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Com todos estes meios, 0 que é preciso fazer quando se de- seja reconhecer um solo ? Pergunta a si mesmo Ponte Pequena Em primeiro lugar, deve- Pode-se, em seguida as- € util, particularmente, se fazer uma ou varias son- segurar-se da constancia para 0 caso das fundagdes dagens & profundidade su- das camadas ou descobrir sobre estacas, fazer-se um ficiente (por exemplo 30 m) acidentes, mudangas de ensaio de penetracao. constatar a presenga de perfil através de reconhe- Agua, fazer 0 corte geoldgi- cimento sismico ou elétr co, tirar amostras e levé- co las ao laboratério para en- saio. De qualquer forma 6 sempre indispensa- ry vel recorrer-se a especialistas no assunto, porque a improvisagao é perigosa, e 0 sub- solo se apresenta como uma incégnita, que cumpre desvenda-la A verdade esté debaixo da terra, é ne- cessério fazé-la sair do pogo a Em Engenharia, hd duas coisas importantes a conhecer : a CALCULO DAS 25 FUNDAGOES Neste livro, ndo € possivel tratar profundamente do célculo de fundagses. Gostaria apenas de suge rir algumas idéias sobre as previsdes possiveis dc comportamento dos solos carregados, pois CALCU LAR E PREVER. A deformacao ea ruptura — preciso que a deformacao seja aceitdvel e qui a ruptura nao se produza sob as cargas e sobrecar gas provaveis de servico. Para avaliar o recalque calculam-se por formulas classicas (formulas dt Boussinesq) as pressdes que o subsolo suporta no: diferentes niveis sob a carga. As linhas de igua pressao vertical (1 kg/cm2, 3/4 kg/cm2 etc.) for mam bulbos ¢ assim pode-se saber em cada pont. da camada qual é a pressdo suportada. Se 0 solo fosse constituido de um corpo eléstico poder-se-ia, obtendo o total das deformagées de ca da camada, sob sua prépria elasticidade, determinar © recalque imediata e definitivamente alcangado. De fato, o solo, 6 constituido por camadas lentamen- te compressiveis que se consolidam pela evacua: ga0 da 4gua, como mostram os ensaios no odémetro (ver pag. 31) e pode-se, levando em conta estas pro- priedades e suas medidas sobre as amostras, obter uma boa estimativa da velocidade do recalque e de seu limite. Antes de falar sobre ruptura das fundacées é necessério dizer. algumas palavras acerca do em- puxo ativo e empuxo passivo. Considere-se uma parede vertical atrés da qual se acha um monte de areia. Se o talude natural do monte estiver abai- xo do nivel do pé da parede, esta no seré pres- sionada pela areia, bem entendido. Mas se nés enchermos 0 vazio ABC com uma quantidade de areia suplementar, a parede tende a se deslocar. A forca necesséria para manter a parede na posi- go vertical, 6 0 EMPUXO ATIVO (sobre um muro de arrimo por exemplo). Este empuxo aumenta quando o solo esté sobrecarregado. Seu calculo leva em conta o coeficiente de atrito e a coesio (ver pag. 27) que diminui em geral, quando o solo ‘esta inundado. Neste caso deve-se somar ao em- puxo da terra a pressdo exercida pela agua, que agiré por sua propria conta, é 0 empuxo hidrosta- tico. E por isso que nos muros de arrimo, é indis- pensavel colocar-se os buracos (barbacas) para evitar a pressao da agua que pode se acumular nas terras. Se 0 muro cair, as terras escorregam e se deslocam, seguindo uma superficie AG chamada superficie de escorregamento. A parte mével do macigo é limitada pela curva AG. Se entretanto for empurrado 0 muro, constata-se que é necessa- rio aplicar uma forca bem mais elevada. Esta for- ca é 0 EMPUXO PASSIVO que pode igualmente ser calculado a partir dos dados experimentais, quer dizer, do coeficiente de atrito e da coesdo do solo medidos sobre amostras. O movimento produzido pela superficie de deslizamen- to, devido ao empuxo passivo, mobiliza um volume de solo muito maior que o de escorregamento, isto explica a maior grandeza da forca necesséria. O conheci- mento deste fendmeno 6 muito impor- tante, quando se utiliza 0 solo como 4 apoio para forgas inclinadas ou horizon- tais como ancoragens, macigos de ponte SF em arco etc. 9 Quando se constréi sobre 0 so- lo uma sapata de fundacao, ela é mais ou menos profunda e sua execu¢éo mais ou menos répida. Se a carga que ela suporta é mui- to elevada, 0 solo rompe. Ele nao rompe porém como um sélido (como o concreto, por exemplo) mas escorrega sobre si mesmo : hé um recalque do solo nos lados, as superficies de escorregamen: to AG so formadas e determinam as ondas de levantamento. As forcas que agem ao longo de AO fazem com que o solo fuja, ten- dendo deslocar-se para o exterior. Este 6 um fendmeno de empuxo passivo. Tudo isto se pode calcular, quando se conhe- cem as propriedades do solo e quando se consta- ta que quanto mais a sapata se aprofunda, maior € a carga de ruptura, e maior o volume do solo AOG posto em movimento. Quando se caminha em uma praia, a areia com- Primida pelo pé sobe de cada lado ¢ 0 pé se afun- da. Mas & uma certa profundidade o pé para: a capacidade de carga aumentou como no caso de uma sapata colocada mais profundamente. Nos Consideramos aqui um solo homogéneo para sim. plificar as coisas. Na realidade. ele normalmente & formado por camadas de naturezas diferentes Quando a resisténcia