Professional Documents
Culture Documents
Epífitos Vasculares No Parque Nacional Do Iguaçu, Paraná (Brasil) - Levantamento Preliminar
Epífitos Vasculares No Parque Nacional Do Iguaçu, Paraná (Brasil) - Levantamento Preliminar
Epífitos vasculares no
Parque Nacional do
Iguaçu, Paraná (Brasil).
Levantamento preliminar
PRODUCTION
Database consultant: Guillermo GONZÁLEZ GARCÍA
Typesetting: Ambrosio VALTAJEROS POBAR, Ulpiano SOUTO MANDELOS
Screen operators: Samuel FARENA SUBENULLS, Emilio NESTARES SANTAINÉS
Preprinting: Sonja MALDÍ RESTREPO, Demetrio ONCALA VILLARRASO
DISTRIBUTION
Postal distribution: contact the editor
Mail for electronic distribution: Fontqueria@yahoo.com
EDITOR
ISSN: 0212-0623
Depósito legal: M-29282-1982
Fq55(51).qxp 06/02/2007 22:37 PÆgina 415
INTRODUÇÃO
Uma das mais importantes associações entre espécies vegetais é o epifitismo, que pro-
move a interação entre indivíduos com diferentes formas crescimento, onde a árvore
hospedeira (forófito) disponibiliza sua estrutura morfológica para o desenvolvimento de
outras formas de vida sobre si –no caso os epífitos– sem haver dependência fisiológica
no processo. O epifitismo viabiliza o enriquecimento da diversidade nas florestas, pro-
piciando a ocupação dos diferentes estratos da floresta, criando ambientes passíveis à
manutenção da vida não dependentes exclusiva ou diretamente do solo.
Embora ainda pouco explorado no Brasil, tanto em aspectos florísticos quanto ecoló-
gicos, o epifitismo vascular certamente segue a tendência mundial, onde estimativas
indicam que cerca de 10% das espécies de plantas existentes são epífitas, D. H. BENZING
Fq55(51).qxp 06/02/2007 22:37 PÆgina 416
5ºN
0º
5ºS
10ºS
15ºS
20ºS
25ºS
MAPA 1
30ºS
Localização do Parque Nacional
do Iguaçu (quadrado), e das outras
localidades da tabela 2 (círculos)
40ºW 35ºW
TABELA I
Relação das famílias e espécies epifíticas verificadas na área do Parque Nacional do
Iguaçu, com suas respectivas categorias ecológicas
ANE: anemocoria. AUT: autocoria. CAN: cantarofilia. ENZ: endozoocoria. EPZ: epizoocoria. ESP: esporo-
coria. HLC: holoepífito característico. HLF: holoepífito facultativo. HMP: hemiepífito primário. HMS:
hemiepífito secundário. MEL: melitofilia. MIO: miofilia. NID: não identificada. ORN: ornitofilia. POG:
pogonocoria. QUI: quiropterofilia. SIN: sinzoocoria).
Familia
Espécie Categ. ecológ. Polinização Dispersão
MAGNOLIOPHYTA, MAGNOLIOPSIDA
Cactaceæ
Epiphyllum phyllanthus (Linnaeus) Haworth HLC QUI ENZ
Lepismium cruciforme (Velloso) Miquel HLC MEL ENZ
Lepismium Warmingianum (K. Schumann) Barthlott HLC MEL ENZ
Rhipsalis penduliflora N. E. Brown HLC MEL ENZ
Rhipsalis cereuscula Haworth HLC MEL ENZ
Gesneriaceæ
Sinningia Sellowii (Martius) Wiehler HLC ORN AUT
Moraceæ
Ficus luschnathiana (Miquel) Miquel HMP MEL ENZ
Piperaceæ
Peperomia barbarana De Candolle HLC NID EPZ
Peperomia blanda var. pseudo-dindygulensis
(De Candolle) Yuncker HLC NID EPZ
Peperomia Dahlstedtii De Candolle HLC NID EPZ
Peperomia ibiramana Yuncker HLC NID EPZ
Peperomia psylostachya De Candolle HLC NID EPZ
Peperomia renifolia Dahlstedt HLC NID EPZ
Peperomia rupestris var. cordifolia Wawra HLC NID EPZ
Peperomia rotundifolia (Linnaeus) Kunth HLC NID EPZ
MAGNOLIOPHYTA, LILIOPSIDA
Araceæ
Anthurium Kunthii Poeppig HMS CAN ENZ
Philodendron bipinnatifidum Schott HMS CAN ENZ
Philodendron missionum (Hauman) Hauman HMS CAN ENZ
Philodendron ochrostemon Schott HMS CAN ENZ
Bromeliaceæ
Acanthostachys strobilacea (Schultes fil.) Klotzch HLC ORN ENZ
Aechmea distichantha Lemaire HLF ORN POG
Aechmea recurvata (Klotzsch) L. B. Smith HLC MEL POG
Billbergia nutans H. Wendland HLC ORN POG
Tillandsia tenuifolia Linnaeus HLC MEL POG
Tillandsia linearis Velloso HLC MEL POG
Commelinaceæ
Tradescantia fluminensis Velloso HLF MEL SIN
Orchidaceæ
Brassavola tuberculata Hooker HLC MEL ANE
Capanemia cf. micromera Barbosa Rodrigues HLC MEL ANE
Catasetum fimbriatum (C. Morren) Lindley & Pax HLC MEL ANE
Epidendrum ellipticum Graham HLF MEL ANE
Epidendrum paniculatum Ruiz & Pavón HLC NID ANE
Galeandra Beyrichi H. G. Reichenbach HLC MEL ANE
Isochilus linearis (Jacquin) R. Brown HLC MEL ANE
Lankesterella ceracifolia (Barbosa Rodrigues)
Mansfeld ex Marckgraf HLC MEL ANE
Fq55(51).qxp 06/02/2007 22:37 PÆgina 420
TABELA II
Estudos florísticos abordando epífitos vasculares
em áreas de domínio de florestas estacionais
Localidade (estado); referência bibliográfica
Coordenadas geográficas Área (ha) Vegetação n° espécies
que esses valores são baixos, mas ainda assim, representam uma comunidade bastante
peculiar e cujas estratégias biológicas carecem de estudos mais aprofundados. A tendên-
cia é que, com uma possível intensificação de estudos com o grupo na área do parque,
os valores aqui apresentados possam superar aqueles encontrados em estudos realizados
em outras florestas estacionais no Brasil, como aquele realizado em Floresta Decidual
por J. M. ROGALSKI & E. M. ZANIN (2003), na região de Marcelino Ramos, no Rio
Grande do Sul.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUIAR, L. W., V. CITADINI-ZANETTE, L. MARTAU & A. BACKES (1981). Composição florística de
epífitos vasculares numa área localizada nos municípios de Montenegro e Triunfo, Rio Grande
do Sul, Brasil. Iheringia (série Botânica) 28: 55-93.
