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Carreiro & Macedo | Engenharia Carreiro 4 etre ANGENHARIA & INSPEGOSS CURSO DE FORMAGAO PARA OPERADORES — DE CALDEIRAS NOVEMBRO 2022 Sumario 1- Introdugao.. 2) Legisiagao 3) Caldeiras. 3.1 Tipos de Caldeiras .. 4) NogGes de grandeza fisicas e unidades Unidades de pressdo 6) Massa Especifica ou densidade. 7) Calor e Temperatura . 8 Modos de transferéncia de calor 9 Termodinamica Basica . : Produgao de energia.. 9.1) Aplicagées de caldeiras 9.2) Outras centrais energéticas Motores de combustao intern: 10)- Termodinamica Aplicada .. 10.1) Conceitos fundamentais 11) Fluidos - estatica 12. Fluidos - dinamic: e 13. Balango material num vaso de processo 14- Instrumentacao Basica (°/2/hape, @aldo Le. 15- Principios para operacdo segura de caldeiras HPREBE DD Ho WSL (cptele) 3855 (cyere, T2ovsho ck staesp) RERCD VE +NOALeA MIO , SPL aqecuvho, SitVoadss NBERaB 1-Introdugao ‘ANorma Regulamentadora 13 (NR-13) é uma norma do Ministério do Trabalho que estabelece 08 requisitos minimos para gestéo da integridade estrutural de caldeiras, vasos de presséo e suas tubulagées de interligago nos aspectos relacionados a instalaco, inspegao, operacao e manutengo, visando & sequranga e @ sade dos trabalhadores. eee cena! treinamento segue 0 escopo minimo determinado pela NR-13, com o contetido de Nogdes de grandezas fisicas e unidades; Nogées de quimica Aplicada; Topicos de Inspego e Manutengao de Equipamento e Registros Caldeiras ~Consideragées Gerais Operagao de Caldeiras ‘Tratamento de Agua para caldeiras Prevengo contra explosées e outros riscos Legisiagao e Normatizago Nogées basicas de eletricidade e instrumentago, envolvido no proceso; Além do conteddo tedrico solicitado pela norma, o profissional que atuar como operador de caldeira, obrigatoriamente, tem que ser submetido a pratica profissional supervisionada na operagao da propria caldeira devendo ser documentada com carga horéria de 80 horas para caldeira de categoria A e de 60 horas para categoria B 1) © curso tem por objetivo compreender os fundamentos acerca de caldeiras, com base no Contetdo programatico conforme Anexo 1 da NR13 bem como compreender os conceitos gerais de seus processos operacionais basicos como o uso de combustivels e a transferéncia de calor, a fim-de permitir atuar de modo consciente e seguro, apés realizagao do estagio prético / treinamento de campo. 2) Conforme o item 13.4.1.1 da NR-13: 3) “Caldeiras a vapor so equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob resséo superior 4 atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, projetados conforme cédigos pertinentes, excetuando-se os refervedores @ equipamentos similares”. 4) A Classificagao de caldeiras a vapor se da em 2 categorias (13.4.1.2) 5) 2) caldeiras da categoria A sao aquelas cuja pressdo de operagao ¢ igual ou superior 2 1960 kPa (19,98 kgf/em2), com volume superior a 100L(cem Iitros;) 6) b) caldoiras da categoria B s&0 aquelas cuja presséo de operacao seja superior a 60 KPa(0,64 kaliom2) e inferior a 1960 kPa (19,98 kglicm2), volume interno superior a 100 L (cem ltros) ¢ 0 produto entre a pressao de operagao em KPa @ 0 volume interno em ‘in? seja superior a6 (seis) item 13.3.1 mostra a constituicao de risco grave iminente (RGI), que so as operagées fetuadas que no cumprem o estabelecido pela norma, quais possam causar acidente ou ‘doenga relacionada ao trabalho, com lesdo grave a integridade fisica do trabalhador. 8) ) operacao de equipamentos abrangidos por esta NR sem dispositivos de seguranga ajustados com presséo de abertura igual ou inferior a presséo maxima de trabalho admissivel - PMTA, instalado diretamente no vaso ou no sistema que o inclui, considerados os requisitos do cédigo de projeto relativos a aberturas escalonadas & tolerancias de calibraco; 9b) atraso na inspecao de seguranga periddica de caldeiras; 10) c) bloqueio inadvertido de dispositivos de seguranga de caldeiras @ vasos de presséo, ou seu bloqueio intencional sem a devida justificativa técnica baseada em codigos, 1normas ou procedimentos formais de operagao do equipamento; 11) d) auséncia de dispositive operacional de controle do nivel de agua de caldeira; 12) e) operacéo de equipamento enquadrado nesta NR com deteriora¢ao atestada por meio de recomendagéo de sua retirada de operacao constante de parecer conclusivo em relatério de inspegao de seguranca, de acordo com seu respectivo codigo de projeto ou de adequagéo a0 uso; 13) ) operagao de caldeira por trabalhador que néo atenda aos requisitos estabelecidos no Anexo | desta NR, ou que nao esteja sob supervisdo, acompanhiamento ou assisténcia especttica de operador qualificado, 14) As caldeiras devem possuir obrigatoriamente os itens relacionados abaixo, conforme 13.4.1.3 15) a) vélvula de seguranca com pressao de abertura ajustada em valor igual ou inferior @ PMTA, considerados os requisitos do cédigo de projeto relatives a aberturas escalonadas e tolerdncias de calibragé 16) b) instrumento que indique a pressao do vapor acumulado; 17) ¢) injetor ou sistema de alimentagao de gua independente do principal que evite o ‘superaquecimento por alimentacao deficiente, acima das temperaturas de projeto, de caldeiras de combustivel sélido ndo atomizado ou com queima em suspensdo; 18) d) sistema dedicado de drenagem rapida de agua em caldelras de recuperagéio de 4lcalis, com agdes autométicas apés acionamento pelo operador; 19) e) sistema automético de controle do nivel de agua com intertravamento que evite 0 ‘superaquecimento por alimentagao deficiente 20) Para os sistemas de seguranga, conforme item 13.4.3.1 da NR13, toda caldeira deve possuir manual de operagao atualizado, em lingua portuguesa, em local de facl acesso aos operadores, contendo 21) a) procedimentos de partidas e paradas; 22) b) procedimentos e parémetros operacionais de rotina; 23) c) procedimentos para situagdes de emergéncia; 24) d) procedimentos gerais de seguranga, sade @ de preservagao do meio ambiente, 25) 13.4.3.2 Os instrumentos e controles de caldeiras devem ser mantidos calibrados @ em boas condigées operacionais, 26) 13.4.3.2.1 Podera ocomer a neutralizagao proviséria nos instrumentos © controles, desde que néo seja reduzida a seguranca operacional, e que esteja prevista nos procedimentos formais de operagao @ manutengdo, ou com justiicativa formalmento documentada, com prévia andlise técnica e respectivas medidas de contingéncia para ‘mitigagéo dos riscos elaborada pelo responsavel técnico do processo, com anuéncia do PH, 27) 13.4.3.3 A qualidade da agua deve ser controlada @ tratamentos devem ser implementados, quando necessérios, para compatibilizer suas propriedades fisico- quimicas com os parémetros de operacao da caldeira, sendo estes tratamentos obrigatérios em caldeiras classificadas como categoria A, conforme item 13.4.1.2 desta NR. - 28) 13.4.3.4 Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operagao e controle de operador de caldeira 29) 13.4.3.5 Serd considerado operador de caldeira aquele que satistizer 0 disposto no item Ado Anexo | desta NR. 30) A inspegao de seguranca periédica (13.4.4.4) deve ser constituida por exames intemo externo, devendo ser executada nos seguintes prazos maximos, 31) a) 12 (doze) meses para caldeiras das categorias A, 8; 32) b) 18 (dezoito) meses para caldeiras de recuperagdo de alcalis de qualquer categoria;(atualizagao 07/2022) 33) 0) 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da categoria A, desde que aos 12 (doze) ‘meses sejam testadas as pressdes de abertura das valvulas de seguranca. 4 34) De acordo com o Anexo 1 — CapacitagSo Pessoal, no item A caldeiras, sera considerada como e ‘operadar de caldeira o profissional que satisfazer as condigoes 38) a) possuir certficado de Treinamento de Seguranga na Operacao de Calderas © comprovagao de estagio prético conforme item A1. § deste Anexo; ou 36) 6) possuir certiticado de Treinamento de Seguranga na Operacao de Caldeiras previsto na NNR 13 aprovada pela Portaria SSMT n." 02, de 08 de maio de 1984 ou na Portaria SSST n.° 23, de 27 de dezembro de 1994. 5 37) A1.2 O pré-requisito minimo para patticipagao como aluno, no Treinamento de ‘Seguranga na Operagao de Caldeiras 6 0 atestado de concluso do ensino médi. 38) A1.5 Todo operadr de caldeira deve cumprir um estagio pratico, na operagao da propria caldeira que iré operar, 0 qual deverd ser supervisionado, documentado e ter duragéo ‘minima de: 39) a) caldeiras da categoria A: 80 (otenta) horas; 40) b) caldeiras da categoria B: 60 (sessenta) horas; - 41) A1.7 Deve ser realizada capacitagao para reciclagem dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com a operagao das instalagdes sempre que nelas ocorrerem . ‘modificagées significativas na operagdo de equipamentos pressurizados ou troca de : ‘métodos, processos e organizagao do trabalho. Exercicio 01: Com base nos dados da caldeira que ira operar Faca a classificagao da categoria conforme NR13. * Exercicio 02: Com base na norma, indique alguns instrumentos obrigatérios para a operagaio da caldeira, Cite sua imoortancia. Exercicio 03: 0 que entende por PMTA e comente sua importancia na caldeira? , Exercicio 04: Descreva qual a importancia da NR1 em sua opini8o? Exercicio 05- Descreva 0 que se entende por RGI? 3) Caldeiras Caldeira € um equipamento cuja fungao principal 6 gerar vapor, através da transferéncia de calor de uma fonte de energia (combustive) para a agua © vapor € utiizado em processos industriais para aquecimento, geragao de energia elétrica, movimentagao de maquinas, esterilizag3o de equipamentos, etc. Como