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Leia tambsm: Brasil: Uma Nova Potencia Regional na Economia - Mundo Bertha K. Becker ¢ Claudio A. G. Egler OBrasil Pierce Mombeig Espaco ¢ Lugar Yi-FuTuan Exploragdo dos Oceanos Michel Beguery Geografia e Gedgrajos R.J. Johnston Métodos de Geografia Pierre George Nawureza da Geografia Fisica K.1. Gregory nod Perspectivas da Geografia ‘A. Christofolett |DROLOGIA DE ENCOSTA. NA INTERFACE COM A GHOMORFOLOGIA a eS Como encostas entendemes os espagos fisicos situados entre 1s fundos de vales € 0s topos ou cristas da superficie crustal, os Quais, por sua vez, definem as amplitudes do relevo e seus gradientes topograficos. As formas geométricas do relevo — Converas, cOneavas ou retilineas —, que resultam da aio de processos erosives ¢/ou deposicionais no tempo, igualmente Eondicionam a espacializagio dos processos erosivos-deposi- Cionais subseqiientes. Entre os topos € os funddos de vales transitam sedimentos e diverses elementos detriticos ou soliveis, por meio, dde mecanismes associados &s 4guas Ou aos ventos, ou aes gclos, ‘om interagio com as forcas gravitacionais. Os fundes de vales Coletares podem, entao, transfert estes materiais transporiados ddas encosias para usante, e, por meio de fluxos concentrados em canais, interconectar-se com outros sistemas coletores ou de drenagem (Fig. 31. © reconhecimento, alocalizagio e a quantificagio dos fluxos d'dgua nas encostas so de fundamental importincia a0 entendi- ‘mento dos processes peomorfolégicos que governam as transfor- ‘magGes do relevo sob as mais diversas condigSes climaticas e ge- Figura 3.1 — Diagrama ilustrando a convergéncia dos fluxas das en ‘cosias puna os fundos dos wales, em superficie e subsuperfice, e atra- és de eanats de drenagem intereonectados 94 |MIDKOLOGIA DE ENCOSTA NA INTERFACE COM A oldgicas. As rotas preferenciais seperti dine os mecaismos eos ponderantes ¢ resultam da interacio dos diversos (flora e fauna), abiéticos (clima, rocha, solo e posicao ® antr6picos (uso do sole), que compéem o respective ambiente de drenagem. Alteragies na composigéo destes fatores podem induzira modificagie significativas na dnkmicaespago-temporl los processos hidrologicos atuantes nas encostas e, consequen- temente, no trabalho 4 be y Frente a0 exposto, pode-se considerar que os estudos hidro- Iigcos so de natura nteraiepinas por conepunt an despertando o interesse de diversos especialistas de areas como Agronomia, Biologia, Engenharia (civil eflorestal) Ge ologia, Geomorfologia, Paisagismo e Plangjamento fato decorre da necessidade de buscar es bases para a previsio ‘nio apenas dos processos hidrolégicos, mas de outros fonémenos associados, como, por exemplo, a de trientes, estabilidade das encostas e qualidade da Sgua, importancia direta aos estudes| de chuvas na atmosfera; como lagos, ¢ abaixo da superficie, como 6gua no solo OROLOCIA DE ENCOSTA NA INTSRIACE COM A GEDMORFOLDGIA sagio. A égua move-se rapidamente, como chuva, na atmosfera ‘como fluxo superficial canalizado ou nao-canalizado. Abaixo da superficie, entretanto, move-se mais lentamente e flul gradual- _mente para os rios ou oceanos. Berner e Berner (1887) indicam que os oceanos consti- tom importantes reservatorios de égua, armazenando 97% das aguas do planeta; os gelos representam cerca de 2,1%; as aguas subterraneas totalizam 0.7% e mais, entre lagos doces e salinos (0,016%), umidade do solo (0,005%), atmosfera (0,001%), biosfera (0,0002%) e, nos rios, apenas 0,00009%. Os mesmos autores enfatizam que o total de evaporacao da Terra e o total de precipitacdo que retorna & Terra se equivalem, mostrando que nao ha perdas nobalango global: ambos -m 496,10"m?/ano, o que equivalea uma _ profundidade de 97em/ano em termos médios do planeta. Deacordo comBudyco (1974), América do Sul éo continen- te que apresenta es maiores valores de precipitagio total 11 ano), des quais S3em/ano 2 sup 70cm/ anoretornam a atmostera; ja 0 continente Australiano recebe os menores valores de precipitacio total (47cm/ano), perclendo, por evaporacio, 42 em/ ano e escoando Sem/ano na superficie. A Figura 3.2 ilustra, esquematicamente, 0s movimentos © as mudangas do estado da Sgua que traduzem tum ciclo hidrol6gico. Parte da gua estocada na superficie terreste ¢ transferida para a bbaixa atmostera por evaporagio ou evapotranspiragio, no aso da inclusdo de perdas d'égua pela transpiracao das plantas. O vapor d’égua contido na atmosfera até uma certa altitude pode ser condensado em fungio do proprio rebaixamento de tempe- zaturas com altitude e também pela presenga de microparticulas, em suspensio que funcionam como nicleos de condensagao. Quando o nivel de condensagio atinge uma massa critica € as microgoticulas d’4gua ndo mais conseguem se manter em suspensio no ar, ocorre a precipitagio. As éguas retornam 4 superficie na forma liquida (chuvas) ou sélida (gelo ou neve), de acordo com as condigoes de temperatura na sua zona de prect- 96 Pitagdo. Antes de atingir a superficie, Prada c/ou parcial in roa lentao, seré redisteibutdo na Figura 32— Movimentes e mudanges de estado da trols: Em jr sor ager paisa ch ad eae ‘por ¢formupia de mavens; P = pecpitag I= vegetagio; | = infiltragiio; ES, souaeg is

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