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1.

1 Antecedentes Históricos de Empreendedorismo

• Após a queda de Roma (por volta de 476 dC) até meados do século
XVIII, praticamente não existiu aumentos na geração de riqueza, mas
com o advento do
• empreendedorismo, esse cenário muda principalmente no Ocidente,
que apresenta um crescimento exponencial de 1700 a 1900.
• Assim, ao longo deste cenário, o pensamento empreendedor evolui,
evidenciando a dimensão que o termo alcança, disseminando-se nas
escolas de negócios e academias (MURPHY; LIAO; WELSCH, 2006)

DOMINGOS SIMBE FCSH 2020 4o ano de Economia


• O vocábulo é derivado da palavra imprehendere, do latim,
tendo o seu correspondente, “empreender surgido na língua
portuguesa no século XV. A expressão “empreendedor”,
segundo o Dicionário Etimológico Nova Fronteira, teria
surgido na língua portuguesa no século XVI.

• A origem do termo empreendedorismo não é precisa, no


entanto, constata-se que desde os primórdios da
humanidade existem pessoas que se destacam, inovando
suas atividades ou produtos. À essas práticas inovadoras dá-
se o nome de empreendedorismo.

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• Entre 1271 e 1295, um mercador chamado Marco Polo
tentou desenvolver uma rota comercial para o Oriente e,
numa iniciativa empreendedora, firmou um contrato com
um capitalista a fim de comercializar seus produtos.

• Suas viagens e ações caracterizaram a pessoa que pratica


empreendedorismo, ou seja, uma pessoa empreendedora
que assume riscos físicos e emocionais a fim de atingir seus
objetivos.

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• No período medieval, empreendedor era aquele que
administrava grandes projectos sem que, para isso,
assumisse sérios riscos.

• No século XVII, surgem as primeiras relações entre


empreendedorismo e riscos assumidos. Foi nesse período
que o empreendedor passou a estabelecer acordos
contratuais com o governo a fim de realizar serviços ou
fornecer produtos.

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• A primeira noção de empreendedorismo partiu dos
franceses no século XV. Isso porque em 1437 foi utilizada
pela primeira vez a palavra empreender, que vem do
francês entrepreneur e significa começar algo novo e que
assume riscos.

• A descrição mais comum usada na época era “celui qui


entreprend quelque chose”, que significa aquele que se
compromete com algo.

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• Por volta de 1800, o economista francês Jean Batist Say
utilizou novamente o termo empreendedor em seu livro
Tratado de Economia Política.

• O empreendedor definido por Say (apud DRUCKER, 1987) é


o responsável por “reunir todos os fatores de produção e
descobrir no valor dos produtos a reorganização de todo
capital que ele emprega, o valor dos salários, o juro, o
aluguel que ele paga, bem como os lucros que lhe
pertencem”.

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1.2 Origem e Desenvolvimento de Empreendedorismo

• O termo empreendedor (entrepeneur) é de origem francesa e


significa “assumir riscos e começar algo novo”. Já o termo
empreendedorismo tem sua criação atribuída ao escritor e
economista Richard Cantillon (séc. XVII), pois foi um dos primeiros a
distinguir o empreendedor (pessoa que assume riscos) do capitalista
(fornecedor de capital).

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• Todavia, a expressão “empreendedorismo” foi originada da
tradução da expressão entrepreneurship da língua inglesa
que, por sua vez, é composta da palavra francesa
entrepreneur e do sufixo inglês ship. O sufixo ship indica
posição, grau, relação, estado ou qualidade, tal como, em
friendship (amizade ou qualidade de ter amigo).

• O sufixo pode ainda significar uma habilidade ou perícia


ou, ainda, uma combinação de todos esses significados
como em leadership (liderança=perícia ou habilidade de
liderar) (Barreto, 1998, pp. 189-190).

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• Segundo Landström, Harirchi, Aström (2012),
provavelmente a função é tão antiga como o intercâmbio e
o comércio entre os indivíduos na sociedade, mas, no
entanto, este conceito não era discutido, e somente a
partir da evolução dos mercados econômicos os cientistas
se interessaram pelo fenômeno.

