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Resumos História 2° teste 1° período

12° módulo 7- unidade 3


A grande depressão:
Era da prosperidade americana (anos 20):
 Livre produção
 Progresso tecnológico
 Facilitação do crédito
 Desemprego tecnológico camuflado: 2 milhões de pessoas
 Especulação bolsista
 Consumismo desenfreado
 Manutenção de um poder de compra artificial
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Grande depressão (anos 30):
 Crise financeira: crash de Wall Street (1929-10-24); falências bancárias.
 Crise económica: falências na agricultura, na indústria, nos transportes e em outros
serviços; descida da produção e dos preços (deflação).
 Crise social: desemprego; reduções salariais; miséria, delinquência.
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Mundializacao da crise
 Nos países fornecedores de matérias-primas.
 Nos países dependentes dos créditos americano.
 Declínio do comércio mundial.
 Persistência da deflação.

A resistência das democracias liberais:


Intervencionismo económico do estado
A) New Deal nos EUA
1° fase- 1933-34
Relançamento da economia e combate ao desemprego e miséria:
 Desvalorização do dólar.
 Medidas financeiras rigorosas.
 Política de grandes trabalhos públicos.
 Proteção à agricultura e à indústria: criação de organismos específicos
2° fase- -1935-38
Legislação social:
 Lei Wagner
 Social security act
 Fair labor standard act
 Salário mínimo
 Fundo de desemprego
 Redução do horário de trabalho semanal
 EUA assumem os ideais do estado-providência na sua plenitude

B) Governos de frente popular


(coligações de socialistas, comunistas e radicais, apoiadas por uma larga mobilização de
cidadoes, sob o lema “pelo pão, pela paz e pela liberdade”)

França- Deter o avanço do fascismo.


 Combater a crise financeira e o desemprego
 Vitória nas eleições de 1936
 Leon Blum, primeiro ministro, e o seu governo, grandes impulsionadores da legislação
social
 Assinatura dos acordos de matignon: conquistas laborais
 Subida dos salários e do poder de compra
 Concessão de 15 dias de férias anuais pagas
 Dignificação dos trabalhadores
 Aumento da escolaridade obrigatória
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Governo termina em 1938, minado por querelas internas e forte oposição dos grandes
empresários.

Espanha – Vitória de um governo de Frente Popular (uma ampla união de esquerda coligada,
composta por socialistas, comunistas, anarquistas e sindicatos operários), em 1936, para
enfrentar as forças conservadoras.
 Decreta a separação da igreja do estado, o direito à greve, à ocupação das terras não
cultivadas e o aumento dos salários em 15%
 A frente nacional (monárquicos, conservadores e falangistas), lideradas pelo general
Francisco Franco, inicia uma guerra civil contra a república democrática.
 Extinção do governo republicano de frente popular.
 Instauração do fascismo ente 1939 e 1975.

As opções totalitárias: os fascismos


o A crise dos anos 30 foi também uma crise política que fragilizou as
democracias.
Os governos autoritários prosseguiram a sua escalada e atingiram o expoente
com o totalitarismo que se consolidou na Itália fascista e na Alemanha nazi.
Na Ale-manha, em particular, o elevado desemprego causado pela Grande
Depressão descredibilizou a República de Weimar e forneceu ao Partido Nazi
um motivo forte para se impor eleitoralmente.
o Do ponto de vista ideológico, quer o fascismo, quer o nazismo apresentaram-
se ferozmente antiliberais e antidemocráticos. Repudiaram a
representatividade multipartidária e os elevados poderes concedidos aos
Parlamentos. Proibiram partidos, apenas consentindo o fascista, na Itália, e o
nazi, na Alemanha. Exploraram o nacionalismo, de forma agressiva e racista;
criticaram o socialismo assente na luta de classes e no internacionalismo
proletário. O sindicalismo livre foi proibido. A Itália encontrou no
corporativismo a fórmula ideal para controlar as forças laborais e as submeter
ao patronato.
o Mussolini e Hitler, quais líderes providenciais, encarnaram a supremacia do
poder executivo ao qual o poder legislativo se submetia. Um e outro
mereceram o culto ao chefe, que a propaganda habilmente encenou em
grandiosas manifestações e paradas. Sem liberdade de escolha e
arregimentadas, as massas integraram-se nas juventudes, nas milícias
armadas, no partido único, nos organismos sindicais afetos ao regime, nas
organizações oficiais de ocupação dos tempos livres.

