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FORGAS DE MORTE E DE VIDA NO HOMEM E NO CAMPO SOCIAL. (0 QUE FOI VIDA NO PASSADO SE TORNA MORTE NO PRESENTE. COMO LIDAR COM Issoz Palestra de 8 de fevereiro de 1980 - sexta-feira Ontem prometi que hoje e amanhd falaremos sobre o tema: “Deixar morrer como impulso para processos vitais”’. Domingo comecamos falando de Prometeu, 0 homem que esté acorrentado a Terra. Falamos das forcas do peso, da gravidade e também das forcas de leveza, da “levidade’’. Este tema das forcas vitais nos ocupou durante toda a semana. Segunda e tercafeira falamos sobre @ estruturacdo de novos ritmos, quarta e quinta-feira sobre a formacio de processos e hoje e amanhé ainda quero abordar um iiltimo as- pecto, ou seja, deixar morrer como impulso para processos vitais. Nao se- ré.um tema fécil, porém muito necessério para a compreenséo do processo do nascimento do eu na alma e na comunidade. Olhemos inicialmente para a natureza que nos rodeia. No reino mine- ral, em verdade, néo existe o morrer, pois no hé vida, Porém o mineral esté incluido em tudo que é vivo. Ele entrega suas substincias aos processos vi- tais. As plantas recolhem o mineral através de suas ra(zes e dele formam suas substancias. Os liquidos so elevados pelo sol até as nuvens e retornam co- mo chuva. A agua conforma paisagens inteiras que, por sua vez, eventual- mente so convulsionadas por terremotos ou encobertas pela lava de erup- ‘ges vulednicas, por geleiras ou por avalanches. Quem suporia nao haver vida neste reino mineral? Olhemos agora para as plantas. planta isolada pode morrer. Como espécie, suas sementes e crescendo sempre de novo, ‘esté continuamente presente. A morte de plantas & como se uma pessoa ar- rancasse um fio de cabelo ou cortasse as unas. see ‘Nos animais isto, em verdade, também é assim. O ledo individual po ‘de morrer, porém 2 alma grupal dos ledes continua viva nos exemplares ind Elas tam vida em si, mas, de fato, a ela continua vivendo ao espalhar de modo que a vida das plantas , © olho com seu ‘US trés canais semicirculares, o martelo e abi- gorna; este j4 é quase um mundo Mineral, é quase cristalizado, Observem 0 Cérebro: dentro dele vemos um mundo cinza, silencioso, morto; nada se mo- vimenta, a temperatura é bastante baixa, tudo tem seu lugar exato, Quase ndo hé transformacao de matéria nem processos de regeneracio; a wi re cuou quase completamente. Mantemos a cabeca sobre os ombros tranqiile 2 monte, Se 0 movimentamos exageradamente ou we levamos uma pancada mmeniofremos uma comogti cerebral. No dmbito da cabeca se evidencia ‘a consciéncia #6 6 poss(vel quando as forcas vitals recuam ramente como quase completamente, ‘Spaervemos agora 0 pblo oposto, ou sea, o homem metablico, cen- polo Inferior. Af tudo movimento, transformacko de matéria. o- 7 VSI. tralizado nO io tém lugar fixo, até podem mudar de lugar. Através de opera- (das. A temperatura normal pode © se, Os orgdos Bi igen, (pes, partes inteiras podem ser ext a Vi gir 05 40° C. Este 6 0 mundo do vivo, mas também um mundo no qual no nte. ar oe nem vest/gio do consciéncia, Podemos seguir concretamente esta tran: ae quando temos algo na boca eo deglutimos, niciimente estamcs bem a rasa rimajeorn) essay conacténecle: eo engoli-to ainda podemos segui-lo por sie: Figum tempo, mas ento sentimos que © alimento ultrapassa umn certo pon- te aloamjesaparece num mundo noturne, No quel a consciéncia no mais conse- que acompanhé-lo, justamente pera que ® vida agora possa entrar em agéo. ee Hoje ios interessa especialmente ver