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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

AMOSTRAGEM

Profa. Rosa Lina Gomes Do Nascimento Pereira Da Silva


AMOSTRAGEM

 Resultado analítico confiável:

 Amostra representativa.
 Uso de método adequado à amostra.
 Utilização de reagentes adequados ao método.
 Aplicação correta do método analítico.
 Análise em replicata.
TIPOS DE AMOSTRAGEM

 JULGAMENTO - Seleção de unidades ou porções de um


lote por julgamento pessoal ou experiência prévia;

 SISTEMÁTICA: procedimentos pré-estabelecidos, locais,


horários, temperaturas;

 CONVENIÊNCIA: facilidade de obtenção, custo, rapidez,


sem critérios estabelecidos;

 RESTRITIVA: retirada da parte mais acessível do lote.


 AMOSTRAGEM

Primeira etapa da análise: confiabilidade

 Procedimento mais difícil do processo analítico.

 Erro na amostragem e conservação da amostra→ erro na


análise.

 Desvio padrão da amostragem é tão importante quanto o do


método analítico.

s2análise = s2amostragem + s2método


 Retirada de uma fração representativa do material a
ser amostrado (população, conjunto, o todo).

 Miniatura da população:
• Composição química.
• Tamanho de partícula.

 Desde a amostragem até análise, a amostra não deve


sofrer nenhuma transformações.
 Quais as consequências de uma amostragem
incorreta?
 Prejuízo financeiro: amostragem, conservação,
reagentes, equipamentos, analista, processos
industriais.

 Prejuízo à saúde: análise clínica, de alimentos,


ambientais, processos industriais.

 Perda de confiabilidade: do laboratório, do analista


População
maior desvio retirada de fração representativa

Amostra Bruta
homogeneização
desvio intermediário redução do tamanho de partícula e da massa

Amostra de Laboratório
homogeneização
menor desvio
redução do tamanho de partícula e da massa

Amostra para Análise

Miniatura Representativa da População


composição, homogeneidade e tamanho de partículas
CONFIABILIDADE NA
AMOSTRAGEM

 Bom senso.
 Uso de técnicas estatísticas:
 Aleatória (casual)  materiais homogêneos.
 Sistemática (representativa)  materiais
heterogêneos.
 Número de partículas (não a massa)
n  1/R2
R = desvio padrão relativo
FATORES IMPORTANTES NA AMOSTRAGEM
• Tamanho da população.
• Homogeneidade.
• Estado físico.

 Líquido e gás: mais homogêneo


partículas pequenas → pequena massa contém
grande número de partículas.

• Sólido: mais heterogêneo


partículas grandes → massa grande para obter
grande número de partículas.

Uma alternativa é fazer quarteamento (diminui a massa de


amostra sistematicamente).
 ERROS NOS PROCESSOS

 Amostragem não representativa;


 Processos de redução e homogeneização da amostra;
 Contaminação durante os processos de redução e
homogeneização da amostra;
 Perdas de material nos processos de transferência.
 Perdas de materiais voláteis;
 Aumento da reatividade com a diminuição no tamanho da
partícula;
VARIABILIDADE NA AMOSTRA

Com a posição

 Líquidos e gases: fácil miscibilidade


-Pequenos volumes: fácil homogeneização, variação
pequena.

-Grandes volumes (oceanos, atmosfera): variação


grande

 Sólidos: difícil miscibilidade


Partículas grandes: maior dificuldade de
homogeneização.
Variação grande.
VARIABILIDADE NA AMOSTRA

Com o tempo

 Para qualquer estado físico

Aleatória: despejos esporádicos.

Cíclica: processos industriais.

Devido à natureza: chuva, vento.


AMOSTRAGEM DE GASES

Pequena massa: muitas partículas (moléculas, átomos).

• Recipientes para coletas: frascos de vidro, metal, plásticos


(impermeáveis) evacuados de 0,01 a 100 L.

Sistemas fechados: tubulações e cilindros.


Composição global quase constante: amostragem
fácil.

Sistemas abertos: atmosfera, ambiente interno.


Variação com a posição e com o tempo:
amostragem mais complexa.
Frascos, materiais (sólido ou líquido) adsorventes.
AMOSTRAGEM DE LÍQUIDOS

Pequena massa: muitas partículas (moléculas, íons).

 Variação com o tempo e posição.

 Amostragem discreta: retirada de pequenas frações que são


analisadas individualmente.

Amostragem composta: retirada de pequenas frações que são


combinadas antes da análise.

• Posições diferentes.
• Tempos diferentes.
AMOSTRAGEM DE LÍQUIDOS

 Tipos de amostras:

• Homogênea: soluções.
• Heterogênea: suspensões e emulsões.
• Em movimentos: rios, oceanos.
• Imiscíveis.

 Frascos coletores:
• Vidro e plástico.
• Para coletas em profundidades variáveis
AMOSTRAGEM DE SÓLIDOS

Partículas grandes (fragmentos): grande massa de amostras


(1/50 a 1/100 da massa população).