As opções totalitárias: o estalinismo


Totalitarismo- sistema político no qual o poder se concentra numa só pessoa ou no partido
único, cabendo ao estado o controlo da vida social, individual e cultural.
A) Fascsimo/Nazismo (1922-1945)
Ideologia- nacionalismo, antiliberalismo, antissocisalismo.
Antidemocracia, antiparlamentarismo.
Apologia da violência/antipacifismo
Favorecimento das elites
Corporativismo
Racismo
Autarcia

Atuação
 Partido único
 Aparelho repressivo do estado
 Conquistas territoriais
 Propaganda
 Culto do chefe
 Enquadramento dos jovens e dos trabalhadores em organizações afetas ao regime.
 Arregimentarão dos jovens: educação assente em manuais impregnados de
princípios fascistas e professores subservientes ao regime.
 Eliminação dos povos “ditos” inferiores
 Batalhas da produção/grandes trabalhos
 Superioridade de uma só raça, a ariana; antissemitismo feroz (judeus); os grupos
minoritários perseguidos: ciganos, homossexuais, deficientes, socialistas,
comunistas, anarquistas, negros, eslavos(nazismo)
 Intervencionismo industrial
 Controlo alfandegário
 Genocidio das raças/grupos inferiores

B) Estalinismo (1928-53)
 Coletivização agrária: kolkhozes e sovkhozes.
 Resistência dos kulaks: holodomor ucraniano.
 Planificação industrial (planos quinquenais).
 Totalitarismo repressivo do Estado (hegemonia do Partido Comunista;
enquadramento da população em organizações afetas ao regime; culto da
personalidade de Estaline, polícia política: NKVD, processos políticos
contínuos, prisões arbitrárias, violência e tortura, purgas, expansão do mundo
concentracionário estalinista - os gulags; repressão brutal).

Conceitos/notas:
Superprodução- Situação de desequilíbrio em que a oferta de bens cresce mais do
que a procura, originando a saturação dos mercados.

Craque (crash) bolsista*- Termo empregue nas operações financeiras de bolsas de


ações para caracterizar a quebra dos valores dos papéis e títulos postos à venda. O
maior crash conhecido foi o ocorrido em outubro de 1929, nos Estados Unidos.

Inflação*- Alta geral de preços derivada de distorções existentes entre a procura dos
produtos e a oferta de bens, a quantidade de moeda que circula e a produção/
/circulação de riquezas. Quando a oferta de bens não corresponde à procura dos
compradores capazes de pagar, estes últimos, para conseguirem as mercadorias,
sujeitam-se a pagar mais caro e fazem subir os preços. Em geral, a inflação tem
origem na necessidade de criar meios de pagamento suplementares através, por
exemplo, da emissão de papel-moeda.

Deflação*- Situação económica, geralmente de crise, caracterizada por uma


diminuição dos preços, do investimento e da procura, acompanhada de uma
progressão do desemprego. Frequentemente, são os Estados que originam essa
situação, com o intuito de combater a inflação dos meios de pagamento, a
especulação e a alta de preços. Para o efeito, diminuem a quantidade de papel-
moeda, restringem o crédito e reduzem os gastos do Estado.

Intervencionismo- Papel ativo desempenhado pelo Estado no conjunto das atividades


económicas a fim de corrigir os danos ou os inconvenientes sociais derivados da
aplicação estrita do liberalismo económico. Concretizou-se no controlo dos preços,
em leis sobre os salários, na legislação do trabalho e de carácter social. O
intervencionismo esteve também na origem da participação do Estado como
empresário e produtor de serviços públicos.
Entre estes contam-se a produção e a distribuição de energia, os caminhos de ferro,
os correios, os telefones.

New Deal- Literalmente, significa nova distribuição e é a expressão pela qual ficaram
conhecidas as reformas e iniciativas económicas e sociais implementadas pelo
presidente dos EUA Franklin Delano
Roosevelt, a partir de 1933, para ultrapassar a Grande Depressão

Fascismo*- Sistema político instaurado por Mussolini em Itália, a partir de 1922.


