. (CESPE/2013/CNJ/AJAJ) Acerca do contorno constitucional do Poder Judiciário e dos seus órgãos, julgue
o item a seguir.
O Poder Judiciário goza de autonomia administrativa, razão por que auto-organiza seus serviços, mas não
detém autonomia financeira.
17. (CESPE/2016/TRE-PI/AJAJ/Adaptada) Acerca dos Poderes da República e das funções essenciais à justiça,
julgue os itens.
a) Em razão do princípio da separação dos poderes, a súmula vinculante editada pelo STF é efetiva apenas
para os órgãos do Poder Judiciário.
b) Eventual conflito de competência entre um tribunal regional eleitoral e um tribunal regional federal
deverá ser revolvido pelo STF.
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20. (CESPE/2016/TRE PI/AJAA) No que se refere ao Poder Judiciário na ordem jurídica constitucional,
assinale a opção correta.
a) Cabe recurso contra decisão proferida por tribunal regional eleitoral que conceda mandado de
segurança, o qual deve ser dirigido ao Tribunal Superior Eleitoral.
b) Cabe ao presidente da República nomear dois juízes, entre seis advogados indicados pela Ordem dos
Advogados do Brasil, para a composição dos Tribunais Regionais Eleitorais.
c) O presidente de determinado tribunal que praticar ato comissivo ou omissivo que retarde a liquidação
regular de precatório, incorrerá em infração funcional, a qual não poderá ser apurada pelo Conselho
Nacional de Justiça, por ser a apuração de competência privativa da corregedoria do tribunal.
d) Cabe ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar originariamente conflitos de competência entre o
Tribunal Superior Eleitoral e tribunal regional eleitoral.
e) No exercício de sua competência correicional, o Conselho Nacional de Justiça pode apreciar reclamações
contra membros do Poder Judiciário bem como aplicar as correspondentes sanções, mesmo quando a
corregedoria do tribunal tiver absolvido o magistrado pelo ato.
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Compete ao STF processar e julgar originariamente mandado de segurança impetrado contra ato emanado
de tribunal regional eleitoral.
24. (CESPE/2015/TRE-MT/AJAJ/Adaptada) Julgue o item acerca do Poder Judiciário, das funções essenciais à
justiça e das finanças públicas.
De acordo com o STF, as decisões do TSE são irrecorríveis, ainda que contrariem, em tese, dispositivos da
CF.
25. (CESPE/2016/TRE PE/AJAA) Caberá recurso das decisões dos tribunais regionais eleitorais somente
quando estas
a) divergirem da interpretação de lei de um tribunal eleitoral e de um tribunal regional federal.
b) versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais, estaduais ou municipais.
c) versarem sobre inelegibilidade nas eleições federais ou estaduais.
d) determinarem a concessão de habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de
injunção.
e) determinarem a anulação de diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais, estaduais
ou municipais.
I Aos juízes federais compete processar e julgar os crimes contra a organização do trabalho.
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Gabarito
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Autor:
Tulio Lages
11 de Março de 2023
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Índice
1) O que é mais cobrado no assunto - Funções Essenciais à Justiça - Cebraspe - Nível Superior
..............................................................................................................................................................................................3
7) Referências Bibliográficas
..............................................................................................................................................................................................
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% de cobrança
Tópico
Cebraspe
Caráter permanente, essencialidade, incumbências, princípios
institucionais e autonomia funcional e administrativa (art. 127, caput e 10,0%
§§ 1º e 2º da CF/88)
Ministério
Autonomia orçamentária (arts. 127, §§ 3º a 6º da CF/88) 0,0%
Público
Composição do Ministério Público, nomeação e destituição de seus
(arts. 127 chefes (art. 128, I e II e §§ 1º a 4º da CF/88)
10,0%
a 130 da Funções institucionais (art. 129 da CF/88) 10,0%
CF/88) Garantias e vedações aos membros do MP (art. 128, § 5º da CF/88) 0,0%
Ministério Público junto aos Tribunais de Contas (art. 130 da CF/88) 3,3%
Conselho Nacional do Ministério Público (art. 130-A da CF/88) 0,0%
Advocacia Pública (arts. 131 e 132 da CF/88) 43,3%
Advocacia (art. 133 da CF/88) 0,0%
Defensoria Pública (arts. 134 e 135 da CF/88) 23,3%
3
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A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
Para revisar e ficar bem preparado no assunto, você precisa, basicamente, compreender bem os
arts. 127 a 135 da CF, bem como a Lei 7.347/1985, buscando a sua memorização paulatina,
atentando-se especialmente para os pontos e orientações a seguir:
- para o princípio do promotor natural, implicitamente previsto no art. 5º, LIII da CF.
Precedente(s) importante(s):
- que, como o Poder Executivo detém a iniciativa das leis orçamentárias (art. 84, inciso XXIII), a
proposta orçamentária do Ministério Público deve ser encaminhada àquele Poder. É também
por isso que cabe ao Poder Executivo realizar as medidas e ajustes referentes ao orçamento
do Ministério Público nas hipóteses previstas no § 4º (caso em que o Ministério Público não
encaminha a proposta no prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias) e § 5º (caso
em que o Ministério Público encaminha proposta em desacordo com os limites estipulados na
1
STF - HC 67.759.
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lei de diretrizes orçamentárias). Cumpre destacar que, encaminhando o Ministério Público sua
proposta orçamentária ao Executivo obedecendo os limites da LDO e demais requisitos
previstos no art. 127, § 3º, o chefe do Poder Executivo não pode reduzir unilateralmente o
orçamento proposto, cabendo a ele remetê-lo ao Poder Legislativo e, se entender pertinente,
solicitar a redução pretendida, conforme entendimento recente do STF:
- que o Ministério Público do DF e Territórios integra o Ministério Público da União (ou seja,
não é uma espécie de Ministério Público estadual). Inclusive, convém destacar que compete à
União organizar e manter o MPDFT (art. 21, XIII, CF).
- que não há menção à Ministério Público Eleitoral no inciso I (embora, na prática, ele exista).
- que não há menção ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas nos incisos I ou II –
com efeito, os Ministérios Públicos junto aos Tribunais de Contas não integram a estrutura
orgânica nem do MPU, nem dos MPEs. Além disso, não possuem as atribuições previstas no
art. 129. A eles, por outro lado, são aplicáveis os mesmos direitos, vedações e forma de
investidura dos membros do MP em geral (art. 130). Precedente(s) importante(s):
2
STF – ADI 5287.
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- que a lei que organiza o Ministério Público (§ 5º) é complementar e de iniciativa concorrente
do Presidente do Chefe do Poder Executivo e do Chefe do Ministério Público (Ou seja, será
uma lei complementar federal de iniciativa concorrente do Presidente da República e do
Procurador Geral da República na esfera federal. Será uma lei complementar estadual de
iniciativa concorrente do Governador do Estado e do Procurador-Geral de Justiça na esfera
estadual). Essas leis não se confundem com a Lei Ordinária, de iniciativa privativa do
Presidente da República para dispor sobre normas GERAIS para a organização do Ministério
Público dos Estados, do DF e dos Territórios (CF, art. 61, II, “d”).
- que não há hierarquia entre o MPU e os MPEs. Eventual conflito de atribuições entre um
membro do MPF e outro do MPE, entretanto, será resolvido pelo PGR5.
- que o PGR deve ser nomeado dentre integrantes da carreira do MPU (§ 1º) – pode ser de
qualquer ramo do MPU6.
- que a nomeação do PGR deve ser aprovada pela maioria do Senado Federal (§ 1º),
mediante voto secreto, após arguição pública (art. 51, III, “e”).
- que o PGR pode ser destituído por iniciativa do Presidente da República, sendo necessária a
aprovação da maioria absoluta do Senado Federal (§ 2º).
3
STF – ADI 789.
4
STF - RE 1178617
5
STF – ACO 924/MG.
6
STF – MS 21.239.
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- que a despeito de o art. 128, § 5º, inciso II, “b”, vedar o exercício da advocacia por parte
dos membros do MP, o art. 29, § 3º do ADCT permite que os integrantes da carreira do MPU
que tenham sido admitidos antes da promulgação da CF/88 e que tenham optado pelo
regime anterior exerçam a advocacia.
- que a quarentena prevista no § 6º do art. 128 é aplicável somente ao tribunal perante o qual
o membro do MP oficiava.
a) que a ação civil pública se presta à proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos (inciso III do art. 129). Observar, também,
os casos previstos no art. 1º da Lei 7.347/1985;
b) que promover a ação civil pública não é competência exclusiva do MP (inciso III), conforme
§ 1º. Além disso, observar os demais legitimados previstos no art. 5º da Lei 7.347/85.
- que o MP exerce o controle externo (e não interno) da atividade policial (inciso VII).
7
STF – ADI 1.783-BA.
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- que o concurso para ingresso na carreira do MP contará com a participação da OAB “em sua
realização” (§ 3º), enquanto o concurso para ingresso na magistratura contará com a
participação da OAB “em todas as fases” (art. 93, inciso I).
==5617c==
- que um membro de cada carreira do MPU compõe o Conselho (inciso II). Ou seja, um
membro do MPM, um do MPT, um do MPF e um do MPDFT.
- que compete ao STF julgar as ações contra o CNMP (art. 102, I, “r”).