combustiveis podem-se ter como exemplo: > Combustivel sélido: lenha, bagago de cana, casca de arroz, palha de mitho, cavacos de madeira, lixo organico, briquetes. > Combustivel liquide: éleo combustivel,licor preto, metanol, etanol, gasolina > Combustivel gasoso: gés natural, gas liquefeito de petroleo (GLP), acetileno, 3.1- TIPOS DE CALDEIRAS Caldeiras flamotubulares CO rendimento térmico da caldeira flamotubular é normalmente mais balxo e o espaco ocupado por ela 6 proporcionalmente maior, embora atualmente j4 existem modelos compactos desse tipo de caldeira, ‘Apesar dessas restrigées, seu emprego pode ser indicado de acordo com as necessidades particulares de cada proceso industrial, sendo adequado para pequenas instalagbes industriais. Neste fasciculo serdo estudadas algumas caracteristicas € as partes componentes das caldeiras flamotubulares, Tipos de caldeiras flamotubulares Caldeiras flamotubulares ou fogolubulares s80 aquelas em que os gases provenientes da combustéo (gases quentes) circulam no interior dos tubos ¢ @ agua a ser aquecida ou vaporizada circula pelo lado de fora, : Este tipo de caldeira 6 0 de construgdo mais simples, e pode ser classificado quanto a distribuigao dos tubos, que podem ser tubos verticais ou horizontals, Caldelras de tubos verticais Nas caldeiras de tubos verticais, 0s tubos s80 colocados verticalmente num corpo cilindrico fechado nas extremidades por placas, chamadas espelhos. A fornalha intema fica no corpo cillindrico logo abaixo do espelho inferior. Os gases de combustéo sobem através dos tubos, aquecendo e vaporizando a Agua que esta em volta deles. QoS hs Moe AAs fomalhas externas so utlizadas principalmente no aproveitamento da queima de combustiveis de baixo poder calorifico, tais como: serragem, palha, casca de café e de amendoim e dleo combustivel (1A, 2A ... etc.) Caldeiras de tubos horizontals As caldelras de tubos horizontais abrangem varios modelos, desde as caldeiras Comus-lia e Lancaster, de grande volume de 4gua, até as modemnas unidades compactas, As principais caldeiras horizontais apresentam tubuldes internas nos quais ocorre a combustio e através dos quais passam 08 gases quentes. Podem ter de 1 a 4 tubuldes por fornalha, | ea chaming nant haine (damper) Fae esi de oper agua vaporizando fea. tubos de fumaga geradares de VY vapor fornatha FL (com gases ce proceso! fornalha caldera vertical ccaldoira vertical de fornalha interna fomaiha externa . ¢ TER EES Gor Dcenrd>.(GeQ~@ ve Vapor) Tipos de caldeiras de tubos horizontals A caldeira Cornualia, um dos primeiros modelos desenvolvidos, ¢ constituida de um tu-buléo horizontal ligando a fornalha ao local de saida de gases. E de funcionamento simples, porém de Fendimento muito baixo. ‘Suas principais caracteristicas so: press’o maxima de operagéo de 10 kaf/cm®, vaporizagao especifica 12a 14 kg de vapor!m? e maximo de 100m? de superficie. vapor. agua vaporizando Acaldeira Lancaster ¢ de construgo idéntica & anterior, porém tecnicamente mais evolulda, Pode ser constituida de dois a quatro tubuldes internos e suas caracteristicas so: area de troca térmica de 120 a 140m? e vaporizagao de 15 a 18 kg de vapor/m?. Algumas delas apresentam tubos de fogo de retorno, 0 que apresenta uma methoria de rendimento térmico em relago as anteriores. ‘Na caldeira multitubular, a queima de combustivel 6 efetuada em uma fornalha externa, geralmente construida em alvenaria instalada abaixo do corpo cilindrico, Os gases quentes passam pelos tubos de fogo, e podem ser de um ou dois passes. A maior vantagem @ poder queimar qualquer tipo de Combustivel. Na figura a seguir, temos um éxemplo de caldeira multitubular ehaming saida do fornatva gases coe uated caldeira multitubular Acaldeira locomével, também do tipo muittubular, tem como principal caracteristica apresentar uma _atendem bem a aumentos instantaneos de demanda de vapor. Como desvantagens, apresentam => _balxo rendimento térmico; => _partida lenta devido ao grande volume interno de agua; => lmitagao de press de operagéo (max. 15 kgtiem?) 2 balxa taxa de vaporizacao (kg de vapor / m2. hora): => capacidade de produgéo limitada; = dificuldades para instalacao de economizador, superaquecedor e pré-aquecedor. Partes das caldeiras flamotubulares- As caldeiras flamotubulares apresentam as seguintes partes principais: corpo, espethos, feixe tubular ou tubos de fogo e caixa de fumaca. © corpo da caldeira, também chamado de easco ou carcaga, € construdo a parr de chapas de ago carbono calandradas ¢soldades. Seu ciameto © comprimento esto relacionados a capacidade de produgo de vapor. As pressées de trabalho séo limitadas (normalmente maximo de 20 kaflem®) pelo diametro do corpo destas caldeiras. Os espelhos so chapas planas cortadas em forma circular, de modo que encalxem nas duas extremidades do corpo da caldeira e so fixadas através de soldagem. Sofrem um processo de furagdo, por onde os tubos de fumaga deverao passar. Os tubos so fixados por meio de mandrilamento ou soldagem, 0 feixe tubular, ou tubos de fogo, 6 ‘composto de tubos que sio res- espelho Ponsaveis pela absorcéio do calor ccontido nos gases de exaustéo usados ara 0 aquecimento da agua. Ligam 0 espelho frontal com 0 posterior, Podendo ser de um, dois ou trés passes. fornalha A caixa de fumaga ¢ 0 local por onde os gases da combustdo fazem a reverso do seu trajeto, passando novamente pelo interior da caldeira (pelos tubos de fogo). O desenho a seguir mostra os componentes de uma caldeira flamotubular tipica vesivtae do sonuranva REA 2 55:09 ERD 5 200 4 Figura : Caldeira lamotubular horizontal em corte, Fonte: Macedo, 2006. Exercicios 1 2 3 Cite vantagens ¢ desvantagens das caldeiras flamotubulares, Por que'em certas aplicagdes é recomendada a caldeira flamotubular? Cite algumas caracteristicas das caldeiras flamotubulares. Cite alguns componentes das caldeiras flamotubulares. Caldeiras Aquatubulares: Aquatubular: 4gua flui por dentro dos tubos e os gases quentes passam por regio extema, a transferéncia de calor dos gases quentes para a agua faz com que esta transforme em vapor, ocorrendo este fendmeno no evaporador, banco gerador cu boller bank. Estes tipos de caldeira alcancam altas temperaturas © pressdes, garantindo alto rendimento. Normalmente so de alto custo inicial, sendo mais indicada para grandes produtores e consumidores de energia, tais como centrais termelétricas, 40 multicombustiveis, podendo queimar desde gas natural até combustiveis complexos como licor preto, podendo passar por madeira, dleo combustivel, gas da pirdlise da madeira, gas de aterro, residuos organicos industrais, etc. Em relagao as caldeiras flamotubulares, as aquatubulares so mais eficientes termicamente, odendo a chegar a valores de 95% de rendimento para caldeiras compacta ‘As caldeiras aquatubulares oferecem as seguintes partes: economizador, fornalha, evaporador, ‘superaquecedor, equipamentos para controle de emissées almosféricas. A Figura 3 indica o perfil de uma caldeira aquatubular ert as0& te a “ag 0d pL FIG, c122_ STEAM ORUM INTERNALS — BAFFLE TYPE (Courter of Contin Erie, Ine.) Baldo de uma caldeira Aquotubular Figura 4: Galdeira aquatubular em funcionamento com queima de biomassa Fonte: Reis, 2010 | Figura 5- Mostra uma caldeira aquatubular com queima de biomassa, demonstrando os principais equipamentos de otimizagao energética Elétrica: as caldeiras elétricas utilizam do conceito de transferéncia de energia através do efeito Joule, ou seja, a conversdo de energia elétrica em energia térmica quando os elétrons da corrente elétrica passam pelo material dos condutores, gerando atrito e transformado em calor. O calor gerado é transferido para a agua gerando 0 vapor. As caldeiras elétricas, por nao queimarem combustiveis 1ndo necessitam de queimadores, chaminés, fornalhas e ventiladores, As caldeiras elétricas podem ser de alguns tipos: Eletrodo submerso: operam em pressées abaixo de 15 bar, com eletrodos mergulhados na agua, com tensées entre 220 e 440 V. Jato d agua: destinada a pressdes mais elevadas, funcionam com jatos de gua formando um filme com 0 eletrodo, evaporando rapidamente. Resisténcia: destinadas a pequenas produgdes, com as resisténcias elétricas merguihadas em ‘gua, como um chuveiro eletrico. A Figura 6 demonstra esquematicamente uma caldeira elética tipo eletrodo submerso Figura 6: Desenho esquematico de uma caldeira elétrica tipo eletrodo submerso. Fonte: Eletronuclear, 1998 Fluido Térmico: as caldeiras de fluido térmico utiizam da transferéncia de calor para um éleo térmico de alto ponto de fulgor para levar energia para o local de trabalho, devido ao alto ponto de fulgor gera baixas pressdes de vapor. Tem custo de instalaco mais baixo e por nao operarem com gua as taxas de corroséo sdo bastante baixas, reduzindo 0 gasto com manutengao. A Figura 7 mostra uma caldeira de fluido térmico Figura 7: Desenho esquematico de uma caldeira de fluido térmico, Fonte: Eletronuclear, 1998. Naval: as caldeiras para uso naval tém a caracteristicas de nao explodirem, este fendmeno é evidenciado pela baixa vazao de vapor gerado na caldeira, A caldeira possui uma Unica serpentina geradora de vapor, posicionada na forma helicoidal, a energia quimica do combustivel ¢ transferida are a agua € gerando o vapor, com a quantidade de vapor gerada é baixa, se houver qualquer rompimento de tubo, nao acarretara em deslocamento grande de gis e explosdo da caldeira, A detecgao de vazamento € répida, atuando a légica de desligamento da caldeira, preservanda © ambiente. A Figura 8 demonstra a parte interna de uma caldeira de vapor instantaneo. Figura 8: Caldeira de Vapor Instantaneo (Naval). Fonte: Clayton, 2017, Exercicios 5)- Descreva a diferenga entre caldeiras aquotubular e flamo tubular? 