Scribd Logo
Upload

Welcome to Scribd!

  • LUHMANN, N. A Restituição Do Décimo Segundo Camelo2 PDF

    Uploaded by

    Ariel de Moura
    26 views16 pages

    Original Title

    LUHMANN, N. A Restituição do Décimo Segundo Camelo2.pdf

    Copyright

    © © All Rights Reserved

    Available Formats

    PDF or read online from Scribd

    Did you find this document useful?

    Is this content inappropriate?

    Report this Document

    Copyright:

    © All Rights Reserved
    Download as PDF or read online from Scribd
    Flag for inappropriate content
    26 views16 pages

    LUHMANN, N. A Restituição Do Décimo Segundo Camelo2 PDF

    Uploaded by

    Ariel de Moura

    Copyright:

    © All Rights Reserved
    Download as PDF or read online from Scribd
    Flag for inappropriate content
    of 16
    LUMENAJURIS Tate rw lumenjuriscom.br Organizadores Eprrorss Joao de Almeida Joao Luiz da Silva Almeida ConiseLtto Eprroniat Conseuo Consuuzivo Alexandre Freitas Camara Alvaro Mayrink da Costa Armilton Bueno de Carvatho ‘Aurelio Wander Bastos, ‘Antonio Bocker Cinthia Robert Augusto Zimmermann Elida Séguin Eugenio Rosa Gisele Citeadino Fauzi Hassan Choukr Humberto Dalla Bernardina Firly Nascimento Filho de Pinho Nixias LuHMaNN: Flavio Alves Martins 4os® dos Santos Carvaiho Fiho Francisco de Assis M. Tavares Joss Pirmando C. Farias Do Sistema SociaL A Goraldo LM. Prado José Ribas Vieira Gustavo Sénéchal de Goftredo Marcello Ciotela, URID! J. M. Leoni Lopes de Oliveira Marcellus Polastri Lima SocioLocia J ICA Letécto Jansen Omar Gama Ben Kauss Manoel Measias Peixinho Sergio Demoro Hamilton Marcos Juruena Villela Souto ‘Tradugées de Paulo de Bessa Antunes Salo de Carvalho Dalmir Lopes Jr., Daniele Andréa da Silva Mando e Flavio Elias Riche Rio de Janeiro lo Grande do Sul on da Atom, 98 us ep. date de Ove ie, 10 sta 201 204 Sante Antonio aruba = Peesjoaras Rio de sate Ro ~ CP 20011000 Get oss0.00 Copiadora ‘Mtoe (2) 22018587 293 “enor 82 7167 Xide Agosto Sto Paulo : Brasilia 8 Fi. t& us Camera 85, Conjunto 2 scun-006—Bhcod Barra Funda ~Séo Paulo, SP Subscio 40 = Asa Nero ae (CEP 0153-030 (CEP 70847-500 EDIToRA LUMEN JURIS Trleone (1) 2008-0578 ‘tooo (3) 360-9550 0.0228 fax (on aco 2760 Rio de Janeiro * 2008 eee Nillas Luhmanm Do Sistema Socal & Sociologia Juridica informagao (Auskunftsbegehren), as queixas, @ confianga das tran- sagées (Absicherungsanliegen), ¢ etc., © as satisfac através de [suas] decisdes'?, Para esta forma de percepedo, a antiga tecria dos sistemas tinha posto a disposig&o o modelo de input/output. Todavia, este mo- delo nao esclarece, qual status juridico ocupa a comunicagéo entre o sistema juridico e seu ambiente social. Caso se parta, ao contrario, da premissa de que o sistema juridico 6 um sistema auto-referencial fe- chado ¢ que se reproduz autopoieticamente, entao se deve percober toda comunicagio (a qual se orienta pelo cédigo do direito e do néo- direito) como comunicagio intema do sistema juridico, mesmo quando ela ndo engaje um suporte profissional e néo implicue dispositive algum de decisdo crganizada, como por exemplo, 0 encerramento de um contrato que é tratado como uma forma juridica, ou ainda, a questio de saber se na vida cotidiana qualquer coisa pode ser licitamente exigida (ou ndo. Quer dizer: 0 oddigo juridico regula todas comunicagées inter- has, mas téo somente a comunicagao intema do sistema juridico. N&o ‘existe nem input do dieito para o interior do sistema, nem tampouco cutput do direito para o exterior do sistema. Fora do direito nao se pode fazer nada com o direito (Auflerhalb des Rechts kann man mit Recht nichts anfangen). 