8
STF – RE 535.478
9
CNMP – Processo 337/2016-92
8
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causas específicas, o Estado pode constituir outro representante para atuar em juízo 10. Ou
seja, não se trata de competência exclusiva da Advocacia Pública.
Nada obstante, na ADI 5109, o STF decidiu que Lei Complementar estadual que cria
atribuições complementares e específicas para servidores técnicos do Departamento Estadual
de Trânsito (Detran) com formação em Direito viola o artigo 132 da Constituição da
República, que atribui exclusivamente aos procuradores dos estados e do Distrito Federal o
exercício da representação judicial e a consultoria jurídica das unidades federadas.
- que a organização e funcionamento da AGU deve ser disciplinada por meio de lei
complementar (caput).
- que a AGU, de maneira ampla, é o órgão de advocacia pública da União, mas na execução
da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe especificamente à
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (§ 3º).
- que nas atividades de consultoria e assessoramento jurídico, a AGU age somente no Poder
Executivo, porque integra este Poder (caput). Inclusive o STF entende que cada Poder possui
a prerrogativa de manter uma assessoria jurídica própria 11.
- que apesar de não expresso nos arts. 131 e 132, existem procuradorias no âmbito municipal
– é a única Função Essencial à Justiça que se manifesta na esfera municipal.
10
STF – 121.856-ED.
11
STF – ADI 1.557/DF.
12
STF - ADIs 5262, 5215 e 4449
13
STF - ADI 241
14
STF - ADI 1246
9
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“Os Procuradores da Fazenda Nacional não possuem direito a férias de 60 dias, nos
termos da legislação infraconstitucional e constitucional vigentes”17.
- que a imunidade material do advogado não é absoluta, não alcançando condutas que
podem ser configuradas como crime de calúnia, desacato ou outros excessos.
- que a Defensoria presta assistência jurídica judicial e extrajudicial aos necessitados, na forma
do art. 5º, LXXIV (caput). Essa assistência é integral e gratuita.
15
STF – ADI 3536
16
STF - RE 663696
17
STF – RE 594481
10
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- que a Defensoria pública possui legitimidade para propor Ação Civil Pública (Lei 7.347/85,
art. 5º).
• CF, art. 135: observar que os advogados e defensores públicos serão remunerados por
subsídio fixado em parcela única, na forma do art. 39, § 4º.
18
STF – ADI 4056.
11
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APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em prova, considerando o
histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no conteúdo, na legislação e nos
entendimentos doutrinários e jurisprudenciais1.
Dentro do assunto “Funções Essenciais à Justiça (arts. 127 a 135 da CF/88)", “Defensoria Pública (arts. 134 e
135 da CF/88)" é/são o(s) ponto(s) que acreditamos que possui(em) mais chances de ser(em) cobrado(s) pela
banca.
1
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado assunto,
considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados a partir de critérios objetivos
ou minimamente razoáveis.
12
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orientação jurídica
de forma integral e
incumbências gratuita, aos
promoção dos direitos
necessitados (na
(caput) humanos
forma do art. 5º,
LXXIV da CF/88)
defesa, em todos os graus,
judicial e extrajudicialmente,
dos direitos individuais e
coletivos
unidade
Princípios institucionais
indivisibilidade
(§ 4º)
independência funcional
Carreira
garantia inamovibilidade
(§ 1º)
13
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas
questões.
a) Advocacia pública.
c) Polícia judiciária.
d) Defensoria Pública.
e) Ministério Público.
Comentários
Gabarito: “E”
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Detalhe: note que, para o papel da AGU, a literalidade da CF fala em representação “judicial e
extrajudicial” enquanto que, para os Procuradores dos Estados e do DF, menciona apenas
representação “judicial” (não menciona “extrajudicial”).
c) A Polícia Judiciária é a polícia investigativa, exercida pelas polícias civis. Não guarda relação,
portanto, com a finalidade apontada no enunciado.
CF/88
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O Ministério Público Eleitoral é parte integrante do Ministério Público da União, tem estrutura
própria e é composto por procuradores investidos no serviço público mediante aprovação em
concurso próprio para a respectiva carreira.
Comentários
GABARITO: errado.
O Ministério Público Eleitoral não está previsto no rol do art. 128, inciso I, da CF/1988, que
estabelece os Ministérios Públicos que integram o MPU:
Embora não fosse necessário saber disso para acertar a questão, também não há concurso para
composição do Ministério Público Eleitoral, uma vez que suas atribuições são exercidas pelos
membros do Ministério Público Federal, conforme art. 72, caput, da Lei Complementar nº
75/1993:
Art. 72. Compete ao Ministério Público Federal exercer, no que couber, junto à
Justiça Eleitoral, as funções do Ministério Público, atuando em todas as fases e
instâncias do processo eleitoral.
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Aula 13
Moisés foi aprovado em concurso público de provas e títulos como membro do Ministério
Público Militar (MPM) em agosto de 2000 e vem exercendo atualmente suas atividades na
cidade do Rio de Janeiro.
Nessa situação, no exercício de suas atribuições no MPM, Moisés poderá receber, em casos
expressos em lei, honorários e custas processuais nos processos em que atuar.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
Conforme o art. 128, § 5º, inciso II, alínea “a”, da CF/1988, os membros do Ministério Público
não podem receber, sob qualquer pretexto, honorários e custas processuais:
(...)
II - as seguintes vedações:
Comentários
GABARITO: errado.
A promoção de ação civil pública para a promoção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos não é exclusiva, podendo ser realizada por
terceiros, segundo o disposto na CF e na lei, conforme o art. 129, inciso III e § 1º, da CF/1988:
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(...)
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
(...)
Comentários
Gabarito: “D”
Para o ingresso na carreira do Ministério Público, são necessários pelo menos 3 anos de
atividade jurídica.
Cuidado! Não são 3 anos de advocacia; são 3 anos de atividade jurídica, sendo a advocacia um
tipo de atividade jurídica aceita.
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O Ministério Público possui legitimidade para ajuizar ação civil pública em defesa de direitos das
populações indígenas.
Comentários
GABARITO: CERTO.
(...)
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
(...)
Comentários
GABARITO: ERRADO.
(...)
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua
finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de
entidades públicas.
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A promoção da ação civil pública para a proteção do meio ambiente e o controle externo da
atividade policial são funções institucionais do Poder Judiciário.
Comentários
GABARITO: errado.
Essas funções são do Ministério Público, não do Poder Judiciário, conforme o art. 129, incisos I e
VII, da CF/1988:
(...)
Comentários
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GABARITO: “A”
Essa função do Ministério Público está prevista no art. 129, inciso V, da CF/1988:
(...)
C: errada. A inviolabilidade do advogado não é absoluta, pois deve ser exercida nos limites da
lei, conforme o art. 133 da CF/1988:
D: errada. O AGU é nomeado entre cidadãos maiores de 35 anos de notável saber jurídico e
reputação ilibada; não precisa ser vinculado à carreira da instituição nem ter mais de 10 anos de
efetivo exercício no cargo, nos termos do art. 131, § 1º, da CF/1988:
E: errada. A CF não fala em lista tríplice, mas tão somente prevê que o PGR será nomeado pelo
Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal (art. 128, § 1º,
da CF/1988):
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10. (Cespe/2014/TJ SE/AJAA) A respeito dos Poderes Executivo e Legislativo e das funções
essenciais à justiça, julgue o item que se segue.
Comentários
GABARITO: CERTO.
(...)
(...)
De acordo com esse dispositivo, o CNMP pode apreciar e desconstituir, até mesmo de ofício,
atos administrativos praticados pelos membros do Ministério Público.
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Comentários
GABARITO: certo.
A OAB deve participar de todas as fases do concurso para ingresso na carreira de Procurador do
Estado ou do DF, obrigação essa não prevista em relação aos concursos da AGU. Tudo isso
conforme os artigos 131, § 2º, e 132, caput, da CF/1988:
§ 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo
far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
O art. 131, caput, da CF/1988 prevê que cabe à AGU desempenhar as atividades de consultoria
e assessoramento jurídico apenas do Poder Executivo:
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Comentários
Gabarito: “D”
CF/88
b) Nada disso. O MPU é composto pelo Ministério Público Federal, Ministério Público do
Trabalho, o Ministério Público Militar e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Junto
com o MPU, os Ministérios Públicos dos Estados formam o Ministério Público (nacional).
CF/88
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d) É isso aí. Basta olharmos o que dispõe o art. 132, caput da CF/88:
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D) ser inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
E) ser essencial à função jurisdicional do Estado e promover gratuitamente a orientação jurídica e
a defesa dos necessitados.
Comentários:
O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei (art. 133, da CF/88).
Gabarito: letra D.
15. (Cespe/2013/TRT 10/AJAJ) A respeito das funções essenciais à justiça, julgue o item
subsequente.
Comentários
GABARITO: CERTO.
Comentários
GABARITO: certo.
O enunciado está em consonância com a previsão do art. 134, caput e § 2º, da CF/1988:
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(...)
Tanto a Defensoria Pública da União como as dos estados e do DF devem ser organizadas por lei
complementar, devendo o ingresso no cargo de defensor público dar-se mediante concurso
público de provas e títulos.
Comentários
GABARITO: ERRADO.
