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histrica, E 6 jstamente a imaginagio, quando matcide no {ereno de uma “nformacio bistrca minciosa © segura, ie felesons, aa cmplesidade e mt mlpidade dos dadas ie ‘Grcamene cers, os esencias ¢ Jteminents, A image {fo desvolvese eno, numa linha prea que dl, aor sts odin, Se suaeimvenges, um carter de eouréniaabsoia fom dadoshistrcemente spurs, e 0 de vrowtmihene, que pode ser assumida como clement essecal da ciao arstice Erequentements, a0 se pode sequer dsingur da verdede ‘A conscénia dessa pane nlo exgia ds imaginato.c lca como pode surgi, como deve reolver.se no least ‘amen, o problema de se Hiss une aca ow uma at. Expicn, tambem, volando « Eisenia, como Cle merguls: dono lina sufocant de 1905 rexprando 8 stmostera do a- tio Potdnquim, pe fer iventado 6 episod cabeta to {ue de sabia Tespetio do crazador, os oss © dos mar ‘cies condszia agulainvengio, noses, ico isibee Live! fecho de emis pote do sus sara. Ms, agua ne cesndide antic, aquela sin colminincia asta, gue Sento s dscoberé dol simento rico daqusla east? ‘Pessndo melhor, 8 primiraimpresto. de paso, prove- cada pla anol, deianicese imedhatemente. Eiensem no famrastieva no vaio le advinava 0 pasado, sisi como pve advinhar 0 futuro, So 6: fazeDdo ate. Ey como” 20 ffeo de sadhex, cidamor? todos or movimenosprecodenter {Geman invite! im detrminado lane, eee por ata 935 Aktermina 0 previsel 0 fatro lance do avers "A ansdota a coberta. do Poibnguim nao cslarece eit rina "apenas © realsmo dis recontugies,histicoatsiss, tas realism fol cout. A eapaidade da iaginaio pars ‘Sot? or aspect tiplcor da reaiéade ¢ partcularmente an flvel quando se trfe do sme readads Gitano: mas 0. pro ‘ao € iémico quando se trata da ealidde. conterporiacs ‘0 sumo da Hist consists, pos, em deine eleiae a pate ‘ue cab @imesinaio. 19a) 30 (© CINEMA FACE A REALIDADE Nos graves, desenontados,desconexos, ings e im turos debates sdbre a qualidade arsice ou 880 do ine os Gus ssentvam a pirate — jnta ma veda, mss base ‘tite tudor e peugoea pars agullr tempor ¢- or medioees Himes" Ge enti cain imdatemente "0 exces, posi mando 0 cinema cima macs, sta arte (Canido)y ante. fro" (Lovian), arte mado lho, arte do snc, ate resmo are nrdomuda (Atala). Exttemando-se, bogevam ‘no's firmar nao apens que o cinem € wa ar, mas uma Ste ifereme de tats demas, Por Exo motivo, cola ot ‘mais decides c-conseqientes, 0 cinema requer um esttiea soma, ‘Quando eats na tiga, em terreno to escoregei, este vamos nda aa questi ds este autinoma. Puree me, que ceveria ‘ugentemente Gecat-me com pacgacia 20 Rravehhio calmoy loco, secoreendo son melhor argueston {ainda penso asim), © propor o segine lem: ou 0 cinema tibedciainents intico a0 que ckamamos, © sobetes se, trl, ou substancisinents dinero, No primero caso pode falar em arte do enema no segundo, nG0- Questo de Smples ‘bom senso, fshimente comprovada com a elon atoridade 0 latnirlo de qualquer compéndio de Légice: quidaud volt fe gener wet eam de specie. No sendo possve ta t= ‘ita hips, esfocesme. no Seto de susenar © demons: {tars vercade da pemeia. 0 fle, mesmo dspondo, como tds as ares, de uma inguagem propria, € sbstanciainente ‘dEntico is demas ares, log € una are. F, noma aids ‘fica tedrica do cot ampli, sempre relicionel 9 cinema om ai ares precedente, no apenas em funcio comparativa ‘de quitidade, mas também em fungio cidice e lastrativ, pect melhor‘eslrecer seus proseoe Sntsinaecos &) at 0 Ins espcicamente cinemstogiicn, a mentagm. Montagem Gos, Gade slgumas de soe formas ¢ alguns de seus elton do 31 suspense, cologuel em coafronto com a estravagante e genial do fomance de Chemichevisgui, Chi Detar? de ‘modo geal, © com maior aprofundamenta, com o Infinito de Giucomo Leopardi, Esse ergy ais, eaminho Jd indica, com justeza, por 8. M. Eisenstein, 0 qual, twatando da montagem, referiasa'a Dickens ‘Assim coloeado 0 problema, eafa automiticamente a ta tela ambicioss que se tinham proposto © na qual se debatiam illmente os primoitos alo trices do cinems: do des obvi ums esdica authnoma e exclusiva da nova ate. ‘Como