das camadas aumenta com a profundidade, vai tudo bem. Mas quando uma ca- mada mais resistente repousa sobre uma camada menos resistente, a coisa é diferente. Pode-se for- mar sob a sapata um puncionamento e a rolha de areia, por exemplo, penetra verticalmente na ar. gil, empurrande-a para os lados. No caso em que @ camada inferior € constituida de vasa ou argila muito mole, pode-se evitar o puncionamento dan- do & sapata uma dimensao transversal, pelo me- Nos igual a um quarto da espessura da camada Superior. Se esta condigao nao pode ser preenchi- da 6 necessério entao atravessar esta camada mo. lee fazer a fundacéo descer até uma camada mais resistente. Falamos de supefficie de escorregamento. Vocés podem pensar que é uma invencaio dos matematicos. As fotogratias ao lado vao lhes mostrar que elas existem realmente. Sdo su- perficies de uma “certa espessura,” mas bem claras e perfeitamente desenhadas que cor- respondem a diregdes bem especiais. Nao € verdade que elas escorregam livremente como paredes lubrificadas, Com efeito, supor- tam em cada ponto uma pressao normal e uma de cisalhamento, onde a relagao é deter- minada por uma curva de Mohr (pag. 40), li- mite das condigées de deslizamento. Uma estaca é uma fundagao profunda na qual a ponta é equivalente a uma sapata que resiste ao recalque e a esta resisténcia acres- centa-se 0 atrito lateral da estaca, como vi- mos com ajuda de penetrometro (pag. 45). Quando a ponta atinge a uma certa profundi- dade, o deslocamento para cima do solo ces- Sa e a estaca penetra comprimindo, na sua vizinhanga, as camadas profundas. Esta com- press4o pode provocar um esmagamento dos gros. A figura mostra a deformagao que se produz. Em um solo homogéneo a resisténcla na Ponta aumenta com a profundidade, depois fi- ca constante, enquanto que a resisténcia ao atrito sobre o fuste aumenta constantemente com a profundidade. Superficies de escorrega- mento no caso de funda- goes superficiais ¢ de es- = Procurei-o, Ponte Pequena, para expor-lhe o essencial da ci- éncia das fundacées que recebe o nome também de MECANI- CA DOS SOLOS. Esta exposicao, podera Ihe parecer arida, por isso sinto-me aborrecido, pois a ciéncia, nao é uma lista de re- ceitas, 0 essencial é que tenha compreendido que esta ciéncia existe, e que ela se aperfeicoa tanto tedrica quanto experimen- talmente. Ela pode prestar-Ihe grande servicos e e tar aborrecimento. Sempre que possivel, con- sulte especialistas e os laboratérios, e entao vocé ficaré tranqiiilo. Se, além disso, desejar ir mais longe no conhecimento, aqui estao al- guns livros, que vocé poderé consultar. Devo adverti-lo de que vocé encontrara em todos eles calculos matematicos mais avancados. — Caputo, H.P. — “Mecanica dos Solos e suas Aplicacdes’ ‘Ao Livro Técnico — 1967 K; Peck R. — “Mecanica dos Solos na Pratica d Engenharia" — Terzaghi, — Mello, V. — “Mecanica dos Solos, Fundagdes e Obras d Terra” Mécanique des Sols et des Fondat — J. Verdeyen — Eyrolles — R, Peltier — “Manuel du Laboratoire Routier” Dunod, 1965, — A. Caquot et J. Kerisel — ‘"Traité de Mécanique des Sol: Gauthier —villars 1966 — §. Golombeck — “Problemas de Fundagées’ S. Paulo Dispondo i dos materiais necessarios A PEDRA A AREIA © CIMENTO E A AGUA Ponte Pequena quer construir em CONCRETO ‘ONSTITUINTES DO CONCRETO AGREGADOS, também chamados AGLOMERADOS. OS AGREGADOS : areia e pedras ndo devem conter impurezas tais como : SSoo NA AREIA A argila e os materiais muito finos sdo toleraveis até 2 ou 3% do peso do agregado. Determina-se a quantidade destes materiais finos por lavagem e decantagao. Ap6s 0 repouso de uma hora a camada que se deposita sobre a areia ndo deve ultrapas- sar 1/14 da camada de areia. Se esta condigéo nao for preenchida a areia deveré ser cuidadosamente lavada antes de ser usada. AS MATERIAS OR. GANICAS que enfra- quecem a resisténcia nao devem ser admiti das. Elas sao desco- bertas pelo ensaio de coloracao. Ensaio este, facil de ser feito no canteiro da obra. Colo- cam-se 200 g da areia que se quer examinar, 100 g de uma solucao de soda caustica a 3%. Agita-se bem. Apés 24 horas, o liquido deve estar sem cor ou.apresentar, no maximo, uma cor marron- clara que se compara com a cor de uma solugao testemuntra. Um processo de medir os materiais muito finos e argi- osos, utilizado também em mecanica dos solos,é deno- minada EQUIVALENTE DE AREIA. Uma pjoveta cilindrica transparente contendo gradua- ges 100 mm e 380 mm da base, deve ser fechada por Uma rolha de borracha. Nesta proveta introduz-se com ajuda de um tubo (dito lavador), uma solugao lavante até a marca infer reto de cAlcio, 480 gramas de glicerina e 12 gramas de formoldeido por 40 litros de agua. E facil preparar em uma farmacia sem receita médica. Introduzimos agora 120 gramas de areia a ser exami- nada. A proveta fechada 6 agitada 90 vezes no sentido horizontal e depois recolocada verticalmente. O tubo la- vador & colocado de novo e introduz-se, por ele, a solu- ao lavante, em seguida agita-se levemente, fazendo ro- dar 0 tubo entre os dedos, até que a solugao atinja a mar- ca superior. Retira-se o tubo (lentamente), mantendo-se © nivel da solucao. Deixa-se entéo a solucdo repousar durante 20 minutos exatos. Observa-se em cima da areia, um depdsito. O equivalente de areia (EA) é dado pela relagao hg/hy. Para areia muito limpa encontra-se h2/hy =1 (nada de argila). Para argila, ho/h; = O. Para os concretos fracos deve-se admitir hig/h1 maior que 0,70 e para os concretos bem cuidados deve-se exigir hg/hj, maior que 0,75. Para 0 concreto excepcionalmente bons deve-se encontrar h2/ hy _maior que 0,80. Esta operagao que, aparentemente é de cozinha é na realidade muito precisa. Seu principio consiste em impedir que as particulas pequenas se de- positem muito rapidamente sob a influéncia da solugao e formem uma geléia (uma espécie de molho em maione- se, que se deposita em cima da areia). 