Somente a DPU e a Defensoria Pública do DF e dos Territórios deve ser organizada por lei
complementar, que também deve prescrever normas gerais para a organização das Defensorias
Públicas dos estados - art. 134, § 1º, da CF/1988:
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Comentários
GABARITO: ERRADO.
A defensoria pública realiza a assistência jurídica integral e gratuita apenas dos cidadãos
necessitados, conforme o art. 134, caput, da CF/1988:
I O Ministério Público estadual possui legitimidade ativa autônoma para ajuizar reclamação no
Supremo Tribunal Federal (STF), desde que haja ratificação da inicial pelo procurador-geral da
República.
II A Defensoria Pública possui legitimidade ativa para ajuizar ação civil pública e defender
interesses transindividuais — coletivos stricto sensu e difusos — e interesses individuais
homogêneos.
III Os procuradores dos estados, que possuem remuneração estabelecida exclusivamente por
subsídio fixado em parcela única, exercem funções de consultoria jurídica e representação
judicial dos respectivos entes federados.
Comentários
Gabarito: “D”
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II – Este item é bem interessante, já que a CF/88 diz que a competência para propor a ação civil
pública é do Ministério Público, contudo, o § 1º, art. 129, diz que a legitimação do Ministério
Público para as ações civis não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o
disposto na própria Constituição e na lei.
Nesse sentido, a Lei 7.347/1985 traz a Defensoria Pública como legitimada ativa a propor a Ação
Civil Pública.
I - o Ministério Público;
II - a Defensoria Pública;
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;
III- Tanto os servidores integrantes das carreiras da Advocacia Pública, quanto os da Defensoria
Pública devem ser remunerados na forma de subsídio.
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Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste
Capítulo serão remunerados na forma do art. 39, § 4º.
Comentários:
Súmula 708/STF. É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos
da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir
outro.
Gabarito: certo.
30
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Gabarito: certo.
Em verdade, é inconstitucional a lei estadual que atribui à Defensoria Pública do Estado a defesa
judicial de servidores públicos estaduais processados civil ou criminalmente em razão do regular
exercício do cargo, pois se extrapola o modelo da CF (art. 134), o qual restringe as atribuições
da Defensoria Pública à assistência jurídica dos necessitados (ADI 3022/SC, DJe 04/03/2005).
Gabarito: errado.
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estadual que alterou a legislação trabalhista. Irresignado com a situação, João procurou a
Defensoria Pública (DP), com o objetivo de promover a defesa, no âmbito judicial e
administrativo, dos seus direitos individuais sem qualquer custo financeiro. Com a declaração de
insuficiência de recursos de João, o defensor ajuizou ação judicial visando a desconstituição da
dispensa trabalhista, alegando a inconstitucionalidade da lei estadual.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base nas disposições da
Constituição Federal de 1988 (CF).
Foi correta a decisão de João de procurar a DP, uma vez que a instituição defende os direitos
individuais dos cidadãos que declarem insuficiência de recursos.
Comentários
A Defensoria Pública presta assistência jurídica judicial e extrajudicial aos necessitados, na forma
do art. 5º, LXXIV (caput). Essa assistência é integral e gratuita.
Art. 5º, LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos;
A assertiva está incorreta, pois não basta a simples declaração de insuficiência, como consta no
enunciado da questão. É necessária a comprovação da insuficiência de recursos para que faça jus
ao direito de acompanhamento pela Defensoria Pública.
GABARITO: ERRADO.
Não compete ao CNMP conhecer das reclamações feitas contra os serviços auxiliares dos MP
dos estados.
Comentários
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(...)
Conforme a literalidade do artigo, a alternativa está incorreta, pois o recebimento das citadas
reclamações é uma das atribuições do CNMP.
GABARITO: ERRADO.
25. (CEBRASPE /2022 /TRT - 8ª Região/Técnico Judiciário) Acerca do Poder Judiciário e das
funções essenciais à justiça, julgue os itens a seguir.
I Aos juízes federais compete processar e julgar os crimes contra a organização do trabalho.
Comentários
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(...)
Item II - errado. Cabe ao Ministério Público defender os direitos e interesses das populações
indígenas. Dispõe o artigo art. 129, V da CF/88:
(...)
Item III - errado. Cabe à AGU as atividades de consultoria e assessoramento apenas ao Poder
Executivo. Dispõe o artigo 131 da CF/88:
GABARITO: LETRA B.
b) O Ministério Público, além de defender o regime democrático, atua, nos termos da sua lei
orgânica, nas atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
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Comentários
(...)
35
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Art. 129, VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei
complementar mencionada no artigo anterior;
GABARITO: LETRA D.
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São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto.
Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados
do conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar
melhor os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o
exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo
a facilitar a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
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O Ministério Público não integra a estrutura de nenhum dos poderes – é instituição autônoma e
independente.
O MPU abrange:
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Por sua vez, as leis de organização dos Ministérios Públicos Estaduais são de iniciativa
concorrente do Governador e do Procurador-Geral de Justiça – por simetria ao que ocorre na
esfera federal.
O princípio da unidade preceitua que o MP deve ser considerado um órgão único, composto por
um só corpo institucional. A unidade ocorre, entretanto, dentro de cada MP (ou seja, dentro de
cada ramo do MPU e dentro de cada Ministério Público do Estado).
7. É possível o oferecimento de denúncia pelo MP sem prévia investigação criminal por parte
da polícia?
Sim, o MP pode oferecer denúncia baseada em peças de informação obtidas pelo próprio
parquet, mesmo que não haja investigação criminal por parte da polícia, conforme entendimento
do STF1.
1
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Nenhum dos dois, mas, apenas estabilidade, a ser adquirida após três anos de exercício,
mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado
das corregedorias (CF, art. 132, parágrafo único).
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12. Aos defensores públicos dos Estados são assegurados a garantia da inamovibilidade? E da
vitaliciedade?
13. Quais defensorias públicas possuem autonomia funcional e administrativa e iniciativa de sua
proposta orçamentária?
Aqui valem os mesmos preceitos aplicados aos princípios institucionais do Ministério Público.
O princípio da unidade preceitua que a DP deve ser considerada um órgão único, composto por
um só corpo institucional. A unidade ocorre, entretanto, dentro de cada DP.
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Nos termos do art. 134, caput, da CF, a função da Defensoria Pública é a orientação jurídica, a
promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos
direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso
LXXIV do art. 5º da CF.
...
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a) Advocacia pública.
c) Polícia judiciária.
d) Defensoria Pública.
e) Ministério Público.
O Ministério Público Eleitoral é parte integrante do Ministério Público da União, tem estrutura
própria e é composto por procuradores investidos no serviço público mediante aprovação em
concurso próprio para a respectiva carreira.
Moisés foi aprovado em concurso público de provas e títulos como membro do Ministério
Público Militar (MPM) em agosto de 2000 e vem exercendo atualmente suas atividades na
cidade do Rio de Janeiro.
Nessa situação, no exercício de suas atribuições no MPM, Moisés poderá receber, em casos
expressos em lei, honorários e custas processuais nos processos em que atuar.
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O Ministério Público possui legitimidade para ajuizar ação civil pública em defesa de direitos das
populações indígenas.
A promoção da ação civil pública para a proteção do meio ambiente e o controle externo da
atividade policial são funções institucionais do Poder Judiciário.
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10. (Cespe/2014/TJ SE/AJAA) A respeito dos Poderes Executivo e Legislativo e das funções
essenciais à justiça, julgue o item que se segue.
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15. (Cespe/2013/TRT 10/AJAJ) A respeito das funções essenciais à justiça, julgue o item
subsequente.
Tanto a Defensoria Pública da União como as dos estados e do DF devem ser organizadas por lei
complementar, devendo o ingresso no cargo de defensor público dar-se mediante concurso
público de provas e títulos.
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I O Ministério Público estadual possui legitimidade ativa autônoma para ajuizar reclamação no
Supremo Tribunal Federal (STF), desde que haja ratificação da inicial pelo procurador-geral da
República.
II A Defensoria Pública possui legitimidade ativa para ajuizar ação civil pública e defender
interesses transindividuais — coletivos stricto sensu e difusos — e interesses individuais
homogêneos.
III Os procuradores dos estados, que possuem remuneração estabelecida exclusivamente por
subsídio fixado em parcela única, exercem funções de consultoria jurídica e representação
judicial dos respectivos entes federados.
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pública, julgue o item a seguir, tendo como referência o entendimento do Supremo Tribunal
Federal.
É constitucional norma estadual que atribua à defensoria pública do estado a competência de
defender servidores públicos civis estaduais processados administrativa, civil ou criminalmente.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base nas disposições da
Constituição Federal de 1988 (CF).
Foi correta a decisão de João de procurar a DP, uma vez que a instituição defende os direitos
individuais dos cidadãos que declarem insuficiência de recursos.
Não compete ao CNMP conhecer das reclamações feitas contra os serviços auxiliares dos MP
dos estados.
25. (CEBRASPE /2022 /TRT - 8ª Região/Técnico Judiciário) Acerca do Poder Judiciário e das
funções essenciais à justiça, julgue os itens a seguir.
I Aos juízes federais compete processar e julgar os crimes contra a organização do trabalho.
