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O Negócio da Realeza
Copyright 2023
Categoria: Vida Cristã

Primeira edição – 2023

AUTOR: Guilherme Siqueira


SITE: www.guilhermesiqueira.com.br
EMAIL: guilhermesiqueiracontato@gmail.com
INSTAGRAM: @guilhermesiqueirarj

PROJETO GRÁFICO E EDITORIAL: Guilherme Siqueira


AGRADECIMENTOS

Ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, por me criar e salvar.


A minha esposa, Suellen, e a meus filhos, Bernardo e
Theo, que enfrentam junto comigo todo o processo de aprendi-
zado diante do Pai.
Aos meus pais, Edson e Leila, por meio de quem cheguei
a este mundo e aprendi a ter zelo pela palavra do Criador.
A todos os meus amigos com quem convivi em todas as
minhas experiências de trabalho.
E também a todas as pessoas que, por amor, estão inves-
tindo neste trabalho, para que outras pessoas tenham acesso a
esse conteúdo que tem o poder de desenvolver seres humanos
mais parecidos com o Rei Jesus.
SUMÁRIO

9. Introdução – O Negócio da Realeza

13. Parte 1 – Empreendendo com Amor

21. Capítulo 1.1 – Ativando a Mansidão


33. Capítulo 1.2 – Espiritualidade nos Negócios
41. Capítulo 1.3 – Quem te Disse que Está Nu?

51. Parte 2 – Empreendendo com Graça

55. Capítulo 2.1 – O Verdadeiro Domínio


63. Capítulo 2.2 – Dignidade Divina
69. Capítulo 2.3 – Competição e Concorrência

79. Parte 3 – Empreendendo com Confiança

83. Capítulo 3.1 – Um Assunto Pessoal


89. Capítulo 3.2 – Resultados Eternos
101. Capítulo 3.3 – Empreendedorismo Pleno
Introdução
O NEGÓCIO DA REALEZA

Em 2017 recebi uma palavra... "Guilherme, Deus


quer fluir através dos negócios. Ele está colocando sabe-
doria e deseja que você compartilhe da sabedoria que Ele
colocou e vai colocar mais em você".
Desde esse dia tenho cultivado e guardado essa
palavra em meu coração e muitos entendimentos foram
clareando para mim em cada experiência vivida em ambi-
entes de organizacionais.
Muito tem se falado hoje sobre a importância da
inteligência emocional na condução dos negócios, mas
pouco sobre a importância da inteligência espiritual,
sendo que a inteligência espiritual é a mais poderosa de
todas. A única inteligência capaz de discernir os lugares

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mais profundos do nosso ser, que afeta intimamente to-
das as decisões que tomamos no dia a dia. Ter a capaci-
dade de perceber com clareza o nosso interior é o que
nos leva ao lugar de discernimento para saber qual tipo
de amor é aquele que de fato nos move e o poder para
resistirmos a qualquer tipo de tentação.
Quanto mais prosperamos num falso sucesso,
mais distante do verdadeiro ficamos. Assim como a casa
que é construída sobre a areia sem alicerces, todo em-
preendimento construído fora da rocha que é Cristo mais
cedo ou mais tarde perecerá.
Ainda que um empreendimento tenha um fatura-
mento muito alto, ainda que ele lucre bastante, ou se
torne a empresa financeiramente mais valiosa do mer-
cado "se não tiver amor, de nada valerá" (1 Co 13:2 NVI).
E isso acontece por causa de uma simples ques-
tão, o principal causador da insustentabilidade em todo
tipo de organização.
Em minha jornada pude ter experiências funda-
mentais que junto com a minha amizade com Deus Pai,
por meio do Espírito Santo que Jesus nos inspira, pude
crescer em sabedoria e entendimento não apenas para
enxergar dinâmicas espirituais como também entender
como elas se manifestam nos negócios.

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Pare um momento para contemplar a realidade da
criação. Nenhum sistema é mais abundante e equilibrado
que o Reino do Criador. Desenvolver um empreendi-
mento real é desenvolvê-lo fundamentado naquilo que é
eterno. Se não fizermos dessa maneira, todo trabalho será
em vão.
Portanto, diante dessa realidade e dessa dor, de-
cidi oferecer esse tesouro àqueles que estão dispostos a
entender com mais clareza o que significa estar debaixo
do Reino de Deus na Terra, em todos os aspectos da vida.
Com conceitos simples e de profunda reflexão,
ajudo você, empreendedor e líder, que já se reconciliou
ou deseja se reconciliar com Deus Pai, a entender como
aplicar a espiritualidade de Cristo naquilo que você foi
chamado para realizar junto com Ele aqui nessa Terra. Fa-
zer parte do negócio da realeza.
Você está preparado(a)?

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Parte 1
EMPREENDENDO COM AMOR

“O mistério que esteve oculto durante épocas e gera-


ções, mas que agora foi manifestado a Seus santos.”
(Colossenses 1:26 NVI)

Tudo mudou em 2015 quando esse mistério foi re-


velado em meu coração. Uma mudança radical na forma
de ver a vida. Fui transportando de uma consciência de
total escassez para uma consciência de total provisão.
Algo que não vinha de homem algum, mas do próprio Cri-
ador.
Sim, Ele pode habitar dentro de nós, não é apenas
uma teoria, é uma realidade.

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“A eles quis Deus dar a conhecer entre os gentios a glo-
riosa riqueza deste mistério, que é Cristo em vocês, a es-
perança da glória.” (Colossenses 1:27 NVI)

Há uma esperança para a humanidade e este pla-


neta. Apenas uma. Quando o Espírito de Cristo habita em
nosso coração, mente, alma e corpo.
Jesus é uma referência específica, absoluta. Preci-
samos ser inspirados com o Seu Espírito para interpretar-
mos corretamente aquilo que Ele disse e fez. De fato, co-
mer do pão e não beber do vinho tem feito muitas pes-
soas que se dizem cristãs seguirem exemplo de homens
que não tem o Espírito de Deus na condução dos empre-
endimentos, liderança e profissões.
Davi já falava.

“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o


conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pe-
cadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.”
(Salmos 1:1 NVI)

O Jardim do Éden é um lugar físico na Terra gover-


nado por um filho íntimo de Deus Pai. O Criador confiou
algo nas mãos de Adão, Ele tinha a responsabilidade de
fazer aquilo que o Pai orientou.

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Confiança.
Foi apenas quando Adão buscou autonomia ou in-
dependência que o seu trabalho como jardineiro passou
a ser usado de forma nociva. Fora do propósito original.
Antes, Adão fazia porque já tinha. Ele estava cons-
ciente de que tudo o que ele precisava estava contido no
amor do Pai. Um amor sem carências, uma provisão plena
em todas as necessidades da vida.
Ele e sua esposa, Eva, viviam confiantes dessa re-
alidade de provisão. Seus “bolsos” não precisavam estar
cheios, eles não estavam ajuntando comida com medo de
que lhes faltaria algo em algum momento. Estavam “nus”
e não tinham vergonha. A paz de Cristo habitava no inte-
rior deles e por isso eram bem-sucedidos em tudo que
faziam, com sabedoria e entendimento do alto, glorifi-
cando o Pai através das obras das suas mãos.
O inferno começa quando perdemos de vista a re-
alidade desse amor. Um amor que não se conquista e não
se perde, mas que pode ser rejeitado. É possível vivermos
a vida inteira distraídos dessa realidade. O Pai nos deu
esse poder de viver como se o amor dEle não existisse e
de fato é um esforço grande viver o contrário daquilo que
é natural. Não é à toa que as vidas de muitas pessoas são
pesadas. Muitos empreendedores e líderes fazendo

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acontecer na sua própria força, movido por orgulho. Va-
lorizando mais aquilo que eles mesmos acham sobre vida,
não dando a devida importância aquilo que o bom e per-
feito Criador diz.
Há um tempo entendi uma frase que clareou bas-
tante o entendimento sobre o peso das nossas emoções
– o tamanho do nosso orgulho é o tamanho do peso que
carregamos – faz total sentido, pensei. Porque temos de
reinventar a vida se a criação é perfeita? Porque eu ape-
nas não me submeto Àquele que criou um Universo tão
maravilhoso. É Ele que tem a verdadeira vida para nos
dar. Nós não precisamos “fazer” para “ter”. Adão passou
a viver dessa maneira e o trabalho se tornou maldição.

“No suor do teu rosto comerás o teu pão,


até que te tornes à terra...”
(Gênesis 3:19 NVI)

Vivemos em função de conquistar aquilo que acha-


mos que não temos porque perdemos de vista a herança
que o Pai tem para nós. Conquista é para quem quer ter
orgulho. Jesus nos ensina de outra forma.

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Porque já “temos” e como quem já “é”, um filho
amado do Criador “faz”. Ter, ser e fazer, essa é a verda-
deira ordem. Quando passei a enxergar a vida através
dessa perspectiva, tudo mudou.
O Céu não é um lugar que a gente só vai quando
morre no corpo físico. O céu é um lugar que o Espírito
Santo nos leva quando a gente morre para a nossa pró-
pria maneira de ver a vida.

“Deus nos ressuscitou com Cristo e com Ele nos fez as-
sentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus,
para mostrar...”
(Efésios 2:6,7 NVI)

E mais...

“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procu-


rem as coisas que são do alto, onde Cristo está assen-
tado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas
coisas do alto, e não nas coisas terrenas.”
(Colossenses 3:1,2 NVI)

Não pensar nas coisas terrenas significa não pen-


sar do jeito dos homens que vivem sem a consciência do
amor do Pai.

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Erga os olhos! Você é obra-prima da criação. Se
você ainda não se reconciliou com o Pai, faça isso hoje.
É por meio de Cristo que nós chegamos ao Pai.

“Então Jesus disse em alta voz: "Quem crê em mim, não


crê apenas em mim, mas naquele que me enviou. Quem
me vê, vê aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como
luz, para que todo aquele que crê em mim
não permaneça nas trevas.”
(João 12:44-46 NVI)

Você não é coitado(a), você é amado(a)! Ninguém


se sacrifica por aquilo que não valoriza, foi por perceber
o amor do Pai por nós que Cristo se sacrificou. Creia. Não
há nada que possamos fazer para conquistar esse amor
assim como não há nada que possamos fazer para perder
esse amor. É como o sol, permanece lá para sempre. O
que acontece é que nos ensinaram a valorizar outras coi-
sas que não esse amor. Da mesma forma que a Terra gira,
muitos viraram as costas para essa luz e tudo ficou em
trevas. Nos ensinaram a viver em busca de falsos tesou-
ros. Empreender para “ter” e não para revelar a glória do
Pai.
Se permita ser amado por Ele. Não tenha vergo-
nha. Não tenha medo. Só assim o Éden se tornará uma

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realidade no ambiente que está aos seus cuidados. Em-
preendimentos realmente saudáveis e sustentáveis. Pro-
fissões executadas com prazer. Uma experiência divina
nas organizações.

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Capítulo 1.1
ATIVANDO A MANSIDÃO

“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; serei exaltado


entre as nações; serei exaltado sobre a terra.”
(Salmos 46:10 NVI)

Para realizarmos qualquer coisa no Reino de Deus


nós precisamos primeiro ativar a mansidão. Aquietar o
nosso interior antes de tudo. Não é com orgulho que rea-
lizamos algo da parte de Deus Pai, mas com humildade.
Só assim Ele irá trabalhar por nós, fazendo as coisas do
jeito que Ele ensina.
Fazer aquilo que o Pai nos ensina é a matéria prima
que Ele necessita para trabalhar por nós naquilo que está
fora do nosso alcance.

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A ira do homem não produz a justiça de Deus.
Quando construímos ou realizamos algo na força ou na
violência construímos empreendimentos insustentáveis,
fundamentado em relações perecíveis.
Veja, o evangelho de Cristo não é somente o evan-
gelho da graça, mas também o evangelho da paz.