6)- Quais as vantagens e desvantagens das caldeiras aquotubular? 4)- Nogées de grandeza fisicas e unidades 4.1)- Presséo Pressto & a forga exerci por ura substincia sda; aude © gasosa em uta deteminada area, aequardo t indeaoeaculo de presto. F pee o ” A Para Iuids © geses em repouso, se ulize da Lei de Slevin, no qual relaciona massa especifica (densidade) do fluido com a altura que se’encontra, dado pela equaggo 2 AERO feta podegen @ we? Onde: d @ a densidade (kgim’), g é a aceleracao da gravidade (10 m/s*) eh é a altura de coluna (m) 4.2- Pressdo atmosférica Mow A presséo atmosférica ¢ a pressio exercida pela camada de gases que esta contida na atmostera, ou seja, quanto maior for Lemon esta camada, maior seré a presséo exercida, através dos trabahos de Torticeli no seu barémetro de mercirio, tem-se 760 ‘mmHg ao nivel do mar. Conforme a elevagao sobe a pressio atmosférica cai, em La Paz na Bolivia 4 3600 m de altura a press8o ¢ 507 mmHg, 4.3- Pressdo interna de um vaso ‘Como visto anteriormente a presso de uma coluna de liquido segue a Lei de Stevin na equagao 2, independentemente do formato do vaso, a pressao estaré relacionada diretamente com a altura, a Figura 2 mostra um tanque de armazenamento de licor preto forte. Figura 2: Tanques de armazenamento de liquidos. 4.4- Presséo manométrica, pressdo relativa e pressao absoluta A pressio atmosférica é a pressao exercida pela camada de gases da atmosfera sendo denominada de pressao absoluta, porém nas medigGes dos processos industriais € constante ullizar instrumentos como o manémetro. © manémetro relaciona a press3o absoluta com a pressdo atmosférica local, indicando uma presso relativa, a Figura 3 mostra a relagbes entre as pressoes. % Opessio pesobl> = Pirvowelaia + Pater. Pressio acin da pressto atmosféi ca local Pressia Pressfu stnosfica Feel Denese} are Atsolita lati 0 Danese J Raton Pressio ebixo da pressfo ‘atmosfén ca local Pressio ‘Absoluta “Zero absohuto (wdc abcitto) Figura 3: Relagées entre as pressbes. Possotaa = Parweseviea + Prenaminrca (3) Unidades de pressao kPa bar kgf/cm? Psi atm mmHg: mH20 (mea) 100, 1 soe. 4503. «gees. «750062, «L0ASTIB. se0s6s ._ase0Ges| a 133 oss7e1 735556 ——«1000 689870068967 0.070307 A sens sais «07007 woisas orm =—«gaa3 = no9s9 1 760 1035226 qa 3895 w9368 131579 1000 1358 380665 ogee = ooo ==SCARS«SCmRGT «73,86 1 2 ooi0 «io —=«aS0]==««yoanesa «sos «O07 ‘Tabela 2: Relagao entre as unidades de medida de pressao Pa | bar | atm | torr psi Pa | 1 | ogo00r [aase210* | oao7sos |o.o001 «80377 bar | roo | 1 | osesa2 | r5006 | s4sear7 atm | 01325 | rors | 4 reo | 145994 tore | 133322 [000133322 [000131573] 1 | ontasc672 psi_ [094.757] o0ssa4757] o.ossoas | 51 7151 1 Pa Pascal Newtons per square mel bar Bar 10° Pascal alm: Atmosphere = 760 torr = 780 millimeters of mercury at O°C tow: Torr 1 millimeter of mercury at 0°. psi. P Pounds per square inches Exercicio 05: Qual serd a presséo exercida pelo licor preto forte (80%) em uma bomba de recalque para o anel da caldeira, quando o nivel do tanque de 100 m? e 20 m de altura esta em 75%, a massa especifica (densidade) do licor € 1430 kg/m’. TT een Pso9. 4 ISB 1S P= 1430.10.15 abe. P=.2IS00 Pa P=Z1U bar P= Loe, LO. 2 P= Won Exercicio 06: Um mergulhador ira limpar 0 canal de captagao de 4gua do rio, este canal fica a uma profundidade de 8, m do espelho d'agua, qual sera a pressao absoluta aplicada no ‘mergulhador. Satu = Jol, 2S Pa % PH FOO + Lol BT =P 1Bt Zosce ey Prt kL bee Exercicio 07: Numa quebra de folha da maquina extratora (secagem) aumenta a pressdo da ccaldeira , imediatamente 0 operador liga para o operador da caldeira e solicta reduzir a press20, pois ‘esta abaixo do limite operacional 15 Kgficm?, porém o operador da caldeira diz que esta dentro do limite normal da caldeira, indique qual a pressao da caldeira se o medidor & em bar. As Ye Som? = 14.390 bar ga aftura Exercicio 08: 0 fitro de lama a tambor opera com 1 bar, ao calibrar este manémetro 0 Instrumentista utiizou um mandmetro padréo em Pascal, qual seré 0 valor indicado no mandmetro, dbac= 4.70 Pe Exercicio 09: Um soldador foi fazer medicao de presso arterial (PA) para entrada em espago confinado na parada geral, 0 mesmo estava com a pressao alterada “Ao ser proibido de entrar no espago, o mesmo comentou que veio de Kathmandu rio Nepal (1400 m) hé dois dias, e lé sua pressao estava normal, utilizando os conceitos de pressao indique se o mecanico esta certa ou nao. O schoorce- Saploveo., Ve tem Dalen 2 PA. Exercicios complementares Responda qual ¢ a pressdo indicada pelos manémetros contidos nas figuras seguintes: a) 4 ols! b) 5 olcall c) ® > =i d) ® > e) or @ rds = Aho - 14, Sax psi (B71?) pr: DB Pi2: S029 Ry = PS ba~ Fest PST LPs: densidade = 1,06g/L.= + ro6oKgina Pit: pi2z: 406. 2°?2 = 4,06 bar Lp1s: densidade = 1,06g/L. = t060kgims Pi-t:__ Pi2: S2000 Pa = CO, 73 bOT 9540 Kot. oe pz, BOW? ~ B bay pia © @O,0x7 28. bay f) Dada a figura abaixo responda quais s4o as pressées absolutas nos pontos indicados pelos manémetros. Dados: a pressao atmosférica local 0,9atm e 0 mandmetto 1 indica pressao de 0,0ber. Pit:_OP2q) ou Lf 2286) pi2.£00,c00% ou Zot aes") 9). Dada a figura abaixo responda quals séo as pressbes absolutas nos pontos indicados pelos manémetros. Dado: a pressdo atmosférica local € 0,9atm e 0 manémetro 1 indica pressao de - 0,2bar. Pit 2 oeBtey ou Sr azste) len ae H.ce®, = $090. 40.50 P12: 9.000%) ou LU, 52ST Plz -20,000Fe- P= Se0.e00 Fe (120,000 Pa 2 = GO.) Dade a tga absixeresponda ques sho 2s pressbes abbohioe noe ponies relvaske pelo mandate Base a precede aimostoca leas ogee c maromave ties ereseae Sos Ober Piet: (g) ou (a) PL2: {g) ou (a) i)Dada a figura abaixo responda qual o nivel interno do tanque se os manémetros estiverem indicando as presses de ~ 0,1bar (manémetro 1) e +0,3bar (manémetro 2). Dado: a pressao atmostérica local €0,9atm Pez -Ostae Pit (g) ou (a) [?270,3 500 2 30.001 PL2: {g) ou__(a) 6- Massa Especifica ou dehsidade A densidade ¢ considerada a relacdo entre a massa de uma substancia e o volume ocupado pela mesma, Como exemplo, temos o chumbo que ¢ 1,5 vezes a densidade do ferro, por isto ele € usado como barreira em exames de raios-X. Os liquidos também possuem suas densidades. Colocando-se gua e dleo num mesmo recipiente, o dleo permanece na parte superior e a agua no fundo devido & diferenga de densidade. +e % Os liquidos que contém sélidos serao tanto mais densos, quanto mais sélidos possuir. Normalmente a adigdo de sélidos num liquido aumenta sua massa, mantendo seu volume praticamente ‘o mesmo, Por isso se diz que ‘a gua do mar 6 mais pesada que a 4gua doce’ (Fig. 4) sonsimoto : or 1.25k91 ito de ios concentado 6 Aikido tee conte Figura 4: Medig6es de concentragao de slides dissolvidos em liquids. Z Entdo, a densidade de um liquido pode ser utilizada para indicar a quantidade de sélidos nele contido. O Grafico 1 mostra valores praticos para relacionar a densidade da solugao de sal a 25°C. densidade de soluslo de NaCl a 25°C = 1250 0 S$ 1% §B 2» 8% 3% ‘concentrago(%) Gréfico 1: Densidade da solugdo de cloreto de sédio (0 Gréfico 2 mostra valores préximos para relacionar a densidade e o teor de sélides para licor preto na temperatura usual de operagao, Exercicio 10: 0 tanque de queima de licor preto concentrado armazena 30 m* de licor a 75%. O mesmo fica situado no piso das bicas, suportado por vigas H. Utlizando 0 Grafico 2, qual sera a massa deste licor quando estiver em 100%, deste qual tera de Agua? tex on? = =o soko ve ot Fe SG ve ex AN 30.1500 >= Vee er quird 1700: S ima a Marc Mill -bamboo |——Eayiaion sit A = 1500: === aquation 1 mill C 8 Equation 1 = il F = 1300: g © 1100. 900: 0 2» 40 6 80 Cos (%) Gréfico 2: Densidade do licor preto em relacao a concentragao de sélidos Para os gases, vapores e misturas destes, a densidade é calculada pela equagao de Clapeyron ou dos Gases Ideais (4), no caso do vapor de agua, temos os dados em tabelas de facil acesso. *MM_m ° RT OV o (Onde: Pabsoluta (Pa), MM é a massa molar (g/mol), R é a constante universal dos gases ideais (8,314 kuimol.K) e T é a temperatura (K), Como visto 0s liquidos, gases e vapores possuem suas densidades fortemente influenciadas Pela pressdo e pela temperatura. O importante & saber que quando a pressao aumenta a densidade também aumenta, mas quando a temperatura aumenta, a densidade diminui, esta relagao define o cconceito de conveccso. A conveccao é essencial para caldeiras, efluente e outros sistemas. Isto explica porque 0 gas de uma chaminé sobe: ele esté numa temperatura maior que a temperatura do meio ambiente, sendo por isso de menor densidade, chamado de efeito Chaminé. © vapor em alta pressdo possui densidade alta, com seu volume pequeno, porém 0 vapor ‘emanado por uma chaminé (vapor de descarga) esta sempre na press atmosférica, 0 que correspond a uma pressao baixa, logo sua densidade é menor e seu volume é maior, fazendo parecer que ha muito vapor sendo perdido. Exercicio 11: Quando se distribui o vapor numa fébrica, normalmente © duto de vapor de baixa pressao tem didmetro maior que © duto de vapor de alta press8o? Comente 0 porqué da diferenca de diametros. Exercicio 12: Esta coreto afimar que o corpo mais pesado sempre afunda num melo liquido como, por exemplo, na agua 7- Calor e Temperatura Calor esta associado a quantidade de energia que uma substancia possui, um bom exemplo & ‘quando esta frio e estregamos as mos para gerar calor, na prética estamos aumentando a energia de nossas maos pelo altito entre elas. Esta mesma dedugao é fella para as ligagBes entre os alomos, que quando recebem uma excitagéo, aumentam o° atrito entre si, aumentando sua energia € consequentemente seu calor. 