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Slides - Tetecul
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Apresentação do projeto.
A comunicação na perspectiva da semiótica de linha francesa.
O Percurso Gerativo da Significação.
As relações intersubjetivas: fidúcia, ética, veridicção e epistême.
Considerações sobre as fake news enquanto práticas discursivas.
Interfaces entre desinformação, sensacionalismo e conspiracionismo.
A confiança e o engajamento nos discursos de fake
news: estratégias sensíveis e inteligíveis
Pesquisa iniciada em 2020 como parte do projeto “A veridicção discursiva em crise: uma
análise semiótica”, coordenado pela Prof. Dr. Regina de Souza Gomes (FL-UFRJ).
Dividida em 3 etapas:
Relações fiduciárias nos discursos desinformativos;
Relações entre os discursos de fake news e o sensacionalismo;
Relações entre os discursos de fake news e as teorias da conspiração.
Projeto em finalização.
Textos e discursos na semiótica de linha francesa
Para a teoria semiótica proposta e sistematizada por Greimas e Courtés (1989 [1982]),
toda comunicação humana se estabelece por meio de objetos semióticos (em linhas gerais,
textos) que se inserem em uma relação intersubjetiva.
A teoria, nesse sentido, parte dos estudos linguísticos e da enunciação para compreender
como os significados se estabelecem por meio de processos de construção linguístico-
semiótica.
Textos e discursos na semiótica de linha francesa
O plano da expressão tem sido objeto de reflexões mais recentes nos estudos em
semiótica, enquanto o estudo do plano do conteúdo já está bem estabelecido na área, em
especial pelo desenvolvimento do Percurso Gerativo da Significação.
Isotopia temática:
miséria
Atores:
Os brasileiros
(sujeito)
Governo Bolsonaro
(antissujeito)
Oposições elementares:
fartura vs. escassez
O percurso gerativo da significação
Isotopia temática:
Política
Regimes de governo
Atores:
Militares
Jair Bolsonaro
Oposição elementar:
Liberdade vs. opressão
A relação ética diz respeito a adesão dos sujeitos aos valores que são postos e sua
aceitação enquanto diretores de obrigações e necessidades desses sujeitos (Patte, 1986a;
1986b; Discini, 2015), definidas como o engajamento, interesse, indiferença e alienação
frente aos fazeres direcionados.
Oposição entre nós vs.
eles
Relação interdiscursiva
com as críticas ao desfile
militar organizado pelo
pres. Bolsonaro
Termos de valoração
negativa: chilique,
chorumelas
As relações de contrato: veridicção e epistême
Os juízos epistêmicos são aqueles pelos quais o sujeito assume saberes, crenças e valores,
tomando-os como constitutivos de seu universo cognitivo enquanto certezas, probabilidades,
incertezas e improbabilidades (Greimas, 2014; Patte, 1986a).
Termos de valoração
negativa:
Esquerdistas
Isotopias figurativas:
Militares
Isotopias temáticas:
Estado / Forças militares
Oposição elementar:
Ordem vs. desordem
Sujeitos modalizados
pelo poder fazer: é
legítimo o desfile militar
Antissujeitos impedidos
em suas críticas: não
podem e não devem
criticar a realização do
desfile
As fake news enquanto prática discursiva
Sendo discursos, as fake news propõem contratos que podem ou não ser aceitos por
determinados perfis de enunciatários que são pressupostos no texto.
O objetivo das fake news, no fim das contas, é garantir a adesão dos sujeitos a valores e
crenças que direcionem seus fazeres, suas formas de agir no mundo, suas preferências etc.
Fake news, sensacionalismo e teorias da conspiração
As fake news não são a única prática discursiva que visa incutir nos enunciatários
determinados fazeres e crenças.