• Segundo Landström e Benner (2010), essa discussão


ocorreu após um grande período de estagnação aplicado
pelo sistema feudal na economia europeia, onde o direito
de propriedade era restrito e os produtos altamente
taxados.

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• Para FILION (1999) Vérin em 1982 foi um dos primeiros a
estudar a evolução do termo enter-preneur através da
história, observando que no século XII, ele era usado para
referir-se “àquele que incentiva brigas”.

• Já no século XVII, representado na era econômica, o


empreendedor estava ligado a pessoa que “tomava a
responsabilidade e coordenava uma operação militar”, e,
no fim deste século e início do século XVIII, o termo foi
usado como referencia à pessoa que “criava e conduzia
empreendimentos”.

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• Filion (1999) e Landström e Benner (2010) descrevem
também as contribuições dos franceses, na figura de Jean
Baptiste Say (1767-1832), o qual definia o empreendedor
no papel de coordenação de produção e distribuição, ou
seja, um coordenador que consistia em combinar os
fatores (terra, capital e indústria humana) de produção que
resultavam em novos empreendimentos.

• Desta forma, o empreendedorismo foi evoluindo frente às


ideias que dominavam a época, o que proporcionou uma
conjuntura de Três Eras distintas do Pensamento
Empreendedor.

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A partir da visão que cada uma apresenta, conforme
exposto sucintamente na figura 1, é possível verificar a
evolução cronológica do processo apresentado por
Landström e Benner (2010).

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• Na Era Econômica (1870-1940), o interesse pelo
empreendedorismo por parte dos economistas vem desde a
abordagem de Cantillon e o foco "risco" (CASSIS,
MINOGLOU, 2005; MURPHY; LIAO; WELSCH, 2006), seguida
pela tradição Knightian representada por Frank Knight com
foco nas "incertezas" (CASSIS, MINOGLOU, 2005;
DAVIDSSON, 2004; HISRICH, PETERS, SHEPHERD, 2009;
JULIEN, 2010), e ainda, a Schumpeteriana - provavelmente a
mais conhecida na figura de Joseph Schumpeter que
constrói uma nova teoria econômica baseada na "mudança
e inovação" (DAVIDSSON, 2004; CASSIS; MINOGLOU, 2005;
FILION, 1999; HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2009).

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• Por fim, a escola Austríaca, destacando que para uma
melhor compreensão do empreendedorismo é preciso o
esclarecimento da ligação entre o empresário e a empresa
(CASSIS; MINOGLOU, 2005).

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• A Era das Ciências Sociais (1940-1970) foi um período
marcado pela entrada dos estudiosos das áreas de
psicologia e ciências sociais, que direcionaram seus
interesses no empreendedor como um indivíduo e
começaram a investigar suas obras e traços de
personalidade.

• A ênfase do empreendedor no processo de mudança


econômica torna-se o objecto de estudo por parte dos
sociólogos, figuras como Max Weber são citados por suas
contribuições.

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• Os psicólogos têm o foco nas ciências comportamentais e
antropológicas, relacionando o empreendedorismo como
um comportamento desviante, ligado à cultura (CASSIS;
MINOGLOU, 2005) e também às discussões de pressuposto
filosóficos quanto a questões: ontológicas,
epistemológicas, além do foco sobre a natureza humana e
da sociedade, que proporcionaram ganhos ao estudo do
empreendedorismo (PITTAWAY, 2005).

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• A Era dos Estudos de Gestão (1970-), por sua vez, foi e está
sendo marcada por mudanças políticas, econômicas e
tecnológicas. Neste contexto, a dinâmica do
empreendedorismo torna-se um tema dominante na
sociedade.

• Landström e Benner (2010) destacam que muitos


estudiosos de diferentes áreas se interessam pelo tema
empreendedorismo, com isso o campo cresceu
consideravelmente, porém esse aumento de pesquisa não
significa um consenso, apenas reforça a necessidade de
pesquisas sistemáticas direcionadas a uma melhor
compreensão do fenômeno.

