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ROBERT L’ HERMITE Hl lr fa al al ere ee ODM a TNO a =e UD SENAI- SERVIGO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL- BRASIL “AO PE DO MURO” POR ROBERT L’HERMITE Ilustragéo de : FRANCIS CASSOU Tradugao : Eng’ L. A. FALCAO BAUER Professor da Faouldade de Engenharia Civil da Universidade de Mogi das Cruzes — SP Diretor da L. A. Falco Bauer — Controle Tecnolégico do Conereto Eng.* MARIA APARECIDA AZEVEDO NORONHA Professora da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade de Mogi das Cruzes — SP Diretora da L. A. Falco Bauer, M.A. Azevedo Noronha, Engenhel- ros Consultores Prof. ADOLFO SERRA Assistente do Departamento Regional do SENAl do Distrito Federal Os trabalhos, de traduco foram desenvolvidos na Coordenagao de Pesquisa, Planejamento e Avaliagao do Departamento Regional do SENAI do Distrito Federal, coordenados pelo Eng. Jefferson Bueno Em sua revisao técnica, colaboraram os engenheiros José Siqueira Filho, Joo Bosco Ribeiro e Pedro Ivan Guimarées Rogedo * EDUARDO HENRIOUE PWHEIRO Te coy ‘SENAI — SERVIGO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL CENTRO DE TECNOLOGIA DA CONSTRUGAO AREA ESPECIAL N." 2 — SETOR C — NORTE — TAGUATINGA — DISTRITO FEDERAL Esta obra é a tradugto do livro francés “Au Pie du Mur” de Robert U'Hermite Publicado poles Editoras Eyrolles - Paris Obras do mesmo eutor Lecons sur les essais de matériaux, 3 volumes, Hermann — 1938 — 1940 LU’ expérience et les théories nouvelles en résistance des matériaux, Dunod — 1945. jistance des matériaux théorique ét experimentale, vol. 1, Dunod — 1954 Vol. Il em preparacao Idées actuelles sur la techonologie du béton, la Documentation technique du Batiment et des Travaux Publics — 1955 Méthodes générales d’essai et de contrdle en Laboratoire — 2 Volumes. Eyrolles — 1966 — 1967 Tiragem em portugués desta edi¢do : 25.000 exemplares APRESENTAGAO ‘A humanidade vive uma época de rapidas mutagdes. No campo da Tecnologia criam-se situagbes totalmente novas em setores considerados tradicionais. Essas transformagdes exigem do ser humano constante ajusta- Matto a um processo de renovagdo om todas as suas aividades, como prin- Cipal agente, e ao mesmo tempo, beneficidrio da evolucdo ‘sécio-econdmica. A Nacéo brasileira apresenta indices crescentes de progresso, Sra cas a0 esforgo integrada de varios organismos, entre os quais s¢ inclui 0 SERVICO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL, empenhado em pre- parar a mao-de-obra dualificada exigida pela indistria, como um dos supor- tes basicos do desenvolvimento do Pais. ‘A tradugéo da obra “Au Pied du Mur”, de ROBERT L'HERMITE, promo- vida pelo Departamento Regional do SENAI do Distrito Federal, sob o patro- tinio do Departamento Nacional e de todos os Departamentos Regionals, representa uma das mais importantes contribuigdes técnicas para o| setor da Construgdo Civil no Brasil e, particularmente, em sua jovem Capital. Gragas a colaboragéo do Eng’ LUIZ ALFREDO FALCAO BAUER, do Departamento Regional de Sao Paulo, obteve o SENAI os direitos autorals para traducao do livro que, por sugestéo do préprio Autor, conserva seu titu: lo em nossa lingua : “Ao Pé do Muro”. © lancamento desta obra preenche uma lacuna e coincide com a crie- do, pelo Departamento Regional do SENAI, em Brasilia, do “Centro de Tec: nologia da Construgao”. Esta coincidéncia empresta ao ‘evento uma significa- go excepcional. "Ao Pé do Muro”, pelo seu contetido tecnolégico, feitura grafica, ©. sobretudo, pela metodologia adotada permitira