56 r. Esta solugao cantém 111 gramas de clo-. AGUA CLARA FLOCULAGAO AREIA Na dosagem de ateia, é necessério nao esquecer que existe um aumento de volume (inchamento) conside- ravel, quando ela esta Umida, soba influéncia de forcas capilares ae 10 kg de areia fina seca = 6 litros =m Es 7 a 8 “ fu litros As AREIAS DO MAR podem a sor utilizadas para coneretos de obras de pouca responsabilida- de, desde que elas nao conte- nham cascas de ostra e que es- tejam limpas. Eventualmente os sais que elas contém podem provocar eflorescéncias que no indicam perigo a mesma quantidade mais 200 g de dgua Enfim, nado se deve esquecer que a acao do sal marinho pode modificar 0 tempo de pega e a velocidade do endurecimento Os AGREGADOS GRAUDOS devem ser provenientes de ro- chas inertes, sem_atividades sobre 0 cimento, inalterdveis ao ar, a agua e ao gelo. Deve-se proibir 0 uso dos calcérios fra- cos, dos feldspatos e dos xis- tos. Os agregados nao devem ser muito porosos, e néo devem absorver mais de 10% de seu volume em agua. Deve-se evitar agregados com formas de placas ou pontiagudos. Nao se deve proibir 0 uso de calcarios duros. Sua aderéncia ao cimento é melhor. Por outro lado, sua porosidade faz com que eles con- servem uma reserva de 4gua que contribui para a hidratagdo do cimento, quando a secagem do concreto for muito rapida. Cumpre lembrar que 0 concreto feito com tais agregados tem retragaéo maior. 7 A FORMA DOS AGREGADOS tem uma im- portancia muito grande no seu uso. Ela deve ser, em principio arredondada. As formas an- gulosas, as placas_e as particulas pontiagu- das, sao mais dificeis de misturar e de adensar. Definimos agora 0 coeficiente volumétrico de um grao como a relacdo entre seu volume e o da esfera circunscrita com diametro igual & sua maior dimensdo, Este coeficiente 6 muito pequeno para as placas e para os agregados pontiagudos Para calcular 0 coeficiente volumétrico médio de uma amostra de agregados, pegamos um certo nimero de pedras, das quais medimos o volume v por des- locamento de liquidos e a maior dimenséo com um paquimetro. Calculamos agora o volume das esferas correspondentes. O coeficiente volumétrico é a comparacao entre 0 volume real de todos os graos e a soma dos volumes das esferas correspondentes. Este coeficiente deve ser superior a 0,15 para o pedre- gulho de 6 & 25 mm,e superior a 0,11 para as pedras britadas Nao se deve esquecer que os agregados devem ser. lava- dos e-sem.poeiras A AGUA de mistura néo deve conter matérias organicas, matérias em suspensao além de 2 gramas por litro, impure- zas; em quantidade superior a 30 gramas por litro (na condi- ¢a0 de que estas sejam compativeis com o cimento) ¢ nao conter residuos industriais. A agua do mar nao é recomen- dada, mas pode servir quando nao houver outra disponivel para os concretos de cimento Portland néo armado * Cloretos 209/! e sulfates 109/1. NB — 1/74 art. 6.1.3 —N.T. so CIMENTO O CIMENTO deve ser de qualidade conveniente aos trabalhos a que se destina de acordo com a sua com: posicao quimica e caracteristicas mecAnicas. O inicio de pega pode ser determinado por um aparelho chama- do de “Vicat”. Diz-se que o cimento esta com inicio de pega quando a agulha devidamente calibrada e carre- gada nao mais consegue penetrar até o fundo da pas. ta colocada no recipiente deste aparelho. Até que ha. ja 0 inicio da pega, 0 que ocorre algumas horas apos mistura do cimento com a agua, 0 concreto pode ser transportado e utilizado na obra O fim da pega ¢ 0 momento em que a agulha do apa- relho de “Vicat" nao mais penetra na pasta de cimen- to. E este 0 momento em que se inicia 0 endurecimen- to do concreto ou da pasta. © tempo de pega varia inver- samente com a temperatura 16 h t = Na Franca a resisténcia do cimento 6 determinada por meio de ensaio de flexdo de barras de 4x4x16 cm, ensaios estes procedidos aos 7, 28 e eventualmente 90 dias. Por meio deste ensaio é determinada a resis- téncia & tragdo da argamassa padrdo. Este ensaio 6 0 normalizado na Franga (AFNOR) de acordo com 0 método internacional do RILEM. Apés 0 ensaio de flexao os meios prismas sao submeti- dos & compressao, sendo as forcas aplicadas através de pla- cas metélicas de 4 cm de lado No Brasil, as normas prevé: em 0 ensaio normal de cimento em cilindros de 5 cm de diame: tro por 10 cm de altura 59 Compresséo: Tragé Vejamos agora, algumas indicagées sobre os ferentes tipos de cimento e suas utilizagoes. por