“e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho


da paz.” (Efésios 6:15 NVI)

É a consciência do amor do Pai que gera paz em


nosso coração, o árbitro que nos sinaliza se devemos agir
ou não. Se ainda não estamos conscientes da provisão
dEle para a realização de algo precisamos permanecer
quietos na Sua presença, com mansidão e humildade, até
que essa paz venha.
O dinheiro não ama você, o Pai sim. Ele age ao
nosso favor porque é um Deus vivo. Ele está presente em
toda a criação e faz muito além daquilo que pedimos ou
pensamos.

“e conhecer o amor de Cristo que excede todo conheci-


mento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude
de Deus. Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais

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do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo
com o seu poder que atua em nós,”
(Efésios 3:19,20 NVI)

A terapia que todos nós precisamos é viver uma


nova paternidade com Deus Pai. Todas as nossas ques-
tões na vida vêm de termos sido ensinados sobre como
viver de uma maneira diferente diante da perspectiva
dEle. Nossos pais terrenos, biológicos ou não, também
estão vivendo uma caminhada diante do Pai e em muitos
momentos podem ter errado conosco por não saberem o
que estavam fazendo. Digo isso para entendimento, não
para culpa. Eu costumo dizer, tenha mentores, mas não
se limite pelo limite deles. Jesus é o maior mentor da vida,
Ele é o caminho para o Pai.

“Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a


vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. Se vocês
realmente me conhecessem, conheceriam também o
meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto.”
(João 14:6,7 NVI)

Empreender sem a orientação de Deus Pai definiti-


vamente não é uma decisão sábia, por isso a mansidão e

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a humildade são fundamentais. Sem mansidão não con-
seguimos perceber a voz dEle, muito menos entender
com clareza o que Ele está querendo ensinar em cada
momento. Ele está sempre ensinando alguma coisa, essa
é a Sua missão, formar filhos maduros. Ele não está en-
volvido com outra coisa.
Assim fica muito mais leve e saudável empreender,
liderar ou exercer qualquer profissão, faz toda a diferença,
é como disse anteriormente - o tamanho do nosso orgu-
lho é o tamanho do peso que carregamos.
Também é fundamental que a gente também esteja
livre de toda amargura, antes de realizarmos algo em ali-
nhamento ao Reino do Pai.
Aconteceu comigo quando estava saindo de uma
sociedade. Fizemos um acordo com a minha saída e o
outro sócio simplesmente não cumpriu o acordo, gerando
muitas dores para mim e minha família. Num primeiro mo-
mento tentei resolver na minha força, pressionando e ela-
borando estratégias para tentar mover os outros sócios a
cumprirem o prometido. Isso aconteceu até o momento
em que eu me aquietei para ouvir o Pai e Ele me disse –
Guilherme, você tem duas opções, ou você vai tentar re-
solver do seu jeito ou você pode resolver do Meu. Você
escolhe.

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Entenda, enquanto eu estava tentando do meu
jeito, toda a minha atenção estava concentrada em algo
que já havia acontecido no passado. Eu não conseguia
olhar e caminhar para frente porque toda a minha atenção
estava no passado. A amargura desvia a nossa atenção
do amor do Pai e concentra a nossa atenção na maldade
de alguém por nós.

“O fato de haver litígios entre vocês já significa uma com-


pleta derrota. Por que não preferem sofrer a injustiça?
Por que não preferem sofrer o prejuízo?”
(1 Coríntios 6:7 NVI)

Existe um benefício incalculável no perdão. A


amargura retém a nossa atenção no passado e nos im-
pede de ver o presente e o futuro. É isso que paralisa
qualquer verdadeiro progresso em nossas vidas. Nós
mesmos nos excluímos da graça de Deus diante daquilo
que Ele ainda tem para fazer através nós e bloqueamos a
Sua restituição de todo esse prejuízo.

“Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus. Que


nenhuma raiz de amargura brote e
cause perturbação, contaminando a muitos.”
(Hebreus 12:15 NVI)

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O amor do Pai é maior que qualquer ofensa hu-
mana. Que assim também seja em nossas relações. Não
devemos perder de vista o amor dAquele que tem tudo
para nos dar, que deseja ser o provedor de todas as nos-
sas necessidades.

“Mais do que isso, considero tudo como perda, compa-


rado com a suprema grandeza do conhecimento de
Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as
coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar
a Cristo e ser encontrado nEle...”
(Filipenses 3:8,9 NVI)

Precisamos abrir espaço para receber a Cristo, é


algo que cabe a nós, pois o poder que atua em nós está
totalmente atrelado à quem nos submetemos para apren-
der. O potencial de cada ser humano está associado ao
Deus ou deus que ele adora, cuja atenção está fixada.
Abandone a ira e a vitimização. Todos fomos cria-
dos com a capacidade de negarmos a nós mesmos, de
nos fazermos humildes diante dAquele que criou todo o
Universo.

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“... Por isso diz a Escritura: "Deus se opõe aos orgulho-
sos, mas concede graça aos humildes".
Portanto, submetam-se a Deus...”
(Tiago 4:6,7 NVI)

Preste bastante atenção nisso que vou repartir


com você agora, é algo extremamente libertador, que
trata uma das dores mais latentes do mundo contempo-
râneo - a ansiedade e a depressão.

“Pois do interior do coração dos homens vêm os maus


pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os ho-
micídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o en-
gano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a
insensatez. Todos esses males vêm de dentro...”
(Marcos 7:21-23 NVI)

Jesus diz que é do coração que vem os maus pen-


samentos e todo tipo de mal. Sim, o coração é a fonte da
vida como também a fonte de todo mal. Quando o tesouro
que habita em nosso coração, ou seja, quando aquilo que
é de extremo valor para nós precisa ser conquistado ou
pode ser perdido, ficaremos ansiosos com a aproximação
de qualquer tipo de ameaça de não o conquistar ou de

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qualquer tipo de ameaça de perdê-lo, uma vez que já foi
alcançado.
Não é de se admirar tanta inquietação nesse
mundo já que temos sido o tempo todo incentivados a
buscar tesouros perecíveis. Dinheiro, patrimônio, segui-
dores... Agradar a homens é algo realmente complexo e
pesado.

“Não deixem que seu coração fique aflito.


Creiam em Deus; creiam também em mim.”
(João 14:1 NVI)

É isso que nos livra da “correria”. Aquiete o seu co-


ração e confie no Pai. Livre-se dos desejos desnecessá-
rios, não deseje outra fonte de provisão que não seja o
Pai. Não é o dinheiro, não é a empresa, não são os ho-
mens é o Pai, quando estamos debaixo do Reino do Seu
amor. O amor dEle não precisa ser conquistado e nem
pode ser perdido, o desejo do Pai de cuidar de nós vai
além do nosso próprio desejo de ser cuidado por Ele.

“Lancem sobre Ele todas as suas ansiedades,


porque Ele cuida de vocês.”
(1 Pedro 5:7 NAA)

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Um único desejo é necessário. Deseje ser provido
por Ele em tudo, que a sua amizade com Ele seja tudo
para você. Ele irá mostrar o caminho para a realização da-
quilo que te chamou você para realizar. Ouça o que o Pai
tem a dizer, reflita constantemente em Suas palavras e
haja de acordo que tudo irá bem.

“Entregue o seu caminho ao Senhor,


confie nEle, e o mais Ele fará.”
(Salmos 37:5 NAA)

Da mesma forma acontece com a depressão. A de-


pressão também vem de um coração desajustado
quando aquilo que é de extremo valor para nós precisa
ser conquistado ou pode ser perdido. Neste caso, não é
a pressa e nem a aproximação de alguma ameaça, mas a
impossibilidade de conquistar ou de recuperar algum te-
souro que já foi perdido. Quando nos deparamos com
este tipo de situação ficamos totalmente desmotivados
diante da vida já que aquilo que vale tanto para nós jamais
poderá ser alcançado. Desta forma não há mais razão
para viver. A dor na alma se tornará uma constante, nos
levando à quadros cada vez piores na mente, na alma e
no corpo.

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É desse lugar, da dor interior que surgem os vícios,
as soluções paliativas e a busca por prazeres naquilo que
nos faz mal. É uma forma humana de tentar resolver ou
de anestesiar suas próprias dores.

"Venham a Mim, todos os que estão cansados e sobre-


carregados, e Eu lhes darei descanso. Tomem sobre vo-
cês o Meu jugo e aprendam de Mim, pois sou manso e
humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para
as suas almas. Pois o Meu jugo é suave e o
Meu fardo é leve.”
(Mateus 11:28-30 NVI)

O amor do Pai que nós conhecemos por meio de


Jesus é imutável. Esse é o lugar de estabilidade que todos
tanto desejam. Enquanto o mundo estiver vivendo crises,
você estará firmado no amor dEle que é maior do que
qualquer crise que esse mundo venha enfrentar. Mesmo
que o empreendimento que você administra vá a falência
o amor do Pai ainda estará com você provendo novas
idéias, novas soluções, novas maneiras de ajudar as pes-
soas e claro, de um jeito realmente bom.
Aconteceu comigo, só quando me aquietei diante
do cenário que estava vivendo após sair daquela socie-
dade, quando aprendi a perceber a realidade desse amor,

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que pude ter paz para pensar com clareza e ver o caminho
que Ele estava me mostrando. Lembrei das palavras pro-
féticas que tinham sobre a minha vida e comecei a desen-
volver este empreendimento de ensino. Este é o terceiro
livro que estou escrevendo. Fui levado a entender coisas
que jamais imaginei compreender e aqui estou, fazendo a
vontade do Pai.
Neste tempo aprendi que a Sua vontade é muito
simples. Ele só quer que a gente busque ser provido por
Ele em tudo (Seu Reino) e compartilhe isso com os irmãos
(Sua justiça). Essa é a mensagem da ceia de Jesus. Agra-
deça ao Pai pela provisão e compartilhe com o próximo.
Amar o próximo como Jesus nos amou. É para isso que
serve qualquer empreendimento ou profissão, qualquer
trabalho. Essa é a performance de alguém que é cheio do
Espírito Santo. O espírito de um filho amado que confia
no Pai.
É nessa simplicidade que empreenderemos um
mundo melhor. Cidades que se pareçam com a Nova Je-
rusalém.
Somente quando enxergarmos com a perspectiva
do alto. Para isso precisamos ativar a mansidão.

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Capítulo 1.2
ESPIRITUALIDADE NOS NEGÓCIOS

“Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu Filho


amado, em quem tenho prazer".
(Mateus 3:17 NVI)

Eu sempre tive um pouco de dificuldade de enten-


der sobre quem de fato seria o Espírito Santo, mas hoje
está bem claro para mim. O Espírito Santo é o espírito de
um filho amado que tem prazer em viver a vontade do Pai.
A consciência do amor do Pai, a mentalidade de filho e o
prazer em viver a Sua vontade nos coloca em sintonia
com o Criador. Essa é a frequência. Uma sintonia quân-
tica que o evangelho de Cristo produz em nosso interior

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(coração e mente) e que se manifesta naturalmente nas
emoções e no exterior.
Em 2022 escrevi um livro sobre isso, se chama
“Amor Incomparável”. Um conteúdo que recebi em 2015
num encontro profundo que tive com o Pai que levou sete
anos para que eu conseguisse compartilhar com clareza.
Totalmente simples, totalmente poderoso e totalmente
transformador.
Ser inteligente espiritualmente começa em apren-
der a discernir o nosso coração. Aprender a perceber na-
quilo que o nosso coração está conectado e não é difícil.
Jesus diz:

“Pois onde estiver o seu tesouro,


ali também estará o seu coração".
(Lucas 12:34 NVI)

Tudo aquilo que é importante para nós tem a nossa


atenção. É o mesmo assunto da palavra adoração. Ado-
ração é atenção. Portanto, quando o amor do Pai é o
nosso tesouro estaremos atentos aos cuidados dEle para
conosco. Perceptivos à Sua provisão em todos os senti-
dos da vida. Ao invés de buscarmos orientação humana
sobre qualquer trabalho, passaremos mais tempo com o
Pai em oração para saber como Ele quer que a gente o

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desenvolva. Sim, Ele também pode fluir através dos seres
humanos, e nos mostra exatamente quem serão essas
pessoas.
Uma vez que o nosso coração se conecta nEle,
buscamos entendimento e agimos conforme a Sua von-
tade, ligamos o Seu mover na Terra para que então o Céu
se mova ao nosso favor.

