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BONECO - Artigo. 07.08.15
BONECO - Artigo. 07.08.15
Angela Queiroz
Angela Queiroz
Angela Queiroz
Banca examinadora:
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Coaching com Psicodrama
Nome do autor1
Angela Queiroz – Pós-graduação em Sociopsicodrama pela Universidade de São
Caetano do Sul - USCS
Resumo
Palavras-chave:
Abstract
(Apresentação do resumo em língua inglesa, seguido das palavras representativas
do conteúdo do trabalho)
Keywords:
1
Angela Queiroz E-mail:Psicoqueiroz@gmail.com
1 Introdução
2 - Fundamentação Teórica
2
PATOMIMA=Frequentemente se pensa que o psicodramatista é uma pessoa sempre “feliz”, que
está sempre sorrindo, pronto para uma cena. Cabe ressaltar que alguns psicodramatistas preferem
trabalhar no nível do verbal. Para uma boa sessão psicodramática não é imprescindível uma cena,
lágrimas ou abraços.
O treinador “coach”, ao mesmo tempo em que dá suporte à angústia do
cliente, o estimula a lutar por suas metas, entendendo ou reformulando os seus
valores e convicções.
Segundo Drummond (et.all. 2012), o coaching com psicodrama pode trabalhar
as emoções do cliente com sentimentos que ele vive nos papeis vividos durante o
processo, e fazendo uma investigação racional, rever sua forma de agir no mundo.
Nesse processo de revisão ele dissolve as cristalizações de seu modo cotidiano de
agir quando desempenha seu papel profissional. Esse processo de
percepção/consciência pode então mudar o que já não é adequado porque pode
exercer novas escolhas. Portanto podemos verificar que o Coaching com
Psicodrama se diferencia de outras abordagens pela forma rápida e eficaz de
trabalhar as dificuldades e inadequações de papéis.
Ele muda o olhar observador do Coachee (cliente) para que ele possa lidar
com seus bloqueios e rever seus papeis e competências. Esta metodologia, além de
ampliar a percepção aumenta a espontaneidade do cliente.
Assim quando se pensa em desenvolvimento pessoal e profissional,
pressupõe-se que o Coachee (cliente) sabe fazer as tarefas e pode melhorar o
desempenho a partir de uma reflexão crítica da forma como o reconhece
desempenhando e dos resultados decorrentes. Para conseguir mudanças efetivas
de comportamentos e atitudes é preciso se perceber na ação e querer rever essa
ação.(Drummond, [et.all], 2012).
Como diz, em uma palestra na sua empresa 1999, Jack Welch, é o Ex-CEO
da General Electric ele diz: “ No futuro, todos aqueles que quiserem ser lideres,
serão Coaches. Quem não desenvolver as habilidades de tal, automaticamente será
um descarte no mercado.”.
O Coaching é um processo de aperfeiçoamento pessoal que atua de forma a
encorajar e motivar seu cliente, fazendo-o refletir a respeito de diversos aspectos de
sua vida e fazendo com que aprimore suas aptidões tanto pessoais quanto
profissionais, visando o alcance de objetivos previamente estabelecidos.
O processo de coaching instiga as pessoas a identificarem por meio de suas
potencialidades e a consciência de um inacabamento, digamos assim, buscando
novas aprendizagens, desenvolvendo-se e criando inovações para sua vida, saindo
de uma zona de conforto. Martin Luther King um dos lideres da luta contra o racismo
nos Estados Unidos nos anos 60, ele sempre muito energético em seus discursos,
em um deles cita muito bem está questão, em um dos trechos quando diz: “(...)
talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor, mas lutamos para que o melhor
fosse feito. Não somos o que deveríamos ser não somos o que iremos ser, mas
graças a Deus, não somos o que éramos”. (http://frases.globo.com/martin-luther-
king/14230).