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b) O Ministério Público, além de defender o regime democrático, atua, nos termos da sua lei
==5617c==
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Gabarito
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
==5617c==
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Autor:
Tulio Lages
18 de Março de 2023
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Índice
1) Roteiro de Revisão - Aplicabilidade das Normas
..............................................................................................................................................................................................3
5) Referências Bibliográficas
..............................................................................................................................................................................................
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A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
Para revisar e ficar bem-preparado no assunto, você precisa, basicamente, compreender bem os
pontos a seguir:
Todas as normas constitucionais apresentam juridicidade (são imperativas e cogentes), mas o grau
de eficácia é variável entre elas.
Atenção: as normas autoaplicáveis são passíveis de serem regulamentadas por leis! Uma lei pode
regulamentar uma norma autoaplicável, mas esta já pode ser aplicada mesmo sem a existência
daquela.
As normas restringíveis são aquelas cuja aplicação pode ser limitada, restringida, por uma lei.
Já as normas não-restringíveis são aquelas cuja aplicação não pode ser limitada ou restringida, por
uma lei.
As normas de aplicabilidade direta são aquelas que não dependem de norma regulamentadora
para produzir seus efeitos.
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As normas de aplicabilidade imediata são aquelas que estão aptas a produzir todos os seus efeitos
desde o momento de sua promulgação.
As normas de aplicabilidade mediata (ou diferida) são aquelas que não estão aptas a produzir
todos os seus efeitos quando de sua promulgação.
As normas de aplicabilidade integral são aquelas que não podem sofrer limitações ou restrições
em sua aplicação.
As normas de aplicabilidade não-integral são aquelas que estão sujeitas a sofrer limitações ou
restrições em sua aplicação.
As normas de aplicabilidade reduzida são aquelas que possuem um grau de eficácia restrito
quando de sua promulgação.
São aquelas que produzem (ou estão aptas a produzir) seus plenos efeitos desde a entrada em
vigor da Constituição. Características: são autoaplicáveis, não-restringíveis e possuem
aplicabilidade direta, imediata e integral.
São aquelas que estão aptas a produzir seus plenos efeitos desde a entrada em vigor da
Constituição, mas que podem ser discricionariamente restringidas (por uma lei, uma norma
constitucional ou um conceito ético-jurídico indeterminado). Características: são autoaplicáveis,
restringíveis e possuem aplicabilidade direta, imediata e possivelmente não-integral (já que estão
sujeitas a limitações ou restrições).
São aquelas que não estão aptas a produzir seus plenos efeitos, porque dependem de
regulamentação futura para tanto (ou seja, a regulamentação amplia o alcance da norma
constitucional) – diz-se, por isso, que possuem eficácia mínima. Características: são não-
autoaplicáveis e possuem aplicabilidade indireta, mediata (ou diferida) e reduzida.
É importante destacar que as normas de eficácia limitada produzem os seguintes efeitos principais:
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- efeito vinculativo: obrigam o legislador ordinário a editar leis que as regulamentem, sob pena
de restar configurada omissão constitucional, passível de ser combatida via mandando de
injunção ou de ação direta de inconstitucionalidade por omissão.
Por fim, cumpre mencionar que as normas de eficácia limitada podem ser subdivididas em:
São aquelas que não podem ser suprimidas por meio de emenda, como as cláusulas pétreas
expressas.
Corresponde ao mesmo conceito adotado por José Afonso da Silva. Se diferenciam das normas
de eficácia absoluta em razão de poderem sofrer emendas tendentes a suprimi-las.
Corresponde ao mesmo conceito adotado por José Afonso da Silva para as normas de eficácia
contida.
Corresponde ao mesmo conceito adotado por José Afonso da Silva para as normas de eficácia
limitada.
Observações finais
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dispositivos do ADCT da CF/88), não sendo passíveis, portanto, de serem objeto de controle de
constitucionalidade.
2) De acordo com art. 5º, § 1º, da CF/88, as normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais possuem aplicação imediata.
Ter aplicação imediata significa que essas normas “são dotadas de todos os meios e elementos
necessários à sua pronta incidência aos fatos, situações, condutas ou comportamentos que elas
regulam”1. É dizer: são aplicáveis desde já no limite do possível, até onde haja condições para seu
atendimento por parte das instituições – inclusive o Poder Judiciário não pode deixar de aplicá-
las, caso provocado em uma situação concreta nelas garantida.
Por outro lado, é importante destacar que não se deve confundir “aplicação imediata” com a
aplicabilidade imediata das normas de eficácia plena e contida.
Isso porque embora grande parcela das normas que definem os direitos e garantias fundamentais
possuam aplicabilidade imediata (notadamente as instituidoras de direitos e garantias individuais),
há ainda uma outra parcela que depende de providências ulteriores (como a edição de uma lei
integradora) que lhe completem a eficácia (como algumas normas que definem os direitos sociais,
culturais e econômicos), possuindo, portanto, aplicabilidade indireta.
1
Silva, José Afonso da. Comentário Contextual à Constituição, 4. ed. São Paulo: Malheiros, 2007, p. 408 apud
Lenza, 2016, p. 266.
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas
questões.
1. (Cespe/2016/TRE GO/AJAA) Julgue o item que se segue, no que concerne aos direitos e
garantias fundamentais e à aplicabilidade das normas constitucionais.
Ninguém será privado de direitos por motivo de convicção política, salvo se as invocar para
eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada
em lei. Essa norma constitucional, que trata da escusa de consciência, tem eficácia contida,
podendo o legislador ordinário restringir tal garantia.
Comentários
GABARITO: “certo”
Comentários
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GABARITO: “certo”
Comentários
GABARITO: errado.
Normas de eficácia plena são aquelas que produzem (ou estão aptas a produzir) seus plenos
efeitos desde a entrada em vigor da Constituição.
Possuem aplicabilidade direta, porque não dependem de norma regulamentadora para produzir
seus efeitos.
Possuem, também, aplicabilidade integral, porque não podem sofrer limitações ou restrições em
sua aplicação.
Comentários
GABARITO: certo.
Art. 5º (...)
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Essa norma possui eficácia contida, pois produz efeitos integralmente, mas admite que o
legislador ordinário estabeleça restrição ao exercício do direito nela previsto.
Comentários
GABARITO: certo.
Art. 37 (...)
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica;
Como o direito de greve será exercido “nos termos e nos limites definidos em lei específica”,
trata-se de norma de eficácia limitada, pois demanda a elaboração de uma norma
infraconstitucional para possibilitar, efetivamente, o exercício pleno do direito nela contido.
Comentários
GABARITO: errado.
Normas autoaplicáveis são aquelas que não necessitam de qualquer complementação legal para
serem aplicadas, ou que lhes complete o alcance e o sentido, porque são completas, bastantes
em si mesmas.
Perceba que é esse o caso da regra do teto constitucional, previsto no art. 37, inciso XI, da
CF/1988:
Art. 37 (...)
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Comentários
GABARITO: certo.
- efeito vinculativo: obrigam o legislador ordinário a editar leis que as regulamentem, sob
pena de restar configurada omissão constitucional, passível de ser combatida via mandando de
injunção ou de ação direta de inconstitucionalidade por omissão.
Além disso, eficácia jurídica de tais normas se dá de maneira imediata (a partir do momento em
que são promulgadas) e direta (sem depender de outras normas).
Agora, no que diz respeito à aplicabilidade das normas de eficácia limitada, diz-se que elas
possuem aplicabilidade indireta, mediata (ou diferida) e reduzida.
Portanto, muito cuidado para não confundir “eficácia jurídica” com “aplicabilidade”!
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A eficácia jurídica diz respeito à produção de efeitos jurídicos. Nesse sentido, todas as normas
constitucionais produzem efeitos jurídicos, em maior ou menor grau.
Comentários
GABARITO: errado.
==5617c==
Trata-se de norma de eficácia contida, não limitada, pois os brasileiros têm assegurado o acesso
aos cargos, aos empregos e às funções públicas assegurado diretamente na CF; o que ocorre é
que esse acesso pode ser restringido, nos termos da legislação ordinária.
Por outro lado, no que tange aos estrangeiros (que não foi objeto da questão), trata-se de
norma de eficácia limitada, pois faz-se necessário a edição da lei (“na forma da lei”) para
possibilitar o acesso aos cargos, empregos e funções públicas por parte dos estrangeiros.
Comentários
GABARITO: certo.
O direito dos empregados à PLR está previsto no art. 7º, inciso XI, da CF/1988:
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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
Como o usufruto desse direito depende da elaboração de lei, trata-se de norma de eficácia
limitada, que não estão aptas a produzir seus plenos efeitos, porque dependem de
regulamentação futura para tanto.
Comentários
GABARITO: errado.
Comentários
GABARITO: errado.
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Comentários
GABARITO: errado.
O art. 6º da CF/1988, que prevê o direito à educação, é norma de eficácia limitada, pois
necessita de uma norma regulamentadora para ampliar seu alcance, tendo, portanto,
aplicabilidade indireta, mediata e reduzida:
Comentários
GABARITO: certo.
Comentários
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GABARITO: errado.
As normas constitucionais de eficácia estão aptas a produzir seus plenos efeitos desde a entrada
em vigor da Constituição, mas podem ser discricionariamente restringidas (por uma lei, uma
norma constitucional ou um conceito ético-jurídico indeterminado).
Comentários
GABARITO: errado.