flexio* i Utilizagéo Designagao 7 dias 28 dias 7 dias 28 dias Obras de arte de concreto protendido. Trabalhos especiais Préfabricagao aucen lees: |e, eee. |e Tipo 500, Kg/em2 | Kg/em2 | Kg/cm2 | Kg/em2 (Nao é fabricado no Brasil) ‘CIMENTO DE alta resis: i 315 400 55 65 tencaanicl | kg/em2 | Ka/eme | Ko/em2 | Ko/ema Classe 400 Seu endurecimento ¢ répido: CIMENTO- Portland (cP) Trabalhos de atta resis: concrete. arma téncia 210 320 40 55 do onde resis- ** Tipo 320 Kg/em2 | Kg/cm2 | Kg/em2 | Kg/cm2 | téncias ele das. sG0 neces sérias. mo | 400 | so | os ** Tipo 400 kg/cm? | kg/cm? | kg/cm? | kg/cm* CIMENTO- Trabalhos PORTLAND: ‘comuns (cP) 150 250 35 50 de concreto comum Kg/em2 | Kg/crn2 | Kg/em2 Kg/em2 | armado “* Tipo 250 ‘onde a taxa de trabalho nao é alta * Ver pag. 120 “EB — 1/73 CIMENTO, PORTLAND COM ESCORIAS (CPE) CIMENTO PORTLAND. COM CINZAS (cPc) CIMENTO. PORTLAND COM POZOLANA, (cpp) CIMENTO. PORTLAND DE ESCORIA E DE CINZA (CPEC) A quantidade de escéria ¢ de 10% a 20%. Ele tem 0 mesmo uso que 0 CP comum, mas deve-se tomar cuidado com a seca: gem muito rapida e protegé-lo contra a ado do vento e do sol. No Brasil grande parte do cimento Portland comum contém cerca de 8 @ 12% de escoria de alto forno, continuando porém a.cha- mar-se Portland comum (N.T.). Mesmas utilizagdes que o precedente Mesma sensibilidade & secagem. Ele con tém de 10% a 20% de cinzas ou de pozola na. Deve ser tomado cuidado com a eva: poracdo répida da égua CIMENTO. PORTLAND DE ‘ALTO FORNO (CPF) EB 208/74 Existem dois tipos deste cimen: to; 0 250 e 0 320. Seu conteudo de escéria varia de 25 a 65%. Sto indicados para a execucao de funda: gdes. O endurecimento destes: ci- Mentos ¢ lento e, muito sensivel ao rio. 6 CIMENTO METALURGICO MISTO (cm) CIMENTO PORTLAND DE ‘ALTO FORNO (CPAF) CIMENTO DE ESCORIA COM CLINKER (clk) (cimento ainda ‘no fabricado no Brasil) a2 50% de escoria 2 50% de clinker de Portland ieee Berne 35% de linker ae 80% de escoria 220% de clinker de Portland i I l - Estes cimentos tém algumas qualidades, mas alguns defeitos Eles sao mais resistentes do que © Portland a agao das aguas agres sivas e de liquidos organicos Sua resisténcia ¢ compardvel a0 Portland dos tipos 250 © 320 Para realizar bons _concretos. com estes cimentos, 6 necessario que 0s agregados gratdos © as areias sejam muito limpas e, par ticularmente, isentas de argila O endurecimento dos aglome: rantes 2 base de escéria ¢ lento, quando a temperature se aproxi ma do 0° C. Nao deve ser usados ‘em tempo frio. Enfim, as escérias, 80 mais retentores de 4gua, isto 6, secam rapidamente Estes cimentos so mais indica dos para os trabalhos _ subterra: neos e de fundagées 80% de escoria Sao fabricados nos tipos 250 CIMENTO | 5% de clinquer © 320. Sao sensiveis secagem. SUPER de Portland Sua utilizagéo é indicada para SULFATADO oh ratte, concretagens em meios agres- le calcio hidratado sivos. (gesso) CIMENTO ori E feito nos dois tipos 250 escéria, clinquer pos, 250 © POZOLANICO | °SP Revtand¢ 320. Utilizdvel como CPA e da METALURGICO} cinzas concreto muito resistente (CPM) aos meios agressivos. Cozido @ alta O endurecimento deste cimento 6 temperatura muito répido (400kg/cm2 a 2 dias CIMENTO | com bauxita e 450 a 28 dias). Sua resisténcia a cor- ALUMINOSO calcario roséo é muito boa. Ele é pouco sen- (FUNDIDO) sivel ao trio mas nao deve ser usa- do em climas quentes. Durante a pega e endurecimento 0 con: creto desprende calor. O aumento de tem Peratura acima de 30°C durante o endure- cimento, pode provocar a decomposi¢ao de seu principal constituinte o aluminato a tricdlcico, Esta decomposicao pode se pro: cessar lentamente dentro do concreto. O conereto de coloragao cinza escuro nas primeiras idades, toma a cor de cho colate_e perde todas as suas caracteristicas de resisténcia_ meca nica. © concreto € naturalmente aquecido durante o periodo de hidrata: 0 do cimento @ deve ser resfriado por meio de irrigacéo com gua Guando a pega concretada é de grandes dimensdes este resfriamento se torna impossivel. Resumindo, pode-se afirmar que pecas de grandes di mensdes nao podem ser concretades com cimento aluminoso, Na dosagem com ci: mento aluminoso deve ser empregado o minimo possivel de areia e a capacidade deve ser maior possivel. Gracas as suas caracteristicas peculiares ¢ reco vel para emprego em tempo frio ¢ para a concretagem de pegas que devem concretos refratérios para a construgéo de fornos, chaminés etc. Convém lembrar que este cimento é incompativel com alguns tipos de agregados, alc: como os de origem vulcénica, Enfim, 0 cimento aluminoso é incompativel com certos agrgados de ori gem eruptiva, que so alcalinos (como a soda ou potéssio). Os enseios de- Verao ser feitos para essa verificacao. De outro lado a dosagem deve ser ‘obtida com o minimo de areia e a compacidade elevada. O cimento alu: minoso pode prestar grandes servicos na concretagem em tempo frio, ¢ mercé de sua resisténcia elevade podem-se ter pegas desformadas rapi damente. Apds o endurecimento, ele pode der um excelente concreto re fratério para os fornos e chaminés etc. Mes antes de tudo, é necessario verificar a subida em temperatura inferior durante os