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Olá, estudante!

Vamos iniciar essa etapa refletindo sobre o que são fake news? Pare por alguns minutos, então
já ouviu falar sobre o assunto? É algo bom ou ruim? Já presenciou ou vivenciou alguma situação
de fakes news? registre em seu caderno suas primeiras reflexões.
O termo fakes news tornou-se tão conhecido que passou a ser usado por muitas pessoas para
descrever qualquer tipo de informação enganosa. Mas é importante compreender que há vários
outros tipos de conteúdo falso ou capaz de gerar confusão.
Desinformação é o termo mais amplo para nos referirmos a qualquer tipo de conteúdo falso,
impreciso, tendencioso, distorcido ou fora de contexto, criado de forma intencional ou não.
Já as fakes news são um tipo bem específico de desinformação. Elas são informações falsas
criadas com a intenção de enganar. Em vários casos imitam o visual de veículos de comunicação
estabelecidos para tentar “pegar carona” em sua credibilidade. Mas nem toda desinformação é
necessariamente fakes news – há outros casos que podem acabar resultando em confusão
mesmo sem ter o propósito de nos iludir, como: sátira que é levada ao pé da letra; títulos
imprecisos; conteúdo sensacionalista que quer ganhar com o nosso clique; erro jornalístico (não
é proposital e tem alguém que responde por ele, como o próprio repórter ou o veículo em que
ele trabalha); opinião confundida com fato etc.
As fakes news, se tornaram uma presença constante em nosso mundo interconectado. Estas
informações fabricadas, distorcidas ou enganosas se espalham como fogo numa floresta seca,
alimentando-se da credulidade e polarização da sociedade moderna. As implicações dessas
falsidades para a sociedade são profundas e multifacetadas.
Primeiramente, as fakes news minam a confiança no jornalismo e nas fontes de informação
tradicionais. Enquanto os veículos de notícias lutam para relatar os fatos de maneira precisa, as
notícias falsas atacam a integridade dessa profissão vital, tornando mais difícil para o público
distinguir entre fontes confiáveis e duvidosas. Isso erode a base da democracia, pois uma
sociedade bem-informada é essencial para o funcionamento adequado de um sistema
democrático. Além disso, as fakes news têm o poder de distorcer a percepção pública e influenciar
decisões importantes, como eleições, criando divisões profundas na sociedade. Políticos e grupos
de interesse podem aproveitar-se dessas táticas para alcançar seus objetivos, minando a
integridade dos processos democráticos.
Além disso, as fakes news têm implicações diretas na saúde pública. Durante crises de saúde,
como a pandemia de COVID-19, informações falsas podem levar as pessoas a tomar decisões
perigosas para sua saúde, como ignorar medidas de segurança ou aderir a tratamentos ineficazes
e prejudiciais. Isso coloca em risco não apenas a vida das pessoas, mas também sobrecarrega os

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sistemas de saúde e atrasa a superação da crise.
As fakes news também alimentam a polarização e o extremismo. Ao disseminar informações
enganosas que confirmam as crenças preexistentes das pessoas, elas aprofundam as divisões na
sociedade e dificultam o diálogo construtivo. Isso pode levar a confrontos e tensões sociais
crescentes, prejudicando a coesão social.
Após o debate reflita sobre como as redes sociais facilitaram a disseminação das fakes news, que
se espalham rapidamente ao apelar para emoções como medo e raiva. Estas notícias falsas minam
a confiança nas fontes de informação, enfraquecendo a democracia. Combater as fakes news
requer políticas rigorosas, algoritmos transparentes, colaboração entre governos, empresas e
cidadãos, além de educação digital para discernir a verdade da falsidade.
O uso das redes sociais e as fakes news estão intrinsecamente ligados na era digital. Embora as
redes sociais tenham trazido muitos benefícios, elas também têm um papel significativo na
propagação da desinformação. Enfrentar esse desafio requer esforços coordenados e contínuos
para proteger a integridade da informação em nossa sociedade cada vez mais conectada.

▪ Veja algumas dicas para verificar a confiabilidade de uma informação.

Habilidades para encontrar informações e “interrogar” o material acessado (e não apenas


consumi-lo) precisam ser desenvolvidas e adotadas no dia a dia de crianças e jovens. Não se
trata de formar um exército de checadores de informação. Mas, sim, de incentivar uma leitura
mais reflexiva e consciente – seja de textos, seja de imagens, memes ou mesmo podcasts.
Para avaliar a confiabilidade de qualquer mensagem, é importante que, habitualmente, você seja
capaz e lembre-se sempre de “entrevistar” o conteúdo acessado, com perguntas como:

AUTORIA: Quem criou a mensagem?


CONTEÚDO: Sobre o que é a mensagem? Há evidências para sustentar o que está sendo
comunicado?
PROPÓSITO: Qual é a intenção da mensagem? Informar, vender algum produto, convencer,
entreter?
CONTEXTO: Em que momento e circunstância esse material foi criado e está sendo disseminado?
IMPACTO: Quem pode ser beneficiado ou prejudicado pelo conteúdo?

É muito importante que você perceba que todos somos responsáveis pela curadoria das
informações que acessamos. Sem isso, corremos o risco de acabar menos informados do que
antes, quando o volume de dados, mensagens e conteúdos disponíveis era bem mais restrito.
Agora vamos realizar uma atividade sobre fakes news na era digital. Nela, você irá buscar
identificar notícias falsas e desenvolver habilidades críticas para navegar na informação online
com responsabilidade. Com essa atividade você conseguirá identificar e diferenciar notícias falsas
(fakes news) de notícias verdadeiras, aprimorando seu pensamento crítico e responsabilidade
social.

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