Essa é uma norma de eficácia limitada, pois o direito será exercido "na forma da lei" a ser
editada, nos termos do art. 5º, inciso XXXII, da CF/1988:
Art. 5º (...)
Comentários
GABARITO: certo.
Normas de eficácia limitada aão aquelas que não estão aptas a produzir seus plenos efeitos,
porque dependem de regulamentação futura para tanto (ou seja, a regulamentação amplia o
alcance da norma constitucional) – diz-se, por isso, que possuem eficácia mínima. Características:
são não-autoaplicáveis e possuem aplicabilidade indireta, mediata (ou diferida) e reduzida.
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Comentários
GABARITO: certo.
Normas constitucionais de eficácia contida são aquelas que estão aptas a produzir seus plenos
efeitos desde a entrada em vigor da Constituição, mas que podem ser discricionariamente
restringidas (por uma lei, uma norma constitucional ou um conceito ético-jurídico
indeterminado). Características: são autoaplicáveis, restringíveis e possuem aplicabilidade direta,
imediata e possivelmente não-integral (já que estão sujeitas a limitações ou restrições).
Comentários
GABARITO: errado.
Comentários
GABARITO: certo.
As normas programáticas são aquelas que estabelecem programas a serem desenvolvidos pelo
legislador infraconstitucional para a realização de fins sociais.
Além disso, de fato, as normas da Lei Maior são, imperativas e de cumprimento obrigatório,
orientando a conduta tanto do Poder Público quanto do particular.
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Comentários
GABARITO: errado.
Nem todas as disposições do ADCT são normas de eficácia exaurida; ademais, inexiste
hierarquia entre as normas da CF e do ADCT.
Comentários
GABARITO: certo.
O dispositivo da CF/1988 que prevê a participação dos empregados nos lucros ou resultados é
norma de eficácia limitada, pois depende de lei para produzir seus efeitos essenciais, conforme
se extrai do art. 7º, inciso XI, da Lei Maior:
Art. 7º (...)
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Comentários
GABARITO: errado.
Comentários
GABARITO: certo.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
(...)
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica;
Perceba que somente após a edição da lei específica que a norma produzirá seus plenos efeitos,
ou seja, o direito de greve na Administração Pública será exercido.
1
STF – Mandado de Injunção nº 20.
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D) de eficácia contida.
E) programática.
Comentários:
Letra A – correta. Norma de eficácia plena é aquela que tem sua aplicabilidade direta, imediata e
integral, não necessitando de norma regulamentadora. Produz seus efeitos plenamente.
Letra D – incorreta. As normas de eficácia contida são aquelas que podem produzir efeitos
desde quando são publicadas, mas não de forma integral, uma vez que podem ser restringidas.
Geralmente o termo utilizado para as normas de eficácia contida é “estabelecidas em Lei”.
Gabarito: letra A.
b) Mesmo as normas constitucionais de eficácia limitada são dotadas de algum nível de eficácia
imediata.
d) A eficácia negativa das normas constitucionais é a que produz efeitos apenas para o futuro, ao
impedir que o legislador aprove leis em sentido contrário a elas.
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Comentários
As normas de eficácia plena produzem efeitos com a entrada em vigor da Constituição e sua
aplicabilidade não exige qualquer outra condição, bastando a sua publicação. Podem sofrer
emendas tendentes a suprimi-las.
As normas de eficácia contida são aquelas que estão aptas a produzir seus plenos efeitos desde
a entrada em vigor da Constituição, mas que podem ser discricionariamente restringidas (por
uma lei, uma norma constitucional ou um conceito ético-jurídico indeterminado). Características:
são autoaplicáveis, restringíveis e possuem aplicabilidade direta, imediata e possivelmente não-
integral (já que estão sujeitas a limitações ou restrições).
As normas de eficácia limitada são aquelas que não estão aptas a produzir seus plenos efeitos,
porque dependem de regulamentação futura para tanto (ou seja, a regulamentação amplia o
alcance da norma constitucional) – diz-se, por isso, que possuem eficácia mínima. Características:
são não-autoaplicáveis e possuem aplicabilidade indireta, mediata (ou diferida) e reduzida.
- efeito vinculativo: obrigam o legislador ordinário a editar leis que as regulamentem, sob pena
de restar configurada omissão constitucional, passível de ser combatida via mandando de
injunção ou de ação direta de inconstitucionalidade por omissão.
Observe, portanto, que tanto as de efeito negativo como as de efeito vinculativo possuem
algum grau de eficácia imediata, o que nos leva à letra B como gabarito.
GABARITO: LETRA B
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c) Normas constitucionais de eficácia contida são aquelas que dependem de outros meios
normativos (por exemplo, leis) para que possam ser aplicadas imediatamente.
d) Normas constitucionais de eficácia redutível ou restringível são aquelas que não têm força
suficiente para reger os interesses de que tratam, necessitando, portanto, de outros meios
normativos para serem aplicadas imediatamente.
Comentários
Alternativa B – correta. As normas de eficácia limitada são aquelas que não estão aptas a
produzir seus plenos efeitos, porque dependem de regulamentação futura para tanto (ou seja, a
regulamentação amplia o alcance da norma constitucional) – diz-se, por isso, que possuem
eficácia mínima. Características: são não-autoaplicáveis e possuem aplicabilidade indireta,
mediata (ou diferida) e reduzida.
Letras A e C – incorretas. As normas de eficácia contida são aquelas que estão aptas a produzir
seus plenos efeitos desde a entrada em vigor da Constituição, mas que podem ser
discricionariamente restringidas (por uma lei, uma norma constitucional ou um conceito ético-
jurídico indeterminado), portanto, elas têm aplicabilidade imediata.
Letra E - As normas de eficácia plena produzem efeitos com a entrada em vigor da Constituição
e sua aplicabilidade não exige qualquer outra condição, bastando a sua publicação. Podem
sofrer emendas tendentes a suprimi-las.
GABARITO: LETRA B
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a) contida.
d) prospectiva.
e) plena.
Comentários
Letra A – incorreta. As normas de eficácia contida são aquelas que estão aptas a produzir seus
plenos efeitos desde a entrada em vigor da Constituição, mas que podem ser
discricionariamente restringidas (por uma lei, uma norma constitucional ou um conceito ético-
jurídico indeterminado).
Letra E - As normas de eficácia plena produzem efeitos com a entrada em vigor da Constituição
e sua aplicabilidade não exige qualquer outra condição, bastando a sua publicação. Podem
sofrer emendas tendentes a suprimi-las.
GABARITO: LETRA C
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a) mediata.
b) imediata.
c) diferida.
d) limitada.
e) indireta.
Comentários
O artigo 5º, § 1º, da CF/88 dispõe sobre a aplicabilidade das normas definidoras dos direitos e
garantias fundamentais.
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
(...)
GABARITO: LETRA B
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São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto.
Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados
do conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar
melhor os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o
exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo
a facilitar a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
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7. O que são normas constitucionais de eficácia plena, consoante classificação de Maria Helena
Diniz?
8. O que são normas constitucionais de eficácia relativa restringível?
9. O que são normas constitucionais de eficácia relativa complementável ou dependentes de
complementação?
10. O que são normas constitucionais de eficácia exaurida e aplicabilidade esgotada?
11. De acordo com art. 5º, § 1º, da CF, as normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais possuem aplicação imediata. O que isso significa?
Sim, todas as normas constitucionais apresentam juridicidade (são imperativas e cogentes), mas
o grau de eficácia é variável entre elas.
Atenção: as normas autoaplicáveis são passíveis de serem regulamentadas por leis! Uma lei pode
regulamentar uma norma autoaplicável, mas esta já pode ser aplicada mesmo sem a existência
daquela.
B) As normas restringíveis são aquelas cuja aplicação pode ser limitada, restringida, por uma lei.
Já as normas não-restringíveis são aquelas cuja aplicação não pode ser limitada ou restringida,
por uma lei.
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D) As normas de aplicabilidade imediata são aquelas que estão aptas a produzir todos os seus
efeitos desde o momento de sua promulgação.
As normas de aplicabilidade mediata (ou diferida) são aquelas que não estão aptas a produzir
todos os seus efeitos quando de sua promulgação.
E) As normas de aplicabilidade integral são aquelas que não podem sofrer limitações ou
restrições em sua aplicação.
As normas de aplicabilidade não-integral são aquelas que estão sujeitas a sofrer limitações ou
restrições em sua aplicação. ==5617c==
As normas de aplicabilidade reduzida são aquelas que possuem um grau de eficácia restrito
quando de sua promulgação.
3. O que são normas constitucionais de eficácia plena, segundo a classificação de José Afonso
da Silva? Quais suas principais características?
São aquelas que produzem (ou estão aptas a produzir) seus plenos efeitos desde a entrada em
vigor da Constituição. Características: são autoaplicáveis, não-restringíveis e possuem
aplicabilidade direta, imediata e integral.
4. O que são normas constitucionais de eficácia contida? Quais suas principais características?
São aquelas que estão aptas a produzir seus plenos efeitos desde a entrada em vigor da
Constituição, mas que podem ser discricionariamente restringidas (por uma lei, uma norma
constitucional ou um conceito ético-jurídico indeterminado). Características: são autoaplicáveis,
restringíveis e possuem aplicabilidade direta, imediata e possivelmente não-integral (já que estão
sujeitas a limitações ou restrições).