Profundamente ditatorial, totalitário e repressivo, o fascismo suprimiu as liberdades
individuais e co-letivas, defendeu a supremacia do Estado, o culto do chefe, o
nacionalismos, o corporativismo, o militarismo e o imperialismo. Por extensão, o
termo fascismo designa também todos os regimes totalitários de direita e até mesmo
simples regimes autoritários

Nazismo*- Sistema político instaurado por Hitler na Alemanha, a partir de 1933. Além
de perfilhar os princípios ideológicos do fascismo, distinguiu-se pelo racismo
violento, fundamentando-o numa suposta superioridade biológica e espiritual do povo
ariano, ao qual pertenceriam os
alemães.

Totalitarismo*- Sistema político, no qual o poder se concentra numa só pessoa ou no


partido único, cabendo ao Estado o controlo da vida social e individual.

Propaganda- Conjunto de meios destinados a influenciar a opinião pública. Nos


Estados totalitários, a propaganda procura inculcar nas massas a sua ideologia e os
seus valores culturais e morais. Entre os meios utilizados, citam-se os discursos, a
imprensa, panfletos, cartazes, a rádio, o cinema, a televisão, marchas, canções,
uniformes, emblemas, manifestações.

Eugenismo- Teoria que defende a aplicação de métodos que visam melhorar o


património genético dos grupos humanos, limitando a reprodução e até eliminando os
indivíduos portadores de caracteres considerados desfavoráveis. Na Alemanha nazi,
onde dezenas de milhares de doentes mentais foram mortos nas câmaras de gás, o
eugenismo, combinado com a doutrina racista, foi levado ao extremo no extermínio
dos Judeus e de povos julgados "inferiores".

Antissemitismo*- O mesmo que hostilidade aos Judeus. As perseguições aos Judeus,


na Europa, relacionaram-se com motivos religiosos e adensaram-se depois de o
cristianismo triunfar como religião oficial do Império Romano (séc. IV), lembrando
que os Judeus não reconheceram Cristo e pediram a Pilatos a sua morte.
Invejados pelos seus negócios e, em especial, pela prática da usura, os Judeus
sofreram perseguições recorrentes a partir da Idade Média, sendo-lhes imputada a
origem da Peste Negra. Na Península Ibérica, os judeus convertidos ("cristãos-
novos") foram as grandes vítimas da Inquisição nos séculos XVI a XVIII. No século
XIX, o antissemitismo assumiu, em alguns países europeus, o carácter de racismo, ao
identificar o povo judeu com uma raça inferior e destruidora. Esta forma de
antissemitismo atingiu o auge em pleno século XX, na Alemanha nazi, originando a
morte de milhões de judeus.
Genocídio* -Política praticada por um governo visando a eliminação em massa de
grupos étnicos, religiosos, económicos ou políticos. Embora a História registe
múltiplos genocídios, foram os regimes totalitários que levaram ao extremo a prática
do genocídio.

Holocausto - Perseguição sistematizada e extermínio dos Judeus pelo regime nazi e


respetivos aliados e colaboradores, entre 1933 e 1945.
Em hebreu, o Holocausto é também designado por Shoah (catástrofe).

Corporativismo* - Forma de organização socioeconómica que


defende a constituição de corpos profissionais (corporações) de trabalhadores,
patrões e serviços, que conciliam os seus interesses de modo a promoverem a
ordem, a paz e a prosperidade, ou seja, o bem-estar geral.

Módulo 7 unidade 4-5


Portugal o estado novo/ a degradação do ambiente internacional
O triunfo das forças conservadoras
Golpe militar de 28 de maio de 1926(extingue a Primeira República: parlamentar e democrata)
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Ditadura militar: primeira forma de governo conservador
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Estado novo(instituído em 1933)
- Ato colonial (1930)
-Bases orgânicas da união nacional (1930)
-Nomeação de Salazar para a chefia do governo (1932)
-constituição da república portuguesa (1933)(plesbiscitada)
-estatuto do trabalho nacional (1933)
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Ideologia baseada nos seguintes princípios
o Conservadorismo.
o Tradição.
o Ruralismo.
o Nacionalismo exacerbado.
o Antiliberalismo, antidemocracia, antiparlamentarismo, antissocialismo.
o Monopartidarismo: União Nacional.
o Culto do chefe.
o Disciplina e obediência.
o Corporativismo.
o Elitismo.
o Aparelho repressivo do Estado.
o Enquadramento dos indivíduos ou grupos.
o Modelo económico fortemente intervencionista e autárcico.
o Imperialismo.
o Colonialismo.
o Isolacionismo.

Desrespeito pelos direitos humanos.