 Grande variação com a posição - grande heterogeneidade


de :
• Tamanho de partícula.
• Composição dentro e fora da partícula.

 Necessidade de etapas de:


• Redução do tamanho de partículas.
• Homogeneização da amostra.
• Redução da massa de amostra.
AMOSTRAGEM DE SÓLIDOS

 Materiais usados para armazenar as amostra:


• Frascos de plásticos ou vidro.
• Sacos.

 Materiais usados para coleta de amostras:


• Espátulas.
• Furadeiras.
• Esteiras.
• Pás.
• Carrinhos.
AMOSTRAGEM DE SÓLIDOS

 Materiais usados para redução da tamanho de partícula e


homogeneização:

• Marreta (fragmentos menores).

• Britadeira (6 mm).

• Moinho de esferas (pó).

• Almofariz.
REDUÇÃO DE AMOSTRAS SÓLIDAS

 Amostra granulada: relativamente homogênea → massa


pequena

• Triturar com almofariz.


• Rolamento em papel liso.

 Metais e ligas: composição pode variar.


• Furar o material em vários pontos e a várias
profundidades.
• Desprezar o material superficial oxidado.
REDUÇÃO DE AMOSTRAS SÓLIDAS

 Materiais heterogêneos (fragmentos grosseiros):


• Triturar com marreta e/ou britadeira.
• Misturar com a pá.
• Fazer cones achatados, dividir em quatro e desprezar as
partes opostas.
• Continuar redução até massa de máximo 50 g.
• Rolamento em lona.
• Dividir o material em quatro e desprezar as partes opostas.

 Amostra resultante dever ser representativa.

 Problema: contaminação.
OBTENÇÃO AMOSTRAS SÓLIDAS
PARA ANÁLISE

 Redução do tamanho da partícula:


• Moinho de esferas (diâmetro das esferas 2 a 5 cm).
• Almofariz (dureza).
• Peneiras (100 mesh = abertura de 0,110 mm).

 Problemas:
• Contaminação.
• Perda de água.
• Perda de material volátil.
• Aumento da área superficial: aumento da
adsorção e reatividade.
SECAGEM DA AMOSTRA

• Devido à:
• Perda de materiais voláteis.
• Adsorção de água durante a redução da
amostra.

• Secar entre 110 e 120 oC à peso constante.


• Resfriar em dessecador.
• Determinar a umidade.
• Expressar a quantidade de analito com relação ao material
seco.
ÁGUA EM SÓLIDOS
ÁGUA EM SÓLIDOS

Não-essencial

 Não faz parte da composição química.


 É retida apenas interações físicas com o sólido.
 Não está presente em proporção estequiométrica.

Essencial

• Faz parte da estrutura cristalina ou molecular.


ÁGUA NÃO ESSENCIAL

Água de Adsorção
 Retida na superfície.
 Aumenta com o aumento da pressão de vapor e a
diminuição da temperatura.
 Equilíbrio rápido.
 Material tem aparência de úmido
 Eliminação por aquecimento a 110 e 120 oC.
calor + H2Oadsorvido ↔ H2Ovapor
ÁGUA NÃO ESSENCIAL

Água de Absorção ou de Sorção:

 Retida nos interstícios ou capilares dos sólidos.


 10 a 20 % da massa do sólido.
 Equilíbrio lento.
 Aparência de seco.
 Mesmo o aquecimento a 200 oC não garante a eliminação
completa da água.
ÁGUA NÃO ESSENCIAL

Água de Oclusão:

 Ocluída nas cavidades microscópicas dos cristais.


 Ocluída no momento da formação do cristal.
 Não está em equilíbrio com a atmosfera.
 Não é afetada por variação ou umidade.
 Aparência de seco.
 Aquecimento a temperaturas elevadas provoca a difusão da
água à superfície do cristal e devido a seu rompimento
(decreptação)
ÁGUA ESSENCIAL

Água de Hidratação ou Cristalização:

 Hidratos cristalinos.
 Água ligada por ligação covalente - removida por
aquecimento.

 Água removida pela diminuição da umidade


relativa(eflorescência).

 Quantidade estequiométrica.
ÁGUA ESSENCIAL

Água de Hidratação ou Cristalização

 Exemplo: cloreto de bário à 25 oC.

BaCl2 + H2Ovapor ↔ BaCl2.H2O(s)

BaCl2.H2O + H2Ovapor ↔ BaCl2.2H2O(s)

BaCl2.2H2O + H2Ovapor ↔ BaCl2.2H2O(sol. satur.)

BaCl2.2H2O: entre 25 e 80 % de umidade


ÁGUA ESSENCIAL

Água de Constituição:
 Não está presente como H2O.

 É formada por decomposição do sólido devido ao calor.

 Oxigênio e hidrogênio estão presentes na proporção de 1:2

Ca(OH)2 ↔ CaO + H2O

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