primeiros dias. No ha fabricagao desse cimento no Brasil 6 CIMENTO PARA | Wistura de maté- Eles existem para as classes 130 e 120. ASSENTAMENTO | rias_ inertes (me- ‘S40 utilizados para executar alvenaria de DE ALVENARIA | N08 de 35%) © de tijolos, pedras etc. Nao devem ser utiliza- (ca) cimentos diversos dos para 0 concreto armado. Do mesmo tipo S6 existe o da classe 80. Mesmo uso LIGANTES: gue 0 precedente. que os precedentes. mas a resistancia & PARA A proporcdo’ de menor. eee AL VENA cg uaet A In619 7 Hr MMe ut sosagort elena Obtida pela_calek nagéo de calcério natural argiloso, Da argamassa gordas e plasticas com en- CAL a0 qual _juntam-se durecimento muito lento HiorAuuca | Produtos para. me- utilizéos com temperatura abaixo Ihorar as suas 5°C. Nao resistem aos meios agressivo: qualidades tals co- mo: clinquer, es céria, PODEM-SE MISTURAR os CIMENTOS ? «€ E uma questao muito importante porque certos cimentos so compativeis e outros im- compativeis. Todos os cimentos a base de clinquer contendo escéria e cinzas so compativeis. A mistura de cimento Portland e de cimento aluminoso. meio a meio, dé uma pega muito ré- pida (alguns minutos) resultando resistencia fraca (menos do que 100 kg/cm2). Q cimento supersulfatado nao pode ser misturado com outros, porque contém sillfato de calcio. Da mesma maneira, NAO SE DEVE JAMAIS MISTURAR GESSO COM O CIMEN. TO. O concreto endureceria rapidamente. O gesso nao pode ser misturado a no ser com a cal hidrdulica e a cal aérea. A DOSAGEM E SUAS REGRAS PRINCIPAIS © primeiro trabalho do tecnologista 6 conhecer a composi¢ao granulométrica dos agre- gados dé modo a poder combiné-los da melhor maneira possivel para obter a mistura de- sejavel. Para determinagao desta granulometria empregam-se peneiras ou passadores com orifi- cios de diferentes dimens6es. Através do peneiramento determina-se a quantidade de ‘agregados que passa ou que é retido em cada peneira. Um passador 6 uma placa com furos redon- dos. (E tipo utilizado na Franga). Uma peneira é feita com arame e tecida com malhas quadra- das. (Este 6 0 tipo uti- lizado no Brasil). CURVA GRANULOMETRICA TOTAL E ESPECTRO GRANULOMETRICO (em volume absoluto ou em peso) PENEIRAS 06mm 1.2mm 24mm 48mm 95mm 19mm 25mm. dimensao — 06 em mm OS OO @ ‘ diametro Entre 0,6 Entre 1,2 Entre 2,4 Entre 4,8 Entre 9,5 Entre 19 25 mm em mm e12mm e24mm e 48mm e9,5mm e 19mm e 25mm No Brasil a série normal de peneiras 6 a seguinte : 0,15mm — 0,3mm — 0,6mm — 1,2mm — 2,4mm — 4,8mm — 9.5mm — 19mm e 38mm, a peneira 25mm, também utili- zada, € denominada intermediaria. Conhecendo-se a compo: Em geral se fazem curvas em peso dos grac determinados pelo méto. que aqui se encontra,e qi se transforma em volun para a composicao granul métrica em canteiros c muns. Em laboratério, fé se sempre em peso. 40 granulométrica dos diferentes agregados de que se d poem, devem-se pesquisar suas proporcées, para se obter concreto mais resistente mais facil de se moldar (mais trabalhavel). Em 1898, Féret demonstrou que a resist€ncia mecnica do concreto depende da compacidade dos agre- gados inertes. ComPaciDADE a = A. A compacidade é a relagdo entre © volume dos agregados inertes e 0 volume ocupado pelo concreto. Fé ret mostrou igualmente que a resis- téncia cresce com a dosagem e que 0 fator qualidade Q 6 para um metro cubico de concreto. . Volume submetido a0 efeito ‘Agua + cimento + ve V-A 2 A finalidade dos estudos granulométricos é pes quisar a maior compacidade compativel com a do sagem. E preciso que se leve em conta o efeit de parede e a influéncia da quantidade ou den sidade da armadura, Os gréos de agregados gratido que faceiam at formas, deixam entre si vazios maiores que n¢ interior da peca,onde so mais facilmente encai xados. Estes vazios devem ser preenchidos com agregados menores. Assim sendo verifica-se sei Necessério aumentar a proporeao de finos quan do a pega a ser concretada tem grande desenvol vimento de paredes. © efeito de parede ocorre igualmente ao longo das armaduras. Seu efeito global é representado por um raio médio. O raio médio pode ser definido como a relacéo entre a drea S da seco transversal do concreto e a s0- ma do perimetro de contato com a forma e os _perime- tros das barras de ago. Para o caso da viga esquemati- zada ao lado teremos : s ~ ABCD +2+0+2+2 R Quando existir armaduras com varios diame- tros, o raio médio em um certo volume é a relagao entre este volume e o desenvolvimento S de to- das as superficies de armaduras e de paredes. Consideramos 0 diémetro D do maior agregado da mis- tura como a dimenséo da malha da peneira suficiente- mente grande para deixar passar 0 agregado. Na figura esquematica da pagina 56 ele esté entre 50 e 100 mm e deve ser ajustado por uma peneira intermediaria. © maior diametro D do agregado é agora escolhido de tal modo que ele seja levemente menor do que R a fim que as pedras possam passar entre as armaduras. Enfim 0 concreto deve ser trabalhavel, quer dizer : homogéneo e transportavel sem facil de ser colocado facil de misturar segregagao na forma Estudaremos a trabalhabilidade adiante. or © principio da sintese granulométrica consiste_em adotar uma curva