A progressiva adoção do modelo fascista italiano nas instituições e no imaginário político


Atuação/instauração
o Valorização da religiosidade católica, das tradições, da famia - Deus, Pátria e
Família; da submissão da mulher, da autoridade. da paz social, da hierarquia,
da moralidade, da austeridade, da desconfiança e da hostilidade a todas as
manifestações culturais de influência estrangeira.
o Exaltação da História de Portugal: "povo de heróis, dotado de qualidades"
civilizacionais invulgares, de espírito evangelizador e capazes de favorecer a
integração racial plena dos povos do Império Colonial.
o Supremacia do poder executivo para o garante de um Estado forte e
autoritário: "tudo no Estado, nada contra o Estado".
o Subalternização do poder legislativo.
o Partido único: a União Nacional.
o Culto ao chefe: Salazar, o "Salvador da Pátria".
o Corporativismo para a unidade da Nação: modelo de organização económica,
social, política e moral.
o Negação da luta de classes marxista.
o Enquadramento das massas através de um conjunto de instituições:
o Secretariado da Propaganda Nacional;
o União Nacional;
o Juramento do funcionalismo público (decreto-lei n.° 27 003) à ideologia
fascista consagrada na Constituição de 1933
e de "ativo repúdio do comunismo e de todas as ideias subversivas".
 Organizações milicianas: a Legião Portuguesa;
 Organizações juvenis: a Mocidade Portuguesa;
 Controlo do ensino através de professores e de manuais veiculadores dos
valores do Estado Novo;
 Vigilância das famílias: Obras das Mães para a Educação Nacional;
 Organização dos tempos livres dos trabalhadores: Fundação Nacional para a
Alegria no Trabalho (FNAT).
o Aparelho repressivo do Estado:
 ambiente de terror e de denúncia;
 censura prévia;
 polícia política: PVDE e PIDE (após 1945);
 prisões políticas: Caxias e Peniche;
 campo de concentração do Tarrafal (Cabo Verde).

Uma economia submetida aos imperativos políticos


o Estabilidade financeira apelidada de "milagre financeiro".
o Moeda fortalecida (o escudo).
o Equilíbrio orçamental: sob o lema "diminuir as despesas e aumentar as
receitas".
o Fomento agrícola: crescimento da produção cerealífera.
o Política de grandiosas obras públicas.
o Insípido desenvolvimento industrial condicionado pelo modelo económico
cujas linhas de força competiam ao Estado.
o Corporativização dos sindicatos.
o Ausência de conflitos laborais.
o Fomento colonial.
o Reforço da tutela metropolitana sobre as colónias.

A política cultural do regime


o Produção cultural submetida ao regime: construção de um projeto totalizante.
o "Política do Espírito: designação do programa cultural implementado.
o Fundação do Secretariado da Propaganda Nacional, dirigido por António Ferro.
o Censura apertada nos domínios literário, artes plásticas e decorativas,
arquitetura, bailado, cinema, teatro.
o Mediatização do regime pela controversa "união entre o conservadorismo e a
vanguarda".
o Realização de exposições nacionais e internacionais, quase todas de cariz
histórico: a "Exposição do Mundo Português" (1940).
o Relevância da vocação colonial de Portugal: incute-se uma mística imperial
nos portugueses.

A derrota dos fascismos em 1945 dificultou o enquadramento das novas gerações


de artistas na ideologia do regime. O projeto para forjar o português novo,
“estado-novista”, esboroa-se.

A guerra civil espanhola (1936-1939), antecâmara da segunda guerra mundial:


o Vitória do governo republicano da Frente Popular nas eleições legislativas de
fevereiro de 1936: terceiras e últimas eleições gerais da Segunda República
Espanhola.
o Governo composto por republicanos de esquerda, socialistas, comunistas,
trotsquistas e sindicalistas.
o Triunfo de Manuel Azaña, líder da coligação de esquerda (Frente Popular).
o Mais de 60% de deputados eleitos.
o Amnistiados presos políticos.
o Crescimento das tensões internas.

Forças em conforto
NACIONALISTAS/FRANQUISTAS/FALANGISTAS
(dirigidos pelo general Francisco Franco)
o Representam os interesses dos grandes proprietários fundiários, monárquicos,
católicos.
o "Cruzada" contra o comunismo e o ateísmo.
Apoios:
• Hitler (Alemanha), Mussolini (Itália), Salazar (Portugal).

