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lacionamento,
um rela o dos
pais, ainda nada tem
ambiente em que é colocada,
no
ponderar avaliar. Mas jáo
a
proxima
le máxima
importância escola, a
traz
e
io podemos
que aqui não
na
discutir, sobre esclareçam os filhos, de alguma
ponsabilidades. diferença desses ambientes
a
suas res- e
Dizer
verdade é coisa que se deve
a
deragão com fraquezas humanas, ele destrói a verdade viva entre as pessoas. Fere o
pudor, profana o mistério, desmerece a confiança, trai a comunidade em que vive
e Sorri arrogantemente do descalabro que provocou, da fraqueza humana que "não
agüenta a verdade". Diz ele que a verdade é destruidora e exige suas vítimas, sente-
se como um Deus acima das criaturas fracas, e não sabe que está
servindo Satanás.
a
Há uma sabedoria diabólica. Sua característica é que, sob a apar ncia da
raade, nega tudo que é real. Vive do ódio a tudo que é real, ao mundo que
Criado e amado por Deus. Ela se dá a aparência de executar o jufzo de Deus sobre :
apostasia da realidade. Contudo, a verdade de Deus julga a criação por amor, en-
quanto que a verdade de Satanás o faz por inveja e ódio. A verdade de Deus se f
203
mentira e verdade se aproxima.
verdade se diluísse
completamente e
Também aquilo que
em
dissemosoSobre a pont
mais distinguidas. o necessár e
não poderem ser
ser mal interpretado no sentido do
e
da realidade poderia que o grau
conhecimento
a dizer ao próximo
dependeria duma
verdade que estou disposto
ra calculist
atentar para este perigo.
A possibilidad
E importante le de enfren-
ou pedagógica. sa do que no
consistir em outra coisa cuidado
pode
tá-lo, no entanto,
não
primeiro
contém.
Cada palavra vive é originária de
e
Tentemos visualizar isso.
1m
204
çãoconscIente entre entre o pensamento e a manifestação, é totalmente insuficiente. Aqui
mplo,
ixariam, por exemplo, as mais inofensivas brincadeiras de 19 de abril. O con-
da "mentirade brincadeira", oriundo da teologia moral católica, suprime o as-
ceito
d a seriedade e malvadeza da mentira (assim como elimina, por outro
ivo de inocente brincadeira e liberdade da
aspecto decisivo
piada) e é, por isso,
p e c t o
Jado, o
liz. A piada nada tema ver com a mentirae jamais deve ser com-
namente infeliz
extrema
parada a ela. Se dissermos, então, que mentira é o logro consciente do outro em
deste, aqui se incluiria,
incl por exemplo, a necessária tática de enganar o ad-
prejufzo
so
guahslurdo dessa assertiva, ao alirmar que se sentiria comprometido a dar uma
o a criminoso que viesse
informação veríolica a um
perseguir em sua casa o amigo que
amarmos tal procedimento de mentira, ela recebe uma con-
acoitando. Se chan
esafoe iustificação moral que contradiz de toda maneira ao seu conceito. Disso
sagra
deduz, inicialm mente, que não é possível definir a mentira a partir da contradição
ensar e falar. Esta contradição nem sequer é, necessariamente, parte inte
nfe da mentira, Há uma fala perfeitamente correta e inquestionável nesse senti-
e gue, assim mesmo, é mentira. Por exemplo, quando um mentiroso inveterado
um2 vez "a verdade" para enganar, ou quando sob as aparências da correção jaz
cons
anscientemente a ambigüidade, ou então quando a verdade decisiva é omitida cons-
cientemente. O que se oculta propositadamente também pode ser mentira, se bem
que não tenha que sê-lo obrigatoriamente.
Essas reflexões levam à conclusão de que a essência da mentira tem raízes
bem mais profundas do que a contradição entre pensar e falar. Poder-se-ia dizer
que é a pessoa que está atrás da palavra que a transforma em mentira ou verdade.
