You are on page 1of 22

Liderança, poder e política nas organizações

Competências atitudinais como diferencial na


organização.

30/03/2023

UC Aspectos Humanos e Socioculturais


Liderança, poder e política nas organizações:

A liderança é, de certa forma, um tipo de poder pessoal.


Pela liderança, uma pessoa influencia outras pessoas em função dos relacionamentos existentes. A
influência significa uma transação interpessoal por meio da qual uma pessoa age no sentido de
modificar ou provocar o comportamento de uma outra de maneira intencional. A influência é um
conceito estreitamente ligado ao conceito de poder e autoridade.

Conceito de poder, trata-se do potencial de influência de uma pessoa sobre outra(s). O poder em uma
organização é a capacidade de afetar e controlar as decisões e ações das outras pessoas, mesmo quando
elas possam resistir. Por outro lado, a autoridade é o poder legítimo, ou seja, o poder que tem uma
pessoa em virtude do papel ou posição que ocupa em uma estrutura organizacional. Autoridade é o
poder legal e socialmente aceito.
Liderança, poder e política nas organizações:

- Um indivíduo que ocupa uma elevada posição em uma organização tem poder pelo fato de sua
poção ter o que chamamos de poder de posição.

- Em uma organização, o poder do presidente é maior do que o do gerente, devido à autoridade


formalmente atribuída pela sua posição hierárquica e não devido às suas características pessoais que
certamente o capacitaram a ocupar o cargo.

- A capacidade de influenciar, persuadir e motivar os liderados está fortemente ligada ao poder que se
percebe na pessoa.
Liderança, poder e política nas organizações:

- Tipos de poder: French e Raven distinguem cinco diferentes tipos de poder:

1. Poder coercitivo: é o poder baseado no temor e na coerção. O liderado percebe que o fracasso em
atender às exigências do líder poderá levá-lo a sofrer algum tipo de punição ou penalidade que ele
quer evitar.

2. Poder de recompensa: é o poder que se apóia na esperança de alguma recompensa, incentivo,


elogio ou reconhecimento que o liderado espera obter.

3. Poder legitimado: é o poder que decorre do cargo ou posição ocupada pelo indivíduo no grupo ou
na hierarquia organizacional. É a nivelação hierárquica que estabelece os escalões de autoridade
dentro da organização.
Liderança, poder e política nas organizações:

4. Poder de competência: é o poder baseado na especialidade, no talento, na competência, na


experiência ou no conhecimento técnico da pessoa. É também chamado de poder de perícia.

5. Poder de referência: é o poder baseado na apelo. O líder que é admirado por certos traços de
personalidade desejáveis. O poder de referência emana da admiração e do desejo de se parecer com o
líder.
Liderança, poder e política nas organizações:

Dependência: O aspecto mais importante do poder é o fato de que ele é uma função da dependência.

Quanto maior a dependência de um subordinado em relação ao seu chefe, tanto maior é o poder do
chefe sobre o subordinado. Se o chefe possui algo que somente ele possui e controla e que os
subordinados precisam, ele os transforma em dependentes e passa a ter poder sobre eles. A
dependência é inversamente proporcional às fontes de suprimento.

A posse de algo abundante não aumenta o poder. Se todo mudo é rico, o dinheiro não representa uma
fonte de poder. Se um chefe monopoliza informações, prestígio ou algo que as pessoas desejam, elas se
tornam dependentes dele.

E, pelo contrário, quanto mais uma pessoa ou organização expandir suas opções, menos poder ela vai
colocar na mão dos outros.
Liderança, poder e política nas organizações:

A dependência é tanto maior quando o recurso controlado é importante, escasso e não-substituível.


1. Importância: para que haja dependência, o recurso controlado precisa ser importante e valioso. Ex.:
Em empresas de alta tecnologia, os engenheiros de pesquisa e desenvolvimento se tornam um grupo
poderoso, enquanto em empresas orientadas para o mercado, a área de marketing tem maior poder.

2. Escassez: um recurso precisa ser percebido como escasso para gerar dependência. Se o recurso é
abundante, sua posse não aumenta o poder. Ex.: Possuir um recurso escasso pode aumentar o salário,
mas também o poder e valor das pessoas. É o caso do conhecimento.