Republicanos
Coligação das forças de esquerda.
Apoios:
URSS, México
Brigadas internacionais
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o Luta de morte entre fascismo e comunismo.
o Princípio de não intervenção pela Grã-Bretanha e França.
o Campo de ensaio para o armamento nazi-fascista na Segunda Guerra Mundial.
o Cerca de 400 000 mortos.
Vitória dos nacionalistas- triunfo do fascismo em Espanha (1939-1975)
Notas:
11° ano módulo 4 unidade 1

A Europa dos estados absolutos e a Europa dos parlamentos


A estratificação social e poder político nas sociedades do antigo regime
Antigo regime (paradigma francês)
Sociedade: Sociedade de ordens:
o três ordens - clero, nobreza e Terceiro Estado -, subdivididas, por sua vez, em
vários estratos sociais;
o estatutos jurídicos diferenciados consoante a categoria social;
o atribuição de funções, de acordo com a ordem a que o indivíduo pertence;
o comportamentos de acordo com o grupo social;
o grande importância das regras de etiqueta e do protocolo;
o pequena mobilidade social.
Ascensão do Terceiro Estado (burguesia de serviços e de negócios) - progressiva
desintegração da sociedade de ordens.
Poder político: Absolutismo régio:
o poder de origem divina - o rei considera ter sido escolhido por Deus para
governar em seu nome;
o concentração de poderes - visto que o poder do rei vem diretamente de Deus e
representa a sua vontade, o monarca concentra em si toda a autoridade do
Estado (poderes legislativo, executivo e judicial);
o . controlo das ordens privilegiadas (nobreza e clero), que perdem prerrogativas
políticas e se subordinam à autoridade real;
o recurso à vida de corte como meio de controlar
a nobreza;
o exaltação da pessoa régia através do cerimonial e do protocolo da corte, do
mecenato das artes e das letras.
Especificidade portuguesa
o Sociedade- Nobreza mercantilizada - os nobres participam da riqueza do
Império, dedicando-se a atividades comerciais (cavaleiro-mercador).
o Burguesia débil - o monopólio régio do comércio oriental e a participação da
nobreza nas atividades comerciais impediram a formação de uma burguesia
de negócios numerosa e ativa.
o Poder político- Poder real fragilizado pela Restauração.
o Progressivo reforço do poder régio.
o Afirmação do modelo absolutista com D. João V:
 reestruturação do aparelho burocrático do Estado;
 engrandecimento da figura régia: luxo, ostentação e protocolo, mecenato das
artes e das letras, grandes embaixadas.

A rejeição do absolutismo na sociedade inglesa


A Europa dos parlamentos
Inglaterra
o Sociedade- Estrutura social tripartida, com clara separação das três ordens,
que mantêm um estatuto diferenciado.
o Sociedade mais aberta, onde se regista maior mobilidade social.
Poder político- Poder real limitado desde o século XIII por um parlamento,
representante do povo inglês (Magna Carta).
o Rejeição do absolutismo - instabilidade política:
 guerra civil e execução de Carlos | (1649);
 implantação de uma república - liderança de Cromwell (1649-1659);
 restauração da monarquia (1660);
 Revolução Gloriosa (1688).
o Documentos fundamentais
 Habeas Corpus (1673) - limita as prisões sem culpa formada);
 Declaração dos Direitos (1689) - define claramente os limites do poder real;
poder do rei partilhado com o Parlamento.
Justificação do regime parlamentar
John Locke - Tratado do Governo Civil: os Homens nascem livres e iguais, pelo que o
poder emana do povo e os governos são instituídos em seu benefício. Assim, é lícito
depor um mau governante e instituir novo governo.

10° ano módulo 1


A democracia antiga
Modelo político :
Polis ou cidade estado
Pequena comunidade independente dotada de:
o um território bem definido, embora de extensão reduzida;
o um conjunto de cidadãos diferenciado;
o leis próprias;
o capacidade de se autogovernar.

DEMOCRACIA (antiga)
Forma de governo em que o poder é exercido pelos cidadãos. Caracteriza-se:
o pela igualdade entre os cidadãos - igualdade perante a lei (isonomia);
igualdade de acesso aos cargos políticos (isocracia); igual direito ao uso da
palavra (isegoria);
o pela restrição dos direitos de cidadania a um pequeno grupo - são cidadãos
apenas os indivíduos de sexo masculino, filhos de pai e mãe atenienses.
Mulheres e metecos (estrangeiros residentes) estão privados de direitos
políticos e de parte dos direitos civis. Os escravos não têm quaisquer direitos;
o pelo exercício direto da governação - os cidadãos, no seu conjunto, deliberam
na
o Assembleia Popular (Eclésia) e exercem alternadamente os cargos públicos
(democracia direta).