corolirio sugia a ullidade da definigio do especk- fico cinematograico, 20 mesmo tempo que a Timitsio de su valdade estes, a necesidade de evidenciar © modo ov 0: rodos tipicos do cinema, rextalvando, sempre, porém, que sid mor ow menor apieaglo nao pode, de modo algum, ser con Sderada medida valida e muito meass medida unica, bésice, para medi ctticameate & qualidade arstica de cada filme em particle "A reputagio dos limites Iessinguianos jf féra solenemente fit, havin muito, do alto do. pulpito ezoceano, no tendo Sido, pois, die, inutiizar 0 ‘conceito de especificidade das tes em si, mesmo Tacs a0 cinemt, c considtar, assim, o ce nema cinema apenes como um tendenca artitica (sinde qi tendéocia para a qual so inlinassem (Oda ay minhas ine patase, muito mals importante a que haviafomecido © maler Bmero‘de obras, entre nlo multas, elas quis filme mere 4 gualiicaggo do arte). Nada ma, nada menos. Assim (gus, embora considerando antcinematogriticos or fmes do CCatites, pela pouca importincia néles aibuida 2 montagem, jamais pensel Em negardhes a elevada qualidade aristicn- Da mesma forma, paca maior carer, sastentl, com um exci ‘Ua als escandalose enormidade e portato, palmar que, "min- gud haveria de querer banirda hstria da pintara os quadcos ‘de Leonardo da Vinci, por mas Itedrios que os mesmos pos: ‘Essa maneira de ver o problema nio me pareceu carecer de revisdes ej menos ainda, de repiios, nem mesmo quando fdvert que arte cnematdgrfica, com’ maior empreso do Fime sonoro fala, comecava a abrinse_ novos. caminhos, transbordando dos proprioe limites tiadiionak © entrand, ta. vex, nama tereira ase Agora, porém, em alguns eseitos reentes, Guido Avista «0 propiie novamene © problema e pede uma revisHo dos me 2 todos da crea cinematogticn. Pede uma crtca adequads Honovas expressies areas, uma critica que, no negue, © ‘air defies como: Iva Grown, Henry V, Les Enfants du Pox Yad ‘ov Michirim, pelo fo de comietéles antcinemato fralico, io, trapresorer do espectcoimico, 2 mont em pi ‘A questio reolocada tantos anos depois da solugio coe ‘eta, qucndo neahuma eric, por menos decene (2 pelo me fos’ db men conbecimento), cera no erode medi aqulas thas, ou out, com padres de qualidade cinematoria 6 Sinds’ mais som inturo, no me de filmes de allo nie ar arranjoy © embruthadss cinematogrficas como, por exeny fo. no aleliz © reaionario Hamlet, de Laurence Ove, 36 Folie resultar numa. guest ‘de somenes importinla, dando gar «apenas lgumas resposas impacente, portant, reby ‘ead as antgn solugies, pod foimente demonstrar que eam ‘Sieatemente lagu porn consevar o valor perant cons Ande e bom recebida evoluglo do cima (todiante a em Particular “em nosso aso, do cinema —, reconsierar 0 es ection da arte com relagéo 28 demaisstividadey atelectasis Porguanio, se declaramos que a are € uma atividade intelectual ‘ue reflete a fealidade social de uma determinads época, que $detemmina € the eonfere um nfido colorido de cass, atividade tee por tua ver reage sObre a propria realidad, eontribuindo, fm maida maior ou menor, para determinar a realidade pré- ‘Kima de novos tempos, se declaramos tudo isso, que € verdade Indubitvel, estamos definindo alguns earateres da arte, em ‘bora no ds especifics, mas. os que els tem em comum com ‘outrasaivkdadesintlectuais came, por exemple, 2 Filosofia 0 Dire. (© caréterespection da arte Ihe advém da fonte que é a ubentendendo-se nessa polvea a sinese de dois ele- 3 mentos: a fantasia propramente dita ¢ a imaginagio. A are, Stividade da Tantasta-imsginacdo pois, uma ativdade in lectual de natueza comnosciiva, mas nao absteata, Pelo com tein, realise ou, melhor dizendo, consite em dar uma forma particular a detemminada matéi, ciando, assim, um objeto sonereto que € a obra em si "Nese process, cabo 8 fantasia fungio que jé foi cha mada dionsiacs, @ gual consse no experinentar ampli ¢ in- coniroladamente’ a realidade ou algo de irreal eoloeado como pessivel; a imaginagio posta, também chamsda.apolines, ‘abe © papel de freio da arte; por meio desia, 0 artista colo: case dlante da propta obra em posicdo de