"Digo-lhes a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra


terá sido ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem
na terra terá sido desligado no céu.” (Mateus 18:18 NVI)

Cristo em nós, o Espírito da Realeza. Precisamos


entender que cada empreendimento ou profissão precisa
estar à serviço dAquele que governa para sempre. O Rei
dos reis, o Senhor dos senhores.

“... porque teu é o Reino, o poder


e a glória para sempre...”
(Mateus 6:13 NVI)

Perceba, todo recurso que utilizamos para cons-


truir qualquer coisa na Terra vem do próprio Criador. Foi
Ele que nos deu um corpo incrivelmente complexo, um
cérebro capaz de desenvolver inteligências muito além

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das artificiais, é Ele que faz as plantas crescerem, os ani-
mais se reproduzirem, o ar para respirar e qualquer outro
tipo de recurso que esteja sendo utilizado por nós nesse
momento. Tudo foi feito por Ele e tudo é dEle, agora será
que estamos utilizando para Ele?
Não devemos cair no engano dos “autos”, no en-
gano de acharmos que podemos ser autossuficientes.
Autogoverno, autorresponsabilidade, autoestima, autoa-
juda e por aí vai. Substitua todos os “autos”, pelo “alto”.
É do governo do alto que vem a nossa provisão e ajuda,
é responsabilidade diante dAquele que está no alto que
realizamos nossas tarefas, é a estima que vem do alto que
define o nosso valor e dignidade.
Não é sobre nós mesmos provendo aquilo que ne-
cessitamos. Ele precisa ser a nossa fonte suficiente para
tudo. O Pai eterno. “Independência financeira” só nos faz
ficarmos ainda mais dependentes do dinheiro. A real in-
dependência que todos nós necessitamos é a indepen-
dência de nós mesmos, quando não dependemos mais
das nossas próprias fontes de provisão, idéias e práticas,
quando buscamos ser um com o Pai, assim como Jesus
é um com Ele. Essa é a oração de Jesus por nós...

“Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por


aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem

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deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em
mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós,
para que o mundo creia que tu me enviaste.”
(João 17:20,21 NVI)

É o Pai que coloca a máscara em nós se o avião


estiver caindo, nós somos os filhos. Não devemos viver
em função de garantir o nosso primeiro. Devemos ficar
em paz, Ele garante a nossa parte da herança.
Ser inteligente espiritualmente é aprender a discer-
nir as nossas intenções e motivações. Sim, o evangelho é
motivacional, ele transforma as nossas intenções e moti-
vações. A mensagem de Jesus revela para nós o nosso
coração e os nossos pensamentos para que possamos
ser salvos do mal que nos foi ensinado.

“Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que


qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de
dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os
pensamentos e intenções do coração.”
(Hebreus 4:12 NVI)

O mundo é binário. Existe o Reino de Deus e o


reino dos homens, a luz e as trevas, a verdade e a mentira,
a amizade e a inimizade...

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"Aquele que não está comigo, está contra mim;
e aquele que comigo não ajunta, espalha.”
(Mateus 12:30 NVI)

Ainda diz mais:

“Não estou buscando glória para mim mesmo;


mas, há quem a busque...”
(João 8:50 NVI)

Existe uma batalha sendo travada constantemente


no mundo das organizações. Pessoas querendo usar os
empreendimentos em função dos seus próprios prazeres
e interesses. Um empreendimento ou uma profissão não
deve ser uma oportunidade de tirarmos qualquer tipo de
vantagem e muito menos é uma competição. Não deve
ser para servir a nós mesmos, mas Àquele que é o verda-
deiro dono de todas as coisas e que nos ama de todo
coração.
Desenvolvemos empreendimentos para ser provi-
são do Pai para alguém, é em favor da justiça do Seu
Reino, para a Sua glória.

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Eu entendo, esse assunto é de fato muito desafia-
dor, mas é onde começa a verdadeira liberdade. As inten-
ções que vem do Espírito Santo produzem bons pensa-
mentos, boas emoções e boas ações, naturalmente.
Qualquer empreendimento que a gente desenvolva
com o Espírito do Deus verdadeiro se torna bênção na
vida de quem realiza e de quem é servido.
É Cristo que atrai a nossa atenção, é Ele que ajusta
o nosso coração. Ele repartiu isso conosco e podemos
viver essa realidade aqui e agora.

“Mas eu, quando for levantado da terra,


atrairei todos a mim".”
(João 12:32 NVI)

Todos sabem do Seu sacrifício na cruz. Ele real-


mente atraiu a nossa atenção, no entanto, os escolhidos
são aqueles que permanecem atentos a Ele.

“Acima de tudo, guarde o seu coração,


pois dele depende toda a sua vida.”
(Provérbios 4:23 NVI)

Sabedoria é aprender a escolher bem naquilo que


permanecerá a nossa atenção. A influência certa faz toda

39
a diferença na nossa vida. O mundo tem um problema es-
piritual, é por causa da simples inversão de valores que o
caos acontece inclusive nas organizações.
Por isso, todos nós precisamos aprender a fazer
uma boa gestão do nosso coração antes de tudo. O exer-
cício das prioridades e o foco constante naquilo que tem
valor eterno.
Há um tempo que eu começo os meus dias colo-
cando a atenção no Pai. Lembro de tudo aquilo que já
tenho na realidade do Seu amor por Mim, lembro de quem
Ele diz que eu Sou e do real propósito para eu estar aqui
na Terra.
Isso porque é no coração que começa toda trans-
formação, não na mente, pois a mente só acessa aquilo
que o coração percebe.

40
Capítulo 1.3
QUEM TE DISSE QUE ESTÁ NU?

“E ele respondeu: "Ouvi teus passos no jardim e fiquei


com medo, porque estava nu; por isso me escondi". E
Deus perguntou: "Quem te disse que você estava nu?
Você comeu do fruto da árvore da qual lhe
proibi comer?" (Gênesis 3:10,11 NVI)

A grande maioria das pessoas tem medo de falar


dos assuntos do coração. Isso porque falar sobre valores
é falar sobre ilusões e realidades. Descobrir que estamos
nos sacrificando em função de uma ilusão é uma questão
bem delicada. O fato é que todos estão buscando por al-
gum tesouro, sejam eles verdadeiros ou falsos. Perecíveis
ou eternos.

41
Quando Adão foi iludido pelo diabo, ou seja,
quando ele virou as costas para o amor do Pai para viver
em busca de outro tesouro ele passou a ver a sua “nudez”
de uma maneira totalmente diferente. Antes ele estava
“nu” e não estava com medo e nem com vergonha, mas
agora ele tinha muito medo e sua confiança estava em
outro lugar. O que foi que mudou? Exatamente o seu co-
ração.
A realidade do amor provedor de Deus Pai não era
mais percebida por Adão porque ele se permitiu ser influ-
enciado por outra idéia sem a consideração desse amor.
Parece algo distante para nós, uma história fantasiosa tal-
vez, mas é o que mais acontece no dia a dia. A gente dá
atenção a líderes que vivem fora dessa realidade e pas-
samos a valorizar aquilo que eles valorizam.
Pessoas nos dizem: - Você precisa ouvir fulano, ele
é bilionário, olha o faturamento da empresa dele, e olha
quantos seguidores ele tem...
Eu entendo, toda empresa necessita de recurso
material para a execução do seu trabalho e o Pai também
sabe disso. A questão é que valor de mercado, fatura-
mento ou lucro por si só não define sucesso no padrão do
Criador. Ainda falaremos mais sobre esse assunto neste
livro, mas o ponto que quero trazer nesse momento é que
quando o nosso coração não está mais na provisão de

42
Deus Pai, tentaremos criar fontes de provisão para as
nossas necessidades e é nesse momento que a empresa,
o emprego, a previdência, o dinheiro, a profissão, os se-
guidores... se tornarão nossas fontes de sustento como
se não houvesse nada além disso.
Vivemos, lideramos e empreendemos orientados
pelo medo. Medo de faltar o que necessitamos. E ao invés
de voltarmos para o lugar de origem, nos escondemos
dEle, confiando nas falsas fontes de provisão que criamos
porque estamos com medo de encarar a verdade.
Achamos que o Pai quer nos castigar por termos
abandonado o Seu amor e cuidado por nós, mas não, Ele
apenas quer nos salvar da ilusão, Ele quer ser a nossa
fonte suficiente, quer que sejamos amigos dEle e nos tirar
dessa loucura que o mundo tem vivido no mundo empre-
sarial e profissional.
Precisamos ter coragem para confessar, não é
saudável essa vida. As dores aumentam cada vez mais, e
aí pensamos que precisamos ganhar mais dinheiro para
anestesiar essas dores comprando mais coisas, fazendo
mais viagens, etc.
O Pai quer nos ensinar a viver uma experiência re-
almente agradável no mundo dos negócios. Verdadeira
paz, entende? Um filho amado de Deus não é necessari-
amente aquele que mais vende, que abre mais filiais ou

43
que mais fatura, mas aquele que trabalha com paz, cla-
reza e prazer permanente. A paz permanece mesmo di-
ante de grandes adversidades e o trabalho simplesmente
continua fluindo de maneira equilibrada e saudável. E
claro, existe um processo para chegarmos até esse lugar,
mas sim, é totalmente possível com o Espírito Santo.
A vida no Espírito também pode se estender aos
empreendimentos que lideramos e construímos. O Espí-
rito de um filho(a) amado(a) que tem prazer em viver a von-
tade do Pai inclusive na profissão.
Deixamos de empreender e liderar como órfãos ca-
rentes entregues a todo tipo de prazer nocivo para viver
algo real, e tudo o que é real é eterno.
Todo falso valor é um ponto cego na mente. Temos
visto muitos falsos valores por aí. Soluções de problemas
que nem deveriam existir se estivéssemos arraigados no
amor do Pai. Líderes, marcas e organizações que são
exaltadas como ídolos, fundamentados numa ilusão, ape-
nas para venderem e fazerem muito dinheiro.
É muito triste por exemplo, ver escolas construídas
por famílias que realmente se importavam com a educa-
ção, serem vendidas para grupos de empresários capita-
listas motivados prioritariamente pelo dinheiro. Aquilo que
inicialmente era pessoal e acolhedor, onde se valorizava
as relações e o desenvolvimento dos seres humanos,

44
obra-prima da criação do Pai, se tornando algo impessoal
e frio, uma atmosfera de morte.
Verdade seja dita para que haja sobriedade a todos
nós. Tudo o que é construído com base em falsos valores,
fora do amor do Pai, perecerá.

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se


não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o
prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e
saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha
uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor,
nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que pos-
suo e entregue o meu corpo para ser queimado,
mas não tiver amor, nada disso me valerá.”
(1 Coríntios 13:1-3 NVI)

Quando o dinheiro é o tesouro, o empreendimento


perece mesmo que na aparência seja diferente. Estamos
gerando pobreza e não riqueza.
A única coisa real que existe na Terra é o amor de
Deus Pai por nós e tudo aquilo que Ele cria através de nós
quando vivemos a realidade do Seu amor. Esse amor in-
comparável é o tesouro nos céus que Jesus disse ao jo-
vem que desejava viver a vida eterna.

45
“Ao ouvir isso, disse-lhe Jesus: "Falta-lhe ainda uma
coisa. Venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos
pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois venha
e siga-me". Ouvindo isso, ele ficou triste,
porque era muito rico.”
(Lucas 18:22,23 NVI)

Jesus estava falando com esse jovem sobre a


questão de liberar o coração. Você quer ser verdadeira-
mente rico?

“... vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai,


que está no secreto. Então seu Pai,
que vê no secreto, o recompensará.”
(Mateus 6:6 NVI)

O mínimo vislumbre da herança que temos como


filhos amados do Criador do Universo, nos torna mais ri-
cos que Salomão, inclusive materialmente.

“Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se


aproxima precisa crer que ele existe e
que recompensa aqueles que o buscam.”
(Hebreus 11:6 NVI)

46
E tem mais...

"Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a


traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrom-
bam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros no
céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os
ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o
seu tesouro, aí também estará o seu coração.”
(Mateus 6:19-21 NVI)

Acumule tesouros nos céus, empreenda para ga-


nhar amigos e irmãos. Nós somos o tesouro do Pai, a ex-
pressão do Seu amor. Quando o fruto do nosso trabalho
é ganhar amigos, quando o “fazer” trata-se de viver a ex-
periência de comunhão em amor, a glória é muito maior.
Certamente nosso trabalho jamais será em vão, jamais
perecerá, o resultado é eterno.

“Por isso, eu lhes digo: usem a riqueza deste mundo ím-


pio para ganhar amigos, de forma que, quando ela aca-
bar, estes os recebam nas moradas eternas.”
(Lucas 16:9 NVI)

47
Incrível, não? Não tenha vergonha da sua “nudez”.
Não tenha vergonha da sua conta bancária, do fatura-
mento da sua empresa, da quantidade de seguidores...
Adão não tinha seus bolsos cheios, no entanto, permane-
cia totalmente corajoso e confiante. Busque a prova ce-
lestial, não a dos homens. Se o Pai se agrada, então é
suficiente.
Apenas siga aquilo que Ele está lhe orientando, a
maturidade diante dEle é suficiente para que todas as coi-
sas aconteçam bem na sua vida. Não precisamos con-
quistar aquilo que achamos que não temos, se permita
ser reconquistado pelo seu verdadeiro Pai que está nos
Céus, isto é, deixe Ele levar você a enxergar a vida através
de uma perspectiva mais elevada.
Sim, existe um detox espiritual. Toda mensagem
que se transmite, seja por palavras, seja por ações, possui
uma carga espiritual. Apenas pare. Pare de dar atenção
àqueles que te fazem ver a sua “nudez” de forma distor-
cida. Deus Pai é por você e Ele tem tudo para te dar. A
consciência do Seu amor tornará você uma pessoa real-
mente corajosa, com paz, com entendimento e confiante,
sem qualquer tipo de arrogância.
Se permita ser desiludido(a) pelos falsos valores
dos homens. Faça como Jesus e adore somente ao Deus
verdadeiro.

48
“O diabo o levou a um lugar alto e mostrou-lhe num re-
lance todos os reinos do mundo. E lhe disse: "Eu lhe da-
rei toda a autoridade sobre eles e todo o seu esplendor,
porque me foram dados e posso dá-los a quem eu qui-
ser. Então, se você me adorar, tudo será seu". Jesus res-
pondeu: "Está escrito: ‘Adore o Senhor, o seu
Deus e só a ele preste culto’".
(Lucas 4:5-8 NVI)

Valores e divindade são o mesmo assunto. Seu po-


tencial está totalmente associado ao Deus ou deus que
você adora. Quando o nosso tesouro é o dinheiro, esta-
mos limitados ao que o dinheiro pode fazer, mas quando
o nosso tesouro é o amor do Pai estamos livres de qual-
quer impossibilidade porque Ele é Todo-Poderoso e Ele
nos ama de todo coração.
Por origem, o dinheiro deveria estar atribuído so-
mente ao que é material, esse foi o propósito inicial, foi
criado para facilitar no processo de troca das mercado-
rias, mas isso já não acontece há muito tempo. Agora são
as pessoas que atribuem valor ao dinheiro, como bem en-
tendem, não só ao dinheiro, mas também em muitas ou-
tras coisas.

49
“O que receio, e quero evitar, é que assim como a ser-
pente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês seja
corrompida e se desvie da sua sincera e
pura devoção a Cristo.” (2 Coríntios 11:3 NVI)

Portanto...

“Estejam vigilantes, mantenham-se firmes na fé, sejam


homens de coragem, sejam fortes. Façam tudo com
amor.” (1 Coríntios 16:13,14 NVI)

50
Parte 2
EMPREENDENDO COM GRAÇA

“Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o en-


tregou por todos nós, como não nos dará juntamente
com ele, e de graça, todas as coisas?”
(Romanos 8:32 NVI)

A dificuldade que nós temos de perceber valor na-


quilo que é gratuito é a dificuldade que nós temos de per-
ceber valor no amor de Deus Pai. Sim, o tesouro nos céus
é gratuito, porque a graça é a linguagem divina do amor,
Ele se sacrificou gratuitamente por nós. Não é barganha,
nem comércio, é dádiva. Ele simplesmente dá a vida para
quem se faz humilde para receber.

51
Isso choca muita gente, choca a maneira escrava
que fomos ensinados a pensar. O escravo precisa “fazer”
para “ter”, mas o filho amado “tem” gratuitamente e por
isso “faz”. A ambição de um filho amado do Criador é uma
só, ser um filho maduro diante dEle. Crescer na consciên-
cia e na compreensão daquilo que ele já tem e de quem
ele já é. Quanto mais um filho de Deus avança nisso mais
fé é gerada e aquilo que ele faz reflete a glória do Pai.
Isso é grandeza aos olhos do Deus verdadeiro. Não
é o quanto construímos na Terra, mas antes de tudo o
quanto Ele constrói dentro de nós. Não tentamos ser a
nossa melhor versão aos nossos próprios olhos, mas ser
a plenitude da nossa versão original, a versão cheia do
Espírito Santo.
Isso simplifica demais as coisas, fomos ensinados
que devemos tratar a vida separadamente – vida espiri-
tual, vida emocional, vida financeira – não, precisamos
apenas sermos cheios desse Espírito que tudo prosperará
ao mesmo tempo.

“Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo, mas


o Espírito procedente de Deus, para que entendamos as
coisas que Deus nos tem dado gratuitamente.”
(1 Coríntios 2:12 NVI)

52
A graça de Deus é maravilhosa porque o Pai não
entrega as coisas de uma maneira desordenada. Quando
queremos acessar do nosso jeito, na nossa ordem de pri-
oridade é quando se instala o caos nas nossas vidas.
Eu aprendi isso com Ele... Quando as crianças lá
em casa pedem algo fora do momento eu digo a eles –
filho, você já tem isso que me pediu, a questão é que esse
ainda não é o momento de deixar isso nas suas mãos, se
eu entregar o que me pediu agora, isso irá te fazer mal,
será distração para você e a nossa amizade será prejudi-
cada – e de fato faz mal quando eles não confiam e aces-
sam através dos avós, dos tios. Da mesma forma acon-
tece quando é com Deus Pai.
Quando acessamos algo fora do momento isso se
torna distração para nós. Por causa da nossa imaturi-
dade, ou seja, por ainda não compreendermos o nível de
importância que a nossa amizade com o Pai deve ter, nos
perdemos naquilo que estamos buscando fora dEle.
Entenda, na maioria das vezes não precisamos de
mais dinheiro ou mais recurso material, na maioria das ve-
zes precisamos de mais direção. Essa é a provisão mais
importante de todas, pois a graça de Deus antes de tudo
é o Espírito, a sabedoria necessária para que entendamos
as coisas que Ele nos tem dado gratuitamente. Conse-
quência da nossa amizade com Ele.

53
54
Capítulo 2.1
O VERDADEIRO DOMÍNIO

“Não foi mediante a lei que Abraão e a sua descendência


receberam a promessa de que ele seria o herdeiro do
mundo, mas mediante a justiça que vem da fé... Por-
tanto, a promessa vem pela fé, para que seja de acordo
com a graça e seja assim garantida a
toda a descendência de Abraão;”
(Romanos 4:13,16 NVI)

Você crê que nasceu para ser filho(a) amado(a) do


Criador como Jesus nos revelou e que essa é a sua iden-
tidade original? Uma vez que nós cremos nisso Ele nos
dá novamente o direito de sermos chamados filhos dEle.

55
“Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu
nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus,”
(João 1:12 NVI)

Um filho de Deus não precisa disputar o seu lugar


ao sol. Ele não está competindo com ninguém porque
está debaixo dAquele que tem o domínio sobre todas as
coisas. Filhos amados do Criador não competem para so-
breviver na Terra, os que vivem em constante competição
são aqueles que ainda vivem como órfãos carentes. É o
próprio Criador que garante a nossa parte da herança e
não há ninguém que possa mudar isso.

“E, se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão


e herdeiros segundo a promessa.”
(Gálatas 3:29 NVI)

Veja, Jesus não conquistou nada na cruz. Ele ape-


nas revelou de quem é o verdadeiro domínio sobre tudo
o que há na Terra, reivindicando das mãos do ladrão
aquilo que já lhe pertencia da parte de Deus Pai e com-
partilhou conosco o caminho para fazer o mesmo.
O Diabo nunca conquistou a Terra. Ele é o pai da
mentira, ele apenas enganou o homem da sua realidade
original como herdeiro, pois a Terra sempre pertenceu e

56
sempre pertencerá ao Criador. O Deus único e verda-
deiro.

“E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do


mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória
para sempre. Amém’”
(Mateus 6:13 NVI)

Portanto, o verdadeiro domínio vem da compreen-


são de quem somos nEle. Autoridade que vem do alto,
concedida pelo próprio Rei do Universo. No mundo dos
negócios, isso significa que não é uma questão de comér-
cio, barganha ou negociação. É uma questão de graça.
Somos herdeiros porque somos filhos e ninguém é filho
porque fez alguma coisa, herança não é algo que se co-
mercializa. É a linguagem do amor do Pai, de como Ele
expressa o Seu amor. E se não há barganha com o Pai
também não deve ter barganha entre os irmãos.
Não é sobre ter clientes, mas sobre ter amigos. No
Reino de Deus, todo produto produzido e todo serviço
prestado é uma questão de família, e irmãos não ficam
tentando dominar uns aos outros. Uma vez que temos
clareza e pensamos da maneira que o Pai pensa, acessa-
mos aquilo que já nos pertence de uma maneira muito
mais saudável. Sem usar de força excessiva e humana,

57
mas sim pelo domínio próprio. Com a mansidão ativada
que produz paz no coração, cultivando relacionamentos
saudáveis, profundos e duradouros.
São os princípios da graça, da filiação, da herança
e da autoridade do Céu em ação. A nobreza da realeza,
como filhos(as) amados(as) do Rei.
Precisamos expulsar do nosso interior todo pensa-
mento órfão carente, precisamos pensar a vida como
quem é amado e herdeiro, como quem já tem e que re-
cebe tudo graciosamente do Pai. Quando Jesus entrou no
templo em Jerusalém e derrubou as mesas Ele estava
sendo firme na preservação das relações do jeito do Pai.
O templo havia virado um centro de comércio, barganha
e negociação, cada um usando da sua força para dominar
o outro, para tirar vantagem do outro.
Não estamos aqui para tirar vantagem de ninguém,
um filho amado não precisa disso. Justiça no Reino de
Deus é bem diferente da justiça dos homens, por isso de-
vemos derrubar todo tipo de pensamento que não esteja
alinhado ao pensamento de Cristo. Hoje nós somos o
templo, nossa relação com Deus não deve ser assim e
isso também se estende aos irmãos. O Pai quer amigos,
não clientes.
Não é sobre comprar aquilo que não temos, nós é
que fomos comprados por Cristo por um alto preço, o

58
preço do Seu sangue e por termos sido comprados por
Ele somos herdeiros do mundo e de tudo o que nele há.
Não existe propriedade particular no Reino de Deus, uma
vez que nos reconciliamos com o Pai, temos o direito de
sermos chamados filhos do dono.