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• Murphy, Liao e Welsch (2006) destacam que a actividade
empreendedora se expandiu ao longo séculos XVI e XVII,
como o conhecimento experimental, e portanto,
epistemológico ou baseado nas habilidade, tornando-se
cada vez mais instrumentais para corrigir as ineficiências
ou fornecer novas soluções, bens e serviços.
• Nessa linha histórica, Landström e Benner (2010)
descrevem os principais autores que preconizaram as
primeiras concepções sobre empreendedorismo. Uma
figura importante foi Richard Cantillon (aprox. 1680-1734),
pois suas contribuições descrevem que os
empreendedores estavam envolvidos em trocas de
mercadorias direcionadas ao lucro e decisões empresarias,
tomadas em face das incertezas.

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• Neste sentido de entendimento, Julien (2010) destaca a
importância das raízes do empreendedorismo que estão
ligadas em áreas mais antigas e consolidadas como a
economia, ciência do comportamento (psicologia, ciência
cognitiva) e sociologia (MURPHY; LIAO; WELSCH, 2006;
BARON; SHANE, 2007).

• A esse respeito, estudiosos do empreendedorismo têm


emprestados conceitos e teorias das disciplinas tradicionais
e os adaptado para o estudo do empreendedorismo e essa
importação de outros campos de pesquisa é muitas vezes
um primeiro passo necessário para criar um campo que
posteriormente desenvolve conceitos únicos com teorias
próprias (LANDSTRÖM; HARIRCHI; ASTRÖM, 2012).

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• Fortalecendo a discussão, Cassis e Minoglou (2005)
relatam que Cantillon, em 1755, já ligava o
empreendedorismo às perspectivas das teorias
econômicas, sociológicas, psicológicas, antropológicas e
ciências políticas.

• Segundo Julien (2010), para a compreensão do termo, é


necessário recorrer a outras disciplinas, não sendo possível
restringir-se ao empirismo ingênuo de estudos que se
limitam a fazer ligações entre algumas variáveis puramente
econômicas. Como por exemplo a “Farmacia”, venda e
distribuição de medicamentos, “Marketing” venda e
distribuição de diversos produtos…etc etc

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Julien (2010) descreve esse pensamento apoiando-se em
quatro abordagens: a antropológica e psicológica,
sociológica, geográfica e econômica; citando que estas não
esgotam o assunto, apenas delimitam o estudo.

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• Richard Cantillon,um dos primeiros a diferenciar o
empreendedor – aquele que assume riscos – do capitalista –
o que fornecia o capital.
• Um exemplo:
• face a essa premissas a esse nivel pode-se recorrer ao
industrialização de material belico “bombas e outras armas
inteligentes” com código/password com o risco desvio do
password do inimigo.

• E outra questão é fabricação material de destruição sem


contar com as causas advir!

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1.3 Emprendedorismo no Mundo
• Século XVII: os primeiros exemplos de empreendedorismo
começaram a surgir, quando produtores locais estabeleciam
acordo contratual com o governo para realizar algum serviço
ou fornecer seus produtos.

• Richard Cantillon, notório escritor e economista desta


época, é considerado por muitos um dos criadores do termo
empreendedorismo. Isso em razão de ter sido um dos
primeiros a diferenciar o empreendedor – aquele que
assume riscos – do capitalista – o que fornecia o capital.

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• Século XVIII: surge outra relação entre assumir riscos e o
empreendedorismo. Devido ao conceito de industrialização
que se espalhava por todo o mundo, através da Primeira
Revolução Industrial que ocorreu na Grã-Bretanha.

• Séculos XIX e XX: apogeu da industrialização no mundo.


Neste período, as ações dos empreendedores envolviam
organização e controlo. O que acabava confundindo suas
atribuições com as de um empresário e administrador.

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• Mas durante a Idade Média, lentamente essas condições
se modificavam e o sistema de empreendedorismo evoluía
com base nas classes dos comerciantes e na ascensão das
cidades.

• Neste período o termo empreendedor "foi usado para


descrever tanto um participante quanto um administrador
de grandes projectos de produção" (HISRICH; PETERS;
SHEPHERD, 2009, p. 28).