5. O que são normas constitucionais de eficácia limitada? Quais suas principais características?
Como são subdividas?
São aquelas que não estão aptas a produzir seus plenos efeitos, porque dependem de
regulamentação futura para tanto (ou seja, a regulamentação amplia o alcance da norma
constitucional) – diz-se, por isso, que possuem eficácia mínima. Características: são não-
autoaplicáveis e possuem aplicabilidade indireta, mediata (ou diferida) e reduzida.
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- efeito vinculativo: obrigam o legislador ordinário a editar leis que as regulamentem, sob
pena de restar configurada omissão constitucional, passível de ser combatida via mandando
de injunção ou de ação direta de inconstitucionalidade por omissão.
Por fim, cumpre mencionar que as normas de eficácia limitada podem ser subdivididas em:
São aquelas que não podem ser suprimidas por meio de emenda, como as cláusulas pétreas
expressas.
7. O que são normas constitucionais de eficácia plena, consoante classificação de Maria Helena
Diniz?
Corresponde ao mesmo conceito adotado por José Afonso da Silva. Se diferenciam das normas
de eficácia absoluta em razão de poderem sofrer emendas tendentes a suprimi-las.
Corresponde ao mesmo conceito adotado por José Afonso da Silva para as normas de eficácia
contida.
Corresponde ao mesmo conceito adotado por José Afonso da Silva para as normas de eficácia
limitada.
São aquelas cujos efeitos cessaram, não mais apresentando eficácia jurídica (ex: alguns
dispositivos do ADCT da CF/88), não sendo passíveis, portanto, de serem objeto de controle de
constitucionalidade.
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11. De acordo com art. 5º, § 1º, da CF, as normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais possuem aplicação imediata. O que isso significa?
Ter aplicação imediata significa que essas normas “são dotadas de todos os meios e elementos
necessários à sua pronta incidência aos fatos, situações, condutas ou comportamentos que elas
regulam”1. É dizer: são aplicáveis desde já no limite do possível, até onde haja condições para
seu atendimento por parte das instituições – inclusive o Poder Judiciário não pode deixar de
aplicá-las, caso provocado em uma situação concreta nelas garantida.
Por outro lado, é importante destacar que não se deve confundir “aplicação imediata” com a
aplicabilidade imediata das normas de eficácia plena e contida.
Isso porque embora grande parcela das normas que definem os direitos e garantias
fundamentais possuam aplicabilidade imediata (notadamente as instituidoras de direitos e
garantias individuais), há ainda uma outra parcela que depende de providências ulteriores (como
a edição de uma lei integradora) que lhe completem a eficácia (como algumas normas que
definem os direitos sociais, culturais e econômicos), possuindo, portanto, aplicabilidade indireta.
...
1
Silva, José Afonso da. Comentário Contextual à Constituição, 4. ed. São Paulo: Malheiros, 2007, p. 408 apud
Lenza, 2016, p. 266.
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As normas de eficácia contida permanecem inaplicáveis enquanto não advier normatividade para
viabilizar o exercício do direito ou benefício que consagram; por isso, são normas de aplicação
indireta, mediata ou diferida.
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A) de eficácia plena.
B) de eficácia limitada.
C) de eficácia complementável.
D) de eficácia contida.
E) programática.
b) Mesmo as normas constitucionais de eficácia limitada são dotadas de algum nível de eficácia
imediata.
d) A eficácia negativa das normas constitucionais é a que produz efeitos apenas para o futuro, ao
impedir que o legislador aprove leis em sentido contrário a elas.
c) Normas constitucionais de eficácia contida são aquelas que dependem de outros meios
normativos (por exemplo, leis) para que possam ser aplicadas imediatamente.
d) Normas constitucionais de eficácia redutível ou restringível são aquelas que não têm força
suficiente para reger os interesses de que tratam, necessitando, portanto, de outros meios
normativos para serem aplicadas imediatamente.
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a) contida.
==5617c==
d) prospectiva.
e) plena.
a) mediata.
b) imediata.
c) diferida.
d) limitada.
e) indireta.
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Gabarito
1. C 11. E 21. C
2. C 12. E 22. E
3. E 13. C 23. C
4. C 14. E 24. A
5. C 15. E 25. B
6. E 16. C 26. B
7. C 17. C 27. C
8. E 18. E 28. B
9. C 19. C
10. E 20. E
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
==5617c==
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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Autor:
Tulio Lages
25 de Março de 2023
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Índice
1) Simulado - Funções Essenciais à Justiça - ME
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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1
INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Funções Essenciais à Justiça
Pronto para testar seu conhecimento?!
QUESTÕES INÉDITAS
Ministério Público
I – elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
II - propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por
concurso público de provas e títulos.
a) I e II.
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b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
Ministério Público
2) Considerando a sistemática constitucional da lei orçamentária do Ministério Público, tem-se que esta
deverá ser elaborada em conformidade com:
Ministério Público
4) O Ministério Público da União é chefiado pelo Procurador-Geral da República, que deve ser nomeado
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a) pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de 35 anos de idade, após aprovação
pela maioria absoluta do Senado Federal, para mandato de 2 anos, permitida a recondução.
b) pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de 35 anos de idade, após aprovação
pela maioria absoluta do Congresso Nacional, para mandato de 2 anos, permitida uma recondução.
c) pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal dentre integrantes da carreira, maiores de 35 anos de idade,
após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, para mandato de 2 anos, permitida a recondução.
d) pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de 35 anos de idade, após aprovação
pela maioria absoluta da Câmara dos Deputados, para mandato de 2 anos, permitida a recondução.
e) pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de 35 anos de idade, após aprovação
pela maioria absoluta do Senado Federal, para mandato de 2 anos, vedada a recondução.
Ministério Público
a) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral de Justiça, nomeado pelo Presidente da
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela
maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.
b) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral de Estado, nomeado pelo Presidente da
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela
maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.
d) O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei
orçamentária anual.
e) As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir
na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.
Ministério Público
6) Os membros do Ministério Público gozam de garantias funcionais e estão sujeitos a algumas vedações
previstas no texto constitucional. Considerando as disposições constitucionais e a jurisprudência
relacionada ao tema, assinale a alternativa correta:
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a) Aplicam-se aos membros do Ministério Público que atuam junto aos tribunais de contas as regras
constitucionais relativas a direitos e vedações dos membros do Ministério Público comum, cabendo ainda a
possibilidade de optarem pela transferência de seu campo de atuação para o âmbito do Ministério Público
comum, vez que fazem parte da mesma estrutura administrativa.
b) Os membros do Ministério Público poderão exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função
pública, contudo deverão optar por apenas uma remuneração.
c) A garantia de vitaliciedade dos membros do Ministério Público é adquirida após três anos de efetivo
exercício, não podendo este perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado.
d) Aos membros do Ministério Público é garantida a inamovibilidade, que só será ressalvada por força de
interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público por voto da
maioria simples de seus membros, devendo ser assegurada a ampla defesa.
e) Aos membros do Ministério Público é vedado o exercício da advocacia no juízo no qual tenham atuado,
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Ministério Público
a) elaborar relatório semestral, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação de cada
unidade do Ministério Público no País e as atividades do Conselho.
c) zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos gerais
regulamentares, no âmbito de sua competência, vedada a recomendação de providências.
d) receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos
Estados, exceto em relação aos seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e
correicional da instituição.
e) apreciar, apenas mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou
órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, oportunidade em que poderá desconstituí-los, revê-los
ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei.
Advocacia Pública (arts. 131 e 132 da CF/88) e Advocacia (art. 133 da CF/88)
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II - Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal não possuem direito à vitaliciedade, mas podem
adquirir estabilidade após 3 anos de efetivo exercício.
III – Cabe à FUNAI – Fundação Nacional do Índio defender judicialmente os interesses das populações
indígenas.
IV - O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo absolutamente inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão.
V - Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber
reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive
contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público.
a) I e IV.
b) II e III.
c) I e V.
d) III e IV.
e) II e V.
9) No que se refere às funções essenciais à Justiça previstas na Constituição Federal de 1988, assinale a
alternativa incorreta.
b) O oferecimento de denúncia pelo Ministério Público pode ser fundamentado em peças de informação
obtidas unicamente pelo Parquet, sem necessidade de prévio inquérito policial.
d) Tanto o Ministério Público e quanto a Defensoria Pública possuem legitimidade para propor Ação Civil
Pública.
e) A imprescindibilidade do advogado à administração da justiça não é absoluta, pois há causas em que não
se faz necessária sua presença.
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11) Instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e
instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos
humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de
forma integral e gratuita, aos necessitados. Essa definição refere-se
a) à Advocacia-Geral da União.
b) ao Ministério Público.
c) à Defensoria Pública.
d) ao Poder Judiciário.
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GABARITO
1. B 2. A 3. B 4. A 5. E
6. E 7. B 8. E 9. C 10. D
11. C
QUESTÕES COMENTADAS
Ministério Público
I – elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
II - propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por
concurso público de provas e títulos.
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
Comentários
A questão trata do art. 127, §§ 2º e 3º, e do art. 129, inciso VII, ambos da CF/1988:
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§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias.
(...)
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada
no artigo anterior;
(...)