0 contato do direito com seu ambiente social deve ser tratado sob um outro sentido - como sendo suas oportunidades Politicas, sua utilidade econdmica, sua perturbagéo pelo contato do sistema em movimento, etc., assim, em torno de cada sistema & que se Jocalizam os casos concretos. A fungéo do sistema juridico consiste em assegurar a possibilidade de articulagées juridicas na sociedade e para a sociedade®3, ¢ essa fungdo 6 pode ser percebida apés a diferenciago do sistema juridico, mas nfo antes disso. VII NOs gostariamos de continuar com essa abordagem, pois com ela nés podemos perceber muitos angulos do paradoxo, © numa pers- Pectiva que néo 6 diretamente acessivel ao proprio sistema juridico, s_ 52. Asim, como trio repeantante desza concepso (mas evtando, prodentemeate, todas as detnigden): Lawrence M Pisdmann, The Lagal System. A Soca! Scie Perspoheire ew York, 1975 53 Com isxo a fungto do dteto no 6 suflcientemente deacrita em seu contnido@ & eaten Aida como wma caractristia tuteldgicn de "definigto”,Iasa vai de enconto no plane sdesoe conteido de prever a eapecidads de tsiténcias das expectativas 60 ‘A Restituigo do Décime Segundo Gamalo: Do Sentioe ‘Andis Sociologia do Dieta visto que essa abordagem exige que se considere as normas como fatos, mas sem permitir que o sistema juridico conclua a partir dos fatos, as normas, e a parti destas, os fatos, Nés resplveros este classico problo. ma pela distingéo entre referéncias sistémicas Entretanto devemos comecar do inicio: para que possamos for- ‘ular uma teoria que possa compreender a aujonomia como condigao ara uma simulténea indepondéncia e dependéncia om relagio ao ambiente, nés procisamos de wm conceito de sistema que combine- auto-teferéncia ¢ hejéro-releréncia como pressuposto das oporagSes BIO sistema/Essa distingao aparece no sistema juridico - assim como nossa hipéteSe sociolégica — cc distingdo dos aspectos nor- ‘™ativos @ cognitivos da praxe juridica/No primeiro caso, tem-se uma qualidade normativa que caracteriza a/@ecisao juridica. No sequndo c=. 50, leva-se em consideragéo 0 ambiente social do sistema juridico dentro de uma perspestiva-histérica-e-objetiva. O aspecto normative considera a clausura operativa |e] autopoiética do sistema juridico {como sendo|: a + a a Gualidade normetiva, {e] que deve pressupor ¢ emprogar essa tal quali- dade.. © asnacto cognitive considera a abertura_ao-meio-envelwence- (Umweltottenkeit) do sistema, a qual so toma possivel por meio da propria} clausura do sistemaSt, Trata-se consoqiontemente de uma variante sobre o patadoxo do sistema, onde hal ahertura através cia fechamente; © a respeito disso [devemos] mostrar que o problema da restitulgéo do décimo segundo camelo, sob a ética de tum obvervacor externo, pode ser concebido como uma correlacio de desenvolvimento miituo (Steigerungszusammenhang) de fechamento e abervura, O sistema vé as normas como normas (e se envolve inevitavelmen- te dentro de uma pretensio de validade tantolégica). O observader vo as normas como fatos. H4 muito tempo, no minimo desde George Jollinek © Max Wober, a observagao coloca-se sobre o assentimento factual da pretensdo de validade da norma e define-alegitimidade co- mno-consenso. -eLaLbistoticismo. No entanto, isto nao libera a citcularidade limanente A justificagéo da norma] que aparece aqui como um fato de {6 (Glaubensfaktum). O observador observa a facticidade da auto-referén- cia do sistema, mas no aprende nada com isso. Nés podemos ir além desse estado de andlise, caso retomemos a validade normativa dos fatos empiricos em conttadigio & légica do sistoma. © sistema diva 54 Para este tose, consul ds trabalhoscitados anteriormente na nota 9 [Niklas Lohmann Bo Sistema Social & Socologie Juridica entéo: isto nao é como se julgava [ser]. Isto nés sabemos. Nés temos ciéncia que neste momento observamos ¢ néo executamos com isso uma operagae de autopoiesis do sistema. Trata:se, entdo, somente de [uuma questo} de melhor abservar, que dizer, a possibilidade de melhor explorar essa distancia do observador. Pode