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1 REVIEW

2 João Victor Campelo Real Martins

3 Modelagem na Radiografia Digital

4 João Victor Campelo Real Martins

7 Bel. em Física de Materiais, Escola Politécnica de Pernambuco, Universidade de Pernambuco,

8 Recife, PE, Brasil

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13 Abstract: Radiography is widely used in the diagnosis and monitoring of patients with bone

14 fractures, tumors and various diseases. The image in radiography is generated using X-rays, a

15 high-energy ionizing electromagnetic radiation capable of penetrating the human body.

16 Purpose: Analyze modeling technology in digital radiography.

17 Patients and methods: An integrative literature review was carried out using scientific articles

18 published in English in the PubMed and IEEE Xplore databases, published between 2018 and

19 2022.

20 Results: In radiographic equipment, X-rays are generated by a vacuum tube, and while in

21 conventional radiography (CR) the analog image is generated on film, in digital radiography (DR)

22 the digital image is generated on a computer. In a model of image formation in DR, five stages

23 can be considered: (i) production of the X-rays, (ii) transmission of the X-ray photons through the

24 patient's body, (iii) detection of the refracted photons and digital coding of information, (iv) post-

25 acquisition computer processing, and (v) display of the image of the patient's body. Of these five

26 stages, only two ((iii) and (iv)) are digital, so there are still analog stages in the digital image. In

27 DR, the digital image can be instantly produced, deleted, modified and then sent to a computer

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28 network. The DR device converts the incident X-rays into electrical signals that are sent to a Thin

29 Film Transistor (TFF) board. The TFF has a matrix of pixels with a high level of sensitivity to

30 electrical signals, identifying the intensity of the charges and generating information for the

31 computer which models and generates the digital image via software. The radiographic image

32 has a gray scale, so that the lighter image is the denser structure, where the X-rays have been

33 minimally refracted; and in the darker image the structure is less dense, where there has been

34 high penetration and refraction of the X-rays by the patient's body. In CR, X-rays interact with

35 silver halide crystals on a film, on which the radiographic image is generated. DR has advantages

36 over CR, being faster, with greater spatial resolution, instantaneous adjustments via software to

37 the images obtained and greater diagnostic accuracy.

38 Conclusion: The development of X-ray detectors and sources, combined with increased

39 computing power and the use of artificial intelligence, now makes it possible to obtain RD with

40 results that were previously unthinkable in terms of image quality and spatial resolution.

41 Keywords: Clinical Biophysics, Radiography, Technology.

42 Introduction

43 As radiografias são o ponto de partida para o diagnóstico de uma variedade de situações

44 clínicas. As vantagens claras são a fácil disponibilidade, o baixo custo, o fato de não serem

45 invasivas, a familiaridade com os profissionais da área médica, a relativa inocuidade e o rápido

46 tempo de obtenção de imagens. Combinando isso com a excelente resolução e contraste, não é

47 difícil entender o papel fundamental das radiografias na área médica4.

48 Existem algumas vantagens em se usar a radiografia digital (RD) em detrimento a

49 radiografia computadorizada (RC), como uma maior resolução possível, geração instantânea das

50 imagens, edição e tratamento de imagem via software, contraste mais acentuado e pode-se

51 obter maior precisão nos diagnósticos6. O desenvolvimento de novos detectores e novas fontes

52 de raios X, combinados com com o aumento da capacidade de computação, possibilitaram a

53 obtenção de resultados antes impensáveis em termos de qualidade de imagem e resolução

54 espacial (MORIGI, 2022). Com o desenvolvimento da computação, a modelagem de imagens

55 permitiu uma maior complexidade das estruturas observadas nas imagens geradas, e uma

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56 análise mais profunda da formação de imagens na RD é de extrema importância para o avanço

57 tecnológico na radiografia, o que beneficia a área da saúde como um todo.

58 Material and methods

59 Foi realizada revisão integrativa da literatura, com o emprego de artigos científicos publicados
60 em inglês nas bases de dados PubMed e IEEE Xplore, publicados no período de 2018 à 2022.
61 Para critério de busca foram utilizados as palavras-chave: digital radiography, computed
62 radiography e image modeling, utilizando uma pesquisa avançada com o buscador booleano
63 aspas. A preferência foi dada para revisões integrativas da literatura, pois contém mais
64 informações e fontes úteis para a pesquisa em questão.

65 Results

66 Nos equipamentos radiográficos os raios-X são gerados por um tubo de vácuo, e enquanto na

67 radiografia convencional (RC) a imagem analógica é gerada em filme, na radiografia digital (RD)

68 a imagem digital é gerada no computador. Em um modelo de formação da imagem na RD

69 podem ser consideradas cinco etapas: (i) produção dos raios-X, (ii) transmissão dos fótons de

70 raios-X através do corpo do paciente, (iii) detecção dos fótons refratados e codificação digital de

71 informações, (iv) processamento computacional pós-aquisição, e (v) exibição da imagem do

72 corpo do paciente. Destas cinco etapas, apenas duas ((iii) e (iv)) são digitais e, portanto, na

73 imagem digital ainda há etapas analógicas.