20 7.4 Nogées ger: A melhor forma de definir calor é utilizando os conceitos de como o calor trocado, ou seja, a transferéncia de calor por condugao, convecgao e radiaglo, © conceito de temperatura € a medida do grau de agitaggo das moléculas, como dito anteriormente, é a medida indireta da quantidade de calor, ou seja, quanto maior a temperatura, maior a energia e maior o calor. A unidade de temperatura no sistema internacional (Sl) @ Kelvin (K), enquanto © usado mundialmente é graus Celsius (°C) ¢ nas unidades americanas é Farenheit °C), como a Figura 5, °c K °F Rk port de rape RES Joo [rose flew Sone Pee fat a eae Sensor Figura 5: Relagao entre as temperaturas 8- Modos de transferéncia de calor No conceito de calor, o que usamos na pratica so as formas de sua transferéncia, sendo estas: condugao, conveccao e radiag8o. O calor somente é transferido de um corpo quente (maior temperatura) para um corpo frio (menor temperatura). A Firgura 6 mostra os diferentes modos. ef — dtr ‘tne nie ooo tat ine we prvi TTTTTATR TOT Figura 6: Processos de transferéncia de calor dentro da fomalha ‘A condugao se da quando os materiais esto em contato, por exemplo: ao colocarmos um garfo {de prata no fogo e mantivermos nossa mo segurando na outra extremidade, certamente transmitira 0 calor e queimara nossa mao. Por outro lado, ao introduzir uma baquelite como cabo na extremidade ‘posta ao fogo podera segurar o garfo sem queimar a mao. Esta situagao exemplifica o conceito de material condutor e material isolante, em geral os metais. ‘S40 otimos condutores de energia (ago, cobre, ouro, aluminio), enquanto materiais iénicos (rochas) e plasticos sao bons isolantes térmicos (la de rocha, la de vidro, polipropileno, polietileno, poliuretano). A Equacdo 6 identifica a transferéncia de calor por condugdo. A condugao é 0 principal modo de transferéncia de calor em trocadores de calor, também de perda energética em tubos que nao possuem isolamentos. AT =umet 6 Qeont = A 6) Onde: q ¢ a transferéncia de calor por condugao, k é coeficiente de transferéncia de calor por ‘condugo dependendo do material (kWim?.K) e « € a espessura do material (m) ‘A.convecgo ocorre somente em fluidos e se tem quando ha diferengas de densidade, o exemplo mais corriqueiro € a formagao do vento, o ar em contato com a superficie terrestre se aquece, ‘aumentando seu volume e diminuindo sua densidade, desta forma o ar fica mais leve e sobe. O ar que esta na atmosfera se encontra em temperaturas mais fria, o seu volume diminui e a densidade aumenta, desta forma fica mais pesado e desce para superticie, Este movimento ¢ chamado de conveccao. Em processos industriais a convecgao @ importante em caldeiras e foros. A Equacao 7 demonstra o célculo de convecgéo. Tom = * A* AT 6 ‘Onde: h & coeficiente de transferéncia de calor por convecgo e A & a area (m’). titimo modo de transferéncia de calor é por radiagao. A radiagao é 0 calor transferido por ondas eletromagnéticas de um corpo quente para um corpo frio, todos 0s corpos irradiam energia, porém depende da temperatura e da massa destes. Por exemplo, temos a irradiagao de uma pessoa para outra pessoa, porém a quantidade € muito inferior da energia transmitida pelo sol a pessoa, A radiag&o ¢ essencial em sistemas de aquecimento por inftavermelno, como em maquinas secadoras, ‘em fornos de cal Quig = FAT) r) ” Onde: «i a emissividade do material, 0 é @ constante de Stefen-Boltzmann i. Calores especifico, sensivel e latente Cada substancia possui capacidade de absorver energia, ou seja, aumentar a sua energia Interna, com a vibracdo de suas ligagdes quimicas e consequentemente aumentar sua temperatura Esta capacidade de aumentar a energia interna de substancia € chamada de calor especifico, sendo dado pela Equaco 8, 0 calor especifico pode ser descrito como 0 aumento de 1°C em 1 grama do material, proporcionando aumento de 1 caloria de energia. Quantidade de calor necessério para elevar em 1°C ,um grama da determinada substancia. Caracteristica natural de cada substancia. Material Calor especifico, J/°C.g ‘Cobre 0,39 Inox 0,51 ~ Polietileno 23 Agua liquida 4,18 (8) Onde: cp € 0 calor especifico, AH é a variagdo de entalpia, sendo entalpia, uma propriedade da substéncia relacionada com a energia em fluxo, a equagao 9 indica a variag3o de entalpia, AH =AU + pAV ®) © calor sensivel é 0 aumento de energia de uma substancia, onde ocorre aumento de ‘temperatura, porém néo ocorre mudanga de fase (fus80, evaporacdo, sublimacao), a equago 10 mostra a variaco de calor sensivel, Qz=m*c,*AT 10) Enquanto 0 calor latente é a variagdo de entalpia na mudanga de estado fisico (fase), a mudanca de fase ocorre pela absoroao de energia e quebra das ligagdes entre as molécules, no caso da agua 830 as pontes de hidrogenio (Eq. 11). Qu =m*L ay ‘Onde L € variagao de energia & temperatura constante, cabl svonh en .cP- AE G2 1200 418.80 cee, 24,18 d/es | Qe534 wy Game 0,22 4/eg | ay 039.90 Q- 31a Agua Transferéncia de calor a temperatura constante Quando ocorre a mudanga de fase da agua, esta mudanga ocorre absorvendo calor latente, porém nao hé variagéo de temperatura, a regio onde ocorre a mudanga de fase ¢ denominada saluragao. O Gréfico 2 mostra a linha de saturagao e 0 titulo do vapor, ou seja a regio qual tem-se ‘somente agua liquida e a regido onde tem-se somente vapor e a mistura de ambos (Graf. 3) Calor sensivel *Quantidade de calor recebido ou cedido por um corpo acarretando variagao de temperatura, sem mudanca de fase; + Proporcional a massa e 0 gradiente de temperatura Q=m.C. At, onde Q = quantidade de calor; m= massa da substéncia; At= variagao da temperatura inicial (ti) e final (tf); calor espectfico da substancia. Grafico 3: Gréfico de variagbes de temperatura pressdo e linha de saturagso fi, Vapor saturado e superaquecido - diagrama de fases Anteriormente, inttoduziu-se o significado das propriedades pressao, temperatura e densidade (ou 0 volume). € através da combinagdo dessas propriedades que se determina o estado da agua — sdlida, liquida ou vapor Y Sea agua estiver a 1,0 bar (a) (pressao atmosférica ao nivel do mar) e a 25°C, ela estara abaixo do seu ponto de ebuligéo, portanto, se encontrara no estado liquido, sendo chamada de liquido comprimico; Y- Se estiver na mesma pressao acima, porém a 100°C ela poderd ser liquida ou vapor, porque estaré exatamente no seu ponto de ebuligo, podendo mudar de fase, sendo ‘chamada de mistura de liquido saturado com vapor saturado; ¥ Seainda, se a agua estiver na pressio de 1, bar (a) e na temperatura de 110°C, elaestara acima do seu ponto de ebuligSo, portanto, se encontrar na fase gasosa, sendo chamada de vapor superaquecido. equitibrio da duas foses 5 vapor liquide trio fiquido e vapor superequeciéo Figura 7: Mudangas de fases de um sistema liquido-vapor. diagrama de fases ¢ utiizado para determinar as propriedades de estado de uma substancia, © Grafico 4 indica as linhas de saturagdo e estados da agua. A mudanca da fase liquida para a fase vapor ocorre com qualquer combinacao de P e T sobre a linha de ponto de ebuligo, isto significa que a temperatura de ebuligdo pode ser qualquer uma sobre essa linha, desde que se aplique a pressdo correspondente. O ponto critico € o ponto onde a partir dele para press6es mais elevadas, no existe ‘mudanga de fases entre liquido e vapor, ou seja, a densidade é Unica a partir do ponto critico. A 4gua ou ‘qualquer outra substancia nao tem ponto de ebuligdo fixo, dependera do ajuste da presso, quanto maior { pressao, maior sera o ponto de ebuligo e vice-versa. I Pressio (big) 0.0056 t_ Temperatura) omperatura critica) _ Grafice 4: Ponto triplo e ponte critico de uma substancia Um exemplo pratico ¢ 0 efeito Tyndall, qual é possivel atravessar uma barra de gelo (Fig. 8) por um fio metalico de seccao transversal pequena, somente pela apao da gravidade, nesta experiéncia as moléculas de agua que So ‘cortadas" pelo io se reorganizam novamente, evitando que o bloco se parta, Exercicio 13: Bombas de alimentagéo de agua para caldeiras trabalham com agua liquida a 135°C. Considere que por suas gaxetas vaza vapor. Pergunta: nao deveria vazar agua liquida ao inves de vapor Exercicio 14: Qual a diferenca visual entre 0 fluido que vaza (ou purga) de uma drenagem de linha de vapor superaquecido do fluido de uma drenagem de linha de vapor saturado Exercicio 15: 0 que acontece se faltar Agua no baldo de uma caldeira? Exercicio 16: © que acontece se houver arraste de agua liquida para dentro da saida de vapor devido a0 nivel alto no balao de uma caldeira? 