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• De acordo com Hisrich (2004), um empreendedor desse
período foi John Law, francês que conseguiu permissão
para estabelecer um banco real.

• O banco evoluiu para uma franquia exclusiva, formando


uma empresa comercial no Novo Mundo – a Mississippi
Company. Infelizmente, esse monopólio sobre o comércio
francês levou à ruína de Law quando este tentou aumentar
o valor das ações da empresa para mais do que o valor de
seu patrimônio, levando a mesma ao colapso.

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• Cantillon descreveu o empreendedor, como alguém que
corria riscos, através da observação dos comerciantes,
fazendeiros, artesãos e outros proprietários individuais
“compram a um preço certo e vendem a um preço incerto,
portanto operam com risco” (HISRICH, 2004, p. 28).
• Mais tarde, por volta de 1765 o termo começou a ser
utilizado na França para designar aquelas pessoas que se
associavam com proprietários de terras e trabalhadores
assalariados.

• Nessa mesma época, o termo era também utilizado para


denominar outros aventureiros, tais como: construtores de
pontes, empreiteiros de estradas ou arquitetos.

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• Os empreendedores eram analisados apenas do ponto de
vista econômico, como aqueles que organizam a empresa e
são designados a pagar os empregados, planear e controlar
as ações desenvolvidas na empresa. Mas sempre a serviço
do capitalismo.

• Schumpeter (1984), economista austríaco, defendeu o


papel do empreendedor e seu impacto sobre a economia.
Ele definiu o termo como alguém com desejo e potencial
de converter uma nova ideia ou invenção em uma
inovação bem sucedida, tendo como principal tarefa a
“destruição criativa”.

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• Provavelmente com o início da industrialização, ocorrida
no século XVIII, o capitalista e o empreendedor foram
finalmente diferenciados. Thomas Edison, pesquisador da
eletricidade e química, somente pode desenvolver seus
experimentos com o auxílio de investidores, os quais
financiavam seus projetos.

• Thomas Edison era usuário de capital (empreendedor), e


não fornecedor (investidor de risco). Um investidor de risco
é um administrador profissional do dinheiro que faz
investimentos de risco a partir de um determinado valor de
capital próprio para com isso obter uma alta taxa de
retorno sobre o investimento.

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• Thomas Edison era usuário de capital (empreendedor), e não
fornecedor (investidor de risco).
• Um exemplo a esse nivel é a fabricação de celulares inteligentes
“Iphone”,
• carros de/para formula 1 “Mercedes, Ferrari, Lamborghini, Bugatti,
etc etc,
• Marcas de vestuario como Nike, Rebook, Adidas, etc etc

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1.3.1 Empreendedorismo na Africa
• Normalmente o tipo de empreendedores que investe em países
africanos são aqueles que utilizam a sua própria experiência de vida,
com o intuito de transformar a sua ideia em algo real e funcional.

• Este empreendedor tem como objetivo descobrir as necessidades


onde pode tirar proveito e pôr a sua motivação para trabalhar. Muitas
vezes opta por uma área onde já tem conhecimento e recursos para
criar e aumentar a sua riqueza podendo simultaneamente gerar valor
social.

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• A fantástica história de William Kamkwamba, um jovem
que aos 14 anos decidiu “sair do lugar” e mudou para
melhor a vida de muitas pessoas, seja pelo impacto direto
de suas ações ou pelo exemplo de empreendedorismo que
já inspirou muitas pessoas em todos os continentes.

• William nasceu em Malawi,  país mais pobre do mundo


segundo relatório de 2005 do FMI, passou fome junto com
sua família e mesmo assim conseguiu construir sozinho 2
moinhos de vento que geram energia pra sua casa e
irrigam plantações de sua vila.

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Essa história comoveu jornalistas do mundo inteiro e William teve a
oportunidade de fazer parte de um grupo de jovens lideranças na
África do Sul. Hoje com 22 anos, ele conta sua história nesse mini-
documentário: assista no youtube

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• Com a zona africana a crescer economicamente, este
mercado torna-se cada vez mais atrativo.

