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Job de F.L.
Job de F.L.
UNIVERSIDADE LICUNGO
CURSO DE FILOSOFIA
AIDA FURMEIRO
CARLOS JOSÉ JÚNIOR
CLEMENTE ALBERTO RUCO
DÉRCIO VASCO NHUMAIO
MARIANA SANTOS
Beira
2022
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AIDA FURMEIRO
CARLOS JOSÉ JÚNIOR
CLEMENTE ALBERTO RUCO
DÉRCIO VASCO NHUMAIO
MARIANA SANTOS
Beira
2022
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Índice
1 Introdução ..................................................................................................................................... 3
1.1 Objetivos.................................................................................................................................... 3
5 Conclusão ................................................................................................................................... 12
6 Bibliografia ................................................................................................................................. 13
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1 Introdução
1.1 Objetivos
1.1.1 Geral
1.1.2 Específicos
1.1.3 Metodologia
Para a realização desse trabalho foi usado o método dialético, onde tivemos como técnica de
procedimento a pesquisa bibliográfica, que culminou em um trabalho final.
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A teoria crítica da Escola de Frankfurt se constituiu no correr dos anos 30, Tal como foi
concebida por Horkheimer, seu fundador, como também por Marcuse, Adorno e outros, a teoria
crítica se definiu pelo duplo esforço de uma ruptura epistemológica com a estrutura da ciência e de
uma ruptura epistemológica com o sistema racionalista metafísico. Ela se definiu também como
um projeto de racionalização da sociedade ligado à ideia da emancipação; esta é sua vertente
principal (Juan Ruz, 1984, p.10).
A teoria critica consiste em uma abordagem de filosofia social que se concentra na avaliação
reflexiva e crítica da sociedade e da cultura, a fim de relevar e desafiar as estruturas de poder. Uma
teoria é crítica na medida em que busca a “emancipação humana da escravidão”, atua como
“influencia libertadora”. Sustentando que a ideologia é o principal obstáculo a libertação humana,
a teoria crítica foi estabelecida como uma escola de pensamento principalmente pelos teóricos da
escola de Frankfurt: Herbert Marcuse, Theodor Adorno, Walter Benjamin, Erich Fromm e Max
Horkheimer. Horkheimer descreveu uma teoria como crítica na medida em que visa libertar os
seres humanos das circunstâncias que os escravizam.
Dois tipos de crítica se opuseram fortemente e com certa razão à teoria crítica de Horkheimer.
A primeira visa o pessimismo mais ou menos radical de que a teoria crítica seria portadora: este
pessimismo desembocaria numa clara resignação. A segunda crítica visa a mais as insuficiências a
nível dos fundamentos. Isso no que se refere às críticas, supomos que estes dois tipos de crítica,
manifestamente representativos da corrente de discussão levantada face à primeira geração da
Escola de Frankfurt são assumidos por Habermas seu continuador (Juan Ruz, 1984, Pp.15-16).
Juan Ruz (1984), no seu artigo teoria Critica e Educação diz que:
Isto significa que o domínio "do prático" enquanto domínio claramente diferenciado "do
técnico" se submete à jurisdição da racionalidade da comunicação. Ou, para utilizar os termos de
Habermas "enquanto a validez das regras técnicas e das estratégias depende da validade de
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proposições empírica ou analiticamente verdadeiras, a das normas socias mais ais é fundada apenas
sobre a intersubjetividade da compreensão das intenções e ela é assegurada pelo reconhecimento
das obrigações por todos"(ibidem, p.17).
A atividade comunicacional, seja ela orientada para a compreensão quer dizer, lá onde a
interação visa ter um acordo com base em um reconhecimento comum de pretensões á validez seja
ela consensual. A ação social assim concebida permite orientar uma formação interacional e
comunicacionalmente estabelecida através dos acordos ou consensos aos quais se restringem a
razão prática (Ibidem, p.26).