etic, partindo Ge velidade captads pola fantasia (real ow postive no sentido de verossimilaristicamente, © aqui verossimil quer dee apenas soerente com dettrminadas premissas) associa c combina 0s aspestos que, por seem tpices, ou mesmo watendowse de presenta pucii, refletemna em si ttilidade 0%, por Duteas palavess, excarnam mais © melhor @ ida josta dese realidade “Tudo isso de hi muito vive na conscitncia de todos, mes ‘mo dos mais simples, que'o expressem de forma ingeous ¢ hi perboliea, dizendo que a arte capta o aspecto eterno das. coi fas © gus exprime & eseéacia da relidade. Isso tado também devia estar obscuremente na consléacn de Benedetto Croce ‘quando, em yelada contcadicdo com sus concepeio etéics, falou de um cardter de toalidede da arte. Ouso dizer obscura: ‘mente poraue crit subjtvae ines, cistina da stvidade con- ritual e das atvidades tia e pri, reinedindo nas quas an lessee egese, como é 2 arto para Croce, sem explicat como conde poder atingr fre carder do totaidade que, etn del hiivo, nso se compreende sequer © que possa ser "A consstacio da exinéncia do um doplo momento na ativdade eradora de arte € comum a todos os que se colosatam ‘Striamente problema esétice, persoalidades distents no tem= Po € no espago ¢, as vézes, ae pests por temperamento © Gonvicsao. Barta Fecordar agui Biclinsque, Dobrolibov e Eran crea de Sancti ‘Convém nio esquecer que a distineso de dois momentos za atividede artstica ndo tem significado cronolépco, sendo fo contririo, a eriagso arstica um alo quo se eatateica pela Indsolive unidade de todos os elementos que 0. prsidem. to sio dois momentos, um presidido pela fantasia, outa, pele imaginaeao, assim como io sio doi momentos cronolS- 36 icamente sucessivos os que distinguem a parte mais propiae ‘mente eviadora do" proceso da que podo parecer puramente fxceutiva © material. Isto €, nfo txste por um lado uma itt Piragdo artstia po ato criadore, por outte, uma técaca exe futivs, esta guiada por aguela; x0 contri, uma outre con Stuzm estelta unidade, um ato 36. Isto pode set abservado considerando-te as suctssivas elaboragoes © os Tascunhos de lima mesma obra, anteriores & comecupeo de forma defnitva. (CTomemsc. pare exemplo os véros esbogos prepartéros 0b 4s varias redagGcs de um mesmo quadio;,yereios gue mio onstituem uma sueessio aproximando-se progressivamente da rma definitva e lima, mas que cada uma dessie faces € diferent das emai, precedentcs c sucesivas, cada qual & completa em si mesma, ainda quando, naturalmente, do pont Ge vista artitico possa ter tido fxito oa falhado) “Anulisando © dissociando &se ato uniério paca compre- endéd plenamente, ¢ visando uma comodidade So exposiio, demas que consts de wm proceso intleetial de itarena cos oscitva, que se realiza e. concll num processo léenco, 0 'maescbtha do materiale na maneza de tratélo Dat paeremos cance gue oie ¢ coma ees artes €0 Sto quimésico, enguamto que'o que distingve a arte em faves sG0 a matéria © a téenica, diferentes para artes diferentes, 0 eespecitico das artes, pos, é dado pela maria © pela séenica, em que se encarna 0 ato eviador. ‘Em cada arte em particular, considerada em determinada poce, fell constatar como prevalecem alguns modos.espe- ais de tratar a matéria, modos que convém especialmente 28, fsigncias(conteddos e problemas) dessa mesma epoca de git capecificos e que se chamam esos. Bem cada exo, tspeifico de determinado tempo, hé @ estilo especiico de fata acta Indidualmente eoniderado, No conjanto da obra de cada artista enconttase o estilo espécifico de cada criacto fem partic Em mia maior, a da obra em si, eqiivale &generalizagio méxima: o Teconhecimento ‘um métedo ‘nico, exclusive © inconundivel de uma obra co ide como reconbecimento da qualidade aristica da mesma ste & entfo, © nico espectico que a citica deve saber caplat ¢ pir em evidénea: o seu derivar © exprimic uma iia ‘alia o precisa da Tealidade, porquanto tus eistencia of incxsténia significa a exstncia ou ndo date, a Em skims ans, wes as demas expciicages real tam novament ingfeents ao velor arin, Se um afta, tim creullor por