BENNETT, B. C. (1986). Patchiness, diversity and abundance relationships of vascular epiphytes.
Selbyana 9: 70-75.
BENZING, D. H. (1978). The life history profile of Tillandsia circinnata (Bromeliaceæ) and the
rarity of extreme epiphytism among the angiosperms. Selbyana 2: 325-337.
BENZING, D. H. (1986). The vegetative basis of vascular epiphytism. Selbyana 9: 23-43.
BENZING, D. H. (1989). Vascular epiphytism in America. In H. LIETH & M. J. A. WERGER (eds.)
Tropical Rain Forest Ecosystems: biogeographical and ecological studies. Ecosystems of the
world 14B: 133-154. Elsevier, New York.
BENZING, D. H. (1990). Vascular epiphytes. Cambridge University Press, Cambridge.
BENZING, D. H. (1995). The physical mosaic and plant variety in forest canopies. Selbyana 16:
159-168.
BORGO, M., S. M. SILVA & M. P. PETEAN (2002). Epífitos vasculares em um remanescente de
Floresta Estacional Semidecidual, município de Fênix, PR, Brasil. Acta Biologica
Leopoldensia 24: 121-130.
BRUMMIT, R. K. & C. E. POWELL (1992). Authors of plant names. Royal Botanic Gradens, Kew.
CERVI, A. C., L. A. ACRA, L. RODRIGUES, S. TRAIN, S. L. IVANCHECHEN & A. L. O. R. MOREIRA
(1987). Contribuição ao conhecimento das pteridófitas de uma mata de araucária, Curitiba,
Paraná, Brasil. Acta Biológica Paranaënse 16: 77-85.
CERVI, A. C., L. A. ACRA, L. RODRIGUES, S. TRAIN, S. L. IVANCHECHEN & A. L. O. R. MOREIRA
(1988). Contribuição ao conhecimento das epífitas (exclusive Bromeliaceæ) de uma floresta de
araucária do Primeiro Planalto Paranaënse. Insula 18: 75-82.
CERVI, A. C. & L. T. D. DOMBROWSKI (1985). Bromeliaceæ de um capão de floresta primária do
Centro Politécnico de Curitiba (Paraná, Brasil). Fontqueria 9: 9-11.
CERVI, A. C., E. F. PACIORNIK, R. F. VIEIRA & L. C. MARQUES (1989). Espécies vegetais de um
remanescente de floresta de araucária (Curitiba, Brasil): Estudo preliminar I. Acta Biológica
Paranaënse 18: 73-114.
CRONQUIST, A. (1988). The Evolution and Classification of Flowering Plants, second edition. The
New York Botanical Garden, New York. 555 pp. ISBN 0-89327-332-5.
DISLICH, R. & W. MANTOVANI (1998). Flora de epífitas vasculares da Reserva da Cidade
Universitária “Armando de Salles Oliveira” (São Paulo, Brasil). Boletim de Botânica da
Universidade de São Paulo 17: 61-83.
DITTRICH, V. A. O., C. KOZERA & S. M. SILVA (1999). Levantamento florístico dos epífitos vas-
culares do Parque Barigüi, Curitiba, Paraná, Brasil. Iheringia (série Botânica) 52: 11-21.
FONTOURA, T., L. S. SYLVESTRE, A. M. S. VAZ & C. M. VIEIRA (1997). Epífitas vasculares,
hemiepífitas e hemiparasitas da Reserva Ecológica de Macaé de Cima. In H. C. LIMA & R. R.
GUEDES-BRUNI (eds.) Serra de Macaé de Cima: diversidade florística e conservação da Mata
Atlântica: 89-101. Editora do Jardim Botânico, Rio de Janeiro.
GENTRY, A. H. & C. H. DODSON (1987). Diversity and biogeography of neotropical vascular
epiphytes. Ann. Missouri Bot. Gard. 74: 205-233.
GIONGO, C. & J. L. WAECHTER (2004). Composição florística e estrutura comunitária de epífitos
vasculares em uma floresta de galeria na depressão central do Rio Grande do Sul. Brasil. Rev.
Fq55(51).qxp 06/02/2007 22:37 PÆgina 422