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Quinta-feira, 22 de Junho de 2006 ISERIE— Numero 25 OLETIM DA REPUBLICA PUBLICAGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOGAMBIQUE SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL DE MOCAMBIQUE. AVISO A matéria a publicar_ no «Boletim da Repiblica» deve ser remetida em cépia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, além das indicagdes necessarias para esse efeito, 0 averbamento seguinte, assinado e auterticado: Para publicagao no «Boletim da Republica.» SUMARIO Conselho de Ministros: Decreto n 15/2008: Aprova 0 Regulamento sobre os Requisitos Higignico-Sanitéios ‘de Produgho, Transporte, Comercilizagao, Inspecgio e Fisca lizagao do Géneros Alimentcios, © revoga todas as normas aprovadas pelo Decreto n* 12/82, de 23 de Junho. Decrato n? 16/2008: Aprova o Estatuto do Investigador Cientiico. CONSELHO DE MINISTROS Decreto n.° 15/2006, de 22 de Junho ‘A. adopga0 de novos instrumentos de regulagio d actividades da indistria ¢ do comércio, do exercicio’ da act vidade inspectiva e da Politica Nacional de Qualidade, impoe 10 do Regulamento sobre os requisitos higién 0s de produgio, transporte, comerci 80 de. géneros alimenticios. Este regime tem em vista aperfeigoar as acgbes das enti- ddades intervenientes no processo de proteccio ¢ defesa da Sade Pabliea garantindo-se assim a observancia rigorosa dos requisitos higiénico-sanitérios em pro! da defesa do'con- ‘sumidor. Nestes termos, ao abrigo das alineas a) ¢ f) don” 1 do artigo 204 da Constituigdo da Republica © do artigo 17 da Lei n* 8/82, de 23 de lunho, 0 Conselho de Ministros deere: Aigo 1. Eaprovado 0 Regulamento’sobre os. Requistos Higiénico-Sanitrios de Produgio, Transport, Comercializacio, Inspecga0 ¢ Fiscalzagao de Géneros Alimentcios, em anexo, que € parte inlegrante do presente Decreto ‘Ant. 2. Slo. revogaidas todas .as normas. sprovadas pelo Decreto n° 12/82, de 23 de Junho, que contrariam o presente Deeret. ‘Art.3.Aos requisites higio-sanitirios e de gestdo de quali- dade que regem as actividades de manuseamento, proces- samento, exporiagio e importagio de produtos <: pesca, aplicam-se as normas aprovadas pelo Decreto n.” 7/2001, de 12 de Junho, que aprova o Regulamento de Irspecgio € Garantia de Qualidade dos Produtos da Pesca Art. 4.0 présente Decteto entra em vigor 180 dias, apis, ‘a sua publicagio, Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 25 de 2006. Publique-se, A Primeira-Ministra, Luisa Dias Diogo. le Abril Regulamento sobre os Requisitos Higiénico-Sanitarios de Produgao, Transporte, Comercializagao e Inspacgao € Fiscalizagao de Géneros Alimenticios CAPITULO 1 Requisitos Higiénico-Sanitarios em gerai Awrico | (Detinigdes) Para efeitos do presente Regulamento entende-se por: a) Aditivo Alimentar— qualquer ingrediente intexcional- mente adicionado aos alimentos, durante a sua fabricagio, processamento, preparagao, tratamento, ‘embalagem, acondicionamento, armazenagess, trans Porte ou manipulag30 com objectivos tecnolégicos (incluindo organolépticos), que ndo é habituslmente consumido como alimento e que nao ¢ usado como ‘um ingrediente alimentar tipico. Isto poders. directa ‘ou indirectamente fazer com que 0 proprio aditivo ‘ow os seus subprodutos se tornem componentes do alimento ou afectem as suas caracte-isticas Este termo no inclui os contaminantes 01 subs- tncias nutritivas que sejam incorporadas 0 ali- mento para manter ou melhorar suas propriedades nutricionais; me) b)Armazenagem de alimento—acga0 de recotha, conser- vyagio ou depésito de alimento. para comércio ou consumo paiblico; ©) Avaliagdo da conformidade ~ actividade cujo objective 0 de determinar directa ou indirectamente se-as cexigncias aplicaveis estio satisfeitas; 4) Consumidor ~ pessoa ¢ familias que compram e/ou recebam alimentos com © objective de satisfazer as suas necessidades.pessoais alfmentares: '©) Dara de fabrico —data a partir da qual um alimento se toma © produto descrito ow seja data em que © produto foi embalado e posto a disposigao para © consumo humano; ibalagem 0 recipiente, 0 pacote ou 0 invélucro destinado a garantir a conservagdo ¢ a facilitar transporte © © manuscamento dos géneros alimen: {ares (alimento), desde que os cubra parcial ou totalmente, Uma embalagem pode conter vérias ‘unidades ou tipos de embalagens desde que sejam para entreza; 8) Género alimemar ou alimento ~ toda a: substincia ‘que se ingere no estado natural, semi-claborada ou ‘’laborada, destinada ao consumo humano, ineluindo as bebidas, chewing gum © qualquer outra subs- tncia utilizada na sua elaboragJo, preparo ou tra- tamenig, Excluem-se os cosméticos, 0 tabaco € as substincias utilizadas unicamente como medica- ‘mentos; b) Géneros alimentares ow alimentos sem rétulo — aqucles ‘alimentos cuja embalagem no possui nenhum dos elementos do rétulo ou com elementos do rotulo visivelmente fieticios ow falsos; 1) Géneros alimemares ou alimento com 0 rétulo irre- ‘gular ~ alimentos cujas embalagens possuem um r6tulo com, elementos incompletos ou com alguns elementos visivelmente falsificados; ” 1) Géneros: alinemtares ow alinentfora dor de consumo ou com prizo de validade expirado~ alimentos que contém um rétulo cujo prazo de Validade esicja expirado ou ultrapassado; Io hispecgdo efow Fiscalizasé~actvidade que consiste ha verificagio do. cumprimento. das. disposigdes deste regulamento © oulrs afins por entidades devidamente autorizadas para 0 efeito; 1) Lote ~ conjunto de produtos de wm mesmo tipo, pro- ‘esiados pelo mesmo fabricante ov fraccionador, ou “ium espago de tempo determinado, sob condigBes essencialmente gai; “m) Manipulagdo de alimento ~acgies de. preparagio © de deslocagio de alimentos de-um lugar par outro; n) Norma de Qualidade vigente no Pais — requi fixado por’ disposigio, legal especifica em vigor em Mogambique que condiciona 6 processo de pro- A4igd0. do aliments; (0) Prazo de validade ou prazo de consumo ~ data cons- tante no r6tulo a partir da qual no se pode garantir que os géneros alimentares.perecfveis, do ponto de vista microbiol6gico,’ estejam aptos. para 0 isos eonsumo human e que consequentemente deve ser colocado fora do circuito comercial e de con sumo humano; : 1 SERIE — NOMERO 25 ‘p) Publicidade de alimento ~ qualquer forma de comu ceagio feita por emtidade de natureza pablica ou privada, no Ambjto de uma sctividade comercial € indusirial, com 0 objectivo directo ou indire:to de promover quaisquer alimentos com vista 3 sua comercializagao ou. doagac 4) Rérulo ~toxla a inscrigo, legenda, marca registala, imagem ou outra matéria descritiva, escrita, im pressa, estampada, gravads, em relevo ou. lio grafada ou colada Sobre a embalagem dos géne os slimentares. ‘Avnigo2 (Qetinigao dos requisitos de qualidade) L.Os Ministérios da Sadde efou de Agricultura fixariio os equisitos higignico-sanitirios a que deve obedecer a producto, ccomercializagio e consumo piblico de yéneros alimentaies, bem como de imitagies ou sucedineos de substincias li mentares ja existentes, alimentos submetides «tra de enriquécimento ou tratamentos especiais ou ous ac ni- tidos por lel, quer nacionais, quer importados. 2.0s requisitos referidos no nimero 1, devem ser estabele- ccidos por referencia a Normas de Qualidade vigentes no Pais rho mbito da Politica de Qualidade. ‘Awnio0 3 (Asseio e limpeza) ‘Sem prejuizo do dispost0;em leis ou regulamentos espe ciais quanto aos requisitos higiénico-sanitérios exiyicos, devem-se apresentar em perfeito estado de asseio € limpeza! 