desenvolver, por intermédio do Centro de Tecnologia da Construcao de Brasilia e de outras unidades es- pecializadas do SENAl, cursos e programas apoiados em mais um instrumen- fo técnico e didatico do valor incontestavel, quer para a qualificagdo da mao- de-obra operdria ou o aperfeigoamento € especializacéo dos quadros técni- cos e de mestria, quer para o desenvolvimento de ensaios ¢ pesquisas So bre a tecnologia da Construgao Civil. A presente Iniciativa teve a participagéo decisiva do Eng° FALCAO BAUER e de técnicos do Departamento Regional do SENAI do Distrito Fe- deralie cuja capacidade, experiéncia e idealismo 0 SENAI confiou a tradugao ja obra. O SENAI, pelo seu Departamento Nacional, pelo Departamento Regio- nal do Distrito Federal e pelos demais érgéos regionals, considera-se feliz pela oportunidade, que Ihe foi dada, de prestar mais este servigo & engenha- ria civil brasileira. {TALO BOLOGNA Diretor do Departamento Nacional PREFACIO DA SEGUNDA EDIGAO primeiro livro “Ao Pé do Muro”, escrevi-o em conseqiiéncia de uma aposta, ou antes de um desafio. Alguém me dissera um dia, depois de haver lidg alguns dos meus livros, que eu nao seria capaz de escrever sobre alguma coisa de modo menos enfadonho. Isso fez-me refletir e verificar que quase sempre, se acusam os Homens de Ciéncia de usarem, em suas obras linguagem inacessivel ao pt- blico e de nao serem compreendidos pelas pessoas entregues a atividades mais praticas. Outras vezes, acusam-se estas Ultimas de nao se esforcarem por aprimorar seus conhecimentos e permanecerem alie- nadas. A causa dessas acusagées reciprocas, talvez se encontre no fato de ambos nunca terem procurado compreender-se. Os Homens de Ciéncia falam uma linguagem cheia de termos e formulas abstratas, meios de expressdo idea- lizados, muito comuns em seu mundo, mas desconhecidos para o grande pu- blico. Os outros ou no se esforcam por aprofundar seus conhecimentos ou simplesmente se recusam a dar a esses problemas a devida importancia. Quem estd com a razio ? Os Homens de Ciéncia que,na verdade, nao souberam expressar suas idéias de maneira mais simples ou aqueles que imaginam um mundo s6 para si? Fiz essas reflexdes em 1950 e propus @ revista “BATIR”, procurar, através de artigos faceis e simples, um meio de expressao capaz de rom- per 0 gelo que separa esses dois mundos que teimam em. se ignorarem. O meio que me surgiu & mente foi o desenho. Pensei, entao que um texto ilus- trado com desenhos seria suscetivel de marcar de modo indelével o espiri- to, na medida em que a sua apresentacdo fosse sugestiva, isto é, divertida e colorida. Cheguei até a ensaiar alguns textos ¢ desenhos. Todavia faltaram-me senso artistico e paciéncia. Con- fiei entdo 0 trabalho ao jovem e talentoso desenhista PIERRE LEFOL. Este encarregou-se logo de ilustrar uma série desses artigos, publicados na regista “Batir” e, em seguida, enfeixados todos no livro “Ao Pé do Muro”, editado em 1953 e agora esgotado. Decidi- me, pois, reedité-lo e, tendo Pierre Lefol viajado para longe, solicitei a Francis Cassou para fazer as ilustracdes. Acredito que ele © tenha realizado com éxito. Este novo “AO PE DO MURO" é um pouco diferente do primeiro. Nos- ‘sos conhecimentos aprimoraram-se mais e complementei as matérias trata- das no primeiro. Acrescentei um capitulo inteiro sobre mecanica dos solos e fundagées, desvendando um pouco 0 véu de mistério com que certos espe- cialistas pareciam querer envolvé-lo. Creio que nao se pode construir um muro, sem antes saber 0 que se encontra a sua base. Como os