exerplo,adota‘m material em ver de ut Giérmore of baz, atin oy tone, ouzo eu made), SCitaa Gos material com a tenes expetcn tequeida 00 {ales do utis (por exemple, colorado ar crus), se Segue Drstlo de se tempo. (neal, digamos, 08 inpreso- Simo), 38 fe etlo £0 eonsidrado 0 tradktonalmente com enon‘. mathe escolide (por exemple, exo. impresio. Tinta para‘ esclfurs em sa) assim poe diane, {do 0 Tuo Ge preference indie do art 56 serie para ie hen ess prefers ‘© emprégo ou nio dos meiasespecticos de uma ant, a copecicidade ou a: no especie sto Tendéncas que po- Gin igulmente prosuzir ares edo pono de ta erica, fara efeitos doin jin de val, no" tem deity a adi. ius cons na are nunca 6 0 mani pla gual se atige wn ‘esltado, ns 0 propria renado, Farte ste quando se con Saus fare ln, com escltrespintadss, miseas imitates, ite Nir alo igicaive tendendo para as condges da son, fom iior rari permanecendo no mbito. ox meio ees fos das ares ott mesmas, Fao are quando se fz Teak otis aay fazendo prevaleccr Ete ou agele ene of mon Bpeeticon! podese pintar em préto e branco. ol eM cdr, fhm como stbmeter 6 tago A cir ou vee-vera, sm Pot {its decd orn cma, dee ue podem scr feos mes anisnematogricoy, como os de ‘Grok, ov mss em que a montage ‘enhe valor predomi tus, Como Cones SonchPeterbuge ou, nds, fies que ‘Teclogo abuse de son superiorede sobre a aronagem, como contac em Schl, rae ‘Apercebowme, porém, que a comerse sts ficando com- pride, como diz tm adigi poplar, “Ie cose langhe diver {io sept (as coisas comprideracabam se toraaco cobs) Enis ps, fu hors dir teminando, mesmo. pore esa & ‘una obra que corti morro propre abo. Quero dizer que irtcrminando rem que 0 nosso coshecimeno tha ncntdo Lest she 0 ea nl i et {avez em um pouco de coragem to atrmar que a ate jamals usc dy'um carter oomtivo tenis, jms € deteinada a materia ou pea tenia © que 0 arta 6 6m sh SAMS Tyre para cleger © laventar de Scrdo como inpu’ de po pris iepirsio. 38 ‘Como se sabe, também Pudéyguim junto com Culéchov part em suas” perguisus estéicas da detnicto do espectio Einematogrilico ¢, muito jotamente, klenticow-o com 8 mom tagem, Na memordvel diseusso entre cinetstay sovitcos, por fecasiio do Festival Cinematogrtico de Moscou em 1934, Pur ‘Sévquim revi sua posigdo: com suas obras havia dado ‘estu- pendos e memorivels exemplos de flmes de montagem e, natu- Falmente, como ocorre com muita frequéncia entre teicoy a tists, incinowse, de iniio, no sentido de considerar seu poato e vita 0 Gieo véldo, sem pereeber que semelhante conside- Yaplo conduala diretamente 20 formalismo ou, para ser mais claro, a dar valor de toria exten a uma podtce Revolocado em seus jstor limites tericor 0 problema © 0 conceit de especticn filmic, poder-seia perguntat: guais fntio as vantagens em contiquara debater um tema semelhant? 1 interésse-nasce, se bem efletirmos, da fato de que a sscolha do um material © da manera de trabal-lo. 10 6, tomo ise disse, um ato drolado ¢ posterior a inspiral, mas fom esta, com 0 ator erlador quimérico, constitu um’ todo “nico. Ngo € por 2easo que um atta eseolhe deerminado ‘material, wata-o de determinado modo e a 808 obra assim auela forma determinad nica! tudo faa pare da cragio & Gnseperivel da mesme. Portanto, a exten que recompse, onsitul Ese ato erador, patindo, porem, dos dados exteriors ‘da obra, nfo pode ignorar © setido daguele material especial, ‘aque ténica especial, daquela forma especial; a0 contdrio, sueaves da sndlise formal a rll pode descobrit a vilidads Ga ropresentacio e a idéia que contém, pode rompre Fas de la orme et sucer le Substaniique moele, 0 conteto da bre. “Através dos, por assim dizer, citelos concéntricos das vrias ‘spesfcagbes, 2 anise formal stinge o sentido profundo. B fsenplo, nesse sentido, a melbor evfea atrbuicinste. que, sem preader ser teoria, deu, recentement, resullados de i= porcinciaextrordiniia. Aqui também deverse ter preseate que © alo erfteo & também éle untério, mesmo. quando, part 6o- ‘modidede expostva, so fale em aproximagées ftels. com cintrioos (p- ex., esta 6 uma pintura romans do coméso do fcalo