Mas isso também não basta; pois a mentira é algo objetivo e terá que ser definida de
rdo com isso. Jesus chama Satanás de "pai da mentira" (Jo 8.44). Menüra, antes
de tudo, é a negação de Deus, tal como se revelou ao mundo. "Quem é um menti-
roso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?" (1 Jo 2.22.) Mentira é a contesta-
ção da palavra de Deus como ele a falou em Jesus Cristo e na qual repousa a cria-
ção. Conseqüentemente, mentira é a recusa, negação e destruição consciente e pro-
posital da realidade como foi criada por Deus e nele subsiste, na medida em que isso
acontece por palavras e por silêncio. Nossa palavra tem a funço de, em harmonia
com a palavra de Deus,
expressar a realidade como ela é em Deus; nosso silêncio
deve ser o sinal para o limite que foi colocado para a palavra pela realidade como ela
é em Deus.
Na tentativa de expressar a realidade, nunca encontramos esta como
um
todo homogêneo, mas num estado de
fragmentação e conflito consigo mesma que
necessita ser reconciliado e sanado. Estamos inseridos em várias estruturas da
reali-
dade ao mesmo
tempo, e nossa palavra, que pretende conciliá-la e saná-la, sempre
de novo é arrastada
para a dissenção e o conflito, e só pode cumprir sua missão de
expressar a realidade como ela é em Deus, incorporando tanto o conflito como a co-
nexão da realidade. A
palavra humana, para ser verdadeira, não pode omitir nem a
queda no pecado nem a palavra criadora e reconciliadora de Deus, na qual toda dis-
Sençao está superada. O cínico quer impor a verdade da sua palavra, dando expres-
parte que ele acredita conhecer, desconsiderando a realidade global; com isso,
UestrÓi
completamente a realidade e sua palavra se torna falsa, ainda que, superfi-
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"Tudo o que está af está longe e
cialmente, tenha aparências de
correta, nge muito
pro
fundo; quem o achará?" (Ec 7.24.)torna verdadeira?
Como minha palavra se
leva e o que me autoriza a falar,
1. Reconhecendo quem me
estou.
2. Reconhecendo o lugar onde
3. Colocando neste contexto a matéria sobre a qual me manifesto
Essas definições incluem a suposição tácita de que toda manifestac.
dece a certas condições. Não acompanha, em tluxo constante, o decurso nah
com isso, seus limites,
natural da
vida, mas tem seu lugar, sua hora, sua tarefa e,
1. Que ou quem me autoriza ou faz com que eu fale? Quem fala sem
se trata de dunla o0
rização e motivo é tagarela. Como em toda palavra sempre 0,
com o assunto, essa relação deve ficar evida
para com o semelhante e para em
cada palavra; uma palavra que carece de relação é vazia, não contém verdade
Aqui
temos uma diferença substancial entre pensar e falar. O raciocínio não totem, neces
sariamente, uma relação com o semelhante, mas somente com uma matéria, A
tensão de poder dizer o que se pensa é, em si mesma, completamente descabida. pre
Para que eu fale há necessidade de que o outro me dë a justificativa e o motivo n
faze-lo. Um exemplo: em meus pensamentos, posso considerar alguém bobo.
incapaz, sem caráter, ou então inteligente e de boa fndole, Bem outra coisa, no en
eio,
en-
tanto, é se tenho o direito e o que me dá o motivo para dizer isso e a quem eu o digo.
Não há dúvida que do offcio que me é confiado nasce o direito de falar, Os pais po
dem repreender ou elogiar a criança, mas esta, por Sua vez, não tem direito a ne
nhuma dessas atitudes em relação aos pais. Situaço semelhante temos entre pro-
fessor e alunos, se bem que os direitos do professor em relação aos discentes são
mais restritos do que aqueles do pai. Em relação ao aluno, o professor há de se ater.
tanto na crítica como no elogio, a determinados deslizes e méritos,
enquanto juízos
abrangentes em questões de caráter não cabem ao professor, mas aos pais, A com-
petência de falar sempre está dentro dos limites do oficio concreto que me incumbe,
Quando esses limites são transpostos, a palavra se torna molestadora, arrogante e,
criticando ou elogiando, ofensiva. Há pessoas que se consideram chamadas
dizer a verdade", como o chamam, a qualquer um que encontrem em seu para
caminho.
l a d o n a
ssão, isto é,
c o n f i s s á
nota da p. 18.)