44) 0s locais de produgao, manipulagdo © venda ao pls blico de géneros alimentares; 'b) Os loeais de armazenagem; €) equipamento usado para a produgio € manipulsc30 de géneros alimemticios;, ) As viaturas destinadas a0 transporte de géncros alimenticios, 1) As instalagDes sanitirias. quer para uso dos trabalha- ddores, quer para uso do pablico dos locais de oro: dugdo © comercializagio de géneros alimentaes. Axio $ (Pesticidas, adtivos quimico-biolégicos e métodos de ansliss) L.A produgio, ¢ comereializagio de pesticidas destinados, & protecgio e tratamento de plantas, animais © conserviigd0 de substinciasalimentares armazenadas ficam sujeitas “20 estabelecido no Regulamento especifico sobre Pesticids 2.0 Ministério da Saiide fixard a lista dos aditivos qui- ‘micos de qualquer natureza cuja utilizagao na preparagio de alimentos & permitida. ‘30 Ministério da Sade fixard para os produtos devida- mente aulorizados nos termos dos nimeros anteriores. os limites de tolerincia € © intervalo minimo do tempo que deve devorrer entre dltimo tratamento ¢ a colheita dos. produtos animais e vegetais e para as substincias alimer'ares ‘armazenadas entre 0 dltimo tratamento € o inicio de constsmo. 4. 0 Ministério da Satide fixard também os limites maximos de tolerdincia para os residuos quimicos ou biol6gicos prescntes nos alimentos. 5. 0 Ministério da Saiide fixard, ainda, os métodos of :iais de andlise para 0 controlo dos requisitos que lorem estaicle- ccidos e a que devem obedecer os pesticidas, aditivos quimicos fe residuos quimicos € biol6gicos, sem prejuizo do micro 1 deste artigo. 22 DE JUNHO DE 2006 G.As regras referidas nos mimeros 2, 4 € 5 deste artigo serdo fixados por referéncia a Normas de Qualidade vigentes ‘no Pais no mbito da Politica de, Qualidade. Annico 5 (Substancias proibidas) ‘A presenga de substincias euja utlizagao no seja permitida na preparagio de um género alimentar & proibida nos locais conde. se produza, armazenagem, manipule, comercialize Gu hhaja consumo publico desse mesmo género. CAPITULO I Rotulagem e publicidade ‘Axrico 6 (Elementos do rétulo) 1..Os alimentos’ e bebidas ‘embalados, para a comerci Tizagao deverio obedecer 3s regras de’rotulagem fixados no presente Regulamento e demais.regras que regem a mesma -matéria, 2. Para além do indicado no ndimero anterior, os rétulos deverdio mencionar em caracteres perfeitamente legiveis e em lingua portuguesa os seguintes, elementos: 4a) Nome ou marca do Produto; '6) Nome ou denominagao da empresa produtora; ©) Indicagao da sede da empresa produtora; alimento, multa, suspensio ou encerramento do estabelecisent. 2. Atendendo a natureza da infracgio, sendo aplicvel a pena de multa, entidade competente de fiscalizayio pade aplicar a pena de adverténcia registada. 3.As penalidades referidas nos. nlimeros anicriores sio definidas nos artigos seguintes do presente Reg: lamento. Arico 9 (Punigao) 1, Todo aquele que produzir, vender ou expuscr & venda, bem como adguirir, armazenar’ para fins comerciais ou con” sumo piiblico géneras alimentares infringindo as normas acometidas nos artigos 2, 3, 4, 5 ¢ 7 do presente Regulamento fou qualquer requisito regulamentar de cardcter eral desti- rnadas A salvaguarda das condigdes higiénico-san térios cuja infracgio no se encontre expressamente punids, nna pena de multa de 40 salirios minimos, sem pre pena mais grave que couber nos termos da levislagJo em vigor e do que vem estatuldo nos nimeros seguintes 2.Todo aquele que comercializar ou expor para consumo ppiblico géneros alimentares sem a rotulagem obrigatéria incorrerd na pena de multa de 40 salérios minimos, acrescida de selagem dos respectivos géneros alimentares, recolha da ises e imposigio do. prazo para a insergdo do rétulo, sem prejuizo da pena mais grave que couber nos termos da legislagio em vigor. 