XVIL, de Um pintor académico mas infuenciado. pelos fatos novos do séeuo, ete. ee, Logo, ¢ fun). ‘Av Importincia das pesquisas tlativas 20 espeifico nfo Aepeade apenas do fato de nfo se poder cindir © ato criador, ‘mas, tambem da. consatagéo, através da experincia, que. a mice parte das obras universlmemte recombecidss como set 9 rio sontadaem 0 espe. As que 9 conroizem, mesmo Sendo aunts brat de arte, aa’ min estates 0. em ‘Muero to pegueno que pssam « sera exeedo, as ves ate, Muguica que onfinna fey. Esta verdage‘€ também 0: ‘cine airmada polo bom senso comm qo, face a0" ue io iis especifio, delara com admircio: “Est, sim, € ‘im verdadeio’pintor: So. um aresto hub iteligents © vertigo, que jms comhecea ee cies da arc como Giot {Bo de Chino, pode ise doa consegnia comum e vat © Seta ioe” que, “los, semiceeados” coempando is tina, extant © dias "Cs un plate!” Fete 9 um Cate ‘OED cu Renoir, mas ago faze a um Chima, sgn Cane pinor belo do’ sSeulo XVIL, cus rondo pass feos cio chains de andes © mistédos (odo Mera, a Eos nos), quuse como at de Bost, para nfo citar at do rprio De Caio. Peden, afin eclocat 3 questi do espectfico cinems- topsiico, 0 taper do cinema ndo ¢ 0 fo’ — sem duvida igulr efor fat de colaborago, nom o comseglete de ‘acer de una avtoconsiénciaieoliica comm da tse nos ‘aioe colaberadore,porguanlo esas caracterisicas sto co- Tans de erty, oesinalmente (pintra, romance, arqutetra) (0 necesiemsnte(Céder ae formas do expticlo tata) ‘Nao pode também ser sonsderado espeuiieo do cinems certo “intel realm da edmare porgse ela herdou da fotograia. Resta eno, a montage, al implica com endia lo apens Oenguadrameno em grande plano mas, am in, argumento © vot, slem dos modos ce iominagio © ‘eotgio. Noma palowra, thda a ténien cinematogrtca de {Ceminn pela previsso de sua fse dead, momagem arco Poder-so‘i objetar: neste mesmo antigo fi dito que 2 mon tagea ¢ comum ao fomsnce & hoes 6 Por Cut lad, m0 EPivids de que 0 se para o-deama c a snfnia, bom como para mas outa ares € gentos de sce. verde. Ms fom relcinde, «-moniagem, isto 6, 2 Mealioguo do’ tempo do capo, um foun ue no testo serie (8 pace 8 cova das ts unladen, eapecien do eat, ja abandenada) Sempre de modo cscs, tes ow cinco vez, gUaDlos Slo 2 faimcate ‘os sts, ov guage ou 20, métimo do quadror. Nao tanta de um procedmenta nivo, mas de una nove Tog. ‘Ga no espeticus cinematoerfco. Essa feqleacia da mudanca ‘de dngalo de amplitude do campo Visual, nao $6 com deso- 0 camentos dos lgares como deat do Ambito de una mesma expoaon fine somente pelo fata de ae compor ce techos urs, no sentido acima iustrado. Enguanto que a. omposiglo fem fangio expressive € comm n t0das 26 aie, isto €° nao & ‘spesfiea de nenhume. Parece-me justo © indiscutvel que 0 especifico de uma art em particular possa evoler sem se contradizer(e eu acres: enturia? mesmo contradizendo-se). Basta um exempo, entce ‘9s mfos que se poderiam dar: para os quinhentsaytovcanos, ra especico da pintura 0 desenho. com efeto de perspectia, © ste mito alinenton a grande arte daquele tempo. Sucodew: “the mito dt Tua, que earacterizow toda a pintura valde de “ CCrsvagsio a Renoir. Potato, nada abt, em principio, uma ‘Slug tbe do espeiico ciematogdio. Mayes lio eriswer raiment? A nove pox dedade caratersien que. Chiarnt propoe nasce dctame Eo insrumeoro principal dessa arte: a camara. Nese seo, Gann € mud expicito esti 8 cima iflsnc Sobre SThomem, cls € usm Ihe ensnou como quer sx used Sus faracentiss sG0tels que pode, por 36, postr a wiz S80 pena das mesma, "aqui tumbem nfo ertamor de scirdo_e no consi ver como, segundo Chia, se tea dsenvavido tse promeso NEG memento, um dos axiomes da qualidade artiien do Bi ihe toa sido a eqacao do automatsmo da camara, o consid lie nfo uma mapuna, io €, una fabian aside de Produtos ony aise igi, sum stunt artic, A Pousso contra, aegou simpre, ovrentemens, a. qualldade Erica do ime, afta dete nao psa deme Topo Aigo: mecinica a realdader Chir onbete peretamente ue Armin, com paciente éediasio, clasiicou toda uma Rie SE anes de Sijerenapao exientes numa reprodi Inetinia’impossvel