de referéncia : Bolomey, Fuller, Faury, e em procurar a proporcao dos diferentes elementos analisados, inclusive cimento, no qual a soma das granulometrias se aproxime o mais possivel desta curva. Damos aqui um exemplo. SS SS > PEDREGULHO| 4,040 k 49° 750k 35¢ CONCRETO RESULTANT: ea oleae ine neentiendnaeanded 350 ky G 9 16 Peneiras 0,075 0,15 0,3 . [ 48 95 12,7 19 25 6a A escolha da granulometria de um concreto depende dos agregados dis- poniveis no canteiro de obra. patie | Ela pode ser CONTINUA. . E & areia pedrisco pedra midda pedra gratida ou DESCONTINUA quan- do faltam um ou varios intermediarios. areia pedrisco pedra gratida ga de preferéncia com os agregados pregada em casos especiais quando o dos rios de forma arredondada e pe- fator economia e resisténcias altas dras britadas de boa forma. sao preponderantes. Adapta-se melhor a0s agregados irregulares. 7060 @@ ss: Ba A granulometria continua se empre- | A granulometria descontinua 6 em- Método pratico para dosar pelo sistema de minima areia é 0 de Preparar uma argamassa conten- do a relago agua-cimento que se deseja, fungao da resisténcia re- querida, e a areia suficiente para se obter a plasticidade necessé- ria. Coloca-se esta argamassa, as- sim preparada, em um recipiente © este sobre a mesa vibratoria. Durante a vibracdo, colocam-se pedras gratidas enquanto caibam na argamassa. Medem-se entao as Proporgées. Esta é a composicao granulométrica de Vallette, geral- mente, chamada descontinua a cy MISTURA, A= 2m » A matéria é HOMOGENEA se todas as misturas tem a mesma composicao. A primeira operacao para o uso do concreto na obra é a mistura dos materiais primérios destina- dos a fazer uma matéria homogé- nea. aie Se um concreto néo 6 homogé- ie f neo perde: sua resisténcia. A mistura do concreto se faz por deslocamento dos constituintes em uma maquina chamada betoneira. As melhores betoneiras so as MISTURA- DORAS DE EIXO VERTICAL. A velocidade de rotagao N deve ser pequena para evitar 0 efeito da forca centrifuga. Se D é 0 did- metro da cuba em metro: DN? = 200 a 250 15 ou seja N = — D As betoneiras de EIXO HORIZONTAL sao também boas. A velocidade de rotagao N deve ser tal que D sendo o diametro : DN? = 350 a 450 20 ou seja N = D As betoneiras de EIXO INCLINADO sdo ‘as menos indicadas ¢ a inclinagao nao de- ve ultrapassar os 20°. A velocidade de ro- tagao deve ser tal que D sendo o diametro = DN? = 350 a 450 ou sejaN = 2 D N.T. So as menos indicadas em virtude de a mistura que fazem ser pouco homogénea e demorada. 1 Em uma betoneira a introducao dos agregados deve ser feita em ordem de- terminada : 12 uma. parte dos ~agregados gratidos uma parte de agua, depois fazer rodar para lavé-la da mis- tura anterior. 2° 0 cimento, o res- tante de Agua, a areia e fazer girar a betoneira... 3° os agregados graidos na ordem crescente de diame- tro, Apés a 1. operagdo de : limpeza com os agregados agregados gratdos ... gratidos e agua, os outros cimento . constituintes de vem vir ae nesta ordem, na cagamba, pedra mitida quando a betoneira é provi- i" da de carregador. agregados gratidos A duragao da mistura nao deve ser muito curta nem muito longa. Para uma_betonei- ra funcionando em boas condigées e Para um concreto plastico, 0 tempo minimo apés 0 car- regamento : Quando a dimenséo das cubas aumenta, 0 tempo de mistura ou o ntimero de voltas cresce com a raiz quadrada do diémetro. A duracdo exagerada da mistura inconveniente ao concreto, porque pode provocar a saida dos agregados grauidos, em particular para a betoneira inclinada. Para agregados fracos pode Ocorrer um desgaste, produzindo muito material fino (ndo 6 o caso comum no Brasil) Ja utilizamos com freqiiéncia o concreto pre- parado antes em uma usina central, e depois transportado em uma betoneira colocada sobre um caminhao. O tempo de transporte deve ser bem curto, para que o langamento seja feito an- tes do inicio da pega. As normas recomendam tempo inferior @ 2 horas. n TRANSPORTE Depois de misturado, 0 concreto 6 colo- cado sobre um local ou dentro de um car- rinho transportador. Na hora do langamen- to os agregados maiores tém a tendéncia de rolar para a borda. Este acidente, que destroi a homogeneidade, 6 mais comum quando a dosagem for feita com uma gra- nulometria descontinua ou um concreto po- bre em cimento, ou ainda um conereto mui- to seco e fraco. Para evitar esse inconveniente devemos empragar concretos onde os agregados gratidos ficam mergulhados na argamassa Durante o transporte no carrinho, o concreto 6 sacudido e sub- metido a vibracdes diversas. As pedras maiores descem enquanto a argamassa sobe. A Isso chamamos SEGREGAGAO PELO TRANSPORTE. Néo colocar muita égua 1° pols se transforma em sopa. Em um concreto bem estudado esta segregacao nao se produz. Evitaremos o risco de um concreto que venha a ser heterogéneo da seguinte maneira Fazendo uma mistura compacta e bem rodea- da de cimento. Evitando uma mistura B® muito seca e quebradi ga. Veremos na quarta parte deste capitulo, como podemos de- terminar experimentalmente, estas qualidades, ” concreto estudado. para uma boa coloca- 0, deve encher perfeitamente a forma e pe- netrar bem na