“Vocês foram comprados por alto preço;


não se tornem escravos de homens.”
(1 Coríntios 7:23 NVI)

É assim que a escravidão acontece, nos dizem que


não temos nada, e uma vez que acreditamos nisso, fica-
mos sujeitos aos dominadores do sistema caído desse
mundo.

“Portanto, se o Filho os libertar,


vocês de fato serão livres.”
(João 8:36 NVI)

Quando vamos ao mercado não devemos olhar o


valor descrito como uma questão de acesso e barganha.
É uma questão de pedir e contribuir. Como filhos de Deus
aquele produto já nos pertence. Fazemos o pedido e con-
tribuímos com valor material para que aquele trabalho
continue sendo executado e prospere ainda mais.

59
Ao invés de ficarmos pensando em como podemos
conseguir mais descontos, pensamos em como podemos
contribuir com mais. Mentalidade de abundância e não de
escassez. Amados e não carentes.
Da mesma forma quando somos nós que estamos
oferecendo algum produto ou serviço. O valor que infor-
mamos significa a condição para o acesso como quem
está barganhando? Ou é a contribuição necessária para a
execução e expansão daquele trabalho como quem está
envolvido com uma causa maior?
Entende a diferença? Isso não significa que deve-
mos dar tudo para qualquer pessoa e de qualquer jeito. O
Pai não faz isso conosco. Com discernimento Ele consi-
dera a nossa real necessidade e aquilo que de fato esta-
mos aptos a consumir ou administrar.
Fique atento a qualquer tipo de proposta. Nem
toda proposta vem do Pai, nem tudo aquilo que nos ofe-
recem vem dEle. Fique atento ao espírito embutido na
oferta. Existe graça na oferta? Como será a atitude da ou-
tra pessoa se você porventura falhar? Será punido seve-
ramente “com multas e juros absurdos’? Esse não é o
jeito do Pai.
Clareza é autoridade. Não é o quanto conseguimos
ameaçar, não é o quanto somos violentos, não é o nosso
poder de barganha, de gerar medo ou de fugir, mas o

60
quanto temos clareza sobre o jeito do Pai de pensar. O
Pai não tem compromisso com os nossos próprios meios
de acessar aquilo que é dEle.
A graça se torna um ídolo quando pela falta de
consciência e entendimento do amor e da graça do Pai
usamos a mensagem do favor imerecido para validar os
nossos próprios meios pelos quais alcançamos aquilo
que necessitamos. Dizemos que foi Deus que deu porque
afinal é imerecido, não importa os meios. É justamente
por isso que o dinheiro se tornou um ídolo para muitas
pessoas, ele dá acesso sem discernimento, não é um
deus vivo.
Com o Pai não é assim, Ele quer que sejamos me-
recedores, mas não do nosso jeito. É Ele quem nos torna
dignos da herança como também de usufruirmos dela.

61
62
Capítulo 2.2
DIGNIDADE DIVINA

“dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de partici-


par da herança dos santos no reino da luz.”
(Colossenses 1:12 NVI)

Já está consumado, Cristo nos comprou por alto


preço. Não é sobre o que fazemos ou deixamos de fazer.
É a maneira como Ele pensa. Não é o trabalho que digni-
fica o homem, mas quem o Pai pensa que somos. Ele é
que define a nossa identidade e a nossa dignidade.
Somente o Único que é digno é que pode dignificar
alguém. Conceder acesso e autoridade. E a única forma
de agradá-Lo é confiando nEle, sobre tudo aquilo que Ele
faz e diz.

63
Não somos líderes, empreendedores ou profissio-
nais por si só. Antes de tudo, somos filhos. Aquilo que
fazemos não define quem somos.
Não somos donos da empresa que administramos,
somos filhos do dono. Se isso não está claro para nós
precisamos refletir se realmente foi Ele que confiou esse
negócio ou profissão em “nossas mãos”.
É fundamental que a gente seja cheio do Espírito
da verdade e isso vem de quem pensamos que somos.
Não há como ter total honestidade ou não há como ser-
mos imparciais se a nossa identidade estiver dividida.
Não há como agradar a dois pais ao mesmo
tempo. Não há como ter dois deuses ou dois senhores.
Por que achamos que merecemos algo? A palavra
mérito nunca foi o problema em si, o problema sempre foi
o mal uso dessa palavra. Com humildade ou com orgu-
lho? Como quem é amado ou como quem é escravo?
A pessoa orgulhosa é aquela que se valida como
provedora de si mesma e define seus próprios meios de
acesso àquilo que necessita. Hoje o dinheiro já se tornou
uma expressão disso para muita gente. Se criou a idéia
de que quem tem dinheiro tem direito. Então as pessoas
empreendem ou exercem suas profissões pelo dinheiro e
assim terem acesso ao que desejam.

64
Precisamos ser honestos com o Pai. Aprendemos
a usar o trabalho como uma forma de salvar a nós mes-
mos, do abismo de uma vida sem o amor dEle, o qual
também aprendemos a desconsiderar.

“Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto
não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para
que ninguém se glorie. Porque somos criação de Deus
realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as
quais Deus preparou de antemão para
que nós as praticássemos.”
(Efésios 2:8-10 NVI)

Somente quando isso for ajustado em nosso inte-


rior que todo trabalho na Terra será a expressão dessas
boas obras.
Maturocracia.
Conforme avançamos em maturidade diante dEle
mais merecemos aos olhos do Pai, não tem nada a ver
com orgulho humano é Ele quem nos ensina, a Sua graça.

“Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a to-


dos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e
às paixões mundanas e a viver de maneira sensata,
justa e piedosa nesta era presente,” (Tito 2:11,12 NVI)

65
Ele coloca nas nossas mãos na medida que esta-
mos aptos a administrar, Ele faz prosperar qualquer em-
preendimento ou profissão na medida do nosso entendi-
mento, fruto de um coração ajustado. É natural, cresce
sem fazermos força. Orgânico, saudável e sustentável.

“A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um; a


cada um de acordo com a sua capacidade.
Em seguida partiu de viagem.”
(Mateus 25:15 NVI)

Sim, o melhor o Pai dá primeiro. O melhor é a sa-


bedoria e entendimento. Que sejamos gratos por isso.
Gratidão é usufruir daquilo que foi dado, não é uma dívida.
Revela que somos humildes e que estamos recebemos
aquilo que o Pai está entregando. Ele nos concede o di-
reito como favor, que consequentemente nos torna dig-
nos e merecedores da Sua herança.

"O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você


foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito.
Venha e participe da alegria do seu senhor!’
(Mateus 25:21 NVI)

66
A Sua vontade é perfeita. Sua justiça é superior ao
tipo de justiça dos homens. Justiça é “dar aquilo que é de
direito”. Ele nos dá tudo o que precisamos no Seu Reino
e isso inclui o direito para que a gente receba e comparti-
lhe aos que também tem direito, os nossos irmãos em
Cristo. Isto é, aqueles que já se reconciliaram com o Pai
por meio dEle. Fazemos por graça aos que já se reconci-
liaram e por misericórdia aos que ainda não.
Muitos confundem essa parte. O gratuito não tem
a ver com não receber. Graça está ligado ao espírito com
o qual nós entregamos algo. Ela pode e deve fluir de am-
bos os lados. Tanto no momento de oferecer, quanto no
momento de receber.
É com esse coração e entendimento que devemos
exercer qualquer trabalho na Terra. É para que todos co-
munguem da herança que pertencem a todos.

“Dêem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sa-


cudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida
que usarem, também será usada para medir vocês”.
(Lucas 6:38 NVI)

67
68
Capítulo 2.3
COMPETIÇÃO E CONCORRÊNCIA

“Disse a serpente ... Deus sabe que, no dia em que dele


comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como
Deus, conhecedores do bem e do mal"
(Gênesis 3:4,5 NVI)

Desde pequeno fui ensinado sobre o valor da com-


petição, está presente em todo lugar. Desafios, rivalida-
des, confrontos, todos querendo ser o melhor. O que eu
não sabia era que Satanás foi o primeiro competidor da
história. Ele tentou desafiar o próprio Criador e ainda
mais, nos influenciou a fazer o mesmo.
Foi algo que comecei a perceber conforme essa
dor aumentava dentro de mim. Existe algum problema

69
nessa idéia, isso não é saudável. É desgastante, cansa-
tivo, ficar sempre tramando para ganhar do outro. Foi
quando percebi que fazia a mesma coisa diante do pró-
prio Deus. Eu não O via como Pai, parecia que estava em
luta com Ele o tempo todo, como se eu também fosse um
deus. Tentando provar que o meu próprio conhecimento
do bem e do mal fosse melhor que o Seu conhecimento
do bem e do mal.
Grande tolice.
Veja, competição significa ter como objetivo ser
melhor que o outro. Foi nesse momento que Adão caiu,
quando se encheu de si mesmo, bateu no peito, e pensou.
Eu posso fazer melhor do que Aquele que me criou.
E com orgulho, sem arrependimento algum, ele se-
guiu nesse caminho, validando a si mesmo como seu pró-
prio provedor. E aqui estamos, vivendo a loucura desse
mundo, onde a concorrência é brutal. De fato, é cada um
por si. Vivendo e empreendendo como se não houvesse
ninguém que fosse por nós. Aprendemos a dizer coisas
do tipo – se eu não garantir o meu quem é que vai fazer?
Se não valorizar a mim mesmo quem é que vai me valori-
zar?
Deus Pai não está preocupado com desafios. Ele
não tem essa necessidade de ficar desafiando a gente
para tentar provar que Ele é o melhor. Ele simplesmente é

70
quem Ele é. O Todo-Poderoso. Dele é o Reino, o poder e
a glória para sempre e diante dessa verdade o que Ele
faz? Fica se vangloriando diante de nós para tentar Se va-
lidar ou nos destruir? Ou Ele quer nos ajudar?
Sim, Ele quer nos salvar de nós mesmos, entende?
A maior luta de cada ser humano na Terra é a luta contra
si mesmo. Esse é o maior gigante. O homem valente não
é aquele que tem coragem de desafiar os outros e mostrar
que ele é o melhor. O homem valente é aquele que encara
a si mesmo, seu próprio orgulho e arrogância, aquele que
aprende a reconhecer os seus próprios erros, reconhecer
que foi mal influenciado, reconhecer que aquilo que ele
está construindo é insustentável e que aquilo que ele de-
seja ou pensa de fato não é bom.
Disseram pra Jesus, algo parecido com isso - Je-
sus você é o cara! Você é bom! Ele respondeu:

“Respondeu-lhe Jesus: "Por que você me chama bom?


Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus.”
(Marcos 10:18 NVI)

Quando isso é ajustado em nós, a nossa postura


no empreendedorismo, na liderança e na profissão fica
bem diferente. Se somos melhores em algo o que faremos

71
com isso? É para a nossa própria vanglória, para explo-
rarmos os menores, uma vantagem competitiva ou é para
que a gente sirva ao próximo com aquilo que temos de
melhor?
Jesus é o herói mais incrível que existe. Vai muito
além desses “super-heróis” que propagam por aí nos fil-
mes. Jesus é o tipo de herói que transforma inimigos em
amigos, competidores em colaboradores. Sua missão
não é matar ou destruir os inimigos, mas sim sacrificar a
si mesmo para salvá-los desse mal. Essa é a vontade do
Pai para nós.

“Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu


em nosso favor quando ainda éramos pecadores... Se
quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados
com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais
agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua
vida! Não apenas isso, mas também nos gloriamos em
Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, mediante
quem recebemos agora a reconciliação.”
(Romanos 5:8, 10, 11 NVI)

É nEle que nos gloriamos. Ele não divide a Sua gló-


ria, porque qualquer outro tipo de glória não é boa. O Pai
não quer que a gente destrua a concorrência, mas sim

72
transforme a concorrência em parceria. Somos ensinados
o tempo todo que concorrência é bom porque faz com
que os produtos e serviços fiquem melhores. O que mui-
tos não entendem é que essa dinâmica é insustentável.
Quanto mais “divisão e guerra” entre as organizações
mais desgastante fica o trabalho. A unidade é muito mais
proveitosa e abundante que a divisão, quando todos es-
tão alinhados no mesmo propósito.
Você consegue perceber? O problema mais pro-
fundo é espiritual. Ao invés de concorrermos poderíamos
colaborar uns com os outros para o bem de todos. Con-
tribuir ao invés de destruir, mas para isso precisamos nos
reconciliar com Deus Pai. Precisamos trabalhar com a
consciência de que Ele é por nós. De que o Seu amor é
real, eterno e pleno. Estamos aqui para ser a Sua expres-
são de excelência, bondade e provisão.
A competição é como o câncer na Terra, é a muta-
ção da natureza original do ser humano. Cada ser humano
sadio espiritualmente cresce e se multiplica de forma sau-
dável, ensinando uns aos outros aquilo que é bom.
Quando o homem peca e abandona o amor do Pai pelo
seu próprio amor, é quando ocorre a mutação de natureza
humana. Faz com que ao se proliferar, essa genética órfã

73
carente, cause esse câncer maligno na Terra. Empreendi-
mentos que causam todo tipo de mal no planeta e na vida
das pessoas.

“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; serei exaltado


entre as nações; serei exaltado sobre a terra.”
(Salmos 46:10 NVI)

Precisamos nos submeter ao Pai. Trabalhar com o


Espírito Santo. Filhos amados que tem prazer em fazer a
Sua vontade. Quando buscamos a Sua glória de fato se-
remos destaque em qualquer atividade.
Ser o melhor em algum assunto não é o problema
em si. A questão é o que a gente faz com aquilo que te-
mos de melhor. Tiramos vantagem disso ou usamos para
servir ao próximo?
Aí você pode perguntar: - Mas o que acontece se
me desafiarem?
Nós permanecemos focamos nAquele que é por
nós, já que agora estamos no Seu time. Tudo o que a opo-
sição ou concorrência quer é a nossa atenção. Se ela tem
a sua atenção ela tem você. Foi exatamente isso que
aconteceu com Israel quando os filisteus junto com Golias

74
desafiaram o povo. Os guerreiros de Israel estavam total-
mente focados no gigante, mas Davi tinha outro coração,
ele estava totalmente focado no Pai, o Todo-Poderoso.
Da mesma forma devemos permanecer focados
nEle quando os desafiantes da concorrência tentarem
afrontar. Continue passando tempo com o Pai que Ele lhe
dará toda orientação necessária quando for preciso, as-
sim como deu a Davi que se posicionou no Deus Todo-
Poderoso diante da concorrência.
Você entendeu? Não é uma questão de ficarmos
passivos, mas uma questão de estar do lado do time
certo. O time dAquele que vence para sempre.

“Que diremos, pois, diante dessas coisas?


Se Deus é por nós, quem será contra nós?”
(Romanos 8:31 NVI)

Deus Pai não quer competidores, Ele quer amigos.


Amigos são aqueles que possuem corações alinhados.
Afinidade de valores. Quando a gente aprende a valorizar
a mesma coisa que Ele valoriza estamos em sintonia. E
mais, não precisamos fazer faculdade ou curso de teolo-
gia para conhecê-Lo, precisamos apenas receber o Seu
Filho Jesus como fonte de inspiração. Os verdadeiros

75
amigos de Jesus são aqueles que se reconciliam e desen-
volvem uma amizade com o Pai, os que se livram desse
espírito de competição.
Qualquer empreendimento construído fora da Ro-
cha que é Cristo perecerá. São autodestrutivos. Insusten-
táveis. Portanto, foque a sua atenção nAquele que te cha-
mou para construir algo juntos. Lembre-se, atenção é
adoração. Se você der atenção à referência errada ficará
limitado ao resultado daquela pessoa. Digo isso na ques-
tão espiritual antes de tudo, no tipo de relação que pes-
soas sem o Espírito Santo constroem umas com as ou-
tras, quando o assunto é puramente técnico podemos re-
ter o que é bom porque ferramentas são neutras.
É preciso ter discernimento para não ser confun-
dido. Discernimento é aprender a diferenciar o certo do
quase certo. Ter precisão e clareza da mensagem de
Cristo nos ajuda nesse sentido. Nos faz ter sobriedade di-
ante de qualquer cenário.
Por exemplo, fomos ensinados a ver a Igreja de
Cristo como protestante, no entanto, a verdadeira Igreja
de Cristo nunca esteve atrelada há nenhum tipo de deno-
minação, muito menos à algum nome de religião. O nome
de Jesus é suficiente para definir a Igreja. A verdadeira
Igreja não é franquia, aqueles que de fato receberam o
Espírito de Cristo tem uma relação direta com o Céu, onde

76
o Pai está, vai além de qualquer organização aqui da
Terra. Não existe concorrência para a verdadeira Igreja e
por isso não devemos perder tempo com discussões des-
necessárias. Quanto mais atenção damos, mas validamos
a importância daquilo.
É só você perceber aquilo que tem muito valor en-
tre os homens que você vai perceber aquilo que Deus de-
testa. Competição é um desses valores. Qualquer pai de-
testa ver seus filhos competindo uns com os outros.

“Ele lhes disse: "Vocês são os que se justificam a si mes-


mos aos olhos dos homens, mas Deus conhece os cora-
ções de vocês. Aquilo que tem muito valor entre os ho-
mens é detestável aos olhos de Deus"
(Lucas 16:15 NVI)

Graça é a expressão do verdadeiro amor. Quando


o Pai nos chama para construirmos qualquer empreendi-
mento ou exercermos qualquer tipo de trabalho, Ele de-
seja que a gente faça isso com o Espírito da graça.

77
78
Parte 3
EMPREENDENDO COM CONFIANÇA

"Mas bendito é o homem cuja confiança está no Senhor,


cuja confiança nEle está.”
(Jeremias 17:7 NVI)

Bendito será qualquer trabalho conduzido por


quem confia em Deus Pai. É aquilo que dá prazer para o
Pai, quando os Seus filhos confiam nEle. Sim, podemos
confiar plenamente nEle porque Suas intenções para co-
nosco são realmente boas. Ele não é carente de coisa al-
guma, Ele jamais está fazendo algo para si mesmo, Ele
sempre age para o nosso bem, está sempre pronto a nos
ajudar. É assim na Nova Aliança, se estamos em Cristo

79
estamos debaixo da Sua benção. É sinal de que nos fize-
mos humildes diante dEle, nos abrimos para o Seu amor
e cuidado.

“Bem-aventurados os humildes,
pois eles receberão a terra por herança.”
(Mateus 5:5 NVI)

Isso é incrível, não? Não busque a fama entre os


homens, busque a fama que vem dos Céus. Agrade so-
mente a Ele e Ele o recompensará. Uma vez que nos re-
conciliamos com o Pai por meio de Jesus, somos filhos e
erramos porque somos imaturos, não pecadores. Peca-
dor é aquele que vive em constante inimizade com o Pai,
mas quando voltamos a ser amigos dEle, ou seja, quando
nascemos de novo, saímos da rebelião e voltamos para a
inocência. Erramos por imaturidade, porque ainda não
aprendemos a ver e pensar como Deus Pai, uma forma
totalmente diferente de ver o bem e o mal.

“Provem, e vejam como o Senhor é bom.


Como é feliz o homem que nEle confia!”
(Salmos 34:8 NVI)

80
É muito importante que a gente entenda essa
questão, Deus Pai não está no controle de toda vontade
que há na Terra. Ele tem o domínio sobre todas as coisas
e sabe o jeito bom de viver por aqui, mas Ele espera que
a gente confie nEle e se mova conforme o que Ele nos
ensina. Deus é soberano porque Ele é o único que é bom,
não porque Ele nos obriga a fazer a Sua vontade. Forçar
não é bom. Não é amor. Ele não deixa de ser bom mesmo
que as pessoas não sejam boas com Ele ou como Ele.
Por muito tempo eu questionei alguns cenários nas
organizações em que frequentei trabalhando. Vemos pes-
soas em posições elevadas nas organizações, diretores,
presidentes ou até mesmo sócios que ainda vivem em ini-
mizade com Deus. Pessoas que não se importam com
Cristo ou que possuem uma relação superficial com Ele.
Como pode? Se Deus promete que o Seu povo será co-
locado como cabeça e não cauda?
No entanto, depois de refletir por muito tempo per-
cebi que muitas organizações ou empresas são estrutu-
radas com base em outra referência de sucesso e valor.
Fazendo com que pessoas más ocupem lugares de
honra.
Essa reflexão também me levou a outro ponto.
Quando vemos José sendo elevado à posição de gover-
nador do Egito isso significa que nós não precisamos ser

81
o sócio majoritário ou presidente para ser a maior influên-
cia daquela organização, pois o governo de Deus vai além
daquela estrutura. Ele está acima (nos Céus) e pode trans-
formar toda uma organização teoricamente presidida por
alguém ímpio, mas que na prática é influenciada por al-
guém que tem o Espírito Santo de Deus como José fez no
Egito, trazendo redenção à todos que estão ali partici-
pando ou sendo servidos por meio daquela organização.

82
Capítulo 3.1
UM ASSUNTO PESSOAL

“Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel


depois daqueles dias", declara o Senhor. "Porei minhas
leis em suas mentes e as escreverei em seus corações.
Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo.”
(Hebreus 8:10 NVI)

Na Antiga Aliança, Deus se relacionava com o Seu


povo por meio do contrato, a Lei, onde Ele era o Juiz. Na
Nova Aliança, Deus se relaciona por meio do Espírito
Santo que há no sangue de Jesus, uma relação de ami-
zade entre o Pai e os Seus filhos e filhas, tendo Jesus
como o primogênito.

83
A dinâmica é totalmente diferente. Antes era com
base nas regras do contrato, agora é com base no amor.
Veja, o profissional não é a evolução do pessoal,
mas sim um complemento. Quando o profissional é a evo-
lução, o trabalho fica impessoal. Sendo que o bom envol-
vimento pessoal é a parte mais importante e prazerosa de
toda experiência de trabalho. Como vimos anteriormente,
comércio, barganha, negociação... são práticas nocivas
aos olhos do Pai. Aquilo que Ele confia em nossas mãos
não são para os nossos próprios interesses, mas para o
bom interesse dEle, que os Seus filhos estejam sendo
bem tratados e cuidados. Foi o que Ele disse a Abraão.

“farei de ti uma grande nação, e te abençoarei e engran-


decerei o teu nome. Sê tu uma bênção: abençoarei os
que te abençoarem, e amaldiçoarei aquele que te amaldi-
çoar; por meio de ti serão benditas
todas as famílias da terra.”
(Gênesis 12:2,3 NVI)

Abraão é o pai da fé. Fé é confiança. Todos aqueles


que confiam em Deus. Todos os que creem no nome de
Jesus são descendentes de Abraão e por meio daqueles
que creem, todas as famílias da Terra serão abençoadas,

84
pois vamos usar aquilo que o Pai nos confiou para servir
ao próximo. As boas obras que Ele nos criou para realizar.
Servir com uma intenção pura, cujo interesse é
apenas repartir ou multiplicar aquilo que Ele nos confiou.
O verdadeiro network. Dessa forma, naturalmente Ele vê
que estamos aptos ou maduros o suficiente para entregar
mais em nossas mãos para administrar.

“Aquele que supre a semente ao que semeia e o pão ao


que come, também lhes suprirá e aumentará a semente e
fará crescer os frutos da sua justiça.”
(2 Coríntios 9:10 NVI)

Dinheiro é apenas um recurso, não o fim. O fim é a


comunhão. São os amigos que fazemos. É “sentar-se à
mesa” juntos. Seja oferecendo comida, seja oferecendo
tecnologia, seja oferendo arte, seja oferecendo ensino,
seja oferecendo roupa, qualquer produto ou serviço.