3. Todo aquele que comercializar ow expor pars. consumo ppdblico géneros alimentares com réwulo irregular incorrers ‘numa pena correspondente a 10%, por cada elemento. em falta, relativamente ao valor total que seria cobraco na situa- ‘glo dos n 1 e 2 do presente artigo, acrescida da retirada dos respectivos géneros alimentates, recolha de a:nostra para Anilise © imposigio do prazo para sua regularizagio, se pena mais grave no couber nos termos da legislagdo em vigor. 4.Todo’aquele que comervializar ou expor’para consumo ppiblice géneros alimentares fora do prazo inco:vers numa pena de multa correspondente ao triplo da totslidade dols produtols em causa, retirada e consequente destriigio, sem prejuizo da pena mais grave que couber nos termos da demais legislagio em vigor. A destruigio serd antecedida da verificagag fisica dos géneros alimentares respectivos e na presenga do infractor. | 5.A no correcgto das imegularidades supervenientes da ‘aplicagaio dos nimeros 2 e 3 deste artigo, nos. 1ermos dos [prazos que tiverem sido fixados, implicaré a duplicacio sucessiva do.valor da multa, sem prejuizo das outras medidas anteriores. 6. Todo aquele que fizer desaparecer total ou parcialmente ‘os’ géneros alimentares confiscados nos termos do nimero 4 deste artigo, incorreré numa pena de mula correspondente ‘a0 dobro do valor da multa aplicada a entidade ou pessoa ‘que tenha sido constituido fiel depositiri rr 2224) 7.As_despesas inerentes, nomeadamente, a transporte, deslocagio dos téenicos envolvidos na operagio, destruiga0 ddos respectivos géneros alimentares tomados na aplicagio da medida prevista no niimero 4 do presente artigo, sio da res- ponsabilidade do infractor 8.A pena de mula teré como referencia o salirio minimo fem vigor na fungao publica, Anno 10+ (Reincidéncia) 1. Ha lugar a reincidéncia quando o infractor, a quem liver sido aplicada uma sangio relativa as infracgdes men- ccionadas no artigo anterior, cometa outra idéntica antes de decorridos seis meses a contar da ata: da fixagio definitiva da sangio anterior. 2. reincidéncia relativa as infracgdes mencionadas no artigo anterior seri punivel elevando-se ao dobro os montantes rele fixados, quando a reincidéncia é praticada pela primeira vvez,,€ a0 quidruplo quando praticada pela segunda vez, 3.A terceira reincidéncia seri punida com a cassat: alvari. 4. Em caso algum, poder ser determinada a. suspensio a execugio da pena de mula do CAPITULO Inspecgao e medidas cautelares ‘Antigo 11 (Entidades de tiscalizagio) 1.Cabe as inspecgdes conjuntas dos Ministérios da Saide fe da Indistria © Comércio proceder a fiscalizagao das condigies higignico-sanitérios em todos os estabelecimentos da produgao, transporte, armazenagem e comercializaga0 de géneros alimentares. 2..Sem prejuizo a0 disposte no nGimero anterior, o Minis- tério da Sade garante que as condigbes higiénico-sanitérios fem todos os estabelecimentos da produgio, transporte, arma- zenagem € comercializagio de géneros alimentares estejam estritamente salvaguardadas em toda a cadeia referida nos termos do presente Regulamento, 3.Sempre que posstvel sio privilegiadas c/ou promovidas fiscalizagdes multi-sectoriais ou conjuntas, envolvendo outros sectores, tendo em vista facilitar a actividade dos agentes ‘econdmicos produtores © comerciais. 4.Sem prejuizo do disposto no nimero anterior, em caso de especial gravidade e quando haja petigo evidente para 1 saide piblica, os agentes de fiscalizagio de outras enti- ddades intervenientes deverio tomar as providéncias cautclares ecessirias. Awmico 12 (Cotheita andise das amosteas ‘xames oxpecializados) 1. Os agentes de fiscalizagao do Ministério da Saide devem proceder 3 recolha das amostras em todos os estabelecimentos de venda, de produgio e/ou outros locais onde se manipule {géneros alimentares’abrangidos pelo. presente Regulamento ‘lou requistar exames ¢ anilises especializados dos mesmos. 