Uma cultura aberta à cidade


Modelo cultural
Cultura voltada para a cidade e para o cidadão:
Grandes manifestações cívico-religiosas
Envolvem toda a cidade ou mesmo toda a
Grécia, reforçando os laços que unem os seus habitantes.
o Panateneias - festividades em honra da deusa Atena, a protetora da cidade.
De quatro em quatro anos, celebravam-se com grande pompa, atraindo
peregrinos de toda a Grécia.
o Grandes Dionisíacas - celebradas todos os quatro anos, honravam o deus
o Dionísio. Deram origem às primeiras peças de teatro.
o Jogos - competições artístico-desportivas realizadas em honra dos deuses.
Estão geralmente presentes nas grandes festas cívicas. Destacam-se os jogos
realizados, de quatro em quatro anos, no santuário de Zeus, em Olímpia -
Jogos
Olímpicos.
Ideal educativo
o Educação considerada essencial à formação do indivíduo.
o Ideal educativo visando a criação de homens íntegros e de cidadãos
exemplares, capazes de mandar e obedecer, de acordo com as leis.
o Currículo abrangente, que incluía a música, a recitação dos poemas de
Homero e Hesíodo (pelos bons exemplos que davam aos jovens), bem como o
exercício físico, procurando o equilíbrio entre o corpo e a mente.
o Complemento da educação escolar com a aprendizagem da cidadania:
cumprimento do serviço militar, conhecimento das leis, participação nas
assembleias, aperfeiçoamento da retórica.
Arte: arquitetura e escultura
Arquitetura
o Reveste-se de um carácter
o essencialmente religioso - atinge o seu expoente máximo nos templos.
o Adota o sistema trílito como forma de construção mais comum.
o Busca a proporção e a harmonia, seguindo regras matemáticas - as ordens
arquitetónicas (ordem dórica, ordem jónica e ordem coríntia).
Escultura
o Tem como principais temas os deuses, heróis e jovens atletas.
o Procura a beleza ideal através da conjugação de elementos de diversos
modelos e de regras de proporções do corpo humano (cânone).
Arte: arquitetura e escultura
Arquitetura
o Reveste-se de um carácter
o essencialmente religioso - atinge o seu expoente máximo nos templos.
o Adota o sistema trílito como forma de construção mais comum.
o Busca a proporção e a harmonia, seguindo regras matemáticas - as ordens
arquitetónicas (ordem dórica, ordem jónica e ordem coríntia).
Escultura
o Tem como principais temas os deuses, heróis e jovens atletas.
o Procura a beleza ideal através da conjugação de elementos de diversos
modelos e de regras de proporções do corpo humano (cânone).

Roma cidade ordenadora de um império urbano


Modelo político
Império:
DIMENSÃO E ORGANIZAÇÃO
O Império Romano foi invulgarmente extenso e organizado:
o no fim do século lI, os Romanos tinham conquistado praticamente toda a
Europa continental, as Ilhas Britânicas, o Próximo Oriente e o Norte de África,
tendo sob o seu domínio uma enorme multiplicidade de povos;
o o território do Império dividia-se em províncias, à frente das quais se
encontrava um governador, que representava o poder de Roma;
o as cidades constituíam a célula-base do domínio romano. Dotadas de
instituições de governo próprias, com grande autonomia administrativa,
funcionavam como centros de "poder local", sob a tutela de Roma.
PODER CENTRAL
Até 27 a. C. (início do principado de Augusto), os Romanos viveram sob um regime
republicano, sendo o poder exercido:
o pelo Senado (assembleia de notáveis com carácter permanente);
o pelos Comícios (assembleias
o periódicas representativas do povo romano);
o por um corpo de altos magistrados, eleitos anualmente pelos Comícios.
Em 27 a. C, iniciou-se um novo regime político, designado por
"império" ou "regime imperial".
Caracteriza-se:
o pela existência de um magistrado
o supremo, o imperador, cuja autoridade se sobrepõe a todas as outras
instituições governativas;
o pela divinização da figura do imperador;
o pela permanência das instituições republicanas (subordinadas ao
o poder do imperador).
UNIDADE POLÍTICA
O mundo romano alcançou um notável grau de coesão política.
Contribuíram para esta coesão:
o o culto prestado, em todo o Império, à deusa Roma e ao imperador divinizado,
ambos símbolo de uma autoridade comum, forte mas benéfica;
o a aplicação, em todo o espaço do Império, de um notável conjunto de leis,
capaz de regular tanto os assuntos públicos como os privados (Direito
Romano);
o a progressiva extensão dos direitos de cidadania aos povos conquistados. As
diferenças jurídicas entre os Romanos conquistadores e os povos
conquistados terminaram em 212, quando o imperador Caracala concedeu a
cidadania plena a todos os habitantes livres do Império.