9.0) Termodinamica Basica Produgao de energia Muitas diferentes instalagdes combinando equipamentos térmicos so construidas para transformar a energia de alguma forma disponivel em outra forma desejada. Normalmente: 2 => forma disponivel: energia quimica contida nos combustiv Exemplos: * a queima de leo combustivel, carvao ou de gas natural numa caldeira comum para producao de vapor, + aqueima de sobras do processo como cascas, cavacos ou gases numa caldeira de biomassa ou licor preto numa caldeira de recuperacao => forma desejada: energia térmica para aquecimento, energia mecanica para gitar um eixo ou energia elétrica para consumo em motores elétricos. Exemplos: ‘= utizagdo de vapor para aquecer materiais frios; = consumo de energia elétrica no motor de uma bomba hidraulica; ‘+ movimento de um eixo de compressor de gases, LEMBRE-SE: = AENERGIA OBTIDA DE UM COMBUSTIVEL DERIVADO DO PETROLEO NAO E RENOVAVEL; => A ENERGIA OBTIDA A PARTIR DA QUEIMA DE CASCAS OU DE LICOR NEGRO E RENOVAVEL. OPERAGAO DE CALDEIRAS Combustiveis E toda a substancia que em contato com o calor e um agente oxidante (geralmente o oxigénio do ar) sofre reagdes quimicas liberando energia térmica (calor). As reagdes ocorrem a altas velocidades e com grande taxa de conversao de energia quimica em térmica. Ponto de fulgor :E a menor temperatura na qual o vapor do combustivel inflama-se momentaneamente em contato com uma chama escorvadora, formando somente um lampejo Ponto de ignicdo (temperatura de queima): E a temperatura na qual a chama escorvadora provoca uma combustao continuada sobre a superficie do combustivel ‘Temperatura de auto-ignigao: E a temperatura minima de uma mistura ar/combustivel na qual a combustéo € iniciada e se mantém sem a presenga de uma chama escorvadora Ponto de fluidez: Menor temperatura na qual 0 combustivel flui quando sujeito a resfriamento sob condigées determinadas de testes. Esse teste estabelece as condigées de manuseio € estocagem do produto 10)- Tratamento de agua para sistema de caldeiras PRINCIPAIS CONTAMINANTES DA AGUA: + Solidos Suspensos Clarificagao + Filtragao = Sdlidos Dissolvidos Desmineralizagao + Polimento LM * Gases Dissolvidos Desaeragao Mecdnica + Sequestrante de Oxigénio Filtragao por carvao ativado +E utilizado para remover cloro e/ou material organico solivel da agua + Processo funciona por adsor¢ao dos arganicos e cloro: Osmose Reversa: E um processo que: = Remove 95 - 98% de sélidos dissolvidos + Agua é passada através de membranas para remover ions minerais, osmose smose Reverea Agus GET com is (motte ee ‘Membrane pore size=0.000 micron Replacement 3-5y¢s Unidade Osmose Reversa Permeado Alimentagio —__.} Coneentrado L_ membrana ‘Alimentagio C, F Mentone Permeado Uma operago apropriada resultaré em um sistema de caldeiras limpos e eficientes em operagao Remocao de: lons que levariam a incrustag6es, assim temos caldeiras com operagéo seguras e limpas Sais que levariam a corrosao nos sistemas de caldeiras Quase todos os ions da dgua bruta, permitindo menor necessidade de descarga de agua das caldeiras Bicarbonato e carbonato da agua bruta deixando 0 condensado menos corrosivo ‘A maioria dos sais dissolvidos, aliviando assim a carga sobre unidades de pre-tratamento seguintes no processo PROGRAMA QUIMICO - Osmose Reversa Assegurar que o sistema de Osmose Reversa opere com a maxima eficiéncia e confiabilidade Integridade das Membranas Maiores campanhas entre LOM's Maior vida util das Membranas Redugao dos Custos Totais de Operagao Permeado de Melhor Qualidade Desmineralizago por Leito Misto Cuidados Operacionais Controlando um desmineralizador por leito misto apropriadamente contribui para um sistema de caldeiras limpos e uma fonte de agua de alta pureza. Ele pode ser visto como ultima linha de defesa para remover contaminantes da Agua 1. Rodar regularmente testes de silica e condutividade conforme procedimento 2. Monitorar companhas Verificar que a contralavagem foi correta para separar as resinas aniénicas catiénicas para a regeneracao Desaerador * Desaerador é usado para remover gases nao condensaveis tais como oxigénio, didxido de carbono e aménia da agua de alimentagao da caldeira * Tipo Spray ~ 10 a 50 ppb * Tipo Spray/Bandeja - < 10 ppb "Tipo Atomizador — 10 — 50 ppb Desaeracao * Temperatura da agua é aumentada a ponto que COz e O2 sao separados da agua * A dgua é dividida em pequenas goticulas * C02 e Op sao removidos por vent Performance Mecanica * Temperatura da seco do domo < 1,7°C do que a temperatura do vapor saturado na presséo de operagao do domo: "Mal funcionamento interno + Vent insuficiente + Fluxo de vapor inadequado * Alta vazio de agua de alimentacao + Temperatura de agua de alimentagao baixa "Temperatura = ou > que a temperatura de saturacao do vapor na pressdo de operagao do domo: Flash do condensado com alta pressao + Vapor superaquecido arrastado Principais problemas "Vent inadequado * Quantidade inadequada de vapor ou flutuagao na pressdo de vapor + Ampla flutuagdo no fluxo de agua de alimentagao * Taxas de fluxo de agua de alimentagao fora da especificacdo de projeto (abaixo ou acima) * Diferencial insuficiente entre a temperatura da agua de alimentagao de saida e a temperatura de saturagao para a pressdo de operacao do vapor * Mal funcionamento ou perda (travamento, entupimento, quebra) de bicos spray * Mal funcionamento ou perda (quebra, entupimento) de bandejas Ciclos de Recuperagéo Vag 16.464 Kgicia @ 0 ppb Silica Caldera Agua de limentasio/ so ccion 16.800 mia @ 10pp sic Descarga = 168 gia Sica Caldera 2h do agua do Alimentacso ‘3Bermiaia @ 800 ppb Sives = 168 pda Slice Cuidados Operacionais RONs Ter uma compreensao completa de procedimentos operacionais da caldeira Manter o nivel de agua nos niveis designados Controlar a descarga para atender as especificagées de sdlidos dissolvidos Adicionar os produtos quimicos adequados a taxa correta para evitar incrustag6es e corrosdo (manter parametros dentro dos limites de controle) Camada de Magnetita E formada espontaneamente a 204°C Abaixo desta temperatura é formada de forma lenta Reagdo: — - Fe + 2 HzO — Fe(OH)2 + H ~ 3 Fe(OH)2—+ Fes, + H+ HzO Elimin-Ox promove formagao do filme de magnetita por agir como um catalisador a acelerar a segunda reacao Vapor Superaquecido Problemas: 4 2 ‘Aumento da espessura do 6xido de ferro quando temperatura > 480 °C. Ocorrera falha do tubo por superaquecimento ou ainda erosdo na turbina Arrastes provenientes do baléo que podem causar deposigo, elevando temperatura do metal ou restri¢ao do fluxo de vapor ‘Sédio arrastado incrustara no inicio do superaquecimento. Com a parada do sistema, 0 vapor condensa e dissolve o sédio. Se mais sédio continua sendo arrastado, havera alta concentragao e corrosao no tubo Corrosao no lado externo devido as cinzas de combustivel (madeira transportada pelo mar, combustiveis derivados refugados, carvao e 6leo combustivel pesado) Controles de Temperatura Atemperacao Spray Direto Tubos trocadores de calor localizados acima do balao da caldeira By-pass de gases quentes em torno dos tubos do superaquecedores Condensado vapor que € produzido nas caldeiras ¢ distribufdo para varias equipamentos que iro usar esta energia O sistema de condensado coleta 0 combinado de liquido e vapor que foi utilizado no processo na forma de energia, Ele é devolvido as caldeiras para reutilizagao, como fonte de agua de alta qualidade e fonte de energia Condensado contém nao somente agua, mas também quimicos do tratamento das caldeiras e a energia transferida durante a combustao. * Condensado precisa retornar para caldeira para ‘Aumentar eficiéncia energética Reduzir custos de quimicos Reduzir custos de make-up Reduzir os custos de disposigao de sistema de efluentes Atentar as normas ambientais Por que 0 condensado é naturalmente corrosive? Alcalinidade em caldeiras se decompde em COz COz vai com o vapor Condensado com COz forma acido carbénico (H2COs) e baixa 0 pH TTMPUREZAS ‘PROBLEMAS ‘METODO DE TRATAMENTO ‘DepBstos to lear dos tales oo fas spaces de| 7 Agua araniada Dureza Cito | woes emiea ¥ Aplcar produtos qumicos na ead, > _|+ Pode causarexpansto erompimento dos tet Controle qualidade da gua da cade, Depts wo ar doa bale ou eat sapere de 7 Desmineratagao siiea($i03) | roca vérmica 1 Aptcar potutosquimios na caldera / Pode causr expansio © rompiento dos tubos de| “ Contoi da qualidade da gua de caldera _ — ‘Becomes pal aie do cbr a eliza Tommando| 7 Aplcar produlor quimcar ta GET 2 gua excesivmente aetna, ¥ Contole d quaiade da ga d caldera Aeslnitode |” 0 CO, gerado pets decamposiso témica pravocs o| “Uso de amin voit. stiuamento do. pH aa nbs do condensado com|/ Abrandamento por um ttanesto de aka corrosto progressiva | zcio. 7 "Pera a eiciatia de woes Goss pe fsa] Owain Sagi, Fexo | Coxosio secundira ua calera | Congas esedinentato + Desmiseratizago, Uso e nsbidor de comosio PROBLENAS CONSEQUENCIA CAUSAS 7 Tnenstgio por dareza da fa ou silica (Gto|” Mau iaciommento ou diealdade ao] os phncipais componcntes que aderem to] contole da qualidade da agua de al interior dos tubose a irea de toca trmica). | mentagio. '¥ Causa expansio © explosio dot tubos de|¥ Pouco e ineScieate controle dx égua da Tncrustagio. | Cpe caldera }¥ Método de adicao de produto quinico }¥ Tecnologia inadequada, 7 Gases dissclvidos conoem a Taha de|¥ Tratamesto incompleto aa” remoqio” de alimentagio, de condensado drea de toca] oxigtaio ou neutralizaglo com” amina| Comosto |, trmica (condensado). ¥ Comosio por Sxidos metiicos que aderem a] Rewlizapio do deeno que coatém muitos rea de toca temaica componeates eausadores de corosio. ]¥ Caldera para 7 Dekerioragio da pureza do vapor 7 Alupto aumento da cea ‘Amaste _|¥ Dimimigio da eficiénca da caleira ¥ Redusido contole da qualidade de Agua dacaldeis ¥- Defiiéscia no separador de aaste INCRUSTACAO _| CONDUTIVIDADE TERMICA (Kcal/hm’C) Carbonato 04-06 Silicato 0,2 - 0.4 Sulfato 0,5-2,0 Fosfato 0,5—0,7 Magnetita 1 Ago Carbono 40-60 Cobre 320 - 360 7 Gaus praticnas oa [7 Gore de qualche de Ten Ge ica Sbidon Tots |¥ Contaminated resins, vraag, ¥ Grasa earpinest as tubular © preetagio ma] Dement o sald Conus. ‘Gis |7 Gra espana tags Gs CSS cam pried 7 Piva com eave ae sista Tete de saprao por Sota, octagon hea deo emi, ‘Gases Dor [7 Comoro do Sens de aimee, &e clin © Go| 7 Dassergis (0160) | coodensdo Uso de etininador de ongtio ¥ Uso de Aion Voli Como a