2. Os exames e as anilises especializados das amostras, serio realizados em laboratGrios reconhecidos no Ambito do Sistema, Nacional da. Qualidade, sendo dada. primazia aos laboratstiés autorizados pelo Ministerio da Saide, 1 SERIE — NUMERO 25 3.05 exames © as anzlises especializados das amostias, solicitados pelas entidades de fiscalizay30 competentes, esti0 entos de pagamento, excepto quando a entidade requerente io for piblica, devendo neste caso o pagamento se: feito a custa do infractor. 4.Os métodos de amostragem serio os estabelecidos em Aunico 13, (Retirada eselagem de alimentos, suspensio @ encerramento) LLQuando aja suspeita fundada da possbilidade de se pir em causa a satide pabliea, ineluindo os direitos d con- sumidor, os agentes de fiscalizagio competentes, dover de imediato proceder a retirada efou selagem dos cneros alimentares. em causa 2.Sem prejuizo do disposto no nimero anterior, er caso de especial gravidade © quando haja perigo evidente para a sade publica, os agentes de fiscalizagio competente deverlo ainda suspender a laboraglo ou declarar encerremento temporirio do estabelecimento ou empresi, ou ainda poderio Dropor 0 seu encerramento detinitive, 3. Quando as providéncias referidas no artigo anterior, forem tomadas pelos agentes que nio scjam da entidade de fi calizagao do Ministérios da Saide e da Indistria e Comsércio, ceabe-lhes o dever especial de comunicar wis procedimentos aos referidos rgios no prazo méximo de 24 horas. ‘Axio It (Apreensio de produtos ¢ remissio a0 Ministéro Pablico) Sem prejuizo de outras medidas previstas em clemais legislagdo, quando se tratar de géneros alimentares “alsifi eados, avariados ou comruptos, 0s agentes de fisealizagio competentes, numa acgio conjugada com 0 n.°I do atigo 13, do presente Regulamento, deverio remeter os respcctivos ‘autos & policia para o procedimento previsto no artizo 16, da Lei n.” 8/82, de 23 de Junho. ‘Axio 15 (Colaboraeao polical, administativae do pilico) Os agentes de inspecgio e fiscalizagio poderdo, no exer cicio das suas fungées, solictar a colaboracio das autovidades policiais ou administrativas e do pablico em geral. Antico 16 (Dever de colaboragio dos agentes econdmicos) 1, Sio deveres da entidade, proprietiria ou responsdvel pela administragio e direcgio dos estabelecimentos do con ‘cio e da indiistria transformadora de géneros alimentarcs para fins’ comerciais ow humanitéria: 4a) Declarar por escrito aos érgios de fiscalizagic ou as autoridades de “Administragio Piblica mais. pro- xima, da existéncia de géneros alimentares. fals ficados, avariados ou corruplos com a incicaga0 das respectivas quantidades, caracteristicas © do local onde se encontram, antes de qualquer inter- vengdo oficial ou dentincia; b) Retirar os. géneros alimentares referidos na alinea anterior da disposig20 piblica, no devendo aliend- -los a qualquer titulo. 22 DE JUNHO DE 2006 2.No caso em que a declarago 6 feita as autoridades de Administragio Publica, estas deverio comunicar o facto no prazo de 48 horas, a contar da recepc30 da declarasio, 0s Grgios de fiscalizagio. 3. Os responsiveis pela administragi0’ ou direega0 dos labelecimentos do coméreio © da indéstria transformadora de yéneros alimentares esto obrigados’ a fornecer todos os cssclarecimentos ¢ a prestar as informagdes que Thes.forem solicitadas pelos agentes de inspec ¢ fiscalizagao e, ainda, 2 facilitar-Ihes 0 acesso aos locals de" produgdo, armazenagem, manipulagio, comercializagi0 € consumo pablico de yéneros alimentares bem como ao respectivo ‘equipamento. 