A afirmação imperial de uma cultura urbana pragmática


Modelo cultural
Cultura urbana e pragmática
URBANISMO
Os Romanos foram mestres no planeamento urbano, desenvolvendo um padrão
urbanístico que se repete por todo o Império. Assim, as cidades romanas:
o organizam-se em torno de dois
o eixos principais, o cardo e o decumanos;
o privilegiam o fórum - grande praca
o pública - como centro da vida administrativa, religiosa e social da cidade;
o estão dotadas de equipamentos
o utilitários que asseguram o bem-estar dos cidadãos: aquedutos, termas,
anfiteatros, entre outros.
ARQUITETURA
Como características da arquitetura romana, salientam-se:
o a influência helénica, patente sobretudo nas construções religiosas;
o o carácter utilitário dos edifícios, conforme ao pragmatismo que caracteriza
toda a cultura romana;
o a monumentalidade, que espelha a grandeza do poder romano;
o o carácter marcadamente
o propagandístico de algumas construções (arcos de triunfo, colunas
comemorativas);
o a grande capacidade técnica.
Construtores exímios, os Romanos souberam ser versáteis nos materiais e
nas técnicas utilizadas.
ESCULTURA
Muito apreciadas, as obras de escultura adornavam as praças e outros espaços
públicos, bem como as casas particulares. Caracterizam-se:
o pela forte influência da escultura grega, tanto na técnica como na conceção
da obra;
o pelo carácter realista dos retratos, que reproduzem, da forma mais fiel
possível, os traços e as expressões do retratado;
o pela utilização do relevo como forma de exaltar as vitórias e outras
o atuações valerosas (relevo histórico-narrativo). Utilizado sobretudo em
construções como as colunas comemorativas e os arcos de triunfo, este tipo
de relevo reforça o seu carácter propagandístico.
LITERATURA E HISTORIOGRAFIA
o Apadrinhada por Augusto e pelo seu amigo Mecenas, a literatura latina
floresceu e aplicou-se a louvar o governo e as virtudes imperiais.
o Entre todos os escritores e obras do tempo de
Augusto, destacam-se Virgílio e o seu grande poema épico, a Eneida, que
enaltece o povo romano como um povo predestinado para governar o mundo, e
o Augusto como o príncipe há muito esperado.
o A exaltação dos Romanos e dos seus chefes está também patente na
historiografia, nomeadamente na monumental História de Roma, escrita por
Tito Lívio.
ENSINO
o Saber ler e escrever era, entre os Romanos, coisa comum, tanto para os
rapazes como para as raparigas.
o Um ciclo completo de estudos organizava-se, tal como hoje, em três
patamares: um nível básico, a cargo do litterator, um nível secundário,
ministrado pelo gramático, e um nível superior, orientado pelo rethor, o
professor de retórica. Este último nível destinava-se a quem pretendia seguir a
carreira política.
o Tanto os particulares como o Estado acarinharam o ensino, pelo que o espaço
romano se cobriu de escolas. Seguindo o mesmo currículo e incutindo os
mesmos valores, esta rede uniformizada de escolas contribuiu para a unidade
cultural do Império.