Ieitores poderéo observar, alonguel- me mais sobre alvenarias de pedra, de tijolo, de aglo- merados e dediquei bom némero de paginas ao isola- mento térmico e actistico, sobre o que, alguns técni- ‘cos nao possuem conhecimentos suficientes. Isso con- tribuiu para termos um volume, cujo némero de pégi nas ilustradas 6 duas vezes maior que o da edigao anterior. Para dar vida as exposigées, criei um persona- gem ficticio, Ponte Pequena a quem procuro, de todo ‘0 modo, ajudar, tirando-o das dificuldades superveni- entes (qualquer semelhanca com alguém do conheci- mento dos leitores ser4 mera coincidéncia). Nao posso encerrar este prefacio sem fazer al- guns agradecimentos. Primeiramente, ao meu amigo Francis Cassou, pela sua colaboracao na parte artisti- ca, a Pierre Chevillotte, pelo carinho empregado na apresentacdo dessa edicao, a todos o meus colegas & colaboradores do Centro Experimental de Pesquisa e Estudo da Construgao e Trabalhos Piiblicos, particular- mente a Robert L'Herminier e a Maurice Bouche, revi- sores da parte relativa & mecanica dos solos, a Luiz Vironnaud que revisou a parte referente ao conoreto e & alvenaria, a Jean Christian Maréchal que examinou as paginas que tra- tam de termoiogia e a Bernard Marseille que viu os capitutos sobre acistica. ‘Agradeco também a minha secretéria. C. Glaize, que realizou, consciente ¢ cul- dadosamente, a ingrata ta- refa de corrigir as pro- vas. Se forem encontrados alguns cochilos de impresséo, queiram per- doar-me. Robert L’Hermite DIRETOR GERAL DE FESQUISA. PARA AS FEDERAGOES NACIONAIS DA CONGTRUGAO F [TRABALHO POBLIGOS— FRANCA SUMARIO PAGINAS © SOLO a Sondagens 12 Influéncia da égua 7 Medidas das caracteristicas do solo em laboratorio 22 Coesao do solo 37 Ensaio triaxial 39 Ensaio no terreno 42 Célculo das fundacdes 48 Bibliografia 52 CONCRETO 53 Constituintes do concreto 55 Agregados 55 Cimento 59 ‘A dosagem e suas regras princi- pais 65 Mistura 70 Transporte 2 Trabalhabilidade 73 Adensamento por vibracao 76 Secagem 84 Goncreto injetado 88 Conereto com ar incorporado 90 Concretagem em tempo frio 92 Concretagem em tempo quente 97 Cura do conereto com calor 98 Deformagao e ruptura do concre- to 101 Retragao antes da pega 102 Retragéo apés a pega 104 Dilatagao térmica 109 Deformacao sob carga 110 Elasticidade 112 PAGINAS Plasticidade — Fluéncia — 114 Ruptura do concreto 17 Retomadas de concretagem 121 Estado triplo de tensdes 122 Ataque quimico do concreto 123 Coneretos leves 127 Concretos pesados 133 Concretos e resinas sintéticas 134 Colagem do concreto 137 Controle do concreto no canteiro 138 Auscultagéo de obras em con- creto 143, Bibliografia 147 ALVENARIAS PAREDES E VEDAGOES 149 Constituintes 150 Execugao 154 Resisténcia & ruptura 156 Argamassas 160 Revestimentos externos 160 Revestimentos internos 161 Isolamento contra o calor eo frio 163 Isolamento contra 0 ruido 166 m 0 cliente, © arquiteto e os fornecedores. Em seguida, Ponte Pequena, a0 pé do muro, pensa em fazer uma construc SOLIDA [ee ly CONFORTAVEL DURAVEL & ROCHOSO ? Ponte Pequena vai, antes de tudo, examinar 0 local da construgao. E preciso conhecer 0 terreno sobre o qual vai construir. — PANTANOSO? E ARENOSO ? As condigées para a construgéo de uma obra variam de acordo com o solo. £ ARGILOSO ? As caracteristicas de um so- lo, no podem ser descober- tas pelo aspecto da camada superficial. ou uma camada deslizante inclinada Uma camada de areia pode encobrir a argila. Uma camada de lodo sobre a areia pode encobrir a rocha. "

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