de. reproducto cinematografca.” Asim tami sobe perstamente que, pares concusbes teria, Ge a Amiel o grande meno. ter, saves dessa impor Siidade, permit dedwir que Tngungem do cinema € sem prec em fda 0 pact uma lnguagem aria, que tri a cimara ensinado 20 homen? Elaborar exe doce & reside sto 6 fue ac? Um pitor sue se sta com o eavaete Lente ide ov» uma pasagem at Riratcls, aio vaborct eiadoramente e reaidade? Far ago Gifrene do um operador cematopatico com sua maquina Giante da mesma senbora op da mesma peiagem? Como pro esto ctor, cetamente no: o process0 € anslogo © conse {S como fi foi relerido, em lnspigr os dos ists um modo puaricular do empregr os seu instruments specifies (Di Es, tints, magna de filma). Calher a realdage que nos {ouia nfo'é eopetico de nba ars, ms de tesa arts. Partindo da disingio supra, Chitin nege a impotinia do atgumento, do tatamento, do oteko © apaude delarapbes fens wae Chae davai, que caret: "Beco se ‘cerente-¢-queimar, afta, em praca pla, os argumentot flop eos nus. A shmsra nao faré maa Pouco natural Srobaca Ur estar sempre cobrndo 9 scaguara, mas sai o totalmente para 0 que ocorr & sua frente. Com freiéncia a mare nacra, ainda hoje, aguild que Ja fot natradoy quando far de are ume, tent 20 moro st gue se enconra com seu objeto. 80.0 que somor € que deve SEr 0 predstrminado, 0 srgumcto sed substitido pelo ho: sem em sug plentude, promo e 29 mexno tempo ecrtmado frente aos alos como’ um enviado espedal, Io grande ¢ 4 minha confanca na inteigiiade das arpumentagbes poetic fos, moras © sols da realidad, emt como nas possibida. ey de comunicago, que a realdads € 0 espeticuo miximo ue eu descaria reali” sh imisenca contra argumeatos ¢ roses (da. parte dos argumentstas © rotcrtas Chiari © Zavatn) ‘nasce da onveyio de que neahuma qualidade arstice deve prsedcr 0 Teabao. da clmera, tse que em oston tempos eu mesma onside vida, sada gut por poco tempo, sdvings do fato de no ter ‘ainda apresndido em t6da asia extesio 0 conccto de monlagem no sentido estéico. Mas de hiv muito ompreend| que montagm deve str consderada como ne {ugto do filme como um todo © que domins cada fase da el borageo, a qual € determinada pela iia geral ¢ unitia do fine. Mais nda, tas as fash da claboracio do filme so sriadoras ¢, como. adiante se verd mcr, complcas en tssmas. Aisin como ¢ formulade por Chitra ¢ Zavat Seeaco’ da impotica do egumetto do rteio € muse ‘Quant a aspiasSo do Zavatink em “reslzar a reaidade como espeléulo maximo", pole 0 conkesdo cineata ‘cat Iwangiile, porguano és espticulo «propria realdade 0 res Iza tatufalmente © por si mesma. O que aconece € que nem todos postuem 0s als. deartta de Zavata ary Som nde ty “argurintactes pote, moras « ci” que a Iiede oeree os artistas, cop dever @0 dese favre meine dorey ence essa mesina reabdadee os que habent oct ef non viebunt Que essa mediagso se faga através da pena i da movimenioe Py do crescent de uma pnts, do desabochar de ume for Of, ningun al snp eae Bal "uh o Toto oe rao ros e's tm" sind oe aburdo, que semelhants ou ‘iguslmente ocutoaopetés ae resid win ea ah cn tc el Caruana, peatese (a6 de que Sich nope a Ge screm colds pla cimara com seu lho de Wk, dsvem Stcvtos plo ih! ae do operedoc ou doy: Wes Broke € color como ents cape Sea ald sun neuer Por Is 0" operator dps ae thiquina para ies aspects © no para outros, por WSO eco. iie"om pont de vt endo cute? um ope dc emaedss lo oul, B meno admin que 0 aperion so dneur ads Teal fe tbo preventing, mas Todem 2 si inp Hionando quldietion& guidmetos te peels, somes Se mowtghn veto otter scion © siti see ‘Sule fos impresionaore fio com of memve Cae fos ae team poss 0 eabahe noma, tecanness Prelit. Arpimesto¢ rae pode no does nolan, hs eid septe funds bo at 8s ee tee ee eerie va at am ee he ge 6 ps Meenas Sena se oye mee at a aes ae et ¢ cad i Stat owe oer ee arn i ie a canes ea el roel ae eo ae, oe rn, Se ere Sie 8 es seers ee ene fe, dain Co Nis lbs an leis Se pict mam pro cue at fe cm Ba Dama ron de les meres so ent 2a re Dos toi at ree fg oe nee al mete tear ete ef, lee te: se im Sater or eee le tm