A integração de uma região periférica no universo imperial: a Romanização da


Península Ibérica
INTEGRAÇÃO DAS PROVÍNCIAS NO UNIVERSO ROMANO

ROMANIZAÇÃO
Designa-se por romanização a progressiva extensão da cultura romana aos povos
dominados.
Para o processo de romanização contribuíram:
o a fundação e reorganização de cidades, segundo o modelo romano. As cidades
foram um polo de atração das gentes locais, que rapidamente adquiriram o
modo de viver romano;
o o estabelecimento de emigrantes romanos nas terras conquistadas.
Portadores da cultura latina, estes emigrantes foram importantes agentes da
romanização;
o a atuação das autoridades provinciais que, frequentemente, souberam cativar
as populações dominadas, incentivando-as a adotar os costumes romanos;
o a aplicação do Direito romano, vasto corpo de leis que proporcionou regras e
estabilidade às relações entre dominadores e dominados;
o a difusão do Latim, que se tornou a língua comum no Império;
o a implantação dos deuses tradicionais e do culto imperial em todo o espaço
romano. A tolerância para com as religiões indígenas favoreceu a aceitação
da religião romana;
o a extensão progressiva dos direitos de cidadania, que acabou por apagar as
diferenças jurídicas entre os Romanos e os povos conquistados;
o a construção de uma rede viária eficiente, capaz de facilitar as comunicações
no espaço imperial e dinamizar a economia.
Prenúncios de uma nova geografia política
Grandes alteração dos últimos séculos do império romano (século III a V)
CRISTIANIZAÇÃO DO IMPÉRIO
Inicialmente perseguido, o cristianismo foi gradualmente ganhando adeptos,
favorecido por
o a unidade do Império e as suas excelentes vias de comunicação;
o a proteção dos imperadores que, a partir de Constantino, se convertem à nova
fé. Depois do Édito de Milão, promulgado por Constantino em 313, os cristãos
passam a ter um tratamento preferencial.
Em 380, pelo Édito de Tessalónica, Teodósio transforma o cristianismo na religião
oficial do Estado romano.
A passagem de uma religião politeísta para o monoteísmo cristão transformou
significativamente a civilização romana:
o as igrejas cristãs substituíram os antigos templos;
o o culto ao imperador foi abolido em todo o Império;
o os valores e as normas de conduta alteraram-se;
o práticas enraizadas, como os combates de gladiadores, desapareceram
progressivamente;
o a igreja adquiriu forca suficiente para influenciar as decisões dos
imperadores.
CRISE POLÍTICO-MILITAR
No século III, o sistema imperial vive uma grave crise:
• os imperadores sucedem-se a um ritmo impressionante, aclamados e logo depostos
pelos exércitos. Este período
(235-284) ficou conhecido por anarquia militar,
• o Império é violentamente invadido pelos povos bárbaros que habitavam para lá da
sua fronteira norte.
Os Romanos conseguiram superar esta crise: o poder do imperador fortaleceu-se de
novo e os bárbaros foram vencidos. No entanto:
o generalizou-se o governo partilhado, de que é exemplo a
o Tetrarquia Imperial, instituída, em 293, por Diocleciano;
o os ataques dos bárbaros recrudesceram nos séculos IV e V.
Em 395. o território romano dividiu-se definitivamente em duas entidades políticas
distintas:
 Império Romano do Ocidente, com a capital em Roma ou
Ravena;
 Império Romano do Oriente (ou Império Bizantino), com a capital em
Constantinopla (antiga Bizâncio).
O Império do Ocidente desintegrar-se-á no decurso do século V, sob a violência das
grandes invasões bárbaras. A deposição do último imperador, em 476, marca,
simbolicamente, o seu fim.
FIM DA ÉPOCA CLÁSSICA - INÍCIO DA ÉPOCA MEDIEVAL
• Altera-se a geografia política da Europa Ocidental - à unidade do Império Romano
sucede uma Europa fragmentada em vários
reinos bárbaros.
• Após a queda do Império do Ocidente, a cristianização dos reinos bárbaros mantém
a Igreja nas altas esferas do poder.
A Igreja desempenha um papel relevante na transmissão do legado político-cultural
clássico ao mundo ocidental:
o a ideia de um poder régio forte, legitimado pela vontade de Deus, foi divulgada
pelos escritos religiosos;
o a organização da Igreja foi decalcada da do Império, tomando como base a
diocese, que corresponde à cidade;
o o Direito Romano esteve na base do Direito Canónico (Direito da Igreja);
o o Latim manteve-se como língua litúrgica;
o os métodos da Filosofia antiga e da retórica foram utilizados para divulgar e
fundamentar a fé cristã;
o a arquitetura religiosa incorporou numerosos elementos das construções
romanas;
o as representações artísticas cristãs inspiraram-se nos modelos romanos,
muitas vezes atribuindo novos significados a imagens antigas.

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