3. Não-substituição: o poder aumenta na medida em que não existem substitutos viáveis. O recurso
precisa ser percebido como de difícil substituição por outro. Ex.: O reconhecimento da competência de
uma pessoa aumenta seu valor, sua visibilidade e sua mobilidade na organização.
Liderança, poder e política nas organizações:
Táticas de poder: Maneira como os líderes influenciam as pessoas nas organizações:

1. Razão: utilização de fatos e dados para elaborar uma apresentação lógica ou racional de idéias.
2. Amabilidade: utilização de elogios, criação de um clima de boa vontade, postura humilde e
tentativa de parecer amigável ao fazer um pedido.
3. Coalizão: obtenção de apoio de outras pessoas na organização para uma determinada idéia.
4. Barganha: uso de negociação por meio de troca de benefícios, favores ou vantagens.
5. Afirmação: utilização de uma abordagem di- reta e vigorosa, lembretes repetidos, ordens para
cumprimento ou citação de regras que exigem obediência.
6. Autoridades superiores: obtenção de apoio dos níveis mais altos da organização para a idéia.
7. Sanções: utilização de recompensas e punições, como promessas ou ameaças em relação a salários,
avaliação do desempenho ou promoções.
Liderança, poder e política nas organizações:
 Há uma adequação da tática ao objetivo visado:
A expectativa em relação ao sucesso orienta a escolha das táticas.A cultura organizacional influencia as
táticas gerenciais para obter poder.

Algumas culturas estimulam o uso da amabilidade, outras encorajam a razão e outras utilizam sanções e
a afirmação. Quando querem benefícios de seus superiores, os gerentes usam relações cordiais e
amabilidade.

Quando o objetivo é a aceitação de uma idéia, usam a razão. Quando querem favores dos subordinados,
os gerentes usam a amabilidade, e quando querem vender uma idéia a eles, usam a razão.

Quando a experiência anterior indica alta probabilidade de sucesso, fazem um simples pedido para obter
eficiênca. Quando o sucesso é menos provável, usam a afirmação e as sanções.
Liderança, poder e política nas organizações:
Gerência ou Liderança?

Liderança e administração são conceitos que costumam ser confundidos, indevidamente.

A administração busca a ordem e consistência através da elaboração de planos formais, do desenho


organizacional e da monitoração dos resultados alcançados em comparação com os planos
estabelecidos.

A liderança, por outro lado, se relaciona com o enfrentamento da mudança. O líder define direções
através do desenvolvimento de uma visão do futuro, e depois engaja as pessoas comunicando-lhes essa
visão e inspirando-as para superar os obstáculos.

O administrador se fundamenta na sua posição na hierarquia organizacional, enquanto o líder se


fundamenta em suas próprias qualidades pessoais. Para combinar gerência e liderança, o executivo
moderno precisa demonstrar um balanço e foco sobre os processos organizacionais (gerência) e uma
genuína preocupação com as pessoas (liderança).
Liderança, poder e política nas organizações:
Liderança é inata?

Abordagem Genética - Antigamente acreditava-se que o indivíduo nascia com características , aptidões e
valores próprios de um líder. Na moderna Administração acredita-se que os valores , ideais e
características de um líder são aprendidos através da experiência e do relacionamento com o meio
ambiente.

O que significa ser um líder?

Líder é quem influencia os outros a atingir objetivos. Os líderes orquestram a mudança, estabelecem
orientações e motivam as pessoas a superar obstáculos e a mover a organização em direção a seu futuro
ideal.
Liderança, poder e política nas organizações:
Teorias Comportamentais

Identificação do que fazem os lideres. As características pessoais são consideradas menos importantes
que o real comportamento exibido pelos líderes. Que são:

Comportamento, foco, desempenho nas tarefas, velocidade, qualidade e precisão do trabalho,


quantidade de produção e obediência de regras.

Esforços do líder para atingir metas. Satisfação e estabilidade social do grupo, desenvolvimento e
mantimento de relações harmoniosas de trabalho.

Sentimentos e no bem-estar das pessoas, apreciação por elas e redução do estresse.