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade,
sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
Item I – certo. De acordo com o art. 127, § 3º, da CF/88, cabe ao Ministério Público elaborar sua própria
proposta orçamentária, devendo ser observados os limites estabelecidos na LDO.
Item II – errado. De acordo com o art. 127, § 2º, da CF/88, o provimento de cargos no Ministério Público
deve ser feito por concurso público de provas ou de provas e títulos, não sendo obrigatória a cobrança dos
títulos nos certames.
Item III – errado. Nos termos do art. 129, IX, da CF/88, é vedado ao Ministério Público a representação judicial
de entidades públicas, função que deve ser exercida pelos respectivos órgãos de advocacia.
Item IV – certo. De acordo com o art. 129, inciso VII da CF/88, cabe ao Ministério Público exercer o controle
externo da atividade policial, na forma que lei complementar dispuser.
Gabarito: Letra B.
Ministério Público
2) Considerando a sistemática constitucional da lei orçamentária do Ministério Público, tem-se que esta
deverá ser elaborada em conformidade com:
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Comentários
O texto constitucional dispõe sobre a autonomia orçamentária do Ministério Público ao longo dos parágrafos
do art. 127 da CF/88, deixando estabelecido o seguinte procedimento:
MP elabora a LOA dentro Executivo recebe e faz os Poder executivo envia todas
dos limites da LDO ajustes necessários p/ a LOA consolidada ao Poder
consolidação Legislativo.
Deste modo, é possível observar que a lei orçamentária do MP deverá ser elaborada em conformidade com
a Lei de Diretrizes Orçamentárias e posteriormente enviada ao Executivo, que fará os ajustes de consolidação
e enviará a versão final de LOA do ente federativo ao Poder Legislativo.
Art. 127, § 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os
limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para
fins de consolidação da proposta orçamentária anual.
Gabarito: Letra A.
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Art. 128, § 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República,
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco
anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal,
para mandato de dois anos, permitida a recondução.
Gabarito: Letra B.
4) O Ministério Público da União é chefiado pelo Procurador-Geral da República, que deve ser nomeado
a) pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de 35 anos de idade, após aprovação
pela maioria absoluta do Senado Federal, para mandato de 2 anos, permitida a recondução.
b) pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de 35 anos de idade, após aprovação
pela maioria absoluta do Congresso Nacional, para mandato de 2 anos, permitida uma recondução.
c) pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal dentre integrantes da carreira, maiores de 35 anos de idade,
após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, para mandato de 2 anos, permitida a recondução.
d) pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de 35 anos de idade, após aprovação
pela maioria absoluta da Câmara dos Deputados, para mandato de 2 anos, permitida a recondução.
e) pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de 35 anos de idade, após aprovação
pela maioria absoluta do Senado Federal, para mandato de 2 anos, vedada a recondução.
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Art. 128, § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República,
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco
anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal,
para mandato de dois anos, permitida a recondução.
Letra B – incorreta. É o Senado Federal, e não o Congresso Nacional, quem deve aprovar o nome indicado
para o cargo de Procurador-Geral da República, sendo permitida “a” recondução para o cargo, e não apenas
“uma” recondução.
Letra C - incorreta. É o Presidente da República, e não o Presidente do STF, quem nomeia o PGR, de acordo
com o art. 128, § 1º, da CF/88.
Letra D - incorreta. A aprovação do nome do PGR deve ser precedida de aprovação da maioria absoluta dos
membros do Senado Federal, não da Câmara dos Deputados, de acordo com o art. 128, § 1º, da CF/88.
Letra E - incorreta. É permitida a recondução para o cargo de Procurador-Geral da República, de acordo com
o art. 128, § 1º, da CF/88.
Gabarito: Letra A.
Ministério Público
a) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral de Justiça, nomeado pelo Presidente da
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela
maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.
b) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral de Estado, nomeado pelo Presidente da
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela
maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.
d) O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei
orçamentária anual.
e) As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir
na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.
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O Ministério Público da União é chefiado pelo Procurador-Geral da República, conforme art. 128, § 1º, da
CF/88:
Art. 128, § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República,
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco
anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal,
para mandato de dois anos, permitida a recondução.
Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o
ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria
jurídica das respectivas unidades federadas.
Letra C – incorreta. Os itens listados representam garantias do membro do Ministério Público, e não
princípios. Vejamos o que diz o art. 128 da CF/88:
Art. 128, § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos
respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de
cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença
judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada
ampla defesa;
c) irredutibilidade de subsídio, fixado conforme art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37,
X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I
Letra D – incorreta. A proposta orçamentária do MP será elaborada dentro dos limites estabelecidos na LDO,
e não na LOA, conforme o art. 127, § 3º, da CF/88:
Art. 127, § 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
Letra E – correta. A assertiva está de acordo com o art. 129, § 2º, da CF/88:
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Art. 129, § 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira,
que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.
Gabarito: Letra E.
Ministério Público
6) Os membros do Ministério Público gozam de garantias funcionais e estão sujeitos a algumas vedações
previstas no texto constitucional. Considerando as disposições constitucionais e a jurisprudência
relacionada ao tema, assinale a alternativa correta:
a) Aplicam-se aos membros do Ministério Público que atuam junto aos tribunais de contas as regras
constitucionais relativas a direitos e vedações dos membros do Ministério Público comum, cabendo ainda a
possibilidade de optarem pela transferência de seu campo de atuação para o âmbito do Ministério Público
comum, vez que fazem parte da mesma estrutura administrativa.
b) Os membros do Ministério Público poderão exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função
pública, contudo deverão optar por apenas uma remuneração.
c) A garantia de vitaliciedade dos membros do Ministério Público é adquirida após três anos de efetivo
exercício, não podendo este perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado.
d) Aos membros do Ministério Público é garantida a inamovibilidade, que só será ressalvada por força de
interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público por voto da
maioria simples de seus membros, devendo ser assegurada a ampla defesa.
e) Aos membros do Ministério Público é vedado o exercício da advocacia no juízo no qual tenham atuado,
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Comentários
O art. 127, §§ 5º e 6º, da CF/88 dispõem sobre as garantias e as vedações dos membros do Ministério Público:
Art. 127, § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos
respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de
cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
I — as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença
judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada
ampla defesa;
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c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts.
37, X e XI; 150, II; 153, III; 153, § 2º, I;
II — as seguintes vedações:
b) exercer a advocacia;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V.
Letra A – incorreta. Os membros do Ministério Público de Contas gozam do mesmo regramento aplicável aos
membros do Ministério Público "comum". Contudo, com estes não se confundem e não podem transitar
entre eles.
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as
disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
Os membros do MP de Contas são ligados administrativamente aos Tribunais de Contas e não possuem
qualquer vínculo com o Ministério Público, razão pela qual entende-se que estes não podem migrar do MP
de Contas para o MP "comum" sem a aprovação em novo concurso público, o que torna a assertiva incorreta.
Segundo precedente do STF (ADI 789/DF), os procuradores das cortes de contas são ligados
administrativamente a elas, sem qualquer vínculo com o Ministério Público comum. Além de
violar os arts. 73, § 2º, I, e 130, da CF, a conversão automática dos cargos de procurador do
tribunal de contas dos Municípios para os de procurador de justiça – cuja investidura depende de
prévia aprovação em concurso público de provas e títulos – ofende também o art. 37, II, do Texto
Magno. [ADI 3.315, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 6-3-2008, P, DJE de 11-4-2008.]
Letra B – incorreta. Aos membros do MP é vedado o exercício de qualquer outra função pública, ainda que
em disponibilidade. Logo, não há que se falar em escolha de remunerações.
Sobre a vedação ao exercício de outras funções públicas, temos como exceção apenas o exercício de um
cargo público de magistério. Contudo, lembre-se que este é a exceção prevista no art. 128, § 5º, inciso II,
alínea d da CF/88, e não a regra.
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(...)
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
Letra C – incorreta. A garantia da vitaliciedade é adquirida com dois anos de exercício, e não três anos como
afirmado pela alternativa. Quanto à possibilidade de perda do cargo vitalício, esta perda só ocorrerá por
força de sentença judicial transitada em julgado. Tais previsões são encontradas no art. 128, §5º, inciso I,
alínea a, da CF/88:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença
judicial transitada em julgado;
Letra D – incorreta. Os membros do MP realmente gozam da inamovibilidade. Esta garantia visa proteger a
atuação e independência do cargo, ao vedar que esses membros sejam retirados de suas esferas de atuação
de forma arbitrária.
Em que pese seja uma forte garantia, tal regra não é absoluta e encontra relativização no interesse público,
uma vez que é possível que um órgão colegiado do MP sobreponha a inamovibilidade, caso obtenha a voto
da maioria absoluta de seus membros, de acordo com o art. 128, § 5º, inciso I, alínea b, da CF/88.
(...)
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada
ampla defesa;
Uma vez que a alternativa apresenta o quórum incorreto para quebra da inamovibilidade, a assertiva está
incorreta.
Letra E – correta. O artigo 128, § 5º, inciso II, alínea b, da CF/88 veda o exercício da advocacia aos membros
do Ministério Público, contudo esta regra comporta uma exceção interessante prevista no § 6º do artigo
128.
Art. 128, § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos
respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de
cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
(...)