A competência comunicacional poderia nos ajudar, por seus próprios recursos a resituar as
assimetrias do saber e do poder em ação na relação de formação. Retomemos as palavras de
Bourdeu Passeron: “a ideia de uma pedagogia que visava desvelar em seu exercício mesmo, sua
verdade objetiva e assim destruir o fundamento da autoridade pedagógica do agente. Estes autores
não são os únicos a defender este ponto de vista. Janin Filloux, entre outros, é da mesma opinião:
“o acto de intercâmbio entre o ensinante e ensinado se constitui sobre uma assimetria, uma relação
de superior a inferior. Que esta relação de assimetria desapareça (ou que seja invertida), e a relação
ensinante-ensinado cora o risco e se desfazer em uma relação de forca, de violência ou de
separação, que torne vão todo ato pedagógico (Ibidem, p. 27).
social de dominação. Isto implica de resto em uma participação dos estudantes na pesquisa e a
participação em todas as decisões referentes a sua formação. (ibidem, p.31).
O projeto moderno, que visava a construção de uma ciência objetiva, da moral universal e da
arte autônoma, pareceu edificar um grande sonho da razão. No entanto, estes foram sonhos
demasiados caros para a humanidade pois logo foi interrompido por eventos catastróficos, como o
caso das grandes Gerras, que trouxe incertezas e, principalmente, a crise da razão ocidental
(Chevitarese, 2001).
Cássia Araújo de Oliveira (2002), afirma que o cenário da pós-modernidade, marcado pela
problemática filosófica do século XX, ocupa no pensamento contemporâneo discussões polêmicas
acerca do conhecimento no âmbito da educação. A relação entre pós-modernidade e educação tem
sido objeto de polêmicas, desde o começo a ideia de pós-modernidade trouxe implicações para a
produção de conhecimento no campo da filosofia e da ciência. Com a crise da modernidade e suas
teorias metafísicas, as teorias pedagógicas também tiveram seus fundamentos reduzidos à condição
de incredulidade. É no momento do contemporâneo que a ideia de pós-modernidade introduz a
mudança de modelo em todos os campos do conhecimento humano determinando a condição pós-
moderna como base de questionamentos e indeterminações
Ao situar a escola no contexto atual, verifica-se que ela está no meio de um turbilhão de fatos,
acontecimentos, situações, fenômenos, episódios, processos sociais, políticos, econômicos,
culturais, éticos, religiosos e outros mais, sofrendo, terrivelmente, os impactos das mudanças cada
vez mais rápidas e vertiginosas da pós-modernidade. Sua estrutura é “pesada e lerda” para
acompanhar a evolução social, no ritmo voraz das sociedades pós-industriais (Gomes JB,
Casagrande LDR, 2002, p.3).
Para enfrentar essa problemática a do conflito entre as escolas e seus educadores e a geração
de jovens da cultura pós-moderna, os educadores, ao desempenharem suas funções docentes, terão
que converter o pedagógico em alguém que possui o amor pela sabedoria, indicando tanto as
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condições por meio das quais educam, como o significado da aprendizagem para uma geração que
está experimentando a vida em um sentido totalmente diferente das representações oferecidas pelas
versões modernas da escola, as quais ainda predominam no cenário educacional(Gomes JB,
Casagrande LDR, 2002, p.4).
Alguns pensadores como Biesta têm procurado mostrar que a origem desses conflitos nas
escolas decorre do fato de que, de um lado, os alunos reclamam que não são respeitados e que as
escolas são muito autoritárias. De outro, os professores dizem que os alunos não têm limites e só
vêem a escola como um local para encontrar os amigos (Ibidem).
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5 Conclusão
Depois de uma profunda investigação, uma detalhada avaliação constatou-se que a teoria
crítica da educação, parte de pressuposto de que é necessária uma democratização no processo de
ensino e aprendizagem dentro da instituição. É com base na comunicação e nos diálogos onde pode
se chegar a um consenso, tendo como base a valorização do aluno dentro da sala não com um
agente passivo do seu processo, mas como um agente ativo capaz de contribuir positivamente na
tomada de decisões concernente aos aspectos pedagógicos. Percebe-se que, a teoria crítica da
educação, conforme os pressupostos teórico-metodológicos da teoria social crítica, constitui-se
como uma contribuição muito significativa para as análises sobre o processo de formação social
que podemos estabelecer na atualidade. O diagnóstico crítico de uma situação historicamente
determinada, e as possibilidades de resistência que se estabelecem frente aos processos de
dominação social demonstram o potencial crítico e emancipatório da Teoria.
6 Bibliografia
JUAN, Ruz. (1984). Tradução de Philippe Humblé e Walter Carlos Costa. Perspectiva,
Florianópolis, 1(3), 9-50.