Liderança, poder e política nas organizações:
Teorias comportamentais: Pesquisa da Universidade de Iowa (1930, Kurt Lewin)

a. Liderança autocrática: o líder fixa diretrizes, centraliza o poder e a tomada de decisão. Toma as
decisões, informa ao grupo o que ele deve fazer e o supervisiona cerradamente. O líder é dominador
e pessoal nos elogios e críticas ao grupo.

b. Liderança liberal (laissez-faire): o líder tem participação mínima, supervisão totalmente afastada e dá
completa liberdade para as decisões grupais ou individuais. O líder não faz nenhuma tentativa de
avaliar ou regular as ações do grupo.

c. Liderança democrática: o líder esboça as diretrizes que são debatidas pelo grupo, incentiva a
participação do grupo nas decisões e descentraliza autoridade. O líder conduz e orienta o grupo e
limita- se aos fatos em seus elogios e críticas ao grupo.
Liderança, poder e política nas organizações:
Habilidades básicas de Liderança

1. Habilidades de caráter: com as quais demonstra integridade através do autoconhecimento,


sensibilidade, ação baseada em valores, balanço pessoal, apoio e suporte pessoal, abertura espiritual
e responsabilidade como fonte confiável.

2. Habilidades relacionais: com as quais o líder mantém interconexões com as pessoas através do
diálogo, inclusão social, consenso, busca de acordos, retroação construtiva e solução colaborativa de
problemas. Relações humanas e participativas como comunicação de apoio e espírito de equipe são
absolutamente essenciais. Além disso, deve saber desenvolver um clima de aprendizagem, intensa
transmissão de informação e experiência, avaliação de resultados e retroação, aconselhamento de
carreira e agente de mudança organizacional.

3. Habilidades de mediação: com as quais o líder transforma conflitos em oportunidades por meio da
honestidade e empatia, confrontação apoiadora, valorização da diversidade, inteligência emocional,
empatia, negociação baseada em interesses e resolução de conflitos como fonte mediadora.
Liderança, poder e política nas organizações:
Habilidades básicas de Liderança

4. Habilidades de sabedoria: com as quais o líder aumenta a compreensão das pessoas, como
imaginação, intuição, julgamento, inovação, raciocínio crítico, resolução paradoxal de problemas e
planejamento estratégico revolucionário como fonte orientadora.

5. Habilidades conclusivas: com as quais o líder motiva as pessoas a agir, envolvendo outras pessoas,
construindo coalizões, talentos.

6. Habilidades de ação: Com as quais o líder compromete as pessoas para alcançar resultados, como
dedicação, responsabilidade, autocorreção, preocupação com qualidade, compromisso, perseverança e
resultados avaliados como fonte impulsionadora..
Liderança, poder e política nas organizações:

Essas seis habilidades básicas são eminentemente comportamentais. Elas não são traços de
personalidade ou estilos de gerenciamento, mas significam um conjunto de ações e comportamentos
identificáveis que o líder deve desempenhar e que proporcionam certos resultados.

Essas habilidades são intimamente inter-relacionadas e se superpõem umas sobre as outras.

As habilidades do líder precisam ser reunidas e estreitadas entre si para proporcionar mais integração e
força conjunta.

Líderes eficazes não desempenham apenas uma ou outra habilidade independente das demais, mas
priorizam o conjunto delas.

Líderes em Ação – Atitudes do Líder (Atividade: Análise crítica do Vídeo)


https://www.youtube.com/watch?v=7my6nwkqTRQ
Competências atitudinais como diferencial na organização:

As competências organizacionais reúnem os recursos oferecidos pela empresa, com experiências e


conhecimentos compartilhados no ambiente de trabalho, formando a cultura organizacional, estando
presente tanto no dia a dia dos colaboradores, quanto na missão e visão da organização.

A diferença entre as competências básicas e essenciais está ligada a sua influência na capacidade
organizacional e competitiva de uma empresa.

As competências organizacionais básicas são consideradas indispensáveis para administrar com eficiência
o seu negócio, garantindo sua permanência no mercado, não atribuindo diferencial competitivo à
empresa.

Já as competências organizacionais essenciais agregam um diferencial competitivo e valor à marca,


podendo alcançar um lugar de destaque.
Competências atitudinais como diferencial na organização:

Nas competências organizacionais básicas, é necessário oferecer justamente o básico conforme o padrão
do mercado para seu nicho, possibilitando conquistar os clientes desejados e bons resultados para a sua
organização.