Te See ae cel ee te, oe Sa ar ace ere & Cee, Coa sts ean oe ene He ctmamms soto Coney oe nel Fn ole aaa ree sa te ey ees Sree ee Se Se pe oe 52 des esbogos de Rubens, para grandes altescos, desinaos 2 tecgHo por parte dot dunes dos coaboradores, stapes ‘hvac aprouimam pstlarment dos oro “Tanto Charah como Zavai nssteri_ma_ posigho do omen tow cour, dearmado © indo. Encl, com podeta cer acta slpuem que trabalho ness cong, quando Svmetoda que deena pleas ¢jastamene tm programe, 29 fund, se bem eisrmos, 4 peauple um conc reaade? Progrima tae que ee avzin dos proton slraprogramdteos Ge Zola que com efoto, deserevia 8 verdad, eehos da eal dade, macher de vie depois os Ista, quis igo mona, stu rmancs. (Mia por so € guest die jutameate que Zeist com eit, grande quando trnseedht os propos opamis) oreo dizie Béla Balizs, em certos filmes s6bre viagens, ‘onde 9 “tnearosubstifl © Toto", ou em certs flies ste ‘Tintreza,onatraljstament 9 prneaga de um bomem i= ‘Sve oanda'e registra tases agpecto cellos de reaidade a antureza, os quis assume, conta {Oda a iter dos Stores, "um sbor de fable" "ste progam c Ese mitdo eslareim o segundo equivoco de Drgn Vettow, gos, comclntements ou no, também © 3 ave ¢ e Chis, tro que ausce.deuma sncapecdade fnuvidul de aceitar una das aracteiaisas do cinema: 3 de Ser ars do colaboraslo, £0 dtor quem rod, 8 seu bet-paze, metros e gumetros de pecla 2 segu,monts-os com ‘Teor ln aprada, Saves tim um don cones de extéice ‘Heals, ettcn do valor sbjetvo da ae, eo ime toma-se, fina também ey uma ciao indivi, tendo encontrado finales sew nico aio uma teva que fol tntada vii vérs, com maior ‘ou menor bibligads, por Cormdo Pavol pelo aiteor a Revue du Cinna, Autel, © por tio Rice, o qual lem ‘rome em uma conference manifesto a eaprenga Segue a {Eanes chogue anos fomeser uma camara a gual bos pesamcs ‘Srircom de uma cancun. Dajga Vertoy tae ps ‘m pri ent teria, esa produgdo Cine-Vedateresutou tn ‘Sleldoscpio de parila do naturcr, cu fos asumia Speco el. fambem Waller Rotman, su te melo ‘nim primero pedo, dcando-e ogo lcvar pela descoberta {oe resladon gradi provcados po certs sapecon Vi Sonos, certat cadena nic, Oban com alternin fetudada de tochos longs ¢treshos cuts, deteminadss con 53 sonincias ¢ discordinclas ene o ritmo deteminado pelo com- primento dos techos de montagem e do movimento inerbo das Petsonagens, n0 folograma, dedurindo & montagem da, mis fe acompanhamento (como se procesa nos deseios animados, ‘enos det, assim, o vazioformalimo de Bern, Symphonie eine? Grossadt« de Melodie der Wel primizo, e, depois, os descon sertos (160 queridos de Emilio Cecchi quo’ os spadrinhou) de Acciio para preiptar-s a sear, aludedo por uma ninfa eg6tia Ge Hite, Leni Riefensthal, na gnominia da propapnds nazsta ‘Quinto a Grierson, eté tao pouca desarmado frente a ree- lidade que seus documentirios © os de tida a sot equpe foram eclaralae expicta propaganda dos cortis inglés, primes. ments e seguir, de‘outras cosas que fnteressam ainda mals 20 governo inglés Chiaini superesima ‘Grierson ¢ 0 invoea em Spoio de suas tees, Mas, também as tases de Griervon deivam das de Deiga Veriov e sio, ainda mals, expostas de modo super= ficial, confuso © Inconcludente: sem agudle dosejo de rigor feb= rico que anima Chiara, © sem a tessa potica de Zavati © recente caso do filme francts Farrebigue, nascido de tn ‘éncias © programas semelhantes, deve sor eitsdo apenas como ‘spantalho, dada 2 sua nuldade artiica, ‘Quanto a tese da qualidade stitica do documentério, nfo serei eu, por cert, quem vi contest, depois de ter, ha anos, ststentado (num estado sBbre “a prosa cinematografca’ fem Bianco e Nero, 1943) que a impossblidade de 0 lime +=. produit stealidade como ta, faz dele uma lingusgem aristica como a misica pelo que éle ou 6 arte on uma fentaiva sem xito em diregdo 8 arte, nada mais; © para sustentar, consoguen- femente,aidentidade entre filme de arte documentiio. A parte estates, als impugnave e, até onde me & dado saber, jamais ‘locada em dscussdo por quem quer que sea, como pensar que os grandes documentvios rusos, que Chlain