A prática de Coaching traz inúmeros benefícios. Para a organização, traz
fortalecimento para executivos e funcionários: aumenta a satisfação, a qualidade e a
produtividade no trabalho, melhora o relacionamento intra e interpessoal e o espírito
de equipe. Os clientes, através do feedback e do aprendizado melhoram
significativamente a performance, se tornam mais flexíveis, agregam valor ao que
fazem e com isso, alcançam mais realização pessoal e profissional (Drummond,
2006).
Em uma de suas palestras intituladas “Do balanço da Empresa ao Balanço da
Vida, a Vida que Vale a Pena Viver”, o Professor Clovis de Barros Filho (2013), ele
diz que; a vida é um processo inacabado, sem fórmulas prontas, que os valores são
complexos, onde a gente angustia todos os dias, por que as pessoas que tem algo
para fazer, tem que tomar decisões e quando se toma decisões se angustia, pois
vivemos no contexto se aquilo que decidimos fazer vai ou não dar certo, não
sabemos exatamente o que vai acontecer, temos uma vaga ideia das possibilidades
quando planejamos bem, mas mesmo assim ainda, não é algo o que possamos
adivinhar o que vai acontecer, “o mundo é um resultado de escolhas”, como ele diz,
e escolher é atribuir valor, criando assim uma hierarquia de valores e finalizando
valores são uma garantia para a liberdade, para que tenhamos possibilidades de
escolhas e se escolhermos bem, as chances de sermos felizes com os resultados é
animador. O professor Clovis novamente citando, não nos fala sobre coaching,
quando discursa sobre escolhas, mas no grosso modo o processo de Coaching e
justamente isso, uma maneira de fazer a pessoa entender as nuances de sua
própria existência nesse mundo, aprender a direcionar seu foco e controlar os
aspectos que dificultam a fluidez de sua vida e controlar seus impulsos para fazer as
melhores escolhas possíveis.
Segundo John Whitmore (2006): “O Concise Oxford Dictionary define o verbo
Coach como ensinar, treinar, dar dicas a, preparar, é mais difícil deixar de instruir do
que aprender a orientar. (...) Coaching é um PROCESSO que leva o individuo á
hábitos sadios e o torna próximo do completo, que CONSTRÓI e, portanto, é um
excelente meio de ORGANIZAR a vida, o Coaching é para quem quer EVOLUIR
como ser humano, descobrir o seu lugar nesse planeta, se DESENVOLVER como
profissional e para aqueles que buscam SUPERAR desafios.”.
Divisa
Mais importante do que a ciência, é o seu resultado,
Uma resposta provoca uma série de perguntas.
Mais importante do que a poesia, é o seu resultado,
Um poema invoca uma centena de atos heróicos.
Mais importante do que o reconhecimento, é o seu resultado,
O resultado é dor e culpa.
Mais importante do que a procriação é a criança.
Mais importante do que a evolução da criação é a evolução do criador.
Em lugar de passos imperativos, o imperador.
Em lugar dos passos criativos, o criador.
Um encontro de dois: olhos nos olhos, face a face.
E quando estiveres perto, arrancarei teus olhos.
E os colocarei no lugar dos meus; E arrancarei os meus olhos.
Para colocá-los no lugar dos teus
Então ver-te-ei com os teus olhos. E tu me verás com os meus.
Assim, até a coisa comum serve ao silêncio.
E o nosso encontro permanecerá a meta sem cadeias: Um lugar indeterminado, num
tempo indeterminado. Uma palavra indeterminada para um homem indeterminado.
(Psicodrama,2ª edição,SP.,1978)
Como cita Sugai e Pereira (1995) pode-se dizer que o papel se refere a
conduta assumida por uma pessoa frente a necessidade de se adaptar as normas
da boa convivência, os quais são fundamentais já que sempre pertencemos a
grupos.