caracterizar-se a qualidade deantolégica (Soliqualitat) das normas como uma modalidade de expectativas-que-¢-enaltecida por |ser uma pretensao normativasS. As expectativas dao um sentido nor- frees “Tyetonndo, quando olan poseiitam a manengao de sia omessa (in Aussicht stellt), mesmo no caso de decepgoes*®. A vali- dade normativa 6 uma validade que tem uma intengao contrafactual e ‘a manifesta [na forma] de uma auséncia de disposigao para a aprender (Lemunwilligheit. Bla recusa-a adaptagio das expectativas.no.caso.de ecepgées ¢ estabelece isso antecipadamente de forma nitida, [pois), -assim que oconre a tranagressao [da expectatival. se pode saber qual “disnosigaa fol ferida. A semantica da validade normativa do dever-ser (Gollons} refore-se a esta modalidade expoctivel (Erwartungsmodalitat). Ela tora possivel a produgéo de textos que asseguram essas disposigées, [as quais| se manifestam de [modo] generalizado e, com isso voltam & conexidade (zurlickkoppeln) da reprodugdo de tais expectaivas. Q.camaip-simbéica apaecania eno como wma Rispo> ‘melo significaria qué o direito se limita, neste caso, a tomar conheci- mento dos fatos, a saber, de [alguns] interesses e de [algumas] reivin- icagSes ¢ as conciliaria da maneira menos conflituosa possivel. ‘Uma observagio exteima do direito que se valha dessa redefinicao ‘do dever-ser como expectativa contrafactual, pode ganhar perspectivas as quais no seriam acessiveis ao sistema juridico em si e nem mesmo ppela teoria juridica. O observador reconhece o risco que as expectativas possuer quando elas se maritém obstinadamente firmes [no caso de ‘eventuais decepgéesl. Ele pode com isso questionar como esse risco 6 {E_ Up alternative tericanotével apbia-se sobre a andl de rode, Lease ela determina a ‘ildade normativa empirca exclusivamente sobre 9 plano das posigbes © dow tipos do fetruiras de nexo (pupsis) rob a abstragdo de consciéncia normative doe aires, Aqut {ambém existe tm grande simere de eocélogoe @ trabalho etnometodolégices. Ve Relf2ieger. Norm, Snieon, oll: Eine etrukturle Rakonstrubtionsorologischer Begril, Kelner Zetschrft fir Sonologie und Socialpsychologe, 26, (1984), a sar impress 156 Para mais detalbes ver Niklas Luhman, Aechtssoxologie, op. cp. 27 € 33 a ‘A Restituigde de Décimo Segunda Camelo: Do Sentide de uma ‘Andie Sociologica do Dirito C ‘ersur NO), hes eatefatoexoree una reagio sobre os pregos sem que os compradores ‘Ribam ou tcahae a cepecidade de leva fro.om consideracao (Pe NC versus), Sobre ‘ese plano de sgrouarte de pregos,« asimetia basilar dos processos econdmicos Shuleda © transeoudeda para um eieulo astovelerencial. E somente dessa forma oF sistemas formar, a TRLTI “lin System ist das Kamel im System: tides Luhimann: Do Sistema Social 8 Socilogia Jwidien sontradigaa léai s definimos clausura como reprodugéo recur- Siva e no como nagagao da abertura. A clausura toma-se Tuto mie- Thor formulada como wm paradoxo; O sistema é sberto pormue é fechado, ou ainda, é fechado porque é aberto, e ele ~ se levamos em consideragéo a complexidade como varidvel de desenvolvimento ~ hunca esta mais aberto que fechado, © munca esté mais fechado que aberto. Aqui, igualmente, o décimo segundo camelo 6 uma tarefa (Wer), © se deixa observar como condicao de possibilidade ce uma tal combinagéo [de fechamento e abertural. 