caldeira participa na transformacao de energia de uma forma para outra? A caldeira € uma maquina térmica que utiliza a energia quimica contida nos combustiveis, que é liberada quando em combustao junto com o oxigénio, para gerar calor. A caldeira nao possui partes méveis combustivel condensado => _ NO CIRCUITO LADO AGUA, SUA ENTRADA JA E PRESSURIZADA; =» OCORRE AQUECIMENTO DO CONDENSADO E A FORMACAO DO VAPOR SEGUIDO DO SEU SUPERAQUECIMENTO; = _NO CIRCUITO DO COMBUSTIVEL / COMBURENTE, SUAS ENTRADAS DEVEM SUPRIR TODA A ENERGIA REQUERIDA PELO CIRCUITO LADO AGUA. Como a turbina participa na transformagao de energia de uma forma para outra? Aturbina é uma maquina térmica que utiliza a energia potencial de pressao de um fluido, podendo ser vapor ou gas de combustao, para girar um eixo, produzindo trabalho mecanico. A turbina possui seu eixo mével trabalho mecanico => OFLUIDO QUE ENTRA E SAI DA TURBINA PODE SER VAPOR DE AGUA OU GAS QUENTE; => © TRABALHO MECANICO NO EIXO DA TURBINA PODE MOVER UM COMPRESSOR DE AR OU UM GERADOR ELETRICO. Como o condensador participa na transformacao de energia de uma forma para outra © condensador € uma méquina térmica que transforma o vapor novamente em condensado. O calor liberado por essa transformacao pode ser utilizado de duas formas Y Quando ele é frio (aproximadamente entre 55°C a 60°C) e oriundo de uma turbina de condensagao. Nesse caso esse calor é todo descartado na agua de resfriamento, que depois segue as torres de resfriamento de agua, pois, j4 se encontra numa temperatura to baixa que nao tem mais aplicacao industrial, ¥ Quando ele é extraido numa temperatura suficientemente alta para aquecer o ® proceso produtivo. Nesse caso esse calor apresenta finalidade industrial. vapor entrada e saida de agua de resfriamento condensado => 0 CIRCUITO LADO VAPOR / CONDENSADO CEDE 0 CALOR DO VAPOR, ~ QUE SE TRANSFORMA EM CONDENSADO, O QUE OCORRE NUMA TEMPERATURA CONSTANTE; => Q CIRCUITO DA AGUA DE RESFRIAMENTO OU PROCESSO INDUSTRIAL RECERE A 7AINR AN VAPOR, 7 -1) Aplicagées de caldeiras - A caldeira instalada em conjunto com outros equipamentos como turbinas, bombas e condensadores constituem as chamadas ‘centrais energéticas” de produgao ou transformagao de energia. Normaimente o objetivo é produzir energia elétrica através do movimento do eixo de um gerador, acoplado ao eixo da turbina. Vejamos os principais arranjos de instalag6es’ Centrais a vapor: A fonte de calor é a energia quimica dos combustiveis, liberada durante combustéo no interior de uma caldeira. O gas quente da queima transforma o condensado em vapor e sai “frio’ pela chaminé. O vapor produzido na caldeira é altamente energético, possuindo alta presso e - temperatura, tornando-se 0 fluido que vai circular pela turbina. ‘A PRESSAO E A TEMPERATURA SAO INDICADORES DO NIVEL ENERGETICO DO VAPOR. Na turbina o vapor sofre expansdo, movendo-se para a saida, que se encontra a baixa presso, logo, com pouca energia No condensador / processo 0 vapor cede ainda mais calor e se condensa, retornando para a caldeira na forma de condensado pressurizado por uma bomba centrifuga O rendimento médio de centrais a vapor é de 30 a 40%. Um combustivel alternativo € o nuclear, que também libera sua energia mediante uma transformacao quimica. O que muda é somente a “caldeira” F condensado Aenergia liberada pela reacao nuclear ("caldeira’) é transferida para gua pressurizada, que se aquece, gerando vapor num circuito a presséo menor. Caso a central utilize 0 sol como fonte renovavel de energia, 0 principio da transferéncia da energia € mantido, indo do sol para o dleo térmico, depois gerando Vapor, seguindo-se com a transformagao em energia elétrica no eixo da turbina, mudando apenas a fonte geradora. ‘COLETOR TURBRA VAPOR [SI [connensano! ee O leo térmico € bombeado para 0 coletor, onde recebe calor, transmitindo-o para o trocador de calor, a fim de gerar vapor a partir do condensado. Centrais a gas: Nessas centrais 0 gas oriundo da queima de algum combustivel é utilizado diretamente na turbina, dispensando 0 uso de Agua e geraao de vapor. © aré aspirado e comprimido até 15 ou 20 vezes a pressao atmosférica local e, entao, misturado ao combustivel para sua queima. O gas que deixa a cdmara de combustéo se expande numa elevada temperatura, possuindo, por isso, alta energia. Apés expansao, os gases impulsionam a turbina a gas, acoplada ao mesmo eixo do compressor. entrada de ar | -combustio satan degises gerador Comparativamente com as centrais a vapor, as centrais a gas possuem menor rendimento energético (entre 30 a 35%), pois o compressor de ar consome relativamente mais energia que uma bomba de condensado numa central a vapor. Centrais combinadas ou mistas: Nestas centrais esto instalados dois ciclos, um a gas e outro a vapor, produzindo ambos energia elétrica. Os dois sistemas estao ligados por uma caldeira, onde se aproveita a energia de térmica dos gases de escape da turbina a gas para gerar vapor de agua, que alimenta a turbina a vapor. Nestes sistemas pode eventualmente existir um queimador auxiliar na caldeira para elevagao da temperatura pode chegar entre 50 a 55% devido ao aproveitamento da energia termica a geragao a gas geragao a vapor arsine cenrade dear} comburto 4 saldade gases oerador grader Jeatera compressor etna bomb Centrais de cogeragao: Cogeragéo 6 a produgéo combinada de energia térmica (calor) juntamente com mecanica ou elétrica (trabalho). Aenergia do vapor gerado nas caldeiras é parcialmente utilizada em turbinas a vapor, o restante vai para aquecimento do proceso. Pode ser com extracao do vapor de média pressao e / ou com saida de contra pressao para 0 vapor de baixa pressao. Estes sistemas sao particularmente interessantes nos casos onde 0 uso do vapor & intermitente, sendo o mesmo empregado na geracao de mais energia elétrica quando da baixa utiizagao de vapor no processo, sem interrupgao da geragao pela caldeira ou descarga de vapor para atmosfera e © rendimento pode chegar entre 85 a 90%. caldeira turbina gerador ] proceso bomba REPARE QUE: => NAO HA REJEITO DE CALOR EM CONDENSADOR; => O PROCESSO APROVEITA O CALOR DO VAPOR DE BAIXA PRESSAO. 9.2) Outras centrais energéticas * Central hidroelétrica: o trabalho mecénico é obtido através do escoamento de Agua, armazenada num reservatorio, diretamente através de uma turbina. Nao ha caldeiras de qualquer espécie. gerador reservatério de agua 9 ~ po turbine! te eee * Central eética: aproveita a energia dos ventos para mover as pas de uma turbina, movendo um gerador elétrico Necessita de velocidade anual média dos ventos superior a 6m/s. Uma turbina edlica, por exemplo, com 30 metros de diametro do rotor, pode gerar 225 kW de poténcia elétrica. Entretanto, € necessario manter distancias minimas entre 100 a 250 metros uma da outra. * Central maremotriz: utiliza a diferenga de nivel provocada pela subida da maré, represando a agua do mar, que em seguida escoa através de uma turbina. Para ser econémica, a amplitude da maré deve ser superior a 5 metros. Motores de combustao interna Todas as centrais energéticas anteriormente vistas, quando movidas a combustado, sao maquinas cuja queima do combustivel ¢ numa caldeira. & necessario primeiramente transportar o calor da queima para um fluido, para somente depois ser utilizado numa turbina para realizacao de trabalho (rotagao de um eixo). J 0 motor cujo movimento do eixo € devido diretamente junto 4 queima do combustivel, como nos casos dos motores diesel ou a gasolina, a utilizagéo energética é direta, evitando etapas Assim, 0 rendimento dos motores de combustdo interna (entre 35 a 40%) 6 pouco maior comparativamente com aqueles de combustéo numa caldeira (em torno de 30%). Isto € 0 mesmo que comparar o rendimento do motor diesel com o rendimento de uma central termelétrica. Entretanto, por que a geracao de energia elétrica, obtida a partir do movimento dos turbo-geradores nao é normalmente feito usando-se motores diesel? Todo sistema gerador de vapor como numa central termelétrica, onde se empregam turbinas para movimentar 0 eixo de um gerador elétrico, é utilizado sempre que a poténcia for elevada, devido a dificuldade de construgao de motores a combustdo interna de alta poténcia. Quando a poténcia for pequena, como na geracao de energia elétrica para abastecer uma unica residéncia, o motor diesel é preferencial, devido ao seu maior rendimento possibilidade de produgao seriada, 10)- Termodinamica Aplicada Termodinamica € a ciéncia que trata da transformacao da energia de uma forma para outra, Entretanto, precisamos saber como a energia é transportada para entendermos a termodinamica » ‘As duas formas elementares da energia sao 0 calor e 0 trabalho. Entao, termodinamica € a ciéncia que estuda o calor e 0 trabalho e como as propriedades dos fluidos se relacionam com o calor e com 0 trabalho. Uma central termelétrica aplica os principios da Termodinamica em todo seu funcionamento. caldeira >— turbina produz ———"> trabalho entra : calor [Gondensador—=> "etira calor z& consumo de bomba trabalho A instalagao representada na figura acima possui muito mais calor entrando que saindo, oriundo da queima de combustiveis na caldeira, e possui muito mais trabalho saindo que entrando, obtido no movimento do eixo da turbina. => PARA SE PRODUZIR ENERGIA SEMPRE SE UTILIZA CERTA COMBINAGAO. DE EQUIPAMENTOS E NUNCA UM EQUIPAMENTO INDIVIDUAL; = © CONJUNTO DOS VARIOS EQUIPAMENTOS (BOMBA, CALDEIRA, TURBINA E CONDENSADOR) OPERA NUM CICLO FECHADO, OU SEJA, VAI VAPOR E VOLTA CONDENSADO. 