aquilo que se relaciona com este 20 mmorrer ea consciéncia na alma e no mbito social, pois este eto do morrer m, jz ocupar-nos bastante em nossas duas oficinas. Inicio apontando uma série de fendmenos. Suponhamos uma pessoa em seu relacionamento com alguns tenha tido uma série de experién ros. A partir da experiéncia feita com estas poucas pessoas, que Pro- confianca, formou-se 0 julgamento de que néo se po- tudo que ver de Minas ela v8 que mi varam nao ser de plena de confiar nas pessoas de Minas Gerais. Agora, pbaseada nesse julgamento. (Um outro exemplo: uma pessoa sentiu-se muito bem ao passar suas po de amigos, nadando e velejando. A partir de recusa todas as propostas de passar as férias de 0 ambiente no ‘ féries na praia com um grul entéo ela passa a repeti-lo; outra maneira, com outras pessoas, por temer que em outrs vé sentir-se to a vontade. Um terceiro exemplo: uma pessoa aprendeu, talvez na escola ou du- rante o exercicio profissional, como fazer um cAlculo financeiro ou como desenhar uma planta ou, entéo, como se deve apresentar um semindrio de Como isto provou ser eficiente, ela continua a fazé-lo Pedagogia Social. sempre da mesma maneira. Os métodos adotados provaram ser eficientes; ela se sente segura. ito simples? Eles mostram © que nos dizem estes trés exemplos mu que, em verdade, também na alma podem ocorrer processos de morte. Aqui- lo que inicialmente ainda era vivo, porque as experiéncias ainda eram novas ou porque 0 processo de aprendizagem ainda estava em movimento, ou por- que os julgamentos ainda nao haviam sido formados, tudo foi morrendo len- ‘tamente. lam-se formando no pensar julgamentos fixos, estereotipados, Ca C0isas po, ca, PEM Moree © $8r descrito co, M viva agao spo. PESO de lider oe eSMAs coisa, 9rupos de jogadores de cartas, Ou, apés dez an Volta-se a um, Gas de Natal. Ate nos it tadores, os gestos, até mes do a importancia da tradi MO OS erros. Os prof mente ainda vive. - IDTesen. ‘essores explicam, ico, Mas Permanece a QUeStao sobre No fluxo de desenvolvimento depose fram-se sedimentos sociais. Em verdade, eles no participam = sale Ainda quero mencionar um terceiro campo para completar imagem com algo macro-social. Podemos observar as sonra quicas em organizagSes: diretor, gerente, chefe, mestre-geral, mete, i ec, Prgt tre-mestre, superior, operdrio de primeira categoria, de segunda, antes 128 que foi institurda essa forma? Se tentarmos responder @ fun: 4: foi assim que se organizou a vida espiritual do an- 9 organizada a vida em geral na cultura egipcia e mesmo transferida para a organizago estrutural do exército outra idéia, tudo continuou assim até os tamonos: POF Sorento 9 respost 96, ‘Eoito, assim er J Mais tarde angesjgrela. E porque ninguém teve 08 tempo: sar exemplo, também observemos as circunstancias juridieas ne vide 1 ser proprietério emica, dizendo: real Seabees inteiras, terrence, patentes: que se posse vend! os, auferir lucros Peeiperess oe De onde wern|it07/Se formot procures « origem, chegare- mos aos romancs. mma expressou-se pela primeira vez a dignidade ‘sce evidenciou em lei, em especial no direito de dominio, no direlto faigo. Um tal direito de domfnio era algo completamente novo na- Guela époce, mas de 1é pare of nada de novo ocorreu nesse sentido, nem ‘apesar de as circunstancias terem mudado profundamen mesmo no Oriente, fe. E por isso que até hoje ainda vivernos com as herancas do direito romano de propriedade. Finalmente, podemos observar as condicbes na propria vida econdmi-

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