1 possibilita um ganho, que consiste na, opeao de fe abstracéo da prefer ‘uma conduta licita, na qual o sistema se relaciona o: = de smo licitas. Desa maneira aparece ‘a diferenga licito / antijuridico (rechtmafiig / rechtswiidrig) por meio da qual o sistema se codifica como simples bifurcacao. Na observacic do_ sistema.se_pode deicrminat que-a bifurcagdo.opera uma mudanca de perspectiva histérica. Trata-se de uma biografia, cuja escolha entre 0 gir licitamente ou ilicitamente, 6 o que possibilita o surgimento fre: quente de biografias das mais diversas, que sao dificeis de serem revertidas; sendo que a primeira escolha da bifurcagéo ¢ independente da segunda: pois se opta por um caminho ou outro. As conseqiiéncias {de uma conduta antijuridica distinguem-se tanto por aquelas pessoas que optam por infringir 0 diseito, como por aquelas que [assim] nao optam’, e que decidem por aquela biografia “limpa’. Todavia, o mesmo também se aplica as ostruturas de decisao no interior do sistema, A " a io em Ii ijuridico torna igualmente po! conexi 1 _Zevered0 (schwer sevidierbare Geschichte), Penea-s0 nas consecién cias da incriminacéo do consumo de droga ou na jutidicizacao (Verrechtlichung) de iniimeros micro-dominios (Detailbereiche) do agit econémico. O observador pode descrever, por fim, como sistema esta~ belece a si préprio pela bifurcacao, e como negligencia a ocorréncia de decisées de pouca importéncia, as quais sao motivadas-pelersituacao ‘au_nela politica, e que estado atreladas a uma histérla que nao ¢ controlada pelo préprio sistema em si®® 7 GN Fir erwinchte wi fr nfohtarwisehto Recbtsbrecher fa Pats ome redendo particularnente interessante sobre a questto de saber 29 ¢ com ito pode sgrvtretado, quer cae, como poder ser apresertado a um ebservad, contr ‘A Rettig do Décimo Segundo Cameo: Do Sentide de wa "anélise Scilogica de Dieta Por fim, o observador-esté-numa posi¢ao mais privilegiad que 0 para saber so.¢-como.este-sabota a si:mesmo denise de.sua fungio. As expectetivas normativas sao produzidas faciimente © do moto absolitamente leviano. Contrariamente, se pudéssemos inibir eva produgao original (de expectativas normativas}, ndo se teria a formagio de um sistema autopoiético. Pode declarar-se normativas, regras como: “seja justo!"; ou: “pondere antes de decidir!"; ou ainda: “fandamente seu exame de forma crue ele seja uma [ago sobre uma} consideragio gerall”. A aiferenciacio do Sistema juridicoxnointerior da -sociedade (uma. cbseivasso das chsexuadazps!)-comonte-foi-poset ivel correr] fi gercnulad pox iniermési uma denis drnacicness © sistoma juridico pode assim desempenhar sua funcdo social © igualmente fornecer beneficios suficientemente concretos a outros sistemas parciais da sociedade. Essa contribuigéo através da ‘construgéo juridica do direito, em seus minimos detalhes, teria sido jnais bem compreendida por Max Weber. Os préprios juristas néo parecem mais [aptos] a seguir hoje a “Begriffsjurisprudenz” @ a buscar fundamentag6es “puramente formais”. Isto ¢ possivel dentro do con- texto de uma autopoiesis diferenciada, quando suas condicdes nao se tornam reflexivas. © problema todauia reside a longo texmona tendén- sia do sistema juridica.em_empreender decisées ou em trabalhat com i . r 2 a “mente jusidioarParalelamente as regulagbes normativas extremamente ‘numerosas e detalhadas, existiriam muito poucas limitagoes juridicas ©, om razio da diferenciagdo interna dos sistemas, seria dificitmente fosafvel compensar embas as tendéncies muma média estatistica satisfatoria. Pode indiear-se-dais perigasas caminhos,{mas].o-sistena Jo teria controle. 2 - “tagflagdo juridica..de inflacdo ou mesmo até.de deflacio simultaneas do-dissito ee ye bm Asthony Bail of Shattosbury. A Notion ofthe Fistral Draught or Tablature ofthe ‘Rotman of Hercules, im fdemm Characteristis of Men, Manners, Opinions, Times London, 1734, Vol lp. 345-391. 