74 Na RD a imagem digital pode ser instantaneamente produzida, excluída, modificada e

75 posteriormente enviada para uma rede de computadores. O aparelho de RD converte os raios-X

76 incidentes em sinais elétricos que são enviados para uma placa de Transistor de Filme Fino

77 (TFF). O TFF apresenta uma matriz de pixels com alto nível de sensibilidade aos sinais elétricos,

78 sendo identificada a intensidade das cargas e gerada informação para o computador que modela

79 e gera a imagem digital via software. A imagem radiográfica apresenta uma escala de cinza, de

80 modo que a imagem mais clara é a estrutura mais densa, onde os raios-X foram minimamente

81 refratados; e na imagem mais escura a estrutura é menos densa, onde houve elevada

82 penetração e refração dos raios-X pelo corpo do paciente. Na RC há a interação dos raios-X com

83 cristais de haleto de prata em um filme, no qual é gerada a imagem radiográfica. A RD apresenta

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84 vantagens em relação à RC, sendo mais rápida, com uma maior resolução espacial, ajustes

85 instantâneos via software nas imagens obtidas e maior precisão diagnóstica.

86 A radiação de raios X é uma forma penetrante de radiação eletromagnética de alta

87 energia. Na etapa I, nas máquinas radiográficas, a radiação é gerada por um tubo de raios X, e

88 como em qualquer tubo de vácuo, há um cátodo, que emite elétrons no vácuo, e um ânodo para

89 coletar os elétrons, estabelecendo assim um fluxo de corrente elétrica, conhecido como feixe,

90 através do tubo. Uma fonte de energia de alta tensão, por exemplo, de 30 a 150 quilovolts (kV) 1.

91 O espectro de raios X depende do material do ânodo e da tensão de aceleração. Os elétrons do

92 cátodo colidem com o material do ânodo, geralmente tungstênio, molibdênio ou cobre, e

93 aceleram outros elétrons, íons e núcleos dentro do material do ânodo. Cerca de 10% da energia

94 gerada é emitida/irradiada, geralmente perpendicular ao caminho do feixe de elétrons, como

95 raios X, que atravessam o corpo do paciente que depois são obtidos pelo aparelho, constituindo

96 a etapa II. O restante da energia é liberado como raios X. O restante da energia é liberado como

97 calor1.

98 O equipamento de raios X deve ser calibrado para produzir com precisão a tensão, a

99 carga e o tempo de exposição desejados. Isso precisa ser verificado com frequência para

100 garantir a dose correta de radiação. O filme é composto de uma supercamada protetora de

101 gelatina endurecida, emulsão raiosensitiva de grãos de haleto de prata radiossensíveis

102 suspensos na gelatina e uma camada adesiva como base do filme 4.Os sistemas RC usam telas

103 de fósforo fotoestimuláveis que, após a irradiação, armazenam uma imagem latente, que pode

104 ser lida como luz de luminescência ponto a ponto usando um feixe de laser de varredura, que é

105 digitalizado por meio de um aparelho depois que o filme é finalizado7. A RD é uma forma

106 avançada de inspeção por raios X que produz uma imagem radiográfica digital instantaneamente

107 em um computador. Essa técnica usa painéis de detecção sensíveis aos raios X para capturar

108 dados durante o exame do objeto, que são imediatamente transferidos para um computador sem

109 o uso de um filme radiográfico, o que consiste na etapa III, que é digital. A radiação de raios X

110 incidente é convertida em uma carga elétrica equivalente e, em seguida, em uma imagem digital

111 por meio de um sensor detector8. Detectores de painel plano baseados em silício amorfo,

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112 matrizes ativas de leitura foram introduzidos para para geração de imagens radiográficas em

113 1997 e tiveram uma rápida aceitação clínica, apesar de seus custos bastante elevados7.