Algumas das principais competências organizacionais básicas são:

•Boa localização geográfica;

•Bom atendimento ao cliente;

•Preço compatível com o mercado;

•Quadro de profissionais qualificados;

•Entre outras.

.
Competências atitudinais como diferencial na organização:

As competências organizacionais essenciais são as que diferenciam seu negócio dentre os outros, fazendo
com que ele chegue a um lugar de destaque e singularidade no mercado. Agregam valor a sua marca,
tornando-a mais atraente para os clientes. Por isso, é necessário investir em inovação, o que traz grande
vantagem competitiva ao seu negócio.

Então, é necessário estar aberto às mudanças,  buscando se adaptar às tendências e novidades do


mercado, fugindo da penumbra da estagnação. 

Para isso, existem algumas perguntas que podem te ajudar, como:


•Meu negócio é único?
•Qual é o diferencial da minha marca?
•O que eu faço que ninguém mais faz?
•Qual é a identidade da minha empresa?
•Qual é a relevância do que eu ofereço para os consumidores?

.
Competências atitudinais como diferencial na organização:

Algumas das principais competências organizacionais essenciais são:

•Ambiente organizacional estimulante;

•Benefícios diversos e valorização dos profissionais;

•Gestão de pessoas que busca o desenvolvimento do colaborador e seu bem-estar;

•Entre outras.

.
Competências atitudinais como diferencial na organização:

As competências organizacionais influenciam nos resultados da empresa. Dessa forma, é necessário


desenvolvê-las de forma coordenada e correta. Para isso, existe um conjunto de ações que pode ser
adotado pela empresa para alcançar o seu lugar de destaque. Como:

1. FAÇA O MAPEAMENTO PELA EMPRESA: O primeiro passo é mapear as competências


organizacionais essenciais para o sucesso da empresa, identificando as competências existentes que
precisam de melhoria e as que precisam ser desenvolvidas. Por isso, analise quais fatores são necessários
para alcançar os resultados desejados, colocando como meta estabelecê-los. 

2. APLIQUE O TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO: Esse passo auxilia o aprimoramento das


competências já existentes na empresa. Portanto, é importante oferecer treinamento aos colaboradores,
com o objetivo de qualificar e desenvolver as suas habilidades. Antes de reunir as competências
organizacionais, é necessário dar aos funcionários as ferramentas necessárias para corresponder com a
visão e identidade da marca. Além disso, a empresa pode investir em cursos para a sua equipe,
flexibilizando os horários de trabalho para os colaboradores que estão buscando uma melhor qualificação.
Competências atitudinais como diferencial na organização:
3. APRIMORE SEU PROCESSO DE SELEÇÃO: Ao identificar a necessidade de algumas
competências, a empresa pode aprimorar o seu sistema de seleção, classificando-o por competências, com
o foco em contratar novos talentos com qualificações específicas.
O objetivo é encontrar candidatos que possam agregar as competências necessárias ao time. Os
recrutadores devem analisar de forma criteriosa, buscando identificar as características estabelecidas para
o preenchimento das vagas.

4. FAÇA AVALIAÇÕES: Outro ponto importante é fazer avaliações constantemente, analisando o


desempenho de sua empresa em relação às suas competências. O objetivo é encontrar lacunas de
necessidades da organização, buscando aprimorar as competências pré-existentes e desenvolver as novas.
Além disso, é importante salientar que o mercado está sempre em movimento. Por isso, é necessário
ressaltar novamente a importância de atualizar suas competências organizacionais essenciais, buscando
inovar e se destacar dos demais, tendo em vista que a concorrência buscará sempre superar suas ideias.

5. BENCHMARKING: Trata-se de uma imersão que o profissional faz em outra empresa, que deve
atender ao mesmo nicho, porém não sendo concorrente direta da sua marca. Esse é um processo de
observação, onde o colaborador analisa a forma como a outra empresa funciona e aplica as suas ideias.
Ao passar pela imersão, o profissional absorve e se torna capaz de criar novas ideias e soluções para
problemáticas internas, além de possibilitar o desenvolvimento de novas competências.

https://www.youtube.com/watch?v=eSfuBpsZOJE

You might also like