4.0 niio cumprimento dos deveres previstos nos mimeros anteriores. constituiré agravame da infracg30. que for cons- tatada, ‘Annico 17 (Auto de noticia) Sempre que os agentes competemtes para a fiscalizagio tenham conhecimento da existéncia de qualquer infracgio is disposigdes relativas as regras higignico-sanitirias previslas rno presente Regulamento, ou dele decorrente, elaborario 0 auto de noticia nos termos do artigo 166 do Cédigo do Processo Penal, Axnigo 18 (Competéncia para aplicaglo das penas e medides) 1. Compete as inspecgies conjuntas dos Ministérios da Saide © da Inddstria e Coméreio a: aplicagao das penas de multa previstas no artigo 9, do presente Regulamento, salvo se os respectivos Ministros tiverem definido outro procedimento. 2. Compete. entidade licenciadora de Comércio e/ou da Indiistria transformadora de géneros alimentares, « aplicagio dda pena de encerramento defintivo, prevista nos n° Le 2 do artigo 13 do presente Regulamento. capiruLoy Disposigées finais axnigo 19 {(Pagamento das mulias) 1.0 prazo de pagamento voluntirio das. multas referidas no presente Regulamento € de 10 dias, a contar da data da notificaggo. © pagamento & efectuado por meio de guia passada pela entidade de fiscalizagio competente a depositar tna Repartigdo de Finangas da srea onde se situar 0 estabeleci ‘mento ou onde se exerga a actividade econdmica em causa, 2. Na falta de pagamento. voluntirio, dentro do prazo Feferido no numero anterior, © processo & remetido ao tri- bunal competente, para cobranga coerciva, ‘Axrico 20 (Destino das multas) 1-As multas cobradas por violagio ao presente Regul mento tem o seguinle destino: 14) 40%, para 0 Orgamento do Estado. £6) 60%, distribuido equitativamente pelos Srgios de fis- calizagio directamente envolvidos: A utilizagao da percentagem destinada aos drgaos envol- vides nos termos da alinea b) do a 1 do presente artigo obedeve as normas de cada sector que os integra 22215) Decreto n.* 16/2006 de 22 de Junho Havendo necessidade de se dignificar © criar condigdes para o fomento da investigagao cientifica, nos termos © 20 abrigo lo disposto na alinea f) don 1 do artigo 204 da Constituisao da Repiblica, © Consetho de Ministros decreta: Unico. E aprovado © Estatuto do Investigador Cientifico anexo ap presente Dectelo © que dele faz parte integrante Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 2 de Maio de 2006, Publique-se. A Primeira Ministra, Luise: Dias Diogo. Estatuto do Investigador Cientifico caPiTULOI Disposigoes gerais awnico 1 (Dotinigses) Para efeitos do presente Estatuto entende-se por a) descobenta e invengoes ciemificas~€ 0 deseavolvi- mento dum novo conhecimento, tecnolos resultado da investigagao cientifica ow pesquisa; ) inovagdo ~ & © desenvolvimento de novss ideias, produtos ow tecnologias que poder resultar em produtos ou servigos; ©) investigagdo aplicada —também designada juvestiga- ‘go adaptativa a que aproveitando os resultados da investigagdo bisica, ow adaptando frincipios ‘ow tenieas ji conheeidas, a um novo ambiente ‘ow sistema, procura respostas para problemas. especificos; 4) investigagdo beisica ~ também denominada pura ow fundamental, a que aborda questies abs.ractas € teGricas, sem 0 objective especifico de inelhorar determinado processo produtivo, mas. dssignada para gerar novos conhecimentos € novas metodo- Togias efou compreender processos funda nentais; ©) investigagdo cieurfica ~odo © wabalbo pro:seguido de forma sistemitica, com vista a ampliar 0 con- junto dos conhecimentos, incluindo 0 conhesimento do homem, da cultura, e da sociedade, bem como a.utilizagio desse conjunto de conhecimento em novas aplicagdes, com 0 objectivo de melhorar a qualidade de vida; Davestigagio experimemal~a que prepara os resultados de investigago. para que possam ser aplicados através da sua sujeigd0 as condigdes reais do ambiente para que foram formulados; 8) investigador — todo 0 pessoal integrado na carreira de investigagao que possuindo requisitos habilita cionais e profissionais e que trabalha na concepgio fou criagio de novos conhecimentos, produtos, processos, métodos € sistemas e na ges:io dos respectives projectos;

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