• Muito embora muitos dos países da África Subsariana


(Angola, Botsuana, Etiópia, Gana, Malauí, Namíbia, Nigéria,
África do Sul, Uganda e Zâmbia) não sejam bons para o
negócio, muito frequentemente a África é, hoje encarada
por muitos como o continente das oportunidades, sendo
alguns países atrativos, em termos de investimento,
nomeadamente, Angola, Nigéria e África do Sul.
Moçambique com o efeito da descoberta de de recursos
naturais, nao foge a rota de investidores.

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• Estes países oferecem novas oportunidades, emprego e
recursos e são atrativos para os empreendedores
começarem o seu negócio. Apesar do sector primário estar
a sofrer uma descida devido às fortes inovações em alta
tecnologia, o setor das telecomunicações, bancário,
construção e muitos investimentos privados começam a
surgir.

• Trata-se pois, de país em vias em desenvolvimento, onde a


pobreza e o desemprego podem ser combatidos. Contudo,
é fundamental que as pessoas se tornarem
empreendedoras, objectivas, e aptas a conseguir melhores
condições de vida.

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• Ainda assim, existem alguns problemas que podem ser
vistos como barreiras para empreender em África, como
por exemplo, as inúmeras doenças, problemas sociais
locais que existem em alguns países, as relações
conflituosas entre algumas comunidades, a má qualidade
das infraestruturas.
• No entanto, para um empreendedor, estes “problemas”
são vistos como oportunidades e como negócios futuros,
algo que pode ser explorado para criar valor e sucesso, não
só a nível pessoal, mas a nível social.; por exemplo:
“empreendedores, visionarios e corajosos” a importar
medicamentos de malária, cólera, ebola, HIV-Sida ...e
outras doenças endemicas.

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• De acordo com um estudo publicado por PR Newswire
Association LLC (2013) o sucesso de alguns
empreendimentos que foram realizados em África, depende
da capacidade dos empreendedores terem encontrado
oportunidades e terem sabido avaliá-las correctamente.
Sendo muito importante o seu bom senso e capacidade
gestora.

• Exemplo num passado recente ou seja na guerra dos


desestabilização surgiram “corajosos, visionarios,
empreendedores” que forneciam produtos alimentares e
vesturario do vizinho Zimbabwe, Malawi e RSA. Os outros
até arriscavam em ir comprar carros de luxo e acessorios em
tempos de conflitos.

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• Assim, e em conclusão, poder-se-à dizer que alguns países
africanos podem ser muito interessantes em termos de
investimento. No entanto, para que os empreendedores
beneficiem dos seus investimentos é necessário que
empreendam de forma correcta e que criem e sustentem
valor social neste países menos desenvolvidos, mas ricos em
recursos.

• Exemplo: hoje os “visionarios, corajosos” saem dos grandes


países para os campos em busca de recursos minerais e
florestais, garantindo a sustentabilidade “economica” no
seio da comunidade. Os servisços que apresentam sao
aluguer de maquinas, carros, serviços de Catering etc etc.

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1.3.2 Empreendedorismo na Europa
• Contudo, foi a Inglaterra o país que mais dedicou esforços para definir
explicitamente a função do empreendedor no desenvolvimento
econômico. Dentre os ilustres teóricos que ofereceram uma grande
contribuição para o entendimento do fenômeno do
empreendedorismo ressalta-se, Adam Smith e Alfred Marshall.
• Adam Smith caracterizou o empreendedor como um proprietário
capitalista, um fornecedor de capital e, ao mesmo tempo, um
administrador que se interpõe entre o trabalhador e o consumidor.

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• O conceito de Smith refletia uma tendência da época de
considerar-se o empreendedor como alguém que visava
somente produzir dinheiro.

• Entretanto, o empreendedor foi descrito pelo economista


inglês Alfred Marshall como alguém que se aventura e
assume riscos, que reúne capital e o trabalho requerido
para o negócio e supervisiona seus mínimos detalhes,
caracterizando-se pela convivência com o risco, a inovação
e a gerência do negócio.

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• A importância conferida ao papel desempenhado pelo
empreendedorismo na sociedade mudou radicalmente ao
longo do último meio século.