10.1) Conceitos fundamentais Para entender a termodinamica, inicialmente temos que reconhecer qual é 0 fluido que movimenta os equipamentos, isto 6, que transporta a energia, e onde ele se encontra (tubulagées e equipamentos). Se a quantidade desse fluido ¢ fixa temos um sistema fechado ou se é um fluxo dele temos um sistema aberto com entrada e saida, © importante é identificar em cada sistema a quantidade de massa do fluido ou seu fluxo de massa (vazao), que esta associado com o equipamento. 14) Fluidos - estatica \ Vasos comunicantes: Quando diferentes ramais hidréulicos esto em contato entre si e todos esto aplicados a mesma pressio de superficie. Nesse caso a presséo passa a ser dependente s6 da altura e todos os ramais terao 0 mesmo nivel, independente de suas geometrias, Observacao: notar nao haver fluxo entre os ramais. 12- Fluidos dinamica Os vasos de processo so normalmente interligados por tubulagdes, por onde pode escoar algum fluido, Toda tubulagao tem uma drea A para o fluido escoar, que é vista num corte virtual da tubulagao, area da tubulagao tubulagao. Assim, a escolha da tubulagao, seu posicionamento e a maneira como ela ajustada afetam 0 escoamento entre vasos. b Sea tubulagto for estreita, 0 fluido vai escoar com velocidade alta; b Sea tubulago for larga, o Muido vai escoar com velocidade baixa, ‘A proporcao entre a vazo bombeade ¢ a velocidade do escoamento 6 vazao (Q) = velocidade (v) x area (A) Exemplo: escoar 1m3/h numa tubulagdo de 74" ou numa tubulagao de 1" Tubulagdo de %" Tubulagéo de 1” Q=vA Q=vA tm th p0,0125my? tm? th .(0,0254m}* h 36005 SC fh 36005 4 m m 2.26 oss s s Note que, embora as tubulagbes sejam diferentes, a vazdo imposta pelo exemplo é igual em ambos os casos. Mesmo que elas estivessem na sequéncia uma da outra, 0s resultados seriam os mesmos, pois, 0 fluido € um liquido incompressivel, fazendo com que a vazdo que entra na tubulagao sempre sai ai=a2 A equagao ao lado chama-se equacao da continuidade. VIXAL =v2xA2 Exercicio 21): Condensado escoa por uma tubulag8o de sego varidvel, como iustra a figura. O fluido passa 5; por S1, cujo diémetro & 160mm, com velocidade de ‘im’s, Calcule a area da se¢do S2 sabendo -se que nessa se¢do a velocidade de escoamento do fiuido 3mis. Calcule também qual a vazdo que passa pelo tubo. Como a velocidade ¢ associada & forma de energia, chamada de cinética, quanto maior a velocidade, maior sera a energia necesséria, Um fluido para escoar pode possuirtrés diferentes tipos de energia. © fiuido pode possuir velocidade de escoamento (energia cinética), pode possuir altura (energia potencial de altura) ou pode estar pressurizado (energia potencial de press). Normalmente um pouco de cada um dos termos. velocidade altura pressao Para escoar numa tubulago, 0 fluido sempre vai da maior energia para a menor, independentemente do tipo da energia, 0 que vale é a soma delas, Exercicio 22): Com qualquer nivel de agua acumulado na taca da figura abaixo, ao se abrira valvula da ‘sua tubulagdo de saida, 0 que aconteceré com a indicago de press4o mostrada pelo manémetro? Justifique. Porém, quando um liquido escoa por uma tubulagdo, ha choques entre o liquido e a parede da tubulagao também entre os constituintes do proprio liquido, Quanto maior a vazao, maior serao os choques e “encontrées". Esses choques geram atrito, aquecendo Oo fluido e roubando-Ine sua energia. Acenergia gasta com o atrito devido ao escoamento de um fluido 6 chamada de perda de carga. ‘CURVA 06 8 cURVA DE so ‘naio LONGO RALO CURTO Compare as curvas ‘A.curva de raio longo apresenta menor perda de carga que a curva de raio normal, porque produz menor ‘quantidade de choques no fluido, A perda de carga pode ser medida instalando-se dois mandmetros na entrada e na salda do trecho de tubulaedo, que se deseja medi-ta, Uma ver instalados, os manémetros da figura acima vao indicar sempre a mesma diferenca de pressao? Nao. A perda de carga varia conforme: b quanto maior a vaz8o numa tubulagdo, maior ser a perda de carga (considerando-se o diémetro sempre o mesmo); quanto mais fechada estiver a valvula, maior a perda de carga, Exercicio 23) : Na medida em que certo filtro val tornando-se sujo devido seu uso, o que isso significa em termos de perda de carga? 13- Balanco material num vaso de processo: ‘Todo vaso ou tanque opera segundo um balanco material, que 6 baseado no principio da conservacao das massas, que diz “a matéria nao & criada nem destruida, apenas transformada de uma forma para outra’. Como a quantidade material pode ser medida em massa ou volume, primeitamente se deve definir em qual unidade as quantidades seréo medidas. Recomenda-se evitar 0 balanceamento em volume, a ‘menos que se trate de liquidos, que so incompressiveis. Normaimente para um equipamento trontava de balango Lembrete: Na pratica industrial algumas entradas e / ou saidas requerem visdo pratica e objetiva sobre 0 processo, pois, podem estar camuflando grandes correntes materials, introduzindo ertos. Por exemplo: perdas por evaporacao, vazamentos, presenga de residuos de corroséo, etc. ‘Se um equipamento opera por bateladas, seu balanco material fica JACUMULO DE MASSA ENTRA DE MASSA| SAI DE MASSA| Dm= me- ms unidades: (ka) (&a)¢kg) ‘Aequacéo acima representa uma quantidade de massa, expressa em quilogramas, ENTRA SAL mgm =0 Ie = ms ‘Se um equipamento opera com vaz6es de entrada e saida, seu balango material fica: ‘Aviso pratica de um operador precisa enxergar se ha algum aciimulo diferente de zero, seja positive ou negative, Nesse caso, o equipamento transborda (positivo) ou drena (negativo).. ‘ACUMULO. VAZAO DE ENTRADA | - VAZAO DE = sAiDA we : ws = ACUMULO, positivo ou negativo. ENTRA 5 SAI Exemplo: Para um evaporator, que possui resumidamente dois componentes: parte liquida formada pela égua e parte sélida Considere um evaporador, cua alimentagao é formada por 100,000kgih de licor fraco a 15%. Seo licor preto for concentrado em seu interior até 20%, responda: a) qual a vaz0 de saida do evaporador? b) qual a vazao de vapor evaporado? ©) qual a vazao somente de solidos? ‘Técnica de resolucdo: balancear a vazao do processo em estudo, considerando os seguintes ‘casos: balancear a vazo global (todos os componentes); : balancear a vazo por componente, preferindo-se o sélido. E fundamental separar as diferentes correntes para se realizar o balango num equipamento. VAPOR EVAPORADO (2) Resolugso: 0 Balango global: w1 = w2+w3 Balango para o componente sélido: w1 . x1 a) Pelo balango para o componente sOlido: w1. x1 = w3. x3 100.000 . 0,15 = x3. 0,20 100,000. 0,15, Logo, 12+ = 75.000 0.20 h b) pelo balango global wi =w2+w3 100.000 = w2 + 75000 Logo, w2 = 25,000kg/h €) como o sélido ndo se acumula no equipamento, o que entra é igual 2 quantidade que sai, vale 0 balango do componente sélido. Wh oxt = w3 x3 100.000 . 0,18 = 75.000 . 0,20 ‘ene. 45,000 kat 15.000 '%, Exercicio 24): Um tanque flash de volume util de m3 recebe o fluxo de licor preto a 70% na vazao de 200m3in. Vapor do flash sai do tanque na vaz8o de 4000kgih, Pergunta-se: a) Qual a vazo de licor preto que sai do flash tanque? ') Qual a concentrago do licor preto que sai do flash tanque? VAPOR DE AQUECIMENTO Brena svaporado, once eee rRSeav0 goer pats evapo ae seme |_. SAIDA DE PRODUTO 14- Instrumentagao Basica uido quente fide asee aquecide Exemplo de matha fechada: quando se deseja aquecer uma corrente num vaso através do uso do vapor passando por um trocador de calor interno ao vaso. Comparagées: {@ 0 elemento primario (medidor de temperatura) é a mao direita do operador; © O controlador € 0 cerebro do operador; 4 “Set-point” ¢ 0 valor desejado de temperatura pelo operador, {Elemento final de controle é a valvula onde 0 operador atua. Embora manual, o controle acima se trata de uma malha fechada, pois, o valor da temperatura chega 20 controlador (cérebro), onde ¢ feita a comparaco com o valor desejado, ‘Apenas que nesse caso a fungao de transferéncia pode depender de operador para operador (a fungao, de transferéncia € o pensar sobre quando se deve abrir ou fechar a valvula conforme a diferenca de temperatura). Por titimo, ele vai abrir ou fechar a valvula, o que equivale a atuacao do elemento final de controle. Terminologia da instrumentacao: A seguir se encontra a terminologia mais comum empregada, que € normalmente padrao entre fabricantes, usudrios e associagées de padronizagéo. Faixa de medida ou escala (range): @ 0 conjunto de valores da variavel medida, que estao Ccompreendidos dentro dos limites superior e inferior da capacidade de medida ou de transmissao do instrumento. Deve ser expressa com os valores extremos, Exemplos: 0 a 100°C para temperatura ou 50 a 120m°/h para vazao. Alcance (span): é 2 diferenca algébrica entre o valor superior € 0 inferior da faixa de medida do instrumento, Exemplo: um instrumento com range de 50 a 120m*Mh para vazao tem seu span de 120-50 = 70 mh, Erro: é a diferenga entre o valor lido ou transmitido pelo instrumento em relagao ao valor real da variavel medida Se tivermos 0 processo em regime permanente (quando os valores das propriedades no variam com (0 tempo), chamaremos 0 erro de estatico, que podera ser positive ou negativo, dependendo da indicagao do instrumento, 0 qual indicaré a mais ou a menos do valor real Quando a variavel estiver alterando seu valor ao longo do tempo, tivermos um atraso na indica¢ao do medidor. © valor medidor estara geralmente atrasado em rela¢o a0 valor real da varidvel. Esta diferenca entre 0 valor real e o valor medido ¢ chamada de erro din&mico, Exatiddo : podemos definir como a capacidade de um instrumento de medig4o para dar respostas préximas ao valor real. A