52 Uintbom campo de emudos & a inrufciéncia juridica @ seciolégics das contribution obre a digeueedo da dee jurdicnagso (Entverrectlichung), Bu 90a sufcietemente poli para nio ct ac ‘das Luann: Do Sistema Social & Sovilogie Jucica Vu A diferenciagao do sistema juridico num sistema auto-referencial ¢ funcional da sociedade tem por conseqiiéncia a_impossibilidade de -abrigas, no. sistema, normas que. sariam. i Nao existem premissas que possam servir A fundamentagao das decisoes, Para tanto ficam inacessiveis ao sistema. A legitimacdo através de uma -horma suprema oj inquestionavel (nicht hinterfragbare) cede lugar a uma onlentagao sobre interesses, quer dizer, sobre o meio envolvente social. — A jurisprudéncia distingue tardiamente esse estado de coisas com Jnering 6 se reestrutura quando forma a nova lurisprudéneia dos Inte. sesses. Essa guinada foi saudada como uma atitude relativamente pre. cipitada, [quer dizer), como [sendo] uma sociolagizagao da jurisprudén. -Sia62_ Comprometida como estava com um modus ‘normativo de opera- $40 de seu sistema, a jurisprudéncia néo podia deixar de supor aos imeresses, qualidades axioiégicas (Werequalitaten) imanentes, Alem. ‘eneia das deciades deviam ser salvaguardadas, assim como se.dovia atuibult-a.cssas-qualidades.axiolégicas uma validade geral sobie as is. As inter-rolagées dos inte- esses 840 concebidas como uma hierarquia de valores (Wen twangverhalinisse), os quais sio ordenados segundo telagtes de prete. éncis (Vorzugsbeziehung). A decisao dos casos nao-problematicos é fundamentada dessa maneira: um menino ndo deve ser atrencado da érvore por tentar furtar cerejas. Na entanto, Nos casos mais compl | tados,_a_ponderacio de interesses cade lugar A auto-teferéncia do Sislema.cu_sja_a zeferéncia aos casos jé decididos, Cada deciso duvidosa antecipa assign o sentido para a produgéo de outras decisées, assim como, por outro lado, aproveita essa pratica estabolecida através! ue retveradas decisées [de géneros parecidos], Isto corresponde a uma; lo simbélico: uma relagdo “ i valoragao. Neste respective contexto histérico, existem informagées preliminares suficientes a respeito do rompimento dessa circularidade, @ a assimotria é 0 ponto de partida, Em todo caso, essa coisa nao & to inofensiva como num caso normal 20 Woia “este sentido, retospectivamente, Gilbert Gbie. Socclogy and Sociotogical -feisprudenc, Kentucky Law Review, 2, (1968), p 267-289. Ver tesséen Hols Sch, Das ering Model des soxalen Wandels durch Recht: Ria wissenschaftaerchichcichy ‘eltfog Do mesmo autor, Die Soziologen und de Rect, Open, 1580 p. 167-186 ‘A Restituigdo do Décimo Segunce Cameo: Do Sentido de vina Anélise Socioligica do Dueto de interagao reciproca - como no caso da mao esquerda lavar a dieita @ vice-versa. Isto porque interesse e valoragao somente séo cons tituldes por meio de relagées circulares proprias. Eles criam dentro de si proprios a possibilidade para cada caso. No minima é assim que © iu a protecio digna (Schutewircigheit). é fun do de habilidade pratica, sistema juridico nao pode proceder de outra forma, [pois] cle esta comprometido com sua autopoiesis, Um observador externo esta mais livremente posicionado. Ele deve fazer dessa assimetria sua brépria auto-referéncia, mas ele ndo pode fazer isso da mesma forma que o direito, Ele pode valer-se de outros esquemas como sociélogo — Por exemplo ~ a distingao entre sociedade e direitoS1. O historiador pro- cede de maneira anéloga quando ele apresenta o direito como espirito do tempo 9 0 descreve como condicionado por sua prépria historia. Ao_ ivas, historica e sociolégica, se pode “4 "a partir de uma teorla evolu- oi ie ito. dime insvénole e-dilexenciagao de um sistema juridico, empreondida a Ratti de sua fungao autinoma. - a adapt ianbionta aogialanenoeae ‘Gestes Sempie_sstabelecido, assim come também nao seriam um iesultado da satisfacdo.de uma necassidade de direito (Bedurfnisses zach Recht) - com isso a estrutura circular dos argumentos seria arcielmente camuflada. Ein geral, a tooria atual da evolugdo foi des. vencilhada das assimetrias elementares é igualmente con da_evolucéo, $ assim_a forma da evolugao da volurao. Devemes, por esse motive, formular questionameuice bein zadicais: como se toma possivel existir uma tal combinagdo de clausura @ abertura, de autodeterminagao normativa