114 Os detectores de painel plano existem basicamente em duas variantes diferentes, uma

115 usando um fotocondutor (selênio) e a outra usando um material cintilador (iodeto de césio ou

116 oxissulfeto de gadolínio) como camada de conversão. Existem dois tipos de aparelhos na RD

117 que se diferenciam pelo tipo de conversão dos raios X incidentes: conversão direta (CD) e

118 conversão indireta (CI). Os conversores diretos e indiretos são fabricados como detectores de

119 tela plana de matriz ativa contendo elementos de detecção/armazenamento, elementos de

120 comutação (diodos ou TFF) e módulo de processamento de imagem. Na CI, uma camada de

121 fósforo é colocada em contato íntimo com uma matriz ativa. A intensidade da luz emitida de um

122 determinado local do fósforo é uma medida da intensidade do feixe de raios X incidente na

123 superfície do detector naquele ponto. Cada pixel na matriz ativa tem um elemento fotossensível

124 que gera uma carga elétrica cuja magnitude é proporcional à intensidade da luz emitida pelo

125 fósforo na região próxima ao pixel. Essa carga é armazenada no pixel até que a matriz ativa seja

126 lida8.

127 Na CD, o fotocondutor é o elemento sensor que converte o raio X recebido em carga.

128 Um capacitor de armazenamento de carga simples é um elemento de armazenamento que

129 requer apenas camadas metálicas ou dielétricas. O capacitor de armazenamento é conectado

130 eletricamente ao fotocondutor sobreposto no eletrodo do pixel8. Entretanto, esses nomes são

131 apenas descritivos e não implicam, por si só, em vantagens ou desvantagens na eficiência da

132 geração de imagens. Na verdade, as características de desempenho em termos de definição e

133 resolução não mostram diferenças características para detectores diretos (selênio) e indiretos

134 (iodeto de césio) disponíveis comercialmente7. Após a conversão dos raios X, as cargas elétricas

135 convertidas pela matriz ativa são então enviadas para um TFF que converte, por meio de uma

136 matriz de pixels, em sinal digital, onde um software que compila e organiza os pixels para formar

137 a imagem. As variações nos deslocamentos eletrônicos e de pixel são corrigidas usando

138 imagens de campo escuro adquiridas sem exposição a raios X. As variações da sensibilidade do

139 pixel e do ganho eletrônico são corrigidas usando imagens de campo de inundação obtidas com

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140 uma intensidade constante de exposição a raios X em toda a área do detector. Os desvios

141 medidos da sensibilidade do pixel são extremamente pequenos, mesmo durante longos períodos

142 de tempo, portanto, a aquisição de dados de campo de inundação não é necessária com a

143 mesma frequência da correção de deslocamento8.

144 Discussion

145 A transição da RC para a RD na medicina diagnóstica é uma evolução natural e necessária. A

146 RD oferece uma série de vantagens que não só melhoram a qualidade dos diagnósticos, mas

147 também tornam o processo mais eficiente. A capacidade de ajustar as imagens após a aquisição

148 permite que os médicos enfatizem ou realcem áreas específicas de interesse, auxiliando na

149 detecção de patologias.

150 Outro ponto importante a ser considerado é a eliminação do uso de filmes radiográficos

151 na RD. Isso não apenas reduz o desperdício de recursos, como também é mais amigável ao

152 meio ambiente. Além disso, a capacidade de armazenar imagens digitalmente facilita o

153 compartilhamento rápido e seguro de informações médicas entre profissionais de saúde e

154 instituições.A escolha entre detectores de CD e CI deve ser baseada em considerações práticas

155 e de custo, uma vez que ambas as tecnologias oferecem desempenho semelhante. No entanto,

156 a constante evolução da tecnologia pode trazer inovações que podem tornar uma opção mais

157 vantajosa do que a outra em determinadas circunstâncias.

158 Conclusion

159 A transição da radiografia convencional para a radiografia digital representa um avanço

160 significativo na medicina diagnóstica, oferecendo vantagens como rapidez, precisão diagnóstica

161 aprimorada e maior flexibilidade no processamento de imagens. Além disso, o contínuo

162 desenvolvimento de detectores, fontes de raios-X e o uso de inteligência artificial estão

163 impulsionando a qualidade das imagens radiográficas a níveis sem precedentes. A combinação

164 dessas tecnologias está redefinindo os padrões na prática médica, tornando-a mais eficiente e

165 precisa do que nunca. A radiografia digital exemplifica como a inovação tecnológica pode

166 revolucionar a medicina, elevando-a a um novo patamar de excelência.

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186 Abbreviations: RD, Radiografia Digital; RC, Radiografia Computadorizada; TFF, Transistor de

187 Filme Fino; CD, Conversão Direta; CI, Conversão Indireta;

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195 Figure 1:

197 Ambas as figuras são uma radiografia de tórax em posteroanterior. A da esquerda é uma RC e a

198 da direita uma RD. (Häggström M, 2017)

199 Figure 2:

200 Diagrama esquemático de um sistema de radiografia digital. (Rowlands JA. 1997)

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202 Figure 3:

203 Conversão direta e indireta

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205 Figura 4:

206 Software de geração e edição de imagem de uma radriografia digital ortodôntica

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210 Figura 5:

211 Software de edição e obtenção de radiografia digitais. (Bator A. 2019)

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