exalido pode ser descrita de trés manelras: b Percentual do fundo de escala; Percentual do span; b_Percentual do valor lido. Exemplo: para um sensor de temperatura com range de 50 a 250°C e valor medido de 100°C, 0 intervalo provavel do valor real para as seguintes condigdes Rangeabilidade (largura de faixa): € a relagéo entre o valor méximo @ 0 valor minimo, lidos com a mesma exatidao na escala de unfiRSULiWAto to Fundo dé Escala nals tore 6 sez ee AE ¥ teatidan 1% do Span You wii ssiee wit zin eee = 20 7 ene, 0 ea ung fac odie Exemplo: para um sensor de vazo cuja escala 6 0 a 300gpm (galdes por minuto) e rangeabilidade 10:1 a faixa a ser considerada esd entre 30 e 300gpm. Se a exatidao do instrumento for 1% do span, entdo, alleitura aceitavel & entre 30 e 300gpm com exatidéo de + ou - 3gpm Zona morta: é a maxima variagéo que a variavel pode ter sem que provogve alteragao na indicagéo ou sinal de saida de um instrumento, : Um instrumento com range de 0 a 200°C € uma zona morta de: 0.01% = 0,1 12002 02° 00 ‘Nomenciatura dos instrumentos: ‘As normas de instrumentago estabelecem simbolos, gréficos e codificago para identificagao alfanumérica de instrumentos ou fung6es programadas, que deverdo ser utlizadas nos diagramas & malhas de controle de projetos de instrumentacéo. De acordo com a norma ANSI/ ISA-S5.1, cada instrumento ou fungao programada sera identificado por um conjunto de letras que o classifica funcionalmente e um conjunto de algarismos que indica ‘a matha & qual o instrumento ou fungéo programada pertence, Eventualmente, para completar a identificagao, podera ser actescido um sufixo. O abaixo mostra um ‘exemplo de instrumento identificado de acordo com a norma, De acordo com a Norma ISA-SS on @ a Arve nmads engine mas Neentmeaa 4a mama sa PRIMERA LETRA terms socessivas pe A iaamds tame svne {5 Gnmater ito) ean pste © compan veo Sees 9 eandse ne onwenc aecsenpetta fT he ‘ements pana vag eng © senea cates me coms maomtazaeo mies ate 1 comateines eae pone Yareoms Sampo en cat om rreeas Seas ghar tee Linas pte aus mM miste ua a vaseots © mesons a 8 onmnuets ——taagagan 2 tenet guess $ smcinae os sneraeree sete oe 1 tempat anes Tincsar © sumansen catetets yer menneas wang pater ¥ weaas vans we peasaatons oe feats date ans inal Sepia: 2 pelea szaide ‘ralesena ate Exercicio 25): descrever 0 funcionamento de cada instrumento e do conjunto (malha) representado na figura abaixo C2)... ass) wy Entrada L as eovepor @) ‘Aaucetor see) Entrada de produto avapor ‘Salida de produto aida do condensado ae Controle de um vaso de proceso: Existem apenas duas estratégias fundamentals de controle da fase liquida de um vaso de processo: FILO ou FOLL © Conceito FILO é quando a vazdo (F) & controlada na entrada (in) ¢ 0 ni saida (out) jel (L) € controtado na @ Conceito FOL! é quando a vaz4o (F) é controlada na saida (out) e o nivel (L) € controlado na entrada (in). 15-Principios para operagao segura de caldeiras Para manter a seguranca das caldeiras e, de forma geral qualquer, aparelho de vvaporizago importante observar os seguintes principios: FA presto de trabaiho deve estar sempre abaixo da Pressdo Maxima de Trabalho Permitida (PMTP) ou Presto Maxima de Trabalho Admissivel (PMTA), que € o maior valor de presso ‘Compativel com 0 cédigo de projeto, a resisténcia dos materiais utlizados, as dimensbes do lequipamento e seus parémetros operacionais. aA valvula de seguranga deve ter a pressao de abertura ajustada em valor igual ou inferior a PMTA, ‘ Possuirinjetor ou outro meio de alimentagao de agua, independente do sistema principal ‘em caldeiras combustiveis solido, Sistema de indicagao para controle do nivel de 4gua ou outro sistema que evite 0 su- peraquecimento por alimentagao deficiente | Operadores qualficados ¢ treinados para operar cada caldeira, com suas caracteristicas especificas . 15.1- Procedimentos de partida ‘Antes da partida propriamente dita, ¢ necesséro executar uma série de veriicagSes em todos os sistemas componentes da cadeira ¢ das suas inlerigagdes com o ambiente externo, as quais incluem, basicamente, a verifcagao dos seguintes equpamentos ou sistemas: «ar Arpara combustéo - devem estar operando adequadamente ventiladores, dutos registros etc, ‘4 Queimadores - deve estar limpos, corretamente montados e posicionados, funcionando adequadamente; A Instrumentos de supervisdo e controle - devem estar calibrados, testados e alinhados, ‘A Suprimento de enesgia elétrica para todos os instrumentos, equipamentos e sistemas; «Vaivulas de seguranga - dever estar calbradas, testadas e livres para operar, 47 Portas de visita € janelas de inspegao da caldeira - devem estar fechadas; ‘Sistema de agua de alimentagao - deve estar preparado para funcionar ou, em linguagem de indistia, alinhado; 4a Sistema de 6leo combustivel - alinhado, ar Tanques de gua e de dleo - deve estar com nivel o adequado; Sistema de injego de produtos quimicos -alinhado; e | Inter travamentos e sinalizagdes - devem estar testados e ajustados. Efetuadas estas verificagdes preliminares, como préximo passo a caldeira devera ser preenchida com agua de ‘alimentagao até o nivel de acendimento, Nessa ocasido, verifica-se previamente a consisténcia de leitura entre 0 indicador de nivel local e 0 remoto. Em caso de problemas, corrigilo antes de prosseguir. Quando a caldeira esta sendo preparada para a partida, as seguintes condigées adicionais devem ser estabelecidas 4 Suspiros do tambor de vapor aberto; a Valvulas de descarga (blow down) da Ideira fechadas; Nivel de agua no tambor estabelecido a pelo menos duas polegadas acima do fundo do indicador de nivel local; «a Valvulas de saida de vapor da caldeira fechadas, mas ndo apertadas; e ‘a Bomba de agua de alimentagao disponivel e pronta para operar. ‘A seguir, precisa-se prover ar de combustao para a fase de acendimento. Caso haja pré-aquecedor de 2a regenerativo, deve ser colocado em operagao. Em fungdo do teor de ervotre do combustivel a ser usado, coloca-se em operagdo também o pré-aquecedor de ar a vapor, para assegurar que No aja condensagdo dos produtos de combusto comosives nas supericies. metalicas. Dependendo da existencia e do tipo de superaquecedor, medidas especificas deverdo ser tomadas para sua protegao, j que em geral este equipamento nao terd fluxo de vapor durante @ partida, conforme adiante se comenta, (© ventlador deverd ser acionado de modo a garantir uma vazdo minima de ar para condigdes explosivas "No momento da ignigo. Usualmente o valor minimo € 30% da vazo a maxima carga e 0 tempo de duragdo da purga é controlado pelo sistema de intertravamento. Este sistema é constituido de lum conjunto de sensores, relés e acionadores, que asseguram a prevengao contra sequéncias de eventos que possam ser danosas para a caldera, evitando as operagdes ou Ocorréncias em situagdes inseguras. Nesse caso, 0 sistema de intertravamento impede 0 acendimento de {qualquer queimador antes que 2 purga se complete. Lim valor usual para o tempo de purga é 5 minutos, sendo uma etapa critica do procedimento de partida, para assegurar as condigdes de ‘seguranga na ignigzo. Coma purga compietada e havendo vazio de ar suficiente, o acencimento poderd ter inicio. 0 sistema de intertravamento jé deverd ter berado a abertura das valvulas de fechamento rapido (shut-of) do combustivel, que podera ser adrritido até o queimador. As valvulas de fechamento rapido s80 empregadas em queimadores para liquidos e gases, coma funco de bloqueara entrada de combustivel na fomalha, por razdes de seguranca. O processo de acendimento dos queimadores varia de caldeira para caldeira. O sistema mais adequado € o que usa ignitores elétricos, também liberados pelo intertravamento somente apés completado o tempo de purga. © niimeto de queimadores a serem acesos na fase inicial depende do tipo de caldeira, mas ‘sempre 0 aquecimento devera ser controlado e progressivo, respeitando-se a curva temperatura x tempo do equipamento, fomecida pelo fabricante, como se exemplfica no Gréfco 9.1. 0 combustvel usado na partida, quando for possivel fazer opydo, deve ser 0 que apresente menores problemas de queima, preferindo-se usar combustivel gasoso de born poder calorifico (gés naturel, 945 de processo e GLP) aos combustiveis liquidos. Na op¢o por combustvels liquidos, em ‘Tampo de aquecimento om horas primeiro lugar, devem ser adotados os menos viscosos e menos densos, antes dos mais viscosos «@ densos (Gleo diesel antes de leo combustivel). Estes cuidados se justficam para assegurar a manutengo de uma chama estével e 0 aquecimento correto da fomalha. Grafico 9.1 - Curvas de temperatura e pressdo no processo de aquecimento de uma caldeira de médio porte e alta pressao (Os tubos da caldera estardo todos cheios de dgua nesta fase, ja que no hd ainda geragéo de vapor. Os tubos do superaquecedor, entretanto, esto recebendo calor sem crculago de vapor internamente e, portanto, sueitos 2 temperatura da parede elevada. Para prevenir danos nos tubes do superaquecedor, com mais razA0, impde-se 0 aquecimento inicial mais cuidadoso, Para protecao 4 superaquecedr, de acordo com o fabricante, podem-se manter abertas as valvulas de Saida até 2 caldera entrar minha quando ja existe um suficente fuxo interno de vapor para “reser” os tubos, rmantendo-os dentro de uma faixa de temperatura toleravel pelo material, Assim para a protego do superaquecedor.na patida se desviainicialmente 0 vapor para a atmosfera com a fnaidade de proteger 0s tubos. Também permanecem abertos 0s suspiros do tubulao e drenos da linha de saida

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