e capacidade de aprendi. zagem cognitiva, proveniente de si proprio ede seu ambiente social? A spectivo sistema St Nao @ necessino chamar a atgnjéo de que isso 6 também um “Camelograe’ (Kamelogram), que dizer, uma Pes-paradomiaagio do pacadona\ Assim & na analise Lies da sociedad como expressto geal de vavléveis indspendenMes pela comodidade tee esta ropresenta dentro do um dado ordernamente. A apistenoiie oe wee Sitémiea force neste caso uma fundainensagdo pragmétice, so mesmo tempo, co ‘econhece 0 fato de que no se pode fornecor outa huncamentayaes,Igualmonte nests swat: Rescher op et 1iglas Luhmana: Do Sistema Seca] & Sociologia Juices social, 0 qual pode, por um lado, ser descrito independentemente do direito, e por outro lado, como estando junto a ele. Para explicitar como esse programa de pesquisa poderia ser ope- racionalizado, nés devemos ter recursos. Para isso vamos exemplificar ceil (1) Acliferenciacaado sistema juridico apenas.épossivel.casase © (i ‘aceite que a deciséo desse sistema nai jerminada. “pormeio de um dade proveniente de seu ambiente social. Isto exige uma alta tolerancia para com a inseguranga (Unsicherheitstoleranz), muito embora o direito deva criar seguranga. O direito assim poderia fazer uma abstragao do rol das relagdes das pessoas (Rangverhaltnissen der Personen) ~ uma condigo estrutural historicamente dificil de se realizar, cuja improbabilidade aparece sob a forma de uma estrutura juridica elaborada, sempre como um outro “viés” social. En- tretanto, a inc i aa dime; i wra forma, os proce- iveisé?, Acima de tudo, isto deve possi- ilitar a tomada de deciséo contra aquilo que se tem de- mandado, sem que esta incerteza bloqueie o recurso & via legal. Tais condigdes de funcionamento do direito nao tém garantia tinica através do direito. Flas estabelecem condigoes suficientemente diferenciadas, nas quais normalmente um Iitigio jurfdico de uma pessoa @ apenas parcialmente tan- genciado, sem a ameaga de o liquidar fisica ou moralmente. Nao é preciso se contestar que tais casos limitrofes (Grenefalle) existam. Importa é que eles nao correspondem & normalidade e que na grande maioria dos casos que mantém ‘9 proceso autopoiético de producéo do direito, tais limites sejam desconhecidos. (2) ao. fundamentacao no qual -a-epectatns-dafanateie-altbara sio-ainduidas © armazenadas, fle estabiliza as expectatifas apenas para a ocasiao de um conflito atual ou iminente/Ele deve aguardar fas circunstancias de um conilito para poder evoluir. Ele {52 Sobre eso, deforma gel: Nikiss Luhmana.Legitimation durch Vefahren Nova impres: sto: Frankfort, 1083 i ‘A Resitulgto do Déclmo Segundo Camelo: Do Sentida de ume i “Anilise Soctoligica do Dist depende de uma linha de confito que é delineada no centro da comunicagéo social. Esta relagéo com o conflito pode, no entanto, ser assumida por uma via propfia do direito sob a forma da legislagao, As leis criam e decidem também as situagées de confiito, e sem elas isso jamais seria alcancado Isso também é um momento da autonomia social do direito: ‘docisional de-sua prdpria comploxidade. Ele estaboloce-proi- DigSes ou condisées permissivas. Fle cria possibilidades que nao poderiam ser pensadas antes de seu estabelecimento, por exemplo, limitagdes de responsabilidade, relagdes sina- Tagméticas (contratos com implicacées para o tratamento do perturbagées), personalidade juridica para corporagbes e etc. ‘Tudo isso S80 pontos de cristalizacéo para os confites cue nao poderiam existir sem o direito. O Estado de Bem-estar* estimulou essa possibilidade ao extremo. Dessa forma, na {grande maioria das regulagGes, o direito cria, em torno de um ‘Ponto de inflexo, confites para evitar conflitos, ¢ os motivos nao residem numa antecipagéo da espera da solugéo do conflto, senéo na regulagao do agir enquanto tal. O direito

    You might also like