armadura. A granulometria deve ser tal que os agre- gados gratidos nao corram o risco de ficarem Presos contra @ armagéo e venham a produ- zir vazios. Vimos este fenémeno em mecénica dos solos (pag. 35). O conereto fresco é uma es- pécie de solo um pouco especial, porém suas propriedades sao analogas. As ferragens da armagao tem que ser bem protegidas da atmosfera, porque o contato com 0 exterior pode provocar a corroséo do ago. — necessdrio ainda que o trabalho de en- chimento e colocagao seja perfeito e facil, com 0 equipamento apropriado. Assim sendo podemos dizer que © concreto é trabalhavel e a qualidade correspondente chama-se TRA- BALHABILIDADE. TRABALHABILIDADE A colocacéo do concreto tem lugar por des- locamento sobre si mesmo. O operdrio que enche as formas agita-o com um instrumento que faz com que os agregados se desloquem rolando uns sobre os outros. A dificuldade para colocd-lo na forma 6 tan- to maior quanto maior for o atrito do concre- to sobre ele mesmo. O que podemos medir pelo corte ou cisalhamento do concreto. a ingulo de Taludo natural ou Angi}lo de atrito O Angulo de atrito ou o de talude natural, € 0 Angulo formado por um monte de concre- to fresco em equilibrio. Hl © concreto fresco possui igualmente uma coesdo ou resisténcia interna que o mantém sobre ele mesmo. E 0 que o permite ficar ver- tical apés a desforma (até uma certa altura), Para moldar 0 con- creto temos que vencer 0 atrito inter- | 2 noleialedastoe TRABALHO = COESAO + ATRITO 10 cm, Para medir a trabalhabilidade do concreto dispomos de diversos mé- todos : © primeiro, chamado de “ cone de Abrams", consiste em fazer como a crianga que molda a areia em um balde, sobre uma base plana e em medir o ahatimento depois da desforma Oa2em 3a4em Sa7cm 8a 15cm mals de 15 em MuitoFirme Firme concreto vibrado obras macigas. Plastico Mole, Muito Mole concreto armado Lages, Places ou liquido © numero de centimetros do recalque, chamado abatimento, mede a plasticidade da mistura. : Este ensaio é simples e permite verificar a regularidade da quanti- dade de agua adicionada ao concreto, bem como a quantidade de agre- gado mitdo ou areia, adicionada. Mas nao permite controlar a cons- tancia da dosagem. ™ ESPALHAMENTO => Podemos medir diretamente o atrito interno gragas a uma pega mergulhada no concreto. Determinamos entéo o esforco necessério para fazé-la girar. Consta- tamos que este ensaio 6 sensivel & variagdo da granu- lometria mas menos sensivel a quantidade da agua. Podemos medir em uma vasilha a profundidade da entrada de uma meia esfera pesada que da uma rela- 0 com 0 atrito interno. (Ensaio com a bola de Kelly). Podemos ainda medir 0 ntmero de golpes ou o tem- po de vibracao necessério para que um cone de con- creto da dimensao do cone de Abrams encha comple- tamente uma vasilha cilindrica que 0 contém (ensaio sueco VB). Podemos enfim medir 0 tempo de vibragdo necessé- rio para que 0 concreto situado em uma caixa A se po- nha na caixa B logo que tiramos a tampa que fecha a parte inferior de A. 10.2 90% 30 9 60% 60 a 60% 80 a 100% 100 a 160% mais de 160% © método, chamado mesa de batidas ou golpes, consiste em desmoldar uma porgao cénica de concreto sobre uma mesa e em seguida dar a esta mesa 15 elevagdes seguidas de quedas de 1,25 cm em 15 segundos. Mede-se entéo o espalhamento do con- creto pelo seu aumento de diametro médio de base, comparando-o com o diametro ini- cial. Concrete destinado a ser vibrado Concreto forte para obras macigas ou Culdadosamente. acamadas ou vibradas. Conereto plastica para obresmacicas ‘em conereto armado, Conereto mole para concreto armado de ‘armadura pouco espacadss. ido ‘chamado.*sopa" mingau para gates. No Brasil utiliza-se normalmente, em obras, 0 cone de Abrams e em laboratério o ensaio VB além de outros (N.T.) 5 Nao se pode jamais esquecer este principio no estudo de um concreto Procurar a mistura que pos- sui a maior trabalhabili © mais fraco atrito com quantidade mi Agua. Ai esta todo o problema : porque é preferivel mais esforco do que mais agua Certos concretos com pouca agua, ou secos, nao podem ser postos nas formas e adensadas manualmente. Por isto foi preciso descobrir artificios, dos quais o mais usado 6 a VIBRAGAO. ADENSAMENTO POR VIBRACAO Para compreender seu mecanismio fagamos @ seguinte experiéncia : Coloquemos um cubo de pedra sobre uma prancha inclinada Para fazé-la deslizar temos que : — Empurra-la com um esforgo F. —Aumentar o declive de modo que o angulo que a prancha faz com a horizontal seja supe- | rior ao Angulo de atrito da pedra sobre a madeira. | Mas se fizermos a prancha vibrar, empregan- do alguns golpes com um martelo, ou melhor, | famarrando um vibrador, 0 cubo de pedra escor- | rega mesmo com uma pequena inclinagaéo da | prancha “A VIBRAGAO ANULA O ATRITO” Isto é resultante do efeito das vibragdes pois a vibragdo faz com que a pedra seja langada pa- ra cima, durante intervalos muito curtos de tem- po, durante os quais ela nao esté em contato com a prancha. Ela é livre, e seu proprio peso a faz descer de acordo com a forca da gravidade, e se move, gracas a uma série de pequenos saltos, igual a i uma ré em direcao A borda do charco. 