“Quando chegou a hora, Jesus e os seus apóstolos recli-


naram-se à mesa. E disse-lhes: "Desejei ansiosamente
comer esta Páscoa com vocês...”
(Lucas 22:14,15 NVI)

85
O resultado do trabalho de Cristo foi a comunhão.
Um assunto pessoal. O luxo de um filho amado é poder
escolher com quem vai ter comunhão. O órfão carente
vive como um sobrevivente apavorado, qualquer trabalho
serve com qualquer pessoa e de qualquer jeito, ele se per-
mite ser escravizado porque pensa que o mundo é assim
mesmo. É como deve ser, pois ela também escraviza pes-
soas.
No entanto, um filho amado do Criador que está
consciente da realidade de provisão no Seu Reino, esco-
lhe com quem vai ter íntima comunhão. Não faz parceria,
não presta serviço e não oferece o produto para qualquer
um, só porque a outra pessoa tem dinheiro.
Não se venda por dinheiro, isso é o próprio con-
ceito de prostituição, aquilo que você tem de valioso a
troco de dinheiro.
O verdadeiro propósito não é o empreendimento
ou a profissão ou aquilo que fazemos em si, o propósito
é sermos a expressão do Criador com aquilo que faze-
mos. Um fruto que seja de fato saboroso para quem se
alimenta daquilo que você entrega e isso nos inclui tam-
bém, nós também nos alimentamos do fruto do nosso tra-
balho.

86
“Disse Jesus: "A minha comida é fazer a vontade da-
quele que me enviou e concluir a sua obra.”
(João 4:34 NVI)

É quando a nossa alegria se completa.

“Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria


esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa. O
meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como
eu os amei.” (João 15:11,12 NVI)

A responsabilidade de um filho é fazer a vontade


do Pai e confiar que Ele nos suprirá em todas as necessi-
dades. Não é para conquistar o nosso próprio sustento
confiando em nós mesmos, em nossa própria força.

87
88
Capítulo 3.2
RESULTADOS ETERNOS

“Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm;


ela será ricamente recompensada”
(Hebreus 10:35 NVI)

O sucesso dos homens não representa o sucesso


de Deus Pai. Por isso, quanto mais prosperamos num
falso sucesso, mais distante do verdadeiro ficamos, isso
também acontece em qualquer organização.
Como falamos no início deste livro. Aquilo que é
tesouro para nós tem o nosso coração e vai definir a dire-
ção que tomamos na vida. Ser inteligente espiritualmente
é aprender a discernir as nossas intenções. Se consegui-
mos discernir o nosso coração então conseguimos saber

89
se o caminho que estamos seguindo nos conduz ao
eterno ou ao perecível. Um caminho de vida ou um cami-
nho de morte, ou melhor, falência.
Aconteceu comigo, eu prestava serviço para uma
empresa e essa empresa era totalmente orientada pelo
dinheiro. Resultado era sinônimo apenas de faturamento
e lucro. Parece justo, não? Afinal precisamos de recursos
para a empresa continuar avançando e é o dinheiro que
sustenta todas as coisas.
Será mesmo? É o dinheiro que sustenta todas as
coisas, inclusive as empresas? Ou será que existe algo
maior?
É isso que a ilusão faz com a gente. Quando não
temos inteligência espiritual ficamos confusos e acredita-
mos em coisas absurdas.

“Não se vendem dois pardais por uma moedinha? Con-


tudo, nenhum deles cai no chão sem o consentimento
do Pai de vocês. Até os cabelos da cabeça de vocês es-
tão todos contados. Portanto, não tenham medo; vocês
valem mais do que muitos pardais!”
(Mateus 10:29-31 NVI)

Existe um Deus que sustenta todas as coisas e


olha que incrível, Ele é nosso Pai original e nos ama mais

90
que tudo na Sua Criação. É importante lembrar que é Ele
que faz o sol nascer, o vento soprar, a semente brotar da
terra e tudo mais que há na criação. Não é o dinheiro, é o
próprio Criador.

“... Tudo foi criado por Ele e para Ele. E Ele é antes de
todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele.”
(Colossenses 1:16,17 NVI)

Pessoas são movidas por aquilo que valorizam. Se


mover por dinheiro pode até parecer funcionar por um
certo tempo, mas essa é uma dinâmica de vida totalmente
insustentável. O capitalismo é um sistema insustentável.
Certo dia eu acordei lembrando de uma pessoa
que eu havia trabalhado há alguns anos e Ele me mostrou
claramente que eu devia voltar a servir àquelas pessoas
com o que eu tinha em mãos para oferecer. Após alguns
meses trabalhando eu entendi o motivo exato de eu estar
ali. Algumas coisas estavam acontecendo lá dentro e em
um dado momento percebi que só eu estava enxergando
algo, foi quando surgiu a Royalty Deal e a idéia desse livro.
Era um problema espiritual na organização, para
mim era muito claro, mas ninguém conseguia ver ou pelo
menos considerá-lo como problema.

91
Isso acontece bastante, muitas pessoas até perce-
bem que estão doentes, fazem o diagnóstico e conse-
guem identificar a doença. Essa é uma parte importante,
a outra parte igualmente importante é a gente de fato con-
siderar a gravidade da doença. O tipo de estrago que ela
pode causar em nosso corpo se não tratarmos com bas-
tante atenção e compromisso.
Existem muitos casos de empresas, organizações
e até lares que são construídos e conduzidos com valores
invertidos. É o dinheiro que “fala mais alto”. A atenção
está ali. É a prioridade máxima. A gente esquece por
exemplo que antes do dinheiro, qualquer organização é
composta por pessoas. Foi uma pessoa que teve uma
idéia e começou o movimento usando o corpo, a inteli-
gência e os demais recursos concedidos gratuitamente
pelo Pai.
Da mesma forma o Criador com a criação. O Deus
verdadeiro é um Deus pessoal. Do que adianta faturar ou
lucrar muito se isso for às custas das pessoas. Não é so-
bre sacrificar pessoas por dinheiro ou qualquer outra
coisa.
Jesus se sacrificou por nós. E nós nos sacrificamos
pelo próximo porque amamos o Pai e essa é a vontade
dEle.

92
"Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos ou-
tros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos
outros. Com isso todos saberão que vocês são meus dis-
cípulos, se vocês se amarem uns aos outros"
(João 13:34,35 NVI)

Dinheiro é apenas um tipo de recurso. Relaciona-


mentos saudáveis, profundos e verdadeiros com o Cria-
dor e o próximo vale infinitamente mais. Nenhum outro
resultado é maior que esse. São resultados eternos. Te-
souros eternos.

“Por isso, eu lhes digo: usem a riqueza deste mundo ím-


pio para ganhar amigos, de forma que, quando ela aca-
bar, estes os recebam nas moradas eternas.”
(Lucas 16:9 NVI)

Veja, Jesus não está mais aqui fisicamente, mas


nós ainda podemos estar conectados com Ele. Podemos
estar conectados com as palavras que Ele nos ensinou da
parte do Pai, nos encher do Espírito que habitava nEle. A
Sua vida em nós é o resultado do Seu trabalho. O que Ele
fez no seu empreendimento de ensino produziu um im-
pacto eterno na Terra, permanente.

93
Tudo o que a gente cria, constrói ou realiza na
Terra carrega uma mensagem e toda mensagem carrega
um espírito. Não é só o que a gente fala, mas também o
que a gente faz. Estamos sempre comunicando algo. E o
que estamos comunicando sempre alcançará alguém
também espiritualmente. Pessoas serão influenciadas,
muitas nem irão perceber e outras não irão reconhecer,
mas está acontecendo.
Somente aquilo que é verdadeiramente bom, com
verdadeira vida, permanece. Somente aquilo que vem da
parte de Deus. Usar seres humanos por dinheiro, não é
algo bom. Se você cria ou conduz uma empresa somente
para vende-la lá na frente, isso é nocivo e insustentável
para a humanidade. As pessoas são um meio para um fim,
ainda é tudo sobre dinheiro. O dinheiro ainda é a nossa
fonte de provisão. Ainda é um deus para nós.
Jesus nos ensina que há somente uma fonte sufi-
ciente. Deus Pai nos ama plenamente. Se o resultado que
se busca com esse trabalho não é ser a expressão dEle
na Terra então os trabalhos e os resultados serão perecí-
veis. Pessoas serão sacrificadas para o nosso próprio be-
nefício, ou melhor para a nossa própria destruição, por-
que sacrificar pessoas para satisfazer nossas próprias ne-
cessidades não é um benefício verdadeiro.

94
“Nenhum servo pode servir a dois senhores; pois odiará
a um e amará ao outro, ou se dedicará a um e despre-
zará ao outro. Vocês não podem servir a
Deus e ao dinheiro.”
(Lucas 16:13 NVI)

Não há nada mais abundante e equilibrado que o


Reino de Deus. A verdadeira prosperidade está total-
mente conectada ao verdadeiro sucesso. Prosperar num
falso sucesso, não é prosperar. Podemos até contabilizar
o faturamento, o lucro, mas o indicativo de resultado pre-
cisa ser outro. Que tipo de relacionamento a empresa está
cultivando dentro e fora das organizações, estamos real-
mente cuidando do planeta que o Pai criou pra gente ha-
bitar juntamente com Ele?
Mesmo que demore mais. Mesmo que leve mais
tempo para o trabalho alcançar mais pessoas. O compro-
misso de quem é filho(a) amado(a) do Rei é estar alinhado
à Sua boa, perfeita e agradável vontade. Se o nosso ne-
gócio não for esse, então precisamos nos aquietar e pas-
sar mais tempo a sós com Ele.
Veja, se a moeda do país onde você mora passar a
não valer mais nada, o que sobra? Como ficaria a em-
presa que você administra se isso acontecesse?

95
O descanso que Cristo tem para nós não é uma
questão de que tudo acontecerá de maneira fácil, mas o
descanso na certeza de que maior é o que está em nós e
que todo trabalho sob a direção do Pai nunca será em
vão.

“Graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso


Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, se-
jam firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do
Senhor, sabendo que, no Senhor,
o trabalho de vocês não é vão.”
(1 Coríntios 15:57,58 NVI)

Uma vez, uma pessoa para quem eu prestava ser-


viço me confrontou com bastante confiança. Guilherme,
o negócio é o trabalho duro, apenas trabalhe duro que a
coisa acontece. Eu entendo, sei da importância do traba-
lho duro, Jesus trabalhava duro. Estamos aqui para fruti-
ficar bastante. No entanto, qual tipo de fruto estamos
dando? Trabalho duro sem direção é trabalho em vão.
Quando temos orgulho do nosso trabalho duro isso já é
sinal de que estamos realizando algo perecível. Sem hu-
mildade e mansidão, sem buscarmos a direção do Pai,
tudo é em vão.

96
Não importa o tamanho do empreendimento. Até
mesmo impérios que já existiram na história, que foram
construídos com bastante trabalho duro, hoje já não exis-
tem mais. Onde está a glória de todo esse trabalho? Cadê
o resultado de tudo o que foi construído?
Isso mesmo, nações também são empreendimen-
tos no qual muito trabalho é empenhado. O Reino de
Deus é um empreendimento eterno que Jesus já estabe-
leceu e nós podemos fazer parte disso com aquilo que
realizamos. Podemos alinhar nossos trabalhos ao Reino
do Criador, podemos desenvolver negócios como fi-
lhos(as) amados(as) do Rei do Universo. O impacto do ne-
gócio da realeza permanece para sempre e para isso pre-
cisamos nos encher de algo. Do Seu amor, da Sua graça
que nos leva à um lugar de confiança nEle.
Não trabalhamos para sobreviver, trabalhamos
para revelar a glória do Pai. Não fazemos para ter como
quem é escravo, fazemos porque temos, como quem é
filho(a) do Rei.

“Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica


é como um homem prudente que construiu a sua casa
sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, so-
praram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não
caiu, porque tinha seus alicerces na rocha. Mas quem

97
ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um
insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a
chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e de-
ram contra aquela casa, e ela caiu.
E foi grande a sua queda".
(Mateus 7:24-27 NVI)

O Pai quer satisfazer os desejos do nosso coração,


mas não é do nosso jeito. Desejamos que as nossas ne-
cessidades sejam supridas, mas não é do nosso jeito.
Não como órfãos carentes, mas como filhos amados. O
jeito dEle é muito melhor. Precisamos confiar nEle, tendo
prazer em viver conforme Ele no ensina.
Estamos aqui para a Sua imagem. Esse é o verda-
deiro sucesso, refletir na Terra a glória do Seu amor por
todos nós. Servindo uns aos outros da maneira como Ele
nos serviu. Esse é o caminho para a felicidade eterna.
Felicidade é alcançar qualquer tipo de objetivo. Po-
demos ser felizes com qualquer coisa, vai depender de
qual tesouro estamos buscando. Existem felicidades pe-
recíveis e uma felicidade eterna. Se o sucesso que esta-
mos buscando é eterno, então nossa felicidade irá durar
para sempre.

98
Existe uma recompensa em ser um filho(a) ma-
duro(a) diante de Deus Pai. Ele recompensa aqueles que
buscam ser feitos conforme a Sua imagem.
A verdadeira liberdade consiste em ter e desfrutar
de um tesouro que não pode ser conquistado e nem per-
dido. Um tesouro que nos supre em todos os aspectos da
vida, o qual acessamos gratuitamente, por meio da fé. O
“custo” desse tesouro é renunciarmos ao nosso orgulho,
que a gente acha que vale alguma coisa, mas que na re-
alidade não vale nada.

99
100
Capítulo 3.3
EMPREENDEDORISMO PLENO

“Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não


se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu
Deus, estará com você por onde você andar”
(Josué 1:9 NVI)

Que sejamos valentes! A verdadeira luta está den-


tro de nós. Todos nós precisamos reaprender a viver, ou
reaprender a empreender. O quanto antes a gente apren-
der menor será o trabalho em vão, menor o impacto da
vida na Terra e melhor será a experiência.

101
A prosperidade começa dentro de nós. Uma pes-
soa totalmente avivada é uma pessoa totalmente consci-
ente da realidade do amor e da graça de Deus Pai. É
quando passamos da morte para a vida.

“Sabemos que já passamos da morte para a vida


porque amamos nossos irmãos.
Quem não ama permanece na morte.”
(1 João 3:14 NVI)

Um esforço é necessário da nossa parte, o esforço


do aprendizado. De desenvolvermos o hábito de passar
tempo com o Pai, de estarmos atentos e vigilantes com
relação aos enganos que estão por toda parte. Jejum e
oração significam foco e relacionamento. Algo que inicial-
mente é contraintuitivo, mas que com o tempo passa a
ser natural e passamos a ter prazer.

“pois todo aquele que entra no descanso de Deus, tam-


bém descansa das suas obras, como Deus descansou
das suas. Portanto, esforcemo-nos por entrar nesse des-
canso, para que ninguém venha a cair, seguindo aquele
exemplo de desobediência.”
(Hebreus 4:10,11 NVI)

102
Um coração saudável é a nossa imunidade espiri-
tual. Nós só conseguimos permanecer conectados ao Pai
se a nossa expectativa do provisão permanecer nEle, em
tudo na vida. Isso é buscarmos o Seu Reino em primeiro
lugar e Ele tem uma direção específica para o dia que se
chama hoje. Multiplique aquilo que Ele já colocou nas
“suas mãos”, aquilo que Ele já confiou a você. Seja um
talento, uma habilidade, a capacidade criativa, a energia,
o corpo que Ele já te deu. Utilize para servir ao próximo,
repartir, pois isso é buscar a justiça do Reino.
Graça e misericórdia para com os irmãos. Faça
isso e todas as demais coisas serão acrescentadas no
momento certo, na medida certa para o bem de todos.
Busque direção, passe tempo refletindo, mas não
deixe de fazer. O mar não vai abrir antes de você confiar
e agir. É somente enquanto a gente anda, enquanto a
gente confia, que o mar se abre e a gente veja qualquer
tipo de milagre acontecer. Empreender, liderar ou exercer
qualquer profissão pela fé implica em confiar que no ca-
minho a provisão acontece.

“Disse então o Senhor a Moisés: "Por que você está cla-


mando a mim? Diga aos israelitas que sigam avante.
Erga a sua vara e estenda a mão sobre o mar, e as águas

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se dividirão para que os israelitas atravessem o mar em
terra seca.”
(Êxodo 14:15,16 NVI)

Todo mundo é radical naquilo que de fato acredita.


Seja radical como Jesus que confia que o amor do Pai é
suficiente para suprir cada uma das suas necessidades.
Dessa forma tudo aquilo que você for construir ou liderar,
inclusive a sua casa, será abençoado com plenitude de
bençãos.
NEle somos livres de toda insatisfação. NEle so-
mos preenchidos plenamente. Um Reino onde há verda-
deira paz, justiça e alegria.

“Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus


verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”
(João 17:3 NVI)

A vida eterna é uma vida que nós aprendemos a


viver. Conhecê-Lo e torná-Lo conhecido.
Totalmente pessoal.
Nós nascemos para brilhar, não para acumular.
Brilhamos quando não escondemos a luz, quando repar-
timos aquilo que Ele confia em nossas mãos. A proporção

104
do quanto acumulamos é a proporção da nossa consci-
ência de escassez. Somente quando vivemos como um
rio é que existe vida e a água fica cristalina, quando temos
clareza do que estamos vivendo.
Somente quando estamos plenos da consciência
da Sua provisão é que estamos dispostos a entregar a
nossa vida em favor dos irmãos, em favor da expansão
do maravilhoso Reino do amor do nosso Pai. Nossa vida
não se limita apenas a este corpo físico, temos a pro-
messa de um corpo glorificado, faz parte da nossa he-
rança.
Em Cristo não há mais condenação alguma. Você
e eu não estamos condenados a qualquer tipo de mal há-
bito. O amor de Deus Pai é Todo-Poderoso, Ele pode
ajustar qualquer coisa em nós.

“Portanto, agora já não há condenação para os que es-


tão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a
lei do Espírito de vida me libertou da lei do
pecado e da morte.”
(Romanos 8:1,2 NVI)

O amor dEle nunca falha porque não há carência


no Seu amor. Se algo não está acontecendo como Ele
promete certamente é porque algo precisa ser ajustado

105
em nós, precisamos nos esvaziar mais de nós mesmos,
como Jesus.

“Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas


humildemente considerem os outros superiores a si mes-
mos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses,
mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de
vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo
Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a
que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo
a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E,
sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si
mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! Por
isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome
que está acima de todo nome,”
(Filipenses 2:3-9 NVI)

Não há nada a perder. O amor do Pai não se


perde. Nada nos separará do Seu amor.

“Pois estou convencido de que nem morte nem vida,


nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro,
nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade,
nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos

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separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus,
nosso Senhor.”
(Romanos 8:38,39 NVI)

Uma vez que a gente volta para o Pai Ele ressigni-


fica toda a nossa história e a gente consegue olhar para
trás e aprender com tudo o que a gente já viveu mesmo
quando ainda éramos inimigos dEle. A gente passa a en-
tender todo o nosso passado e se apropriar das lições.
Um filho amado de Deus, que guarda o coração
dos falsos tesouros, não vive retrocessos. Ele está sem-
pre avançando em maturidade.

“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem


daqueles que o amam, dos que foram chamados
de acordo com o seu propósito.”
(Romanos 8:28 NVI)

Enquanto as circunstâncias ameaçam e abalam a


trajetória daqueles que buscam por tesouros perecíveis,
todas as coisas cooperam para o bem daqueles que bus-
cam pelo tesouro eterno. A maturidade necessária para
desfrutarmos plenamente da realidade do amor de Deus
Pai aqui mesmo nessa Terra.

107
Se aceitamos o Seu ensino é sinal de que verda-
deiramente nos reconciliamos com Ele.
Essa é a diferença entre um filho imaturo e um filho
rebelde. O filho imaturo quando é corrigido em amor pelo
Pai com a vara da verdade, permanece na Sua presença.
Mesmo que fique triste ou até mesmo irritado. No entanto,
o filho rebelde uma vez que é corrigido com a vara da ver-
dade, mesmo em amor, abandona a relação e vira as cos-
tas para Ele.

“Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são des-


truídos, mas dos que crêem e são salvos.”
(Hebreus 10:39 NVI)

Precisamos reprogramar a nossa língua, prestar


bastante atenção às nossas próprias palavras, quando fa-
ladas de maneira espontânea ela revela claramente como
ainda pensamos. Isso é importante não para que a gente
se sinta mais culpado ou com medo, mas como uma
forma de se perceber e pedir ao Pai para nos ajudar.
Outra forma de se perceber é quando as circuns-
tâncias nos “espremem” de alguma maneira. Preste aten-
ção no “tipo de suco” que está saindo, isso revela aquilo
que ainda está presente em nós. Lembre-se, o Espírito é
o poder de Deus para nos transformar em qualquer mau

108
desejo, pensamento, emoção e ação. É o poder dEle atu-
ando em nós, um poder divino de transformação. Em
Cristo já não há mais qualquer tipo de condenação nesse
sentido.

“Pois o pecado não os dominará, porque vocês não es-


tão debaixo da lei, mas debaixo da graça.”
(Romanos 6:14 NVI)

Você lembra? Não é mais uma relação contratual


entre nós e o Juiz, é uma amizade entre Pai e filhos(as).
Uma relação baseada no amor, na graça e na confiança,
esse é o Espírito, os três precisam funcionar juntos.

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;”


(Efésios 5:1 NVI)

É assim que andaremos sobre as águas na prática.


Fazendo aquilo que Ele nos orienta a fazer por meio do
Espírito que Jesus nos inspira, mesmo diante de grandes
tempestades.

“Venha o teu Reino, seja feita a Tua vontade, assim na


Terra como no Céu; ... porque Teu é o Reino, e o Poder,
e a Glória, para sempre. Amém.” (Mateus 6:10,13 NVI)

109
É confiando no Seu amor e na palavra da Sua graça
que vamos glorificar o Pai na Terra, o Rei do Universo.

"... façam tudo para a glória de Deus Pai."


(1 Coríntios 10:31 NVI)

Esse é o negócio da realeza.

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SOBRE O AUTOR

Guilherme Siqueira é um filho amado do Criador que tem


como único objetivo de vida cultivar e guardar a sua ami-
zade com Deus Pai por meio de Cristo, com o intuito de
viver a vida que foi preparada para ele antes da fundação
do mundo. Guilherme e sua esposa, Suellen Siqueira,
têm dois filhos e nasceram na cidade do Rio de Janeiro.

Site – www.guilhermesiqueira.com.br
E-mail – guilhermesiqueiracontato@gmail.com
Instagram – guilhermesiqueirarj

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CONTRIBUIÇÃO

Estou muito feliz por chegarmos até aqui juntos.


Espero que este conteúdo tenha tocado a sua vida pro-
fundamente da mesma forma que tocou a minha. Esse é
só o começo!
Contribuição para os(as) filhos(as) do Rei é uma
questão de honra, justiça e responsabilidade. Se o Pai co-
locou no seu coração o desejo de contribuir em favor da
propagação dessa mensagem não deixe de fazer. Sua
contribuição fará com que mais pessoas despertem para
essa realidade expandindo assim a influência do Reino de
Deus sobre a Terra, é só acessar este link.

www.royaltydeal.com.br/contribuicao

Até breve!
Guilherme Siqueira

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