cit, masgam sem ‘ums ardenasdo prévia, de dirtores coloeados frente a teslidade esaumados e indefesos, como eaviados especiais? Nio se lem- bari Chiavini que um’ déles, Ziguid,teve de condicionar os reflexos do cetos peixes,essociando az fort das limy requerida pela flmagem, com a distbuigio do slimento? Ov teri esquedido — éle que acompaata stentamente a biblogralia do cinema — otalvez nico estudo, "na grande platia das abr Fecidase ines dramaturgis do cinema, 0 itca estado eo, A Dramaturgia no Filme Cienfico-Popidar, de Zl, one 08 Iméiodos de preparacto minuciosisima daqulesbelisnos fies So deseritos e tebricamente jastiicados? 4 No hi divide de que Chiasni wm thea rio quando combate o fie eveino; ins aontee que cle amp tte con. elo do mantra tba ijatiiene, a mea ver, quando sansa {dos 08 mer espeticlo como cvasivos face realidade "en ‘junto potipagdo dos expectadores” em ses aries, quo Pormandcem of mesmon gusiger que sejt-o elo", © fins EntGnome, porém, Ese sola destaque e ftlexio s0bc vida rrecemeé que o fro reside em Beat no plana exterior dor mos dos mtodos, sto em questo de calier e de tendencies Srsticas opostg, como sempre howe, mas gue eicamente jamais chezaem’a concn slgumaséxtcors m0 ergo aealdade? (tatoo de um rejerendu Ievantado tem 1928, Por Solari), asta proisionie ov anadores! (primero ‘evoda do cinema rio} roto de feo (tendeaia dos come ‘hints do Stems), ow novela iematogis? (prio Ein senstn)? Grrr mis andor de Zao ¢ de Chiat, parece gue poderemos pectber 9 posto ceil qe ot Sond 30 sofana. Zavatin, sobretud, easuamio roma, feaunaa crag cles do filme, azo obstanie alguns eacontos {sizes e gens na pets, o sgmas colaborastes fletsimas ‘Asim € que muito feqdentmeatedelaoa querer celza ata tho os seus aegumentos, Em posgso semelhanteencontase também Toehino Visco. “Accedio que Chitin ita sobzetudo a exgtcia de toriee a sua preferdaia pelo feslmo. Perotbe que-aio se tata do Simply tendenca, may de algo que wanseende a questoes de iso, © motewe edagistar valdade universal seats, seed, {que 0 realm se Menten com a art © dseaia diablo Com ‘gor tsi. Porecbo-se (a mimy pelo menos, passee que an et pees romper” eames cone epyes idles ¢ ue a sta espedéncia 0 imple para temativa de resitir a0 ime e Aare em ger, a tignidade de ‘um conte de ida, dou lao, de pris funsionalidads, fe cute. Para mim clarsimo que Chis tende para iso. Enetanto, ov remanescnts Mesias o stapalam © levam 4 ontrapor‘temor de sr” e "eos de_polia, of sj, d0 fducapio socal ou mesmo de propaganda" Essa difcudades fsvamao anda s sstontar que va saminagao do acolo fealiano" const em sett manto “Tora Jes pessapetos ideo legloosceivetvor’ ee ‘Anal, erio gie_o grande mésito do notivel esr do ‘Chiari conse jstamente a tentativa de dar autorade est. $5 tica, isto €; de confirmar em bases teéricas e conssgrar, no apenas 0 grande valor do noo-ealismo Haliano, mas © realsmo fom arte # arte como Tealismo. ‘Urge e ser sempre itil uma consetncia teérica sempre una « prounda, e nto apenas para clvar 0 tom da ertca, mas para fami servic aor astas que s6 poderdo Iuerar arisicamente fcom uta aufoeonseéncia dos prépris deveres. Dever que © {proprio Chisrni tem bem presente quando escreve que “da rea Fade nfo se pods alhear, mas que € preciso “compreendé-la modifies, tando um mundo novo e melhor”. Niso eslamos pevfoitemente de acbedo, © s6 nos cabe aplaudr. ‘Ma, dizi 4, uma maior conscnela servi exten aos artistas: pritsiray armando-aideobgicamente esuprimindo-he 6 eariter lassa dos inimigos do realismo, que Chiarini ens fica ene os que "im médo da realsiade"; aos segundos, servic pura dar conséincia do préprio dever, a consiénea e 0 o7gulho Becontrbuie para o- grande procesto histérico em curso da transformagio da realidade, que assinalaré por tOda a parle & plena emancipardo humana, 2 passagem do eino na necesidad> paracda iberdade, Nao edesprecivelsatsfacdo de ter divetido, Eesopiado ov extesiada imbecs desocupados, masa elevadissims fatslaggo de ter trabalhado por uma humanidade melhor. 0933) 56 PARTE IL

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