• Após a Segunda Guerra Mundial, imperava na teoria


económica a noção de que as grandes empresas seriam as
únicas que reuniam condições para explorar plenamente as
oportunidades de inovação (Schumpeter, 1942).

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• No final do século XIX e início do século XX, de acordo com
Dornelas (2001) os empreendedores foram confundidos
com gerentes ou administradores, vigorando esta concepção
sob o enfoque econômico até os dias atuais, sendo os
empreendedores definidos como aqueles que organizam a
empresa, pagam os empregados, planejam, dirigem e
controlam as ações desenvolvidas na organização, mas
sempre a serviço do capitalismo.

• Andrew Carnegie é um do melhores exemplos dessa


definição, pois não inventou nada, mas adaptou e
desenvolveu nova tecnologia na criação de produtos para
alcançar vitalidade econômica.

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• Escocês de origem pobre, fez da indústria de aço uma das
maravilhas do mundo industrial, através de sua incessante
busca por competitividade, ao invés da inventividade ou
criatividade (HISRICH, 2004).

• Somente em 1911, com a publicação da obra Teoria do


Desenvolvimento Econômico de Joseph A. Schumpeter, é
que a conotação de empreendedor adquiriu um novo
significado.

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• Segundo Schumpeter (apud DEGEN, 1989) “o
empreendedor é o responsável pelo processo de destruição
criativa, sendo o impulso fundamental que aciona e mantém
em marcha o motor capitalista, constantemente criando
novos produtos, novos métodos de produção, novos
mercados e implacavelmente, sobrepondo-se aos antigos
métodos menos eficientes e mais caros”.
• Porém, desde os anos noventa, o empreendedorismo
(entendido como criação de novas empresas, por natureza
de pequena/média dimensão) tem sido identificado como
uma das principais tendências socioeconómicas e um motor
da inovação, da competitividade e do desenvolvimento
económico.

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• Segundo Schumpeter (apud DEGEN, 1989) “o
empreendedor é o responsável pelo processo de destruição
criativa, sendo o impulso fundamental que aciona e mantém
em marcha o motor capitalista
• Um exemplo
• é o aparececimento de Airbus em detrimento de Antanov e
Boeing ;
• Tecnologias avançadas de reconhecmento usado pelo
Snipers (soldados) em detrimento de watsap;
• Enegia Solar em detrimento de energia electrica, etc etc

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1.3.3 O empreendedorismo no Brasil
• O empreendedorismo no Brasil teve início com a chegada dos
portugueses, a partir do século XVII, época em que foram realizados
os mais diversos empreendimentos, como os executados por Irineu
Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá.

• Até hoje, ele ainda é reconhecido como uns dos primeiros grandes
empreendedores do Brasil.

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• No governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960), o Plano de
Metas permitiu a abertura da economia brasileira ao capital
estrangeiro (isentando o pagamento de tributos para a
importação de máquinas e equipamentos), implantação da
indústria automobilística no ABC paulista e o
desenvolvimento da indústria naval. Foi um período
bastante marcante para o empreendedorismo no Brasil.

• A partir da década de 1990, o empreendedorismo no Brasil


ganhou destaque com a abertura da economia. A partir da
criação do SEBRAE e do SOFTEX (Sociedade Brasileira de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o
empreendedorismo foi alavancado

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• Ao longo do século XX outros empreendedores também
deixaram sua marca na história do empreendedorismo
brasileiro:
• Attílio Francisco Xavier Fontana – criou o Grupo Sadia (atual
Brasil Foods, resultado da fusão entre Sadia e Perdigão).
• Valentim dos Santos Diniz – fundador da rede de
supermercados Pão de Açúcar, revolucionou o varejo com
novas formas de atendimento ao cliente, alterações
• nos sistemas de embalagem, refrigeração, técnicas de
venda, publicidade e administração, influenciando padrões
de consumo e comportamento.