Para Moreno essa premissa do desempenho dos papéis, é um processo
aprendido ao longo da infância, na medida em que o indivíduo vai se inserindo na
sociedade algo haver com a chamada Matriz de Identidade3, um bebê no momento
em se passa depois do nascimento todo o universo que esse bebê compreende, não
existe diferenciação entre o externo e o interno, objetos e pessoas, objetivo e
subjetivo, eu e outro é tudo inexistente para esse ser somente com o
desenvolvimento do individuo as coisas vão fazendo parte e sentido em seu mundo
(MARTÍN, 1996; GONÇALVES, WOLFF & ALMEIDA, 1988).
Englobando sinteticamente os diferentes sentidos do termo papel propostos
por Moreno, Gonçalves, C., Wolf, J. R, e Almeida, W.C., definem papel como: - “ a
unidade de condutas interrelacionais observáveis, resultante de elementos
constitutivos da singularidade do agente e de sua inserção na vida social.”.
Moreno cita assim: “O desempenho de papéis é anterior ao surgimento do eu.
Os papéis não emergem do eu; é o eu que, todavia, emerge dos papéis.”
(MORENO, 1975.).
Como para Moreno o “eu”, é revelado no desenrolar do desempenho de
papéis, ele vai dar ênfase a técnica do role-playing, com todo o seu desenvolvimento
pedagógico (aprendizagem e o treinamento) e o enfoque terapêutico (a relação com
o eu e o outro). Assim a finalidade do role-playing (que trouxe influencia ao famoso
RPG – Role-Playing-Game, que consiste em um jogo onde o jogador assume
personagens que vivem aventuras em mundos imaginário, vivendo e morrendo
conforme as regras fantásticas do momento estabelecidas por um tipo de diretor),
portanto, é como um jogo psicodramático de papéis que proporciona ao ator uma
visão do ponto de vista de outras pessoas, e ao atuar nesses papeis uns dos outros,
seja em cena, seja na vida real, elas terão a noção ou a visão da vida como um
todo.
Segundo cita Rubini (1995), a dimensão psicodramática constitui a
contrapartida da realidade, já que nos papéis psicodramáticos opera,
fundamentalmente, a função da fantasia. Moreno entendia como papéis
psicodramáticos tanto os desempenhados no cenário durante uma dramatização,
quanto os oriundos da fantasia, da imaginação como produções imaginárias do
indivíduo. “Os papéis psicodramáticos são personificações de coisas imaginadas,
tanto reais quanto irreais”. Correspondem, portanto, à dimensão mais individual da
3
Vale destacar que Matriz de Identidade é mais um conceito do Psicodrama. Trata-se do termo usado para
definir o meio no qual o bebê nasce e é acolhido.
vida psíquica, à “dimensão psicológica do eu”, livre das resistências extra pessoais,
a não ser as criadas por ele mesmo.
Mas essa constituição não assegura a permanência, pois as pessoas
desenvolvem muitos papéis e muitos contra-papéis, que ficam em contínua
interação, possibilitando, em última instância, momentos de identidade.
Essa constante aprendizagem de novos papéis é possível através da
constante interação entre o eu e suas circunstâncias, passando por um processo
que vai desde o ensaio do novo papel, seu desempenho, a percepção que se tem
dele até a representação propriamente dita. Essas etapas que são nomeadas pelo
psicodrama de: role-taking, role-playing e role-creating, acontecem para quase todos
os novos papéis. Para aqueles que não passam pelas três etapas, há a
consideração de uma atuação de papel e não de sua representação verdadeira.
As três fases da aquisição de papeis:
- role creating: que é criação de papéis, já permite alto grau de liberdade, deixando
margem à iniciativa pessoal, como no caso do ator espontâneo.
4- Coaching com psicodrama
Referências
ARAUJO, Arnaldo. Coach: um parceiro para o sucesso. 9. ed. São Paulo: Gente,
1999.
FILHO, Clovis de Barros; MEUCCI, Arthur. A vida que vale a pena ser vivida. São
Paulo. Ed.Vozes. 2010.