II - as seguintes vedações:
(...)
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b) exercer a advocacia;
(...)
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V.
Segundo o §6º do artigo 128, aplica-se aos membros do MP a regra dos Magistrados contida no artigo 95,
parágrafo único, inciso V, da CF/88, de forma que os membros do MP ou do Judiciário somente poderão
exercer a advocacia no juízo ou tribunal que atuavam após 3 anos de sua aposentadoria ou exoneração.
Vale lembrar que o exercício da advocacia por membros do Ministério Público é vedado inclusive na
possibilidade de atuação em causa própria, tal qual o entendimento do STF:
Nas ações penais originárias, a defesa preliminar (Lei 8.038/1990, art. 4º) é atividade privativa
dos advogados. Os membros do Ministério Público estão impedidos de exercer advocacia,
mesmo em causa própria. São atividades incompatíveis (Lei 8.906/1994, art. 28). 1
Uma vez que a alternativa aborda, exatamente, esta exceção, temos nosso gabarito.
Gabarito: Letra E.
Ministério Público
a) elaborar relatório semestral, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação de cada
unidade do Ministério Público no País e as atividades do Conselho.
c) zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos gerais
regulamentares, no âmbito de sua competência, vedada a recomendação de providências.
d) receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos
Estados, exceto em relação aos seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e
correicional da instituição.
1
HC 76.671, rel. min. Néri da Silveira, j. 9-6-1998, 2ª T, DJ de 10-8-2000.
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e) apreciar, apenas mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou
órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, oportunidade em que poderá desconstituí-los, revê-los
ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei.
Comentários
O Conselho Nacional do Ministério Público tem seu regramento no art. 130-A da CF/88 que, em seu §2º,
dispõe sobre as competências deste órgão de controle do MP:
I — zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos
regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
III — receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da
União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência
disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso,
determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, assegurada
ampla defesa;
V — elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação
do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem
prevista no art. 84, XI.
Letra A – incorreta. O relatório do CNMP será anual, e não semestral como afirmado na assertiva. É através
desse relatório que o CNMP propõe providências para atuação dos Ministérios Públicos de todo o país e os
orienta sobre os rumos a serem seguidos. Este relatório encontra previsão no inciso V do §2º do Art. 130-A
da CF/88.
Letra B – correta. A assertiva está de acordo com o art. 130-A, §2º, inciso IV da CF/88.
Cabe destacar que é muito comum que as bancas examinadoras tentem confundir esse prazo: O CNMP só
poderá rever de ofício ou mediante provocação os processos disciplinares julgados há menos de um ano.
Letra C – incorreta. O CNMP poderá fazer tudo que foi mencionado na alternativa, inclusive a recomendação
de providências a serem tomadas pelos Ministérios Públicos. Uma vez que a alternativa exclui as
recomendações, temos sua incorreção.
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Letra D – incorreta. O CNMP irá receber e conhecer as reclamações contra membros ou órgãos do Ministério
Público da União ou dos Estados, INCLUSIVE em relação aos seus serviços auxiliares. Os serviços auxiliares
não são uma exceção, como afirmado pela assertiva.
Letra E – incorreta. Porque, de acordo com o art. 130-A, § 2º, inciso II, da CF/88, a apreciação da legalidade
dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados
poderá ser revista mediante provocação ou de ofício pelo CNMP, oportunidade em que o órgão poderá
desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei.
Gabarito: Letra B.
Advocacia Pública (arts. 131 e 132 da CF/88) e Advocacia (art. 133 da CF/88)
II - Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal não possuem direito à vitaliciedade, mas podem
adquirir estabilidade após 3 anos de efetivo exercício.
III – Cabe à FUNAI – Fundação Nacional do Índio defender judicialmente os interesses das populações
indígenas.
IV - O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo absolutamente inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão.
V - Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber
reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive
contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público.
a) I e IV.
b) II e III.
c) I e V.
d) III e IV.
e) II e V.
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Item I – errado. Conforme o art. 131, caput, da CF/88, a lei que dispuser sobre a organização e o
funcionamento da Advocacia-Geral da União deve ser complementar, não ordinária.
Item II – certo. A CF/88 não estende a vitaliciedade aos Procuradores dos Estados e do DF, mas assegura a
essa categoria o direito à estabilidade, mediante aprovação em avaliação de desempenho perante os órgãos
próprios, e após relatório circunstanciado das respectivas corregedorias:
Art. 132 Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o
ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria
jurídica das respectivas unidades federadas.
Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três
anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após
relatório circunstanciado das corregedorias.
Item III – errado. Conforme o art. 129, inciso V, da CF/88, cabe ao Ministério Público defender judicialmente
os interesses das populações indígenas.
Item IV – errado. Nos termos do art. 133 da CF/88, a inviolabilidade pelos atos e manifestações no exercício
da profissão de advogado não é absoluta; devendo ser observados os limites impostos por lei.
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Item V – certo. A assertiva está de acordo com o art. 130, § 5º, da CF/88:
Art. 130, § 5 - Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes
para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do
Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao
Conselho Nacional do Ministério Público.
Gabarito: Letra E.
9) No que se refere às funções essenciais à Justiça previstas na Constituição Federal de 1988, assinale a
alternativa incorreta.
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b) O oferecimento de denúncia pelo Ministério Público pode ser fundamentado em peças de informação
obtidas unicamente pelo Parquet, sem necessidade de prévio inquérito policial.
d) Tanto o Ministério Público e quanto a Defensoria Pública possuem legitimidade para propor Ação Civil
Pública.
e) A imprescindibilidade do advogado à administração da justiça não é absoluta, pois há causas em que não
se faz necessária sua presença.
Comentários
Letra A - correta. Conforme o art. 129, inciso VII, da CF/88, o MP exerce o controle externo (e não interno)
da atividade policial.
Art. 129, VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar
mencionada no artigo anterior;
Letra B - correta. A assertiva de acordo com o entendimento proferido no RE 535.478 pelo Supremo Tribunal
Federal.
A denúncia pode ser fundamentada em peças de informação obtidas pelo órgão do MPF sem a
necessidade do prévio inquérito policial, como já previa o CPP. (RE 535.478, rel. min. Ellen Gracie,
j. 28-10-2008, 2ª T, DJE de 21-11-2008.)
Letra C - incorreta. O STF entende que, em certas circunstâncias e em causas específicas, o Estado pode
constituir outro representante para atuar em juízo (STF – 121.856-ED). Ou seja, não se trata de competência
exclusiva da Advocacia Pública.
Letra D - correta. De acordo, com o art. 5º da Lei nº 7.347/85, tanto o Ministério Público quanto a Defensoria
Pública têm legitimidade para propor a ação civil pública (principal e cautelar):
II - a Defensoria Pública;
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;
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b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio
ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais,
étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
Letra E - correta. De fato, a indispensabilidade do advogado não é absoluta, já que há determinadas causas
em que não se faz necessária sua presença (ex: ações de habeas corpus).
Gabarito: Letra C.
Comentários:
A Emenda Constitucional nº 80/2016 incluiu o § 4º ao art. 134 da CF/88 que prevê, como princípios
institucionais da Defensoria Pública, a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. Vejamos o que
dispõe os artigos 134, §§ 1º e 4º, e 135 da CF/1988:
Art. 134, § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e
dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de
carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a
seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das
atribuições institucionais.
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Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo
serão remunerados na forma do art. 39, § 4º.
Letra A - errada. De acordo com o art. 135 e art. 39, § 4º, ambos da CF/88, os Defensores Públicos são
remunerados por subsídio.
Letra B - errada. Aos Defensores Públicos é vedado o exercício da advocacia fora das atribuições
institucionais.
Letra D - correta. A assertiva está de acordo com o art. 134, § 4º, da CF/88.
Gabarito: Letra D.
11) Instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e
instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos
humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de
forma integral e gratuita, aos necessitados. Essa definição refere-se
a) à Advocacia-Geral da União.
b) ao Ministério Público.
c) à Defensoria Pública.
d) ao Poder Judiciário.
Comentários
Relembremos o teor dos caputs dos artigos 127, 131 e 134, todos da CF/88:
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis.
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os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita,
aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal.
Extrai-se dos artigos supratranscritos que a orientação jurídica e a defesa judicial e extrajudicial dos
interesses dos necessitados é papel da Defensoria Pública. Desta forma, correta a letra C.
Letra A - errada. A Advocacia-Geral da União, em síntese, defende os interesses do Poder Executivo, não dos
necessitados, conforme o art. 131 da CF/88.
Letra B - errada. O Ministério Público defende a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais
e individuais indisponíveis, de acordo com o art. 127 da CF/88, embora ainda seja admitida a atuação do MP
nos locais em que não houver Defensoria Pública instalada.
Letra D - errada. O Poder Judiciário não é função essencial à Justiça. Ele é a própria função jurisdicional do
Estado, e não realiza orientação jurídica ou defesa do direito alheio, limitando-se a julgar as causas que lhe
==5617c==
são apresentadas, sem se posicionar a favor dessa ou daquela parte, em razão do princípio da imparcialidade.
Letra E – errada. A OAB é o órgão de classe dos advogados, não cabendo a essa instituição a defesa dos
interesses mencionados no enunciado.
Gabarito: Letra C.
...
Forte abraço!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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