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• José Ermírio de Moraes – responsável pela transformação
da Sociedade Anônima Votorantim em um grande
conglomerado, que atua em diversos segmentos, tais como:
têxtil, siderúrgico, metalúrgico, produtos químicos e
cimento.
• De acordo com pesquisa realizada pelo Global
Entrepreneurship Monitor (GEM) e divulgada pelo SEBRAE,
em 2010, o Brasil apresentou a maior taxa de
empreendedorismo dos países que compõem o G20, grupo
das maiores economias do mundo e o BRIC (grupo que
reúne os emergentes Brasil, Rússia, Índia e China).

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1.4 O Empreendedorismo na Universidade
• Em 1972 foi criado o CEBRAE que, em outubro de 1990, passou a ser
chamado de Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(SEBRAE).

• Na década de 80 surgiu a primeira iniciativa quanto ao ensino de


empreendedorismo, através da Escola de Administração de Empresas da
Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, com a disciplina “Novos Negócios”.
Outra
• grande contribuição foi dada pela Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, a qual inseriu a disciplina “Criação de Novas Empresas” no curso de
Ciência da Computação
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• Na década de 1990, o empreendedorismo passou a ser
foco de políticas públicas e de estudos em instituições de
ensino médio e superior. Isso ocorreu devido ao intenso
avanço tecnológico, que forçou as pessoas da época a se
prepararem para inovar, continuando ou tornando-se
assim, competitivas no mercado.

• Tudo isso, ainda hoje, é observado através dos incentivos


governamentais a novos investimentos, integração da
disciplina aos currículos escolares e desburocratização de
financiamentos para implantação de novos negócios

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• Os modelos de influência são importantes para analisar os
comportamentos dos empreendedores. Eles podem
adquirir uma cultura empreendedora através da prática,
com a convivência de pais empreendedores.

• Por meio da teoria de Schumpeter, o empreendedor é uma


pessoa apta a realizar inovações, fazer coisas diferentes.
Exige-se um comportamento pró-ativo e criativo.

• O empreendedor é considerado uma pessoa que sabe


identificar as oportunidades de negócios, os espaços no
mercado e que se organiza para progredir.

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• Mas, nosso sistema de ensino é concebido para aprender a
dominar as questões analíticas, o estudante passa anos, do
primário à Universidade, numa relação quase de passividade
com o aprendizado.

• Para saber se o empreendedorismo pode ser ensinado,


devemos adaptar a abordagem pedagógica à lógica de cada
disciplina ou campo de estudo. Não se pode ensinar
empreendedorismo como se ensina outras matérias (Filion,
1994).
• É perfeitamente possível oferecer programas e cursos como
sistemas de aprendizado adaptados à lógica desse campo de
estudo. Aliás, é interessante ter esse tipo de desafio
pedagógico

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• De acordo com a Comissão Europeia (EC, 2008), para
garantir o sucesso da estratégia de Lisboa em termos de
crescimento e geração de emprego, a Europa tem que
estimular o espírito empreendedor dos jovens, incentivar
as empresas inovadoras e fomentar uma cultura que
potencie o empreendedorismo e o crescimento das
pequenas e médias empresas.

• E para tal, o papel da educação na promoção de uma maior


atitude empreendedora é amplamente reconhecido.

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• Ao nível do ensino superior, segundo a Comissão, o
objetivo principal do ensino do empreendedorismo deve
ser o desenvolvimento da mentalidade e capacidade
empreendedora dos estudantes.

• Contudo, na altura o ensino do empreendedorismo ainda


não estava suficientemente integrado nos curricula dos
cursos universitários, pois os dados disponíveis mostravam
que a maioria dos cursos de empreendedorismo era
oferecida nas áreas de formações ligadas à gestão e à
economia (EC, 2008).

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• A Comissão Europeia, noutro relatório (EC, 2010), sublinha
a importância de que todos os estudantes devem ter
acesso a iniciativas de ensino do empreendedorismo, as
quais devem ser oferecidas em todos os tipos e níveis de
educação.

• Mais recentemente, em 2012 (EC, 2012b), a Comissão


Europeia publica os resultados de um estudo que revela
que o ensino do empreendedorismo tem um impacto
positivo na mentalidade empreendedora dos jovens, na
intenção de iniciar um novo negócio, na sua
empregabilidade e também no seu papel na sociedade e
na economia.