7% Mas se colocarmos sobre a prancha cubos cada vez mais pesados, de madei- ra, depois de pedra, depois de ferro, de- pois de chumbo, veremos que 0s cubos mais leves deslizam enquanto que os mais pesados ficam no lugar. Medimos, sempre com o mesmo vibra- dor, 0 esforco F que tem que ser exerc do para fazer deslizar 0 cubo sobre uma prancha horizontal e chamamos P a pres: 880 do cubo sobre a madeira. Veremos que esta forga é no comego nula para as pequenas pressdes, em se- guida,a partir de um certo valor Po da pres- so, ela cresce como se 0 atrito se pro- duzisse sob a presséo normal P aliviada de Po. Tudo se passa como se o cubo pesado fosse efetivamente diminuido de uma. forga correspondente a esta pressao Po. © efeito do vibrador ¢ equivalente a um levantamento, ou seja a uma diminui- go das forgas dé contacto, que séo gra- vitacionais, esta forca de separagao € chamada “expanséo” porque ela tende separar as superficies de contacto. Para permitir 0 movimento sem atrito é necessério agir com uma energia vibra- toria tal que a “expansao" seja superior a PRESSAO " No CONCRETO a vibracdo preduz efeitos andlogos. A multiplicidade das superficies de contacto, entre os agregados, desenvol- ve esforcos de atrito dos quais a resul- tante 6 um coeficiente global de atrito interno. A vibragao tem por efeito, reduzir ou anular © atrito interno. Os gréos entram em vibragao e se cho- cam uns contra 0s outros e o resultado destes choques maltiplos é uma pressao. Um grande numero de bolas lancadas continuamente sobre um obstéculo faz pressao sobre este obstaculo. Esta pressdo devida aos choques e saltos, 6 @ "expansiio” que age em todas as diregdes a0 mesmo tempo. Ela se opée & pressao exterior, peso proprio € aderéncia, para manter os graos separa- dos durante pequenos intervals de tem- po. Quando estao separados eles podem virar, se deslocar e se assentar. Mas para que a vibragdo faca seu efei- to, para que ela anule o atrito interno, tem que exercer uma energia vibratéria tal que a “expanso” seja superior a pressdo : 0 concreto sem atrito é agora idéntico a um liquido que enche os mol- des formas espontaneamente n OS VIBRADORES empregados para 0 concreto séo baseados em diferentes principios Os vibradores de forga cen- trifuga empregam uma peca circular munida de massa ex- céntrica que produz uma for- ca dirigida sucessiva e alter- nadamente em todas as dire- goes do plano da pega circu- Ha vibradores deste géne- ro, onde duas pecas séo aco- pladas e giram no sentido in- verso. Os efeitos transver- sais da forca centrifuga se compensam e resta uma v bragao unidirecional maior. Para obter velocidades de rotacdo mais elevadas, pode- mos utilizar 0 movimento epi- cicloidal onde a pega com a massa excéntrica gira no in- terior de um anel ou de um tubo que Ihe serve de supor- lar. Nestes aparelhos rotativos o princi A vibragéo pode ser feita sobre mesa vibrato- ria : o vibrador é fixado a uma mesa suportada por molas. A forma a ser cheia ¢ fixada sobre a mesa. No canteiro de obra podemos fixar o vibrador nas formas, que passam a funcionar como mem- brana vibratoria. A vibracdo interna consiste em introduzir uma agulha vibradora dentro do con- creto. ot es As _caracteristicas principais de um vi- brador sao te motor pode ser a eletricidade ou uma turbina de ar ‘comprimido Podemos ainda utilizar os vibrado- res de ar comprimido funcionando so- bre o principio da gaveta e os vibrado- res eletromagnéticos onde um péso de aco & posto em vibracdo por um campo magnético alternado. Sua FREQUENCIA, ou seja, nimero de vibra- Ges por minuto. Sua POTENCIA, energia vibratéria fornecida por unidade de tempo, expressa geralmente em Kilowatts. A vibracao aplicada nas formas da um ren- dimento inferior @ vibragao interna, mas a in- terna exige um cuidado maior para assegurar um adensamento uniforme. A agulha tem que ser retirada, e muito lentamente para nao pro- vocar buracos € vazios. A FREQUENCIA de vibragao, ou ntimero de vibragdes por minuto varia conforme o tipo de vibrador (entre 1.500 © 20.000) e tem uma importancia preponderante na vibragio. Cada gréo do agregado na massa que o envolve, oscila co- mo um péndulo que bate com uma certa cadéncia. Dizemos que ele possui uma freqiiéncia yy de vibragdes que Ihe é prépria. Os gréos gratidos se movem lentamente, como um elefante que se balanga, tem uma freqiiéncia prépria muito baixa. Os graos mé- dios s80 mais répidos para se movimentar : 6 como uma crianga que pula corda. Os gréos pequenos tém uma fre- giéncia propria muito elevada. Eles so répidos como uma pulga. Se colocarmos ao mesmo tempo to- dos 0s gréos do concreto sobre uma mesa vibratoria (0 elefante, a crianca ea pulga), e se os submetermos a uma freqiiéncia muito baixa, o elefante dan- gard. A crianga e a pulga ficarao cola- das a mesa. Se a freqiiéncia é elevada, 0 elefante e a crianga ficarao iméveis, somente suas pernas e patas se move- réo enquanto a pulga saltard, E necessario escolher a freqiiéncia de vibra¢éo de acordo com as dimensdes dos grdos que queremos fazer vibrar, isto 6, em fungéio da granulometria do concreto. 0

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