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• O ensino do empreendedorismo tem de saber acompanhar
esta realidade, quer ao nível das metodologias de ensino,
quer ao nível das ferramentas que aplica e que se traduzem
em conhecimento que os alunos poderão aplicar em
contexto real. Diversas metodologias e ferramentas têm sido
convocadas para este desafio.

• Nas IES´s em Moçambique, a simulação empresarial, feira e


exposição comercial dos diversos produtos traduzem em
varios contexto de empreendedorismo.

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• Em termos pedagógicos importa não desconsiderar os
métodos de ensino tradicionais, mas deve ser atribuída uma
importância acrescida a modelos menos formais e mais
adequados ao ensino do empreendedorismo.

• Nomeadamente, pode recorrer-se a diversas ferramentas


pedagógicas, como por exemplo os casos de estudo, e a
metodologias mais recentes como é o caso do ensino
baseado em projectos. As estratégias de ensino do
empreendedorismo podem incluir também: jogos e
simulações, seminários realizados por empreendedores,
colaboração com empresas no âmbito de projectos,
programas intensivos (bootcamps), entre outros

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• Ao nível do ensino de competências e do uso de
ferramentas aplicáveis pelo empreendedor têm sido
promovidas diversas abordagens e filosofias, destacando-se
o Business Model Canvas de Osterwalder e Pigneur e outras
abordagens baseadas em canvas ou posters e, ainda, o Lean
Startup de Eric Ries.

• Estas ferramentas são essencialmente uma sistematização


útil e relativamente intuitiva que podem ser utilizadas sob
diferentes formas (por exemplo, launch pad de Steve Blank)
no ensino do empreendedorismo.

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• As pessoas que se matriculam nesses cursos não querem
todos se tornar empreendedores, mas vários querem
descobrir o mundo do empreendedor. Sendo assim,
estabelecemos distinções entre as categorias de cursos que
tratam ora da sensibilização, ora das práticas de gestão.

• Portanto as instituições de ensino hoje estão aptas a


instituir certificados e diplomas nesse campo. Hoje é muito
fácil encontrar cursos sobre empreendedorismo, inclusive
estudos de casos, trabalhos de campo e contatos com
pessoas que vivenciam este mundo.

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• O empreendedorismo surge de contextos culturais que se
desenvolvem em torno de empreendedores que dirigem
pequenas empresas.

• Na verdade, o sucesso está constantemente ligado a sinais


tangíveis de riqueza e de status como o lugar onde mora, a
marca do carro, as relações sociais, etc.
• Actualmente, a tendência entre os estudantes, é definir o
sucesso de acordo com critérios de realização própria,
onde as prioridades não são mais acumulação e status,
mas equilíbrio de qualidade de vida.

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• O ensino do empreendedorismo apresenta desafios
fascinantes nos próximos anos. Um dos principais está na
importância de aplicar ao ensino e às etapas do
aprendizado, aquilo que é o ponto alto de nossa actividade:
a inovação.

• Há anos atrás, a educação empreendedora centralizava no


plano dos negócios. Nos dias de hoje o plano dos negócios é
utilizado cada vez mais como etapa conclusiva.

• Um dos agravantes que encontramos ao lecionar o


empreendedorismo é a questão cultural. Durante muitos
anos, nossos pais nos educaram para buscarmos um bom e
estável emprego em uma grande empresa.

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• Esse paradigma levou a uma percepção infundada de que
aqueles que tivessem escolhido a carreira empreendedora
eram aqueles que não gostavam de estudar.

• Montar o próprio negócio era a única saída dos


„incapazes‟. Esse rótulo diminui a receptividade dos jovens
quanto à carreira empreendedora. Existe a esperança de
que essa percepção felizmente esteja mudando, mas ainda
é forte na cultura nacional.

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• Existe um preconceito de que empreendedorismo não se
ensina, se faz. Relatos de empreendedores que
abandonaram a escola para empreender ganharam
notoriedade com muita rapidez e a consequência directa é
que os que querem empreender não vão buscar na escola
a sua formação, preferem aprender por conta própria e se
inspirar nas histórias de outros empreendedores.

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